THE IMPORTANCE OF RAPID TESTS IN CONTROLING SEXUALLY TRANSMITTED INFECTIONS (STIs)
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11526599
Ana Carolina Lisboa Caldas
Allan Vitor da Silva Gonçalves
Beatriz Lorrana Garcia Cordeiro
Emily Lima de Oliveira
Jarina Silva Pinheiro
Luana Katelleen Costa do Carmo
Luis Ricardo Ferreira Andrade
Luzia Viana Lisboa
Natalia Evelyn da Silva Brito
Pamela de Paula da Costa Pinheiro
Raimunda de Fatima Carvalho Prestes
Thalyta Ketlen de Melo Oliveira
Yuri Oliveira Siqueira
Resumo: O teste rápido é uma tecnologia que visa atender às necessidades relacionadas à prevenção de HIV/AIDS e à promoção da saúde). A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) tem como um dos propósitos a implementação de ações dirigidas à AB. Essa política possibilita a visibilidade dos fatores que colocam a saúde da população em risco, considerando os contextos populacionais, visando à redução de vulnerabilidades. Estudo de revisão bibliográfica que possui a finalidade de investigar nas bases literárias, a importância da utilização dos testes rápidos como diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis e em cima disso, analisar as formas de prevenção das ISTs. A partir desses resultados obtidos, pode-se notar que a maioria das literaturas retratam que nos últimos anos, que os testes rápidos na detecção de infecções sexualmente transmissíveis apresentaram grandes resultados porém , apesar de ser novo dentro dos cuidados ainda sim existem os desafios que os profissionais da saúde enfrentam como dificuldade no manuseio e também interpretação dos exames após o atendimento. Apesar dos avanços na assistência de saúde de cunho preventivo e no tratamento e controle das ISTs, nota-se a necessidade do fortalecimento das estratégias já implementadas nas unidades de saúde, que garantam uma busca ativa deste público e maior efetividade das ações de educativas. Ao possibilitar a detecção precoce, os TRs permitem intervenções imediatas, como tratamento adequado e aconselhamento, ajudando a prevenir complicações e interromper a cadeia de transmissão.
Palavras-chave: Testes rápidos, Ists, saúde, controle
Abstract: Rapid testing is a technology that aims to meet needs related to HIV/AIDS prevention and health promotion). One of the purposes of the National Health Promotion Policy (PNPS) is the implementation of actions aimed at PC. This policy enables visibility of factors that put the population’s health at risk, considering population contexts, aiming to reduce vulnerabilities. Bibliographical review study that aims to investigate the literary bases, the importance of using rapid tests as a diagnosis of sexually transmitted infections and, on top of that, analyzing ways to prevent STIs. From these results obtained, it can be noted that most literature portrays that in recent years, rapid tests for detecting sexually transmitted infections have shown great results, however, despite being new within care, there are still challenges that Health professionals face difficulties in handling and interpreting exams after care. Despite advances in preventive health care and in the treatment and control of STIs, there is a need to strengthen the strategies already implemented in health units, which guarantee an active search for this public and greater effectiveness of educational actions. By enabling early detection, RTs allow for immediate interventions, such as appropriate treatment and counseling, helping to prevent complications and interrupt the chain of transmission.
Keywords: Rapid tests, Ists, health, control.
Introdução:
Compreendem-se como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), as condições patológicas causadas por uma diversidade de agentes microbiológicos que têm acesso ao organismo por contato sexual sem proteção ou por fluidos biológicos potencialmente infectantes. Epidemiologicamente, essas infecções são responsáveis por grande morbimortalidade em todo o mundo (Freitas et al.,2021).
Dentre as principais ISTs, destaca-se a infecção por Treponema pallidum, agente causador da sífilis, o HIV (Human Imunnodefiency Virus) e as hepatites virais B e C, causados pelos vírus da família Hepadnaviridae e Flaviviridae, respectivamente (Freitas et al.,2021).
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, ocorra cerca de 1,34 milhão de óbitos associados às hepatites virais e que, entre eles, 96% estejam associados às hepatites B ou C; o número de óbitos é comparável às mortes devido à tuberculose e superiores àquelas referentes ao HIV1 (Araujo e Souza.,2021).
O teste rápido é uma tecnologia que visa atender às necessidades relacionadas à prevenção de HIV/AIDS e à promoção da saúde). A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) tem como um dos propósitos a implementação de ações dirigidas à AB. Essa política possibilita a visibilidade dos fatores que colocam a saúde da população em risco, considerando os contextos populacionais, visando à redução de vulnerabilidades. Nesse sentido, o teste rápido se enquadra nessa perspectiva, visto que proporciona, além da oferta diagnóstica, o aconselhamento, que consiste na troca de informação, suporte emocional e gestão de risco (Ew et al,.2018).
Os testes rápidos têm como principal função confirmar ou descartar a presença das ISTs no indivíduo. O resultado é mostrado em, no máximo, meia hora após a coleta de sangue ou fluido oral. Dentre as diversas vantagens, tem-se que não é necessária uma estrutura laboratorial para realização do imunoensaio que deixa o acesso ao teste maior e mais eficiente (Santos e Lopes.,2022).
O TR é de extrema importância para a ampliação do acesso ao diagnóstico, não há necessidade de realizar em laboratório, é de fácil manuseio e execução. Há a possibilidade de iniciar o diagnóstico e orientar o paciente durante uma mesma consulta. Porém, permanece a necessidade de cuidados de biossegurança para sua realização e segurança. Contudo, a inserção de testes rápidos nos protocolos publicados pelo Ministério da Saúde, para diagnóstico das ISTs, é relativamente recente. Os profissionais envolvidos não apresentam ainda segurança suficiente na interpretação e conduta após a realização dos mesmos (Barth e Beck.,2018).
Diante disso, o presente estudo tem como objetivo, descrever qual a importância da utilização dos testes rápidos como diagnostico das infecções sexualmente transmissíveis ( ISTs) e quais as principais formas de prevenção das ISTs ( Araújo e Souza.,2021).
Metodologia
Estudo de revisão bibliográfica que possui a finalidade de investigar nas bases literárias, a importância da utilização dos testes rápidos como diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis e em cima disso, analisar as formas de prevenção das ISTs. Para elaboração dessa pesquisa, foram utilizadas as seguintes bases de dados PUBMED e SCIELO entre os períodos de 2019 a 2024 com os seguintes descritores em saúde (DECS)
“Infecções sexualmente transmissíveis”, “testes rápidos” e “diagnósticos”
Na realização das buscas foram feitas combinações dos descritores com o operador booleano “AND”. As amostras foram: PUBMED (18) e SCIELO (8)
Todas já com os filtros obedecendo os critérios de inclusão sendo: artigos gratuitos, completos, que possui compatibilidade com tema proposto e no período estabelecido de 2019 a 2024. E os critérios de exclusão: Artigos pagos, incompletos, incompatíveis com o estudo e fora do período estabelecido.
Após isso, foram utilizados os métodos de leitura dos títulos e resumos com objetivo de identificar os aspectos relevantes, sendo apurados 8 artigos que foram compatíveis com o estudo.
Resultados
Os 6 artigos selecionados para a elaboração da temática são dos idiomas português e inglês, todos da área da saúde que foram encontrados em periódicos de circulação nacional e internacional. Seguindo os tipos de estudo que são compatíveis como estudos descritivos, documentais, integrativos, analise bibliográfica de abordagens qualitativas.
A partir desses resultados obtidos, pode-se notar que a maioria das literaturas retratam que nos últimos anos, que os testes rápidos na detecção de infecções sexualmente transmissíveis apresentaram grandes resultados porém , apesar de ser novo dentro dos cuidados ainda sim existem os desafios que os profissionais da saúde enfrentam como dificuldade no manuseio e também interpretação dos exames após o atendimento.
Os resultados obtidos através dos testes rápidos são essenciais para orientar o tratamento adequado e aconselhamento dos pacientes. Eles fornecem informações rápidas e precisas sobre a presença de infecções, permitindo intervenções oportunas para evitar complicações e interromper a cadeia de transmissão. Além disso, os resultados dos testes rápidos podem ajudar a aumentar a conscientização sobre a importância da prevenção das ISTs e a adoção de comportamentos mais seguros.
Discussão
Alguns agentes infecciosos, entre eles o HIV, os vírus da hepatite B e C (HBV e HCV), e o Treponema palidum (bactéria causadora da sífilis), podem vir a causar infecção crônica e/ou assintomática. Os indivíduos nessa situação têm grande responsabilidade na transmissão destas doenças, sendo por isso de grande importância no cenário da saúde pública. Uma grande variedade de testes rápidos para a detecção dessas patologias encontra-se dispo- níveis no mercado brasileiro (Barth e Beck.,2018).
Segundo Barth e Beck.,2018 no Brasil, foram disponibilizados, desde 2005, os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais, em cumprimento à Portaria no 34/2005 que discorre sobre a obrigatoriedade do uso de testes rápidos para diagnóstico da infecção pelo HIV em situações especiais como risco ocupacional, gestantes que não foram submetidas ao teste no pré-natal e população de difícil acesso .
Mediante aos agravos que as IST’s originam nos sistemas de saúde mundiais, atrelada em muitas das vezes a precocidade da busca sexual, a multiplicidade de parceiros, não utilização de preservativos nas relações sexuais, concomitante, a uma maior liberdade sexual, são alguns dentre os fatores conhecidos que podem contribuir para o aumento da transmissibilidade destas infecções, diante disto, ressalta-se a importância de ações de prevenção e diagnostico sobre a percepção de IST’(Taquette et al.,2019).
Segundo Matos et al.,2022 apesar dos avanços na assistência de saúde de cunho preventivo e no tratamento e controle das ISTs, nota-se a necessidade do fortalecimento das estratégias já implementadas nas unidades de saúde, que garantam uma busca ativa deste público e maior efetividade das ações de educativas. Logo, o repasse das orientações à comunidade acadêmica quanto as ISTs, torna-se indispensável neste processo, a fim de contribuir para o seu conhecimento, e seguidamente auxiliarem no desenvolvimento de projetos acadêmicos sobre a temática, a serem ofertados em prol da qualidade de vida da população adstrita.
O esclarecimento e conhecimento da população sobre IST auxiliam no controle e favorece o encaminhamento ao tratamento. Quando houver identificação de casos, os profissionais de enfermagem deverão preparar técnicas, e cientificamente, direcionar a tratamentos específicos para a prática desse cuidado, com habilidades criativas, acolhedoras e empáticas na condução dos casos em seus diferentes momentos (Barbosa et al.,2021).
Conclusão
Em conclusão, os testes rápidos desempenham um papel crucial no controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), oferecendo uma maneira rápida, acessível e eficaz de detectar essas doenças. Apesar dos estudos serem limitados nas bases de pesquisa, foram essenciais no entendimento sobre a importância dos testes rápidos no sistema de saúde.
Ao possibilitar a detecção precoce, os TRs permitem intervenções imediatas, como tratamento adequado e aconselhamento, ajudando a prevenir complicações e interromper a cadeia de transmissão. Além disso, promovem a conscientização sobre a saúde sexual e incentivam a adoção de comportamentos mais seguros. Portanto, investir em programas de teste rápido e garantir seu acesso generalizado são medidas essenciais para reduzir a incidência e o impacto das ISTs na saúde pública.
Referências
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