A IMPORTÂNCIA DO USO DA CREATINA PARA ATIVIDADES DE MUSCULAÇÃO E PERFORMANCE: UMA REVISÃO LITERÁRIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8010158


Hygor da Silva Andrade¹;
Izabela da Silva Moura².


RESUMO

A creatina é uma amina, um composto orgânico, não um aminoácido, e é uma substância orgânica extraída da carne. A creatina tem sido amplamente estudada devido aos seus potenciais efeitos sobre o desempenho físico em atletas que praticam exercícios curtos de alta intensidade alternados com curtos períodos de recuperação (Correa; Lopes, 2014). A creatina é um aminoácido essencial que seu corpo pode produzir. No entanto, é comum ver fisiculturistas usando suplementos de creatina para melhorar o desempenho atlético e aumentar a massa muscular (Medeiros et al., 2010). Foi realizada uma revisão bibliográfica para caracterizar e analisar as informações disponíveis e as pesquisas publicadas sobre o tema. Fizemos buscas nas bases de dados REDALYC, LYLACS, MEDLINE e SCIELO. Descritores utilizados para busca: Atleta/Atleta, Creatina/Creatina, Creatinina, Hipertrofia, Força, Força, Saúde/Saúde. Graças às pesquisas apresentadas, pode-se dizer que os suplementos de creatina, quando usados corretamente, podem ter resultados positivos no aumento da força e aumento da massa muscular e resistência em atletas.

Palavras – Chave: Creatina; musculação; efeitos; treinamento.

ABSTRACT

Creatine is an amine, an organic compound, not an amino acid, and is an organic substance extracted from meat. Creatine has been widely studied due to its potential effects on physical performance in athletes who practice short, high-intensity exercises alternated with short recovery periods (Correa; Lopes, 2014). Creatine is an essential amino acid that your body can make. However, it is common to see bodybuilders using creatine supplements to improve athletic performance and increase muscle mass (Medeiros et al., 2010). A literature review was carried out to characterize and analyze the available information and research published on the subject. We searched the REDALYC, LYLACS, MEDLINE and SCIELO databases. Descriptors used for the search: Athlete/Athlete, Creatine/Creatine, Creatinine, Hypertrophy, Strength, Strength, Health/Health. Thanks to the research presented, it can be said that creatine supplements, when used correctly, can have positive results in increasing strength and increasing muscle mass and endurance in athletes.

Keywords: Creatine; bodybuilding; effects; training.

1. INTRODUÇÃO

A creatina é considerada um suplemento universal, o que significa que praticamente todos podem tomar, exceto as pessoas com doenças renais graves. A creatina serve como fonte de produção de energia para as células musculares, de modo que melhora a força e tônus muscular, por isso a importância de pessoas que praticam exercícios físicos, terem o hábito e a disciplina de consumir a creatina. A creatina é uma substância que já é produzida pelo nosso corpo, através da ingestão de proteínas, é considerada uma amina, não um aminoácido. Além da produção própria, também é possível encontrar a creatina em alimentos como carnes vermelhas e peixes. A creatina tem sido observada por pesquisadores pelo seu potencial efeito na melhora e recuperação do desempenho físico de atletas engajados em atividades físicas de alta potência por um curto período (CORRÊA; LOPES, 2014).

Vital porque ressintetiza a energia gasta, esse processo de quebra e regeneração de ATP (Trifosfato de Adenosina) é mais rápido que a reposição de fosfato de creatina, o fato de os estoques intramusculares de CP (Creatina-Fosfato), serem esgotados durante o exercício justifica a suplementação em indivíduos engajados em atividades de alta intensidade e curta duração (VIEIRA et al, 2016).

A substância está envolvida em um dos sistemas metabólicos de suprimento e reposição, o ATP. Esse processo começa quando o ATP perde fosfato, liberando energia e produzindo ADP (Adenosina Difosfato). O ADP é enzimaticamente ligado ao fosfocreatina fosfato (CP), que recicla o ATP para gerar energia novamente (DORFMAN, 2018).

Estudos demonstraram que os efeitos de desempenho com o consumo diários entre 5 e 8g, aceleram o ganho de peso, resultando em aumento de peso corporal e massa magra. No entanto, essa aceleração do crescimento da massa muscular não só pode ser alcançada por meio da ingestão das substâncias citadas, mas também requer uma combinação de treinamento de força, exercício aeróbico e definição (ANTONIO; CICCONE, 2013; VOGEL; ROMAN; SIQUEIRA, 2019).

Portanto, o objetivo deste estudo será revisar a literatura sobre a importância do uso da creatina para atividades de musculação e performance.

2. METODOLOGIA­

Revisão da literatura científica sobre o efeito da suplementação de creatina na indução de hipertrofia muscular durante o treinamento de força. Processualmente, esta pesquisa é composta principalmente por livros e artigos de periódicos como referências desenvolvidas a partir da literatura publicada, e livros, dissertações e monografias também fazem parte do estudo.revisão da literatura (Lakatos & Marconi, 2010). Metodologia é a aplicação de processos e técnicas seguidas para organizar o conhecimento, a fim de provar sua validade e utilidade em diferentes partes da sociedade (Prodanov & Freitas, 2013).

A coleta de dados foi realizada inteiramente de forma eletrônica via internet, orientada por palavras-chave relacionadas ao tema da pesquisa como: suplementos nutricionais e exercícios; o efeito da creatina no treinamento de força e condicionamento; Características da creatina. Buscamos publicações e livros de 2011 nas bases de dados REDALYC, LYLACS, MEDLINE, SCIELO e Google Books. Todos os trabalhos de pesquisa são revisados e editados aqui e incluem os pontos de vista e opiniões de especialistas na área, bem como vários livros sobre os tópicos abordados. será analisado. Uma abordagem qualitativa foi utilizada para analisar os dados, e sua aplicação pressupõe que existem relações dinâmicas entre o mundo real e os objetos estudados que não podem ser traduzidas em números.

Todo o conteúdo foi escolhido a dedo da bibliografia e leituras selecionadas para guiá-lo através de tópicos que enfocam o desenvolvimento da teoria da pesquisa. Uma técnica de indexação foi usada para listar todas as teorias e autores selecionados para uma melhor compreensão e análise do tema. Os critérios de inclusão utilizados foram: publicado em 2011; publicações em português; Publicações REDALYC, SCIELO, Livros e Periódicos.

Os critérios de exclusão utilizados foram: publicações com menos de 10 anos; publicado em língua estrangeira; materiais como TCC; Papéis, papéis, papéis. Os dados selecionados são apresentados em um texto explicativo que sintetiza todos os autores selecionados para o tema da pesquisa.

3. ASPECTOSSOBREACREATINA

3.1 CREATINA E MASSA CORPORAL

Aumentos na massa magra estão associados a mudanças nos fatores de transcrição subjacentes. Quando a suplementação de creatina é associada ao treinamento de resistência, o uso de creatina reduz os níveis de miostatina (um inibidor do crescimento muscular). Tudo isso se deve à baixa expressão do mRNA da Akirin-1, conforme demonstrado no estudo de de Mobley sobre miotubos onde ele usou creatina para reduzir o efeito da miostatina e reduziu o diâmetro da fibra em 30% (COOPER, 2012; MOOBLEY, 2014).

O protocolo de aplicação recomendado por diversos estudos científicos é realizado da seguinte forma. Após uma aplicação inicial de 20 g/dia na primeira semana, uma dose de manutenção de 0,1-3 g/kg corporal/dia. Isso causa aumento de fatores como colágeno mRNA, transportador de glicose 4 (GLUT-4) e cadeia pesada de miosina IIA, que junto com o treinamento resistido com a dose da primeira semana causa aumento do fator de crescimento (IGF-1). (Cooper, 2012; Moubli, 2014; Roberts, 2020).

A Figura 1 mostra os muitos fatores que afetam a produção de creatina na construção muscular. Durante o processo de hipertrofia, a creatina atua de diversas formas, a começar pela inibição da miostatina, fator que regula o crescimento muscular, criando um ambiente mais favorável para o crescimento muscular. A inibição da miostatina levará à ativação das células satélites, que promoverão o aumento mionuclear por meio do aumento da transcrição. A creatina estimula as células satélites ativando os reguladores miogênicos (FRMs). Também ativa o gene AKT, que atua aumentando o IGF-1, que estimula a formação de FRM, assim como o gene mTOR, que atua aumentando o transporte de proteínas. O gene AKT também funciona inibindo o FOXO3, que é responsável pela quebra de proteínas musculares. Por fim, o efeito mais famoso da creatina é o aumento dos níveis de PCr e glicogênio no músculo, o que permite aos praticantes atingir maior capacidade de carga, o que pode levar à hipertrofia (CHILIBECK, 2017).

Figura 1: Influência da creatina na formação muscular (CHILIBECK, 2017). Abreviações: IGF-1(fator de crescimento semelhante a insulina); MRFs (fator regulador miogênico); mTOR (alvo de rapamicina em mamíferos); PCr (fosfocreatina); RO (reativas ao O2); CS (células satélites); AKT (gene); FOX O3(gene responsável por proteólise muscular);

O mecanismo durante a suplementação aumenta a reserva muscular para elevar a ressíntese de ATP, proporcionando assim maior resistência durante o exercício de alta intensidade, mas difere tanto a curto quanto a longo prazo (MAUGHAN, 2018). Esse aumento se deve à capacidade de manter alta resistência por um longo período de tempo e se reflete no aumento da resistência. (KERSICK, 2018; BUTSS, 2018).

A creatina exógena é captada e transportada para as células através do transportador exclusivo creaT1, que é ativado quando a creatina intracelular é esgotada, e a isoforma mitocondrial da creaT1 também fornece creatina diretamente para as mitocôndrias. No entanto, o transporte de creatina está diretamente relacionado à concentração de cloreto e sódio no ambiente. Ou seja, quanto maior a concentração, mais eficiente é esse transporte. A maior parte dessa creatina acaba no músculo esquelético, pois essas células requerem mais energia. Como essas células agem e armazenam moléculas de fosfato, elas as usam como fosfatos de creatina para gerar ATP. Este suplemento proporciona até 40% de melhora no desempenho durante o treinamento de força (COOPER, 2012; BUTTS, 2017; HUMMER, 2019).

3.2 CREATINA NA FORÇA MUSCULAR

Sabe-se, quando se exercita, precisa-se de moléculas de ATP responsáveis ​​pela produção de energia. A fosfocreatina (PCr) presente no músculo atua como um dos principais componentes da síntese de ATP. A suplementação com monohidrato de creatina aumentará os estoques de PCr, permitindo a refosforilação dessa molécula de ATP. Como resultado, a qualidade do exercício pode ser melhorada (ZUNĪGA, 2012). É por isso que tem o efeito desejado em esportes isométricos como o fisiculturismo. Esse processo de refosforilação ocorre após o treinamento resistido, que está associado à fadiga devido às altas concentrações de ADP e lactato dissociado. Ao desencadear um aumento no H+, o músculo carregado de PCr pode reverter o estado induzido pela fadiga, agindo na refosforilação do ADP em ATP e usando íons H+ para restaurar o pH (WANG, 2016).

A PCr é uma molécula de creatina fosforilada que é uma importante reserva de energia no músculo esquelético porque contém ligações de fosfato de alta energia semelhantes às ligações de ATP. A contração e o relaxamento têm papel protagonista, pois consomem moléculas de fosfato de ATP (COOPER, 2012).

Os ganhos de força ocorrem independentemente do tipo de treinamento devido às alterações fisiológicas que ocorrem dentro do indivíduo e têm sido demonstrados em pesquisas. Claramente, essa evidência não foi encontrada em todos os estudos, mas isso pode ser explicado pelo controle alimentar e falta de respostas individuais (COOPER, 2012).

3.3 SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA ASSOCIADA AO TREINAMENTO DE FORÇA

Há diversos benefícios do treinamento de força em relação a aptidão física e à qualidade de vida (Figura 1). No entanto, para que esses benefícios sejam otimizados, é preciso que a prescrição de exercícios seja específica para as características do indivíduo, o que significa considerar fatores como idade, aptidão física, histórico de treinamento e tolerância psicológica e física (Prestes et al., 2016).

Figura1. Benefícios do treinamento de força.

Fonte: Prestes et al. (2016).

A suplementação de creatina é projetada para repor os estoques endógenos de substâncias dentro das células musculares, um efeito associado à suplementação de 1,5 a 3,0 gramas de creatina por refeição. As formulações devem ser compostas por creatina monohidratada com pureza mínima de 99,9%, com adição de carboidratos e sem suplementos de fibras alimentares (MENDES, 2018).

Segundo (BRIOSCHI; et. al. 2020), o protocolo clássico de suplementação nutricional mais utilizado é realizado em duas fases, sendo a primeira fase de uso visando a sobrecarga pela introdução de grandes doses de creatina por 5 dias. condição e uma segunda fase de dose mais baixa (manutenção). Seguindo esse protocolo, a dose diária para a fase de sobrecarga é de 20 g de creatina dividida em 4 doses iguais e diluídas em aproximadamente 250 ml de líquido durante 5 a 7 dias. Durante o período de manutenção, a dose de creatina é de 3-5 g/dia ou 0,03 g/kg/dia. No entanto, nem todos os indivíduos apresentam o mesmo ganho muscular após a suplementação e pode haver diferenças entre eles. A observação dos rótulos dos suplementos de creatina mostrou que a maior dose utilizada durante os primeiros 5 dias foi de 20 gramas, enquanto 4 ou 5 gramas foram utilizados durante a primeira fase. O segundo usa de 5 a 10 gramas por dia. As doses de 3 g a 5 g de creatina, mais comumente utilizadas para tratar essa substância, demonstraram não apresentar efeitos colaterais, sugerindo que essa dose pode ser considerada segura (NEMEZIO; et. al., 2015).

O consumo de creatina com um carboidrato simples (glicose) pode aumentar os benefícios atléticos da creatina, aumentando o transporte de creatina para os músculos, mesmo em pessoas menos sensíveis a suplementos. Todas essas respostas podem ser potencializadas pelo exercício durante a suplementação de creatina, criando um efeito adicional na absorção muscular dessa substância. Foi relatado que leva de 4 a 5 semanas para que os níveis de creatina muscular voltem ao normal após a conclusão de um protocolo de suplementação (BRIOSCHI; et al., 2020).

O uso de suplementos nutricionais aumenta a massa muscular e a massa muscular, aumenta a força dinâmica e a força em 5-15%, reduz a fadiga durante o exercício e aumenta o peso corporal e a massa corporal em 2% a 5% (SANTOS; et al., 2021).

Uma forma química que tem mostrado bons resultados em estudos científicos avaliando sua eficácia em atletas de força é a forma de monohidrato de creatina. Os autores sugerem que este suplemento pode sustentar a produção de pico de força por mais tempo. Em última análise, isso significa períodos mais curtos de alta atividade em atletas e esportistas e músculos maiores e mais fortes em levantadores de peso (STÁBILE; et al., 2017).

4. RESULTADOS NA FORÇA E HIPERTROFIA MUSCULAR

A quantidade de creatina fosfocreatina (CP) é provavelmente um dos fatores mais importantes na fadiga muscular após exercícios de alta intensidade e curta duração. Portanto, seu uso como forma de suplemento energético é justamente baseado na teoria de que quanto maior a quantidade dessa substância no músculo, mais tempo ele consegue manter a força máxima (Oliveira et al., 2017).

Um estudo de Batista et al. (2012), desenvolvido em uma academia da cidade de Goiânia com uma amostra de 20 homens divididos aleatoriamente em dois grupos: experimental (GE) e controle (GC). É utilizado como critério de exclusão para indivíduos com limitações físicas e usuários de outros tipos de suplementos nutricionais ou farmacológicos ergogênicos.

Dez indivíduos tomaram um suplemento oral de creatina durante o treinamento (grupo de teste) e dez indivíduos não suplementaram, mas se engajaram em treinamento de força (grupo controle) durante o período de estudo de três semanas. A dosagem é de 20 g/dia por seis dias e 2-5 g/dia por três semanas. Todos os indivíduos fizeram o mesmo treinamento, três a quatro vezes por semana, controlado pelo pesquisador. Outro estudo de Medeiros et al. (2010), durante um período de seis dias com 27 mulheres fisicamente ativas, com idade de 23 anos, utilizando 20 g de creatina por dia, ao final do estudo verificaram que a suplementação de creatina resultou em um aumento significativo da força significativamente, com aumentos de 7,85%, 7,31% e 5,52% para a primeira, segunda e terceira séries, respectivamente. Após o período de avaliação, os efeitos do treinamento e da suplementação foram observados após três semanas, sendo que os autores observaram que o grupo experimental (que foi suplementado com creatina) apresentou aumento significativo da massa corporal. O outro grupo de controle, apenas treinamento de força, apresentou aumento da circunferência da cintura e perda de gordura, mas as mudanças não foram significativas. (Batista et al., 2012).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A creatina desempenha um papel importante nos esportes e se tornou um dos suplementos mais procurados pelos praticantes de exercícios. Grande parte dessa enorme procura e interesse pelo suplemento é evidenciada pela sua eficácia nos diversos estudos apresentados, por ser um dos suplementos mais pesquisados ​​disponíveis atualmente. É importante ressaltar que apesar de todas as evidências de sua capacidade, a creatina continua sendo alvo de uma série de questionamentos, principalmente em relação a possíveis efeitos colaterais. Ressalta-se que de todos os estudos apresentados, nenhum se destacou por apresentar possíveis efeitos e malefícios que pudessem de alguma forma prejudicar o usuário.

O “ciclo de saturação” deve ser enfatizado, pois vários estudos demonstraram isso quando uma dose de 0,3 g/kg/dia é administrada por 5 a 7 dias seguida de uma dose de manutenção de 3 a 5 g/dia por 3 a 4 dias. semana, tem se mostrado eficaz e com resultados positivos no desempenho dos atletas demonstrados. No entanto, é importante sempre enfatizar a individualidade de cada pessoa, levando em consideração a intensidade da atividade, estilo e hábitos.

A creatina possui atividade osmótica, causando aumento do conteúdo intracelular na forma de creatina livre e fosfato de creatina no músculo, podendo induzir um influxo de água para dentro das células musculares, aumentando a água intracelular, podendo gerar falsa sensação de massa muscular recebida. É importante saber que consumir creatina não aumenta a massa muscular (é preciso malhar para conseguir isso). Basicamente, o que os suplementos fazem é aumentar a tolerância do atleta ao esforço e retardar a fadiga, permitindo que ele use cargas maiores e tenha um melhor desempenho nos exercícios, pois isso vai gerar um ganho maior. Além disso, por ser armazenado no músculo junto com a água, leva a um aumento da massa muscular.

Em última análise, com base nos estudos citados neste livro, pode-se concluir que não parece haver nenhum risco ou danos à saúde quando a suplementação de creatina é administrada de maneira controlada, e essa adição continua se destacando. responsável pelo aumento acentuado da força muscular e hipertrofia em fisiculturistas. Portanto, é importante ressaltar que o suplemento deve ser prescrito por um especialista qualificado, levando em consideração o tipo de atividade física, sua duração e condições fisiológicas.

REFERÊNCIAS

AEDMA, M.; TIMPMANN, S.; LÃTT, E.; ÖÖPIK, V. A suplementação de creatina a curto prazo não tem impacto no poder anaeróbico da parte superior do corpo em lutadores treinados. JIntSocSports Nutr, v. 12, n. 45, p. 1-9, 2015.

AGUIAR A. F.; JANUÁRIO R. S.; JUNIOR R. P.; GERAGE A. M.; PINA F. L.; NASCIMENTO M. A.; PADOVANI C. R.; CYRINO E. S. A suplementação de creatina a longo prazo melhora o desempenho muscular durante o treinamento de força em mulheres mais velhas. EurJ ApplPhysiol, v. 113, n. 4, p. 987-96, 2013.

ANTONIO, J.; CICCONE, V. The effects of pre versus post workout supplementation of creatine monohydrate or body composition and strength. Journal of the InternationalSocietyofsports, v. 10, n. 1, p. 39, 2013.

BARROS, A. P. P. D.; XAVIER, F. B. Suplementação de creatina para o treinamento de força. RevistaUningá, v. 56, n. 1, p. 91-97, 2019.

BARBANTI, V. J. Teoria epráticadotreinamentoesportivo. Editora Blucher, 2017.

Batista, J. A. et al. (2012) Suplementação de creatina e treinamento de força: alterações antropométricas e na resultante força máxima. revista eletrônica saúde e ciência, 5(8),22-31.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 18, DE 27 DE ABRIL DE 2010.

Disponível em: . Acesso em 08 jun. 2020.

BRIOSCHI, F. R.; HEMERLY, H. M.; BINDACO, É. S. Efeitos ergogênicos da creatina. Conhecimento em Destaque, v. 8, n. 19, p. 1-20, 2019.

CORRÊA, D. A.; LOPES, C. R. Efeitos da suplementação de creatina no treinamento de força. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 8. n. 45. p.180-186. Maio/jun. 2014. ISSN 1981-9927

CONFORTIN, F. G.; BORDIGNON, R.; FEITOSA, R.; SÁ, C.; CORBELLINI, F.; OLIVEIRA, S. A. Efeito ergogênico da creatina sobre a performance de atletas do Handebol. RBNE-RevistaBrasileiraDeNutriçãoEsportiva, v. 13, n. 78, p. 254-264, 2019.

CRISAFULLI, D. L.; BUDDHADEY, H. H.; BRILL, L. R.; CHALMERS, G. R.; SUPRAK, D. N.; SAN JUAN, J. G. Creatine-electrolyte supplementation improves repeated sprint cycling performance: A double blind randomized control study. J Int Soc Sports Nutr, v. 15, n. 21, p. 2-11, 2018.

DOLAN, E.; GUALANO, B.; RAWSON, E. S. Beyond muscle: the effects of creatine supplementation on brain creatine, cognitive processing, and traumatic brain injury. EuropeanJournalof SportScience, v. 19, n. 1, p. 1-14, 2019.

DORFMAN L. Nutrição voltada ao exercício e ao desempenho esportivo. In: MAHAN, L.K; STUMP, S.E; RAYMOND, J.L. Krause, Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p. 1599-1600, 2018

FARIA, D. P. B. D. Suplementação de creatina no ganho de força e hipertrofia muscular em praticantes de treinamento de força: uma breve revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v.13, n. 43, p. 1477-1483, 2018.

GALVAN E.; O’CONNOR A.; GOODENOUGH Y. C.; DALTON R.; LEVERS K.; BARRINGER N.; CHO M.; JUNG P.; GREENWOORD M.; RASMUSSEN C.; MURANO P. S.; EARNEST C. P.; KREIDER R. Effects of 28 days of two creatine nitrate based dietary supplements on bench press power in recreationally active males. J Int Soc Sports Nutr, v. 12, n. 1, p. 17, 2015.

GALVÃO, T. F.; PEREIRA, M. G. Revisões sistemáticas da literatura: passos para sua elaboração. RevistaEpidemiologiaeServiçosdeSaúde. v. 23, n. 1, p. 183-184. Brasília-DF. 2014.

KAVIANI, M.; ABASSI, A.; CHILIBECK, P.D. Creatine monohydrate supplementation during eight weeks of progressive resistance training increases strength in as little as two weeks without reducing markers of muscle damage. J Sports Med Phys Fitness, v. 59, n. 4, p. 12-608, 2019.

KERKSICK, C. M.; ARENT, S.; SCHOENFELD, B. J.; STOUT, J. R.; CAMPBELL, B.; WILBORN, C. D.; WILLOUGHBY, D. International society of sports nutrition position stand: nutrient timing. Journalof the InternationalSocietyofSportsNutrition, v. 14, n. 1, p. 1- 21, 2017.

KREIDER, R.B.; KALMAN, D.S.; ANTONIO, J.; ZIEGENFUSS, T.N.; WILDMAN, R.; COLLINS, R.; CANDOW, D. G.; KLEINER, S. M.; ALMADA, A. L.; LOPEZ, H. L. Posição da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva: segurança e eficácia da suplementação de creatina em exercícios, esportes e medicina. Journal of the InternationalSocietyofSports Nutrition,v. 14 , n. 18, p. 1-18, 2017.

KERKSICK, C. M.; WILBORN, C. D.; ROBERTS, M. D.; SMITH-RYAN, A.; KLEINER, S. M.; JAGER, R.; COLLINS, R.; COOKE, M.; DAVIS, J. N.; GALVAN, E.; GREENWOOD, M.; LOWERY, L. M.; WILDMAN, R.; ANTONIO, J.; KREIDER, R. B. Atualização da revisão de nutrição esportiva e exercícios da ISSN: pesquisas e recomendações. J Int SocSportsNutr, v. 15, n. 38, p. 1-57, 2018.

LANHERS, C.; PEREIRA, B.; NAUGHTON, G.; TROUSSELARD, M.; LESAGE, F. X.; DUTHEIL, F. Creatine supplementation and upper limb strength performance: A systematic review and meta-analysis. Sports Medicine, v. 47, n. 1, p. 163-173, 2017.

LEITE, M. S. R.; SOUSA, S. C.; SILVA, F. M.; BOUZAS, J. C. M. Creatina: estratégia ergogênica no meio esportivo: uma breve revisão. Rev. de Atenção à Saúde, v. 13, n. 43, p. 52-60, 2015.

MARTINS, Y. D. L. X.; LIMA, M. F.; RAMOS, J. L.; MARINS, J. C. B. Efeitos de diferentes formas de suplementação de creatina em praticantes de musculação: estudo exploratório. Revista BrasileiradeNutriçãoEsportiva, v. 13, n. 82, p. 854-863. Viçosa/MG. 2019.

Medeiros, R. J. D. et al. (2010) Efeitos da suplementação de creatina na força máxima e na amplitude do eletromiograma de mulheres fisicamente ativas. revista brasileira de medicina do esporte, 16(5),

MELO, A. L. D.; ARAÚJO, V. C.; REIS, W. A. Efeito da suplementação de creatina no treinamento neuromuscular e composição corporal em jovens e idosos. RBNE-RevistaBrasileiradeNutrição Esportiva, v. 10, n. 55, p. 79-86, 2016.

MOLINA, G. E. Desempenho da potência anaeróbica em atletas de elite do moutain bikesubmetidos à suplementação aguda com creatina. 162f. Dissertação (Pós-graduação em Ciências da Saúde) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

MAUGHAN, R. J.; BURKE, L. M.; DVORAK, J.; MEYER, L. E. D.; PEELING, P.; PHILLIPS, M. S.; RAWSON, E.; WALSH, N.; GARTHE, H.; MEUSSEN, R.; LOON, J. C. L.; SHIRREFFS, M. S.; SPRIET, L.; STUART, M.; VERNEC, A.; CURREL, K.; ALI, M. V.; BUDGETT, G. M. R.; LJUNGQVIST, A.; MOUNTJOV, M.; YANNIS, P. P.; SOLIGARD, T.; ERDENER, U.; ENGEBRETSEN, L. Declaração de consenso do COI: suplementos alimentares e atleta de alto desempenho. Britishjournalof SportsMedicine, v. 52, 2018.

NEMEZIO, K. M. A.; OLIVEIRA, C. R. C.; SILVA, A. E. L. Suplementação de creatina e seus efeitos sobre o desempenho em exercícios contínuos e intermitentes de alta intensidade. Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 1, p. 157-165, 2015.

OLIVEIRA, L. M.; AZEVEDO, M. D. O.; CARDOSO, C. K. D. S. Efeitos da suplementação de creatina sobre a composição corporal de praticantes de exercícios físicos: uma revisão de literatura. RevistaBrasileira deNutrição Esportiva, v. 11, n. 61, p. 10-15, 2017.

OLIVEIRA, R. I. D. D.; LOPES, C. R.; FELTRIN M.B.; DECHECHI, C. J.; MOTA, G. R. D.; EVANGELISTA, A. L.; MARCHETTI, P. H.; NAVARRO, A. C. Os efeitos da suplementação de creatina na performance de corredores velocistas – 100 e 200 metros. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 7, n. 42, p. 540-547. São Paulo. 2013.

PEDROSA, F.; SOUZA, A. C. P. F. D.; LEAL, J. C., MARQUES-OLIVEIRA, G. &. Efeitos da suplementação de creatina conciliada a cafeína sob a força de praticantes de musculação. RevistaBrasileiraDeNutriçãoEsportiva, v. 13, n. 81, p. 739-748, 2019.

POSIADLO, M. C. B. C.; MELLO, A. R. M.; NASCIMENTO, A. F. Z. Q.; SANTOS, A. L. R.; ALVES, C. F. F.; MARTINS, D. L.; RESENDE, P. R. Efeitos colaterais do uso indiscriminado dos anabolizantes. e-RAC, v. 8, n. 1, 2021.

Prestes, J., Foschini, D., Marchetti, P., Charro, M., & Tibana, R. (2016). Prescrição e periodização do treinamento de força em academias (2a ed.), Editora Manole.

Prestes, J., et al. (2013). Prescrição e periodização do treinamento de força em academias. (2a ed.), Manole, 2016. 54 p. PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Feevale.

RAMÍREZ-CAMPILLO, R.; GONZÁLEZ-JURADO, A.; MARTÍNEZ, C.; NAKAMURA, F. Y.; PEÑAILILLO, L.; MEYLAN, C. M. P.; CANIUQUEO, A.; CAÑAS-JAMET, R.; MORAN, J.; ALONSO-MARTÍNEZ, A. M.; IZQUIERDO, M. Efeitos do treinamento pliométrico e suplementação de creatina no exercício de intensidade máxima e resistência em jogadoras de futebol. JournalofScience andMedicineinSport, v. 19, p. 682-687, 2016.

Stábile, L., et al. (2017). Uma breve revisão: a utilização da suplementação de creatina no treinamento de força. Rev. Odontol. Araçatuba (Impr.), 38(1), 14-18. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-876028.

TOMCIK, K. A.; CAMERA, D. M.; BONE, J. L.; ROSS, M. L.; JEACOCKE, N. A.; TACHTSIS, B.; SEDEN, J.; LOON, L. J. C. V.; HAWLEY, J. A.; BURKE, L. M. Effects of Creatine and Carbohydrate Loading on Cycling Time Trial Performance. Medicine &Science inSports &Exercise, v. 50, n. 1, p. 141-150, 2018.

VOGEL, C.; ROMAN, A.; SIQUEIRA, L. D. O. Efeitos neuroprotetores relacionado suplementação com creatina. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, v. 23, n. 1, p.70-83, 2019.

WANG, C. C.; FANG, C. C.; LEE, Y. H.; YANG, M. T.; CHAN, K. H. Effects of 4-Week Creatine Supplementation Combined with Complex Training on Muscle Damage and Sport Performance. Nutrients, v. 10, n. 11, p. 1-10, 2018.

VIEBIG, R. F.; NACIF, M. D. A. L. Nutrição aplicada à atividade física e ao esporte. In: SILVA, S.M.C.S.D., MURA, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietética. 2ª Edição. Editora Roca, p. 239, 2010, T. H. M.; DE REZENDE, T. M.; GONÇALVES, L. M.; RIBEIRO, O. P. F.; SILVA JR, A. J. Pode a suplementação da creatina melhorar o desempenho no exercício resistido?. RBNE-Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10, n. 55, p. 3-10, 2016.

WILLIAMS, J.; ABT, G.; KILDING, A. E. Effects of creatine monohydrate supplementation on simulated soccer performance. Int J Sports Physiol Perform, v. 9, n. 3, p. 503-513, 2015.

YÁÑEZ-SILVA, A.; BUZZACHERA, C.F.; PIÇARRO, I. D. C.; JANUARIO, R. S. B.; FERREIRA, L. H. B.; MCANULTY, S.R.; UTTER, A.C.; SOUZA-JUNIOR, T. P. Effect of low dose, short-term creatine supplementation on muscle power output in elite youth soccer players. J IntSocSports Nutr, v. 14, n. 5, p. 1-8, 2017.

ZANELLI, J. C. S; CORDEIRO, B. A.; BESERRA, B. T. S.; TRINDADE, E. B. S. M. Creatina e treinamento resistido: efeito na hidratação e massa magra. Rev Bras Med Esporte, v. 21, n. 1, p. 27-31, 2015.

ZUNINGA, J. M.; HOUSH, T. J.; CAMIC, C. L.; HENDRIX, R.; MIELKE, M.; JOHNSON, G. O.; HOUSH, D. J.; SCHMIDT, R.J. Os efeitos da carga de monohidrato de creatina no desempenho anaeróbico e na força máxima de uma repetição. Journal of Strength andConditioningResearch, v. 26, n. 6, p. 1651-1656, 2012.


1Graduando do Curso de Nutrição da Universidade Nilton Lins. E-mail:

²Nutricionista clínica/esportiva/funcional. Universidade Nilton Lins. E-mail: izabelasm@outlook.com