REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7339724
Bruna Lima Marquesini¹
Esthefani Martins Lima do Nascimento¹
Roberto de Oliveira Araujo¹
RESUMO
O presente artigo visa analisar a logística e sua importância para o bom funcionamento das trocas comerciais. Uma má administração do setor leva a perdas de competitividade em diversos mercados, a ineficiência no setor reflete no comercio local e entre os demais países. No Brasil enfrentamos entraves em relação a infraestrutura, utilização desigual dos modais, burocracia estatal, roubo e perda de cargas, falta de mão-de-obra qualificada o que reflete em estratégias de mercado ultrapassadas, o país é extremamente burocrático e isso faz o processo ser molesto, falhando nos principais pilares essenciais para um bom desenvolvimento da logística e consequentemente da economia, ocorre a entrega fora do prazo e/ou com perdas significativas da mercadoria afetando a lucratividade. Os autos impostos e custos entre as trocas interestatais retardam o crescimento econômico e refletem em aumento do preço final para os consumidores, diante dos principais produtos nos quais sustentam a economia brasileira.
Palavras-chave: Logística, Ineficiência,Competitividade,Infraestrutura
Abstract
This article aims to analyze logistics and its importance for the proper functioning of trade. A bad administration of the sector leads to losses of competitiveness in several markets, the inefficiency in the sector reflects in the local trade and between the other countries. In Brazil, we face obstacles in terms of infrastructure, unequal use of modes, state bureaucracy, theft and loss of cargo, lack of qualified labor, which reflects in outdated market strategies, the country is extremely bureaucratic and this makes the process uncomfortable, failing in the main essential pillars for a good development of logistics and consequently of the economy, delivery occurs after the deadline and/or with significant losses of the goods affecting profitability. Taxes and costs between interstate exchanges delay economic growth and reflect in an increase in the final price for consumers, in view of the main products on which the Brazilian economy is sustained.
Keywords: Logistics, Inefficiency, Competitiveness, Infrastructure
1 INTRODUÇÃO
Segundo Ballou, (2001), a logística compreende-se por um conjunto de métodos que visa atender as necessidades dos consumidores, devendo entregar seus serviços quando e onde os clientes determinarem, lembrando que essa entrega deve ser feita com qualidade para que o cliente seja fidelizado, o trabalho logístico é estabelecido segundo alguns pilares, nos quais são: a gestão eficiente dos meios de transporte, armazenagem otimizada e planejamento dos processos. Atualmente com o desenvolvimento das economias e frente a um mundo cada vez mais globalizado a logística deixou de ser vista como um simples sistema e passou a ser um componente de garante relevância para as organizações que estão buscando aumentar seus lucros e otimizar seus processos, logo investir no setor logístico é um grande diferencial para as empresas e trazem novas perspectivas de competitividade frente aos concorrentes, Novaes (2001).
O agronegócio é um setor muito importe para economia brasileira, vem representando toda a produção agrícola, sendo responsável por cerca de 80% do saldo referende as exportações brasileira, e 25% do PIB brasileiro, (BLOG UPIS, 2019). Atualmente podemos definir o agro como um conjunto de atividades econômicas que vão desde o plantio em lavouras e criação de animais, até a fabricação de materiais e insumos, acoplando esses atividades ao armazenamento, gestão e logística para um bom andamento dos processos até chegar no consumidor final, (ENCICLOPÉDIA JURÍDICA, PUCSP, 2018).
Nesse artigo visamos abordar os problemas logísticos nos quais ainda enfrentamos no nosso pais, que acabam causando atrasos para a nossa economia, prejudicando nossa competitividade em um dos setores mais importantes, que é o agronegócio responsável pela maior parte das trocas comerciais com os demais países, como foi mencionado anteriormente.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Logística
Logística se entende por um conjunto de métodos e meios destinados a fazer o que for preciso para entregar os produtos certos, no local adequado, no tempo combinado. A origem da palavra logística vem do grego e significam habilidades de cálculo e de raciocínio lógica sendo a central operacional da sua empresa, responsável por toda a movimentação, armazenamento, transporte e entrega. Sua função é garantir que os produtos ou serviços passem por todas as etapas necessárias dentro da organização e cheguem até o cliente no prazo e nas condições ideais, Ballou (2001).
2.2 Planejamento de demanda e estoque
Podemos definir como estoque todos os produtos referente a insumos ou matérias primas nos quais estão armazenados, podemos classificar também como estoque os produtos que estão expostos em prateleiras e ainda não foram comercializados, é extremamente importante que as empresas consigam fazer o gerenciamento adequado dos seus estoques para assim ter o controle de tudo que está entrando ou saindo, a organização capaz de fazer um bom gerenciamento do seu estoque é capaz de estabelecer o planejamento adequado para o seu Sistema de distribuição e dessa forma otimizar a sua receita. (DANDARO e MARTELI, 2015).
2.3 Controle logístico
Controla o estoque e o armazenamento, faz a compra de itens necessários, planeja toda a movimentação dos produtos (entre fábrica, centro de distribuição e entrega final) e realiza o acompanhamento do transporte. (MENCHIK, 2010)
2.4 Gestão de transporte e armazenagem
A gestão de transporte é um subconjunto do gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM), lida com planejamento, execução e otimização dos movimentos físicos de mercadorias, e influência nos custos de entrega.. (MENCHIK, 2010).
2.5 Processos logísticos
Por esse termo se entende as tarefas e ações que são desenvolvidas dentro da organização desde o contato direto com o fornecedor e os processos correspondentes a compra de matéria prima até a entrega final ao cliente, todas as atividades do decorrer dessas duas etapas, como armazenagem, estoque e distribuição fazem parte dos processos logísticos e o planejamento é fundamental para o sucessos nas operações dentro da cadeia logística. (NOVAES, 2001).
3 Agronegócio
Por agronegócio se entende por um conjunto de atividades relacionadas direta ou indiretamente ao setor agrícola e sua comercialização, é uma atividade muito presente em países de clima e solo que favorecem o plantio e a criação de animais, como o Brasil que desenvolve essa atividade de forma intensiva, logo garantir e otimizar os lucros para esse setor são fundamentais, pois geram empregos e fomentam a economia abrangendo não só o plantio e a criação de animais, como também abrangem o Mercado de máquinas destinadas a agricultura, adubos, fertilizantes, remédios entre outros produtos. (TERRAMAGMA, 2022). Em 2021, Segundo a CANA, a produção do setor chegou a alcançar 1,21 trilhões, sendo o plantio de soja, milho e criação de gado os principais responsáveis pelos altos faturamentos do agronegócio brasileiro, e também vem apresentando uma grande participação nas exportações brasileiras. Para que o agronegócio avance e consequentemente nossa economia se desenvolva em concordância, ainda teremos alguns desafios, nos quais ainda nos deparamos e que atrapalham o nosso desenvolvimento produtivo, podemos pontuar como um dos entraves a logística má implementada que gera como consequência morosidade do processo, perdas de mercadorias e consequentemente prejuízos, entre outras situações enfrentadas pelas empresas aqui presentes. (TERRAMAGMA, 2022).
Devido a sua abrangência podemos dizer que o agronegócio abrange os três setores da economia, ou seja, o setor primário, secundário e terciário, observamos sua presença desde a produção rural, criação do gado até a setores industriais, a partir desse ponto entendemos sua complexidade para a economia brasileira. (TERRAMAGMA, 2022).
4 Modais de transporte
Uma das variantes fundamentais da logística é o transporte, esse item representa grande parte dos custos embutidos na mercadoria final, chegando a aproximadamente 60% dessa margem, nota-se fundamental ter a consciência desse fator para que possamos estudar as distintas modalidades de transporte e sua utilização mais otimizada, através da logística integrada que corresponde a utilização de mais de uma modalidade para melhor atender o cliente final. (FERREIRA e RIBEIRO, 2002).
4.1 Modal ferroviário
Utilizado para o transporte de grandes toneladas de carga a granel, derivados do petróleo, ferro, carvão entre outras mercadorias, essa modalidade é utilizada para distâncias relativamente longas, aqui no Brasil teve um grande investimento na época da cafeicultura, quando os investimentos se voltavam para o transporte de grãos por meio das ferrovias. Essa modalidade possui um custo variável baixo, que corresponde a mão-de-obra, combustível e energia, em comparação com seus custos fixos relacionado a manutenção e terminais de um modo geral. Atualmente não contamos com o investimento que poderíamos ter para o desenvolvimento de nossas vias de transporte, pois falta iniciativas do poder público para que seja possível o seu melhor aproveitamento. (FERREIRA e RIBEIRO, 2002).
Temos como as principais vantagens do modal ferroviário: baixo custo em relação ao combustível utilizado esse é também um modal mais seguro em comparação ao modal rodoviário. Como desvantagens conseguimos pontuar a sua inflexibilidade, suas rotas são fixas, e infelizmente o setor recebe pouco investimento das autoridades públicas.. (MAXITRANS, 2020).
4.2 Modal rodoviário
É a modalidade mais utilizada no Brasil desde da década de 50 quando as indústrias automobilísticas se instalaram no nosso território, esse evento motivou os investimentos voltados para as rodovias, na qual recebem a maior parte dos investimentos governamentais, essa modalidade é utilizada para o transporte voltado para curtas e médias distâncias e é ideal para mercadorias acabadas, não é recomendável para o transporte de grãos por exemplo, no qual o custo da mercadoria não é elevado, visto que essa é uma modalidade na qual possui altos valores relacionados ao frete, logo acaba sendo mais recomendável para mercadorias com valor agregado mais alto. (FERREIRA e RIBEIRO, 2002).
Como as principais vantagens que essa modalidade oferece podemos apresentar: flexibilidade na rota, menos burocracia em relação a documentação necessária, como entraves podemos apresentar: riscos altos em relação a roubos e furtos, modalidade voltado para pequenas e médias distâncias, capacidade reduzida. (MAXITRANS, 2020).
4.3 Modal aéreo
Utilizado para o transporte de mercadorias com alto valor agregado e para longas distâncias é uma modalidade que vem crescendo no Brasil, os custos relacionados ao seu frete é um dos mais caros dentro dos modais utilizados, visto que apresenta grande gasto de combustível e manutenção.
Entre as vantagens oferecidas por essa modalidade está a agilidade de entrega da mercadoria, a segurança oferecida durante o transporte, como sinônimo de desvantagem podemos citar a limitação em relação ao peso e volume da carga, assim como também a necessidade de outros modais para finalizar a entrega. (FERREIRA e RIBEIRO, 2002).
4.4 Modal dutoviário
Neste caso, o transporte é realizado por meio de dutos e tubos, assim, o modal é interessante para quem quer transportar cargas perigosas, como petróleo, seus derivados, gás natural, o transporte é voltado para gases e líquidos em grade quantidade, essa é ainda uma modalidade pouco utilizada aqui no Brasil, visto que é um processo bem burocrático em relação os direitos de construção, utilização e controle dos dutos. Essa modalidade apresenta como vantagens: a segurança, o custo operacional baixo, sua capacidade de percorrer longas distâncias e como desvantagens temos: burocracia documental, riscos para o meio-ambiente em caso de acidentes, custo inicial bem elevado. (FERREIRA e RIBEIRO, 2002).
4.5 Modal aquaviário
Desde o Brasil imperial, é realizada a locomoção de cargas e pessoas por meio deste transporte entre portos do país percorrendo distâncias pequenas, feito por meio de águas costeiras, é chamado de cabotagem, como também é utilizado para o transporte de longo curso entre os portos internacionais, essa modalidade é capaz de transportar grandes quantidades de mercadoria por longas distâncias e se destaca também em relação a sua versatilidade quando o assunto é a espécie da mercadoria transportada. Como vantagens podemos pontuar: grande capacidade para percorrer por longas distâncias, oferece mais segurança em relação a roubos e furtos, já suas principais desvantagens estão relacionadas a demora para realizar a entrega, burocracia documental, e os seguros aplicados sobre as cargas costumam ter valores altos. (FERREIRA e RIBEIRO, 2002).
Figura 1
5 Roubo de cargas
A logística é fundamental para competitividade comercial nacional e internacional. O Brasil é um pais dependente do modal rodoviário, mais da metade das operações logísticas são feitas através desse modal. O roubo de cargas é um fator evidente nesse meio de transporte cerca de 62,5% das operações são atingidas pelo roubo de cargas sendo o sul e o sudeste as principais regiões atingidas por essa estatística, o consumidor final é o principal lesionado, sentindo no bolso as consequências, esse é um dos fatores que influenciam negativamente nas negociações comerciais. (CNT-2022).
Nas regiões aonde o roubo é mais evidente, torna-se extremamente necessário o uso de seguro e esse consequentemente tem o seu preço encarecido. Para os produtos primários observa-se um aumento em 20% no seu preço final, com a alta evidencia de roubo nas rodovias brasileiras as seguradoras acabam encarecem o seu preço de cobertura, pois precisam investir e realizar mais ações voltadas para a segurança da carga, como a implementação de equipamentos de segurança, escolta para a mercadoria transportada, logo ocorre o repasso desses custos no frete, visto que essa seria a alternativa vista pelas empresas para não saírem no “prejuízo” e também lucrarem com as atividades. (DIÁRIO DO COMÉRCIO, 2020).
A região Arco Norte que surgiu como uma estratégia para o agronegócio brasileiro, acabou por também ser prejudicada pela criminalidade, a região foi projetada para o escoamento de grãos destinados exportação, o objetivo da sua implementação foi trazer competitividade e descongestionar os portos da região sul e sudeste. (Câmara do Comércio e da Indústria). A região que surgiu como uma estratégia para o agronegócio vem sofrendo com os ataques e violações, os transportadores sofrem com a violência nas estradas e com os prejuízos ocasionados pelos roubos, o que vem trazendo insegurança e gerando prejuízo para essas transportadoras, segundo o próprio vice-presidente da CNA, Confederação da Agricultura e pecuária do Brasil. (DIÁRIO DO COMÉRCIO, 2020).
Com os pontos apresentados conseguimos compreender como o roubo de cargas nas rodovias e portos é um fator de preocupação para a competitividade no comercio internacional, sendo um dos fatores responsáveis por aumentar os custos logísticos, pois essa acaba sendo a maneira que as empresas enxergam para equacionar os prejuízos ocasionados
Figura 2
6 Perda de mercadoria
A perda de mercadoria nas estradas brasileiras é evidentemente um problema para a lucratividade em qualquer área e principalmente para o agronegócio, setor no qual movimenta a economia brasileira e possui grande representatividade. Para a nossa balança comercial As estradas brasileiras não possuem qualidade e infraestrutura suficiente para que o transporte seja realizado sem perdas de mercadoria, e consequentemente prejuízos para o setor, os aclives e buracos são os grandes vilões responsáveis pelas grandes quantidades de grãos como a soja, o milho, principais produtos exportados, que acabam sendo derrubados nas estradas. (Globo Rural, 2021). Além dá má qualidade das vias asfaltadas os caminhões ainda passam por estradas de terra principalmente próximo a zonas rurais, as rotas longas e com pouca infraestrutura, obrigam os transportadores em muitas situações a optarem por percursos mais extensas para dessa forma desviarem dos “obstáculos” pela frente, logo todos os problemas que observamos referente a qualidade das estradas e do setor logístico, refletem diretamente no preço do frete e consequentemente no preço do produto final, ou seja o alimento chega mais caro na mesa do consumidor. (GLOBO RURAL, 2021).
Segundo Guilherme coordenar do grupo de extensão em logística agroindustrial da escola superior em Agricultura Luiz Queiroz, as perdas de soja e milho nas estradas corresponderam em 2020, respectivamente, 3,19 e 1,31 bilhões de reais de prejuízo para o setor agricultor, a forma como os grãos são armazenados também é uma problemática, durante o processo de transporte até os armazéns também há a ocorrência de perdas e cada troca de transporte ou armazenagem temos como consequência a perda de mercadoria. (UDAP, 2021).
7 Atrasos e congestionamento nos Portos
Outro fator constante que atrapalha o desenvolvimento comercial e a competitividade internacional brasileira, fazendo com que a mercadoria fique parada e o seu embarque seja atrasado é o congestionamento, marcado pelas longas filas nos portos. O porto de Santos um dos principais portos brasileiros para escoamento de commodities é apresenta longas filas para o descarregamento, na época de colheita inúmeros caminhões se concentram na tentativa de chegarem aos terminais portuários. (Wilson de Castro Hilsdorf1, Mário de Souza Nogueira Neto, 2021)
Podemos citar alguns fatores que contribuem para essa realidade, nas quais são: às empresas raramente conseguem fazer o agendamento para os descarregamentos da carga, o que consequentemente causa filas e muitos veículos acabam ficando parados nas estradas que dão acesso aos terminais todos os dia, essa realidade somada aos atrasos nos embarques e desembarques favorecem negativamente as filas, atrapalhando até mesmo a circulação das mercadorias transportadas por outros modas, como o ferroviário, o congestionamento é tão intenso que os caminhões acabam ocupando até mesmo os trilhos utilizados pelo transporte ferroviário que dão acesso aos terminais, tornando a viagem mais demorada e ocasionando atrasos. Quanto mais tempo os veículos ficam presos nesse “engarrafamento” mais combustível é gasto, mais o caminhão e o trabalhador se desgastam pelo aumento na quantidade de horas gastas na viagem. (NETO e HILSDORFL, 2016).
8 Materiais e Métodos
Esse trabalho busca mostrar e relatar evidências do atual setor logístico brasileiro, e suas características e as consequências econômicas para o agronegócio, principal setor da economia brasileira. Além de pontuar características importantes de cada modalidade de transporte, a falta de investimento para o aprimoramento tecnológico, produtivo para um melhor aproveitamento econômico e consequentemente maior lucratividade com a utilização de toda nossa capacidade logística, geram prejuízos nos quais atrapalham a competitividade de nossa economia e nosso destaque no cenário comercial em nível regional e global. Por meio de uma pesquisa explicativa através da interpretação, análises de pesquisas, sites, artigos e livros que abordam a respeito do tema logístico, comercial em questão nas quais trazem embasamento teórico para essa discussão e análise dos principais entraves para o nosso desenvolvimento, temos como objetivo apontar evidências, refletir e por meio das mesmas pesquisas buscamos possíveis soluções e propostas.
9 Resultados e discussão
Como foi possível observar ao longo dos pontos desenvolvidos, o Brasil possui inúmeros problemas relacionados a utilização de sua malha logística, desde o mau aproveitamento de seus modais, concentrando suas operações em uma única modalidade de transporte o que não favorece a lucratividade e também faz as operações se tornarem mais lentas, os problemas relacionados a infraestrutura, falta de segurança e planejamento para o escoamento das mercadorias, somadas geram atrasos para a economia brasileira e para o desenvolvimento do comércio local e internacional, pois os produtos são encarecidos e perdem competitividade. Desde governo de Washington Luís, notamos altos investimentos voltados para as rodovias e com isso o desenvolvimento do transporte rodoviário, as outras modalidades desde então ficaram “esquecidas” e sem investimento para o seu desenvolvimento. (LOGIC 10, 2017).
10 Conclusão
A Intermodalidade, surge como uma solução para esse entrave, com ela ganhamos mais eficiência e os nossos custos logísticos são diminuídos, o uso do Sistema de informação passa a ser um aliado, permitindo que a carga seja acompanhada e monitorada durante todo o percurso, permitindo o controle e garantindo seu rastreamento, oferecendo mais comodidade e segurança para as operações, (LOGIC 10, 2017).
Visto que principalmente para o agronegócio quando falamos do transporte de commodities que possuem baixo valor agregado e alta sensibilidade aos preços, logo seria extremamente interessante o investimento cada vez maior em pesquisas para saber como aplicar da maneira mais adequada a intermodalidade no território brasileiro, dessa forma cada vantagem oferecida pelas diferentes modalidades poderá ser aproveitada de acordo com a rota e a mercadoria transportada. Um outro fator que está diretamente relacionado com a eficiência do transporte brasileiro e a aplicação do sistema intermodal é a qualidade das estradas e dos terminais, nos quais precisam de investimentos governamentais e das empresas privadas para que possam apresentar segurança para as viagens e com isso ter menos perda da mercadoria transportada, o investimento e planejamento para a entrega de um serviço integrado e tecnológico que possa oferecer status sobre cada etapa e rastreamento da mercadoria tanto para a empresa quanto para o cliente, trazem maior confiabilidade no serviço prestado e otimizam o tempo de entrega e os custos a longo prazo para as transportadoras e consequentemente para o consumidor final.
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¹Autor(a), Fatec Zona Leste / SP