REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410181217
Verônica Pereira Lopes
RESUMO
Este artigo discute a inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular, abordando os desafios enfrentados por escolas, professores e alunos para garantir uma educação acessível a todos. Tem como objetivo analisar a inclusão na escola e suas concepções perante uma sociedade que não mostra está totalmente adaptada para todos os tipos de deficiências, e que na maioria não aceita. São analisadas políticas públicas e práticas pedagógicas inclusivas, além de destacar a importância de recursos e formações específicas para educadores. O texto conclui que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para que a inclusão seja efetiva e universal.
Palavras-chaves: Educação; Ensino; Escola; Inclusão.
ABSTRACT
This article discusses the inclusion of students with special needs in regular education, addressing the challenges faced by schools, teachers and students to ensure accessible education for all. It aims to analyze inclusion at school and its conceptions in a society that does not show that it is fully adapted to all types of disabilities, and that the majority does not accept. Public policies and inclusive pedagogical practices are analyzed, in addition to highlighting the importance of specific resources and training for educators. The text concludes that, despite advances, there is still much to be done so that inclusion is effective and universal.
Keywords: Education; Teaching; School; Inclusion.
INTRODUÇÃO
O requisito de estudo deste artigo trata-se dos estigmas relacionados a inclusão dentro da sala de aula, que tem como objetivo mostrar através de argumentos e pesquisas, o entendimento sobre as adversidades relacionadas ao problema na sociedade. Tendo em vista melhorias para cada um e com uma maior valorização, partindo do pressuposto que os docentes sejam vistos de uma forma igualitária e não tenham medo de se expressar.
A educação é considerada direito de todos, dever do Estado e família, sendo promovida e incentivada juntamente com a sociedade, propiciando o desenvolvimento pessoal, o preparo para exercer a cidadania e qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). Ou seja, a escola deve reconhecer que esses alunos necessitam de um apoio maior, e cabe aos profissionais desenvolverem métodos que sejam mais apropriados para cada um deles, mas os professores precisam de ajuda para lidar com as situações e que tenham material, para assim obter um resultado.
A inclusão está no topo dos engajamentos com palestras, reuniões, publicações, porém estão apenas falando e esquecendo de colocar em prática, por que inclusão é para incluir sem distinção de qualquer natureza todos independentemente de suas deficiências se são físicas ou mentais, todavia acabam apenas falando dos problemas que tem e esquecendo de incluir eles no meio, desta forma é necessário que os planos não fiquem apenas nos atos preparatórios e que vá a diante. Destarte, colocando em prática e fazendo jus ao que está escupido no Art. 4 da lei n°13.146/2015. “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.”
1. CONCEITUANDO SOBRE A INCLUSÃO
Ao encetamos falando sobre inclusão precisamos saber o que realmente significa, pois não basta apensas discutir um eixo sem saber a distinção. Então no dicionário online de português, inclusão quer dizer: “integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou específicas numa sociedade: políticas de inclusão.” Ou seja, o termo refere-se a abstração de incluir, de envolver, deixar mais próximo, e não deixa-los isolados, excluindo das atividades, e o ápice principal, não tendo preconceito e descriminação. Ao falar de inserção necessariamente não é apenas falar de suas deficiências seja elas quais sejam, é acima de tudo reconhecer e saber valorizar cada um e incluindo em quaisquer âmbitos.
“Investir em inclusão escolar é o que vai educar nossa sociedade para quebrar essa roda da exclusão e incluir as pessoas com deficiência em todos os lugares.” – Andréa Werner
O acesso à informação permite maior autonomia aos alunos, levando-os ao empoderamento de suas vidas e ao rompimento com a impotência diante de uma doença. Ações informativas podem modificar o conhecimento e as atitudes em relação a problemas de saúde mental. Os Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam que a promoção da saúde ocorre por meio da educação, que permite a adoção de estilos de vida saudáveis, o desenvolvimento de aptidões e capacidades individuais, a produção de um ambiente saudável e a implantação de políticas públicas voltadas para a qualidade da vida e dos serviços de saúde. Segundo a ONU, a promoção da saúde envolve os determinantes sociais da saúde, como a educação, por meio de ações coletivas, intersetoriais e fomentadoras de políticas públicas.
Na visão do educador ele diz: “A inclusão ocorre quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades”, ou seja, precisamos aceitar a desconformidade de qualquer grupo perante agremiação, logo em razão disso estará ajudando a si mesmo e consequentemente ao próximo. (Freire, 1998, p.108).
Outrossim, os professores precisam de aprimoramento para saber lidar com os alunos que atendem por necessidades, e não trata-los com indiferenças, pois sabemos que uma certa porcentagem não tem o discernimento para ensinar e até mesmo dialogar com os docentes, logo passará uma indiferença perante o momento que o deixará incomodado, e até mesmo com medo. O papel do instrutor é inserir e passar confiança para todos, juntamente com o responsável pela sala do AAE, para assim termos um retorno no desenvolvimento desses indivíduos.
Na visão do educador (Freire, 2013, p. 49) “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”. Paulo Freire diz exatamente o que a classe em si precisa entender, que todas as pessoas sabem de algo por mais que tenha um certo problema, nós somos similares e cada um tem sua essência que torna tudo diferente, precisam ter mais empatia para compreender e entender o estado do outro ser, para assim resultar em uma sociedade melhor e ajudar os necessitados com casos especiais.
2. DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO REGULAR
A inclusão de alunos com necessidades especiais na educação regular é um dos grandes desafios enfrentados pelo sistema educacional contemporâneo. Embora a legislação e as políticas públicas tenham avançado no sentido de garantir que todos os alunos, independentemente de suas condições, tenham acesso a uma educação de qualidade, a prática da inclusão ainda enfrenta uma série de dificuldades. Esses desafios envolvem aspectos pedagógicos, estruturais, sociais e institucionais, que precisam ser enfrentados para que a inclusão seja efetiva e benéfica a todos os envolvidos.
Entre os principais obstáculos à inclusão nas escolas regulares, destacam-se a formação inadequada dos professores, a falta de recursos apropriados e a necessidade de mudanças nas atitudes e na cultura escolar. A seguir, são discutidos alguns dos principais desafios que precisam ser superados para garantir uma inclusão de qualidade.
A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais exige mais do que acesso físico à escola; ela demanda mudanças estruturais, metodológicas e atitudinais, que envolvem todos os atores do processo educativo (Mantoan, 2006, p. 54).
Entretanto, os principais aspectos que precisam ser considerados para a inclusão ser efetiva, como mudanças na estrutura da escola e nas atitudes dos envolvidos. Todavia, um ponto importante é a falta de formação específica dos professores para lidar com as necessidades de alunos com deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Muitos educadores não recebem treinamento adequado em práticas pedagógicas inclusivas, o que dificulta todo o processo do aluno, tornando mais difícil. Algumas instituições para tentar ajudar na caminhada desses estudantes colocam uma rede de apoio, porém na maioria das vezes os mesmos não têm nenhuma especialização na área. Dito isso é necessário uma equipe especializada, para assim ter um bom retorno e consequentemente resultados.
As escolas muitas vezes enfrentam limitações de recursos materiais e tecnológicos, como materiais adaptados, tecnologia assistiva, ou mesmo a acessibilidade física do ambiente escolar. Isso prejudica o desenvolvimento de práticas inclusivas de qualidade.
A inclusão também encontra barreiras em atitudes preconceituosas, tanto de colegas quanto de professores e outros membros da escola. Combater o preconceito e promover a aceitação e valorização da diversidade é um desafio contínuo. Outro ponto é a valorização e aceitação dois pais, isso é essencial na trajetória do estudante e da escola.
3. O PAPEL DA SOCIEDADE NA INCLUSÃO ESCOLAR
A inclusão escolar não é uma questão limitada ao ambiente educacional; ela reflete uma mudança social mais ampla, em que a aceitação e valorização das diferenças desempenham um papel central. A sociedade, como um todo, tem uma responsabilidade significativa no sucesso da inclusão de alunos com necessidades especiais. Para que a inclusão seja realmente efetiva, é necessário que exista uma mudança nas atitudes sociais, o apoio de famílias e comunidades, e um comprometimento coletivo com a promoção de uma educação acessível e justa. Sem o envolvimento ativo da sociedade, a inclusão nas escolas pode se tornar apenas uma prática superficial, sem alcançar o impacto transformador desejado.
Primeiramente os problemas mentais abarcam todas as dimensões da sociedade que afeta o desenvolvimento. De acordo com Caldas de Almeida, os transtornos mentais estão entre as principais causas de perda de anos de vida útil, com grande impacto de sofrimento e também econômico, provocando, por exemplo, mais faltas ao trabalho e menor produtividade, visto isso é uma situação conturbada mediante os fatos.
“Os problemas de saúde mental não são só uma questão de saúde, eles abarcam todas as dimensões do desenvolvimento da sociedade” (Almeida). Com essa fala do Dr. Caldas de Almeida, presidente do instinto de saúde mental, ele ressalta que pode afetar vários fatores, como o mesmo cita os seus próprios argumentos falando que a saúde mental mantém estreita relação com a pobreza: as vulnerabilidades sociais, como falta de acesso à educação, habitação etc., levam a transtornos mentais e estes, por sua vez, acentuam ainda mais as vulnerabilidades. Outro problema grave é que as pessoas com transtornos mentais são mais excluídas e negligenciadas, não sendo incomuns casos de discriminação e violação de direitos humanos, diz o Dr. Almeida em um evento on-line.
Mediante os fatos ele nos traz uma realidade constante que acontece em nossa sociedade, como o caso de serem excluídas devido ter problemas, isso acontece bastante em escolas, hospitais, departamentos públicos e entre outro, pois para essas pessoas que tem preconceito, quem tem psicose é incapaz de resolver algo, porém perante isso estão indo contra os direitos humanos, tornando tudo mais difícil e piorando a situação.
Na visão do educador (Freire, 2013. p. 49) “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”. Paulo Freire diz exatamente o que a classe em si precisa entender, que todas as pessoas sabem de algo por mais que tenha um certo problema, nós somos similares e cada um tem sua essência que torna tudo diferente, precisam ter mais empatia para compreender e entender o estado do outro ser, para assim resultar em uma sociedade melhor e ajudar os necessitados com casos especiais.
4. HIPÓTESES
Como os transtornos mentais afetam no desenvolvimento das pessoas?
Os adolescentes com condições de saúde mental são, por sua vez, particularmente vulneráveis à exclusão social, discriminação, estigma (afetando a prontidão para procurar ajuda), dificuldades no aprendizado, comportamentos de risco, problemas de saúde física e violações dos direitos humanos. Uma saúde mental debilitada também colabora para significativas alterações sociais e condições de trabalho precárias. Também acentua a exclusão social e expõe o indivíduo ao risco de violência em virtude da incapacidade mental de autodefesa.
A exclusão de pessoas com transtornos mentais no ambiente escolar é visto que pessoas são tratados de maneiras exclusivas em certas escolas (não generalizo), podemos até dizer que na maioria delas, mas a população tem fechado os seus olhos para isso, deixando passar despercebido esta questão. Além disso, há ainda pessoas que tenham preconceito com esses indivíduos, os menosprezando, tirando sarro ou até mesmo fingindo que eles não estão ali.
Infelizmente o ambiente escolar tem sido um dos lugares que mais se praticam esse tipo de atitude, não por parte de professores (o que até pode chegar a acontecer, mas, felizmente, em sua minoria), mas sim por questão dos próprios estudantes, que deveriam apoia-los e incentiva-los a seguirem em frente em uma sociedade tão preconceituosa com um tema que já vem sido abordado a milhares de anos. Infelizmente, conscientizar a sociedade sobre o tema, é uma questão dificílima, visto que nem todos estão abertos ou ao menos realmente se importam com a situação para que haja mudanças maiores, mas o caminho correto começaria justamente nesses meios de comunicação acadêmico que encontramos hoje.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste artigo, discutimos a importância da inclusão de alunos com necessidades especiais na educação regular, abordando os desafios enfrentados e o papel fundamental da sociedade nesse processo. A inclusão não se limita ao acesso físico às escolas; ela exige mudanças profundas nas atitudes sociais, políticas públicas eficazes e um comprometimento coletivo para garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de aprender em um ambiente acolhedor e adaptado às suas necessidades.
A efetivação da inclusão escolar não só beneficia os alunos com deficiência, mas também enriquece a experiência de aprendizagem de todos, promovendo um ambiente mais diverso e respeitoso. Por isso, é vital que educadores, famílias e a sociedade como um todo se unam para superar os obstáculos existentes.
Futuras pesquisas devem explorar estratégias inovadoras para a formação de professores e a adaptação curricular, além de investigar a eficácia de programas de inclusão em diferentes contextos. Apenas assim poderemos construir uma educação verdadeiramente inclusiva e acessível a todos.
A inclusão deve ser um compromisso de todos, pois é na diversidade que encontramos a verdadeira riqueza do aprendizado e da convivência humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 60. ed. Brasil: Paz e terra, 1972.
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