A UTILIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA “OCEANO AZUL” EM UM CENTRO DEBELEZA E ESTÉTICA COMO MECANISMO DE VANTAGEM COMPETITIVA NOMERCADO ATUAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7838274


Joacyr de Souza Castro1
Lúcio José Pereira Lopes2
Myrella de Oliveira Neves3
Orientador: José Carlos Alves Roberto4


RESUMO

A estratégia do Oceano Azul é uma forma de tentar fugir das estratégias tradicionais como no oceano vermelho, fazendo com que tenha mais riscos, porém de maneira que pode trazer diversos frutos se bem aplicado. Por isso, a pergunta problema deste artigo é: de que forma o oceano azul pode ser uma estratégia de vantagem competitiva para uma empresa da área de beleza e estética? O objetivo geral desta pesquisa foi identificar os benefícios da utilização da estratégia ‘’Oceano Azul’’ em uma empresa do setor de beleza e estética da cidade de Manaus. A pesquisa é definida com a metodologia de estudo de caso, com natureza qualitativa e fins exploratórios. Os resultados alcançados na pesquisa mostraram a problemática do centro de beleza e estética analisado frente ao mercado cada vez mais competitivo, onde foi possível identificar a necessidade da renovação nas estratégias de administração para maior alcance dos clientes frente ao aumento da concorrência. Essa relação mostrou a importância da estratégia oceano azul para auxiliar no crescimento da empresa, aumento da visibilidade e fortalecimento da marca.

Palavras chaves: Oceano azul; estratégia; vantagem; crescimento. 

1  INTRODUÇÃO 

De acordo com Besanko (2012), o oceano azul é uma estratégia definida como a busca por um novo segmento com inovação de mercado utilizado por empresas que buscam atualizar seus serviços de acordo com a demanda do mercado e do consumidor final. Em outras palavras: a ideia é desenvolver um produto ou serviço disruptivo que abra um novo segmento de mercado e desafie a estrutura conhecida da indústria. 

O objetivo geral desta pesquisa foi identificar os benefícios da utilização da estratégia ‘’Oceano Azul’’ em uma empresa do setor de beleza e estética da cidade de Manaus. Nesse contexto, o problema de pesquisa se baseia na problemática empresarial da necessidade de renovação e maior alcance dos clientes frente ao aumento da concorrência. A importância dessa estratégia auxilia no crescimento das empresas, aumenta a visibilidade delas e fortalece a marca. 

De acordo com Azevedo (2013) a questão de pesquisa faz parte de um estudo ou pesquisa, trabalho ou projeto em que um tópico ou pergunta está em aberto e que visa esclarecer ou encontrar respostas. Por isso, a pergunta problema deste artigo é: de que forma o oceano azul pode ser uma estratégia de vantagem competitiva para uma empresa da área de beleza e estética? 

A resolução da problemática encontrada na coleta de dados realizada durante a pesquisa na empresa do estudo de caso foi desenvolvida com base nas informações adquiridas na análise de pesquisas científicas realizadas sobre os benefícios da implementação da estratégia oceano azul para obtenção de vantagens no mercado de trabalho competitivo. Sendo observado que a oferta de serviços na área da beleza e estética tem estado cada vez com maiores opções, sendo necessário a busca por mecanismo e estratégias que possam gerar maior destaque e demanda dos serviços. 

As questões orientadoras da pesquisa foram os objetivos específicos, os quais buscaram apresentar sobre o conceito e aplicação da estratégia de “oceano azul”, identificar o contexto do mercado competitivo para as empresas da área de beleza e estética e apresentar uma proposta de implementação estratégia oceano azul para um centro de beleza e estética da cidade de Manaus. O alcance desses objetivos foi feito com base na revisão de literatura realizada, o qual teve como finalidade a apresentação de informações e dados coletados em mais de um estudo, o que facilitou o alcance dos resultados, devido a disponibilidade de pesquisas a respeito do tema.

Os resultados e discussão apresentados neste trabalho foram desenvolvidos de acordo com a análise realizada nos dados coletados no centro de beleza e estética, sendo levado em consideração as informações obtidas em pesquisas secundárias que abordam o mesmo contexto. O que espera dos resultados alcançados nesta pesquisa é que possa contribuir de alguma forma para a orientação de empresas e profissionais da administração que buscam métodos inovadores para destacar as empresas da área da beleza no atual mercado competitivo. 

2  REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 Empresas de grande porte

Segundo Bardin (2012), podemos dizer que grandes empresas são aquelas empresas que referenciam seu setor pela qualidade dos produtos que produzem e pela quantidade e retorno que obtêm de suas operações. Do ponto de vista de um investidor, nem sempre é possível encontrar uma boa empresa para investir que traga um retorno decente ao longo do tempo, pois afinal o preço de compra de um ativo deve sempre ser considerado na hora de fazer um investimento.

Segundo Bower (2017), não é fácil enumerar todas as condições possíveis de uma grande empresa, então podemos simplesmente resumir os principais atributos de uma empresa de sucesso, as principais qualidades; vantagens competitivas; quando uma empresa pode fornecer um produto ou serviço, essa diferenciação ocorre quando ela é percebida pelos clientes como superior aos demais concorrentes. A vantagem de poder operar com baixo custo também pode ser vista como uma vantagem competitiva. Esse tipo de qualificação é importante porque permite que as empresas tenham maior previsibilidade de receita ao longo do tempo.

Correa (2014) acredita que a gestão em alto nível significa que a qualidade da gestão é um fator chave na determinação de uma empresa de sucesso. A gerência experiente pode fazer as escolhas certas no momento certo, no melhor interesse da empresa.

Liderança de mercado: Normalmente, as empresas líderes de mercado têm produtos que têm o mais alto perfil e reputação em seu setor. Aos olhos da maioria dos clientes, esse selo de qualidade claramente agrega mais valor ao seu produto, o que não significa que ele não possa ser revertido por concorrentes com outros atributos de qualidade superior. De acordo com Dranove (2015), fica claro que esses são apenas alguns dos principais fatores que compõem a qualidade de uma empresa referenciada, o que significa que outros atributos podem ser adicionados à medida que lidamos com indústrias individuais.

Segundo Eden (2012), são muitas as atitudes que podem tornar uma empresa bem-sucedida em seu ramo. O primeiro é sempre ser centrado no cliente, porque no final é o cliente que aprova ou se opõe aos produtos e serviços que a empresa produz. O segundo fator extremamente importante é o pensamento de longo prazo na tomada de decisões, principalmente tomando cuidado para não fazer investimentos que vão além da estratégia da empresa. Finalmente, os empreendedores devem ter o cuidado de criar um modelo de negócios eficiente e flexível que possa se adaptar às mudanças nas preferências do mercado.

Concluindo, que para criar uma grande empresa não é uma tarefa fácil, porém, é perfeitamente possível que um empreendedor atinja seus objetivos quando está fazendo um planejamento estratégico.

2.1.1 Estratégias organizacionais das grandes empresas 

Para uma empresa de qualquer tamanho ou setor, definir uma estratégia organizacional é fundamental para o sucesso. É uma espécie de guia que guiará a empresa em cada passo do caminho, levando em consideração as realidades internas da empresa, os mercados externos e para onde ela quer chegar. Resumindo: é assim que tirar boas notas, vencer seus concorrentes e evitar outras ameaças que possam surgir. Esse processo inclui o planejamento e a execução de ações para que a empresa alcance um crescimento sustentável. Para isso, todos os recursos disponíveis (humanos, financeiros, técnicos, etc.) devem ser utilizados para atingir o objetivo (EISENHARDT 2019).

Segundo Gorrell (2015), os humanos têm exigido estratégias para sobreviver desde os tempos pré-históricos. A palavra vem da palavra grega strategos, que significa a posição de um general que comanda um exército. Na verdade, o conceito de estratégia vem justamente do ambiente militar, das ações que devem ser tomadas para derrotar o inimigo.

Para tanto, Greenwald (2015) afirmou que é necessário analisar os próprios recursos, pontos fortes e fracos, bem como a situação e os passos do oponente, para estudar os riscos ambientais. Não é incomum ouvir falar de empresas que enfrentam cenários de guerra onde a competição por espaço é acirrada. A partir dessa analogia, podemos entender que as organizações precisam adotar algumas estratégias para serem bem-sucedidas.

Ao vincular as origens beligerantes do termo estratégia ao ambiente corporativo, nos referimos aos planos que uma empresa deve adotar para se manter forte frente à concorrência sem perder sua participação de mercado. Segundo Michael Porter, professor da Harvard Business School, é um conjunto planejado de ações (defensivas e ofensivas) destinadas a adaptar a empresa ao ambiente externo e alcançar o domínio. (Porter, 2019)

Para isso, é necessário aumentar sua eficiência produtiva, reduzir alguns custos e apostar nas menores margens de lucro. Por exemplo, você também pode usar tecnologia proprietária ou priorizar o uso de determinada matéria-prima; Diferenciação: Diferente da primeira, essa estratégia não foca no custo, mas em uma ou mais características de um produto ou serviço que os clientes valorizam (Kim, 2019).

 Dessa forma, essas necessidades podem ser atendidas, dando mais visibilidade ao seu projeto ou investindo em melhores formas de distribuição, buscando nichos específicos, atendendo pequenas fatias de mercado com excelência, fazendo que eu assim fortaleça sua marca.

2.1.2 As empresas de grande porte e o mercado competitivo        

A competitividade que há entre as esse mundo empresarial ocorre quando as empresas competem entre si no mercado, de modo que todos são levados a melhorar continuamente para se diferenciar de seus concorrentes. Isso é feito investindo em tecnologia para desenvolver bons produtos e serviços, realizando pesquisas para entender seu público-alvo e proporcionar uma boa experiência aos clientes, e contratando profissionais qualificados (Ansoff, 2016).

Segundo Bardin, L. (2012), o termo “competitividade” pode ser bastante abrangente. No lado dos negócios, no entanto, muitas vezes trata-se do potencial de uma empresa para produzir uma solução que seja lucrativa e preferida do cliente.

Pensando que a competitividade representa a capacidade relativa de uma empresa enfrentar a concorrência, isso é bom para o mercado como um todo, pois estimula a inovação contínua. É uma relação ganha-ganha para todos, seja para empresas que competem entre si, ou clientes que têm acesso a produtos e serviços cada vez melhores (Burke, 2018).

A competitividade na qual as empresas no mercado atual contribuem para o desenvolvimento de todo o ecossistema. Quando as marcas lançam produtos de qualidade, a “barra de demanda” aumenta e outras organizações precisam trabalhar para alcançar novos patamares (Hannan, 2017).

Outro aspecto defendido por Biancolino (2012) é que a competitividade corporativa é a base da fidelização do consumidor. Considerando a infinidade de opções que os clientes têm no mercado – muitas vezes a apenas um clique de distância -, como você pode se destacar e ter clientes verdadeiramente fiéis à marca é por meio da competitividade. 

Resumindo o exposto, fica claro que com a constante necessidade de encontrar alternativas para as empresas concorrentes, os negócios naturalmente se tornarão mais sustentáveis e duradouros à medida que soluções de maior qualidade forem fornecidas aos clientes. Por sua vez, essas pessoas tendem a escolher marcas em detrimento de outras marcas.

2.2 Estratégias do mercado empresarial

De acordo com Roos (2016) as principais metas, objetivos, políticas e planos para atingir o estado futuro desejado, levando em consideração o contexto e as oportunidades dos recursos da organização.

Ribeiro (2013) diz que estratégia corporativa é como uma empresa pretende atingir seus objetivos pretendidos na gestão estratégica, que é o processo de planejamento, execução e controle. Abrange as áreas de marketing, operações, pessoas e finanças de toda a estratégia da organização.

A estratégia de negócios é, portanto, importante porque o pensamento estratégico é essencial para quem quer ter sucesso nos negócios e sobreviver em um mercado em constante mudança, mesmo em períodos difíceis para os negócios, como em épocas de crise (MINTZBERG, 2015).

Muitas empresas nasceram no caos e podem até existir no mercado por algum tempo. No entanto, em tempos de tremenda mudança política, econômica, social e tecnológica, em um mercado competitivo, a sobrevivência com resultados diferenciados exige muita organização, gestão e inovação (BOWER 2017).

Se uma empresa está começando, determinar a estratégia que seguirá no mercado faz uma grande diferença, pois, conhecendo o potencial e as limitações de sua atuação, pode evitar o fracasso e os resultados estão mais alinhados com sua razão de ser (BESANKO, 2012).

Se uma empresa entra no mercado, ela precisa repensar como opera. Em um ambiente em mudança, um processo de reorganização pode ser necessário para sobreviver e competir. A reestruturação pode ser a provisão organizacional, financeira ou mercadológica de produtos e serviços.

2.2.1 Oceano vermelho   

O Oceano Vermelho é um ambiente predatório, e a água é da cor do sangue. Nesse território disputado, vence o tubarão mais feroz, capaz de aterrorizar os outros e levar a maior parte dos alimentos (HONG, 2012).

Do lado dos negócios, as empresas tentam ganhar participação de mercado formando conglomerados para superar ou mesmo eliminar a concorrência. Redes de supermercados, grupos hospitalares, companhias aéreas e telefônicas e até o próprio Facebook (agora Meta) são exemplos de empresas do Oceano Vermelho. Isso acontece porque seu mercado está saturado ou prestes a saturar (FORBES, 2018).

 Com restrições e regras estabelecidas, este é um espaço onde muitas empresas atuam da mesma forma, com o mesmo objetivo: crescer ultrapassando a concorrência, fazendo com que assim o cenário não padeça de novas inovações e entrem numa autofagia (PORTER, 2019).

Acontece que ficar à frente da concorrência exige muito esforço e dinheiro. Além disso, não há como todos os concorrentes terem preferências públicas, nem recursos ilimitados para se manterem competitivos. Em alguns casos, a concorrência é tão intensa que os lucros ideais são difíceis de alcançar, pois as empresas perdem dinheiro tentando manter o espaço que conquistam (GREENWALD, 2015).

Todos esses fatores criam uma luta para os consumidores, e cada empresa deve escolher entre diferenciação e baixo custo. Em um mercado saturado, as tentativas de diferenciação são rapidamente replicadas pelos concorrentes e deixam de ser um diferencial e passam a ser o padrão de mercado, elevando os custos para todas as empresas. Estratégias de corte de custos, por sua vez, reduzem as margens de lucro – deixando pouco espaço para P&D (pesquisa e desenvolvimento) (BARDIN, 2012).

De qualquer forma, a tendência nas empresas do Oceano Vermelho é fornecer cada vez mais valor aos clientes, reduzindo todos os lucros e “sacrificando” alguns ganhos pelo sucesso.

2.2.2 Oceano azul

Essencialmente, a estratégia é definida como “buscar a diferenciação e o baixo custo, abrindo novos segmentos de mercado e criando nova demanda”. Em outras palavras: a ideia é desenvolver um produto ou serviço disruptivo que abra um novo segmento de mercado e desafie a estrutura conhecida da indústria (INSTITUTO AÇO BRASIL, 2015).

Assim como não há modelos de negócios consolidados ou concorrentes no oceano azul, as empresas são livres para inovar sem precisar “derrotar” concorrentes (muitas vezes inexistentes). Ao focar seus investimentos em soluções criativas, eles se tornam pioneiros de mercado com maior probabilidade de crescer e gerar lucros (BIANCOLINO, 2012).

Para exemplificar melhor, considere o exemplo da empresa Apple. Embora seus produtos e serviços sejam semelhantes a outras empresas, a Apple é pioneira em computação pessoal e inventa os dispositivos, tecnologias e comunidades que alimentam o iOS. Cada produto é suficiente para prender a atenção do público e para trazer a marca até onde ela está hoje (BOWER, 2017).

Nesse sentido, a Apple é um dos cases de maior sucesso do oceano azul, pois continua sendo uma referência única no mundo da tecnologia até hoje. O lançamento da empresa marca a possibilidade de todo um mercado – de certa forma, a organização só compete consigo mesma (BARDIN, 2012).

Sendo assim fica claro que com a estratégia do Oceano azul é uma forma de tentar fugir das estratégias tradicionais como no oceano vermelho, fazendo com que tenha mais riscos, porém de maneira que pode trazer diversos frutos se bem aplicado.

2.3 As grandes empresas e o Oceano azul 

Muitas empresas ao redor do mundo estão usando essa estratégia inovadora para sair do oceano vermelho, explorando cenários com pouca ou nenhuma concorrência. Como tal, as apostas podem ser altas, mas claramente muito lucrativas quando aplicadas corretamente e trazem uma personalidade única para a empresa (KIM, 2015).

Exemplo desse contexto é o Cirque du Soleil, a empresa mostra a mistura de elementos do espetáculo circo, teatro e dança (Benetti, 2014). Esta inovação combinada com a qualidade dos figurinos e cenografia de atores e profissionais, torna o Cirque du Soleil com uma identidade original. Em outras palavras, as empresas estão desenvolvendo suas estratégias de marketing em um oceano azul cheio de oportunidades.

Nesse sentido, a Apple é um dos exemplos mais bem-sucedidos do oceano azul e permanece única no mundo da tecnologia até hoje. O lançamento da empresa demonstra o potencial da Netflix para se tornar um modelo de estratégia de oceano azul de sucesso. Nos últimos anos, tornou-se quase único no mercado de serviços de produção de filmes e séries de baixo orçamento (FORBES, 2018)

Quando a empresa foi formada, nenhum outro negócio competia com ela. No momento, poucas empresas aproveitaram a oportunidade de sucesso para entrar nesse mercado, mas a Netflix ainda está à frente, mas sempre pronta para desafios e aventuras para atingir seus objetivos. (Rolling Stone, 2020) O mercado como um todo – de certa forma, as organizações só competem consigo mesmas (BARDIN, 2012).

Outra história de sucesso do oceano azul está na Uber. Seu lançamento explora um mercado totalmente novo ao oferecer as facilidades que os usuários de táxi procuram – além de conquistar consumidores que não utilizaram o serviço devido aos altos custos (BESANKO, 2012).

Assim como a Netflix, o Uber permaneceu em um ambiente competitivo com poucos concorrentes por anos até que a competição começou a aparecer. Atualmente, as empresas precisam continuar inovando para ficarem longe de novos negócios no campo.

3  MATERIAIS E MÉTODOS 

De acordo com Sordi (2017), os materiais e métodos de pesquisa são etapas de um estudo onde deve-se definir quais os processos e metodologias serão utilizados para que o desenvolvimento seja realizado de forma cronológica e com um fluxo dos processos ordenados.

Os materiais e métodos também podem ser representados como a metodologia de pesquisa (CARVALHO, 2021).

3.1  PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo Leão (2019), procedimentos metodológicos diz respeito às decisões, as ferramentas utilizadas, ou seja, todo processo e ação realizada na pesquisa é considerado um procedimento metodológico.

De acordo com os autores principais de referências de livros de metodologia científica, qualquer pesquisa deve usar uma técnica e uma determinada ferramentas para ser dado continuidade (SEVERINO, 2017).

3.1.1  Quanto à natureza

Segundo Sakamoto e Silveira (2019, a natureza de pesquisa pode ser definida com abordagem quantitativa ou qualitativa. A natureza quantitativa é considerada um tipo de pesquisa que utiliza dados numéricos e matemáticos que são analisados. 

Já a pesquisa qualitativa é desenvolvida através de dados e informações subjetivas, com maior abordagem sobre o tema (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Por isso, esse estudo teve como definição a natureza da pesquisa qualitativa, visto que buscou abordar informações mais abrangentes sobre o tema, não sendo utilizadas informações numéricas e análises matemáticas. 

3.1.2  Sobre os fins

De acordo com Severino (2017), os fins de pesquisa exploratórios são definidos como um tipo de pesquisa onde é objetivado explorar sobre um tema que anteriormente não tenha sido tão utilizado como objeto de estudo de outras pesquisas. 

Dessa forma, o autor desse tipo de fins de pesquisa tem o intuito de apresentar o máximo de informações sobre tal temática (LEÃO, 2019).

Por isso, este artigo se caracteriza com fins exploratórios pois buscou analisar e coletar informações mais profundas sobre o tema, de forma a apresentar e esclarecer possíveis dúvidas sobre o contexto abordado. 

3.1.3  Quanto aos meios

Segundo Sordi (2017), a pesquisa com meios bibliográficos tem o objetivo de revisar os estudos realizados por outros pesquisadores sobre o mesmo tema abordado. 

Dessa forma é possível selecionar um conjunto de estudos que abordem sobre o mesmo conteúdo, podendo dessa forma embasar a teoria através do uso de fontes secundárias (CARVALHO, 2021). 

Por isso, este projeto tem como meio de pesquisa a revisão bibliográfica, por ter como intuito a busca por informações em um conjunto de pesquisas anteriormente publicadas.

4  RESULTADOS 

Foi observado durante o estudo realizado na empresa, que há ausência de estratégias mais eficazes no marketing para o centro de beleza se destacar dentro do mercado competitivo. 

A estratégia do oceano azul é a busca simultânea de diferenciação e baixo custo para abrir um novo espaço de mercado e criar uma nova demanda. Trata-se de criar e capturar espaço de mercado incontestável, tornando a concorrência irrelevante. 

Levando isso em consideração e os dados coletados na análise realizada na empresa de estudo a intervenção desenvolvida para o centro de beleza baseia-se na visão de que os limites do mercado e a estrutura da indústria de beleza não são dados e podem ser reconstruídos pelas ações e crenças dos concorrentes e clientes da indústria.

A estratégia desenvolvida acima mostra a estrutura necessária para que o centro de beleza e estética consiga alcançar os objetivos propostos pela proposta do oceano azul. 

A intervenção desenvolvida para o estudo de caso possui uma abordagem integrada, a estratégia que mostra como alinhar as três proposições estratégicas, valor, lucro e pessoas e para a empresa criar um resultado ganha-ganha. A adesão à estratégia desenvolvida do oceano azul incorpora a empresa ao processo para criar a confiança dos clientes para assumir e conduzir o processo.

Por isso, foram desenvolvidas 5 etapas para que o centro de beleza consiga atingir os objetivos de maior alcance de clientes e que a empresa se destaque no mercado de beleza e estética na cidade de Manaus. 

5  CONCLUSÃO 

O oceano azul é uma estratégia definida como a busca por um novo segmento com inovação de mercado utilizado por empresas que buscam atualizar seus serviços de acordo com a demanda do mercado e do consumidor final. Em outras palavras: a ideia é desenvolver um produto ou serviço disruptivo que abra um novo segmento de mercado e desafie a estrutura conhecida da indústria. Muitas empresas ao redor do mundo estão usando essa estratégia para sair do oceano vermelho, explorando cenários com pouca ou nenhuma concorrência. Como tal, as apostas podem ser altas, mas claramente muito lucrativas quando aplicadas corretamente e trazem uma personalidade única para a empresa. 

O objetivo geral desta pesquisa foi identificar os benefícios da utilização da estratégia ‘’Oceano Azul’’ em uma empresa do setor de beleza e estética da cidade de Manaus. O alcance desse objetivo foi feito com base na coleta de dados realizada durante a pesquisa na empresa do estudo de caso foi desenvolvida com base nas informações adquiridas na análise de pesquisas científicas realizadas sobre os benefícios da implementação da estratégia oceano azul para obtenção de vantagens no mercado de trabalho competitivo.

Por isso, a pergunta problema deste artigo é: de que forma o oceano azul pode ser uma estratégia de vantagem competitiva para uma empresa da área de beleza e estética? A resolução da problemática encontrada foi desenvolvida e respondida com a compreensão e comparação dos resultados obtidos no estudo de caso e a revisão realizada em estudos e pesquisas sobre o tema em questão. 

Sendo assim, os resultados alcançados na pesquisa mostraram a problemática do centro de beleza e estética analisado frente ao mercado cada vez mais competitivo, onde foi possível identificar a necessidade da renovação nas estratégias de administração para maior alcance dos clientes frente ao aumento da concorrência. Essa relação mostrou a importância da estratégia oceano azul para auxiliar no crescimento da empresa, aumento da visibilidade e fortalecimento da marca.

Com isso, esta pesquisa apresentou conclusão através de dados e dos resultados obtidos no estudo de caso realizado. Sendo possível observar que cada vez mais as empresas da área da beleza e estética estão diante do desenvolvimento de novos concorrentes, sendo necessário a criação de métodos e ferramentas que busquem mantê-las sempre em destaque no mercado. Este artigo recomenda que outras pesquisas sejam desenvolvidas e possam comparar os resultados antes, durante e após a implementação da estratégia oceano azul, para que possa ser possível apresentar dados com maior nível de comparação do antes e depois da utilização estratégica. 

REFERÊNCIAS 

ANSOFF, I. Corporate Strategy, McGraw Hill, New York. 2016. 

AZEVEDO, Cristiane. Metodologia. Barueri, SP: Manole, 2013.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Edições 70. Lisboa. Portugal. 2012. 

BENETTI, Marcia, and Gisele Dotto Reginato. “O vínculo emocional do leitor ao jornalismo: Estudo da revista Veja no Facebook.” Revista Famecos 21.3 (2014): 878896.

BESANKO, D., DRANOVE, D., SHANLEY, M. & SCHAEFER, S. A Economia da

Estratégia (5a Edição). 2012.

BIANCOLINO, César Augusto et al. Protocolo para elaboração de relatos de produção técnica. Revista de Gestão e Projetos, v. 3, n. 2, p. 294-307, 2012.

BOWER, Joseph L.; GILBERT, Clark G. (Ed.). From resource allocation to strategy. Oxford University Press, 2017.

BURKE, Andrew E.; VAN STEL, Andre J.; THURIK, Roy. Blue ocean versus competitive strategy: theory and evidence. ERIM Report Series Reference No. ERS2009-030-ORG, 2018.  

CARVALHO, Maria Cecília M. Construindo o saber:: Metodologia científica Fundamentos e técnicas. Papirus Editora, 2021.

CORREA, Marcos Vinícius Pereira et al. O papel do sensemaking nos processos de mudança nas organizações. VIII Encontro de estudos organizacionais da ANPAD. Eneo, 2014.

DRANOVE, David; MARCIANO, Sonia. Kellogg on Strategy: concepts, tools, and frameworks for practitioners. John Wiley & Sons, 2015. 

EDEN, Colin. From the playpen to the bombsite: the changing nature of management science. Omega, v. 21, n. 2, p. 139-154, 2012. 

EISENHARDT, Kathleen M. Building theories from case study research. Academy of management review, v. 14, n. 4, p. 532-550, 2019. 

FORBES, Graham. G Forbes. 2018.

GORRELL, C. Quick takes. Strategy & Leadership. 33. 64-70. 2015.

GREENWALD, Bruce C.; KAHN, Judd. Competition demystified: A radically simplified approach to business strategy. Penguin, 2015.

HANNAN,  Michael      T.;   FREEMAN,   John. The population ecology      of organizations. American journal of sociology, v. 82, n. 5, p. 929-964, 2017. 

HONG, A. N. H.; CHAI, D. L. H.; ISMAIL, W. K. B. W. Blue ocean strategy: a preliminary literature review and research questions arising. Australian Journal of Basic and Applied Sciences, v. 5, n. 7, p. 86-91, 2011.

INSTITUTO AÇO BRASIL (2012). Relatório anual do setor de Siderurgia 2012, em São Paulo. 

LEÃO, Lourdes Meireles. Metodologia do estudo e pesquisa: facilitando a vida dos estudantes, professores e pesquisadores. Editora Vozes, 2019.

LIAMPUTTONG, P. Focus group methodology: Principles and practice. Thousand Oaks, CA: Sage. 2021.

MCEVILY, Susan K.; CHAKRAVARTHY, Bala. The persistence of knowledge‐based advantage: an empirical test for product performance and technological knowledge. Strategic management journal, v. 23, n. 4, p. 285-305, 2022.

MINTZBERG, H. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. São Paulo: Bookman. 2014.

MINTZBERG, Henry. Patterns in strategy formation. Management science, v. 24, n. 9, p. 934-948, 2014.

MINTZBERG, Henry; WATERS, James A. Of strategies, deliberate and emergent. Strategic management journal, v. 6, n. 3, p. 257-272, 2015.  

PALMA, Aline et al. O Oceano Azul Como Uma Estratégia Eficiente Para Tornar As Empresas Mais Competitivas/Ocean Blue As Effective Strategy To Become More 1Competitive Business. Revista Inova Ação, v. 3, n. 2, p. 13-29, 2015.

PENROSE, E. The Theory of the Growth of the Firm, New York. 2012. 

Porter, M. E. Vantagem Competitiva. Rio Janeiro, Editora Campus. 1ª Edição.  Porto Alegre: Bookman. Relatos de Produção Técnica. Revista de Gestão e Projetos. v.3, n.2, p.294-307. 2019.

PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale, 2013.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica. Edições Loyola, 2005.

RIBEIRO, I. China continua ditando o rumo na siderurgia. Jornal Valor Econômico, 6 de janeiro, São Paulo. 2013. 

ROOS, J. Thinking from within: a hands-on strategy practice. Nova Iorque: Palgrave Mcmillan. 2016. 

SAKAMOTO, Cleusa Kazue; SILVEIRA, Isabel Orestes. Como fazer projetos de iniciação científica. Pia Sociedade de São Paulo-Editora Paulus, 2019.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. Cortez editora, 2017.

SORDI, José Osvaldo. Elaboração de pesquisa científica. Saraiva Educação SA, 2017.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. Cortez editora, 2022.

ZANELLA, Liane Carly Hermes et al. Metodologia da pesquisa. SEAD/UFSC, 2006.


1Graduando do curso de Administração, joacyrc2@gmail.com.
ORCID : 0009-0000-7487-6978

2Graduando do curso de Administração,lucio_lopes06@yahoo.com.br
ORCID: 0009-0000-7487-6978

3Graduando do curso de Administração, Myrella.oliveira2016@hotmail.com
ORCID: 0009-0000-7487-6978

4Mestre em Engenharia de produção. Especialista Logística empresarial.
Graduado em Administração com Ênfase em Marketing.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/0678095478835037