REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10673775
Adriel da Silva Soares1
Lorrana keycy Florentino de Carvalho2
Ildneide Farias de Oliveira3
Clarice Ilnete Pereira Guerra4
Josimar Augusto Sobrinho5
Raylane Lima de Carvalho6
Alessandra Kássia de Souza Francelino7
Viviane Teixeira Rodrigues8
Elizoneria Araújo de Melo dos Santos9
Cleiciane da Silva Souza10
RESUMO
Este trabalho retala uma experiência de educação remota e semipresencial numa escola da rede municipal de Boa vista no Estado de Roraima devido à pandemia causado pela COVID-19.
Embora o ano letivo de 2021 tenha iniciado na modalidade remota e depois semipresencial para todas as escolas da rede municipal, alunos e professores ainda passam por um período de readaptação. Os professores atuando em dois ambientes, o virtual e o físico e os alunos em grupos reduzidos na sala de aula física e em outro momento na sala de aula virtual. Professores se preparando para receber alunos, não da mesma forma como retornavam das férias no passado, mas como uma experiência de vida diferente, que pode ter deixado marcas profundas em suas vidas, impactos negativos, não apenas na aprendizagem, mas também no desenvolvimento socioemocional causado pelo isolamento social e escolar.
Para continuar os trabalhos de forma satisfatória e alcançar resultados positivos na aprendizagem alunos, como professor, me reinventei com o uso das tecnologias para mediar o conhecimento para aqueles que tanto tempo passaram longe do campo educacional físico. Utilizei as mais variadas ferramentas, tais como youtube, apps do Google e outras ferramentas essenciais para o ensino. Desafios que tive que aprender a superar para continuar levando educação de qualidade mesmo em tempos de aula semipresencial/remotas.
Levando em consideração que os alunos passaram muito tempo longe do ambiente escolar físico, os resultados obtidos durante este período foram satisfatórios, uma vez que o uso tas tecnologias digitais mostraram-se efetivas para o ensino aprendizagem dos alunos.
1. INTRODUÇÃO
Vivemos numa sociedade tecnológica e ao mesmo tempo conectada, onde a informação é compartilhada tão rapidamente quanto é produzida, oferece desafios a todo instante. Ao passo que a tecnologia facilita a vida do homem, como por exemplo, fazer transações bancárias, pedir sua própria alimentação através de aplicativos, comunicar-se com pessoas em diversos lugares do mundo, a mesma é causa de insegurança e incertezas para quem a usa.
Em meio a tantas dúvidas, o setor educacional busca formas para reagir às dificuldades impostas pela pandemia. Um novo desafio foi apresentado ao mundo e às escolas, no entanto, a solução não veio com ele. Ao passo que os outros setores buscam incansavelmente a solução para continuar a desenvolver suas atividades produtivas a educação ainda é uma incógnita. Em quanto algumas escolas suspendem as aulas, antecipam as férias, realizam adaptações em seus calendários, outras instituições tentam, através do uso da tecnologia disponível, reinventar, virtualmente, a sala de aula.
Enquanto a maioria das pessoas estão preocupadas com o impacto causado pela quebra de rotina escolar como, por exemplo, a evasão, perda em relação a aprendizagem, alunos ociosos por falta de disciplina e ordem dos pais para com as crianças na realização de atividades online, alguns professores se destacam em relação a forma como conduzem seus trabalhos na busca ativa de seus alunos.
Ao iniciar os trabalhos na escola, a qual desempenho minhas atividades, pude perceber quão prejudicial foi o isolamento e o distanciamento social para o ensino na escola. Notadamente os alunos que outrora só conhecia através do grupo de whats, foram mostrando as poucas ou quase nenhuma habilidade adquiridas no período em que as aulas aconteciam de forma remota, no ano passado. Essa defasagem na aprendizagem se deu por vários motivos, um deles e também o principal é a falta de acesso a internet, sem acesso a internet os alunos não tinham como acompanhar o desenvolvimento das aulas, dessa forma perdiam a explicação de todo o conteúdo, uma vez que os pais/responsáveis muitas vezes não tinham o compromisso de atuar como auxiliadores do professor estando em casa com o discente. Esse sem duvidas foi um dos maiores desafios que a escola teve que enfrentar.
Pensando nos desafios que surgem no meio educacional e que impactam diretamente os discentes e o processo de ensino, é que apresento neste relato algumas medidas que ao longo do ano letivo de 2021 foram extremamente importantes para o êxito da turma em relação à aprendizagem.
Este trabalho objetiva realtar uma experiência com alunos do 4° ano do ensino fundamental numa perspectiva de aulas semipresenciais e as contribuições das tecnologias digitais para o ensino aprendizagem dos alunos na intenção de superar os desafios impostos pelo isolomento social e educacional.
2. METODOLOGIA
2.1 O RETORNO AO NOVO NORMAL
Ao iniciar as aulas do ano letivo de 2021 no formato semipresencial, ou seja, 50% dos alunos sendo atendidos em sala de aula física e 50% sendo atendidos de forma remota através de grupos de aplicativos e que necessitam de acesso a internet, pude detectar, através de diagnostico inicia de aprendizagem, o nível em que se encontrava cada um dos meus alunos. Logo percebi que estava com alunos com um grande déficit de aprendizagem.
Diante disso, achei por conveniente realizar uma reunião com os pais para explicar como seria a dinâmica de estudos dos alunos durante o ano tendo em vista o numero elevado de alunos não alfabetizados e que as aulas, no inicio do ano, ainda estavam acontecendo de forma remota.
Esse momento foi importante para esclarecer para os pais quão importamte seria a participação deles no processo de ensino.
Essa dinâmica de comunicação foi necessária para manter um diálogo com os familiares na tentativa de aproximar os pais de suas responsabilidades com a educação de seus filhos, como reza o artigo segundo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que expressamente diz que a educação, dever da família e do estado.
A responsabilidade por parte dos pais, nesse momento em que as aulas estavam acontecendo de forma remota é de suma importância, pois a efetivação da aprendizagem depende, em grande parte, do que eles fazem ou deixa de fazer em casa. Nesse sentido, a família colabora com o ensino, onde sua responsabilidade maior é acompanhar os alunos no desenvolvimento das atividades verificando a disponibilidade de mídias digitais, auxilio nas atividades, suporte no uso das tecnologias usadas para desenvolver as atividades.
Até então, a dinâmica de estudos se deu através de roteiros de aula elaborado de acordo com o planejamento do professor. Este é veiculado através de um grupo de whats criado para este fim que é divulgar o que deve ser feito pelos alunos. Contudo, as dificuldades enfrentadas pelos pais que não tem amplo domínio dos conteúdos, e alunos que não conseguem assimilar os conteúdos apenas visualizando os roteiros e ouvindo áudios explicativos do professor, foi que passei a gravar vídeo aula com o intuito de alcançar melhores resultados concernente a aprendizagem dos alunos. A partir de então todos os roteiros de aulas passaram a ser publicados no grupo juntamente com as vídeo aulas. Por ser esta a melhor forma de alcançar os alunos e consequentemente melhorar o desempenho deles, é que passei priorizar as vídeo aulas como forma de passar os conteúdos. As vídeo aulas estão disponíveis na plataforma de vídeos do youtube, lá ficam disponíveis todas as aulas gravadas podendo os alunos terem acesso a qualquer tempo, o que facilita o aprendizado dos mesmos.
Para que o uso dessa plataforma fosse efetivo, tive que elaborar tutoriais para o correto uso dos vídeos e também de outras ferramentas utilizadas tanto pelo professor quando pelos alunos sempre pensando em alcançar melhores resultados com os alunos.
No entanto, essa medida só foi exitosa para parte da turma, uma vez que ainda temos alunos que não dispunha de tecnologia e acesso a internet para acompanhar as aulas em formato digital. Outras medidas foram adotadas para que esses alunos fossem alcançados. Uma delas é continuar com a busca ativa dos alunos. Por ser o professor o responsável pelo contato direto e frequente com os alunos a busca ativa inicia, com o professor, quando o aluno deixa de realizar as atividades por um ou dois dias. A partir de então o professor fica responsável por localizar o aluno e saber o porquê da não realização das atividades. Vários são os motivos que durante a pandemia pode justificar a ausência das atividades como, por exemplo, a falta de celular, falta de conexão com a internet, ausência dos pais que são detentores dos aparelhos digitais usados para acompanhar as aulas, falta de transporte, perda de familiares, isolamento dentro do próprio ceio familiar etc.
2.2 RECURSOS E FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS
Para possibilitar os encontros online, que ocorriam uma vez por semana através do aplicativo Google Meet, comunicava o encontro com antecedência para que não houvesse imprevisto e também uma organização por parte dos familiares em relação ao uso dos aparelhos celulares, meio mais usado para esse tipo de transmissão.
O encontro via Google Meet, tinha o objetivo de fazer uma revisão do conteúdo de todos os componentes curriculares estudados durante a semana e também fazer com que a turma se reunisse para socializar uns com os outros.
Outra ferramenta que não pode deixar de ser citada é o App Whatsapp, que todo esse tempo esteve ativo para veicular roteiros de aulas, comunicados da gestão e coordenação da escola, recadinhos e dicas do professor aos alunos, busca ativa dos alunos faltosos e etc.
Enquanto professor, sempre procurei novas ferramentas que me auxiliasse a conduzir da melhor forma possível os trabalhos pedagógicos. Recentemente, pesquisando, descobri um aplicativo que me ajudou a elaborar vídeos para os alunos e de muito fácil manuseio “Benime”. Usando este aplicativo consegui montar alguns vídeos curtos que auxilia os alunos na realização das atividades diárias. Esse é um aplicativo utilizado para fazer vídeos em pouquíssimo tempo. Está sendo utilizado para explicar o conteúdo e foi muito aceito pelos alunos uma vez que prende a atenção dos alunos ao visualizarem os recursos no vídeo.
De forma dinâmica e interativa os alunos participavam das aulas. Em alguns casos foi necessário a elaboração de tutoriais para que os alunos tivessem amplo domínio da ferramenta nos momentos de interatividade com o professor.Por isso, disponibilizei alguns tutoriais (para professores e alunos) que outrora tinha elaborados para o mesmo fim.
Figura 1. Produção de vídeo aula com o App Benime. Disponível no Anexo I
As crianças/alunos se adaptam muito facilmente as tecnologias digitais. Essa revolução que hoje está sendo vivenciada na educação indica que a educação escolar acontece alem dos muros da escola, podemos dizer que quando se trata de educação não existem fronteiras ou barreiras quando se utiliza as redes para a aprendizagem do individuo. Pensando dessa forma, os tutoriais foram de suma importância para o desenvolvimento das aulas na modalidade remota. A imagem 2 é exemplo de tutorial disponibilizados para os alunos e também professores da rede municipal que são adeptos da tecnologia como alternativa para o ensino aprendizagem.
Isso tudo precisou ser armazenado em algum lugar, o “Google Drive”. Ferramenta do Google que permite o armazenamento em nuvem de documentos e arquivos criados a partir dos meios digitais. Essa ferramenta me permite compartilhar as aulas com os alunos de qualquer lugar desde que tenha acesso a internet.
Outra ferramenta que utilizei desde o primeiro dia de aula é a plataforma de vídeo “youtube[1]”. Esta ferramenta conta com um aparato de montagem e criação de conteúdos em vídeos. Depois que passei a usar o youtube, ainda no período do projeto Aprendendo em Casa BV de iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, passei a criar mais vídeos e consequentemente tive mais visualização das aulas em vídeo. As aulas em vídeo eram compartilhadas diretamente no grupo de whatsApp da turma, isso fez com que os alunos não tivessem que procurar vídeos em outros sites para auxilia-los no desenvolvimento das atividades uma vez que a aula já estava pronta para ser acessada no grupo da turma.
As evidências de que o trabalho deu certo foi uma pesquisa de satisfação feita com os pais dos alunos. Essa por sua vez realizada através de um aplicativo
“Google Forms – Formulário”. Este aplicativo foi utilizado várias vezes para este fim. Vale lembrar que era através dele que elaborava as avaliações, isso me permitia ganhar tempo uma vez que as respostas eram de fácil entendimento e tabulação.
2.3 OUTRAS ALTERNATIVAS
No que tange ao uso da tecnologia a turma teve um bom desempenho. No entanto, alguns alunos ficaram a margem dos recursos físicos e tradicionais se comparados com os meios tecnológicos que hoje são usados na escola e nos espaços não formais de educação (espaços que não são a escola propriamente dita, mas que podem promover a aprendizagem). É inegável que muitos alunos ainda não possuem acesso as tecnologias/internet utilizadas na escola e no dia a dia. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa que aponta que 25% (ou um em cada quatro) dos brasileiros não têm acesso à internet. Em números totais, isso representa 46 milhões de pessoas. Em áreas rurais, o índice de pessoas sem acesso é ainda maior que nas cidades, chegando a 53,5%. Em áreas urbanas é 20,6%. Esses dados são preocupantes porque essa estatística atinge todo o país. Na pesquisa de satisfação feita com os pais dos alunos do 4° ano D, essa problemática ficou evidenciada quando apontou que 20% da turma não tinha acesso a internet para acompanhar as aulas, pois segundo eles a internet disponível era apenas para uso pessoal e as plataformas utilizadas pelo professor demanda de conexão via wafi. Segue parte da pesquisa que mostra em percentagem a quantidade da turma que não acompanha as aulas no formato remoto.
Figura 2. Parte da pesquisa de satisfação com os familiares que, evidencia a falta de acesso à internet via Wafi. Disponível no Anexo II.
Isso é fato. Toda via, a escola usa os meios necessários para que a educação alcance todos os nossos alunos. Nesse sentido, os alunos que não dispunha de acesso à internet ou qualquer outro meio de comunicação através das redes, à escola disponibilizou as impressões dos roteiros e/ou dos materiais utilizados nos grupos de whatsapp.
A dinâmica para este público é diferenciada. O aluno leva o roteiro no ultimo dia da semana em que ele está na aula presencial e ao retornar, após o outro grupo, apresenta as atividades do roteiro ao professor para correção, dessa forma sabe-se que aluno participou das aulas mesmo não estando conectado.
A avaliação da aprendizagem inicialmente aconteceu através da devolutiva das atividades através do grupo de whatsApp e também de atividades avaliativas elaboradas para este fim através do Google Forms para alunos com acesso a internet. Para alunos sem acesso a internet a avaliação aconteceu em duas etapas, a primeira através da devolutiva das atividades impressas e num segundo momento com a avaliação propriamente dita (prova). Num terceiro momento, na aula presencial, a avaliação da aprendizagem ocorria através da avaliação somativa para fins de instrumento de classificação e avaliação formativa para saber o nível de aprendizagem para eventuais intervenções. Segue link da avaliação[2] através de Google Forms. Para mais links ver anexo III.
Avaliação Bimestral de Ciências
https://docs.google.com/forms/d/1ovYEixhekaruj2DYr1SlmDkESVjP560105Wu4a9oZ Gk/edit?usp=sharing –
3. RESULTADOS ALCANÇADOS
Durante a pandemia, a escola necessariamente precisou se reinventar para ofertar educação de qualidade a comunidade escolar. Mesmo em aulas semipresenciais, professores e alunos tiveram suas dificuldades. Mas nada disso vez com que a minha motivação enquanto professor parasse. Com 26 alunos de 4° ano, tive que me adaptar ao novo normal e incentivar alunos que voltaram à escola desmotivados e com o sócio emocional abalado. Estabelecer uma rotina, agora com o uso das tecnologias, de estudos para alunos que há muito não visualizavam os materiais escolares. Peraya (2002) auxilia a cristalizar o retrato daquele momento quando pontua que o uso de tecnologias como principal ferramenta de ensino “não constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o campo do possível” (p. 49).
Com tudo isso os trabalhos foram iniciados e a rotina de estudo foi estabelecida. Recebi 26 alunos, entre estes alguns não alfabetizados e em situação de abandono/vulnerabilidade social. No diagnóstico realizado percebi quão grande seria o desafio ao assumir uma turma com o déficit de aprendizagem acima da média. Para tanto foi necessário estabelecer metas de aprendizagem diferentes para crianças com níveis de aprendizado diferentes.
Na sala de aula, na modalidade presencial, passei a trabalhar com material diferenciado com os alunos com dificuldades de aprendizagens. Os alunos que conseguiam acompanhar o programa Saber Igual continuaram a desenvolvê-lo. Elaborei apostilas diferenciadas para alunos com dificuldades e passei a dividir a turma presencial em dois grupos para facilitar a dinâmica de sala de aula (alunos com déficit de aprendizagem e alunos que conseguiam acompanhar o programa Saber Igual).
Figura 3. Aluno José Antoniel Nascimento da Mata realizando atividade diferenciada
As vídeo aulas disponibilizadas pela plataforma do youtube bem como outros meios utilizados para visualizar conteúdos mais dinâmicos, foi algo que deu e continua dando muito certo, pois os alunos possuem uma tendência a adaptar-se mais facilmente ao novo como afirma Gadotti (2000), ao discutir sobre as perspectivas atuais da educação, afirma que a escola está desafiada a mudar a lógica da construção de conhecimentos e que, nessa direção, os jovens tendem a adaptar-se com mais facilidade do que os adultos ao uso do computador, por já nascerem nessa nova cultura, a digital. Destaca ainda que não se pode imaginar o futuro da humanidade sem a figura do professor, um professor com domínios sobre os meios tecnológicos. Com isso consegui alcançar grandes resultados. Como mostra a pesquisa de satisfação no final do terceiro bimestre.
Figura 4. Fotos dos alunos em vídeo chamada via Google Meet.
Figura 5. Parte da pesquisa de satisfação com os pais de alunos.
Os conteúdos que não consegui mediar de forma efetiva pelo grupo de whatsapp, foram consolidados através de vídeo aulas dinâmicas e atrativas para os alunos. Segue amostra das aulas na plataforma do youtube disponível no canal deste professor.
Outro ponto que merece destaque foi à aplicação dos roteiros de aula que inicialmente não alcançaram os objetivos em si. Os roteiros por si só não ensinavam nem tiravam dúvidas. Assim também as explicações através de áudios também não conseguiam ajudar os alunos no desenvolvimento das atividades. Foi necessário que os vídeos fossem criados o mais rápido possível para ajudar na assimilação do conteúdo proposto. Dessa forma, os roteiros auxiliavam os alunos com acesso a internet. Segue o modelo de roteiro utilizado no desenvolvimento de atividade nas aulas remotas e o link de armazenamento destes em nuvem:
https://drive.google.com/drive/folders/1UWnMqMgJLFPHhm6daCf7Oog8nvfLF7K?usp=sharing
Figura 8. Roteiro semanal de aula utilizado durante o período de aula remota.
Para visualizar o roteiro completo ver anexo IV.
Com tudo, existem alunos sem acesso a internet e que necessariamente precisam ser alcançados. Sobre este tema Scott (2015) destaca que o mais importante no ensino não é o currículo, mas o aprendizado como a mais básica atividade humana, pois, por ser uma atividade epistêmica, envolve produção de conhecimento e consequentemente, a busca por sua aquisição. Nesse sentido, sabendo que parte dos alunos não acompanhavam as aulas porque não dispunha de acesso a internet e quando tinham não possuíam aparelhos disponíveis, foi que passei junto a Coordenação a fazer impressões dos roteiros para que os familiares pudessem ir a escola fazer a retira para então os alunos realizarem as atividades em casa.
Depois que as aulas passaram a ser a acontecer na modalidade semipresencial a dinâmica mudou pra melhor, uma vez que os alunos já estavam na escola e no ultimo dia útil (sexta-feira) já levavam os roteiros para casa para a semana posterior, ou seja, momento em que há a troca de grupos. Quando estes retornam devem apresentar as atividades que foram desenvolvidas em casa.
4. CONCLUSÃO
Durante o período de aulas não presenciais e semipresenciais pude concluir que a educação pode ser desenvolvida em vários ambientes e de várias formas. Para isso, é necessário traçar metas para alcançar os objetivos desejados. Desenvolvendo atividades com os alunos este professor, que outrora, pouco sabia sobre TDICs, passou a ensinar utilizando-as. À medida que o manuseio das Tecnologias Digitais (TD) passam a fazer parte do cotidiano de sala de aula/escolar, o professor deve buscar subsídios para aperfeiçoar sua metodologia de ensino.
A pandemia da COVID-19 chegou e com ela grandes mudanças passaram a acontecer nas escolas. Nós professores, necessariamente tivemos que passar por um momento de adaptações e continuar estudando e descobrindo novos meios para não parar o processo de ensino aprendizagem. Enquanto professor da educação básica tive que, primeiramente ensinar meus alunos o manuseio correto de todo aparato tecnológico que usamos durante as aulas remotas bem como professores sobre uso correto das tecnologias digitais como recurso de ensino em sala de aula, para então apresentar um conteúdo dinâmico e atrativo para os alunos que há muito estavam sem contato com a o professor mas em uma constante contato com a tecnologia que não era usada para o estudo e sim para fins de diversão.
Concluo este relato dizendo que nossos alunos muito sabem sobre tecnologia e que muito podem nos ensinar sobre este tema. O professor ao ensinar os alunos aprende com eles.
Posso afirmar que para o ano seguinte, encaminho alunos com uma bagagem de conhecimento não só de português e matemática, mas, com uma grande noção de conhecimento em tecnologias digitais para o uso nas aulas presenciais e remotas.
REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 2, 2000.
SCOTT, C. L. The Futures of Learning 1: Why must learning content and methods change in the 21st century? UNESCO Education Research and Foresight. Paris. Working Papers Series, 2015.
PERAYA, D. O ciberespaço: um dispositivo de comunicação e de formação midiatizada. In: ALAVA, S. Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais? Porto Alegre: Artmed, 2002.
25% BRASILEIROS não têm acesso à internet, aponta pesquisa. https://canaltech, 2021. Disponível em: < https://canaltech.com.br/internet/25-dos-brasileiros-nao-temacesso-a-internet-aponta-pesquisa-164107/>. Acesso em: 15 de novembro de 2021.
ANEXOS I
Vídeo aula elaborado com o Benime App. Disponível para acesso através do link:
https://youtu.be/ebiQ36IN_lE
ANEXOS II
Pesquisa de satisfação com pais de alunos
ANEXOS III
Link de acesso ao Drive com as Avaliações Bimestrais realizados pelo Google Forms.
Avaliação de Ciências: https://docs.google.com/forms/d/1ovYEixhekaruj2DYr1SlmDkESVjP560105Wu4a9oZGk/edit?usp=sharing –
Avaliação de Língua Portuguesa: https://docs.google.com/forms/d/1b09Cw8W-Mjt7s_M3vdHis2G-daPJvOViJVswQiXgRKw/edit?usp=sharing
Avaliação de Matemática: https://docs.google.com/forms/d/1dN31IxwlTkxgJtU9_6PJGNeth7Ukb5Ioq8Fqmb7n6 5A/edit?usp=sharing
Avaliação de História: https://docs.google.com/forms/d/155h49m1a9J1-MLDyk-Zfh-pgmUhCCSSTlFay9A9hdU/edit?usp=sharing
Avaliação de Geografia: https://docs.google.com/forms/d/1zcbhVmKc2lgEVSRZFFQX6XkH7OtgGq0W7hiWP 0wJNyo/edit?usp=sharing
ANEXOS IV
Roteiro Semanal de Aula remota e semipresencial e link para acesso ao local de armazenamento dos roteiros.
https://drive.google.com/drive/folders/1uiJGV2CdVxq7P5b48PoktZhzKHACWHI_?us p=sharing
[1] O acervo de vídeo aulas encontra-se no canal do “Professor Adriel Soares” na plataforma do youtube, link de acesso. https://youtu.be/_PCQKeq67Fc
[2] Avaliações disponíveis no Drive. Obs. Se o navegador estiver desatualizado, impossibilitando o acesso as avaliações, será necessário copiar o link para o App whatsapp, é um meio alternativo quando o primeiro não funciona.
1Especialista em Educação Especial e Educação Ambiental
2Graduada em Licenciatura em Pedagogia
3Licenciatura em Pedagogia Especialização Educação Especial com Ênfase em Deficiência Auditiva
4Licenciatura em Educação Física – Mestre em Educação PPGE/UERR 2024
5Licenciatura em Computação – Claretiano 20272
7Licenciatura em educação física – IFRR/2016.