ABORDAGEM CLÍNICA E NUTRICIONAL DA OBESIDADE FELINA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7103675


Autor:
Felipe Junior Lima e Silva1
Orientadora:
Paula Gisele Freitas Corrêa2
Coorientador:
Marcimar Silva Sousa3


RESUMO

A obesidade é uma doença crônica e multifatorial relacionada à nutrição. É comum em animais de estimação e tem causado problemas significativos. Os pacientes experimentam uma diminuição da expectativa de vida e qualidade de vida como resultado desta doença. Este artigo fornece informações úteis sobre o tratamento e manejo da obesidade felina. Ele também fornece informações práticas para os leitores sobre o diagnóstico, tratamento e prevenção da obesidade em gatos. Além disso, o trabalho visa fornecer informações úteis sobre a obesidade em geral para animais de companhia. Pretende-se prestar cuidados de saúde aos doentes numa abordagem centrada no diagnóstico, tratamento e prevenção. À luz dos objetivos traçados no início deste artigo, foi realizado um breve levantamento da literatura existente. Este estudo abordou os aspectos da fisiopatologia da obesidade, métodos de diagnóstico da condição, estimativa da condição corporal em gatos e métodos de tratamento da condição em gatos. Isto foi seguido por pensamentos finais sobre a doença e seus efeitos sobre os pacientes.

Palavras-chave: Abordagem Clínica. Obesidade. Felinos.

ABSTRACT

Obesity is a chronic and multifactorial disease related to nutrition. It is common in pets and has caused significant problems. Patients experience a decrease in life expectancy and quality of life as a result of this disease. This article provides useful information on the treatment and management of feline obesity. It also provides practical information for readers on the diagnosis, treatment and prevention of obesity in cats. In addition, the work aims to provide useful information about obesity in general for companion animals. It is intended to provide health care to patients in an approach focused on diagnosis, treatment and prevention. In light of the objectives outlined at the beginning of this article, a brief survey of the existing literature was carried out. This study addressed aspects of the pathophysiology of obesity, methods of diagnosing the condition, estimating body condition in cats, and methods of treating the condition in cats. This was followed by final thoughts on the disease and its effects on patients.

Keywords: Clinical Approach. Obesity. Cats.

INTRODUÇÃO

Um animal que sofre de obesidade sofrerá efeitos negativos à saúde devido ao excesso de gordura corporal. A doença é considerada um problema global crescente em humanos (Kopelman, 2000), e as estimativas atuais sugerem que quase dois terços dos adultos nos Estados Unidos estão com sobrepeso ou sofrem de obesidade, (FLEGAL et al, 2002).

A obesidade em cães e gatos é considerada atualmente o distúrbio nutricional mais prevalente nas clínicas veterinárias e rotinas hospitalares (CLINE e MURPHY, 2019). Essa condição é descrita como acúmulo excessivo de tecido adiposo resultante de um balanço energético positivo, ou seja, maior ingestão calórica diária associada ao gasto energético diário (MICHEL E SCHEK, 2012).

A doença tem efeitos relevantes na saúde dos animais devido às suas consequências, como distúrbios metabólicos (diabetes e hiperlipidemia), distúrbios mecânicos (osteoartrite e displasia coxofemoral), distúrbios do trato urinário, distúrbios cardiopulmonares e reprodutivos, resultando em má qualidade e redução da expectativa de vida, (GERMAN, 2006).

Pequenos estudos avaliando a prevalência de animais domésticos ainda são limitados. Nos últimos 30 anos, estudos foram realizados em gatos usando diferentes definições de obesidade e sobrepeso. Esses estudos mostraram um progresso significativo nos métodos para estimar o teor de gordura corporal de gatos, (SLOTH, 1992; ROBERTSON, 1999; RUSSELL et al, 2000; HARPER, 2001; LUND et al, 2005). Dos estudos disponíveis, estima-se a obesidade felina mundial entre 19% e 52%.

Seja qual for a realidade da obesidade felina hoje, é claro que esta doença deve ser diagnosticada clinicamente cada vez mais frequentemente em nossos pacientes devido à sua relativa simplicidade e importância médica. Além disso, estudos mostraram que os proprietários tendem a subestimar a condição física do animal ao comparar a avaliação de um animal com a realizada por um veterinário, (KIENZLE & BERGLER, 2006).

1. CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS NOS FELINOS

Os felinos, esta informação são fundamentais para a saúde nutricional de um gato e afeta diretamente suas necessidades calóricas diárias, metabolismo e equilíbrio nutricional da dieta. Como predadores, os gatos têm comido uma dieta rica em proteínas com baixo a moderado teor de gordura e baixo teor de carboidratos. Assim, os gatos são metabolicamente e evolutivamente adaptados a uma dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos, (ZORAN, 2002).

A anatomia dos gatos é diretamente afetada pela alimentação. Eles têm certas propriedades únicas devido a esse fato. Os felinos têm um trato intestinal curto como outros carnívoros. Uma dieta rica em proteínas exige que os intestinos se movam de forma rápida e eficiente. Os longos tratos gastrointestinais de herbívoros e onívoros requerem um tempo significativo para processar carboidratos complexos encontrados em suas dietas. Os gatos têm um sistema gastrointestinal fortemente focado na absorção de proteínas. Eles também carecem de amilase salivar e têm muito pouca amilase pancreática. Os gatos têm dificuldade em quebrar os carboidratos devido à deficiência dessa enzima, (ZORAN, 2002).

Os gatos são animais evolutivamente do deserto, adaptados para sobreviver em condições áridas. Desta forma, os gatos podem concentrar sua urina de forma mais eficiente do que cães ou humanos. Esse tipo de adaptação permite que os gatos vivam com muita pouca água, no entanto, esse processo fisiológico pode explicar sua maior suscetibilidade à doença renal. Portanto, o foco atual da indústria de ração animal é o nível de hidratação que a ração úmida, em particular, pode proporcionar aos gatos para proporcionar algum grau de proteção contra possíveis doenças renais futuras, (CHEW, 1965)

Segundo Zoran (2002), as necessidades proteicas dos felinos (29%) são muito superiores às de outras espécies, mais de três vezes a dos humanos (8%) e mais que o dobro dos cães (12%).

Essa alta exigência de proteína está relacionada à manutenção do metabolismo do gato, não à proteína necessária para o crescimento. Por exemplo, camundongos precisam de três vezes mais proteína para crescimento do que para manutenção. Os gatos, por outro lado, precisam apenas de 50% mais proteína para crescer. A razão metabólica pela qual os gatos precisam de alta proteína é a alta atividade das enzimas catabólicas para o metabolismo de aminoácidos no fígado do gato. Essas enzimas não são adaptativas, então o nitrogênio é inevitavelmente perdido pela absorção da dieta mesmo quando os gatos são alimentados com uma dieta pobre em proteínas (ROGERS, et al., 1980).

BELIVEAU & FREELAND (1982) demonstraram que a inibição da fosfoenolpiruvato carboxiquinase inibe a gliconeogênese da serina em células de fígado de rato de laboratório, a mesma coisa não acontece em células de fígado de gato. Esses resultados sugerem que, em gatos, a serina é convertida em glicose através de uma via que não envolve piruvato e serina desidratase. A baixa atividade da serina desidratase no fígado de gatos tem sido estudada (ROGERS et al., 1977; ROWSELL et al., 1979), o que sustenta a hipótese de que existe uma via alternativa ao piruvato, que pode envolver o hidroxipiruvato.

Como os gatos não podem sintetizar a taurina por meio de sua adição pela via alternativa, eles dependem de fontes externas do aminoácido. Os cães, por outro lado, usam a via de conjugação da glicina para criar taurina adicional. Os cães podem atender às suas necessidades de taurina comendo alimentos orgânicos ricos em aminoácidos sulfúricos. Os gatos não têm capacidade de sintetizar nutrientes de sua dieta. Em vez de uma dieta onívora, eles precisam de uma dieta carnívora que já tenha todas as vitaminas e minerais de que precisam, (CHEW, 1965).

Como carnívoros obrigatórios, os gatos têm preferências de sabor muito específicas. Foi demonstrado que os gatos não conseguem detectar (MOORE et al., 1963) ou selecionar (CARPENTER, 1956) soluções doces. BARTOSHUK et al.(1975) demonstraram que gatos rejeitam soluções de sacarina e ciclamato. A pesquisa de BEUCHAMP et al.(1977) corrobora a visão de que os gatos são imparciais quando se trata de açúcares, mesmo quando relacionados à água ou mesmo a soluções salinas. Os pesquisadores também demonstraram que os gatos preferem sucralose e lactose quando diluídos em soluções lácteas, mas o mecanismo desencadeante dessa preferência não foi elucidado.

Os gatos precisam de gordura em suas dietas para fornecer vitaminas e minerais essenciais, bem como energia adicional. Além disso, a gordura é uma fonte concentrada de energia para o corpo. A palavra solúvel em gordura refere-se a algo que pode ser dissolvido em gordura. Os lipídios em um alimento afetam seu sabor e textura. Eles também alteram a aparência e o aroma dos alimentos com base em sua concentração, (ZORAN, 2002).

Por causa de sua longa história de adaptação carnívora, os gatos têm uma variedade limitada de alimentos que podem comer. Sua especialização alimentar levou a um alto nível de adaptação às dietas à base de carne. Os gatos não têm a capacidade de criar vitamina A, D, ornitina ou taurina devido a uma deficiência em suas enzimas. O mesmo é verdade para sua incapacidade de converter caroteno em vitamina A ou ácido linoleico em araquidonato. Além disso, isso se deve à remoção completa da via metabólica relevante nutrientes, (ROGERS, et al., 1980).

1.2 Fisiopatologia da obesidade

Em geral, a obesidade é causada por um balanço energético positivo. No entanto, compreender os fatores associados aos desequilíbrios na ingestão e gasto energético ainda é considerado um processo complexo e multifatorial, (CLINE E MURPHY, 2019).

Ter muito peso faz com que o corpo sofra perpetuamente de inflamação crônica. Quanto mais tecido adiposo uma pessoa tem, maior o nível de inflamação. A inflamação geralmente começa com a liberação de mediadores inflamatórios do tecido adiposo no corpo como um todo. Alternativamente, a inflamação local – ou inflamação em áreas específicas – pode ocorrer devido à inflamação nos adipócitos, (WOLIN; CARSON; COLDITZ, 2010; CLINE E MURPHY, 2019).

A obesidade causa uma resposta inflamatória geral no corpo devido à liberação de dois hormônios das células de gordura. A leptina aumenta a inflamação, enquanto a adiponectina a diminui. Mais importante, no entanto, a diminuição dos níveis de adiponectina está associada ao aumento do tecido adiposo – e o aumento dos níveis de leptina está associado ao aumento do tecido adiposo, (ZORAN, 2010; DENG et al., 2014).

O estado inflamatório produzido pelo excesso de tecido adiposo favorece o desenvolvimento de uma variedade de doenças crônicas, incluindo distúrbios metabólicos (hiperlipidemia, intolerância à glicose, resistência à insulina e deposição hepática de lipídios em gatos), distúrbios ortopédicos (doença articular, doença do disco intervertebral), osteoartrite , e fraturas do côndilo do úmero), distúrbios geniturinários (urolitíase, carcinoma de células transicionais e deformidades) e alterações funcionais, como intolerância ao exercício físico, imunossupressão, aumento do risco de anestesia e redução da expectativa de vida.

1.3 Diagnóstico da obesidade

De acordo com Kipperman e German 2018, os animais são considerados obesos quando possuem mais de 30% de gordura corporal. Isso se aplica a cães e gatos. Existem várias ferramentas disponíveis para determinar o percentual de gordura em cães e gatos. Isso inclui métodos para estipular essas informações. Cães e gatos são diagnosticados como animais obesos quando sua composição corporal excede 30% de gordura (KIPPERMAN & GERMAN, 2018). Para determinar ou prescrever o percentual de gordura para cães e gatos, várias ferramentas estão disponíveis. Disponível, mas varia em disponibilidade, custo e se é necessária sedação ou anestesia. Métodos como escalas, ECC (escore de condição corporal), EMM (escore de massa corporal magra), ultrassonografia, radiografia e morfometria são frequentemente utilizados na rotina clínica de cães e gatos devido ao seu baixo custo, praticidade e facilidade de uso. Por outro lado, outros métodos são menos utilizados na rotina clínica e são mais úteis em ambientes científicos devido a procedimentos mais longos, complexidade e/ou necessidade de sedação ou anestesia, como métodos avançados de imagem, bioimpedância elétrica e diluição de deutério. (SANTAROSSA; PARR; VERBRUGGHE, 2017).

O sistema de pontuação ECC, é uma forma não invasiva, prática e acessível para determinação do percentual de gordura dos cães e gatos. Consiste na avaliação de características de estrutura do corpo, independente do peso corporal por meio da palpação e inspeção (BURKHOLDER, 2001; SANTAROSSA; PARR; VERBRUGGHE, 2017). Assim, os locais de avaliação para gatos incluem abdômen, costelas, região lombar e cintura, enquanto para cães, os locais de avaliação incluem abdômen, costelas, coluna lombar e pelve, (LAFLAMME, 1997).

Embora a ECC seja conhecida por seu uso rotineiro na rotina clínica de cães e gatos, uma desvantagem relacionada a esse método é que ele não avalia o percentual de massa corporal magra do animal, apenas o percentual de gordura. Portanto, é recomendável usar o método ECC com EMM, (BALDWIN, 2010).

O uso da EMM na rotina clínica de pequenos animais é necessário, pois pacientes desnutridos ou com sobrepeso podem apresentar perda significativa de tecido magro que não é detectada pelo ECC, (BURKHOLDER, 2001; SANTAROSSA; PARR; VERBRUGGHE, 2017).

A estimativa da massa corporal magra e do percentual de gordura corporal pela morfometria é baseada no comprimento anatômico e na circunferência de determinadas partes do corpo do animal, utilizando fitas métricas, como perímetro cefálico, perímetro torácico, perímetro pélvico, (BURKHOLDER, 2001; WITZEL et al., 2014; SANTAROSSA; PARR; VERBRUGGHE, 2017).

1.4 Tratamento da obesidade

É importante individualizar os protocolos de perda de peso para cães e gatos. Isso permite que eles percam peso a uma taxa segura, reduzindo o risco de desnutrição. Também promove o seu bem-estar geral, (BROOKS et al., 2014).

Animais de estimação obesos requerem uma avaliação detalhada de seu histórico nutricional. Isso envolve examinar detalhes sobre sua dieta atual, horários das refeições, qualquer pessoa em sua casa envolvida na alimentação, qualquer atividade física que realize e exercício potencial. Isso ajuda a determinar o melhor plano de ação ao considerar os tratamentos da obesidade, (BALDWIN et al., 2010).

Durante um exame físico completo, os médicos procuram sinais de problemas de saúde causados ​​pela obesidade. Eles também medem o peso do animal, estimativa do ECC e EMM, (CLINE E MURPHY, 2019).

A pontuação corporal ideal constitui a base do programa individualizado de perda de peso após a avaliação inicial.

Os pacientes precisam selecionar alimentos apropriados para perda de peso, seguir estratégias para se exercitar regularmente e enriquecer seu ambiente. Eles também precisam monitorar de perto sua condição até atingir o peso adequado. Além disso, a redução da ingestão calórica requer acompanhamento médico até que o paciente atinja o peso ideal. Cães e gatos devem perder entre 0,5 e 2% do seu peso corporal por semana. Essa recomendação vem do fato de que perder entre 0,5 e 2% do peso corporal por semana é considerado seguro para cães e gatos, (BROOKS et al., 2014).

1.5 Estratégias de prevenção para obesidade

Estratégias de prevenção de doenças devem ser implementadas desde a fase de crescimento do animal até a fase de envelhecimento. Nesse sentido, os médicos veterinários devem ter o cuidado de manter um balanço energético neutro, ao invés de um desequilíbrio entre ingestão e gasto energético, e para isso, utilizar ferramentas de prevenção da obesidade de acordo com a fase de vida do animal, (GERMAN, 2016).

Monitorar o peso corporal de um animal regularmente é o principal método de prevenção da obesidade.

É importante considerar estratégias alimentares ao trabalhar com animais de estimação. Isso inclui determinar qual refeição é a principal, medir cada porção com precisão, considerar os acréscimos em suas calorias diárias e ajustar a ingestão de alimentos conforme necessário, (GERMAN, 2010).

A atividade física diária é tão importante quanto a ingestão adequada de calorias. Ambos são necessários para evitar ganho de peso insalubre em animais, os cães podem gastar energia através de várias atividades, como caminhar, ir à praia, exercitar-se ao ar livre e participar de aulas de agilidade. Os gatos se beneficiam de brincar com alimentadores de quebra-cabeça, brinquedos motorizados, varas de pescar ou acesso externo. No entanto, é imperativo que eles estejam seguros ao acessar essas coisas, (CLINE E MURPHY, 2019).

A castração pode causar excesso de peso em cães e gatos, e existem diferenças entre as raças. Portanto, o monitoramento do peso é necessário após a castração para prevenir a obesidade. Recomendamos pesar os animais no momento da castração, 2 semanas, 4 semanas, 12 semanas após a cirurgia e a cada 6 meses a partir de então. Portanto, se os animais não tiverem ECC ideal, o manejo alimentar deve ser reajustado, (GERMAN, 2016).

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obesidade em felinos está se tornando uma epidemia que requer atenção veterinária por ser uma doença crônica grave com tratamentos multifatoriais e complexos além de estar associada ao desenvolvimento de doença secundária permanente.

O diagnóstico da obesidade é relativamente fácil. O desafio é convencer o proprietário a fazer as mudanças necessárias na dieta e estilo de vida do animal para induzir e manter uma perda de peso significativa e duradoura. Também é importante que os médicos se preparem para a resistência do proprietário, que pode se manifestar como dúvida e relutância em seguir as soluções sugeridas. Também é importante que o clínico seja capaz de responder adequadamente às perguntas do proprietário sobre o tratamento.

Em felinos, os estudos do metabolismo da obesidade ainda são muito comparáveis ​​a outras espécies, principalmente cães e humanos, o que pode gerar resultados conflitantes e inconclusivos. Tenha em mente que insistir em tentar comparar espécies diminui a especificidade da descoberta. Além disso, os estudos sobre esse tema ainda são poucos, inconsistentes e pouco claros sobre a patogênese. A obesidade em felinos revela-se assim uma área interessante e com grande potencial de investigação científica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AHMAD, B. The fate of carotene after absorption in the animal organism. Biochem. J. 25:1195-1204, 1931.

ALLAN FJ, PFEIFFER DU, JONES B. R. A., crosssectional study of risk factors for obesity in cats in New Zealand. Prev Vet Med, 46:183-196, 2000.

BACKUS, R.C.; CAVE, N.J.; KEISLER, D.H. Gonadectomy and high dietary fat but not high dietary carbohydrate induce gains in body weight and fat of domestic cats. British Journal of Nutrition, Cambridge, v. 98, n. 3, p. 641 650, 2007.

BERGMAN, R.N.; KIM, S.P.; CATALANO, K.J.; HSU, I.R.; CHIU, J.D.; KABIR, M.; HUCKING, K.; ADER, M. Why Visceral Fat is Bad: Mechanisms of the Metabolic Syndrome. Obesity, Silver Spring, v. 14, p. 16S-19S, 2006.

BRENNAN, C.L.; HOENIG, M.; FERGUSON, D.C. GLUT4 but not GLUT1 expression decreases early in the development of feline obesity. Domestic Animal Endocrinology, Stoneham, v. 26, p. 291-301, 2004

BRODIE, B. B. , REID, W. D. Some pharmacological consequences of species variation in rates of metabolism. Fed. Proc. 26: 1 062-70, 1967.

BROOKS, Dawn et al. 2014 AAHA weight management guidelines for dogs and cats. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 50, n. 1, p. 1-11, 2014.

COLLIER, G. L. , KAUFMAN, W. , KANAREK, R . , FAGEN, J. Optimization oftime and energy constraints in the feeding behavior of cats. Carnivore: 35-41, 1978.

CORBEE, Ronald J. Obesity in show cats. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, v. 98, n. 6, p. 1075-1080, 2014.

FEDIAF, The European Pet Food Industry Federation. Nutritional Guidelines For Complete and Complementary Pet Food for Cats and Dogs. Disponível em: www.fediaf.org

KIPPERMAN, Barry S.; GERMAN, Alexander J. The responsibility of veterinarians to address companion animal obesity. Animals, v. 8, n. 9, p. 143, 2018.


1Graduando do Curso de Medicina Veterinária Veterinária Centro Universitário FAMETRO, Manaus, Amazonas, Brasil.
E-mail: mv.felipelima@outlook.com

2Orientadora Médica Veterinária Esp. em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, Manaus, Amazonas, Brasil.
E-mail: gisafcorrea@yahoo.com.br

3Docente coorientador do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário FAMETRO, Manaus, Amazonas,
Brasil.
E-mail: marcimar.sousa@fametro.edu.br