ABORDAGEM HOLÍSTICA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE COM ESTOMIAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11353575


Darla Yanca Dias Correia*; Paloma Rios Rocha*; Thays da Silva Santos*; Lorena Campos**.


Resumo: A proposta deste estudo é determinar a importância dos cuidados da equipe de enfermagem ao paciente que está em processo de estomia transitória ou definitiva. Como os profissionais da equipe multidisciplinar e principalmente da equipe de enfermagem podem auxiliar o indivíduo a lidar com a nova perspectiva de vida, tornando-o sujeito do seu próprio cuidado. Definir qual o papel do enfermeiro no processo terapêutico para desenvolver uma assistência que forneça meios, informação técnico-científica, educação e apoio para que o paciente se sinta seguro perante as mudanças físicas e psicológicas relativas ao seu cuidado e se concilie com sua nova realidade. Entender o que já está sendo discutido e quais as lacunas diante da assistência de enfermagem. Quais os meios para que a enfermagem auxilie para que o indivíduo encare a nova situação física de modo a pensar em sua saúde e vida de forma positiva e com responsabilidade, desenvolvendo habilidades frente à nova realidade.

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Estomias. Estomaterapia.

Abstract: The purpose of this study is to determine the importance of nursing team care for patients undergoing temporary or permanent ostomy procedures. It aims to explore how professionals from multidisciplinary teams, particularly nursing staff, can assist individuals in coping with the new perspective of life, empowering them to become the subject of their own care. It seeks to define the nurse’s role in the therapeutic process to develop care that provides means, technical-scientific information, education, and support so that patients feel secure in the face of physical and psychological changes related to their care and can reconcile with their new reality. It aims to understand the current discussions and identify gaps in nursing care. It explores the methods by which nursing can assist individuals in facing the new physical situation positively and responsibly, developing skills to cope with the new reality in terms of health and life.

Keywords: Nursing Care. Ostomy. Enterostomal Therapy.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde não significa somente a ausência de doença, mas um completo bem-estar físico, emocional e social. No âmbito da saúde a Enfermagem surge como a profissão do cuidar, suas atividades são baseadas em evidências científicas e organizadas pelo Processo de Enfermagem (PE), baseado na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) (Melo, et al 2019).

Dessa maneira, os cuidados de enfermagem devem estar de acordo com as boas práticas da enfermagem e o conhecimento técnico-científico, sabe-se que o enfermeiro tem o papel de cuidar e educar o paciente, família e comunidade. Realizar a assistência do paciente com olhar integral enquanto este não encontra-se com a saúde em sua totalidade e auxiliar para que ele alcance ou se adapte a novas realidades causadas pelas patologias (Martins e Alvin, 2011; Maurício, et al., 2020).

 O termo estomia significa qualquer procedimento cirúrgico que exteriorize parte do sistema respiratório, digestório e urinário, criando uma abertura artificial (orifício) entre os órgãos internos e o meio externo e são, além de um procedimento cirúrgico, uma necessidade àquele que as possui. Elas podem ser temporárias ou permanentes e suas funções variam de acordo com o órgão ou víscera exposto, o seu principal objetivo é restabelecer a comunicação entre uma víscera/órgão e o meio externo, compensando seu funcionamento afetado por alguma doença (Martins e Alvin, 2011).

A Assistência de Enfermagem a pessoas com feridas e estomias está incluída nas atribuições do enfermeiro dentro do Processo de Enfermagem, que conta com a consulta de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem, e procedimentos de enfermagem, dentre eles os cuidados com feridas e curativos. A avaliação e implementação, de um plano de cuidados individualizado, garante ao paciente um cuidado integral diante ao seu processo de saúde-doença (Campos, et al., 2016).

Em relação às características físicas, o enfermeiro deve exercer seu papel de educador, sua atuação consiste em definir e ensinar os cuidados que devem ser adotados para o paciente, ou familiar que irá realizar os cuidados, de como realizar a inspeção da integridade da pele periestoma e a higienização, atenção ao manuseio, além de analisar o tratamento e adequar os recursos disponíveis como os curativos e trocas de equipamentos coletores. O principal objetivo é prevenir agravos à saúde em relação à estomia em si, educar sobre os sinais de inflamação e conhecimentos pertinentes ao novo estado físico do paciente (Campos, et al., 2016; Morais, Santos e Cauduro, 2021).

Além das preocupações com aspectos físicos, o enfermeiro deve abranger em seus cuidados uma visão em relação ao grande impacto emocional que o paciente irá vivenciar em relação à autoestima e autocuidado. Estes pacientes têm sua qualidade de vida prejudicada e passam a conviver com inúmeras alterações, como insegurança, medo e rejeição social, vergonha e inquietação. Para prestar uma assistência de qualidade o enfermeiro precisa fazer uma reflexão sobre os aspectos de reabilitação, aceitação e emocional dos pacientes com estomas. A Consulta de Enfermagem deve avaliar os riscos ao autocuidado e baixa autoestima relativa à nova condição física. Esta abordagem integral do paciente, irá refletir no plano de cuidado individualizado e no melhor manejo frente às respostas do paciente à nova condição (Melo, et al., 2019).

É responsabilidade do enfermeiro preocupar-se de forma global com os aspectos de vida que influenciam a recuperação ou reabilitação do paciente em seu processo saúde-doença. Pesquisar sobre a realidade cotidiana e incentivar o paciente a viver em sua realidade, meio social e atividade laboral assim como for possível. O afastamento do convívio social e de suas atividades laborais só agrava a situação de solidão e a qualidade de vida da pessoa ostomizada (Silva e Shimizu, 2006).

Na intenção de se saber mais sobre a realidade dos cuidados de enfermagem, frente às pessoas ostomizadas e em como fornecer o melhor cuidado frente às mudanças físicas, psicológicas, sociais e emocionais, este estudo desperta o interesse em mostrar estratégias de cuidados para um atendimento especializado e holístico por parte do enfermeiro, melhorando o acompanhamento biopsicossocial do indivíduo (Campos, et al., 2016).

Como objetivo geral, tem-se a pretensão de descrever a importância do enfermeiro no processo de reabilitação e cuidado dos pacientes ostomizados.

Como objetivo específico, pretendemos definir o quais são os cuidados de enfermagem com estomias; determinar qual o papel da equipe de enfermagem dentro da assistência ao paciente ostomizado e quais os procedimentos e tratamentos de responsabilidade do enfermeiro dentro da terapêutica e qual o papel da enfermagem aceitação do indivíduo ao novo cenário de saúde.

Os saberes e práticas de enfermagem devem ser baseadas em conhecimento técnico-científico e é de responsabilidade do enfermeiro realizar e preparar o paciente para o cuidado frente a novas realidades dentro do seu processo saúde-doença. A visão holística que o enfermeiro deve apresentar diante do contexto do paciente irá determinar a reabilitação e adaptação do paciente frente aos agravos de saúde. Dessa forma analisar e aprofundar sobre o tema em relação não só aos cuidados às estomias, mas também aos pacientes ostomizados, não separando a condição física da condição biopsicossocial do indivíduo, pois o cuidado deve ser ofertado de maneira integral buscando a saúde não somente como a ausência de doença.

Para nortear a presente estudo usaremos as questões: O que são estomias? Qual a importância da enfermagem para a recuperação e reabilitação dos pacientes com estomas? Como a abordagem holística dos cuidados de enfermagem fazem a diferença na adaptação e tratamento para pacientes com estomas?

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo de revisão da literatura do tipo bibliográfica integrativa, descritiva e retrospectiva com fontes de informação bibliográfica e análise qualitativa e quantitativa.

A revisão da literatura ou revisão bibliográfica tem como objetivo fazer um levantamento do conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender ou explicar o problema objeto da investigação. É por meio da revisão ampla da literatura científica que o pesquisador passará a conhecer a respeito de quem escreveu, o que já foi publicado, quais aspectos foram abordados e as dúvidas sobre o tema ou sobre a questão da pesquisa proposta (Fontelles et al., 2009; Malheiros S/A).

A pesquisa descritiva tem como objetivo apenas a observar, registrar e descrever as características de um determinado fenômeno ocorrido em uma amostra ou população, sem, no entanto, analisar o mérito de seu conteúdo (Fontelles et al., 2009). Desse modo, no presente estudo o cunho descritivo será apenas para observar, registrar e descrever as características dos estudos encontrados na literatura científica.

O Estudo será retrospectivo devido ao fato que o estudo retrospectivo é desenhado para explorar fatos do passado, ou seja, pode-se delinear para retornar, do momento atual até um determinado ponto no passado, há vários anos. Assim, o presente estudo buscará artigos dos últimos dez anos para compor a amostra.

A análise de cunho qualitativo se deve ao fato que o estudo qualitativo de pesquisa é apropriado para quem busca o entendimento de fenômenos complexos específicos, em profundidade. Assim o pesquisador busca entender o fenômeno em estudo, seja ele de natureza social e cultural, mediante descrições, interpretações e comparações, sem considerar os seus aspectos numéricos em termos de regras matemáticas e estatísticas (Fontelles et al. 2009).

Serão adotadas para a realização deste estudo as seguintes etapas: Formulação de uma questão norteadora de pesquisa; busca na literatura para identificar o tema escolhido; seleção dos estudos/artigos a serem incluídos na revisão; avaliação da literatura e análise e síntese dos dados.

A busca na literatura compreendeu o período de 2014-2024, mediante levantamento nas seguintes bases de dados: BDENF – Banco de dados em enfermagem; LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e SCIELO – ScientificElectronic Library Online.

Serão utilizados os descritores do DeCS, para a realização da busca dos artigos que compôs a amostra do estudo, a seguir: Infa; Cuidados de Enfermagem (E02.760.611/N02.421.533); Estomaterapia (SP2.840.078.455); Estomia (E04.579); Enfermagem (H02.478/N04.452.758.377/SH1.020.020.040.030); Saúde (HP1.007.09/N01.400/SP2.770); Colostomia(E04.210.338.225/E04.579.338.225); Traqueostomia (E02.041.750/E04.579.935/E04.580.900/E04.928.780); Ileostomia (E04.210.338.508/E04.579.338.508); Autocuidado(E02.900/I03.050.563/N02.421.784.680).

BASE DE DADOSDESCRITORESENCONTRADOSSELECIONADOS
LILACSEnfermagem AND Estomia746
LILACS Autocuidado AND Enfermagem 172
SCIELOSaúde AND Estomia143
BVSCuidados de Enfermagem AND Estomia 697
BVENF-COFENEnfermagem AND Estomia 201
  TOTAL19419
Distribuição dos artigos da amostra conforme cruzamento realizado para a busca, Brasil, 2024. *Elaborado pelos autores

Para a Seleção dos estudos/artigos para compor a amostra do estudo, serão adotados como critérios de inclusão: todos os artigos científicos disponíveis na íntegra on-line nas bases de dados supracitadas; artigos em português e inglês; e artigos que utilizarem alguns dos descritores que foram utilizados nesta pesquisa. Já como critérios de exclusão foram adotados: relatos de casos; documentos oficiais e não oficiais; capítulos de livros; teses; dissertações; notícias editoriais; sites e textos não científicos.

Em seguida os resultados obtidos pela busca nos bancos de dados e obedecendo rigorosa e criteriosamente aos critérios aqui estabelecidos tanto de inclusão como de exclusão, será realizada uma exaustiva leitura dos artigos, no intuito de verificar a sua adequação às questões norteadoras, com o intuito de fazer uma avaliação da literatura encontrada (Figura1).

Figura 1 – Esquema seleção dos artigos para estudo

3 DESENVOLVIMENTO

Foram encontrados 194 artigos sobre o tema. Destes, foram achados na LILACS 91 artigos, na SCIELO 14 artigos, na BVENF 20, na BVS 69  artigos, onde 74 foram selecionados após a exclusão de duplicatas. Realizada a seleção minuciosa e analítica após a leitura do texto, 120 artigos foram excluídos, onde apenas 10 artigos atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos.

Com essa seleção criteriosa dos artigos, a assistência de enfermagem mostrou-se importante na recuperação e aceitação aos pacientes que necessitam do uso de algum dispositivo de estomia. Portanto, a discussão se estabelece com os seguintes pontos dos 10 artigos obtidos para o desenvolvimento da questão norteadora: Qual a importância da enfermagem para a recuperação e reabilitação dos pacientes com estomas? autor/ano, título, objetivo/metodologia e resultados no quadro abaixo.

AUTOR /ANOTÍTULOOBJETIVO/ METODOLOGIARESULTADO
1  Ribeiro, et al., 2019Perfil de pacientes do núcleo de atenção à saúde da pessoa estomizada: na ótica sociocultural e econômicaTrata-se de um estudo descritivo sobre o perfil social e clínico de pacientes estomizados intestinais cadastrados em um Núcleo de Atenção à Saúde da Pessoa Estomizada.Estudos apontam que a faixa etária mais acometida para a realização de procedimentos cirúrgicos que geram estomias intestinais é a de 58 a 78 anos, pois constitui fator de risco para o aparecimento de neoplasias e outras doenças crônicas que resultam na confecção de estomias.
2Dalmolin et al., 2022A participação da família no cuidado à pessoa com estoma: percepções de profissionais de enfermagemPesquisa qualitativa, de natureza descritiva Os profissionais participantes do estudo reconheceram que não devem ignorar a família durante seu processo de trabalho, mas incluí-la, de modo a interagir ativamente no cuidado da enfermagem, com vistas a gerar bem-estar para a unidade familiar, valorizar sua presença e compromisso com a pessoa internada.
3Alievi1 et al., 2023Atenção à saúde do estomizado na rede de atenção à saúde na perspectiva de enfermeirosTrata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo descritivo, desenvolvido com enfermeiros que atuavam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégia de Saúde da Família (ESF).É necessário a organização da RAS para que a pessoa que vive com estomias seja atendida na integralidade. Considerar a continuidade de assistência, o acompanhamento periódico para uma QV e reduzir riscos de complicações com a estomia. Nesse sentido, é essencial a articulação entre os serviços de saúde, a referência e a contrarreferência garantindo a comunicação entre os envolvidos, para uma transição do cuidado efetiva e de qualidade. 
4Silva, et al., 2021Subjetividades e desafios de pessoas convivendo com estomia intestinalEstudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no Serviço Ambulatorial de Enfermagem em Estomaterapia de um hospital público da rede de ensino do Distrito Federal.No que se refere às causas da confecção da estomia, 40% resultaram de câncer colorretal, 30% traumas, 20% Doença de Crohn e 10% prolapso retal. Dos motivos que levam à necessidade de confeccionar estomia intestinal, os tumores são os mais frequentes
5Melo, et al., 2019Diagnóstico de enfermagem baixa autoestima situacional em pessoas com estomia: estudo de acurácia diagnósticaEstudo de acurácia diagnóstica, transversal e descritivo desenvolvido em duas etapas. No que tange à prevalência do diagnóstico investigado, 23,3% das pessoas com estomia apresentaram o diagnóstico de enfermagem baixa autoestima situacional. Tais pacientes possuem maiores chances de apresentar esse diagnóstico, uma vez que, com a confecção da estomia, o indivíduo depara-se com a presença de uma bolsa coletora, a qual repercute frequentemente no seu plano físico, psicológico e emocional. Surgem então estágios de negação, rejeição de si mesmo, solidão, ansiedade, depressão e pensamentos suicidas. Além disso, deparam-se também com a sensação de mutilação de sua imagem corporal associada à incapacidade, perda, inferioridade, vergonha e estigma.
6Vera, et al., 2017Sexualidade de pacientes com estomias intestinais de eliminaçãoTrata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem quantitativa desenvolvido em um Centro Integrado de Saúde, onde funciona um programa de distribuição de bolsas para pacientes estomizados, localizado em Teresina, capital do estado do Piauí, sendo referência para a população de estomizados no âmbito estadual.Em relação à sexualidade, 45,7% dos entrevistados afirmaram ter vida sexual ativa, ao passo que 54,3% negaram a prática de atividade sexual. Dentre as pessoas sexualmente ativas, 89,5% disseram estar felizes com sua vida sexual contra 10,9% que se encontravam insatisfeitos, apenas uma única pessoa, 2,6% relataram sentir dores durante a relação sexual.
7Michelato Silva, et al., 2019Estratégias de Atendimento Psicológico a Pacientes Estomizados e seus FamiliaresEstudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, que focaliza um programa de extensão que oferece cuidados, sob enfoque interdisciplinar, para pacientes estomizados e seus familiares, em uma unidade de internação hospitalar de uma universidade pública do interior paulista.A maior parte dos atendimentos é realizada de forma conjunta pelos psicólogos e enfermeiros, como estratégia para favorecer uma melhor compreensão dos fenômenos observados, o que permite a integração dos sinais e sintomas da doença física com os comportamentos e dimensões intra e intersubjetivas dos pacientes e familiares.
8 Silva, et al.,2022Autocuidado de pessoas com estomias intestinais: implicações para o cuidado de enfermagemTrata-se de estudo descritivo, qualitativo, realizado com 30 pessoas com estomias intestinais, em um centro especializado em reabilitação no Rio Grande do Norte, de abril a junho de 2017. A entrevista semiestruturada foi gravada, transcrita e os dados coletados foram analisados seguindo-se os pressupostos da análise de conteúdo de Bardin.No que concerne às características clínicas, predominaram pessoas com menos de dois anos com a estomia (80,0%), com estomias temporárias (70,0%), do tipo colostomia (80,0%), em uso de peça única drenável (73,3%) e tendo como principal causa para a confecção da estomia o câncer colorretal (46,6%).
9Oliveira, et al., 2023Fatores associados ao autocuidado praticado por pessoas com estomias de eliminaçãoTrata-se de um estudo transversal analítico, conduzido em um ambulatório tipo II, de referência municipal, que presta assistência a pessoas com estomias em todo o estado do Piauí, com coleta de dados no período de fevereiro a março de 2023 e amostragem não probabilística, obtida por conveniênciaAo avaliar a adaptação, houve um maior número (64,7%) de pessoas totalmente adaptadas à nova condição, realizando sozinhos o esvaziamento do equipamento coletor (68,6%), a secagem da pele periestoma (64,0%), a limpeza do estoma (64,7%), o deslocamento do equipamento (57,5%), a medição do    estoma (53,6%) e a realização do molde (52,9%).
10Araujo Campos, et al., 2019.Feridas complexas e estomiasTrata-se de um livro de linguagem clara, didaticamente organizado com base nas experiências dos autores na área assistencial e na docência, que discorre sobre os aspectos éticos e legais e os fundamentos anatômicos e fisiológicos necessários para a assistência à pessoa com feridas, sobre a terapia tópica e sobre as feridas complexas mais comuns em nosso meio, e tece considerações importantes sobre estomias intestinais, urostomias e sobre aspectos da assistência interdisciplinar, na visão do médico e do nutricionista.A forma como a prevenção é abordada pelos autores, nos diversos capítulos, converge para o interesse atual de prevenir danos e complicações na assistência à saúde. No tratamento, almejam o mesmo intuito de promover o cuidado seguro, a partir das melhores evidências científicas. Portanto, suscitam, em todo o livro, a promoção da qualidade do cuidado e a segurança do paciente, com enfoque na responsabilidade ética e legal da Enfermagem, e indicam as ferramentas para fazê-lo.

No que se refere ao ano de publicação do referencial teórico, o presente artigo nos mostra que 40% das obras analisadas foram publicadas entre o ano de 2016 e 2019, 10% em 2021, 20% em 2022 e 20% em 2023. Demonstrando a importância de analisar e comparar a dimensão temporal dos estudos comparado com o período atual da saúde.

Tabela 3. Apresentação dos autores, segundo o ano de publicação

REFERENCIAL TEÓRICOANO PUBLICADOPORCENTAGEM
Autor 10201610%
Autor 6201710%
Autor 1, 5 e 7201930%
Autor 4202110%
Autor 2 e 8202220%
Autor 3 e 9202320%
Total100%
Autor, 2024.

DISCUSSÃO

Os cuidados com estomas vão além dos cuidados com o dispositivo e pele periestoma, é claro que a verificação do estoma e identificação de agravos é de suma importância durante os cuidados de enfermagem. O enfermeiro deve estar capacitado para identificar lesões, infecções ao estoma e a pele adjacente.  No livro Feridas complexas e estomias de Araujo Campos, et al., 2019, são discutidos o papel da enfermagem no cuidado físico a pessoas com estomia. Entretanto, os próprios autores entendem que os cuidados de enfermagem vão além dos cuidados físicos, o enfermeiro deve avaliar aspectos biopsicossociais que acarretam a situação de saúde do paciente.

O enfermeiro precisa estar atento quanto às orientações de possíveis complicações como dermatites, sangramentos, retrações entre outras, instruindo a pessoa a prevenção e tratamento, Freitas, et al., 2023.

Entretanto, durante a pesquisa desenvolvida os principais diagnósticos de enfermagem alavancados foram relacionados ao de déficit de autocuidado, isolamento social e distúrbio de imagem. Apesar da boa adaptação em relação ao estoma como retratado por Ribeiro, et al., 2019, as pessoas ostomizadas muitas vezes abandonam suas atividades laborais por falta de adaptação no ambiente de trabalho e deixam de realizar atividades simples do cotidiano. Silva, et al., 2021, descreve como pacientes ficaram com receio de pegar o filho no colo, participar de atividades físicas como, nadar, andar de bicicleta e correr por medo da bolsa coletora se romper ou soltar. Os resultados obtidos nos estudos sobre estomas sempre evidenciam a grande dificuldade de adaptação em relação às atividades de vida cotidiana que os pacientes realizavam antes da confecção do estoma. No estudo de Silva, et al., 2021, pacientes relataram a dificuldade do uso do cinto de segurança do carro, tanto do passageiro, quanto do motorista e mostraram receio de a bolsa romper ou abrir com a pressão exercida pelo cinto, práticas simples do dia a dia que impactam na vida do indivíduo estomizado.

A enfermagem lida com pacientes ostomizados, desde o pré-cirúrgico, explicando sobre o procedimento, delimitando a área do estoma. No pós-cirúrgico imediato, ainda no hospital ensinado no autocuidado com a bolsa e pele periestoma e lida com esse paciente no pós-cirúrgico tardio em redes de apoio, serviços especializados e unidades básicas de saúde. No pós-cirúrgico tardio não se deve deixar de ocorrer o Processo de Enfermagem, avaliando e entendendo a adaptação do paciente frente a sua nova condição de saúde, diagnosticando situações que agravam a saúde do paciente e propondo intervenções que busquem solucionar e proporcionar uma melhor qualidade de vida. Dentro deste contexto, o profissional enfermeiro deve direcionar seu cuidado para o enfrentamento da situação psicossocial do paciente, desenvolvendo estratégias de enfrentamento e traçando metas para que o paciente tenha tratamento psicológico em conjunto aos cuidados de enfermagem contemplando o indivíduo de forma holística. Leite e Aguiar, 2017.

O enfermeiro deve estar preparado para exercer o cuidado através da difusão do conhecimento para o paciente, família e comunidade onde atua. Neste sentido o papel da enfermagem vai muito além da avaliação física do paciente, mas no entendimento de como o indivíduo se porta em família e sociedade e como a confecção de um estoma, ou o agravo à saúde que levou a sua confecção afetam a vida e as atividades de vida diária desse indivíduo. Preparando esse paciente para que seja capaz de realizar seu próprio cuidado, mas que também não se isole socialmente das atividades que desenvolvia antes do estoma, para que sua qualidade de vida não seja prejudicada, Pereira da Silva, et al.,2022.

De acordo com o autor Oliveira et al., 2023, baseado nos resultados de uma pesquisa feita com 153 pessoas com estomas de eliminação, atendidas em um ambulatório de referência. Foi possível observar pontos importantes como: a maioria masculina, e idade superior aos 50 anos. Sessenta e nove relatam o câncer colorretal como a principal causa para realização da estomia. e, ao avaliar as adaptações, houve um maior número de pessoas adaptadas à nova condição, realizando sozinhos o esvaziamento do equipamento coletor, secagem da pele periestoma, medição e corte do molde. Em relação às mudanças psicossociais evidenciaram se que após a confecção do estoma houve grande diminuição da autoestima e aumento do isolamento social.

No título: Diagnóstico de enfermagem baixa autoestima situacional em pessoas com estomia de Melo, et al., 2019, enfatiza a importância dos enfermeiros em estabelecer diagnóstico de enfermagem e esclarecer dúvidas, auxiliando pessoas com estomia em todo seu processo. Coletando dados que apontam que entre as caraterísticas definidoras, observa-se verbalizações auto negativas, comportamento indeciso e comportamento não assertivo, sendo um reflexo da falta de comunicação adequada da equipe de saúde, resultando na não compreensão da pessoa em relação ao seu autocuidado, construção e conquista de autoestima, comportamentos esses que podem ser observados em vários momentos da vida com limitações que a estomia impõe nas atividades do cotidiano desses pacientes, que referem a si como incapaz de lidar com diferentes situações. O papel do enfermeiro no desenvolvimento da autoestima é um passo decisório, que com a assistência prestada, pode ser capaz de fornecer benefícios de forma integral e individualizada, conforme a necessidade de cada um.

No que se observou em relação aos relacionamentos interpessoais da pessoa com estoma, o autor Vera, et al., 2017, que apresenta o título: Sexualidade dos pacientes com estomias intestinais de eliminação. Teve como objetivo a avaliação dos efeitos resultantes desses pacientes, apontando indicadores que revelam a faixa predominante em indivíduos de 60 anos ou mais, logo em seguida a faixa de 31 a 59 anos, e com o menor número, a faixa etária de 19 a 30 anos. Além disso, mostram que existe uma significativa influência diante aos padrões de beleza designados pela sociedade, que afetam diretamente esses pacientes, não só de forma física, como psíquica. Observa-se que, a assistência diante a esses pacientes ainda é pouco abordada devido à complexidade, falta de informação e tabus estabelecidos. É de suma importância que a assistência a esses pacientes deve se estender não só a eles, mas também, aos seus familiares, amigos e parceiros, para melhoria na etapa de manutenção, reabilitação e adaptação das suas condições atuais ou permanentes. Minimizando os fatores negativos e melhorando assim, sua qualidade de vida e consequentemente a sua vida sexual.

No estudo: Estratégias de atendimento psicológico a pacientes estomizados e seus familiares, o autor Michelato Silva, et al., 2019, teve como objetivo retratar as estratégias de atendimento psicológico com pacientes e seus familiares. Este estudo mostra a situação psicossocial destes pacientes, e como é preciso proporcionar maior atenção a qualidade de vida do que a doença em si, compreendendo um conjunto de atividades, como o levantamento da história clínica, identificação das necessidades psicológicas dos pacientes, reunião para discussão dos casos e elaboração de planos que identifiquem a demanda e necessidade de aprendizagem e estratégias de autocuidado, proporcionando benefícios que vão além de acolhimento e orientação psicológica, minimizando o sofrimento decorrente da doença, focando no desenvolvimento de competências de autocuidado.

O autor Ribeiro, et al., 2019, traz outra perspectiva de cuidado que deve ser observada pelo enfermeiro, onde realizou um estudo onde destacou-se apenas as estomias intestinais, se trata de um estudo descritivo, em um formato de roteiro de perguntas semiestruturadas. O autor busca demonstrar através de sua pesquisa que o perfil sociocultural e econômico deve ser exposto para a construção de possíveis estratégias de promoção e prevenção. Apresenta-se no estudo que uma grande parte dos pacientes com estomas são do sexo masculino, e que as mulheres conseguem se adaptar de forma mais fácil e em um curto espaço de tempo ao processo de reabilitação, pois os homens tendem a procurar menos os serviços de saúde. Ribeiro et al., 2019, também traz que a baixa escolaridade pode refletir se na forma de reabilitação do paciente, o autor pontua que o grau de instrução é considerado preocupante a maioria dos entrevistados possui baixa escolaridade e baixa renda, dificultando no autocuidado.        

De acordo com o autor Freitas, et al., 2023, que mapeia na literatura alguns estudos que mostram as orientações da enfermagem para pessoas com estomias intestinais na atenção primária à saúde e centros de referência. O autor pontua que a atuação e orientação do enfermeiro irá interferir de forma grandiosa no modo que o paciente irá enfrentar todo processo. Os resultados postos por Freitas, et al., 2023, mostram que foram encontrados em literaturas orientações importantes ao enfermeiro como os cuidados com a estomia e pele periestomal, mostrando assim importância em orientar o autocuidado, pontuando orientações relacionadas a higienização do estoma, a forma correta de higienizar com água e sabão, não utilizando produtos perfumados ou hidratantes, inicialmente pacientes apresentam dificuldade na higienização, mas após algumas orientações já conseguem realizar de forma correta. Pontuando em seguida a orientar os pacientes sobre equipamentos coletores e adjuvantes, orientando os pacientes a compreender exatamente como colocar, retirar e limpar. A grande maioria dos pacientes apresentam grande dificuldade em entendimento pelo baixo nível de escolaridade, dificultando assim o entendimento.

A falta de conhecimento adequado sobre as políticas e direitos da pessoa com estoma, acarreta o déficit no autocuidado dos pacientes, segundo o autor Alievi1 et al., 2023, muitas vezes encontram-se falhas como a carência de capacitação, e estratégias de educação continuada e permanente para os enfermeiros prestarem um cuidado de qualidade. O olhar clínico do profissional enfermeiro deve abranger a realidade do paciente de forma que envolva não só o paciente, mas a família e o meio social em que este está inserido. Ribeiro, et al., 2019, mostra que as condições tanto financeiras como estruturais do paciente interferem em seu tratamento e melhoria, pois a falta de conhecimento retarda a melhora e autocuidado do paciente.O enfermeiro deve estar atento para as falas e objeções do paciente em relação ao seu autocuidado e aspectos psicossociais, para traçar um plano de cuidados individual e que permita ao paciente enfrentar mais facilmente sua nova situação.

O autor Alievi1 et al., 2023, que apresenta o título: Atenção à saúde do estomizado na rede de atenção à saúde na perspectiva de enfermeiros. Buscou apresentar a perspectiva dos enfermeiros que trabalham atendendo a pessoas com estomas. O estudo foi desenvolvido com 29 enfermeiros que atuavam na rede de atenção à saúde, realizado nos meses de março e abril de 2018, por meio de uma entrevista. O estudo apresenta a grande dificuldade dos enfermeiros em prestar uma assistência adequada aos pacientes, por falta de capacitação e educação continuada, falta de materiais de apoio e de um processo pré-estabelecido para atenção a estes pacientes.

Também no estudo de Dalmolin et al., 2022, onde participaram 21 profissionais da equipe de enfermagem, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, reconheceram a família como parte integral dos cuidados de enfermagem. “Estabelecer um relacionamento de confiança e comprometimento com a família, inserindo-a nas ações de cuidado com a pessoa com estoma, possibilita desenvolver um plano de cuidados compartilhados, em que há corresponsabilização e coparticipação de ambas as partes”. Muitas vezes é um familiar que irá realizar o cuidado do paciente estomizado, porém a instrução dos familiares não deve ser somente com os cuidados físicos com o estoma, mas também em relação a identificação de sintomas de ansiedade e depressão relacionados à nova situação.

Tratando de estomias sabe que grande maioria dos pacientes além das questões físicas há também questões emocionais e psicológicas, grande parte há uma dificuldade de aceitação da nova realidade, causando assim então o isolamento, e cabe também ao enfermeiro orientar e auxiliar o paciente frente a isso, explicando que a qualidade de vida permanece, porém com alguns ajustes, incentivando o paciente a participar de grupos de apoio com pessoas que passam pela mesma situação. o enfermeiro deve ensinar e adotar medidas que ajudem a melhorar a vida do paciente estomizado

segundo o autor Freitas, et al., 2023, no que concerne à pessoa com estoma, o enfermeiro deve atuar esclarecendo todas as dúvidas e buscando solucionar as dificuldades da pessoa em todas as esferas impactadas pela estomia, com vistas à promoção do autocuidado, processo adaptativo e retomada da cotidianidade.

Através do Processo de Enfermagem o enfermeiro deve identificar, explicar e descrever como os pacientes respondem aos problemas de saúde, e avaliar quais aspectos desses problemas necessitam de uma intervenção de Enfermagem. O Processo de Enfermagem é composto por etapas que são inter-relacionadas, interdependentes, recorrentes e cíclicas sendo atualmente descritas como: Avaliação de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação de Enfermagem e Evolução de Enfermagem COFEN, 2024.

A enfermagem como área científica deve basear sua atuação em dados e evidências. As teorias de enfermagem surgem como base para a tomada de decisões nas práticas diárias de enfermagem, no estudo: Plano de alta de enfermagem para estomizados intestinais, de Ó Brito, et al., 2019 destacou-se a importância de construir um plano de alta para pessoas estomizadas intestinais à luz da Teoria Humanística de Paterson e Zderad. O profissional de enfermagem deve preparar o indivíduo para a recuperação da independência do autocuidado, esclarecendo dúvidas antes e depois da confecção do estoma. Neste sentido também vale destacar a aplicação do Processo de Enfermagem como instrumento para diagnosticar os déficits no cuidado, na aceitação da nova condição e traçar metas junto com o paciente e equipe multiprofissional para que o cuidado seja humanizado e individualizado, valorizando o paciente como ser ímpar com medos, inseguranças, dificuldades e seus próprios conceitos de valor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseado nos achados diante dos autores escolhidos, nota-se que a enfermagem desempenha papel fundamental no cuidado dos pacientes ostomizados no ambiente intra e extra-hospitalar. O enfermeiro representa o profissional do cuidado, que está em contato direto com o paciente, e deve estar atento às respostas pessoais do indivíduo frente aos agravos à saúde que o acometem. Muito ainda deve ser pesquisado sobre o assunto que é pouco difundido na sociedade e mesmo dentro da área da saúde causando lacunas no processo do cuidar.

O enfermeiro deve utilizar-se sempre dos métodos e bases científicas da enfermagem para que o cuidado proporcione ao cliente a melhor adaptação perante as patologias que o acometem. Sendo o indivíduo capacitado para o cuidar, o profissional deve estar apto para traçar um plano individual que abranja todos os aspectos da vida cotidiana que interfiram na saúde do cliente em sua totalidade, lembrando-se sempre que o estado de saúde não é tão somente a ausência ou adaptação frente às doenças, mas buscando um completo bem-estar físico, social, psicológico e espiritual do ser.

Ter o paciente como centro do cuidado é importante para que ele desenvolva o autocuidado com a estomia, porém a família é muito importante, tanto para realizar os cuidados quando o paciente não consegue fazê-lo, e para que esse paciente não se isole e se afaste de suas atividades de vida diárias.  Segundo Silva, et al., 2021, a pessoa com estomia percebe o afastamento de alguns amigos e pode se sentir estigmatizada. Muitas vezes a própria pessoa se afasta por receio de perguntas e de sofrer preconceitos.

Em razão disto o enfermeiro deve estar sempre em busca de se qualificar e explorar fundamentos, técnicas e tecnologias nas diversas áreas de conhecimento em que atua, pois sua atribuição impacta diretamente nas vidas dos pacientes que assiste. O paciente que teve sua vida totalmente mudada em aspectos físicos, psicológicos e sociais busca no profissional da saúde, principalmente na assistência de enfermagem, o conforto e conhecimentos necessários para que sua vida continue e se adapte às novas realidades.

Entende-se que muitas são as dificuldades de assistir a esses pacientes em sua totalidade, porém a enfermagem deve olhar para o ser individual, além da patologia que o acomete e reconhecer baseado em conhecimento científico, quais ações devem ser tomadas através da escuta clínica identificar as queixas e dificuldades que o paciente está enfrentando e propor intervenções que tenham como objetivo a melhora na qualidade de vida do paciente, envolvendo a equipe multiprofissional, a família e o meio social em que este está inserido, impactando de forma positiva a pessoa que necessita de cuidados. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Orientações para pessoas com estomia intestinal, Freitas et al.,   2023. Disponível em: < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/68677/46548 >. Acesso em: 25 abr 2024.
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  20. Atenção à saúde do estomizado na rede de atenção à saúde na perspectiva de enfermeiros, Alievi1 et al., 2023. Disponível em: < https://enfermfoco.org/wp-content/uploads/articles_xml/2357-707X-enfoco-14-e-202365/2357-707X-enfoco-14-e-202365.pdf >. Acesso em 25 abr 2024.
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  22. Perfil de pacientes do núcleo de atenção à saúde da pessoa estomizada: na ótica sociocultural e econômica, Ribeiro, et al., 2019. Disponível em: < https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/284/503 >. Acesso em 21 abr 2024. 

*Darla Yanca; Paloma Rios e Thays Santos, graduandas de enfermagem.
**Professor(a) orientador(a) Lorena Campos. lorena.santos@unils.edu.br