A odontologia e o cuidado com pacientes idosos com doenças sistêmicas

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11286775


Helison Cleiton dos Santos Ferreira
Aline Bezerra Sobrinho
Amanda Gabryelle Guedes de Souza Lins
Gisele Guimarães da Silva
José Rafael Ferreira Galindo
Laena Sueli Gomes Sobral
Maria Cecília Fernandes da Silva
Mélanne Bezerra Barbosa
Sâmara Ferreira Lino Xavier
Tayná Helen dos Santos Freitas


Resumo:

Introdução: É sabido que, segundo dados recentes publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, o Brasil deve chegar até 2050 com o alto índice de pessoas idosas em relação a população jovem. Esse dado nos preocupa acerca das Políticas Públicas destinadas a esse público. Objetivo: Este estudo busca compreender acerca do adoecimento bucal e suas implicações em pacientes com doenças sistêmicas. Metodologia: Foi utilizado a revisão de literatura como aporte teórico para construção científica sobre os cuidados e intervenções em idosos com doenças sistêmicas. Utilizando da pesquisa qualitativa para dar ampliamento a discussão. Desenvolvimento: Nesse interim, foram construídas ideias pertinentes ao contexto contemporâneo sobre a saúde bucal em idosos e sobre a conexão com as questões sistêmicas no público em tela. Conclusão: Conclui-se que na prevenção em saúde bucal o risco da saúde da pessoa idosa com doença sistêmica evoluir é mínima, uma vez que todos os cuidados preventivos conseguem minimizar os dados causas pelas doenças sistemáticas.

Palavras-chave: Pessoa Idosa. Doenças sistêmicas. Odontologia. Cuidado. Prevenção.

Abstract

Introduction: It is known that, according to recent data published by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), Brazil is projected to have a high proportion of elderly individuals relative to the young population by 2050. This data raises concerns about Public Policies aimed at this demographic. Objective: This study aims to understand oral health issues and their implications in patients with systemic diseases. Methodology: A literature review was used as the theoretical basis for scientific construction regarding care and interventions in elderly individuals with systemic diseases. Qualitative research was also employed to broaden the discussion. Development: During this process, relevant ideas were developed concerning contemporary oral health in the elderly population and its connection to systemic issues. Conclusion: It is concluded that preventive oral health measures significantly minimize the risk of systemic health deterioration in elderly individuals with systemic diseases. Proper preventive care can mitigate the impact of these conditions .

Keywords: Elderly. Systemic diseases. Dentistry. Care. Prevention.

  1. Introdução

 O Brasil é um país que apresenta em sua demografia humana um aumento significativo até 2050, segundo dados do IBGE (2023). Isso nos indica que a criação e ampliação de Políticas Públicas seja algo necessário e urgente. Não podemos pensar no processo apenas quando nos aproximarmos do período citado. Todos precisam pensar sobre esse tema, uma vez que, a pessoa idosa se encontra em todos os lugares.

 Vale ressaltar que nos últimos anos as pessoas idosas[1] tem deixado seus lares e buscado a prática de atividades físicas, contribuindo para sua saúde física, mental e espiritual. Não menos importante, também se apresenta a saúde bucal, como um importante eixo de discutirmos, mesmo nos casos de edentulismo parcial ou total. sem contar que esta situação consegue deixar a pessoa com a autoestima baixa, desestimulando ao convívio social.

 A odontologia tem conseguido grandes avanços no tocante a estética odontológica, já que de tempos em tempos, os grandes cirurgiões-dentistas têm desenvolvidos novas técnicas de atuação em casos de paciente idosos com perda de elementos devido a algum tipo de doença sistêmica. Esse fato tem sido palco de grande debate na academia e contribuído para o desenvolvimento de novas abordagens de atendimento e manejo nos casos apresentados.

 Faz-se perceber que a sociedade busca, cotidianamente, deixar sua estética dentária organizada e alinhada com a saúde bucal tão desejada e fornecida pelos profissionais da área. Por isso, profissionais de saúde devem caminhar junto no intuito de garantir que a pessoa idosa, cada vez mais, alcance novos espaços e que consigam evoluir no tocante a sua atividade de vida diária com mais eficiência.

 Dessa forma, este material propõe-se mostrar a importância do acompanhamento preventivo sobre a saúde bucal em pacientes idosos acometidos com doenças sistêmicas. Todos os profissionais devem ficar atentos, pois o tratamento para pressão alta e diabetes, por exemplo, tem sido um grande

campo desafiador para uma rotina segura e que consiga dar qualidade de vida às pessoas idosas.

  • Metodologia

Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, de cunho qualitativo, que, segundo Moretti (2020), a revisão tem o papel de analisar os estudos já publicados sobre o assunto da pesquisa ou área do conhecimento. Todos os eventos foram controlados com base nesse limite de abordagem.

Para composição do conteúdo desenvolvido foram realizadas buscas básicas e avançadas em sites de inteira responsabilidade e que conseguissem atrais conceitos e amarrações teóricas para produção da subjetividade, sendo realizado buscas em sítios como pubmed, scielo, bvs, entre outros que pudessem contribuir com a construção desse material.

Como critérios de inclusão foram utilizados materiais, em sua maioria dos últimos cinco anos, contado pelo ano vigente, no entanto, por via de textos relevantes, poderá ser encontrado obras que fujam do marco temporal, mas que não atrapalham o desenvolver do estudo.

  • Arcabouço Teórico

Neste tópico serão abordados diversos temas que circulam no universo da pessoa idosa com doenças sistemas e o cuidado com a saúde bucal.

  • Estudos sobre a relação entre saúde bucal e doenças sistêmicas em idosos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas até 2050; isso representará um quinto da população mundial.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil, em 2016, tinha a quinta maior população idosa do mundo, e, em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos.

O processo do envelhecimento humano provoca alterações anatomofisiológicas que contribuem para a cavidade bucal tornar-se mais vulnerável ao meio ambiente. Há relatos sobre queda de imunidade naturalmente encontrada na saliva (IgA, IgG). Considerando-se que doenças respiratórias – em particular pneumonias – encontram-se entre as principais causas de mortalidade nessa faixa de idade, cuidados de higiene bucal apresentam potencial significativo para a redução de infecções respiratórias em idosos (Santos et al., 2012).

Tendo em vista que a população de idosos crescem cada vez mais e que são mais susceptíveis a doenças, os idosos têm que ter atenção maior no seu cotidiano com sua família e em consultas rotineiras, os idosos são o grupo de pessoas que mais fazem uso de medicação, pois tem vários distúrbios que se tornam crônico, por exemplo: diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias, problemas ósseos, entre outros. A anamnese do paciente é fundamental para coleta de informações médicas, para quando for realizar algum procedimento visar um plano de tratamento que previna complicações com interações medicamentosas ou problemas de saúde para o paciente.

Com o envelhecimento, ocorrem algumas alterações nos idosos que podem ocorrer por causas naturais ou reações adversas de fármacos utilizados, como por exemplo a xerostomia, que é a diminuição do fluxo salivar que pode ser causado por reações de vários fármacos. A saliva é um importante protetor bucal que previne naturalmente infecções fúngicas e lesões na cavidade bucal, com a diminuição dela podemos identificar a diminuição do pH oral o que causa crescimento bacteriano que causa cárie, inflamações, gengivite e algumas outras patologias (Silva, 2008). 

A doença periodontal se relaciona algumas vezes ao desenvolvimento de cáries radiculares, uma vez que, ao provocar recessões gengivais, deixa a raiz exposta e a predispõe a tal ocorrência. Os problemas motores que podem acometer os pacientes idosos dificultam a capacidade do paciente em realizar uma completa higiene bucal, aumentando dessa forma, o índice de cárie, gengivite e periodontite (Silva, 2008).

Com a ocorrência de desordens temporomandibulares, acompanhadas inúmeras vezes por um quadro de estresse, o idoso tem sua qualidade de vida alterada passando a ser portador de dores orofaciais e dificuldades de alimentação, fonação e deglutição, afetando toda a sua estrutura social (Neto et al., 2002).

Um dos problemas a serem solucionados para prevenção de patologias bucais em idosos é a formação de profissionais para estarem capacitados para área geriatra e pacientes especiais, como, também, integrar outras áreas para ações de saúde pública para que os pacientes saibam melhor como cuidar da cavidade bucal.

  • Doenças sistêmicas em idosos
  • Diabetes

Uma das condições sistêmicas que acometem os idosos é a Diabetes Mellitus, que é uma doença metabólica crônica que pode ser hereditária ou adquirida e é classificada em tipo I, tipo II ou gestacional. É necessário fazer uma avaliação minuciosa e identificar qual tipo de diabetes o paciente é portador, quais medicações são utilizadas, bem como classificá-lo de acordo com o grau de risco para os procedimentos clínicos. Pacientes idosos com essa doença sistêmica podem apresentar inúmeras manifestações bucais como: doença periodontal, hipossalivação, xerostomia, candidíase, ardor bucal, língua fissurada, línquem plano bucal, hálito setônico, úlcera traumática, dentre outras. É fundamental que o cirurgião-dentista tenha conhecimento dessas características clínicas e saiba tratar (Ribeiro, 2019; Andrade, 2014).

Fazem parte da rotina desses pacientes fazerem uso de medicações orais como metformina, glibenclamida e insulina, incluindo dieta alimentar. Outros fármacos atuantes no sistema cardiovascular, sistema nervoso e no sangue e órgãos hematopoiéticos também fazem parte de suas rotinas. É importante o conhecimento das interações medicamentosas, sabendo o que estas podem causar ao organismo do paciente e quais reações adversas podem ocorrer. Medicamentos cardiovasculares como a nifedipina e a amiodarona são inapropriados para o idoso diabético (Araújo, 2020).

Podem ser empregados anestésicos locais contendo epinefrina em diabéticos dependentes ou não de insulina, obedecendo as doses máximas recomendadas para cada anestésico, além do cuidado de se fazer injeção lenta após aspiração negativa. Recomenda-se a profilaxia antibiótica antes de procedimentos cirúrgicos para pacientes descompensados e em quadros de dor pode-se utilizar dipirona ou paracetamol nas dosagens e posologias habituais. Procedimentos muito invasivos devem ser evitados, se possível, quando necessário, a profilaxia antibiótica é recomendada para pacientes descompensados, incluindo o protocolo de assepsia e antissepsia local (Eduardo, 2014).

  • Doenças cardiovasculares

Pacientes portadores de condição sistêmica cardiovascular podem vir a apresentar grandes riscos à saúde. Doenças como a hipertensão arterial, a doença cardíaca isquêmica, a insuficiência cardíaca congestiva, as arritmias são alterações cardiovasculares que potencializam o risco de Endocardite Infecciosa. O cirurgião-dentista precisa estar apto para evitar qualquer intercorrência durante o tratamento odontológico, tanto quanto buscar prevenir essas intercorrências, oferecer um atendimento de qualidade e buscar evitar que esses pacientes passem por procedimentos de muito estresse e ansiedade (Araújo, 2020).

Muitos desses pacientes fazem uso de medicações como anti-

hipertensivos, anticoagulantes orais, anti-agregantes plaquetários, medicações como essas podem causar alterações na cavidade oral, que devem ser observadas pelo cirurgião-dentista, como a xerostomia, alteração paladar, hipossalivação, reações liquenoides e hiperplasia gengival. Pacientes portadores de arritmias moderadas e graves são usuários de marcapassos ou de cardiodesfibriladores implantáveis, vale ressaltar que a presença desses dispositivos aumenta o risco da endocardite infecciosa, sendo recomentado a profilaxia antibiótica (Júnior, 2021).

  • Osteoporose
    • osteoporose é uma doença osteometabólica caracterizada pela perda de massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, fatores como fragilidade óssea e suscetibilidade a fraturas são consequências dessa enfermidade. A osteoporose trata-se de uma doença assintomática que possui alta prevalência entre os idosos, quando o diagnóstico é apresentado já houve uma grande perda da densidade da massa mineral óssea. Na osteoporose senil, têm-se desmineralização tanto no osso cortical, quanto trabecular. Fatores de risco para a osteoporose são: diabetes mellitus, deficiência de vitamina D e mulheres menopausas (Ferraz, 2021).

Condições associadas a presença de antígenos a reação inflamatória é ainda mais exacerbada, comprometendo o quadro clínico do paciente, levando a destruição do tecido conjuntivo, alveolar, reabsorção óssea e perda dentária. É recomendado a utilização de medicamentos que agem em locais de reabsorção e grande formação óssea, inibindo a atividade dos osteoclastos. Pacientes sob terapia com agentes antirreabsortivos e portadores devem ser tratados de forma conservadora, sendo responsabilidade do cirurgião-dentista investigar a história médica do paciente com relação a osteopenia que pode levar a uma osteoporose ou a própria osteoporose e ao uso de agentes antirreabsortivos (Araújo, 2020; Ferraz, 2021).

As exodontias se constituem no maior fator de risco para a osteonecrose dos maxilares induzida por agentes antirreabsortivos, o profissional deve monitorar regularmente os pacientes portadores de doença periodontal crônica, com o objetivo de impedir sua progressão para o ponto no qual as extrações dentárias são imprescindíveis. Existe o risco, ainda que pequeno, de pacientes que fazem uso de bisfosfonatos e que precisam se submeter a procedimentos cirúrgicos bucais desenvolverem osteonecrose dos maxilares induzidas por agentes antirreabsortivos. As recomendações para os procedimentos cirúrgicos endodônticos são idênticas às de qualquer outra cirurgia bucal (Eduardo, 2014).

Deve-se ter em mente que a suspensão da terapia antirreabsortiva pode ter consequências sérias, como o desenvolvimento de metástases ósseas, a progressão de lesões osteolíticas e a recorrência da dor. É necessário que o cirurgião-dentista saiba identificar os fatores que predispõem o paciente a um risco aumentado, atuando de modo preventivo com a finalidade de se obter desfechos clínicos positivos (Eduardo 2014; Ferraz, 2021).

  • Alzheimer e outras demências
    • doença de Alzheimer é uma doença crônica, degenerativa e progressiva que se caracteriza por deterioração cognitiva e da memória, com comprometimento progressivo das atividades de vida diária, relacionada com uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e além de alterações comportamentais. A condição mínima de saúde bucal dos pacientes com doenças neurodegenerativas deve ser priorizada, pois uma infecção dentária tem forte influência na saúde geral do paciente (Silva, 2020; Silva, 2021).

As doenças degenerativas são um grande desafio para os profissionais de saúde, no que se refere ao desenvolvimento de estratégias de prevenção, promoção e intervenção, com vistas a um envelhecimento orientado e bemassistido. Com a progressão da doença os pacientes apresentam maior dificuldade na realização das suas atividades diárias, incluindo a higiene bucal. Com a perda da prática motora, há probabilidade do aumento de cárie, comparados a idosos que não são acometidos por demências. Além disso, a doença periodontal, a xerostomia pela diminuição do fluxo salivar, fazem parte dos problemas relacionados a doença (Silva, 2020; Silva, 2021).

É de responsabilidade do cirurgião-dentista a adoção de medidas preventivas no cuidado ao paciente com Alzheimer, de modo a evitar a instalação ou progressão dos problemas bucais e informar aos cuidadores e familiares a importância da higiene oral, assim como advertir para que eles inspecionem ou façam a higiene do paciente (Silva, 2020; Silva, 2021).

Idosos por si só requerem maiores cuidados odontológicos, devido aos problemas bucais, que comumente os acometem, como cárie dentária, doenças periodontais e perdas dentárias. Uma avaliação multidisciplinar é importante, pois o processo fisiológico de envelhecimento e as alterações sistêmicas múltiplas carecem de acompanhamento profissional. 

As condutas clínicas do cirurgião-dentista durante o atendimento odontológico precisam seguir os parâmetros normais de atendimento que consistem em uma boa anamnese, ter os cuidados pré e pós-operatórios, utilizar meios de sedação mínima, solicitar exames laboratoriais, dentre outros. É importante manter um contato multidisciplinar, ou seja, com o médico responsável por tratar a doença sistêmica do paciente, informando a atual condição de saúde e como será o planejamento, como o tipo de anestesia local que pretende utilizar, se planeja administrar sedação, qual medicação irá utilizar tanto pré como pós-cirúrgica para controle de dor e infecção.

3.3.     Manejo da medicação e interações medicamentosas / Adaptação do tratamento odontológico às limitações físicas e cognitivas 

Na odontologia, fármacos são frequentemente utilizados para tratar dor, infecção, inflamação, ansiedade em pacientes e os anestésicos. O uso desses fármacos é de responsabilidade do cirurgião-dentista, levando em conta a saúde geral do paciente e possível interação medicamentosa.

O manejo de medicações e suas interações medicamentosas em idosos na odontologia é um fator muito importante devido aos potenciais complicações. É importante revisar cuidadosamente o histórico médico do paciente, incluindo todos os medicamentos e suplementação prescritos.

As interações farmacológicas são modificações na intensidade e na duração da resposta de um fármaco, devido a ingestão simultânea de outro fármaco, álcool etílico ou determinados alimentos.  Alguns autores dividiram em cinco tipos de interação: farmacológica, antagonismo, potencialização, inesperada, somação e sinergismo (Andrade & Eduardo, 2014).

Os idosos tem um alto índice de risco de interações medicamentosas devido a mudanças na fisiologia e metabolismo. Alguns medicamentos comuns em idosos, como anticoagulantes ou medicamentos para pressão arterial, podem influenciar os procedimentos odontológicos, exigindo ajustes no tratamento. Por outro lado, certos procedimentos odontológicos podem interferir na eficácia ou segurança de certos medicamentos. Portanto, uma avaliação cuidadosa do histórico médico do paciente pode evitar alguma complicação e garantir um tratamento odontológico mais seguro e eficaz em idosos.

No tratamento odontológico, são avaliados o potencial de risco de interação dos anestésicos como também nos fármacos que serão utilizados durante o tratamento, tanto no atendimento ao paciente, quanto nos riscos operatórios (Weinstock &Johnson, 2016).  

Alguns anestésicos podem afetar os níveis de glicose no sangue em pacientes diabéticos, enquanto outros podem influenciar a pressão arterial. Portanto, é importante selecionar anestésicos que tenham menor impacto nos níveis de glicose e pressão arterial, quando possível. Para pacientes diabéticos e hipertensos, os anestésicos locais usados na odontologia são geralmente seguros. No entanto, é importante evitar anestésicos com vaso constritores, como a epinefrina em pacientes com doenças cardíacas graves ou não controladas, pois esses podem aumentar a pressão arterial. 

Pacientes que fazem o uso de anticoagulantes como a varfarina, apresentam um risco maior de sangramento durante o procedimento odontológico mais invasivo. É crucial que o dentista esteja ciente do uso desse medicamento, pois pode ser necessário ajustar o plano de tratamento e adotar medidas para minimizar o risco de sangramento excessivo. Isso inclui a interação com o médico que prescreveu para ajustar a dosagem da varfarina antes do procedimento, bem como o uso de técnicas de hemostasia e o controle do procedimento para evitar complicações. Além disso sempre orientar o paciente sobre os sinais de sangramento em excesso no pós-operatório.

Portanto deve-se ter uma atenção maior na prescrição de fármacos, uma vez que,  eles  podem  interagir  com  outros  fármacos que  já  fazem  parte  do dia a dia  do  paciente (Mortazavi et al., 2016). Compreender as interações entre os medicamentos e os tratamentos odontológicos é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do cuidado odontológico em idosos.

        3.4.     Comunicação eficaz com pacientes e cuidadores

O diálogo entre o cirurgião-dentista, seus pacientes idosos portadores de doenças sistêmicas e cuidadores desempenha um papel crucial nos cuidados odontológicos, onde se torna eficaz nos atendimentos e na promoção da saúde bucal. É de suma importância o profissional desenvolver habilidades comunicativas e prestativa para estabelecer uma relação de confiança, sempre buscando compreender as necessidades do paciente e fornecer informações objetivas sobre o cuidado bucal. A comunicação engloba não só a capacidade do cirurgião-dentista de adaptar a mudança no estilo de vida do paciente como a forma dos cuidados para a sua saúde individual e de seus cuidadores. Pacientes idosos, especialmente aqueles com doenças sistêmicas, podem apresentar limitações cognitivas, sensoriais ou físicas que requerem uma atenção maior.

De acordo com Smith (2018), a comunicação eficaz envolve a capacidade de transmitir informações de forma clara, verdadeira e objetiva sempre com empatia e respeito, garantindo que não só o paciente compreenda completamente os aspectos relacionados ao seu tratamento odontológico e aos cuidados em casa como também os seus cuidadores. Isso incluindo explicar sobre os procedimentos odontológicos de maneira simples que podem ser executadas. Falar sobre a importância da higiene bucal adequada no controle da placa bacteriana, da prevenção de complicações decorrentes de doenças sistêmicas e do passo a passo do plano de tratamento sempre deixando o paciente muito confortável, sempre é uma alternativa essencial.

É de suma importância o cirurgião-dentista ouvir atentamente as preocupações que o paciente sente, fazer uma análise detalhada do caso e tirar todas as dúvidas do paciente e de seus cuidadores, oferecendo suporte emocional e respondendo de maneira compassiva às suas necessidades. Isso contribui para fortalecer o vínculo entre o profissional de saúde e o paciente, aumentando a adesão ao tratamento e sucesso no final do tratamento. A comunicação eficaz é essencial para garantir a prestação de cuidados odontológicos de qualidade e promover a saúde bucal ao longo da vida. Ao desenvolver habilidades comunicativas e educativas adequadas e envolver ativamente os pacientes e seus cuidadores no processo de cuidado, os profissionais de saúde podem contribuir significativamente para o bem-estar e a qualidade de vida desses indivíduos.

3.5.     Estratégias de cuidado odontológico: prevenção e educação em saúde bucal 

 A população Brasileira tem sofrido uma mudança no seu perfil demográfico populacional, tendo como consequência um aumento substancial do número de idosos (Instituto Brasileiro Geografia e Estatísticas – IBGE, 2010) que são considerados indivíduos com mais de 60 anos. Assim como ocorre em outros países, a população do Brasil está envelhecendo, sendo os idosos o segmento que mais cresce em termos proporcionais, possuindo taxas e previsão de crescimento maiores que 4% no período de 2012 a 2022 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa mudança epidemiológica acarreta despesas com tratamento para tal grupo populacional e custos cada vez mais elevados com médicos e internações hospitalares, sendo um desafio para as autoridades sanitárias de saúde, junto a isso necessitam em maioria dos casos de acompanhamento médico e de equipes multidisciplinares devido a suas doenças crônicas (Dutra, 2015).

 Por muitos anos, até a década de 60 os tratamentos odontológicos eram restritos e para todas as faixas etárias era baseado na extração de dentes. Desse modo, o idoso que se apresenta hoje na sociedade, vem de um modelo assistencial curativo mutilador, que muitas vezes foi resumido apenas a serviços de urgências odontológicas gerando traumas e perca de muitos elementos.  O modelo assistencial citado acarretou uma população com saúde bucal precária, com alto índice de doenças periodontais, caries e edentulismo. Assim, a saúde bucal do idoso necessita de uma organização e ampliação da oferta de serviços preventivos e de promoção de saúde, como a atenção curativa e reabilitadora

(Alves, 2017)

 Na população Brasileira a velhice é vista e associada a desvalorização social, pela decorrência de suas doenças e cuidados maiores que apresentam, se tornando assim um conceito negativo que muitas vezes leva o idoso a não procurar cuidado e manutenção para sua saúde. Assim, um dos principais desafios encontrados é mostrar e implementar estratégias de saúde que permitam a integração dos idosos com a comunidade e transformá-los em membros de projeto de melhorias de saúde. Em 2006, o Ministério de Saúde, na área Bucal criou na série de cadernos de atenção básica, contendo um eixo temático sobre a saúde bucal. Através desse documento é possível orientar os idosos sobre as ações educativas e ensinar sobre o processo saúde-doença buscando uma melhoria de seus hábitos (Dutra, 2015). 

 Embora velhice não seja sinônimo de doença, na idade avançada, aumenta o risco de comprometimento da capacidade funcional, com a consequente perda de autonomia e independência. Sendo assim, as ações de educação em saúde bucal são consideradas cada vez mais importantes, pois se torna instrumentos que facilitam e trazem melhor qualidade de vida para o idoso. As políticas de saúde cada vez mais se apresentam voltadas para as ações educativas que permitem uma troca entre o profissional e o paciente, criando assim um compartilhamento de saberes, não apenas em unidades de saúde e hospitais, mas em âmbito de convívio do seu cotidiano (Alves, 2017). 

 Para desenvolver intervenções adequadas as características sociais e culturais da população idosa, é necessário conhecer mais sobre a maneira como os idosos brasileiros integram a sua experiência, conhecer um pouco mais sobre a forma como o idoso percebe seus problemas de saúde, como procura resolvêlos e quais são as dificuldades que encontra nesse percurso. Desse modo, a equipe multidisciplinar de saúde precisa olhar para o idoso de modo humanizado e individual, trazer intervenções mais específicas, conhecer e respeitar as crenças e costumes para só assim conseguir construir novos hábitos, para finalmente através de educação e promoções de saúde trazer melhor estabilidade e qualidade de vida para o idoso, não só no aspecto de saúde bucal, mas na saúde geral do paciente (Saintrain, 2008).

        3.6.     Análise do tratamento odontológico adaptado a população idosa 

O envelhecimento é uma fase natural do ser humano, com o aumento da expectativa de vida, há um aumentativo de doenças crônicas degenerativas como: doenças cardiovasculares, endócrinas, pulmonares e demências. A saúde é uma condição sistêmica, e o sistema estomatognático também sofre alterações fisiológicas e psicológicas com o envelhecimento.

Com o avanço da idade a capacidade do indivíduo é alterada, as alterações bucais, teciduais e funcionais associados a fatores externos e internos, um descuido e a falta de acesso ao atendimento odontológico assim como as visitas periódicas afetam diretamente no desenvolvimento de infecções orais, doenças periodontais, lesões de cárie e até a perca precoce dos elementos dentários (Barbosa, 2020).

Outras alterações bucais comuns em idosos são: hiperplasia fibrosa, queilite angular, língua saburrosa, xerostomia e candidíase, a maioria destas alterações estão associadas a alterações sistêmicas. 

O tratamento odontológico para esses pacientes, precisa ser adequado com as condições dos mesmos, e o cirurgião dentista deve estar capacitado e atualizado para proporcionar a este paciente uma melhor abordagem, superando as necessidades, ouvindo, esclarecendo dúvidas e executando uma anamnese detalhada para investigar alterações sistêmicas, uso de medicamentos e seus possíveis efeitos colaterais (Barbosa, 2020).

No prontuário odontológico destes pacientes devem também constar informações como: história atual e passada médica/ odontológica, avaliação física de sinais vitais como pressão arterial, frequência respiratória e cardíaca. Em casos específicos o parecer médico se faz necessário, exames laboratoriais e radiográficos devem ser incluídos eles são essenciais para diagnóstico e elaboração de um plano de tratamento adequado e individualizado. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deve ser devidamente assinado pelo idoso ou responsável legal.

O atendimento odontológico deve ser executado cuidadosamente deste a entrada do paciente ao consultório, sendo preferencialmente executado no período da manhã e em sessão curtas, o paciente deve ser bem-posicionado a cadeira odontológica afim de evitar desconforto, seja eles físicos ou respiratórios. 

O tratamento para os pacientes idosos deve ser elaborado de acordo com suas necessidades sejam elas físicas ou econômicas, o cirurgião-dentista deve optar sempre que possível por um tratamento preventivo e associado ao cuidado, conhecendo o paciente e suas particularidades, a fim de conservar e restabelecer as funções estomatognáticas, sempre proporcionando um atendimento de excelência.

        3.7.     Abordagens de tratamentos ao paciente idoso

É de extrema importância que a saúde bucal na terceira idade seja monitorada para garantir que estes pacientes consigam executar junções básicas, como mastigar, deglutir, falar e sorrir, e ainda, para que sua estética seja mantida, garantindo a qualidade de vida.

Na 3° idade, se torna frequente o uso de medicamentos de uso continuo trazendo alguns efeitos colaterais ao paciente em relação a saúde bucal, como por exemplo, a xerostomia (redução ou ausência do fluxo salivar). Decorrente destes processos do envelhecimento é imprescindível atentarmos para algumas questões durante os procedimentos odontológicos. 

Devemos sempre considerar que estes pacientes apresentam baixa resistência ao estresse, atraso no reparo de feridas, além de alto risco de infecção, com ênfase aos que tomam corticoides e apresentam alterações sistêmicas, hipotensão postural aos que fazem uso de anti-hipertensivos e alterações de coagulação aos que fazem uso de anticoagulantes. Portanto, uma anamnese deve ser eficiente, para que estas alterações sejam identificadas e a fim de evitar possíveis complicações e sequelas. 

Deve-se avaliar qual o grau de autonomia e motilidade em que o paciente se apresenta, avaliar também se existe alguma condição que dificulte a tomada de medicamentos. Necessitando da presença de algum familiar.

A maioria dos idosos toleram bem os procedimentos realizados no período da manhã, bem alimentados e com seus remédios tomados, com exceção aos portadores de enfermidade pulmonar crônica, deve-se optar por sessões breves e procedimentos curtos. 

Em relação aos procedimentos cirúrgicos, requerem maiores cuidados, devendo-se minimizar o trauma, manejar os tecidos com delicadeza e cuidado. Utilizar técnicas hemostáticas eficientes, considerar também que alguns fármacos levam a xerostomia e podem influenciar o desenvolvimento de caries e doença periodontal. As lesões histomatológicas devem ser investigadas, principalmente em idosos com fatores de risco para o câncer bucal.

3.8.     Considerações éticas no tratamento de idosos com doenças sistêmicas 

O cuidado de idosos com doenças sistêmicas apresenta um conjunto complexo de desafios éticos que exigem ponderação cuidadosa e análise crítica de diversos fatores. De acordo com a legislação brasileira, considera-se idosa aquela pessoa que atingiu 60 anos ou mais de idade. Porém, em muitas sociedades, a definição não se baseia apenas na idade, mas também nos fatores socioculturais. O reconhecimento da diversidade na definição de idoso garante que as políticas e práticas de saúde possam ser adaptado para atender às diversas necessidades deste grupo. (Dev, Priya S. e Eljo, JO J. G., 2024, p. 2).

Os idosos, em particular, enfrentam frequentemente desafios únicos relacionados com a saúde física e mental, incluindo uma maior prevalência de doenças crónicas e deficiências cognitivas. Esses desafios não são apenas médicos, mas também éticos. A fragilidade inerente à idade, a multiplicidade de comorbidades, a capacidade decisória comprometida e a complexidade das opções terapêuticas configuram um panorama que exige sensibilidade, respeito à autonomia e busca por soluções individualizadas e cuidados que exigem atenção especial.

O princípio da autonomia do paciente é fundamental no tratamento de idosos, mesmo quando a capacidade decisória se encontra comprometida, devendo a avaliação da capacidade mental ser realizada de forma individualizada. Em situações de capacidade decisória reduzida, a tomada de decisões compartilhadas entre paciente, familiares, equipe médica e outros profissionais de saúde se torna crucial. Essa abordagem colaborativa visa garantir que as preferências e valores do paciente sejam considerados, mesmo que estejam expressos de forma indireta por meio de familiares ou representantes legais.

O respeito à autonomia pressupõe a oferta de informações e a obtenção do consentimento informado do idoso, através da manifestação de sua vontade, não podendo ser anulada e tampouco ter o seu direito à informação desrespeitado, em função de estereótipos sociais que generalizam os idosos como incapazes e dependentes; o fato de tratá-lo como uma pessoa que tem o direito de exercer a sua autonomia possibilita uma relação respeitosa entre o idoso e o profissional. “A importância de manter a independência e de apoiar os idosos a manterem a mobilidade e a cuidarem de si próprios constitui uma prioridade” (Cunhaet al., 2012, p. 661). 

O princípio da beneficência exige que os profissionais de saúde busquem o bem-estar do paciente, priorizando o cuidado e a promoção da saúde. No contexto de idosos com doenças sistêmicas, a avaliação dos riscos e benefícios das intervenções terapêuticas torna-se complexa. Cabe à equipe médica ponderar cuidadosamente os riscos e benefícios de cada opção terapêutica, buscando o equilíbrio entre a potencial melhora da qualidade de vida e a possibilidade de eventos adversos.

A priorização de intervenções terapêuticas em idosos com doenças sistêmicas deve considerar diversos fatores, como a expectativa de vida, a qualidade de vida após o tratamento e a probabilidade de sucesso da intervenção. A avaliação individualizada e a busca por soluções equitativas são essenciais para garantir o acesso universal a cuidados. O respeito à diversidade cultural e religiosa é fundamental no cuidado de idosos com doenças sistêmicas. As crenças, valores e práticas culturais podem influenciar as preferências do paciente em relação ao tratamento, à comunicação com a equipe médica e à tomada de decisões sobre o fim da vida. 

Quando o profissional desrespeita a autonomia do idoso, ele o submete a seus cuidados de forma autoritária, fazendo com que muitos idosos apresentem um comportamento passivo e pouco questionador. O tratamento de idosos com doenças sistêmicas exige uma abordagem ética reflexiva e multifacetada. A tomada de decisões compartilhadas, a comunicação aberta e honesta, a avaliação individualizada dos riscos e benefícios e a busca por soluções equitativas são essenciais para garantir um cuidado de saúde de qualidade que respeite a dignidade e a autonomia do paciente.

4. CONCLUSÃO

Dessa forma, conforme o exposto, conclui-se que a prevenção é ainda uma grande aliada nos cuidados da saúde bucal das pessoas idosas e em especial daquelas que são acometidas com doenças sistêmicas. A nossa sociedade tem trabalhado para que, cada vez mais, tenhamos tecnologias de ponta a nosso favor.

Referências:

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No Brasil, segundo o Estatuto da Pessoa Idosa a idade mínima para uma pessoa idosa é de 60 anos.


[1] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email: alinesobrinho.abs@gmail.com
[2] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email: d.amandalins@gmail.com
[3] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email: giselejonatas@hotmail.com 
[4] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email: rafaellchavier@hotmail.com
[5] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email: laena.go20@gmail.com
[6] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email: maria03cecilia@gmail.com
[7] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de
Caruaru. Email:melannebezerra3@gmail.com
[8] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de Caruaru. Email: samara_808@msn.com
[9] Estudante do 10º período de odontologia no Centro Universitário Maurício de Nassau de Caruaru. Email: taynahfreitas@outlook.com