THE IMPORTANCE OF PHYSIOTHERAPEUTIC TREATMENT AFTER FEMUR FRACTURES: A LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410021703
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE FISIOTERAPIA
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus, criador dos céus e da Terra, que com sua infinita misericórdia e amor me deu capacidade e sabedoria para fazer as escolhas certas, iluminando meus passos, durante toda a caminhada deste curso que me fizeram chegar até aqui.
A minha família, que é tão importante em minha vida, por me apoiar, me dar incentivo, não medir esforços, nos momentos mais difíceis sempre esteve ao meu lado, mostrando que em nenhum momento eu estive sozinho nessa caminhada.
A minha orientadora, pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho. A todos os professores por me proporcionarem о conhecimento para que eu pudesse chegar até aqui, meus eternos agradecimentos.
EPIGRAFE
“O degrau de uma escada não serve simplesmente para que alguém permaneça em cima dele, destina-se a sustentar o pé de um homem pelo tempo suficiente para que ele coloque o outro um pouco mais alto”.
Thomas Huxley
RESUMO
A eletroterapia é um tratamento conhecido e bem respeitado, que se apresenta entre as várias áreas da fisioterapia, utilizada na reabilitação e na estética. O objetivo desta pesquisa é refletir na literatura sobre a importância da eletroterapia na reabilitação de pacientes, após fraturas de fêmur. A metodologia se caracteriza como uma revisão de literatura, de caráter exploratório e descritivo e buscou identificar a importância do tratamento fisioterapêutico na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur. Considera-se que o estudo pode colaborar de alguma forma para dar ênfase sobre a importância da eletroterapia na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur. Por decorrência da fratura do fêmur que ocorre quando surge uma ruptura no osso da coxa, o mais comprido e mais potente osso do corpo humano, é recomendado o tratamento fisioterapêutico por possuir a finalidade de permitir que o indivíduo tenha uma vida com qualidade e produtiva, visando prevenir novos contextos de queda. Conclui-se então que a eletroterapia visa reduzir as consequências da inatividade, melhorando a inabilidade de músculos próprios ou grupos musculares, recuperando a dimensão normal de mobilidade de articulação, estimulando o paciente a utilizar técnicas necessárias à realização dos exercícios funcionais, estimulando a recuperação.
Palavras-chave: Eletroterapia. Tratamento. Fisioterapêutico. Fratura no Fêmur.
ABSTRACT
Electrotherapy is a well-known and well-respected treatment, which appears among the various areas of physiotherapy, used in rehabilitation and aesthetics. The objective of this research is to reflect in the literature on the importance of electrotherapy in the rehabilitation of patients after femoral fractures. The methodology is characterized as a literature review, exploratory and descriptive, and sought to identify the importance of physical therapy treatment in the rehabilitation of patients after femoral fractures. It is considered that the study can contribute in some way to emphasize the importance of electrotherapy in the rehabilitation of patients after femoral fractures. Due to the femur fracture that occurs when a rupture occurs in the thigh bone, which is the longest and most powerful bone in the human body, physiotherapy treatment is recommended as it has the purpose of allowing the individual to have a quality and productive, aiming to prevent new contexts of falls. It is concluded then that electrotherapy aims to reduce the consequences of inactivity, improving the inability of proper muscles or muscle groups, recovering the normal dimension of joint mobility, encouraging the patient to use techniques necessary to perform functional exercises, stimulating recovery.
Keywords: Electrotherapy. Treatment. Physiotherapeutic. Femur fracture.
1 INTRODUÇÃO
A queda se define como o movimento não premeditado do corpo para uma capacidade inferior à posição do começo, sem melhoria em período hábil, tendo como fator condições multifatoriais intrínsecas ou extrínsecas que afetam a imobilidade. Podendo levar a comprometimentos funcionais, físicos e psicossociais, além de reduzir a qualidade de vida e habilidade para desenvolver atividades no cotidiano, tanto por receio de se apresentarem em riscos ou por intervenções protetoras, familiares, sociedade ou cuidadores (MENEZES; VILAÇA; MENEZES, 2016).
A reabilitação fisioterapêutica na pós-fratura é recomendada, posto que, visa prevenir deformações e complicações que ocorrem assim, como intensifica o processo de benefício funcional. Deste modo, o tratamento possibilita ao enfermo o retorno de atividades cotidianas, dado que, esse tratamento fisioterapêutico é necessário para o alcance da capacidade de movimento, redução do estado álgico de punho e aumento da força muscular (CASTRO PORTUGUEZ et al., 2020).
A fisioterapia objetiva minimizar os efeitos da inatividade; corrigir a ineficiência de músculos específicos ou grupos musculares; reconquistar a amplitude normal de movimento da articulação e fortalecer o paciente a usar a habilidade obtida no desempenho de atividades funcionais, acelerando a reabilitação. São aplicadas como técnicas cinesioterapêuticas exercícios com movimentos passivos, ativo-assistidos, ativo-livres, ativos resistidos, recursos como o ultrassom, crioterapia e mobilização de Maitland (VALGAS; PINHEIRO; DIANA, 2017).
A fisioterapia tem prescrição durante o pré-operatório e pós-operatório através da reabilitação do componente (ARAUJO et al., 2017). O tratamento fisioterapêutico tem como finalidade permitir que o indivíduo tenha uma vida com qualidade, produtiva, visando prevenir novos contextos de queda. Sendo assim, é importante ocorrer os cuidados preventivos, disponibilizando métodos para recuperação das capacidades desses pacientes (MAIA; ALMEIDA, 2018).
A eletroterapia é uma impressão genérica no que se refere a qualquer técnica que use a corrente elétrica, visando melhorar a saúde. Os métodos de eletroterapia localizam-se especificamente no material da neuromodulação. Por “neuromodulação”, envolvendo qualquer tipo de ação elétrica ou química que transforma a atividade do sistema nervoso central ou periférico, através da utilização de dispositivos implantados externa ou internamente no paciente (LOPES; RODRIGUES, 2021).
Este estudo justifica-se pela alta busca de paciente acometidos por quedas e fraturas necessitando de recuperação. É importante, a disposição de recursos suficientes aos indivíduos para recuperar as funcionalidades, diante de qualquer situação negativa que afetem sua vida, como as rupturas de fêmur. As quedas comumente resultam em fraturas e consequências sérias, como perturbações na mobilidade e lesões contínuas.
Neste quadro, é indispensável o profissional fisioterapeuta com o seu entendimento técnico-científico, podendo colaborar com a manutenção e melhora do papel cinético funcional, visando a independência do paciente, principalmente a qualidade de vida. Sua atuação é totalmente representativa na redução considerável dos fatores de risco, reestabelecendo a instabilidade (DE ARAÚJO et al., 2017).
Essa pesquisa possui relevância profissional, dado que, contribui com benefícios relacionados à fisioterapia ortopédica, nas definições absorvidas, objetivando o desenvolvimento profissional e aperfeiçoamento do fisioterapeuta na área de formação, destacando sua atuação nos hospitais e tratamento de pacientes pós-queda, através da prática de exercícios.
Perante o evidenciado, este trabalho tem como objetivo refletir na literatura a importância da eletroterapia na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur. E como objetivos específicos, demonstrar as características do fêmur, definição de eletroterapia e destacar as estratégias utilizadas pelo fisioterapeuta na fratura do fêmur.
Este estudo se caracterizou como uma revisão integrativa, de caráter exploratório e descritivo e buscará mostrar como é realizada a atuação da fisioterapia ortopédica. Este tipo de pesquisa tem como intuito reunir e fornecer informações sobre um determinado tema, deste modo, contribuirá com a compreensão aprofundada do mesmo. A identificação dos artigos foi realizada através da pesquisa bibliográfica, periódicos que se encontram nas bases de dados informatizadas como: Scientific Electronic Library Online-SciELO, PubMed e Google Acadêmico.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Características da Fratura no Fêmur
Conceição et al. (2016), afirma que a predominância de fraturas de fêmur está relacionada aos fatores externos aqui podem ser representadas por traumas de energia, particularmente os automobilísticos, estes são responsáveis pela elevada quantidade de acidentes comprometendo a população de jovens e adultos. É identificado que parte do osso que quebra com facilidade é a região central, ou seja, o corpo do fêmur, ocorrendo ainda na cabeça do fêmur, uma área do corpo humano que se envolve com o quadril.
Conforme Guerra et al. (2017), a fratura do fêmur ocorre quando surge uma fratura no osso da coxa, se o mais comprido e mais potente osso do corpo humano. Os dados epidemiológicos apontam que após um ano de fratura de fêmur proximal, girava em volta de 14 a 36% da mortalidade, sendo que pesquisas relatam na literatura que somente 50 a 65% dos pacientes acometidos realizavam uma recuperação com qualidade da atividade funcional.
As fraturas de fêmur podem ser consideradas graves, tanto pela continuação do paciente no hospital, quanto pela sua recuperação de casos que desenvolvem para complicações e sequelas, isso ocorre com pessoas de idade elevadas tipo, a pessoa idosa. Para resultar em uma fratura no fêmur é crucial muita pressão e força, o que, normalmente, ocorre durante um acidente doméstico grave, trânsito e queda de grande extensão (ROCHA; GASPAR; DE OLIVEIRA, 2018).
Para Santos et al., (2021), as fraturas por fraqueza, principalmente a do fêmur proximal, representam um importante problema de saúde pública, relacionado à redução da qualidade de vida e crescimento da mortalidade. Portanto, as fraturas do fêmur trazem sequelas como: deformidades, defeitos da mobilidade com necessidade de utilização de dispositivos para deambulação e hospitalizações são o que mais aparecem, impactos econômicos envolvidos.
As dificuldades na prestação de serviços prestados aos pacientes com traumas de fêmur produzem técnicas que possam colaborar com os serviços dos profissionais envolvidos nesse processo terapêutico. O fêmur é caracterizado, como um osso que vai do quadril até o joelho, formado por três partes: o corpo (diáfise) e duas epífises proximais e distais áreas mais perto do quadril e do joelho. Objetivando ofertar suporte ao peso corporal, na estabilidade, comprimento e força (OLIVEIRA et al., 2016).
Pimentel et al. (2018) afirmam que as quedas são como, principal causa de risco para as fraturas, principalmente para pessoas com sensibilidade que residem em área urbana, onde a movimentação, de automóveis leves ou pesados, é intensa. Quando ocorre incidente de fratura do quadril em grande parte, necessita ser tratada com cirurgia, para reposicionar o osso e até acrescentar pedaços de metal que ajudem a preservar o osso no local correto enquanto cicatriza, quando ocorre uma fratura no osso da coxa.
Para Spinelli et al. (2018), o principal fator de fratura de fêmur é a osteoporose, isso quando chega à idade avançada, por ser um processo natural e fisiológico que acontece nos seres vivos. Em grande parte dos casos, a fratura do fêmur provoca uma dor totalmente intensa permitindo identificar que levou uma fratura, lembrando que a área dos ossos se define como um tecido vivo, em uma remodelação constante, possuindo uma flexibilidade suscetível a diversos impactos.
2.2 Definição de Eletroterapia
O comportamento desse tipo de tratamento deve ser direcionado para o músculo em trabalho e para os objetivos almejados, pois, frente à quantificação de fibras musculares existentes, a eletroterapia e a cinesioterapia possuem efeitos diferenciados. Logo, a eletroterapia representa uma ação simples e importante que contribui com a qualidade de vida mais ativa, propiciando um envelhecimento motor mais saudável. Assegurando aos indivíduos, respeito sobre a sua dignidade, compreendendo todas as disfunções que os acometem (FELIX et al., 2020).
A eletroterapia é um tratamento conhecido e bem respeitado em várias áreas como a fisioterapia na reabilitação e a estética. Pesquisas da literatura mostram casos que a eletroterapia começou a ser utilizada através de peixes, que disponibilizavam choques para alívio de dor, isso motivou o desenvolvimento de mais estudos. Dessa prática clínica a duração, ligação ou o tipo de aplicação, varia dependendo dos parâmetros utilizados (GOULART et al., 2018).
Brant et al. (2021), afirmam que a eletroterapia fundamenta-se em diferentes tratamentos que utilizam a corrente elétrica para corretos recursos, sendo eles: liberação de contraturas, alívio de dor, estímulo nervoso, contração muscular hipertrofia muscular, relaxamento muscular, dentre outros. A eletroterapia pode ser usada para paralisia medular, pós Acidente Vascular Encefálico (AVE), incontinência urinária e fecal, dentre outros, visa reduzir a gordura localizada e celulite, recuperação pós-operatório ou até para diminuir linhas de expressão e rugas através da produção de elastina e colágeno (ZINGLERSEN, 2018).
Segundo Mendonça et al. (2020), a eletroterapia tem como objetivo realizar o alinhamento no momento do procedimento que é necessário reabilitar o paciente. Também é importante escolher a corrente certa para cada desenvolvimento desta técnica, pois, a contração dos músculos possui um melhor resultado, seja em homem ou mulher, sendo que todo tratamento da eletroterapia busca a participação e estímulo do paciente.
A eletroterapia pode se destacar acerca dos seus métodos com tratamento e reabilitação na fisioterapia Traumato-Ortopédica, começando no ano de 1965 com Melzack e Wall pesquisando a fisiologia da eletroanalgesia. Baseando-se em estimulações elétricas aplicadas por TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea). Ainda, a fisioterapia traumato-ortopédica é fundamental no tratamento de traumas e distúrbios musculoesqueléticos, aliviando as dores, contribuindo com o fortalecimento dos músculos, corrigindo deformidades, melhorando a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos (NASCIMENTO, 2020).
2.3 A Importância da Eletroterapia no Tratamento de Fraturas no Fêmur
Segundo Constantino et al. (2019), é nos ossos, que se apresentam as principais mudanças que ocorrem no passar da idade, principalmente, a avançada. Assim, o tratamento eficaz exige atenção do próprio paciente, atualmente o número aumenta de forma considerável, as fraturas no fêmur. Logo, surge a importância do uso da eletroterapia através de correntes elétricas, podendo desenvolver um tratamento fisioterápico eficiente, quando o profissional fisioterapêutico atua visando à prevenção de riscos, durante a colocação na pele dos elétrodos.
Devido às complicações após o processo cirúrgico na fase aguda, apresentadas na dor pós-operatória, em processo de desenvolvimento, leva a um quadro de fraqueza muscular, como hipotrofia, ausência de força muscular e problemas para andar. A fisioterapia através de correntes elétricas (eletroterapia) faz parte do tratamento, apresentando os melhores resultados referentes à dor, funcionalidade e qualidade de vida no processo que ocorre na cirurgia. Outros benefícios ocorrem com a reabilitação frequente que pode diminuir o tempo do paciente no leito, melhorando a funcionalidade das articulações em curto tempo (VOLPATO et al., 2016).
A eletroterapia no tratamento na fratura do fêmur promove um alívio, alcançando resultados significativos ao paciente, mostrando que é possível adquirir um retorno no procedimento utilizado. Sendo uma aliada na recuperação de pacientes pós-cirúrgicos, promovendo a redução de dores e devolvendo independência. Devido ao tempo de internação por conta do processo cirúrgico, o paciente que realiza esse procedimento fica suscetível a complicações como, tempo longo de internação, fraqueza muscular, subluxação, dentre outros (BARROS et al., 2017).
Silva et al. (2018), é importante destacar que as fraturas de colo do fêmur muitas vezes provocam a morbimortalidade, trazendo resultado de traumas, em sua maioria quedas da própria altura. E isso exige um tratamento mais eficaz, a eletroterapia, de correntes elétricas pulsadas, possui capacidade de estimular músculos e nervos através da pele, bloqueando o aumento das dores, pois, a estimulação elétrica é uma técnica fisioterapêutica utilizada para o alívio da dor.
Os elétrodos são adicionados diretamente sobre a pele, isso depende muito do tratamento de cada paciente, sendo que esse ajuste necessita de toda orientação médica, que pode variar por dias alternados com duração aproximada de 20 minutos. Esta técnica, embora essencial para promover a reabilitação do paciente, se mostra eficiente frente às diversas morbidades relacionadas ao longo período no leito, já que as fraturas são rupturas ósseas, e para reparo das mesmas, é importante o remodelamento ósseo (SIZÍNI0, 2017).
As fraturas de fêmur ocasionam lesão arterial, e muitas vezes, dependendo da idade e da instabilidade óssea da pessoa lecionada, não há possibilidade de um processo cirúrgico, apenas recurso terapêutico para redução da dor por um tempo prologado. As fraturas pélvicas podem destruir as artérias ou veias pélvicas, provocando hemorragia com risco a vida do paciente. Desta maneira, quanto mais produzida for a fratura pélvica, grande será a perda de sangue potencial (HOWE, 2018).
Correspondente a este longo tempo, os pacientes começam a desenvolver complicações graves como encurtamento do membro fraturado, pneumonia, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, dentre outros. A fisioterapia, em casos de fraturas, possibilitam o fortalecimento muscular, controle e função certa da articulação, através de movimentos repetitivos, prologando atividades, massagens e distensões. Todo esse processo ocorre a partir da melhor reabilitação do paciente, já que, exigem tempo e cuidado durante o recurso terapêutico (COLVEERO et al., 2020).
2.4 Atuação do Fisioterapeuta nesse Processo
É fundamental o acompanhamento e as técnicas do profissional fisioterapeuta, este tem conhecimento e habilidade acerca de lesão para agir de forma preventiva e reabilitadora. Assim, dentre as consequências estão as quedas promovendo as fraturas, principalmente as de fêmur, que podem ser proximais, ditas de fraturas de colo do fêmur, da diáfise femoral ou ainda distais (DE ARAÚJO et al., 2017).
O objetivo da fisioterapia na fratura de fêmur é aumentar a força muscular, melhorando a sua potência e eficiência deambulação, logo, todo o conhecimento da fratura é fundamental para desenvolver seu papel de forma correta. Muitos profissionais atuam junto às fraturas femorais tendo um grande impacto na morbidade e mortalidade, em destaque, pessoas idosas. Com isso, o período estendido que este paciente poderá ficar acamado podendo levar a desfechos negativos, como a evolução de úlceras de decúbito, dentre outros, por esse motivo, que o fisioterapeuta deve ser atuante (NASCIMENTO, 2018).
A fisioterapia tem importante função na prevenção das complicações clínicas e na recuperação do paciente acometido com alguma fratura, sendo importante prevenir complicações, assim, o paciente terá mais rapidez para realizar suas atividades cotidianas. O fisioterapeuta é capacitado para utilizar a eletroterapia, assim, como os procedimentos cirúrgicos, ainda em tratamentos de doenças e deformidades articulares, bem como, ter compreensão de como utilizar o conhecimento de profissionais introduzidos neste procedimento, buscando uma reabilitação eficiente (MOURÃO, VANCONCELLOS; 2016).
Ferreira e Santos (2016) pontuam que, a atuação da fisioterapia ainda no tempo hospitalar constitui-se em direções que conduzem o paciente no pós-operatório. O tratamento fisioterapêutico com eletroterapia inicia após a resposta do grupo de médicos ou depois do processo cirúrgico, somente assim, é permitido que o paciente retome a sua independência com mais rapidez, retornando sua diária. AB fisioterapia no processo hospitalar tem como objetivo promover orientações no pós-operatório, orientando o retorno às atividades diárias do paciente.
Dentre os recursos utilizados pela fisioterapia no tratamento pós-fraturas do fêmur, está a hidroterapia. Estudos têm pontuando efeitos importantes na diminuição da dor, no movimento e melhoras na função física, com isso, a atuação deste profissional na recuperação de pessoas com fraturas no fêmur é de grande importância, onde a recuperação do paciente deve direcionar para o alcance da independência e o conhecimento sobre a patologia (NICOLAU, 2017).
A imobilidade promovida pela fratura pode levar a muitas complicações, nesse caso, a atuação fisioterapêutica no período pós-operatório de fraturas do fêmur é uma importante indicação, tanto na prevenção, como na reabilitação do indivíduo promovendo resultados favoráveis a sua recuperação. A fisioterapia é uma intervenção não farmacológica responsável por muitas técnicas como a cinesioterapia que utiliza os exercícios com o instituto de desenvolver articulações e musculaturas (CONITEC, 2017).
Segundo Venturato (2016), a fisioterapia no processo de reabilitação possui função importante em caso de fratura de fêmur em pessoas afetadas, a fim, de orientar e tratar as mudanças funcionais que ocorrem devido a esse trauma, seja qual a idade do paciente. Diversos exercícios e meios terapêuticos para se trabalhar muitos fatores como: tipo de mobilidade, equilíbrio postural, coordenação motora, força muscular, propriocepção, dentre outros. Devido aos diversos tipos de características da fratura, os métodos para recurso terapêutico são variados, isso depende do tipo da fratura, idade, localização, frequência de ocorridos são fatores fundamentais na hora de definir a forma de diagnóstico (PINTO et al., 2018).
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo se caracterizou como uma revisão de literatura, de caráter exploratório e descritivo e buscou identificar a importância do tratamento fisioterapêutico na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur. Este tipo de pesquisa tem como intuito reunir e fornecer informações sobre um determinado tema, deste modo, contribuirá para a compreensão aprofundada do mesmo.
A identificação dos artigos foi realizada através da pesquisa bibliográfica, periódicos que se encontram nas bases de dados informatizadas como: Scientific Electronic Library Online-SciELO, PubMed e Google Acadêmico. As palavras-chaves utilizadas na identificação dos artigos foram: Tratamento Fisioterapêutico; Eletroterapia; Reabilitação; Pacientes e Fraturas Fêmur.
Os critérios de inclusão para materiais selecionados para o estudo eram: artigos primários publicados entre os anos de 2010 a 2020, que apresentam conhecimentos sobre a temática com texto completo, com acesso livre em português, inglês e espanhol. Quanto aos critérios de exclusão: artigos incompletos e fora do recorte deste tempo.
A pesquisa foi desenvolvida em seis etapas: a primeira, baseada na escolha do tema e na construção da pergunta da pesquisa, a segunda, na definição dos critérios de inclusão e exclusão dos materiais, a terceira será voltada para as definições das informações retiradas dos estudos escolhidos e na seleção de amostra, a quarta etapa, na inclusão e exclusão da categorização dos estudos, formando o corpo da pesquisa, a quinta etapa, na avaliação dos materiais selecionados conforme a matriz da pesquisa e, por último, a análise e discussão dos resultados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cabe destacar que foram utilizados 10 artigos a partir dos critérios de exclusão. Em relação ao delineamento da pesquisa, grande parte dos achados é do tipo descritivo e analítico sendo produzidos no Brasil. A partir do objetivo foi identificado que grande parte parte dos materiais apresenta a temática proposta. Os 10 artigos selecionados foram analisados a partir da leitura, e as principais características das publicações serão apresentadas no (Quadro-1), com a descrição dos principais estudos incluídos na revisão de literatura, segundo área, objetivo, amostra da pesquisa, principais resultados e referência.
Quadro 1- Descrição dos principais estudos incluídos na revisão de literatura
Título | Autor | Ano/ País | Idioma | Resultados | |
1 | Relato de experiência em estágio curricular não obrigatório de inverno em fisioterapia no hospital são José de Criciúma. | BRANDOLFI, J. A.; et al. | 2017 | Português | A fisioterapia hospitalar atua na prevenção de distúrbios e complicações, bem como, na redução dos gastos em saúde pública com a diminuição do tempo de internação do paciente. |
2 | Fisioterapia como adjuvante na consolidação de fraturas ósseas. | CRISPIM, C. G. | 2017 | Português | Acelerar esse processo de recuperação é muito vantajoso, por isso, a fisioterapia pode ser uma grande aliada nesse tratamento, já que, estudos comprovam que ela acelera significativamente o tempo de consolidação óssea. |
3 | Atuação da fisioterapia na reabilitação da artroplastia total de quadril – Revisão de literatura. | JUNIOR, E. F. P.; SOUZA, F. G. L. SILVA, E. N. | 2017 | Português | A substituição articular total leva a alterações no comportamento motor devido ao grande expectativa e o sofrimento de dor por longo prazo, limitação progressiva da amplitude de movimento e a diminuição da força, devido ao uso diminuído da extremidade. |
4 | Percepção de usuários sobre a atuação do fisioterapeuta nas visitas domiciliares: uma proposta de estágio em saúde coletiva. | SANTOS, B. M.; et al. | 2019 | Português | Ocorreu unanimidade de satisfação, quanto aos serviços de fisioterapia domiciliar, aconselhamentos e resolutividade, relatando que este profissional é altamente qualificado para atuar junto às diversas fraturas. |
5 | Perfil epidemiológico de fraturas de fêmur no Brasil. | MORAES, T. V. P.; et al. | 2019 | Português | O sexo masculino é o mais afetado, porém, a diferença entre sexos está reduzindo, pois, nos últimos 5 anos, a quantidade em mulheres aumentou mais de 5%. |
6 | Tratamento Fisioterapêutico Pós Fratura de Rádio Distal: Relato de Caso. | CASTRO PORTUGUEZ, N.; et al. | 2020 | Português | Foi possível observar que o tratamento fisioterapêutico proposto foi efetivo, uma vez que, ocorreu o aumento dos movimentos ativos de punho e da redução da dor. |
7 | Perfil epidemiológico das diferentes fraturas de fêmur de pacientes internados em um hospital do norte de Minas Gerais | ROCHA, R. O.; et al. | 2020 | Português | Na amostra de 144 pacientes, 97 (67,4%) apresentava idade maior que 60 anos, não ocorrendo distinção entre os sexos. |
8 | Eficácia da fisioterapia na manutenção da capacidade funcional de idosos pós-cirurgia de fratura proximal de fêmur. | SANTOS, A. F. | 2021 | Português | A atuação fisioterapêutica, de forma geral, é indispensável na saúde da população idosa, e se torna ainda mais importante após alguma fratura, especificamente a de fêmur, pois, garante a retomada de sua autonomia o mais precoce possível. |
9 | Perfil epidemiológico dos pacientes ortopédicos atendidos na fisioterapia em um centro de reabilitação. | NASCIMENTO, M. M. G. | 2021 | Português | Os resultados dessa pesquisa visam contribuir para que o fisioterapeuta conheça cada vez mais as disfunções preponderantes e o público mais acometido, possibilitando assim, um melhor aperfeiçoamento profissional, agindo não só no tratamento, como também na prevenção, de maneira que reduza a incidência de patologias ortopédicas e traumatológicas. |
10 | Perspectivas e Desafios da Fisioterapia em programa de residência multiprofissional em saúde em Santarém, Oeste do Pará, Amazônia. | BARBOSA, B. L. S.; et al. | 2021 | Português | Os desafios enfrentados nesses primeiros meses vão desde a pouca atuação multiprofissional no ambulatório do HRBA, até a extensa carga horária teórico- prática, perpassando pela falta de disciplina específica no primeiro ano de residência. |
A eletroterapia na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur segundo pesquisas feitas por Santos (2021) consideram que a fisioterapia possui importante papel na reabilitação e na prevenção de complicações cirúrgicas, operando o melhor possível no pré e pós-operatório das fraturas de fêmur, funcionando na funcionalidade do paciente idoso. Logo, ao sofrer a fratura de fêmur a pessoa começa a mudar sua qualidade de vida, esse procedimento na grande parte passa por um tratamento cirúrgico.
Castro Portuguez et al. (2020), afirmam que existem várias técnicas e tratamentos que podem ser utilizados nos pacientes, mesmo existindo muitos trabalhos a respeito da reabilitação de fratura de rádio distal, ainda não tem um protocolo particular para este tipo de tratamento. Desta maneira, a melhor terapêutica aplicada é aquela que viabiliza a retomada da função do membro e retorno da pessoa as suas atividades de vida no dia a dia dos profissionais, sem ocorrer um quadro muito doloroso.
Segundo Nascimento (2021), através da identificação do perfil epidemiológico e da predominância das patologias ortopédicas mais constantes, o fisioterapeuta atua junto às necessidades particulares de cada pessoa. Sendo assim, a efetivação de medidas de prevenção, promoção à saúde e reabilitação pode ser conduzida a conduta fisioterapêutica objetivando aprimorar o uso dos recursos terapêuticos apropriados, promovendo resultados positivos para os usuários no período como, após o tratamento.
Rocha et al. (2020), pontuam que o mecanismo de trauma, sexo e idade manifestam distribuições parecidas, conduzindo desde os acidentes automobilísticos, até os traumas de baixa energia, tendo baixa qualidade totalidade óssea. Porém, como as fraturas diafisárias, as fraturas de fêmur distal possuem influência mínima no causal das comorbidades. No decorrer dos anos, o tratamento tradicional poderia ser uma opção relevante para esse tipo de lesão, mas, ainda objetivando melhores parâmetros de alinhamento e consolidação, o tratamento cirúrgico é a principal técnica utilizada nesse tipo de lesão.
Corroborando Pereira et al. (2019), explicitam que as fraturas de fêmur se tornaram um problema de saúde pública, pois, produzem incapacidades, diminuindo a funcionalidade, aumentando a qualidade de vida e expectativa de vida das vítimas, levando a elevados custos para o sistema de saúde. Considera-se então a importância de serem elaboradas estratégias para reduzir a sua ocorrência, é fundamental pontuar que a fisioterapia é de grande importância, pois, desenvolve um papel na reabilitação dos indivíduos acometidos por esses traumas.
De acordo com Junior, Souza e Silva (2017), a atuação do fisioterapeuta é de grande importância na reabilitação de pessoas, quando rompem o osso no fêmur ou em proximidade, pois, promove melhora da funcionalidade motivando sua independência. Assim, o recurso terapêutico através da fisioterapia, deve ser executado no tempo pré e pós-operatório, objetivando o alívio da dor, fraqueza muscular e prevenção de deformidades e, logo, a limitação da área de movimento articular, não permitindo que esses fatores se tornem limitativos da de ambulação.
Barbosa et al. (2021), afirmam que mesmo diante a sobrecarga provocada no paciente, devido à extensa carga horária do programa, o profissional ortopédico e traumatologia proporciona uma vivência teórica ampla de ações que contribuem com o leque de experiência do profissional, colaborando de forma eficiente na assistência ao paciente. Este profissional habilitado para atuar junto às fraturas percebe em seu cotidiano, a necessidade de buscar mais conhecimentos.
Crispim (2017) descreve que, as fraturas ósseas têm grande incidência na rotina em unidades de saúde, até mesmo em casos de animais de clínicas veterinárias, porém, a recuperação pós-cirúrgica demanda total cuidados, por ser uma recuperação lenta, não obtendo o sucesso almejado. Devido a esses cuidados, os profissionais da área estão sempre buscando o aperfeiçoamento das técnicas, dos recursos terapêuticos adequados, pois, cada caso recebe sua orientação.
Brandolfi et al. (2017), corroboram explicitando que, a transição epidemiológica relacionada à alteração no perfil da equipe hospitalar e a atuação multiprofissional, promove ao profissional fisioterapeuta uma promoção ativa na participação mais efetiva nesse âmbito junto às pessoas que sofreram algum tipo de fratura. Já Santos et al. (2019), concluíram que a fisioterapia possui papel considerável na atenção primária à saúde, sendo um processo em construção, no entanto, precisa que haja mais conhecimento acerca da sua atuação profissional, no estabelecimento de relações afetivas junto aos pacientes com algum tipo de fraturas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar na literatura acerca da importância da eletroterapia na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur. Sendo preocupante quando acontece a fratura no fêmur, pois, com esta fratura, muitos acometidos já não podem retornar a sua vida normal, precisando de auxílio de pessoas próximas. No entanto, acaba levando a falta da autonomia, autoestima, por isso, a eletroterapia é fundamental na reabilitação deste tipo de lesão, atuando tanto na ação ou prevenção.
Para se apresentar uma fratura no fêmur, é fundamental ocorrer total pressão e força, o que, normalmente, ocorre durante um acidente doméstico grave, trânsito, queda de grande extensão. Ficando evidente que todo conhecimento sobre a estrutura desse tratamento é importante para serem alcançados resultados significativos, já que, o fêmur é um osso que se localiza no quadril chegando até o joelho, se classificando por três partes: corpo, epífises e distais, objetivando ofertar suporte ao peso do corpo do indivíduo.
A fratura do fêmur representa um sério problema de saúde pública, devido às altas taxas de morbidade e mortalidade, sendo geralmente consequência de traumas energia alta que pode levar a lesões, tendo como um dos tratamentos, o procedimento cirúrgico. Logo, o principal fator de fratura de fêmur é a osteoporose, isso quando chega à idade avançada, por ser um processo natural e fisiológico que ocorre nos seres vivos.
Sendo assim, para o tratamento a eletroterapia é bem recomendada, por ser conhecida e bem respeitada nas várias áreas da fisioterapia, na reabilitação e estética. A eletroterapia pode se destacar acerca dos seus métodos com tratamento e reabilitação na fisioterapia Traumato-Ortopédica.
Considera-se que o estudo pode colaborar de alguma forma para dá ênfase sobre a importância da eletroterapia na reabilitação de pacientes após fraturas de fêmur. Esse recurso terapêutico objetiva minimizar os efeitos da inatividade, corrigindo a ineficiência de músculos específicos ou grupos musculares, recuperando a amplitude normal de movimento da articulação, estimulando o paciente a usar a habilidade reconquistada no desempenho de atividades funcionais, teórico. Porém, são necessárias novas pesquisas relacionadas a esse tema proposto, para melhores compreensões acerca do assunto.
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