A SUPLEMENTAÇÃO DE ÔMEGA 3 PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410241036


Taísa Tintim Freitas França1
Geovanna da Silva Gomes2
Orientador: Geovany A. de Souza3


RESUMO

Neste trabalho, busca-se construir uma revisão da literatura, baseada nos últimos 10 anos, acerca das contribuições da suplementação com ácidos graxos Ômega 3 na saúde e na cognição de crianças e adolescentes. Pela pesquisa, é possível notar uma relação positiva entre a suplementação dos ácidos graxos Ômega 3 e a saúde infantil. Em especial, observa-se potencial terapêutico em crianças com quadros depressivos, com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e aquelas que se enquadram no espectro do autismo, sendo os ácidos graxos Ômega 3 de suma importância para o organismo humano, dado que previnem doenças inflamatórias, câncer, problemas cardiovasculares e doenças crônicas. Os ácidos graxos poli-insaturados influenciam as vias de sinalização celular e possuem potencial para modular os processos inflamatórios no organismo, reduzindo a síntese de mediadores inflamatórios que levam à degradação do ácido araquidônico. O seu consumo deve ser iniciado por gestantes, pois isso traz benefícios à formação do organismo humano, protegendo a saúde cardiovascular, do cérebro e o sistema visual do feto, prevenindo ainda a depressão pós-parto.

Palavras-chave: Suplementação Infantil. TDAH. Autismo. Ácidos graxos.

ABSTRACT

In this work, we seek to build a literature review, based on the last 10 years, about the contributions of supplementation with Omega 3 to the health and cognition of children and adolescents. Through the research, it is noticed a positive relationship between Omega 3 supplementation and child health. In particular, therapeutic potential is observed in children with depressive conditions, with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) and those who are autistic. In addition, Omega 3 prevents inflammatory diseases, cancer, cardiovascular problems and chronic diseases. Polyunsaturated fatty acids influence cellular signaling pathways and have the potential to modulate inflammatory processes in the body, reducing the synthesis of inflammatory mediators that lead to the degradation of arachidonic acid. Its consumption should be started by pregnant women, as it brings benefits to the formation of the human organism, protecting the cardiovascular health, brain health and visual system of the fetus, also preventing postpartum depression.

Keywords: Children’s Supplementation. ADHD. Autism. Fatty Acids.

1 INTRODUÇÃO

A sociedade, nos últimos anos, sofreu diversas mudanças no padrão de consumo alimentar, que se tornou exagerado e incontrolável, devido a uma série de fatores, como, por exemplo, a falta de tempo para preparar a própria refeição, o que leva muitos a optarem por produtos práticos e rápidos. Normalmente, esses produtos são ultraprocessados e sua publicidade em meios de comunicação incentiva o consumo, fazendo com que a população sinta cada vez mais necessidade desses produtos.

Hábitos consumistas se tornam também presentes na alimentação infantil, impulsionada por grandes marcas. A tendência da má alimentação com produtos de baixo valor nutricional é denominada por Giddens (apud Motta-Gallo; Gallo; Cuenca, 2013) como fenômeno como reflexividade (capacidade de refletir sobre si mesmo e sobre os próprios pensamentos, ações e influências sociais). Castells a denomina como cultura da virtualidade real, tendo em vista que a reflexividade se intensifica pela percepção da realidade mediada por símbolos e interações digitais, levando a criar um ambiente onde as experiências não são separadas da realidade física, mas imersas em contextos virtuais. Assim, a realidade vivida é vista como se sempre houvesse em uma dimensão virtual e isso impacta em como as pessoas interpretam e interagem com o mundo ao seu redor (Motta-Gallo; Gallo; Cuenca, 2013).

Crianças que antes tinham sua infância repleta de brincadeiras, atividades físicas e contato social, hoje mantêm o desejo incontrolável de consumir os produtos apresentados pela mídia cada vez mais precocemente, incluindo itens de alimentação (Bick et al., 2013).

No Brasil, dados já apontam que 60% das crianças de 5 a 9 anos consomem macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado, entre outros. E mais de 35% não ingerem verduras e legumes, sendo que 26% não ingerem frutas (Guedes et al., 2024).

A prática da alimentação inadequada vem se tornando comum nos dias atuais. Um dos motivos são as excessivas campanhas de alimentos de baixo valor nutricional que a mídia mostra como os melhores alimentos; eles muitas vezes são os mais prejudiciais à saúde. Tais produtos sempre são apresentados com grande apelo infantil, especialmente com o objetivo de estimular as crianças a induzirem os pais e/ou responsáveis a adquirirem o produto em questão.

Maus hábitos alimentares podem ocasionar doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, dislipidemia etc.) que são as maiores causas de morte no Brasil. Esse índice de mortalidade tem crescido nos últimos anos devido ao aumento do consumo de alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras, tudo isso associado à falta de atividade física e ao baixo consumo de frutas, verduras e legumes (Souza et al., 2013).

A mudança de tal cenário em prol do crescimento saudável das crianças deve começar pelos bons hábitos em casa. E, além disso, resta evidente a necessidade de suplementação como meio preventivo para que elas não venham a desenvolver problemas decorrentes de uma alimentação nutricional pobre (Magalhães; Pires; Castro; Silva, 2015).

Chamam a atenção os estudos relacionados à suplementação dos ácidos graxos Ômega 3 e suas contribuições à saúde das crianças, especialmente crianças com quadros depressivos, com TDAH e hiperatividade, além daquelas que se enquadram no espectro do autismo. Essas contribuições podem ser de grande relevância social, especialmente para pais de crianças em condições especiais e ainda para os profissionais da nutrição e saúde (Singh, 2020).

2 OBJETIVO

O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma revisão literária acerca das contribuições da suplementação com ácidos graxos Ômega 3 na saúde e na cognição de crianças e adolescentes, em um período de 10 anos recentes.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Abordar as contribuições do consumo de suplementação de ácidos graxos Ômega 3 em crianças e adolescentes no Transtorno do Espectro Autista (TEA);

b) Considerar as vantagens da suplementação de ácidos graxos Ômega 3 em crianças e adolescentes com TDAH;

c) Avaliar as vantagens e desvantagens do uso por gestantes.

3 METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura qualitativa, de caráter descritivo, com coleta retrospectiva de dados. Para o alcance do objetivo geral, utilizou-se o método denominado Revisão Integrativa da Literatura. Optou-se por este método porque se pretendia integrar as pesquisas já concluídas e realizar uma discussão dos resultados encontrados.

Quanto aos procedimentos de busca, os dados foram adquiridos através da seleção de documentos eletrônicos, bem como artigos da literatura nacional e internacional indexados nas bases de dados online: PubMed, Scielo, LILACS, Google Acadêmico.

Para o levantamento dos artigos, foram utilizados os seguintes descritores: “suplementação infantil”, “TDAH”, “autismo”, “depressão”, “ácidos graxos”.

Quanto aos critérios de inclusão e exclusão, visando o refinamento adequado de pesquisa, foi definida uma amostra, obedecendo-se aos seguintes critérios de inclusão:

a) Artigos publicados em português e em inglês entre os anos de 2019 e 2024

b) Artigos que abordaram a temática da suplementação infantil com ácidos graxos Ômega 3;

c) Artigos que utilizaram algum percurso metodológico de pesquisa relevante e adequado e com resultados precisos.

Quanto à metodologia de análise de dados, os artigos foram localizados em bases de dados e baixados na versão completa. Posteriormente, foi empreendida uma leitura, com destaque de resultados observados e de trechos importantes dos textos. Em seguida, foi realizada a seleção dos artigos que comporiam a discussão deste trabalho.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 DAS VANTAGENS GERAIS DO USO DO ÔMEGA 3

Os ácidos graxos Ômega 3 são de suma importância para o organismo humano; seu consumo em quantidades adequadas previne doenças inflamatórias, câncer, problemas cardiovasculares e doenças crônicas. No entanto, é difícil obter uma quantidade suficiente desses ácidos graxos por meio da alimentação. Esses nutrientes estão presentes em óleos específicos, vegetais escuros, sementes, nozes e peixes (especialmente os marinhos, como salmão, arenque, sardinha, atum). Em geral, esses alimentos não estão presentes na dieta das crianças e nem mesmo na alimentação de grupos de pessoas com baixo poder aquisitivo, sendo, por esta razão, indicada a suplementação alimentar (Saini; Keum, 2018; Stefanello; Pasqualotti, 2020).

De acordo com Hillyer, Kang, Ma (2019), em seu estudo clínico, foram observadas, ainda, evidências de que ácido graxo n-3 reduz o risco de câncer de mama ao longo da vida, de modo que a suplementação de Ômega 3 pode prevenir, a longo prazo, o câncer de mama, graças ao seu poder de influenciar as vias de sinalização celular.

Os ácidos graxos poli-insaturados, como já citado, possuem potencial para modular os processos inflamatórios no organismo. Assim, a suplementação reduz a síntese de mediadores inflamatórios que levam à degradação do ácido araquidônico, sendo um possível suplemento terapêutico para auxiliar no tratamento de doenças resultantes de processos inflamatórios de grande proporção, bem como de inflamações crônicas, como o câncer (Leite; Batista, 2020).

O ácido araquidônico é crucial na formação de eicosanoides que desempenham várias funções biológicas, incluindo: regulação da inflamação, resposta imune e manutenção da homeostase celular. Está presente nas membranas celulares e a sua liberação mediante a cascata do ácido araquidônico resulta na síntese de compostos bioativos que influenciam diversos processos fisiológicos. Os ácidos graxos poli-insaturados (AGPIs), por sua vez, possuem propriedades antioxidantes que ajudam a proteger as células contra danos oxidativos.

A interação entre o ácido araquidônico e outros AGPIs pode influenciar a produção de eicosanoides com diferentes características e funções, o que pode afetar a resposta inflamatória e a proteção antioxidante.

No caso das crianças, Santos et al. (2012) citam que os hábitos de vida cotidianos (má alimentação e sedentarismo) da população infantil tem gerado aumento nos índices de sobrepeso, enquanto os nutrientes necessários para o organismo incluem todos os grupos alimentares recomendados com proteínas, vegetais, cerais. Além disso, óleos e gorduras devem ser apropriados e de consumo limitado.

As doenças crônicas não transmissíveis estão associadas ao baixo consumo de alimentos ricos em nutrientes e ao alto consumo de alimentos ricos em calorias vazias, como é o caso dos ultraprocessados (Souza et al. 2013).

Auresco (2019) evidencia, porém, que a escolha da suplementação deve ser cautelosa e seguir orientação nutricional, uma vez que, com o intuito de alcançar os diversos benefícios proporcionados pelo Ômega 3, as pessoas aderem ao consumo do suplemento, sem conhecer a origem da matéria-prima a sua obtenção. Isso pode ser arriscado devido às chances de contaminação com metais como cobre (Cu), cádmio (Cd) e chumbo (Pb), sendo o último mais comum.

Singh (2020) cita os ácidos graxos Ômega 3 como uma terapia adjuvante de grande potencial para o transtorno depressivo em adultos e crianças. Ele realizou um estudo acerca do uso destes associados ao tratamento padrão da depressão em crianças e adolescentes que sofrem de distúrbios depressivos ou Misto Transtorno Depressivo Ansioso (MADD).

O trabalhou analisou os níveis séricos de ácidos graxos em 60 crianças, por 6 a 12 semanas, com o uso de uma emulsão de óleo de peixe rica em ácidos graxos Ômega 3, comprovando que este é um suplemento adjuvante eficaz para tratar os transtornos depressivos em crianças (Singh, 2020).

4.2 O ÔMEGA 3 NO TEA

No que diz respeito à suplementação benéfica ao tratamento de indivíduos com TEA, Leite (2019) verificaram que o Ômega 3 permite a evolução e a melhora de fatores, como: comportamento, socialização, capacidade comunicativa, sintomas gastrointestinais e hiperatividade, comuns em crianças autistas. Esse nutriente pode ser benéfico, especialmente se associado a suplementos, como probióticos, vitaminas do complexo B, vitamina D, carnitina, ácido fólico e carnosina. Por esses motivos, a suplementação com Ômega 3 pode ser indicada como um tratamento coadjuvante para o mencionado transtorno.

Em síntese, a intervenção nutricional tem um papel fundamental no tratamento do TEA, devendo ser considerada como um recurso terapêutico importante, visando ampliar novas intervenções e benefícios para o tratamento do autismo.

França, Lourenço e Ravazzani (2021) enfatizam que o TEA é uma condição crônica, neuropsiquiátrica relacionada a desordens comportamentais, sociais e de linguagem. Ele está associado a características, como a seletividade alimentar e a propensão a toxicidades intestinais devido ao alto nível de micro-organismos patogênicos na flora intestinal que prejudicam o crescimento e o desenvolvimento psicomotor do indivíduo. Há, ainda, padrões de comportamento repetitivo, aversão a texturas que geram seletividade alimentar e a não aceitação de alimentos devido à sensibilidade sensorial, o que desencadeia um desequilíbrio de macronutrientes, vitaminas e minerais.

As dificuldades nutricionais das crianças com TEA requerem um tratamento nutricional que vise à redução das recusas alimentares, bem como a suplementação adequada para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento da criança, a qual deve ser suprida com nutrientes essenciais para tratar neuropatias. Entre esses nutrientes estão o Ômega 3, as vitaminas do complexo B, os minerais e aminoácidos, evidenciando, então, a relevância do acompanhamento nutricional voltado a crianças autistas, com o intuito de aprimorar seu desenvolvimento psicomotor, crescimento e a redução dos sintomas da síndrome.

De acordo com Costa Cruz et al. (2021), diversos estudos sobre intervenções nutricionais no autismo têm sido realizados, seja com o intuito de promover a eliminação de determinados nutrientes da dieta dessas crianças, seja com o intuito de orientar a suplementação de ácidos graxos, vitaminas e minerais. Além disso, o ideal é a restrição ao consumo de glúten e caseína, associada à suplementação de vitaminas e Ômega 3, o que leva à melhora de aspectos clínicos dos portadores de Transtorno do Espectro Autista. O Ômega 3 é relevante para o desenvolvimento e o funcionamento do cérebro, além de reduzir os danos gastrointestinais do glúten e da caseína.

Ângelo et al. (2021), em sua pesquisa, analisaram a relevância de identificar déficits vitamínicos no organismo de autistas, as inflamações decorrentes desse processo, bem como a influência da suplementação nutricional vitamínica para o desenvolvimento e a qualidade de vida dessas crianças. Eles constataram que a suplementação multivitamínica e mineral é indispensável para o autismo mediante a evidente seletividade e limitação alimentar.

A seletividade citada reduz significativamente a variedade de alimentos, tendo como consequência as deficiências nutricionais e a desnutrição calórica. Assim, é indicado o consumo dos suplementos vitamínicos à base de Ômega 3, bem como de ferro, vitaminas D e B que aprimoram a qualidade de vida, prejudicada pela existência de um déficit de alta metilação e absorção deficiente de alimentos, os quais desencadeiam inflamações do Sistema Nervoso Central (Ângelo et al., 2021).

De acordo com Azevedo e Dias (2019), o TEA é uma condição neurodesenvolvimental que gera desordens comportamentais e que pode ser diagnosticado nos primeiros anos de vida. As autoras corroboram os estudos de vários autores quanto aos efeitos positivos do Ômega 3 na melhora do perfil cognitivo de crianças autistas e no auxílio ao tratamento de sintomas característicos do transtorno.

Existem fortes indícios que indicam a eficácia da suplementação do ácido graxo Ômega 3 na melhora de aspectos cognitivos da criança com TEA, da comunicação social, com redução da hiperatividade e dos problemas de atenção. Sendo assim, observam-se bons resultados nos casos de suplementação associada ao tratamento multidisciplinar na área da saúde (Azevedo; Dias, 2019).

Na infância, de um modo geral, a suplementação com Ômega 3 é extremamente positiva, como pontuam Magalhães et al. (2020). Os autores acrescentam uma discussão sobre os efeitos positivos do Ômega 3 para a asma, doença inflamatória crônica das vias áreas e que afeta a qualidade de vida das crianças. O consumo de ácidos graxos Ômega 3 pode ser utilizado como adjuvante ao tratamento, graças ao seu potencial de redução dos níveis de marcadores inflamatórios.

De acordo com Mazahery et al. (2019), a irritabilidade e a hiperatividade são aspectos comuns das crianças que se enquadram no TEA. E quando se opta por tratamentos farmacológicos, alguns efeitos adversos são observados. Dessa forma, cada vez mais, pais e cuidadores têm aderido aos suplementos alimentares, como vitamina D e ácidos graxos Ômega 3, visando reduzir a alteração comportamental. Análises experimentais com crianças apontam que a vitamina D e o Ômega 3 reduzem os sintomas de irritabilidade em crianças com TEA e também a sua hiperatividade.

4.3 ÔMEGA 3 PARA GESTANTES

Santos et al. (2019) ressalta que os ácidos graxos Ômega 3 são recomendados não somente para as crianças e adolescentes, mas também para gestantes, visto que apresentam benefícios à formação do organismo humano, bem como protegem a saúde cardiovascular e auxiliam no desenvolvimento do cérebro e do sistema visual do feto.

Os lipídios são responsáveis por 60% do peso seco cerebral e o DHA por 15%. O DHA é o ácido graxo Ômega 3 predominante, principalmente, na forma de fosfolipídios. A sua importância é de tal ordem que, além da estrutura do cérebro, auxilia na “fluidez” dos impulsos elétricos da rede de neurônios, de vital importância no desenvolvimento cerebral e cognitivo. Estão bem estabelecidas as contribuições do DHA em conjunto com outros nutrientes para a neurogênese, neurotransmissão, mielinização, plasticidade sináptica e múltiplas funções de membrana, incluindo estrutura e sinalização das sinapses. A deficiência de DHA no início da vida pode resultar em prejuízo da função cognitiva (Goyal, Lannotti; Raichle, 2018, p. 381).

Além dos benefícios para o desenvolvimento do feto, há evidências de efeitos positivos da suplementação pré-natal de Ômega 3 nos sintomas depressivos maternos, com efeito também no desenvolvimento e comportamento infantil posteriores ao nascimento, até os 6 meses de vida (Sousa, 2021).

Um estudo clínico randomizado, com placebo-controlado e duplo-cego, realizado com 60 gestantes, entre 22 e 24 semanas gestacionais, avaliou mensalmente os grupos quanto à antropometria (peso e altura), consumo alimentar (recordatório de 24 horas) e sintomas depressivos. Considerando-se os efeitos em 2 semanas, 1 mês, 4 meses e 6 meses após o nascimento, ficou evidenciado que a ingestão excessiva de ácidos graxos totais (Ômega-6/Ômega 3 acima da recomendação) causou sintomas depressivos. Quanto às crianças, observou-se que o desenvolvimento infantil não apresentou diferenças significativas inicialmente, mas, após o primeiro mês, o grupo Ômega 3 expressou aumento na pontuação de marcos do desenvolvimento, o que se repetiu no quarto e no sexto mês de vida (Sousa, 2021).

Soccol, Rodrigues e Ribeiro Filho (2022) afirmam que os ácidos graxos poli- insaturados, especialmente o ácido docosahexaenóico (DHA), são essenciais não só para o desenvolvimento neurológico, mas também para a função visual das crianças, desde o desenvolvimento intrauterino, onde a necessidade é ainda mais elevada, até os primeiros dois anos de vida. Desse modo, é indispensável que a mãe oferte ácidos graxos para o feto que ainda não possui capacidade de elongação e de saturação dos ácidos graxos.

Nesse cenário, pode-se afirmar que, independentemente da dieta, a suplementação de DHA deve ser consumida pela gestante diariamente, de preferência a suplementação oriunda de algas marinha. O DHA está presente também no leite materno, porém, quando não é possível a amamentação, deve-se buscar orientações nutricionais e pediátricas, com o intuito de evitar transtornos, principalmente no desenvolvimento visual e cognitivo da criança.

A ingestão de ácidos graxos totais e a relação ômega-6/Ômega 3 da dieta de gestantes se associou aos sintomas depressivos na linha de base. Após a intervenção, o Ômega 3 favoreceu uma redução mais precoce do escore de depressão, embora sem diferenças significativas entre os grupos, além de menor dificuldade com a rotina entre filhos de mães suplementadas. Tais resultados podem indicar um impacto positivo da ingestão pré-natal de Ômega 3, contudo, ainda não permitem estabelecer uma recomendação para a suplementação habitual desse nutriente na gestação direcionada à prevenção da depressão materna e promoção do desenvolvimento infantil (Sousa, 2021, p. 27).

Nesta senda, são apresentados resultados obtidos por Luna et al. (2021) que, em seu estudo, discutem sobre como estabelecer relação entre hábitos alimentares, suplementação e autismo, antes e depois do nascimento. Os autores consideram que o cuidado nutricional pré-natal diminui o risco de autismo somente nos casos de mães com parte do metabolismo comprometido, enquanto o impacto pós-natal de suplementação é maior quanto aos sintomas correlacionados a esse transtorno. Os estudiosos, contudo, observaram que há limitações quanto a esses dados, evidenciando a necessidade de continuidade de pesquisas nesse sentido.

Contrariando os pesquisadores favoráveis ao uso de Ômega 3 por crianças com TEA, Balboni et al. (2019) consideram que a heterogeneidade das populações estudadas com grande variação na dose e tipo de ω-3, administrado em tempos distintos, não permite uma precisa avaliação da eficácia da intervenção com o uso de ω-3. Para eles, não são suficientes os dados para recomendar rotineiramente esse uso, mesmo em relação ao desenvolvimento neurológico.

Wobido et al. (2021) corroboram esse pensamento ao afirmarem que os efeitos benéficos da suplementação são mínimos no tratamento do autismo, indicando faltarem evidências sobre os resultados do uso de ω -3 e ω -6 no tratamento do TEA.

Quanto ao autismo, vale ressaltar que:

As causas do autismo podem ser divididas em idiopática (90%-95%) dos casos e secundária incluindo fatores ambientais, anormalidades cromossômicas e doenças monogênicas. Por meio de interações físicas, neuronais, sensoriais, imunológicas endócrinas e parácrinas via peptídeos entéricos, há uma relação complexa e bidirecional entre o sistema nervoso central e o trato gastrointestinal, ou seja, afecções e alterações psíquicas podem interferir em processos digestivos interligados ao eixo intestino e cérebro como no autismo (Lima et al., 2021, p. 107086).

Nesta mesma linha, Souza e Forte (2020, p. 313) afirmam, quanto ao autismo e à suplementação com Ômega 3, o seguinte:

Observou-se que há grande e recente interesse pela comunidade científica no assunto, devido ao número de artigos encontrados. Os estudos mostram frequentes resultados benéficos em dietas de exclusão de glúten e caseína, mas poucos abrangem resultados diferentes daqueles de percepção de pais e cuidadores antes e depois dos períodos de teste, podendo, assim, os resultados terem sofrido algum tipo de influência. Em relação à suplementação de Ômega 3, os estudos ainda são inconclusivos e alertam para as quantidades suplementadas. A dieta cetogênica, apesar de bons resultados iniciais, necessita de mais estudos.

Doaei (2021) confirma que deficiências de ácidos graxos essenciais podem estar relacionadas ao agravamento do TEA. Assim, o trabalho investiga o efeito do Ômega 3 nas atividades sociais, verbais e comportamentais em crianças com TEA, por meio de um estudo clínico randomizado duplo-cego, realizado em 54 crianças com autismo.

As crianças foram designadas para os grupos caso (n = 28) e controle (n = 26), recebendo uma cápsula diária de 1.000 mg de Ômega 3, enquanto o grupo controle recebeu uma cápsula de 1.000 mg de triglicerídeo de cadeia média como placebo, por oito semanas. Como parâmetro para a avaliação, utilizou-se a Gilliam

Autism Rating Scale – segunda edição (GARS-2) e o Questionário de Frequência Alimentar (QFA) para verificar a ingestão alimentar do grupo.

E, com base nos resultados obtidos, observou-se que o tratamento com Ômega 3 levou à melhora das características do autismo, dos comportamentos estereotipados e da comunicação social. Porém, mais estudos são necessários para confirmar tais resultados e determinar os mecanismos subjacentes (Doaei, 2021).

4.4 O ÔMEGA 3 PARA O TDAH

Além do autismo, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos grandes vilões do ensino e aprendizagem de crianças. Ele se caracteriza pela distração, déficit de atenção, ansiedade, comportamentos impulsivos, excesso de atividade motora e tem sido tratado, quando diagnosticado na infância, pela combinação de medicação e psicoterapia. Figuram como opção extra ao TDAH, intervenções com associação de terapia nutricional, sendo evidente que os baixos níveis de nutrientes, como ferro, zinco e ácidos graxos poli-insaturados, são observados em crianças com TDAH, bem como a associação entre açúcares e aditivos artificiais (Souza; Brandão, 2022).

Chang et al. (2019) afirmam que o TDAH é uma condição cerebral comum que afeta entre 3% e 7% das pessoas e gera problemas de atenção e impulsividade, causando dificuldades nas relações acadêmicas, profissionais e pessoais. No estudo citado dos autores, as crianças receberam altas doses do ácido graxo Ômega 3 EPA, por 12 semanas. Após esse período, elas tiveram os níveis de ácidos graxos sanguíneos medidos e comparados, entre antes e depois do tratamento. Os resultados evidenciaram que a suplementação de Ômega 3 melhorou a atenção focada em relação ao grupo controle, o que se tornou ainda mais evidente em crianças com os níveis mais baixos de EPA no sangue.

Ao contrário da maioria dos resultados, Clerigué (2019) assinala que não existem evidências suficientes para recomendar o uso de suplementos de ω-3 PUFA para o tratamento do TDAH, mesmo mediante fatores que apontam para um possível envolvimento deles na fisiopatologia do transtorno. Para este autor, mais pesquisas devem ser implementadas para determinar sua relação com o TDAH.

4.5 RECOMENDAÇÃO MÉDICA E RISCOS

Considerado um alimento funcional, com origens naturais, o Ômega 3 tem se destacado e ganhado ênfase graças à sua relevância como suplementação. Santos et al. (2019), em seu estudo, analisou a rotulagem de suplementos de Ômega 3 de diferentes farmácias e marcas do município de Teresina (PI), em 2016. Seu intuito era verificar aspectos, como: a padronização da frase de alegação funcional, a identificação da quantidade mínima de 0,1 g de EPA (Ácido Eicosapentaenoico) e DHA (Ácido Docosahexaenoico) na porção, além de apontamentos quanto às quantidades de gorduras e colesterol, advertência de contraindicados e presença de alergênicos.

Entre os problemas observados por Santos et al. (2019) nos rótulos estavam informações incompletas ou ausentes quanto à quantidade adequada dos nutrientes, o que corrompe a qualidade dos produtos no que se refere à formulação as quantidades de nutrientes mínimas exigidas pela legislação e quanto à orientação. Esse cenário aponta para uma maior e necessária fiscalização da rotulagem e para a maior cobrança, às indústrias, acerca da inserção de quantidade adequada de nutrientes e de informações sobre a disponibilidade de profissionais de saúde capacitados para a correta orientação aos consumidores quanto à leitura do rótulo e aos padrões exigidos.

Há ainda dados que evidenciam lacunas a serem preenchidas, com o intuito de determinar, de forma específica, a quantidade e a frequência de suplementação de determinados nutrientes com vistas ao alcance da ação esperada (Souza; Forte, 2020).

Azevedo e Santos (2021) captaram e apresentaram evidências científicas quanto ao uso da suplementação de Ômega 3 na gestação. Segundo eles, a suplementação de Ômega 3 em gestantes é de suma importância para todos interessados em saúde, com benefícios significativos observados, entre os quais: a melhoria na cognição fetal, a redução de pré-termos, a redução do risco de depressão pós-parto, a diminuição dos riscos de alergia, a tendência de aumento do peso ao nascer, entre outros achados relevantes.

Quanto à obesidade e à dislipidemia, questões cada vez mais crescentes na população infanto-juvenil, Chaves et al. (2020) buscaram analisar aspectos multifatoriais de prevenção e tratamento. Segundo eles, crianças e adolescentes são influenciados por relações fisiopatológicas e metabólicas. Após uma revisão da literatura, eles concluíram que crianças e adolescentes obesos tendem a ter mais dislipidemia, reforçando que a obesidade e o sobrepeso possuem relação com os triglicerídeos alterados, havendo, portanto, sinais de que a adoção de dietas com Ômega 3 e leite enriquecido com esteróis vegetais pode beneficiar o tratamento da obesidade em crianças e adolescentes (Chaves et al., 2020).

A suplementação de ácidos graxos (n-3 LCPUFA), de acordo com o campo cardiovascular, é eficaz se um certo índice Ômega 3 (O3I) for alcançado ou a dose diária de n-3 LCPUFA for alta o suficiente. Uma pesquisa estudou 33 pessoas (entre elas, 21 eram participantes com desenvolvimento típico e 12 tinham um distúrbio), demonstrando que houve efeito positivo nas medidas cognitivas, sendo mais provável que isso ocorra em estudos com aumento do O3I para >6%. Nas crianças neurotípicas, os estudos demonstraram que, com dose diária de suplementação ≥450 mg DHA + EPA, houve melhora da cognição. Assim, é possível afirmar que a suplementação diária de ≥ 450 mg de DHA + EPA diária, elevando o O3I para > 6%, permite uma eficácia na cognição em crianças e adolescentes (Van Der Wurff, 2020).

Por fim, quanto às crianças em geral, Sartório (2021) pontua que, além de os ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) contribuírem para a regulação do sistema imunológico e das inflamações, particularmente o Ômega 3 faz isso. Considera-se que, em grupos etários críticos – como bebês, crianças pequenas, grávidas, lactantes ou pacientes alérgicos a peixes – a ingestão desses nutrientes pode ser insuficiente, então, os autores consideram que a suplementação com PUFAs tem efeitos favoráveis na supressão da resposta alérgica em crianças.

Deve-se, porém, destacar que o consumo inadequado de Ômega 3, em altas doses, pode trazer efeitos colaterais e até prejudicar a saúde, com efeitos negativos, entre eles: gosto desagradável na boca, mau hálito, azia, náusea e desconforto estomacal. Seu excesso ainda pode resultar em complicações mais sérias, como sangramentos ou interações com medicamentos anticoagulantes. E seu uso deve atender à recomendação quanto à quantidade adequada orientada por um profissional da saúde.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que pacientes com TEA apresentam uma demanda maior por alguns nutrientes, tendo em vista sua disfunção mitocondrial, intestinal e imunológica.

Contudo, normalmente, as deficiências nutricionais mais comuns em pacientes com TEA são de Ômega 3, vitaminas do complexo B, minerais e aminoácidos, os quais são essenciais na formação de neurotransmissores e responsáveis por trazer equilíbrio ao sistema nervoso central.

A suplementação com ácidos graxos Ômega 3 pode melhorar significativamente sintomas, como hiperatividade, letargia e estereotipia em crianças com autismo. Além disso, o Ômega 3 apresenta-se como um ótimo probiótico regulador do intestino e, consequentemente, do cérebro por possuir níveis DHA associados à manutenção do campo cognitivo.

REFERÊNCIAS

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1 Acadêmica do 8º período do curso de Farmácia do Centro Universitário do Sudoeste Goiano – UNIBRAS.
2 Acadêmica do 8º período do curso de Farmácia do Centro Universitário do Sudoeste Goiano – UNIBRAS.
3 Professor Doutor do curso de Farmácia do Centro Universitário do Sudoeste Goiano – UNIBRAS e orientador da pesquisa.