REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501170765
Ana Rita de Sousa Vasconcelos
Jaqueline Mendes Bastos
Josiane Pompeu Damasceno
Resumo
Este artigo enfatiza a importância das competências digitais para os professores no exercício do magistério. No que concerne ao objetivo, analisar à luz de teorias, a importância das competências dos professores no uso das tecnologias digitais, no contexto escolar nas práticas pedagógicas de ensino. As concepções de Tardif (2014), Silva (2016), Perrenoud (2000), Demo (2008), Bardin (2006), Libâneo (1994), contribuíram com as reflexões, conceitos, ideias e experiências, no entendimento das competências dos professores relacionados com as práticas pedagógicas no uso das tecnologias digitais no ambiente escolar. Quanto à metodologia, optamos por uma revisão de literatura, com ênfase nos procedimentos de análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa, revelaram a importância da aquisição de competências na formação docentes e seus efeitos para o uso de tecnologias digitais como instrumento que subsidia grandemente, no exercício de práticas pedagógicas e na melhoria da qualidade de ensino e vida dos indivíduos, preparando assim, para a promoção social e cidadania.
Palavras-chave: Competências dos professores; Tecnologias Digitais; Formação Docente; Prática Pedagógicas.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente reconhecemos que as competências dos professores têm fundamento e importância para as práticas de ensino, principalmente quando tratamos da utilização das tecnologias digitais na educação, visualizada e entendida como instrumento que subsidiam os docentes no exercício das atividades do magistério, em sala de aula, estimulando a participação e a integração dos alunos na aquisição dos processos de formação do aprendizado escolar.
A competência docente é um termo camuflado de “opiniões dúbias pois, se por um lado, parece ser pouco profundo, quando pensamos na complexidade da profissão, por outro lado, o termo é assumido nos documentos nacionais, nos desenvolvimentos curriculares” (BRASIL, 2017, p. 18), quanto nos propósitos formativos dos conhecimentos que pautam na construção de competências.
A Base Nacional Comum Curricular e as Diretrizes de Formação de Professores do Ensino Básico, versam justamente das competências dos professores que norteiam as práticas pedagógicas no contexto escolar, enfatizando maior clareza e consistência nos trabalhos formativos para aprendizagem dos alunos e as tecnologias digitais presentes, viabilizam a inovação no ensino, pois incentivam a desenvolver a criatividade a partir das realidades e espaços que estão envolvidos na atmosfera escolar.
Segundo Perrenoud (2000) as “competências referem-se ao domínio prático de um tipo de tarefas e de situações” e, neste ponto, os educadores estão certos em questionar sua teoria, mas por outro lado, tais domínios práticos só podem ser alcançados se juntamente com eles, desenvolvermos também, as habilidades dos alunos, o que requer um trabalho articulado com os conhecimentos, bem como, as realidades dos diferentes contextos da sociedade.
Desse modo, consideramos que as competências docentes, são importantes no uso das tecnologias digitais, compreendidas como um conjunto de instrumentos que alcança, do aparelho celular, até as dissemelhantes tecnologias; possibilitando assim, para o educando, significativo desenvolvimento de atividades de ensino na unidade escolar.
Contudo, é necessário identificar as realidades dos educandos, adequar as necessidades e demandas formativas do tempo e espaço, no qual estão inseridos, pois as competências dos professores, devem servir como uma intermediação entre o pensar e a prática, considerando as experiências dos alunos, estimulando a participação e a integração social no engajamento dos processos de formação do ensino aprendizagem no chão da escola.
Podemos destacar a palavra tecnologia surge da união de duas palavras gregas: “tekne”, que significa “técnica, artefato, ofício”, e “logos”, que significa “conhecimento, saber”. Por isso, esse termo tem um sentido muito mais amplo que computadores, softwares e invenções modernas. A tecnologia é quase tão antiga quanto o próprio homem, já que a humanidade sempre criou ferramentas e técnicas que tornavam seu trabalho mais fácil e, a sua vida, mais agradável. No ambiente escolar, poderíamos citar o quadro negro, o giz, a esponja, o livro didático, lápis, caneta, régua, esquadro, transferidor… são todos os utensílios que auxiliam a rotina de estudos, tanto em casa quanto na escola.
No entanto, a partir da Revolução Industrial, quando surgiram as máquinas e a locomotiva a vapor, o termo “tecnologia” foi se relacionando, cada vez mais, ao campo da engenharia e ao aumento da produtividade.
E nos séculos XX e XXI, a expansão da comunicação por meio do rádio, telégrafo, televisão, telefone, celular, Internet, redes sociais e videoconferências deu espaço a um novo universo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Essas tecnologias são as mais proveitosas para o uso pedagógico, uma vez que a educação se baseia nos recursos da comunicação (troca de informações e organização de ideias).
Nesse contexto, as tecnologias digitais são materiais, equipamentos e meios de comunicação a serviço da educação. Elas podem ser usadas para apoiar o ensino presencial, em sala de aula, complementar o ensino presencial (ensino híbrido) ou, ainda, possibilitar o ensino a distância.
Na educação básica, o uso das tecnologias educacionais está restrito ao ensino presencial e ao ensino híbrido. A legislação não permite o ensino a distância no ensino fundamental, salvo em situações de emergência ou para complementação de aprendizagem, e limita a participação no ensino médio em até 20% ou 30% da carga horária. Embora as tecnologias educacionais mais citadas sejam aquelas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem, há também as ferramentas que auxiliam a gestão escolar.
No contexto escolar, a tecnologia transformou a realidade do processo de ensino e aprendizagem. Os discentes passaram a utilizar o computador para digitar os trabalhos, dispõem de softwares de apresentação de slides para exposição de seminários e podem relacionar os conteúdos trabalhados na escola com as notícias do mundo ao seu redor através da internet.
Mais recentemente, o celular passou a ocupar importante atenção nas discussões das reuniões pedagógicas das escolas à medida que possui uma série de aplicativos de acesso às redes sociais e a internet tornou-se um vilão no âmbito escolar. Uma vez que os alunos usam diariamente esse aparelho e o trazem para a escola. Todavia, sabemos que esses mesmos recursos são frequentemente utilizados no mundo do trabalho e, portanto, não podem ficar à margem do processo de ensino e de aprendizagem. Não se trata de proibir ou não o uso das TICs, mas sim de que maneira elas serão utilizadas na rotina escolar de forma consciente e educativa.
Nesse contexto, optamos pelo seguinte problema: Qual a importância das competências dos professores na utilização das tecnologias digitais: Objetivo: analisar à luz de teorias, a importância das competências dos professores no uso das tecnologias digitais, no contexto escolar nas práticas pedagógicas de ensino.
Desse modo, a tecnologia nas escolas tem sido cada vez mais incorporada como uma ferramenta de apoio ao ensino e aprendizagem, tornando mais acessível, interativa e envolvente a maneira como os alunos aprendem e os professores ensinam. A inserção da tecnologia nas escolas é uma necessidade imperativa na atualidade. Desse modo a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer sociedade, e a tecnologia desempenha um papel crucial nesse processo.
A tecnologia proporciona aos alunos um acesso ilimitado à informação. A internet é uma vasta fonte de conhecimento que permite aos estudantes explorarem diversos assuntos de forma mais dinâmica e autônoma. Além disso, o uso de dispositivos como computadores e tablets facilita o aprendizado, tornando-o mais envolvente e interativo por meio de recursos audiovisuais e aplicativos educativos.
Além disso, a tecnologia prepara os alunos para o futuro, onde as habilidades digitais são essenciais em quase todas as profissões. Ao introduzir ferramentas tecnológicas desde cedo, as escolas capacitam os estudantes a se adaptarem às constantes mudanças tecnológicas, tornando-os mais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Porém, é importante frisar que a tecnologia deve ser utilizada com equilíbrio e critério. O papel dos professores continua vital no processo educativo, orientando os alunos no uso responsável da tecnologia e ajudando-os a desenvolver habilidades de pensamento crítico.
Assim, a incorporação da tecnologia na escola é essencial para oferecer uma educação mais eficaz e alinhada com as demandas do mundo contemporâneo. Através desse recurso, os alunos podem explorar, aprender e se preparar melhor para os desafios do século XXI. O uso de tecnologias educacionais permite um acesso mais abrangente a informações e recursos, suporta diversos estilos de aprendizagem e facilita a personalização do ensino. Essas ferramentas mantêm os alunos engajados e podem tornar o aprendizado mais interativo e empolgante. Além disso, prepara os estudantes para um mercado de trabalho que está cada vez mais integrado com a tecnologia.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A formação de professores, é um dos processos, importantes na construção de conhecimentos; basicamente, as experiências, os fundamentos teóricos, as concepções de ensino, permitem a definição de competências, que possibilitam colaborar, com práticas pedagógicas, inerentes à formação do aprendizado, pois utiliza-se de dissemelhantes instrumentos tecnológicos, que subsidiam e cooperam, significativamente, com a educação.
Consideramos que ao possuir as competências digitais, os docentes tem consciência para tomar decisões para enfrentar as dificuldades do cotidiano escolar, principalmente, nas orientações do acesso do aprendizado dos alunos pois, “promove e inova o modo de ensinar e aprender” (IZAGUIRRE, 2019, p. 18), visto que, a mobilização e reflexão das experiências, são fundamentais pelas práticas de vivências no próprio exercício da docência em sala de aula.
Dentro desta ótica os autores, como Perin, Freitas e Coelho (2021) indicam que os “professores que possuem as CDS fazem uso consciente, seguro e crítico das tecnologias digitais de informação e comunicação, nas atividades de ensino e aprendizagem”, pois caracterizam pelas capacidades de compreender, usar e integrar tecnologias digitais nas práticas pedagógicas no ambiente escolar.
Santos et al (2020) destaca que dentro do exercício do magistério, a missão profissional do professor, é “facilitar, mediar, induzir, motivar e fomentar o conhecimento de seus alunos para acessar as informações e construir a aprendizagem”, possibilitar maior interação, provocar a curiosidade, instigar a refletir logicamente, e discernir situações diversas que envolve a participação na ação educativa.
Paiva (2007, p. 18) também colabora com o nosso debate quando pontua:
Os saberes relacionados a essa profissão são o ato de gerenciar o conteúdo em sala de aula, como também, pesquisa, domínio do processo para a construção do conhecimento cientifico, extensão, promoção de atividades que aproximem a instituição da comunidade escolar, viabilizando as oportunidades de ensino aprendizagem, de maneira ativa e prazerosa.
As competências são fundamentais para o docente, pois ela instrumentaliza seu papel nas atividades de ensino e permite maior segurança, agilidade e quantifica a educação, promovem as mudanças, tanto no exercício das práticas pedagógicas, quanto na melhoria de vida, pois é necessário pensar o conhecimento nesta dimensão, oportunizando reconhecimento da importância das competências.
Leal et al (2007) destaca que os “saberes estão interrelacionados, no qual o indivíduo está inserido em um processo contínuo de aprendizagem”, e este, perpassa, pelo desenvolvimento do perfil do profissional que ocorre no percurso de formação e que agora, reflete no seu trabalho, pois caracteriza pela capacidade que tem, e de ter autoconhecimento suficiente para orientar suas ações e alcançar meta e objetivos educacionais na escola.
Segundo Kenski et al (2019, p. 18) faz-se necessário, compreender que:
Nesse caso, o saber tecnológico vai além do uso dos recursos disponível, logo é preciso integrar os demais saberes para obter êxitos em suas atividades de trabalho e na vida profissional, pois as competências são os suportes básicos e necessários para conduzir as tarefas de ensino, dá-lhe um novo direcionamento para a educação, revelando assim, seu compromisso social e político com a educação.
Consideramos que no desempenho da docência, as competências possibilitam reconhecer as tecnologias como recursos que subsidiam em sala de aula com as práticas pedagógicas, porém, é preciso entender as dinâmicas dos saberes que elas estão associadas de maneira integradas e contextualizadas, aplicando de acordo com as realidades e perspectivas educacionais dos discentes e, reconhecendo as diversas formas de ensinar e aprender concomitantemente.
Ensinar segundo Freire (1990), é um “ato e ação” que exige dos professores conhecimentos e competências relacionadas com os fenômenos da educação; e as tecnologias digitais requerem as articulações de práticas pedagógicas que realizem dissemelhantes víeis no percurso do processo ensino aprendizagem na atmosfera escolar, permitindo a exploração de recursos que facilitam o desenvolvimento das aulas; esse contexto, é evidencia o interesse dos alunos, instiga as perspectivas transformadoras no ensino e na vida dos indivíduos.
A formação docente exige competências, que possibilitam assegurar um trabalho por excelência e desempenho de resultados, pois segundo Kensky (2019) as “tecnologias digitais, nas variadas formas de utilidades, favorecem aos professores práticas pedagógicas coerentes e dinâmicas”, porém, as competências são fundamentais para transformar na medida em que os docentes implementam em sala de aula, e tem segurança e clareza de seu uso, pois é necessário entender que a dimensão do ensino perpassa pelas formas específicas de práticas educativas.
Neste sentido, as tecnologias digitais presentes no âmbito escolar, vai requerer dos profissionais da educação, competências, e isto, envolvem os processos formativos de conhecimentos atualizados, de modo que seus efeitos sejam revelados nas práticas pedagógicas do cotidiano, pois Freire (1996) salienta que “o saber fazer e como fazer e porque fazer”, estão estreitamente relacionados com os conhecimentos e as ações dos professores na atmosfera de trabalho.
Como tributo da capacidade humana, as competências tornam-se necessárias e obviamente, relevante para o exercício da docência em sala de aula, pois as tecnologias digitais compõe assim, um conjunto de instrumentos que auxiliam nas práticas pedagógicas e potencializam as habilidades cognitivas dos alunos em sala de aula, o que requer dos profissionais da educação, competências que lhes garantam os efeitos de aprendizagem na formação dos educandos.
3 METODOLOGIA
Para a materialização da pesquisa foi necessário efetivar a revisão de literatura que tem como, um dos focos, checar informações da produção de conhecimentos que subsidiou, enquanto base, para a leitura e familiarização com o objeto de nossa investigação, possibilitando reflexos, conceitos, ideias e experiências relacionadas com competências digitais dos professores, no ambiente escolar.
Segundo Potelho et al (2011, p. 10) é necessário entender que:
A revisão de literatura refere-se à fundamentação teórica que você irá adotar para tratar a temática e o problema da pesquisa, pois por meio de análise de literatura publicada, o investigador irá traçar um quadro teórico e fará a estruturação conceitual que dará sustentação ao desenvolvimento da pesquisa.
Consideramos importante a revisão de literatura para nossos estudos, pois trata das competências digitais para os professores, no âmbito das práticas pedagógicas, constituindo a partir da literatura, um conjunto de conceitos e ideias que possibilitam um quadro de teorias para analisar o objeto estudado e possibilitar identificar os elementos pertinentes para a reconstrução dos conhecimentos, pois faz-se necessário perceber os efeitos no desenvolvimento da investigação.
Como procedimentos metodológicos destacamos a análise de conteúdo. Nesse contexto, segundo Bardin (2006, p. 11) esta oferece:
Várias contribuições importantes para a pesquisa qualitativa em educação, incluindo uma análise sistemática e rigorosa dos dados, uma compreensão mais aprofundada dos fenômenos estudados, uma abordagem flexível e adaptável, e a possibilidade de identificação de elementos que contribuem com a pesquisa.
Como técnica de análise, Bardin (2006) nos direciona sobre as contribuições no campo da pesquisa, principalmente para a educação, pois a sistematização dos dados, passam por rigorosas interpretações e aprofundamento dos fenômenos estudados, garante assim, a flexibilização das interpretações, adaptando, realizando comparações e evidenciando etapas diversas sobre o objeto para identificar as especificidades, descrição e articulação teórica.
As mensagens analisadas podem estar explícitas ou implícitas, permitindo que o pesquisador utilize as estratégias e dinâmicas para identificar, pois constituem-se de processos e ações que visam a construção dos conhecimentos de maneira relativa e compreensiva às necessidades das realidades e contextos da escola.
4 RESULTADOS
Os domínios de competências digitais são tributos de processos formativos dos conhecimentos que remetem, para os professores, o exercício de práticas pedagógicas, inerentes a formação do aprendizado, no ambiente da instituição de ensino, possibilitando segurança, coexistência e efeitos positivos na educação, visto que, as competências contribuem para tais finalidades educacionais.
Tecnologias digitais são ferramentas, sistemas e dispositivos que utilizam componentes eletrônicos para processar, armazenar e transmitir informações de forma digital; baseia-se na lógica binária, ou seja, na combinação dos dígitos 0 e 1 (bits) para representar palavras, imagens, sons e textos em diferentes espaços da sociedade.
Na educação as tecnologias digitais representam para os professores um conjunto de ferramentas que tem como finalidades, auxiliar nas práticas pedagógicas, oferecendo atividades de ensino dinâmico e criativo que contribuem com o desenvolvimento de habilidades e capacidades cognitivas dos alunos, visto que, incentiva e estimula a participação e a integração nos processos de formação do aprendizado na escola.
A atualização dos conhecimentos e a capacitação permanente são fundamentais para a aquisição de renovação de competências, que garantem formas diversas da utilização de tecnologias digitais, em sala de aula, pois potencializam as habilidades e competências cognitivas para o acesso do aprendizado, além de instigar desafios que remetem, aos estudantes, possibilidades de conhecimentos e a superação dos desafios do cotidiano na instituição de ensino.
As tecnologias digitais mediadas no contexto educacional, promovem assim, a integração de diferentes informações que permitem ser trabalhadas em articulação com os objetos de conhecimentos, possibilitando-lhes maior visibilidade das realidades e necessidades formativas dos alunos, pois além de ser criativas e dinâmicas, possibilitam ressignificar os conhecimentos e práticas educativas; assim, dependendo de competências que possam mediar as ações que remetem aos discentes, os processos dissemelhantes de formação dos conhecimentos, evidenciam as relações formativas e as transformações sociais.
5 DISCUSSÃO
Atualmente a introdução das tecnologias no ambiente escolar tem revelado o caráter dinâmico e criativo das atividades de ensino em sala de aula pois, consideramos que, estes, são instrumentos mobilizadores de potencialização de habilidades e competências cognitivas, que promovem o desenvolvimento de práticas pedagógicas, contribuindo grandemente com uma aprendizagem significativa e coerente às necessidades de ensino; possibilitam assim, trabalhar dissemelhantes formas de ensinar e aprender, obter informações, experiências e transformar em aprendizagem, porém, é necessário definir uma metodologia clara e consistente e fazer a interligação com as realidades dos alunos.
Dessa forma, o objeto selecionado e planejado para o próprio ensino; sendo assim, as tecnologias tem representações nas políticas pedagógicas, pois segundo Almeida (2004) está repleto de um “conjunto de ideias, saberes, conhecimentos, linguagens, pensamentos, vivências entre outros elementos” que representam diversas formas de refletir, estudar e interagir, participando de atividades inerentes aos processos formativos do aprendizado.
De acordo com Freire (1996) as práticas pedagógicas, são “exigências adquiridas e acumuladas pelos professores que tem na sua essência, as vivências e as trocas de conhecimentos que devem basear-se nas reflexões teóricas”, pois é um exercício permanente de revisão da ação, relacionada com o pensamento. Por isso, as tecnologias e suas representações, precisam estar alinhadas ao processo de formação do aprendizado, de modo consistentes, coerentes e reais às demandas e necessidades dos alunos. Deste modo, torna-se necessário e importante que os docentes conheçam, e tenham domínio metodológico para trabalhar as tecnologias e suas representações no conteúdo, através de atividades criativas de um processo de desenvolvimento consciente e reflexivo do conhecimento, utilizando de maneira segura os recursos tecnológicos em sala de aula.
Segundo Maselto (2000), pode se dizer que as “mídias tem grande poder pedagógico pois, se utilizam da imagem, de símbolos, de contextos sociais diversos e espaços”, o que cada vez mais, torna-se necessário no ambiente escolar, para a realização de atividades de ensino, dinâmicas que chamem a atenção dos discentes e cooperam, significativamente, com os processos formativos do aprendizado.
Para Sancho (2001, p. 23) é necessário entender que:
A sala de aula, torna-se um espaço de aprendizagem significativa e necessária para professor e aluno pois, é uma relação de reciprocidades e de trocas de experiências, dos quais, as tecnologias potencializam as habilidades e capacidades cognitivas para o acesso do aprendizado, possibilitando maior contato com as informações, comunicação, dados e evidências que remetem para todos, formas diversas de leituras e interpretações, de maneira, colaborativa, permitindo a construção dos conhecimentos.
As tecnologias apresentam estas características para as práticas pedagógicas que envolvem educador e educando, exigem assim, reconhecimentos, que ambos podem ensinar e aprender com as informações, trocas de mensagens, análises de dados e evidências encontradas nos conteúdos de ensino; possibilitando condições, não somente, para refletir, mas também, para perceber o quanto são importantes, os recursos tecnológicos nas práticas pedagógicas do cotidiano escolar.
Segundo Lorenzo (1991, p. 32), faz-se necessário identificar que as tecnologias são:
Os recursos que interferem fortemente no processo de ensino aprendizagem, pois o uso de qualquer recurso, depende do conteúdo a ser ensinado, dos objetivos que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que, a utilização de recursos didáticos, facilita a observação e a análise de elementos fundamentais para o ensino experimental, contribuindo com o aluno na construção dos conhecimentos.
O trecho supramencionado, revela que os recursos tecnológicos interferem, positivamente, nos processos de ensino aprendizagem, porém, adverte para o conteúdo que se pretende ensinar e dos objetivos que precisam estar alinhados às adequações necessárias, para poder intervir em sala de aula, visto que, os recursos didáticos são visualizados como facilitadores do acesso do aprendizado pois, é necessário realizar experimentações, análises e descrições dos processos de construção dos conhecimentos.
Moran (2000) discute que “ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos, simultaneamente, os paradigmas convencionais do ensino”, que mantém distantes, professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar verniz de modernidade, sem mover, o essencial, (as práticas pedagógicas do cotidiano escolar), pois as mudanças são necessárias nas instituições de ensino, adequando sua organização, promovendo atualização dos conhecimentos dos professores, utilizando os recursos tecnológicos; assim, toda a construção do processo ensino aprendizagem, tornar-se à interessante aos alunos.
Demo (2008) contribui com os debates sobre a TICs Tecnologias de Informação e Comunicações, e aponta que “toda proposta que investe na introdução das TICs na escola, só pode dar certo, passando pelas mãos dos professores”, ou seja, necessariamente, o educador tem papel fundamental nas medições das práticas pedagógicas em sala de aula, e suas competências, tornam-se aliadas para realizar suas atividades no contexto escolar, pois é preciso saber fazer, e materializando essa consciência de que está realizando na formação do aprendizado.
As tecnologias poderão transformar as realidades educacionais, na medida em que, o professor articular o pensamento com a prática, efetivando o exercício de reflexão e ação, no acesso das informações, para analisar e transformar em conhecimentos, instrumentos de relações sociais dos alunos, que podem ser vividos e articulados com a vida, de modo que possa reconhecer sua importância no cotidiano.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos que as reflexões supramencionadas, contribui com a formação de profissionais voltados para as práticas pedagógicas e a utilização das tecnologias em sala de aula enquanto instrumento dinâmico e atraente, as tecnologias e as representações no campo educacional, vem colaborando com os processos de formação do ensino aprendizagem dos educandos, de maneira ativa e prazerosa, pois atribui sentidos e significados para a construção dos conhecimentos.
Entendemos que as tecnologias são apenas instrumentos que auxiliam os professores nas atividades de ensino na escola, porém é necessário organizar o conteúdo, adequar para as necessidades e realidades de nossos alunos, planejar, determinar objetivos e sistematizar, através das práticas pedagógicas no ambiente escolar, de modo que, os resultados do aprendizado seja efetivado e transforme o modo de pensar, viver, relacionar e compartilhar conhecimentos.
Libâneo (1994) afirma que o “grande objetivo das escolas é a aprendizagem dos alunos e a organização escolar necessária, e a que leva a melhorar a qualidade dessa aprendizagem”, o que dependerá dos recursos e estratégias de ensino, no contexto de sala de aula. Dessa forma, concerne as mobilizações de ensinar, orientar, articular e intermediar a construção dos conhecimentos.
Portanto, as tecnologias e representações práticas pedagógicas, podem se tornar, um dos instrumentos fundamentais na escola, principalmente, na melhoria do aprendizado, que provocará mudanças na forma de ensinar e aprender, o que de certo modo, contribuirá, grandemente, para a elevação de uma educação para a avida, o trabalho, a cidadania e a integração em sociedade.
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