REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7410119
Natália Crhistian Uchôa de Alencar1
Nathelly Castro de Oliveira1
Juliana Ribeiro Magalhães²
RESUMO
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, deixou de ser um mal exclusivo de idosos, visto que, de acordo com o Ministério da Saúde (MS/2020), entre os anos 2000 e 2010, 62 mil pessoas com menos de 45 anos morreram no Brasil, lista que inclui adolescentes e até crianças. Em 2012, quatro mil pessoas entre 15 e 34 anos foram internadas com esse tipo de problema. O AVC é a segunda principal causa de mortes no Brasil, além de ser a doença com maior índice de sequelas e incapacidade funcional no mundo. É nesse sentido, que se destaca a inserção da dança como estratégia motivacional nos programas fisioterapêuticos, como um recurso eficaz para a reabilitação de pessoas com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), cujo campo de estudo da neuroreabilitação, nos dias atuais, tem se apresentado como uma inovação para os profissionais da saúde. Objetivo: Apontar a eficácia da Fisioterapia com inserção da dança, na reabilitação de pessoas jovens com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura, com dados coletados por meio eletrônico, disponíveis nas bases de dados Scientific eletronic library on-line (Scielo); Medical on-line (Medline) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Resultados: No total foram selecionados 17 artigos que abordaram o tema e evidenciaram a importância da Fisioterapia com inserção da dança, para a reabilitação de jovens com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC). Conclusão: Pode-se concluir que a Fisioterapia com inserção da dança é um recurso eficaz na reabilitação de pessoas jovens com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), visto permitir que na sua prática, o corpo e a mente possam se conectar e fornecer estímulos, percepções e novas possibilidades em saúde e qualidade de vida. A utilização da dança é uma forma de terapia complementar e integrativa que traz benefícios à saúde, visto que de forma lúdica, possibilita melhorias nas limitações físicas, psíquicas e sociais.
Palavras-chave: Acidente vascular cerebral; Fisioterapia; dança; Sequelas.
ABSTRACT
Introduction: Cerebral Vascular Accident (CVA), also known as stroke, is no longer an exclusive disease of the elderly, since, according to the Ministry of Health (MS/2020), between 2000 and 2010, 62,000 people under 45 died in Brazil, a list that includes teenagers and even children. In 2012, four thousand people between the ages of 15 and 34 were hospitalized with this type of problem. Stroke is the second leading cause of death in Brazil, in addition to being the disease with the highest rate of sequelae and functional disability in the world. It is in this sense that the insertion of dance as a motivational strategy in physiotherapeutic programs stands out, as an effective resource for the rehabilitation of people with Cerebral Vascular Accident (CVA) sequelae, whose field of study of neurorehabilitation, nowadays, has been presented as an innovation for health professionals. Objective: To point out the effectiveness of Physiotherapy with the insertion of dance, in the rehabilitation of young people with Cerebral Vascular Accident (CVA) sequelae. Methods: A literature review was carried out, with data collected electronically, available in the Scientific electronic library on-line databases (Scielo); Medical Online (Medline) and Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (Lilacs). Results: In total, 17 articles were selected that addressed the topic and highlighted the importance of Physiotherapy with the insertion of dance, for the rehabilitation of young people with sequelae of cerebrovascular accident (CVA). Conclusion: It can be concluded that Physiotherapy with dance insertion is an effective resource in the rehabilitation of young people with Cerebral Vascular Accident (CVA) sequelae, as it allows the body and mind to connect and provide stimuli in its practice, perceptions and new possibilities in health and quality of life. The use of dance is a form of complementary and integrative therapy that brings health benefits, since in a playful way, it allows improvements in physical, psychological and social limitations.
Keywords: Stroke; Physiotherapy; dance; Sequelae.
INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS/2010), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como um comprometimento neurológico focal (ou global) com provável origem vascular, que subitamente ocorre com sintomas, cuja persistência pode durar mais que 24 horas ou conduzir à morte. Os sobreviventes do AVC ficam com sequelas de ordem física, sensorial e cognitiva. Trata-se, portanto, de uma das principais causas de incapacidade em idosos e também em pessoas jovens, com elevada repercussão socioeconômica.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de mortes no Brasil, além de apresentar o maior índice de recorrência de sequelas e incapacidade funcional no mundo. São mais de 16 milhões de pessoas afetadas por ano, sendo que 6 milhões não conseguem resistir à doença e vão a óbito. Nas últimas décadas, a doença que atingia somente pessoas idosas, têm apresentado alta incidência em adultos jovens, isto é, dos 15 aos 44 anos, despertando o alerta para os profissionais da área da saúde sobre hábitos que podem influenciar o aumento de casos e as formas de prevenção, principalmente entre o público jovem (FREITAS, 2021).
O AVC, também conhecido como derrame, deixou de ser um mal exclusivo de idosos, visto que, de acordo com o Ministério da Saúde (MS/2020), entre os anos 2000 e 2010, 62 mil pessoas com menos de 45 anos morreram no Brasil, lista que inclui adolescentes e até crianças. Em 2012, quatro mil adultos jovens entre 15 e 44 anos foram internadas com esse tipo de problema. Mais recentemente, em 2015, a proporção encontrada é de 7,3% em relação ao total de casos. Além disso, há um número significativo de pessoas portadoras de sequelas de AVC, que necessitam de reabilitação a longo prazo.
Segundo Dietrich et al. (2016), a incapacidade funcional é uma das sequelas mais graves provocadas pelo AVC, visto que também compromete a função cognitiva, influenciando de forma negativa na recuperação e na sobrevivência dos pacientes. A recuperação espontânea e a reabilitação, pode ocorrer através de estímulos terapêuticos, estímulos do ambiente social e familiar, por se tratar de pacientes potencialmente incapacitados, com comprometimento motor de um hemicorpo e que manifestam alterações em outros sistemas.
Quanto à fisiopatologia da doença (Suzan, 2012 apud Freitas (2021) explica que, o tecido nervoso depende da circulação sanguínea para se manter ativo, visto que o seu metabolismo depende de oxigênio e glicose. Quando esse fluxo sofre interrupção em qualquer área do cérebro, há uma parada da atividade funcional dessa área. Se a interrupção do fluxo sanguíneo for inferior a 3 minutos, a alteração é reversível; se for superior a 3 minutos, a interrupção pode ser irreversível, causando a necrose do tecido nervoso.
De acordo com Julião (2021), há dois tipos de AVC – isquêmico e hemorrágico. O primeiro, ocorre quando há obstrução de uma artéria cerebral provocando a interrupção do fluxo sanguíneo, podendo ter como causa a trombose ou embolias. O AVC isquêmico é o que ocorre com maior frequência (85% dos casos), inclusive sobre jovens, pois, estudos recentes mostram que pacientes acometidos com esse tipo de acidente cerebral tinham menos de 50 anos. O AVC hemorrágico, por sua vez, ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo de modo espontâneo causando sangramento dentro do tecido cerebral. Embora seja menos comum, é considerado o mais grave.
São inúmeros os fatores de risco que contribuem para o AVC, como é o caso da pessoa portadora de câncer e de diabetes. É importante esclarecer que, alguns fatores não podem ser modificados, como a idade, o sexo, a raça, a constituição genética. Porém, há os fatores que podem ser modificados para prevenir esse tipo de doença, depende apenas da pessoa que queira cuidar da saúde: não fumar; evitar bebida alcoólica; não usar drogas ilícitas; beber bastante água; praticar atividades físicas regularmente; manter alimentação saudável; controlar a pressão arterial e a glicose (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).
Autores como Melo (2021) e Freitas (2021), são unânimes em afirmar que, há evidências que pessoas que são acompanhadas ou que participam de programas multidisciplinares de reabilitação pós AVC, especialmente os que possuem sequelas mais acentuadas, apresentam melhor e mais rápida evolução e recuperação funcional, sobretudo, quando submetidos a tratamento de reabilitação fisioterapêutica com a inserção de instrumentos, movimentos e sons.
Os citados autores, seguem explicando que, os programas terapêuticos aplicados visam ministrar, orientar guiar e ensinar a demanda funcional adequada, cujos movimentos servem de estímulos mecânicos para a reorganização neural se desenvolva e se recupere as funções sensoriomotoras dos pacientes com lesões ou sequelas neurológicas.
Nesse contexto, Julião (2021) destaca a dança cuja caracterização se manifesta através do corpo e do acompanhamento de sons, cujos movimentos guiados por um ritmo, proporciona a integração entre capacidades físicas e mentais, questões sociais, culturais e afetivas, promovendo saúde e melhoria na qualidade de vida.
Intervenções baseadas em dança potencializam melhoria nas estruturas e funções do cérebro, além de conectar as diferentes áreas sensoriais e cognitivas, proporcionando resultados globais como ativação da memória, atenção, cognição, fatores psicossociais e de equilíbrio (TEIXEIRA et al, 2018 apud JULIÃO, 2021).
Portadores de sequelas de AVC, especialmente adultos jovens, com disfunções motoras e cognitivas acentuadas, que necessitam de reabilitação por períodos prolongados, muitas vezes tornam-se cansados e desmotivados. Nesse sentido, a dança representa uma atividade lúdica e intrinsecamente motivacional, que surge em meio a diversos recursos fisioterapêuticos, tornando os exercícios mais interessantes, além do que permite desenvolver os aspectos psicológicos, sociais e motores (SILVA, 2018 apud JULIÃO, 2021).
Para Freitas (2021), pacientes com sequelas que apresentam melhor evolução em termos de melhora e recuperação funcional, são os que se submetem ao tratamento fisioterápico regularmente pós AVC. Nesse sentido, destaca-se a inserção da dança como estratégia motivacional nos programas fisioterapêuticos, atuando como um recurso eficaz para a reabilitação das pessoas com esse tipo de patologia, cujo campo de estudo da neuroreabilitação, nos dias atuais, tem se apresentado como uma inovação para os profissionais da saúde.
Alves (2015), explica que, dançar afeta a forma de pensar, de agir e de sentir o mundo. Embora ao longo do tempo a dança tenha sido reconhecida como divertimento, a ciência tem mostrado as suas diferentes manifestações, utilidades e propósitos, que inclui o fator terapêutico enquanto instrumento de reabilitação e de inclusão.
As pesquisas clínicas realizadas na atualidade, têm mostrado que a música e seus componentes como o ritmo, harmonia, melodia, possibilitam estímulos cognitivos, afetivos e sensório-motores complexos no cérebro, visto que as suas funções podem ser generalizadas e transferidas para fins terapêuticos não musicais (COHEN, 1992 apud TOMAINO, 2014). Como explica Tomaino (2014), antes da inserção da dança, a música se processa em inúmeras áreas do cérebro, permitindo esses estímulos, a percepção musical se processa nos lóbulos temporais da direita, ou seja, na área que controla a fala. Do mesmo modo, a música pode influenciar, de modo específico, para o funcionamento neurológico, físico e psicológico, possibilitando a expressão de emoção, memória, linguagem, respostas fisiológicas e motoras. Para Borges (2020), dança é a maneira sinestésica de expressar com objetividade as emoções e experiências humanas, com sequência de movimentos rítmicos ordenados e padronizados. Por se tratar de uma atividade física natural, a dança quando utilizada na Fisioterapia é um recurso de grande valor na reabilitação e funciona como uma fonte motivacional para pacientes, em especial com sequelas de AVC.
Conforme (JOHANSSON, 2001 apud BORGES, 2020), estudos mais recentes acerca da investigação neurocientífica afirmam que o cérebro, tal como um músculo, pode ganhar ou perder estrutura de acordo com os estímulos que recebe, assim surgiu o conceito de neuroplasticidade que é “a capacidade de adaptação à pressão do ambiente, experiências e desafios, incluindo a lesão cerebral, bem como a capacidade de mudar e se adaptar como resposta a estímulos da aprendizagem e da experiência, criando novas vias ou ativação de vias acessórias, ou por não utilização, levando a destruição das vias existentes”.
A relevância deste estudo não reside apenas no aspecto acadêmico e profissional da Área da Fisioterapia, mas, integra estudos efetivos no contexto familiar e nas diversas Áreas da Saúde, visto que o Acidente Vascular Cerebral (AVC), apresenta o maior índice de sequelas e incapacidade funcional, inclusive em adultos jovens. Assim, a intervenção da dança no contexto da neuroreabilitação tem se apresentado como um desafio que busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes e potencializar o modo de ser e estar física e mentalmente no mundo.
O estudo teve como objetivo averiguar a eficácia da Fisioterapia com inserção da dança, na reabilitação de pessoas jovens com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
METODOLOGIA
O presente estudo é uma revisão integrativa da literatura, realizada através de pesquisa em obras como artigos, revistas e jornais científicos, buscando o entendimento acerca da inserção da dança como recurso fisioterapêutico na reabilitação de pessoas jovens com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC).
A revisão integrativa é um método cuja finalidade busca sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um determinado tema ou questão, de modo sistemático, ordenado e abrangente. É integrativa porque oferece informações amplas sobre um problema, tornando-se um corpo de conhecimento. Possibilita ao pesquisador elaborar uma revisão com finalidades diversas, tais como: definição de conceitos, revisão de teorias ou análise metodológica dos estudos relativos a um tipo de tópico escolhido pelo pesquisador (MENDES et al, 2018). Realizou-se a leitura e análise dos seguintes pontos: fatores de risco, sintomas, diagnóstico e mortalidade para o AVC em pessoas mais jovens, considerando-se o aumento do número de casos nesse público; Fisioterapia com inserção da dança; benefícios oferecidos pela dança para pacientes com sequelas de AVC.
O método de abordagem foi o dedutivo com finalidade básica e objetivo descritivo, não experimental. Critérios de Inclusão: artigos publicados entre os anos 2012 e 2022; artigos originais completos (PDF); artigos científicos que tratam acerca da eficácia da fisioterapia com a inserção da dança para pacientes com sequelas de AVC. Critérios de Exclusão: artigos que não tratam sobre tratamento inovador para pacientes com sequelas de AVC; artigos de anos inferiores a 2012; publicações sobre a inserção de instrumentos fisioterapêutico sem som para pacientes com sequelas de AVC.
Instrumentos da Pesquisa: para a elaboração do projeto foi realizada a pesquisa bibliográfica através de sites, livros e revistas, onde se avaliou artigos científicos contidos nas plataformas Scientific electronic library on-line (Scielo); Medical on-line (Medline) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs).
Após a seleção dos artigos, efetuou-se a leitura dos resumos dos artigos encontrados a fim de fazer uma seleção mais específica, para os resumos com perfil correspondente ao assunto pesquisado. Os mesmos foram lidos e separados de acordo com os assuntos abordados.
Este estudo tem fundamental importância para a coleta de dados e comparação de informações sobre o tema, além disso, poderá ajudar a confirmar o conteúdo ou investigar as necessidades de pesquisas futuras sobre a inserção da dança como instrumento fisioterapêutico na reabilitação de jovens com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC). O método de análise utilizado foi a revisão de literatura com tempo de pesquisa transversal e natureza dos dados do tipo qualitativo.
Quanto aos aspectos éticos, por se tratar de revisão de literatura, o presente artigo não será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, conforme Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), contudo, serão respeitados os preceitos éticos no que tange a zelar para que as informações prestadas sejam legítimas e, quando necessário, devidamente referenciadas, possibilitando assim, que os resultados apresentados possam se tornar públicos.
Tabela 1 – Desenho Metodológico
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para fins deste estudo, selecionou-se 10 artigos nos quais foram distribuídos temas utilizados para reabilitação de pacientes com sequelas pós AVC.
Siqueira e Barbosa (2013) citados por Dietrich et al (2016), apresenta a experiência pautada na Terapia do Movimento Induzido por Restrição (TMIR) que se caracteriza pela restrição do membro superior não afetado, associada ao treinamento intensivo do membro par ético – seleção de atividades individuais. O estudo foi realizado em uma clínica-escola de Fisioterapia (São Paulo), demonstrando prática para reabilitação de hemiplégicos com o uso de contenção induzida, realizada em quatro pacientes, no membro não acometido pelo AVC, durante 14 dias, com o uso de 50% do tempo em que estivessem acordados, havendo melhora significativa da motricidade fina, coordenação motora, agilidade, diminuição da espasticidade, ganhos motores e conscientização da extremidade afetada.
Estudos realizados com bailarinos, pessoas que utilizam a dança com frequência, Majorczyk (2019) afirma que, investigações acerca da memória e aprendizagem na dança demonstram que os bailarinos, possuem habilidades de memória aprimorada, quando comparada a não bailarinos. Isso porque os movimentos são armazenados na memória de longo prazo como uma rede de informação sensório-motora. Portanto, a memória dos que dançam abrange e preservam o equilíbrio de três partes – visual, auditiva e memória sensóriomotora. Isso demonstra que a dança é uma aliada de enorme importância quando se trata de saúde mental.
As investigações de Calil (2007) apud Alves (2015), asseguram que para a reabilitação de pessoas com sequelas de AVC é necessário a reintegração dentro de um plano de trabalho global, primeiramente na tentativa de reduzir as limitações e, na sequência, aumentando a reintegração social e adaptação ao ambiente. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da dança na reabilitação de vinte pessoas com sequelas de AVC, das quais dez realizaram um programa de cinesioterapia e as outras dez pessoas realizaram um programa de dança. Na dança, foram duas sessões por semana, durante sessenta minutos, utilizando música e passos de dança de bolero, valsa, forró, marchinhas e rock and roll. Considerando que as pessoas com sequelas de AVC possuem disfunções motoras e cognitivas importantes, os pacientes necessitam de reabilitação por períodos prolongados, muitas vezes tornando-se cansativo e sem motivação. Nesse sentido, os autores sugerem a dança que além de representar uma atividade lúdica motivacional, é um recurso de reabilitação que permite desenvolver os aspectos motores, psicológicos e sociais. No mesmo trabalho, concluiu-se que o estilo de dança utilizado proporcionou uma melhoria em aspectos motores, psicológicos e sociais, tais como, diminuição da espasticidade; manutenção da mobilidade funcional; melhoria das atividades de vida diária; diminuição da depressão e melhoria da qualidade de vida. Portanto, a dança surge como um recurso auxiliar na neuroreabilitação, pois possibilita explorar o próprio corpo, criando possibilidades para estimular aspectos neuro-psico-motores e sociais. Combs et al (2012) apud Julião (2021), realizaram estudos de coorte de grupo único com utilização do jogo Hand Dance Pro em 18 sessões de 30 minutos, durante seis semanas em 10 pessoas com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC). O método de avaliação foi através da análise tridimensional do movimento da extremidade superior durante o alcance; Wolf Motor Function Test e a escala de impacto. Resultados: Este estudo mostra que a intervenção é viável e foi capaz de causar melhorias na cinemática de alcance com o braço par ético dos participantes.
Sampaio et al (2016) apud Julião (2021), realizaram experiência com treinamento de dança aeróbica baseada em realidade virtual, com jogo Just Dance 3tm por 1 hora e 25 minutos a 1 hora e 40 minutos com 20 sessões durante 6 semanas, em 11 participantes com AVC hemiparético. Método de avaliação: através do monitor de frequência cardíaca polar; teste ergômetro de ciclo submaximal da YMCA; e pedômetro Tri-Eixo Omran HJ-321. Como resultado deste estudo, observou-se a melhora do controle autônomo cardíaco após a intervenção.
O estudo de coorte realizado por Schmidt (2018), incluindo indivíduos com AVC, foram avaliados quanto à funcionalidade e incapacidade na alta hospitalar. Em 60 dias após, foi realizado contato telefônico para verificar o seguimento da fisioterapia. Trinta e seis indivíduos com sequelas motoras foram avaliados na alta hospitalar, apenas 19% realizaram seguimento fisioterapêutico após 30 dias da alta hospitalar e 39% após 60 dias. As principais barreiras encontradas, mesmo após 60 dias da alta hospitalar, foram as dificuldades burocráticas de acesso aos serviços de saúde (55%) e o tempo de espera (41%) para iniciar o tratamento. A funcionalidade, avaliada pela Medida Internacional de Funcionalidade e pela escala Rankin, apresentou melhora significativa após 60 dias da alta, tanto nos indivíduos que realizaram, como naqueles que não realizaram acompanhamento fisioterapêutico (p=0,001). Rangel (2013), realizou estudo transversal com 139 pacientes portadores de AVC isquêmico e hemorrágico, com idade superior a 18 anos, com tempo de AVC superior a três meses e em programa de reabilitação no município de Maceió, Estado de Alagoas, região nordeste do Brasil. Desse total, 59% eram homens com idade média de 59 anos, 59% casados e com o ensino fundamental, e 67,6% recebiam salário mínimo. As dimensões do F-36 mais comprometidas foram capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, aspectos sociais e emocionais. Nas dimensões Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL), os domínios mais comprometidos foram: mobilidade, trabalho, função do membro superior, comportamento, relação familiar, relação social e energia. 46% dos pacientes apresentava dependência moderada ou severa para atividades da vida diária e 49% demonstravam sintomas depressivos. Resultados: o grau de dependência do cuidador, o número de AVC, o nível de escolaridade, gênero feminino e o maior número de pessoas dependentes da renda, foram variáveis que interferiram negativamente na qualidade de vida dos pacientes. Embora esta patologia acometa indivíduos negros com idade superior a 65 anos, neste estudo a incidência foi maior em pessoas pardas e com idade inferior a 59 anos, o que pode refletir as características da população do local do estudo e o acometimento de pessoas mais jovens. Transtornos psiquiátricos e depressão são apontados como fatores determinantes das incapacidades dos pacientes após o AVC, associadas ao maior prognóstico por comprometer de forma significativa a reabilitação motora e cognitiva.
Freitas (2021), realizou estudos em uma instituição pública denominada “ESF Vila Nova” localizada no município de Pinheiros, Espírito Santo. Foram consideradas elegíveis para o estudo, pacientes da rede pública que estão realizando o tratamento fisioterapêutico para tratamento de sequelas do AVC, um universo de 04 (quatro) pacientes, onde todos foram entrevistados. A coleta de dados ocorreu no mês de setembro de 2021, usando-se um questionário autoaplicável composto por 04 (quatro) perguntas, referentes ao conhecimento dos pacientes sobre a importância da reabilitação fisioterapêutica para tratar as sequelas do Acidente Vascular Cerebral – AVC, qual a frequência que o paciente realiza sessões de fisioterapia, fatores que dificultam a realização do mesmo e o seu atual estágio de recuperação. Com base nos dados coletados em relação à idade dos participantes do estudo revelaram que houve predominância de pacientes do sexo feminino, sendo 03 (três) mulheres e 01 (um) homem. A divisão por faixa etária teve um paciente entre 20 e 25 anos; um paciente entre 38 a 43 anos e dois pacientes de 60 a 65 anos, prevalecendo a faixa etária mais avançada. Isso pode significar que, apesar da percepção de que o AVC acomete preferencialmente as pessoas de idades mais avançadas, a doença pode acometer todas as idades. Quanto às questões, na primeira delas, quando questionado sobre o conhecimento do paciente acerca do tratamento e sua importância, observou-se que 50% dos entrevistados possuem conhecimento razoável, 25% com conhecimento avançado e 25% com pouco conhecimento sobre o tema. O não conhecimento satisfatório pode ser explicado, talvez, devido a pouca informação e campanhas a respeito do tema. Reforça essa ideia o fato de que o único paciente que informou ter conhecimento avançado foi o paciente da menor faixa etária, composto por pessoas que geralmente possuem mais acesso e interesse pelos meios de comunicação, inclusive à internet. Embora esteja provada a eficácia do tratamento de reabilitação fisioterapêutica, parte dos pacientes indicam ainda não ter segurança e domínio a esse respeito, restando à sensação de que os pacientes não têm sido estimulados o bastante para realizarem o tratamento.
Henriques (2015), em estudos recentes têm demonstrado que a incidência de AVC em adultos jovens tem aumentado nos últimos anos, nomeadamente o AVC isquêmico. Portanto, é de suma relevância a conscientização com disseminação de informações de prevenção, detecção precoce ou, até mesmo, da importância do devido tratamento de reabilitação fisioterapêutica caso o paciente já tenha sido diagnosticado com a referida patologia. Definiu-se a categoria de adulto jovem para indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 45 anos. Do total de doentes internados devido a sequelas de AVC, calculou-se a percentagem anual de adultos jovens com base na idade à data do evento. Procedeu-se à caracterização dos doentes que sofreram o primeiro episódio de AVC segundo as características demográficas e diagnóstico principal. Analisou-se a repercussão do tempo entre evento e admissão no Centro de Reabilitação, do tipo de AVC e da lateralidade da lesão nos resultados funcionais do programa de reabilitação em internamento de adultos jovens. A eficiência do programa de reabilitação foi calculada pela fórmula comumente utilizada na literatura médica: Medida de Independência Funcional (MIF) à data da alta (MIFa) menos a MIF à data da entrada (MIFe), a dividir pelo número de dias de internamento. Para evidenciar diferenças estatisticamente significativas entre amostras (p < 0,1), utilizou-se o teste z na comparação de proporções e o teste t na comparação de médias. Resultados: No período considerado para o término dos internamentos contabilizaram-se 840 internamentos com o diagnóstico de doença cerebrovascular, dos quais, 715 devido ao diagnóstico de AVC isquêmico ou hemorrágico. Identificaram-se cinco casos sem data do evento e dezoito casos de reinternamento (mesmo evento) cumprindo os critérios de exclusão pré-definidos, culminando num total de 692 casos de AVC diferentes. Entre os doentes internados no Centro de Reabilitação por AVC, a percentagem anual de adultos jovens variou entre 5% (2010) e 23,3% (2011).
Os estudos de Silva e Lima (2016) investigaram as evidências científicas sobre os efeitos da fisioterapia precoce na recuperação do controle motor após AVC, identificando as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas e seus benefícios. A população estudada foi constituída por 709 indivíduos, sendo 387 do sexo masculino e 322 do sexo feminino, adultos e idosos com faixa etária entre 27 a 97 anos com sequelas de AVC. Intervenção e Resultados: os estudos variaram os tipos de tratamentos e seus respectivos resultados, entretanto, para fins do presente estudo, será destacado apenas o método de estimulação auditiva rítmica através de música. O tempo entre o episódio de AVC e o início da reabilitação variou de 24 horas até 3 meses de lesão. Estudos indicam que a reabilitação pode ser iniciada em 24 ou até 72 horas, o momento ideal, porém, deve levar em consideração aspectos como estabilidade clínica, o lado da lesão, a prontidão para a reabilitação, motivação, colaboração do paciente, adequação e capacidade de aprender. A importância de serem ofertados estímulos adequados e realizar atividades funcionais faz do processo de reabilitação essencial para aperfeiçoar o potencial plástico do Sistema Nervoso (SN), oferecendo um melhor prognóstico para o desenvolvimento físico e cognitivo. O estudo que comparou o treino de marcha com estimulação rítmica auditiva (música e dança) com o treinamento Bobath, utilizou a escala Fugl-Meyer para avaliação da função motora antes de iniciar o tratamento proposto. Segundo a literatura essa escala é a mais conhecida e usada para pesquisa e/ou prática clínica e tem demonstrado claramente, uma alta confiabilidade, tanto em pacientes crônicos como em pacientes agudos diagnosticados com AVC, justificando assim seu uso nos estudos presentes.
Tabela 2 – Eficácia da Fisioterapia com inserção da dança na reabilitação do AVC.
ANO | AUTOR | OBJETIVO | TIPO DE ESTUDO | RESULTADO |
2016 | Siqueira e Barbosa (2013) citados por Dietrich et al (2016) | Demonstrar a prática para reabilitação de hemiplégicos com o uso de contenção induzida, no membro não acometido pelo AVC. | Experimental Interventivo | Houve melhora significativa da motricidade fina, coordenação motora, agilidade, diminuição da espasticidade, ganhos motores e conscientização da extremidade afetada. |
2019 | Majorczyk (2019) | Investigações acerca da memória e aprendizagem na dança | Experimental Descritivo | A memória dos que dançam abrange e preservam o equilíbrio de três partes – visual, auditiva e memória sensório-motora. Isso demonstra que a dança é uma aliada de enorme importância quando se trata de saúde mental. |
2015 | Calil (2007) citado por Alves (2015) | Avaliar os efeitos da dança na reabilitação de pessoas com sequelas de AVC. | Experimental Descritivo | A dança além de representar uma atividade lúdica motivacional, é um recurso de reabilitação que permite desenvolver os aspectos motores, psicológicos e sociais. |
2021 | Combs et al (2012) citado por Julião (2021) | Analisar movimento da extremidade superior com utilização do jogo Hand Dance Pro | Estudos de Coorte em grupo | Este estudo mostra que a intervenção é viável e foi capaz de causar melhorias na cinemática de alcance com o braço par ético dos participantes. |
2021 | Sampaio et al (2016) citado por Julião (2021) | Realizar experiência com treinamento de dança aeróbica baseada em realidade virtual, com jogo Just Dance | Experimental | Observou-se a melhora do controle autônomo cardíaco após a intervenção. |
2018 | Schmidt (2018) | Avaliar o seguimento Fisioterapêutico de indivíduos com sequelas motoras quanto à funcionalidade e incapacidade na alta hospitalar | Estudo de coorte | A funcionalidade, avaliada pela Medida Internacional de Funcionalidade e pela escala Rankin, apresentou melhora significativa após 60 dias da alta, tanto nos indivíduos que realizaram, e que não realizaram acompanhamento fisioterapêutico (p=0,001). |
2013 | Rangel (2013) | Acompanhar pacientes com AVC isquêmico e hemorrágico com mais de 3 meses e em programas de reabilitação | Estudo Transversal | Transtornos psiquiátricos e depressão são apontados como fatores determinantes das incapacidades dos pacientes após o AVC, associadas ao maior prognóstico por comprometer de forma significativa a reabilitação motora e cognitiva. |
2021 | Freitas (2021) | Avaliar o conhecimento dos pacientes sobre a importância da reabilitação fisioterapêutica para tratar as sequelas do Acidente Vascular Cerebral – AVC. | Entrevistas | O paciente da menor faixa etária foi o único que informou ter conhecimento avançado. Embora esteja provada a eficácia do tratamento de reabilitação fisioterapêutica, parte dos pacientes indicam ainda não ter segurança e domínio a esse respeito, ou não têm sido estimulados o bastante para realizarem o tratamento. |
2015 | Henriques (2015) | Analisar a importância do tratamento de reabilitação fisioterapêutica em adultos jovens (18 – 45 anos) diagnosticado com AVC | Estudo de Caso | Identificaram-se 692 casos de AVC diferentes. Entre os doentes internados no Centro de Reabilitação por AVC, a percentagem anual de adultos jovens variou entre 5% (2010) e 23,3% (2011). |
2016 | Silva e Lima (2016) | Investigar os efeitos da fisioterapia precoce na recuperação do controle motor após AVC | Prática Clínica | A importância de serem ofertados estímulos adequados e realizar atividades funcionais faz do processo de reabilitação essencial para aperfeiçoar o potencial plástico do Sistema Nervoso (SN), oferecendo um melhor prognóstico para o desenvolvimento físico e cognitivo. |
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos acima apresentados possibilitaram compreender a gravidade do Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto problema de saúde pública, como uma das principais causas de morte no Brasil e geradora do maior índice de sequelas e incapacidade funcional no mundo.
Nos últimos dez anos, têm surgido estudos neurocientíficos, novos conhecimentos, novos questionamentos, bem como a necessidade de se aprofundar, de investigar novos domínios, interrogar e desafiar o futuro da ciência na busca de soluções para esse tipo de doença que afeta não apenas o doente em si, mas, causa enorme sofrimento para as famílias e custos elevados para o Poder Público.
No contexto da neuroreabilitação, verificou-se que a inserção da dança na Fisioterapia para a reabilitação de pacientes com sequelas de AVC, tem se apresentado como um caminho terapêutico capaz de contemplar o ser humano em muitas das suas necessidades e incapacidades, permitindo que na sua prática, o corpo e a mente possam se conectar e fornecer estímulos, percepções e novas possibilidades em saúde e qualidade de vida.
Independente do ritmo escolhido e da técnica utilizada, evidenciou-se neste estudo que a utilização da dança é uma forma de terapia complementar e integrativa que traz benefícios à saúde, visto que de forma lúdica, possibilita melhorias nas limitações físicas, psíquicas e sociais.
Acredita-se que os resultados deste estudo foram alcançados, visto que possibilitou a compreensão de que a Fisioterapia com inserção da dança é um recurso eficaz na reabilitação de pessoas jovens com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), embora ainda existam poucos estudos acerca do tema.
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1Aluna finalista do Curso de Fisioterapia, do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO
² Fisioterapeuta (a) Mestre, docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO