REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202408291032
Mirella Martin Severo
Resumo
As habilidades sociais se referem às classes de comportamentos sociais que contribuem para a qualidade e a efetividade das interações que uma pessoa estabelece com as demais, no entanto, podem interferir em diversas áreas da vida de uma pessoa. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo identificar qual a influência da aquisição das habilidades sociais em alunos com dificuldade de aprendizagem sob o enfoque da Neuropsicopedagogia, a qual estuda a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de delineamento qualitativo.
Palavras-chave: Habilidades Sociais. Dificuldade de Aprendizagem. Neuropsicopedagogia.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, vivemos num mundo em constantes transformações, onde os avanços tecnológicos e científicos nos surpreendem diariamente devido as grandes descobertas e novidades. Vive-se a era da globalização, a qual exige que o ser humano se aperfeiçoe a cada dia, que domine mais conhecimentos, que desenvolva mais habilidades e competências. Esta conjuntura, ao mesmo tempo em que traz avanços e rapidez, também traz consigo cada vez mais pessoas imediatistas e competitivas.
Neste contexto, a criança, muitas vezes, não é respeitada, pois esta nem sempre é percebida como um ser humano capaz, dotado de potencialidades e necessidades. O adulto, geralmente, não se preocupa com as necessidades da mesma, e sim com seus próprios afazeres. Já em outros casos, busca-se nas crianças uma superprodução e super estimulação, não respeitando a fase da infância, do brincar, do “ser criança”. Ou seja, muitas vezes permeiam os extremos, os excessos ou a falta de atenção e empatia.
Estas situações, decorrentes no mundo em que vivemos, podem vir a trazer consequências emocionais e sociais para as crianças, o que pode influenciar até mesmo no aprendizado da mesma.
O aprendizado é essencial para nossa sobrevivência, diz-se que alguém aprendeu quando adquiriu competências para isso, ou seja, atitudes, habilidade e conhecimentos para se adaptar a novas situações, para resolver problemas, para realizar tarefas diárias e melhor a qualidade de vida. A aprendizagem, no entanto, requer várias funções mentais, entre elas, atenção, memória, percepção, emoção e função executiva, ou seja, ela depende do nosso cérebro e por meio deste, do nosso Sistema Nervoso (Guerra, 2011).
Dessa forma, por meio de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, busca-se, sob o enfoque da Neuropsicopedagogia, compreender qual a influência da aquisição das habilidades sociais em alunos com dificuldade de aprendizagem, e dessa forma, entender a possível relação entre habilidades sociais e processo de aprendizagem e as consequências que podem gerar para as crianças no meio educacional.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 NEUROPSICOPEDAGOGIA E DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Atualmente, uma das áreas que vem se destacando e abrindo espaço de conhecimento é a Neuropsicopedagogia, a qual, segundo Russo (2015) tem sua base teórica e prática sustentada na Neurociência e na Educação. Sendo que, o estudo da neurociência ajuda a compreender a complexidade do funcionamento cerebral e as articulações entre cérebro e comportamento, enquanto que o estudo da Educação auxilia a compreender como se processa o ensino- aprendizagem.
Já Fernandez (2010, apud HENNEMANN, 2012) destaca três pontos elucidativos da Neuropsicopedagogia, são eles: Educação; Psicologia e Neuropsicologia. A Educação com vista à promoção da instrução, treinamento e educação dos cidadãos. A Psicologia com foco nos aspectos psicológicos do indivíduo. E a Neuropsicologia com a teoria do cérebro trino.
A Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia – SBNPq, no Capitulo II, artigo 10, define a Neuropsicopedagogia como:
Uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional.
Desta forma, a Neuropsicopedagogia se trata de um novo campo de conhecimento, voltado para os processos de ensino-aprendizagem e dificuldades de aprendizagem, atuando por meio da avaliação, intervenção, acompanhamento e utilização de diferentes estratégias de aprendizagem, proporcionando aos indivíduos com dificuldades de aprendizagem novas formas de aprender.
Na educação brasileira, a dificuldade de aprendizagem se torna cada vez mais constante e com maiores dimensões, sendo uma realidade socioeducativa. Segundo Lima (2017) a causa das dificuldades de aprendizagem costuma ser atribuída a: condições intrínsecas a pessoa, como herança, disfunção cerebral mínima, atrasos maturativos; circunstâncias ambientais nas quais se dá a aprendizagem, ambientes familiares e educativos; e a combinação das anteriores em que as condições pessoais são influenciadas de forma positiva ou negativa, pelas circunstâncias ambientais, entre outras.
Para Russo (2015) as dificuldades de aprendizagem se caracterizam por um funcionamento abaixo do esperado, considerando a idade cronológica e o quociente intelectual do sujeito. Sendo também que elas podem “derivar de causas emocionais, do nível do pensamento, de diferenças funcionais ou de alterações no desenvolvimento das funções.” (RUSSO, 2015, p. 83).
Segundo Moojen (1999, apud RUSSO, 2015, p 83):
[…] os problemas na aprendizagem podem ser divididos em duas categorias: os transtornos específicos de aprendizagem (decorrentes de problemas neurofuncionais) e as dificuldades escolares, que podem ser secundárias a outras patologias clínicas (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, depressão, transtorno de humor bipolar, entre outros) e a problemas ambientais e de método de ensino.
No entanto, são diversos fatores que interferem no processo de aprendizagem e que levam a dificuldade. Diante disso, deve-se levam em conta também as considerações de Tokuhama-Espinosa, citado por Hennemann (2012, p. 1), o qual destaca que:
a) Estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do que quando não têm motivação; b) stress impacta aprendizado; c) ansiedade bloqueia oportunidades de aprendizado; d) estados depressivos podem impedir aprendizado; e) o tom de voz de outras pessoas é rapidamente julgado no cérebro como ameaçador ou não-ameaçador; f) as faces das pessoas são julgadas quase que instantaneamente (i.e. intenções boas ou más); g) feedback é importante para o aprendizado; h) emoções têm papel-chave no aprendizado; i) movimento pode potencializar as oportunidades de aprendizado; k) nutrição impacta o aprendizado; l) sono impacta consolidação de memória; m) estilos de aprendizado (preferencias cognitivas) são devidas à estrutura única do cérebro de cada indivíduo; n) diferenciação nas práticas de sala de aula são justificadas pelas diferentes inteligências dos alunos.
Assim, percebe-se que são vários os fatores que influenciam no processo de aprendizagem, sendo tanto fatores cognitivos e de bases biológicas quanto de cunho emocional e comportamental.
2.2 O CONCEITO DE HABILIDADES SOCIAIS
De acordo com Del Prette e Del Prette (2008), durante as interações sociais, os comportamentos que ocorrem podem ser agrupados em duas classes: os anti-sociais e as habilidades sociais. Os anti-sociais são caracterizados por comportamentos agressivos, tanto verbais como físicos e podem comprometer a qualidade das relações interpessoais. As habilidades sociais se referem às classes de comportamentos sociais que contribuem para a qualidade e a efetividade das interações que uma pessoa estabelece com as demais.
Dessa forma, as habilidades sociais se definem pela relação entre as instâncias de respostas observáveis em episódios de interação social e os antecedentes e consequentes associados a essas respostas. Essas combinações de respostas caracterizam um conjunto de classes de comportamento que podem ser classificadas como: habilidades sociais de comunicação, de assertividade, empáticas, de solução de problemas interpessoais, entre outras. (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2008).
Sobre a definição do termo, Elliott e Gresham (apud OLIVEIRA; RUEDA, 2015, p. 37) também explicam que: “Habilidades Sociais são comportamentos aprendidos e socialmente aceitáveis que permitem ao individuo interagir efetivamente com outros e evitar ou fugir de comportamentos não aceitáveis que resultem em interações sociais negativas.”
As habilidades sociais são aprendidas durante as relações interpessoais. Isto pode acontecer de forma não formal, por meio dos pais, os amigos, cônjuge, colegas de trabalho e a mídia em geral, ou, podem ser aprendidas formalmente por meio de Programas de Treinamento de Habilidades Sociais.
As habilidades sociais são consideradas um fator que contribui para a prevenção de comportamentos problemáticos, sendo que, déficit de interação social tem sido constatado em crianças de comportamento problemático, principalmente nas que apresentam conduta coercitiva, o que pode levar a rejeição pelo grupo e consequentemente risco de desenvolvimento futuro de relacionamentos interpessoais pobres (OLIVEIRA; RUEDA, 2015).
Em relação à classificação das habilidades sociais, Del Prette e Del Prette (2009 apud OLIVEIRA; RUEDA, 2015, p. 38) propuseram sete classes entendidas como relevantes na infância e prioritárias para o desenvolvimento interpessoal:
(1) Autocontrole e expressividade emocional: Reconhecer e nomear as emoções próprias e dos outros; controlar a ansiedade; falar sobre emoções e sentimentos; controlar o humor; tolerar frustrações; mostrar espírito esportivo; expressar as emoções positivas e negativas.
(2) Civilidade: Cumprimentar pessoas; despedir-se; usar locuções como “por favor”, “obrigado”, “desculpe”, “com licença”; aguardar a vez para falar; fazer e aceitar elogios; seguir regras ou instruções; fazer perguntas; responder perguntas; chamar o outro pelo nome.
(3) Empatia: Observar; prestar atenção; ouvir e demonstrar interesse pelo outro; reconhecer/inferir sentimentos do interlocutor; compreender a situação (assumir perspectiva); demonstrar respeito às diferenças; expressar compreensão pelo sentimento ou experiência do outro; oferecer ajuda; compartilhar.
(4) Assertividade: Expressar sentimentos negativos (raiva e desagrado); falar sobre as próprias qualidades ou defeitos; concordar ou discordar de opiniões; fazer e recusar pedidos; lidar com críticas e zombarias; pedir mudança de comportamento; negociar interesses conflitantes; defender os próprios direitos; resistir à pressão de colegas.
(5) Fazer amizades: Fazer perguntas pessoais; responder perguntas, oferecendo informação livre (autorrevelação); aproveitar as informações livres oferecidas pelo interlocutor; sugerir atividade; cumprimentar; apresentar-se; elogiar; aceitar elogios; oferecer ajuda; cooperar; iniciar e manter conversação (“enturmar-se”); identificar e usar jargões apropriados.
(6) Solução de problemas interpessoais: Acalmar-se diante de uma situação-problema; pensar antes de tomar decisões; reconhecer e nomear diferentes tipos de problema; identificar e avaliar possíveis alternativas de solução; escolher, implementar e avaliar uma alternativa; avaliar o processo de tomada de decisão.
(7) Habilidades sociais acadêmicas: Seguir regras ou instruções orais; observar; prestar atenção; ignorar interrupções dos colegas; imitar comportamentos socialmente competentes; aguardar a vez para falar; fazer e responder perguntas; oferecer, solicitar e agradecer ajuda; buscar aprovação por desempenho realizado; elogiar e agradecer elogios; reconhecer a qualidade do desempenho do outro; atender pedidos; cooperar e participar de discussões.
2.3 A INFLUÊNCIA DA AQUISIÇÃO DAS HABILIDADES SOCIAIS EM ALUNOS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Ao compreender o conceito de habilidades sociais, verifica-se o quanto sua aquisição é estabelecida ainda na infância e que esta aquisição pode ser compreendida como um importante fator de proteção de problemas emocionais e comportamentais, que consequentemente, podem influenciar na aprendizagem. Por outro lado, mesmo ela se constituindo por meio da interação entre familiares, amigos, professores e comunidade podem ocorrem falhas nesse processo de aprendizagem e consequentemente déficits nas habilidades sociais. (FERREIRA; CARVALHO; SENEM, 2016).
Sendo assim, a ausência ou ineficiência dessas habilidades pode resultar em problemas comportamentais e emocionais, os quais envolvem problemas externalizantes como irritabilidade, agressão física ou verbal, provocações, rebeldia, entre outras. E outros internalizantes, como a preocupação excessiva, retraimento social, tristeza, insegurança e desinteresse por atividades acadêmicas. (RUSSO, 2015).
No contexto escolar, as habilidades sociais desempenham um importante papel nas interações sociais que ocorrem no processo ensino-aprendizagem, visto que, trocas que ocorrem ente professor e aluno possibilitam um processo de aprendizagem que beneficia todos os envolvidos. Assim, o ambiente escolar, abrange um conjunto de relações interpessoais de diferentes grupos e simboliza um lugar propício ao estabelecimento de planejamentos em habilidades sociais, pois devem possibilitar a minimização dos conflitos interpessoais e proporcionar o reconhecimento das interações interpessoais de afeto entre o professor e o aluno, essenciais para a convivência entre si. O que evidencia a importância das habilidades sociais neste contexto e a importância da aprendizagem e aperfeiçoamento dessas habilidades, essenciais para o desenvolvimento de uma boa relação com as outras pessoas, possibilitando a todos a convivência saudável, o fortalecimento de vínculos e o processo educacional. (DELAZARI; FERREIRA; WAGNER, 2015).
Assim, de acordo com Oliveira e Rueda (2015), há uma relação existente entre aprendizagem e desenvolvimento, no aspecto social e emocional, sendo que o ato de aprender pode ter uma relação estreita com a presença, ausência ou desenvolvimento de habilidades sociais específicas.
Conforme Caldarella e Merrell (1997 apud OLIVEIRA e RUEDA, 2015), crianças que apresentam comportamentos sociais apropriados, também possuem um conjunto de habilidades sociais que são importantes para o sucesso das interações sociais em idade escolar, tais como: oferecer ajuda, cumprimentar, expressar sentimentos, cooperar, participar, elogiar, criticar positivamente, entre outros.
Por outro lado, a não aquisição ou desenvolvimento de habilidades sociais podem levar a criança ao não reconhecimento das demandas dos ambientes e ao desconhecimento das normas e padrões socialmente aceitáveis, levando à dificuldade de: a) identificação dos objetos relevantes para uma interação, por exemplo: desconhecendo o sentido de diversão que os colegas atribuem a um jogo e vendo somente como oportunidade de vencer; b) seleção de estratégias apropriadas para alcançar os objetivos de uma interação, por exemplo: tomando à força um brinquedo que o grupo já estabeleceu uma regra de solicitar; e c) ajuste do comportamento às mudanças do contexto, por exemplo: fazer brincadeira de mau gosto com um colega que acaba de receber uma notícia desagradável. (OLIVEIRA e RUEDA, 2015).
As dificuldades para compreender essas demandas podem estar associadas a padrões perfeccionistas de desempenho, autoavaliações distorcidas, baixa autoestima, expectativas, crenças e autorregras disfuncionais podendo levar os educandos a desenvolverem problemas de comportamento, restrições de oportunidades e modelos e ao excesso de ansiedade interpessoal. (OLIVEIRA; RUEDA, 2015, p. 40).
Essas questões, relacionadas à falta de habilidades sociais, ao gerarem os comportamentos citados a cima, podem influenciar negativamente na relação entre aluno-professor e na relação aluno e colegas, o que consequentemente pode vir a interferir na aprendizagem devido a influencia que as emoções podem exercer neste processo e na cognição.
Diante destas situações, surge também o fracasso escolar, sendo que as dificuldades escolares constituem um dos efeitos e um agravante da baixa competência social, a qual dificulta o rendimento escolar e contribui para o isolamento social da criança na escola.
Segundo Del Prette e Del Prette (1999; 2001; 2003 apud OLIVEIRA; RUEDA, 2015) há duas possíveis explicações para a associação entre déficits de habilidades sociais e dificuldades de aprendizagem. A primeira diz que déficits no repertório de habilidades sociais levam a dificuldades de aprendizagem porque prejudicam a qualidade da relação com colegas e professores, o que reduz o acesso à informação e à construção social de conhecimentos. A segunda explicação é que dificuldades de aprendizagem e baixa competência social geram percepções e emoções negativas no aluno, o que pode afetar a motivação para o envolvimento em tarefas e funções cognitivas importantes para a apreensão dos conteúdos e a construção social de conhecimentos.
As dificuldades ou distúrbios de aprendizagem retratam problemas típicos da escolarização em leitura, escrita e matemática, incluem aspectos do processamento cognitivo, decorrentes de causas biológicas ou psicossociais e estão associados a um baixo repertório de habilidades sociais. Sendo assim, enquanto a aquisição de habilidades sociais está diretamente associada ao bom desempenho escolar, os déficits em habilidades sociais estão relacionados ao baixo desempenho escolar, configurado como dificuldades de aprendizagem.
Destarte, verifica-se que a aprendizagem é um processo de construção social do conhecimento que ocorre na interação do sujeito com seu meio. Dessa forma, não apenas a aprendizagem é afetada pelos déficits em habilidades sociais, mas também a aquisição de habilidades pode ser afetada pela dificuldade de aprendizagem, o que por sua vez, tornarão a ocasionar problemas na aprendizagem, como um círculo vicioso. O que evidencia a importância de se verificar a relação, identificar a fonte do problema e prover tratamento adequado (OLIVEIRA; RUEDA, 2015).
Diante disso, de acordo com o que Delazari, Ferreira e Wagner (2015) referem, é indispensável que os educadores se dediquem ao aprimoramento das habilidades sociais, tornando-se mediadores e facilitadores de aprimoramento social, potencializando assim, as habilidades dos alunos. Visto que, verifica-se que uma melhoria nas relações interpessoais no ambiente escolar pode influenciar de forma positiva ou negativa a determinação da aquisição de conhecimento por parte dos alunos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar o presente estudo, verifica-se o quanto a aprendizagem é influenciada por diversos fatores, entre eles, emoções e habilidades sociais. Sendo que, o déficit em habilidades sociais é um dos fatores relacionados à dificuldade de aprendizagem, mas que pode ser desenvolvido e aperfeiçoado para assim contribuir para uma melhor aprendizagem da criança, fortalecer os vínculos entre colegas e entre aluno e professor e facilitar a aquisição de conhecimentos.
Dessa forma, conclui-se também que os alunos com dificuldades de aprendizagem, ao apresentarem uma tendência aos déficits nas habilidades sociais, se constituem como um grupo que requer ações de intervenções específicas, para assim, estimular a aquisição de habilidades sociais e de competências sociais, o que pode vir a ser tema de novas pesquisas.
Com isso, é de grande importância que o neuropsicopedagogo tenha uma visão ampla sobre a forma como o processo de aprendizagem do aluno ocorre, os processos neurocognitivos envolvidos e como podem ser afetados, para assim desenvolver diferentes estratégias neuropsicopedagógicas que potencializem o aprendizado.
REFERÊNCIAS
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Um sistema de categorias de habilidades sociais educativas. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 18, n. 41, p. 517-530, dez. 2008.
DELAZARI, J.; FERREIRA, R. G.; WAGNER, M. F. Habilidades Sociais no Ambiente Escolar. 2015. Disponível em : https://soac.imed.edu.br/index.php/mic/ixmic/paper/viewFile/62/56. Acesso em: 28 mai. 2018.
FERREIRA, Fabiana Ribas; CARVALHO, Maria Aparecida Gomes de; SENEM, Cleiton José. Desenvolvendo habilidades sociais na escola: um relato de experiência. Constr. psicopedag., São Paulo , v. 24, n. 25, p. 84-98, 2016 .
GUERRA, Leonor Bezerra. O dialogo entre a neurociência e a educação: da euforia aos desafios e possibilidades. Revista Interlocução, v.4, n.4, p.3-12, jun. 2011.
HENNEMANN, Ana Lúcia. Neuropsicopedagogia: novas perspectivas para a aprendizagem. Neurociências em Benefício da Educação. Disponível em: http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2012/10/neuropsicopedagogia-novas-perspectivas.html. Acesso em: 28 mai. 2018.
LIMA, Francisco Renato. Sentidos da intervenção neuropsicopedagógica nas dificuldades de aprendizagem na pré-escola. EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação, Porto Velho, v. 4, n. 7, p. 78-95, jan/abr, 2017.
OLIVEIRA, Lívia Fernanda de; RUEDA, Jurany Leite. A Relação Entre Habilidades Sociais e Dificuldades de Aprendizagem. EBR – Educação Básica Revista, v.1, n.1, p.35-48, 2015
RUSSO, Rita Margarida Toler. Neuropsicopedagogia Clínica: introdução, conceitos, teoria e prática. Curitiba: Juruá, 2015.