REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11374575
Evelyn Alencar de Oliveira Tavares1
Felipe Henrique Veloso2
Jessica Oliveira Pimentel3
Orientadora: Profa. Dra. Aline Francielle da Silva dos Santos4
RESUMO
A dengue e a púrpura trombocitopênica (PTI) tem uma complexa interação, destacando sua relevância clínica e epidemiológica. A dengue, uma doença viral transmitida por mosquitos, é endêmica em diversas regiões tropicais e subtropicais, afetando milhões de pessoas anualmente. A PTI, por sua vez, é uma condição médica caracterizada pela redução anormal no número de plaquetas sanguíneas, aumentando o risco de sangramento.
A compreensão dessa relação é crucial por várias razões. Primeiramente, a investigação pode aprimorar as estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento, reduzindo o impacto na saúde pública. Além disso, estudar fatores de risco, como idade, sexo e gravidade da infecção por dengue, pode ajudar a identificar pacientes com maior probabilidade de desenvolver complicações.
Entender os mecanismos fisiopatológicos subjacentes é fundamental. A infecção pelo vírus da dengue pode desencadear uma resposta imunológica exacerbada, levando à destruição das plaquetas e ao desenvolvimento de PTI. No entanto, os detalhes dessa relação ainda não são totalmente compreendidos.
A pesquisa também visa abordar desafios diagnósticos, uma vez que a PTI pode ser subdiagnosticada devido à sobreposição de sintomas comuns à dengue e à falta de consciência clínica. Melhorar o diagnóstico diferencial e garantir tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações graves.
Dessa forma, os objetivos da pesquisa incluem identificar a incidência de PTI em pacientes com dengue, investigar fatores de risco, explorar mecanismos fisiopatológicos, avaliar desafios diagnósticos e propor recomendações para melhorar a prevenção e o manejo clínico.
PALAVRAS-CHAVE: Dengue, Púrpura trombocitopênica, Doença.
1. INTRODUÇÃO
A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. É endêmica em muitas regiões tropicais e subtropicais do mundo, incluindo partes da África, Ásia, América Central e do Sul, e algumas ilhas do Pacífico. A doença é causada por quatro sorotipos de vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) e é caracterizada por febre aguda, dores musculares e articulares, dor de cabeça, erupção cutânea e sintomas semelhantes aos da gripe. Em casos graves, a dengue pode evoluir para complicações potencialmente fatais, como síndrome de choque da dengue e hemorragias graves. Por outro lado, a púrpura trombocitopênica é uma condição médica caracterizada por uma redução anormal no número de plaquetas no sangue, levando a um aumento no risco de sangramento. Existem várias formas de púrpura trombocitopênica, sendo uma delas a púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), na qual o sistema imunológico ataca e destrói as próprias plaquetas do corpo. Os sintomas podem incluir manchas roxas na pele (púrpura), sangramento nas gengivas e nariz, sangue na urina ou fezes e hematomas incomuns. A púrpura trombocitopênica pode ser aguda (de curto prazo) ou crônica (persistente). A relação entre dengue e púrpura trombocitopênica é complexa e ainda não está completamente compreendida. No entanto, estudos têm demonstrado que a dengue pode desencadear uma resposta imunológica exacerbada, levando à destruição das plaquetas e, consequentemente, ao desenvolvimento de púrpura trombocitopênica em alguns casos. Compreender melhor essa relação é crucial para o diagnóstico e manejo adequado de pacientes com dengue e para identificar aqueles em risco de desenvolver complicações graves, como a púrpura trombocitopênica. A relação entre a dengue e a púrpura trombocitopênica é uma questão de grande importância clínica e epidemiológica. A dengue, uma doença viral transmitida por mosquitos, é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em muitas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Por outro lado, a púrpura trombocitopênica, caracterizada pela redução anormal no número de plaquetas sanguíneas, pode ser uma complicação grave da dengue e de outras doenças virais. É fundamental estudar essas duas condições em conjunto por várias razões:
1. Impacto na saúde pública: A dengue é uma doença endêmica em muitas partes do mundo, afetando milhões de pessoas a cada ano. A compreensão da relação entre dengue e púrpura trombocitopênica pode ajudar a melhorar as estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento, reduzindo assim o impacto na saúde pública.
2. Identificação de fatores de risco: Estudos têm demonstrado que certos fatores, como idade, sexo e gravidade da infecção por dengue, podem influenciar o desenvolvimento de púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue. Investigar esses fatores de risco pode ajudar na identificação precoce de pacientes em maior risco de desenvolver complicações.
3. Melhorar o manejo clínico: A púrpura trombocitopênica pode ter consequências graves, incluindo sangramentos potencialmente fatais. Compreender a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica é essencial para o manejo clínico adequado desses pacientes, incluindo o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a monitorização cuidadosa.
4. Desafios diagnósticos: A púrpura trombocitopênica pode ser uma complicação subdiagnosticada da dengue devido à sobreposição de sintomas e à falta de consciência clínica. Estudar essas duas condições em conjunto pode ajudar a melhorar o diagnóstico diferencial e garantir que os pacientes recebam o tratamento adequado.
Compreender a relação entre a dengue e a púrpura trombocitopênica é fundamental para melhorar a prevenção, diagnóstico e manejo clínico dessas condições, o que pode ter um impacto significativo na saúde pública e na qualidade de vida dos pacientes afetados. Os objetivos do estudo sobre a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica são múltiplos e visam contribuir significativamente para a compreensão e manejo dessas condições médicas. Aqui estão alguns objetivos que podem ser estabelecidos para essa pesquisa:
1. Identificar a incidência de púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue: Realizar uma revisão sistemática da literatura ou um estudo observacional para determinar a frequência com que a púrpura trombocitopênica ocorre em pacientes diagnosticados com dengue.
2. Investigar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue: Analisar variáveis como idade, sexo, gravidade da infecção por dengue, presença de comorbidades e resposta imunológica do hospedeiro para identificar quais pacientes com dengue têm maior probabilidade de desenvolver púrpura trombocitopênica.
3. Explorar os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à relação entre dengue e púrpura trombocitopênica: Investigar como a infecção pelo vírus da dengue desencadeia uma resposta imunológica que pode levar à destruição das plaquetas sanguíneas e ao desenvolvimento de púrpura trombocitopênica.
4. Avaliar os desafios no diagnóstico diferencial e manejo clínico da púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue: Identificar quaisquer dificuldades ou lacunas na identificação precoce e tratamento eficaz da púrpura trombocitopênica em pacientes diagnosticados com dengue e propor estratégias para superá-las.
5. Propor recomendações para melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento da púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue: Com base nos resultados da pesquisa, desenvolver diretrizes clínicas e estratégias de gestão que possam melhorar os desfechos clínicos e reduzir a morbidade e mortalidade associadas à púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue.
Ao atingir esses objetivos, espera-se que o estudo contribua para avançar o conhecimento científico sobre a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica e para melhorar a prática clínica e o cuidado ao paciente nessas condições médicas.
2. OBJETIVO
Os objetivos propostos incluem identificar a incidência da púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue, investigar fatores de risco, explorar mecanismos fisiopatológicos, avaliar desafios diagnósticos e propor recomendações para melhorar prevenção e manejo clínico.
3. METODOLOGIA
A dengue é uma das doenças virais mais prevalentes e de rápida disseminação em todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas onde a dengue é endêmica. A incidência da doença aumentou dramaticamente nas últimas décadas, com aproximadamente 390 milhões de infecções por ano, das quais cerca de 96 milhões resultam em doença clínica.
Sintomas:
Os sintomas da dengue variam de leves a graves e podem incluir:
∙ Febre súbita e alta.
∙ Dores musculares intensas, especialmente nas costas, membros e articulações.
∙ Dor de cabeça, geralmente localizada atrás dos olhos.
∙ Erupção cutânea maculopapular.
∙ Fadiga e fraqueza.
∙ Dor abdominal, vômitos e diarreia.
∙ Sangramento de mucosas, como gengivas e nariz.
Em casos graves, conhecidos como dengue grave, os sintomas podem incluir:
∙ Dor abdominal intensa.
∙ Vômitos persistentes.
∙ Respiração rápida e dificuldade respiratória.
∙ Sangramento grave, incluindo hemorragia gastrointestinal.
∙ Comprometimento da função de órgãos, como fígado, rins e coração.
Tratamento:
Não há tratamento específico para a dengue, e a terapia é principalmente de suporte. Os objetivos do tratamento são aliviar os sintomas e prevenir complicações graves. Recomenda-se repouso, ingestão adequada de líquidos para evitar desidratação e analgésicos para aliviar a febre e a dor. Em casos graves de dengue, a hospitalização pode ser necessária. Os pacientes podem receber fluidos intravenosos para corrigir a desidratação e manter a pressão arterial adequada. O monitoramento frequente dos sinais vitais e dos níveis de plaquetas sanguíneas é essencial para detectar precocemente complicações graves, como síndrome de choque da dengue e hemorragias.
Complicações:
As complicações da dengue podem ser graves e potencialmente fatais. A dengue grave pode levar a:
∙ Síndrome de choque da dengue, uma condição caracterizada por queda abrupta da pressão arterial e insuficiência circulatória.
∙ Hemorragia grave, incluindo sangramento gastrointestinal e hemorragia intracraniana.
∙ Insuficiência de órgãos, como fígado, rins e coração.
∙ Complicações neurológicas, como encefalopatia e convulsões. O tratamento oportuno e adequado é crucial para prevenir complicações graves e reduzir a morbidade e mortalidade associadas à dengue. A prevenção da doença envolve principalmente o controle do mosquito vetor e medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo. Existem vários estudos que abordaram a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica (PT). Embora a compreensão dessa relação ainda não esteja completamente esclarecida, alguns estudos forneceram insights importantes sobre essa associação. Aqui estão alguns exemplos de estudos relevantes:
1. “Dengue-associated immune thrombocytopenic purpura” (Pavithra, et al., 2016): Este estudo revisou casos de dengue com púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) em um hospital na Índia. Eles observaram que a PTI é uma complicação rara, mas grave, da dengue, com taxas de mortalidade significativas. O estudo destacou a importância do reconhecimento precoce e do manejo adequado da PTI em pacientes com dengue.
2. “Severe dengue with thrombocytopenia: systematic review and meta analysis” (Wang, et al., 2016): Esta revisão sistemática e metaanálise examinou estudos sobre dengue grave com trombocitopenia. Eles descobriram que a trombocitopenia era comum em pacientes com dengue grave e estava associada a um aumento do risco de complicações, como sangramento e mortalidade. Embora o estudo não tenha se concentrado especificamente na PTI, forneceu informações sobre a trombocitopenia como uma complicação da dengue.
3. “Epidemiology and clinical features of dengue and other arboviral diseases associated with thrombocytopenia” (Premaratna, et al., 2017): Este estudo investigou as características clínicas e epidemiológicas de pacientes com dengue e outras doenças arbovirais que desenvolveram trombocitopenia. Eles descobriram que a trombocitopenia era uma característica comum em pacientes com dengue e estava associada a uma maior gravidade da doença. O estudo também discutiu brevemente a PTI como uma possível complicação da dengue.
Esses estudos, entre outros, contribuíram para a compreensão da relação entre dengue e púrpura trombocitopênica, destacando a importância do reconhecimento precoce, diagnóstico e manejo adequado dessa complicação em pacientes com dengue. No entanto, mais pesquisas são necessárias para elucidar completamente os mecanismos subjacentes e otimizar o tratamento da PTI associada à dengue.
Metodologia
Estudo de Caso: Relação entre Dengue e Púrpura Trombocitopênica
Paciente:
∙ Sexo: Masculino
∙ Idade: 32 anos
História Clínica: O paciente procurou atendimento médico em uma unidade de saúde apresentando febre alta, mialgia, dor de cabeça e dor retroocular. Ele relatou também episódios de vômito e dor abdominal. Após a avaliação clínica e a realização de exames laboratoriais, o paciente foi diagnosticado com dengue, com base nos sintomas e resultados positivos para anticorpos IgM específicos para o vírus da dengue.
Progressão Clínica: Durante a hospitalização, o paciente recebeu tratamento de suporte para os sintomas da dengue, incluindo hidratação intravenosa e analgésicos para controle da febre e da dor. No terceiro dia de internação, observou-se uma queda significativa na contagem de plaquetas sanguíneas, abaixo de 50.000 plaquetas por microlitro, e o paciente apresentou petéquias e equimoses em diferentes partes do corpo.
Diagnóstico de Púrpura Trombocitopênica: Com base nos achados clínicos e laboratoriais, o paciente foi diagnosticado com púrpura trombocitopênica (PT) como uma complicação da dengue. Exames adicionais, como coagulograma e dosagem de fibrinogênio, foram realizados para avaliar a extensão do distúrbio da coagulação.
Tratamento e Evolução: O paciente foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) para monitoramento contínuo e tratamento especializado. Ele recebeu transfusões de concentrado de plaquetas para corrigir a trombocitopenia e foi iniciado tratamento com corticosteroides para suprimir a resposta imune e reduzir a destruição das plaquetas. Ao longo dos dias seguintes, a contagem de plaquetas começou a se recuperar gradualmente, e as manifestações clínicas de sangramento diminuíram.
Discussão: Este caso ilustra uma complicação rara, mas grave, da dengue, que é a púrpura trombocitopênica. A associação entre dengue e PT é complexa e envolve uma interação entre o vírus da dengue e o sistema imunológico do hospedeiro. A queda na contagem de plaquetas pode resultar de vários mecanismos, incluindo a destruição imune das plaquetas, a disfunção plaquetária e o dano endotelial.
Conclusão: O reconhecimento precoce e o manejo adequado da púrpura trombocitopênica são essenciais para evitar complicações graves, como sangramento excessivo e síndrome de choque. Neste caso destaca a importância da vigilância clínica e laboratorial em pacientes com dengue, especialmente aqueles com fatores de risco para o desenvolvimento de PT. Mais estudos são necessários para entender completamente os mecanismos subjacentes e otimizar o tratamento dessa complicação em pacientes com dengue. Este estudo de caso destaca a complexidade da relação entre dengue e púrpura trombocitopênica, enfatizando a importância do reconhecimento precoce e do tratamento adequado dessa complicação em pacientes com dengue.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo de caso têm o potencial de contribuir significativamente para o entendimento da relação entre dengue e púrpura trombocitopênica (PT) de várias maneiras:
1. Evidência clínica direta: Este estudo fornece evidências clínicas diretas da ocorrência de púrpura trombocitopênica como uma complicação da dengue. Isso ajuda a confirmar a associação entre essas duas condições e a destacar a importância da vigilância clínica em pacientes com dengue para detectar complicações hematológicas.
2. Caracterização da apresentação clínica: Ao descrever detalhadamente o caso clínico, incluindo os sintomas iniciais, a progressão da doença e a resposta ao tratamento, este estudo pode contribuir para uma melhor compreensão da apresentação clínica da púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue.
3. Identificação de fatores de risco: A análise dos fatores de risco associados ao desenvolvimento de púrpura trombocitopênica nesse caso específico pode ajudar a identificar quais pacientes com dengue têm maior probabilidade de desenvolver essa complicação. Isso pode orientar estratégias de triagem e monitoramento de pacientes em risco.
4. Mecanismos fisiopatológicos: Ao discutir os possíveis mecanismos fisiopatológicos subjacentes à associação entre dengue e púrpura trombocitopênica com base nos dados do caso e na revisão da literatura, este estudo pode fornecer insights importantes sobre os processos biológicos envolvidos na patogênese dessa complicação.
5. Diretrizes de manejo clínico: Os resultados deste estudo podem ajudar a informar as diretrizes de manejo clínico para pacientes com dengue, destacando a importância do reconhecimento precoce e tratamento adequado da púrpura trombocitopênica. Isso pode levar a melhorias na qualidade do cuidado ao paciente e na prevenção de complicações graves.
Em última análise, os resultados deste estudo de caso têm o potencial de melhorar o entendimento da relação entre dengue e púrpura trombocitopênica e orientar a prática clínica para otimizar o cuidado de pacientes com essas condições médicas.
Considerações Éticas
A discussão sobre as considerações éticas na pesquisa sobre a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica é fundamental para garantir o respeito aos direitos e a proteção dos pacientes envolvidos. Alguns pontos importantes a serem considerados incluem:
Consentimento Informado:
∙ Antes de incluir qualquer paciente no estudo, é essencial obter o consentimento informado dele ou de seu representante legal.
∙ O consentimento informado deve ser voluntário e baseado em uma compreensão completa das informações fornecidas sobre o estudo, incluindo seus objetivos, procedimentos, riscos e benefícios.
∙ Os pacientes devem ser informados sobre como seus dados serão utilizados, incluindo a possibilidade de publicação dos resultados, garantindo sua privacidade e anonimato.
Confidencialidade dos Dados:
∙ Todos os dados dos pacientes devem ser tratados com máxima confidencialidade para proteger sua privacidade.
∙ Identificadores pessoais, como nomes, endereços e números de telefone, devem ser removidos ou codificados para garantir o anonimato dos pacientes.
∙ Apenas os membros da equipe de pesquisa autorizados devem ter acesso aos dados dos pacientes, e medidas de segurança devem ser implementadas para proteger contra acesso não autorizado ou divulgação indevida.
Beneficência e Não Maleficência:
∙ A pesquisa deve ser realizada com o objetivo de beneficiar os pacientes envolvidos e contribuir para o avanço do conhecimento científico. ∙ Os riscos potenciais da pesquisa devem ser cuidadosamente avaliados e minimizados, garantindo que os benefícios superem os possíveis danos para os participantes.
∙ A segurança e o bem-estar dos pacientes devem ser priorizados em todas as etapas da pesquisa, desde a coleta de dados até a publicação dos resultados.
Equidade e Justiça:
∙ A pesquisa deve ser conduzida de forma justa e equitativa, garantindo que todos os pacientes tenham a oportunidade de participar, independentemente de raça, etnia, gênero, orientação sexual, religião ou status socioeconômico.
∙ Os benefícios da pesquisa devem ser acessíveis a todas as comunidades afetadas pela dengue e púrpura trombocitopênica, especialmente aquelas em países em desenvolvimento onde essas doenças são mais prevalentes.
Em resumo, a pesquisa sobre a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica deve ser conduzida de acordo com os mais altos padrões éticos, garantindo o respeito aos direitos e a proteção dos pacientes envolvidos. O consentimento informado, a confidencialidade dos dados, a beneficência e não maleficência, e a equidade e justiça devem ser considerados em todas as etapas do processo de pesquisa.
5. CONCLUSÃO
A relação entre dengue e púrpura trombocitopênica (PT) é complexa e multifacetada, envolvendo uma interação intrincada entre o vírus da dengue, o sistema imunológico do hospedeiro e os componentes sanguíneos. Ao longo deste estudo, exploramos diversas facetas dessa relação, desde a epidemiologia e apresentação clínica até os possíveis mecanismos fisiopatológicos subjacentes.
Nossa revisão da literatura destacou a crescente prevalência da PT como uma complicação da dengue em várias regiões do mundo, ressaltando a importância de um maior reconhecimento clínico desta condição. Além disso, identificamos vários estudos que investigaram os mecanismos imunológicos e hematológicos envolvidos na trombocitopenia associada à dengue e à PT, fornecendo insights valiosos para entender a patogênese dessas condições.
Ao realizar um estudo de caso detalhado, pudemos examinar mais de perto a apresentação clínica, o manejo terapêutico e a evolução de um paciente com dengue que desenvolveu PT. Este caso ilustra vividamente os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento da PT em pacientes com dengue, além de destacar a importância da vigilância clínica e do manejo adequado para melhorar os resultados dos pacientes.
No entanto, apesar dos avanços na compreensão da relação entre dengue e PT, ainda há lacunas significativas em nosso conhecimento. Questões sobre os mecanismos fisiopatológicos específicos, fatores de risco modificáveis e melhores estratégias de prevenção e tratamento permanecem sem resposta. Portanto, instamos a comunidade científica a continuar investigando essas questões por meio de estudos clínicos rigorosos, ensaios controlados e pesquisas multidisciplinares.
Em última análise, este estudo ressalta a importância de uma abordagem integrada e colaborativa para enfrentar o desafio da PT em pacientes com dengue. Ao unir forças, podemos avançar no entendimento dessa complexa interação e trabalhar em direção a melhores estratégias de manejo clínico e prevenção, com o objetivo final de melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes afetados por essas condições médicas.
Para Futuras Pesquisas:
1. Mecanismos Fisiopatológicos:
Os resultados do estudo podem gerar questões adicionais sobre os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à relação entre dengue e púrpura trombocitopênica, incentivando pesquisas adicionais para elucidar esses mecanismos e identificar alvos terapêuticos potenciais.
2. Estudos de Longo Prazo e de Coorte:
Pesquisas de acompanhamento de longo prazo e estudos de coorte podem ser realizados para investigar a incidência e os fatores de risco associados ao desenvolvimento de púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue em diferentes populações e contextos clínicos.
3. Avaliação de Intervenções Terapêuticas:
Estudos clínicos randomizados e controlados podem ser conduzidos para avaliar a eficácia e a segurança de diferentes intervenções terapêuticas no tratamento da púrpura trombocitopênica em pacientes com dengue, ajudando a guiar a prática clínica baseada em evidências.
4. Abordagens Multidisciplinares:
Futuras pesquisas podem explorar abordagens multidisciplinares e colaborativas para o estudo da relação entre dengue e púrpura trombocitopênica, envolvendo especialistas em hematologia, virologia, imunologia e outras disciplinas relevantes.
Em suma, os resultados deste estudo têm o potencial de influenciar tanto a prática clínica quanto às pesquisas futuras sobre a relação entre dengue e púrpura trombocitopênica, proporcionando insights importantes para melhorar o diagnóstico, manejo e prevenção dessa complicação em pacientes com dengue.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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