A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS EGRESSOS DO IEMA UNIDADE DE BACABEIRA/MA ACERCA DOS CONHECIMENTOS TECNOLÓGICOS DOS PROFESSORES NO SEU PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO

THE PERCEPTION OF STUDENTS GRADUATES FROM IEMA UNIT OF BACABEIRA/MA ABOUT THE TECHNOLOGICAL KNOWLEDGE OF TEACHERS IN THEIR IMPLEMENTATION PROCESS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12788485


Alysson Santos Leite1
João Batista Bottentuit Junior2


RESUMO

As tecnologias têm se mostrado como uma das principais ferramentas de auxílio no desenvolvimento das atividades educacionais em diversas partes do mundo, com isso, a percepção dos alunos egressos do IEMA unidade de Bacabeira/MA acerca dos conhecimentos tecnológicos dos professores se configuraram como um grande indicador de respostas sobre um novo modelo educacional implantado na região. Como objetivo geral deste trabalho buscou-se identificar a percepção dos alunos egressos das primeiras turmas (2016 a 2018) do IEMA unidade de Bacabeira/MA sobre os conhecimentos tecnológicos dos professores na implantação do modelo integral de ensino. Como objetivos específicos buscou-se conhecer os primeiros passos da implantação do IEMA unidade de Bacabeira/MA e sua relação com a tecnologia; Analisar o trabalho dos professores diante da necessidade de adaptação das tecnologias as suas aulas; Registrar informações mais claras sobre o processo de implantação do IEMA no município de Bacabeira/MA nos seus primeiros anos. Foram analisados os olhares de 39 alunos egressos de 2016 a 2018 do IEMA com vistas aos conhecimentos tecnológicos dos professores. Como resultados foi possível conhecer os passos iniciais da implantação do IEMA unidade de Bacabeira/MA e sua relação com a tecnologia por meio das informações disponibilizadas pelos professores e alunos dos cursos técnicos, a constatação que os professores desenvolveram seus trabalhos com seus conhecimentos tecnológicos diante da necessidade de adaptação as tecnologias nas suas aulas, além de ter contribuído com um registro inicial e detalhada sobre o processo de implantação do IEMA no município de Bacabeira/MA nos seus primeiros anos sobre o desenvolvimento de uma proposta que apresenta grande sucesso educacional no Estado do Maranhão.          

Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Currículo. Ensino Integral.

ABSTRACT

Technologies have proven to be one of the main tools to aid in the development of educational activities in different parts of the world, therefore, the perception of students graduating from the IEMA unit of Bacabeira/MA regarding the technological knowledge of teachers has been configured as a great indicator of responses about a new educational model implemented in the region. The general objective of this work was to identify the perception of students graduating from the first classes (2016 to 2018) of the IEMA unit of Bacabeira/MA regarding the technological knowledge of teachers in the implementation of the integral teaching model. As specific objectives, we sought to understand the first steps in the implementation of the IEMA unit in Bacabeira/MA and its relationship with technology; Analyze the work of teachers given the need to adapt technologies to their classes; Record clearer information about the IEMA implementation process in the municipality of Bacabeira/MA in its first years. The views of 39 students who graduated from 2016 to 2018 from IEMA were analyzed with a view to the teachers’ technological knowledge. As a result, it was possible to understand the initial steps of the implementation of the IEMA unit of Bacabeira/MA and its relationship with technology through the information made available by teachers and students of technical courses, the observation that teachers developed their work with their technological knowledge in the face of need to adapt technologies in their classes, in addition to having contributed with an initial and detailed record of the IEMA implementation process in the municipality of Bacabeira/MA in its first years on the development of a proposal that presents great educational success in the State of Maranhão.

Keywords: Education. Technology. Curriculum. Comprehensive Education.

1. INTRODUÇÃO

O ensino público brasileiro possui uma história rica e repleta de grandes conquistas, alcançadas por incansáveis lutas de educadores e adeptos a um ensino digno e de qualidade.  A educação maranhense, não distante das realidades dos outros estados brasileiros apresenta uma série de mudanças que visam a melhoria dos métodos de ensino nos seus diferentes níveis. Dessa forma, as mudanças no sistema educacional, oriundas de muitas análises, feitas pelos profissionais da educação ao longo dos anos podem impactar de diferentes formas na vida de muitos alunos.

Os professores, figuras essenciais para o funcionamento do sistema educacional, possuem um papel fundamental e de grande relevância para a construção de um processo de ensino e aprendizagem que supra as necessidades encontradas em todos os contextos sociais possíveis. Por conta disso, precisam estar atentos as mudanças que constantemente ocorrem e delas consigam extrair e transmitir tudo o que for necessário para o seu público.

Um dos grandes desafios encontrados no âmbito educacional atualmente é a estruturação de um currículo que leva em consideração muitas demandas, entre elas a aplicação dos conhecimentos tecnológicos dos professores no desenvolvimento das suas aulas, visto que, as tecnologias configuram-se como um dos itens em constante desenvolvimento. O município de Bacabeira/MA, assim como outros munícios (São Luís e Pindaré), foram contemplados no ano de 2016 com a implantação do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), levando educação de tempo integral, para essas localidades. Essa oferta, aparentemente, foi muito bem recebida pela população bacabeirense, visto que, uma escola de tempo integral, com a promessa de utilização de vários recursos (tecnológicos, materiais, financeiros e humanos), e principalmente sendo da rede pública estadual, poderia promover muitos avanços na educação da região.     

Ao considerar que o IEMA desenvolveria a ideia de um currículo atento as questões cientificas e tecnológicas, onde os professores seriam os transmissores desses conhecimentos fez-se necessário entender a visão dos principais beneficiados (os alunos) do novo modelo para verificar se os professores possuíam conhecimentos suficientes para execução das atividades tecnológicas do instituto. Dessa forma, levantou-se o seguinte questionamento para o desenvolvimento do trabalho: é possível afirmar que os professores do IEMA unidade de Bacabeira/MA estavam aptos para o desenvolvimento das atividades tecnológicas no início da sua implantação? A busca por tais informações se justifica pela inexistência de dados acerca da proposta no seu início até chegar nos resultados de sucesso da atualidade, em especifico dos alunos da unidade de Bacabeira/MA.

Por meio do questionamento central, traçou-se como objetivo geral deste trabalho identificar a percepção dos alunos egressos das primeiras turmas (2016 a 2018) do IEMA unidade de Bacabeira/MA sobre os conhecimentos tecnológicos dos professores na implantação do modelo integral de ensino. Como objetivos específicos definimos: 1) Conhecer os primeiros passos da implantação do IEMA unidade de Bacabeira/MA e sua relação com a tecnologia; 2) Analisar o trabalho dos professores diante da necessidade de adaptação das tecnologias as suas aulas; 3) Registrar informações mais claras sobre o processo de implantação do IEMA no município de Bacabeira/MA nos seus primeiros anos.          

Portanto, serão apresentados ao longo do trabalho, diferentes visões sobre as mudanças tecnológicas no contexto educacional da sociedade brasileira, suas relações com os professores, além das análises sobre as respostas dos alunos egressos do IEMA diante de uma nova realidade.

2. MUDANÇAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO ESCOLAR E O USO PELOS PROFESSORES

As mudanças apresentam um poder significativo de promover impactos em diferentes nichos da sociedade e consequentemente no modo de vida das pessoas. A área educacional seguramente é um desses nichos sujeita as mudanças, principalmente quando novas diretrizes são elaboradas e passam a vigorar em diferentes espaços de tempo. Logo, os novos rumos desses desdobramentos ocasionados pelas mudanças, implantados na educação, costumam causar muitas surpresas para os seus executores, usa-se como exemplo a adesão das tecnologias na elaboração das aulas e das atividades escolares. Por conta disso, entendemos que:

Estamos entrando na era do que se costuma chamar a “sociedade do conhecimento”. A escola não se justifica pela apresentação de conhecimento obsoleto e ultrapassado e muitas vezes morto, sobretudo, ao se falar em ciências e tecnologia. Será essencial para a escola estimular a aquisição, a organização, a geração e a difusão do conhecimento vivo, integrado nos valores e expectativas da sociedade. Isso será impossível de se atingir sem a ampla utilização de tecnologia na educação. (D’ambrósio, 1996, p. 80)

A educação brasileira, mesmo diante de tantas dificuldades em se falando de avanços busca constantemente adaptação as novas propostas, entretanto, diversas análises precisam ser feitas em todo o território brasileiro por conta das suas muitas realidades que vão de um extremo ao outro, algo que nos remete a questão cultural e as características de cada localidade, logo, de acordo com Santos:

“[…] uma preocupação contemporânea, bem viva nos tempos atuais. É uma preocupação em entender os muitos caminhos que conduziram os grupos humanos às suas relações presentes e suas perspectivas de futuro. O desenvolvimento da humanidade está marcado por contatos e conflitos entre modos diferentes de organizar a vida social, de se apropriar dos recursos naturais e transformá-los, de conceber a realidade e expressá-la”. (Santos, 1949, p. 7)

Ainda de acordo com Santos (1949, p. 8), “Cada realidade cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que façam sentido as suas práticas, costumes, concepções e as transformações pelas quais estas passam”. Dessa forma, por mais que o ensino brasileiro apresente um ordenamento geral na sua forma de atuar é necessário compreender como essas diretrizes se desenvolvem em cada lugar, visto que “[…] o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (Caldart, 2002, p. 26). Com isso, entende-se o quão complexo e desafiador é o processo de implantação do novo em cada localidade.  

Com a chegada do IEMA no município de Bacabeira/MA no ano de 2016 entendia-se que muitas mudanças poderiam ocorrer nessa localidade, visto que, até o ano em questão não haviam escolas que explorassem a mesma proposta no referido município, onde as aulas dialogassem com as tecnologias, logo:

O Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) foi criado no dia 02 de janeiro de 2015 com o intuito de ampliar a oferta no Maranhão, de educação profissional, científica e tecnológica. A proposta é implantar o Instituto em todas as regiões do Estado, oferecendo à sociedade condições e oportunidade para o desenvolvimento dos seus potenciais, respeitando as necessidades locais e as prioridades estratégicas do Maranhão.

Segundo Fonseca (1961, p.160) “A criação e multiplicação de institutos de ensino técnico e profissional muito podem contribuir também para o progresso das indústrias, proporcionando-lhes mestres e operários instruídos e hábeis”. No entanto, tal situação gerou diversos questionamentos, entre eles, como uma cultura tecnológica se desenvolveria nessa localidade, visto que:

O contato com a tecnologia é importante, pois a mesma faz parte das relações de nosso cotidiano, porém o espaço escolar é o espaço de formação do homem e do cidadão e a lógica do treinamento e do adestramento não condizem com a vocação original da escola; nesse espaço devem ser buscados parâmetros éticos e políticos para a sua apropriação de forma democrática, servindo como um espaço de emancipação da parcela menos favorecida da sociedade […] (Maggl, 2006, p. 117-118).

Para que uma escola com traços tecnológicos se desenvolva são necessário certos conhecimentos, por conta disso, todos os envolvidos precisam entender a sua importância nesse processo de adaptação, entre eles os professores, de acordo com Fullan & Hargreves (2000, p. 29), “independentemente de quão nobres, sofisticadas ou brilhantes possam ser as propostas de mudança e de aperfeiçoamento, elas nada representam se os professores não as adapta (re)m nas suas próprias salas de aula e não as traduz (ir) em numa prática profissional efectiva”. Ou seja, para que algo efetivamente aconteça é preciso saber o que está sendo de fato feito e desenvolvido pelos seus atores a todo momento.

Os professores, diante de uma nova proposta desenvolvida por meio de um instituto de ciência e tecnologia, tendem a passar por todo um processo adaptativo, visto que, “[…] O progresso e as inovações tecnológicas provocam mudanças rápidas no modo de vida da sociedade, nas formas de educar e aprender, nas concepções de ensino e nas qualificações”. Strey & Kapitanski (2011, p. 55). Além disso, de acordo com Marques (2006, p.39) “o fluxo de informações da atual sociedade impõe novas perspectivas na formação do professor, exigindo domínio na sua prática pedagógica que as novas tecnologias vêm propiciando, devido ao grande número de informações trazidas pelas mídias”.  Logo, estar atento e receptivo as mudanças permitem aos professores atuarem em seus espaços de trabalho de forma mais harmoniosa e livres de surpresas indesejadas.   

Portanto, ainda que as propostas por um ensino de qualidade sejam boas, diferentes olhares precisam ser levados cada vez mais a sério e observados por todos os profissionais da educação, como é o caso do uso das tecnologias. Para Perrenoud (2002, p. 28), “as reformas nunca resolvem inteira e definitivamente os problemas do sistema educativo”. Logo, muito ainda precisa ser feito para que se alcancem bons resultados nos ambientes educacionais, e para que isso ocorra são necessárias informações que permitam ver o desenvolvimento de um currículo que englobe todas as situações vividas dentro do sistema de ensino brasileiro.

3. UMA BREVE APRESENTAÇÃO SOBRE O CURRÍCULO E SUAS CARACTERÍSTICAS

As escolas são instituições que tem por objetivo contribuir para a formação e desenvolvimento de crianças, jovens e adultos, possibilitando uma melhor adaptação e integração destes com a sociedade. Partindo desse ponto, entende-se que as escolas precisam de mecanismos que as auxiliem na identificação e conversão das demandas sociais em caminhos a serem trilhados por esses indivíduos, sendo assim, para que isso aconteça é necessário entender a função do currículo escolar, bem como suas características em todo esse processo.

O currículo pode ser visto como o principal instrumento norteador da educação, através dele podem ser inseridas e encontradas informações sobre os conteúdos que serão ministrados, as modalidades de ensino, o contexto ao qual as escolas estão inseridas, entre muitos outros pontos. No entanto, ainda é muito comum a confusão feita sobre o que realmente é o currículo e como ele de fato funciona. Para entender melhor o que é o currículo é necessário buscar um pouco da sua origem e como os elementos que o compõe ainda estão presentes no século XXI. De acordo com Silva (2005, p. 22)

(…) Bobbitt escreve, em 1918, o livro que iria ser considerado o marco no estabelecimento do currículo como campo especializado de estudos: The curriculum. O livro de Bobbitt é escrito num momento crucial da história da educação estadunidense, num momento em que diferentes forças econômicas, políticas e culturais procuravam moldar os objetivos e as formas da educação de massas de acordo com suas diferentes e particulares visões.  

 A construção das ideias em torno do currículo através da visão de Bobbitt possibilitaram diferentes entendimentos sobre a condução de um ensino mais analítico e pautado em diferentes contextos. Com o passar dos anos outras ideias foram ampliando o entendimento sobre o currículo, para Libânio por exemplo:    

O currículo tem sempre uma dimensão externa, ou seja, ele segue uma sequência que começa sempre na esfera política e administrativa do sistema escolar, passa pelas crenças, significados, valores comportamentos existentes na cultura, é trabalhado pelos professores, até chegar aos alunos. Isso significa que ele está impregnado de influências sociais, econômicas, políticas que precisam ser detectadas pelos professores inclusive para que compreendam que, essas influências limitam o poder de intervenção da escola (Libânio, 2001, p. 100).

 Morgado (2004, p. 117), por sua vez, entende o currículo como “sinônimo de um conjunto de aprendizagens valorizadas socialmente e como uma construção permanente e inacabada, resultante da participação de todos. Um espaço integrado e dialético, sensível à diferenciação”. Logo, as diferentes visões sobre o currículo possibilitam um entendimento mais claro sobre esse instrumento educacional que norteia as escolas e influencia as ações nesse meio.

Na atualidade, um importante elemento tem atuado ativamente do currículo escolar, fazendo com que muitos professores pensassem ou repensassem seus modos de trabalho com ele, fala-se aqui da tecnologia. As diretrizes elaboradas e descritas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), apresentam-se como o principal caminho a ser seguido pelos professores, entretanto, de acordo com Barbosa (2021, p. 102), “Outro documento importante da educação para a discussão das tecnologias digitais na educação escolar e alinhado à BNCC é o ‘Currículo de Referência em Tecnologia e Computação’, que objetiva apoiar as escolas na inclusão dos temas tecnologia e computação em seus currículos”. Logo, os demais outros documentos mencionados auxiliam os professores no seu alinhamento com as tecnologias, proporcionando maior contato entre as partes envolvidas. Com isso, os conhecimentos tecnológicos que deverão ser empregados em todo o processo de ensino e aprendizagem, por mais que estejam respaldados nas diretrizes educacionais, devem fazer parte também dos processos de formação docente, sendo assim:

A formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de autoformação participada. Estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios, com vista à construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional (Nóvoa, 1997, p. 25).   

Além disso, entende-se que uma postura proativa dos professores também pode contribuir para esse processo de construção de saberes ainda maior sobre o que está sendo trabalhado, para Gama & Figueiredo (2009, p. 5)

o professor tem como incumbência não só ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidas, mas também participar de forma integral dos períodos dedicados ao planejamento, além de participar, também, da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino a qual ele pertença.

Portanto, para que exista um currículo atento as demandas tecnológicas, é necessária a participação atenta dos atores que o compõem, de acordo com Ribas (2007, p.50),“A tecnologia tem transformado os processos e as práticas tradicionais da educação e da socialização do conhecimento mediante inovações que têm modificado as formas de produção, distribuição, apropriação, representação, significação e interpretação da informação e do conhecimento”. Por conta disso, espera-se que os conhecimentos teóricos continuem sendo apresentados e disseminados sendo estes relacionados cada vez mais com as ações práticas dos professores no cotidiano escolar.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

O presente estudo com vistas a identificar a percepção dos alunos sobre os conhecimentos tecnológicos dos professores na implantação do modelo de uma escola de tempo integral teve como universo o IEMA unidade de Bacabeira/MA, utilizando como amostra 39 alunos dos cursos técnicos da instituição (Administração, Logística e Mineração) concomitante com o ensino médio, egressos nos anos de 2016 a 2018 escolhidos de forma aleatória, onde os mesmos responderam um formulário de forma virtual. Para o desenvolvimento seguro dos nossos estudos, nossa pesquisa quanto à sua natureza constituiu-se como aplicada, visto que “[…] abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem” (Gil 2008, p. 26). No nosso caso, a busca por informações vivenciadas nesse ambiente mas que não haviam sido exploradas e divulgadas até o presente momento.   

Com relação aos objetivos nossa pesquisa configurou-se como exploratória, pois “têm como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Seu planejamento tende a ser bastante flexível, pois interessa considerar os mais variados aspectos relativos ao fato ou fenômeno estudado. (Gil, 2008, p. 27)”. Logo, todas as respostas iriam constituir uma ampla análise sobre o contexto tecnológico proposto pelo modelo escolar. Com relação a abordagem metodológica optamos pela pesquisa qualitativa, pois:

[…] podemos afirmar que, em geral, as investigações que se voltam para uma análise qualitativa têm como objeto situações complexas ou estritamente particulares. Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos. (Richardson, 1999, p. 80).

Por sua vez, quanto aos procedimentos metodológicos, utilizar-se-á das pesquisas bibliográfica e documental, fundamentada em materiais já elaborados, como livros, documentos oficiais, sites, entre outros. Tratando-se da pesquisa documental Fachin (2006) esclarece que esse modelo corresponde a toda informação coletada, seja de forma oral, escrita ou visualizada. Consistindo na coleta, classificação, seleção difusa e utilização de toda espécie de informações, compreendendo também as técnicas   e os métodos que facilitam a sua busca e identificação.

A pesquisa contou com os instrumentos de coleta que se adequem a proposta, para Barros & Neide (1996), ‘‘antes de passar à fase de interpretação, é necessário que o pesquisador examine os dados, isto é, ele deve submetê-los a uma análise crítica, observando falhas, distorções e erros’’. Portanto, a coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário, visto que “[…] O questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de coleta de dados. Se sua confecção for feita pelo pesquisador, seu preenchimento será realizado pelo informante ou respondente”. (Prodanov, 2013, p. 109). As perguntas elaboradas para o questionário levaram em consideração os tipos apresentados por Richardson (1999, p. 190), segundo o autor “De acordo com o tipo de pergunta, os questionários podem ser classificados em três categorias: questionários de perguntas fechadas; questionários de perguntas abertas; e questionários que combinam ambos os tipos de perguntas”. Neste caso usamos as perguntas fechadas, seguindo o entendimento de Richardson (1999, p. 191) onde “[…] as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas”.

Dessa forma, toda a pesquisa seguiu alinhada com uma proposta metodológica clara e objetiva, apresentando os resultados das respostas obtidas com os sujeitos da pesquisa à luz do referencial teórico desenvolvido sob diferentes olhares e consequentemente contribuindo para o registro e desenvolvimento de novos estudos sobre o tema trabalhado.

5. PERCEPÇÃO DOS ALUNOS QUANTO AO CONHECIMENTO TECNOLÓGICO DOS PROFESSORES

Durante todo o trabalhado verificou-se como as mudanças podem interferir no cotidiano escolar de uma determinada localidade. Verificou-se também o papel do currículo escolar nesse processo e junto a ele a participação das tecnologias no desenvolvimento das atividades elaboradas pelos professores. Entretanto, a utilização das tecnologias pelos professores cria diferentes visões sobre o que está ocorrendo, entre elas as visões dos seus alunos, caracterizados como pessoas pertencentes a um contexto tecnológico amplo como aponta Barbosa (2021, p. 101) onde:

Os estudantes da educação básica nasceram com as tecnologias digitais muito presentes. Conheceram o mundo dessa forma de acesso facilitado à informação e a comunicação rápida e dinâmica. Mas nem sempre foi assim. Esse marco histórico pode ser datado em meados de 1990, no Brasil”.

Dessa forma, a proposta do IEMA de Bacabeira/MA, diante de um ensino com a presença das tecnologias nas suas aulas alcançaria um público relativamente conhecedor do tema, pois, os olhares dos alunos proporcionaram análises sobre a atuação dos professores nesse processo de implantação, algo que poderia contribuir ainda mais para sua atuação, visto que:

As primeiras modificações que devem ocorrer para que haja sucesso na inserção de tecnologias informacionais nas escolas básicas deve partir do próprio docente, que apesar de poucos recursos e convívio com estruturas precárias não se deve restringir-se a velhos e caquéticos métodos, é de suma importância que o intermediador seja o principal responsável pelo desenvolvimento do interesse dos educandos. (Mercado, 2002, p.14)

Dentro do processo de busca pelas informações sobre os conhecimentos tecnológicos dos professores no IEMA de Bacabeira/MA, deu-se inicia a aplicação do questionário com os alunos para se compreender o contexto de implantação da proposta. Logo, os 39 alunos selecionados para responder o questionário se dividiram da seguinte forma como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1: Identificação dos alunos participantes (egressos dos anos de 2016 a 2018)

Todos os alunos selecionados para participarem da pesquisa foram dos cursos de técnico em Administração, Logística e Mineração (presentes na escola durante os três primeiros anos), contando com uma maior participação dos alunos do curso de técnico em Administração, seguido pelo curso de Logística e por último o curso de mineração como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2: Identificação da participação dos alunos por curso

Identificado o quantitativos de alunos e os cursos aos quais eles pertenceram, o gráfico 3 voltou-se para os saberes tecnológicos dos alunos antes de entrarem no instituto, tal questionamento se fez necessário, pois a emissão de uma opinião sobre determinado assunto necessita de conhecimentos mínimos sobre o que está sendo discutido, visto que, “é necessário enfatizar que a cultura na escola deve ser articulada com significados prévios, e talvez ocultos, que os alunos trazem e que formam a sua bagagem de crenças, significados, valores, atitudes e comportamentos adquiridos fora dela” (Fantin, 2012, p. 442). Dessa forma, no gráfico 3, verifica-se que a maioria dos alunos entrevistados possuíam conhecimentos tecnológicos antes de entrar no IEMA de Bacabeira/MA, o que nos permitiu seguir verdadeiramente com o estudo.

Gráfico 3: Nível de conhecimento dos alunos do IEMA

O próximo questionamento buscou saber se os alunos, com a proposta de um instituto de ciência e tecnologia, dentro das suas expectativas, imaginavam que poderiam desenvolver atividades com algum tipo de recurso tecnológico como: computadores, tabletes, aplicativos, entre outros. Para Pádua (2009, p. 24) “quando uma pessoa entra em contato com o objeto de conhecimento (e) ela retira desse objeto algumas informações e as retém”. Ou seja, os saberes tecnológicos dos alunos, adquiridos ao longo dos anos, contribuiriam para a análise do contexto escolar ao qual seriam inseridos.  Dessa forma, constatou-se que a maioria dos alunos tinham a clareza que realizariam algum tipo de atividade tecnológica no IEMA de Bacabeira/MA como aponta o gráfico 4.

Gráfico 4: Percepção dos alunos acerca das possíveis atividades tecnológicas realizadas pelo IEMA

Com a identificação dos conhecimentos tecnológicos dos alunos, a pesquisa passou a verificar a visão dos mesmos sobre os conhecimentos dos professores durante os anos que estiveram no instituto. O início desta etapa se deve a utilização cada vez mais acelerada das tecnologias nas aulas. No passado e em muitos casos da atualidade, ainda é comum por parte de muitos professores o uso exclusivo apenas de livros, apostilas, quadro negro, entre outros recursos que não necessitavam estar ligados diretamente com as tecnologias, entretanto, com a sua presença em um instituto de ciência, entende-se que:  

O professor terá de além de conhecer as tecnologias existentes, ter conhecimento sobre o modo de utilizá-las da forma mais proveitosa e educativa possível, de acordo com as concepções teóricas que fundamentam a sua prática. É preciso que ele utilize tais recursos para promover a aprendizagem não somente através da transferência de conhecimento, mas com a criação de um processo de construção do conhecimento pelo aluno. (Dalbosco, 2006 p. 39).  

Ao serem questionados sobre os conhecimentos tecnológicas dos seus professores com a proposta do instituto, detectou-se que as percepções dos alunos variaram quanto a analise dos conhecimentos dos professores, apresentadas no gráfico 5.

Gráfico 5: Percepção dos alunos acerca dos conhecimentos tecnológicas dos professores do IEMA

Para Lessard & Lahaye (1991, p.218) “a relação dos docentes com os saberes não se reduz a uma função de transmissão dos conhecimentos já constituídos, (pois) sua prática integra diferentes saberes, com os quais o corpo docente mantém diferentes relações”. Dessa forma, verificamos tais conhecimentos estavam sendo analisados constantemente pelos alunos. O próximo item, diante das análises dos alunos, visou atribuir uma nota para o nível de conhecimento tecnológicos dos professores com notas que variavam de 0 a 5. Onde 0 se configurava como totalmente insatisfeitos e 5 totalmente satisfeitos com os conhecimentos apresentados. As notas atribuídas pelos alunos, mostraram que mesmo diante de algumas percepções negativas foi possível identificar a existência de confiança destes com seus professores (verificar gráfico 6).   

Gráfico 6: Atribuição de notas dos alunos quanto ao desempenho tecnológico dos professores do IEMA

Por fim, o último questionamento fez uma análise após a saída dos alunos do instituto, visando identificar se os conhecimentos tecnológicos dos professores foram absorvidos por eles e aplicados nas suas vidas (verificar gráfico 7), para Mercado (2002, p. 22) “[…] nada adianta a implementação e inserção de tecnologias se não houver professores e orientadores capacitados, além disso, o velho e bom currículo deve ser revisto e reformulado”. Ou seja, a proposta de um instituto de tecnologia e a não absorção do que ele pode oferecer mostra-se como algo a ser possivelmente revisto e/ou corrigido visando sua melhor adequação.

Gráfico 7: Percepção dos alunos acerca dos seus conhecimentos tecnológicas após a saída do IEMA

Entretanto, todas as respostas obtidas apresentaram indicadores interessantes em um processo inicial de implantação como a do IEMA de Bacabeira/MA sobre a percepção dos alunos com os conhecimentos tecnológicos dos professores. Evidenciou-se que os olhares dos alunos atentaram-se as inconsistências na execução de um currículo pautado na tecnologia, algo muito claro nas palavras de Freire (1983, p. 29), para o autor, “[…] não podemos nos colocar na posição do ser superior que ensina um grupo de ignorantes, mas sim, na posição humilde daquele que comunica um saber relativo a outros que possuem outro saber relativo”. Ou seja, os professores necessitam a todo momento buscarem por novos conhecimentos, colocando eles em prática e certamente avaliados como qualquer outro profissional que busca por melhorias no seu trabalho, logo:   

As práticas pedagógicas realizadas nos espaços escolares precisam ser revistas para atender os anseios das legislações vigentes e do novo modelo de sociedade. Essas práticas pedagógicas precisam alcançar os estudantes para torná-los sujeitos da construção do conhecimento, além de torná-los cidadãos críticos e preocupados com a transformação social (Peixoto, 2016, p. 36).

Com isso, entende-se que determinados pontos podem ser corrigidos com vistas a criação de oportunidades para todos, principalmente para os professores tidos como resistentes as tecnologias, sendo assim: 

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (Brasil, 2018, p. 9). 

Portanto, os olhares atentos dos alunos enquanto público especifico dos professores sempre possibilitarão novas formas de avaliação e revisão dos trabalhos desenvolvidos nas salas de aula e com o uso massivo das tecnologias na educação essas percepções garantem significativos retornos para todos, logo, essas vozes podem e devem ser ouvidas, analisadas e convertidas em ações capazes de sanar os déficits encontrados em todo o sistema educacional, sejam com o uso das tecnologias na implantação de um instituto ou quaisquer outros elementos que venham a fazer parte da estrutura curricular das escolas.

6. CONCLUSÃO

A elaboração de um bom currículo é de grande importância para todo o sistema educacional brasileiro devido à quantidade de informações que ele dispõe, além de facilitar a condução das atividades escolares ao longo de todo ano letivo. Por meio dele também é possível analisar os diferentes contextos existentes na sociedade e que refletem diretamente no cotidiano de professores e alunos.

A proposta do IEMA, descrita nesse trabalho com referência a unidade de Bacabeira/MA se mostrou como um dos grandes marcos no avanço da educação maranhense, devida a implantação de uma escola que apresentou a ciência e a tecnologia de uma forma mais ampla em uma região que não dispunha de um mesmo modelo de ensino nos últimos anos, dessa forma, registrar e analisar todo esse processo ocorrido nos seus 3 (três) primeiros anos de existência possibilitaram a constatação de pontos interessantes do passado capazes de interferir no desenvolvimento da sua proposta e que não vieram a público, apresentando apenas a existência de um modelo perfeito.

Os conhecimentos tecnológicos dos professores são uma importante ferramenta em um modelo escolar composto pela tecnologia mas que de acordo com as percepções dos alunos do IEMA de Bacabeira/MA mostraram-se falhos em dados momentos demonstrando que o uso da tecnologia precisa ser muito bem analisado e consequentemente bem trabalhado. Dessa forma, em relação ao questionamento centro do trabalho, onde, perguntou-se: é possível afirmar que os professores do IEMA unidade de Bacabeira/MA estavam aptos para o desenvolvimento de atividades tecnológicas? E constatou-se que os professores estavam aptos a desenvolverem suas atividades tecnológicas, entretanto, foram identificadas algumas limitações em parte do corpo docente da escola.    

Quando ao objetivo geral onde buscamos identificar a percepção dos alunos egressos das primeiras turmas (2016 a 2018) do IEMA unidade de Bacabeira/MA sobre os conhecimentos tecnológicos dos professores na implantação do modelo integral de ensino. Constatamos que apesar de os alunos terem ingressando em um novo modelo de ensino ficaram claras as suas percepções sobre a forma como os professores trabalhavam com a tecnologia nas suas aulas, evidenciando muitas habilidades mas também falhas que poderiam atrapalhar o desenvolvimento da proposta.   

Em relação ao objetivo específico 1, Foi possível conhecer os passos iniciais da implantação do IEMA unidade de Bacabeira/MA e sua relação com a tecnologia por meio das informações disponibilizadas pelos professores e alunos dos cursos técnicos. Em relação ao objetivo especifico 2, constatou-se que os professores desenvolveram seus trabalhos com seus conhecimentos tecnológicos diante da necessidade de adaptação as tecnologias nas suas aulas; por sua vez no objetivo específico 3 acreditamos ter contribuído com um registro inicial e detalhada sobre o processo de implantação do IEMA no município de Bacabeira/MA nos seus primeiros anos.             

Portanto, o IEMA no município de Bacabeira/MA, no que diz respeito às suas práticas tecnológicas realizadas pelos professores, nos seus primeiros anos, confirmou-se como uma escola em que seus professores estavam preparados para executar suas atividades, entretanto, torna-se interessante que estes profissionais prezem por formações constantemente devendo estar atentos aos novos rumos que o mundo tecnológico os conduz.      

REFERÊNCIAS

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1Discente do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica da Universidade Federal do Maranhão. (PPGEEB/UFMA)

2Docente do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica da Universidade Federal do Maranhão. Doutor em Ciências da Educação (PPGEEB/UFMA)