A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DOS RISCOS ERGONÔMICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR E AS ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR O AMBIENTE DE TRABALHO DO ENFERMEIRO¹

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8092546


Anderson Santos Pacheco2
Laís de Jesus Santos3


RESUMO

Os riscos ergonômicos causam um grande impacto na saúde do trabalhador, e são uma das principais causas de acidentes no ambiente de trabalho do enfermeiro. A negligência aos riscos é uma realidade presente na rotina dos enfermeiros, e é necessário que os profissionais estejam atentos. Sendo assim, é interessante questionar: Como a saúde dos enfermeiros no ambiente hospitalar vem sendo afetada pelos riscos ergonômicos? Este estudo tem como objetivo geral: Contextualizar as consequências dos riscos ergonômicos no ambiente hospitalar.  Os objetivos específicos são: apresentar breve contexto histórico sobre a saúde do enfermeiro; descrever os riscos ergonômicos e as doenças causadas por este no ambiente hospitalar; apontar as melhores condições de trabalho para o enfermeiro. Este estudo foi desenvolvido com abordagem qualitativa, através de pesquisas documentais e bibliográficas utilizando artigos, revistas, livros e o Google Acadêmico. Portanto, foi possível observar que os riscos ergonômicos são prejudiciais à saúde do trabalhador, além de ocasionar consequências, gerando impacto na saúde do enfermeiro na área hospitalar. Por fim, entende-se as consequências geradas pelos riscos ergonômicos no ambiente hospitalar e na saúde dos enfermeiros, relacionando o que os diversos autores afirmam sobre o tema.

Palavras Chave: Saúde do enfermeiro. Ergonomia. Doenças do trabalho.

1 INTRODUÇÃO  

 Essa pesquisa visa abordar sobre como os enfermeiros tem sido afetados pelos riscos ergonômicos existentes no ambiente hospitalar, apresentando a evolução da saúde do trabalhador, enfatizando sobre os riscos ergonômicos e como eles afetam o enfermeiro, além de abordar doenças que podem ser geradas pelos riscos, e como é possível melhorar as condições de trabalho.

Os riscos ergonômicos surgem justamente quando as condições de trabalho são inadequadas, prejudicando o bem-estar e o desempenho dos colaboradores. Podem ser fatores que interferem nas características psicossociais dos trabalhadores, podendo provocar incômodos, desconfortos e problemas de saúde. Dessa forma, este estudo tem como intuito responder: como a saúde dos enfermeiros no ambiente hospitalar vem sendo afetada pelos riscos ergonômicos?

O objetivo geral desse artigo é contextualizar as consequências dos riscos ergonômicos no ambiente hospitalar. Já como objetivos específicos: apresentar breve contexto histórico sobre a saúde do enfermeiro; descrever os riscos ergonômicos e as doenças causadas por este no ambiente hospitalar e apontar as melhores condições de trabalho para enfermeiro.

A rotina de trabalho dos enfermeiros no âmbito hospitalar, e como estão expostos aos riscos ergonômicos são aspectos que precisam de uma atenção, visto que podem trazer problemas relacionados a saúde física e mental pelo excesso de trabalho, além disso, é necessário repensar sobre a situação de trabalho, e as maneiras de prevenção dos riscos ergonômicos. 

A Organização Internacional do Trabalho (2013) estimou que 2,34 milhões de pessoas morrem todos os anos em virtude de acidentes e doenças relacionados com o trabalho, sendo 2,02 milhões (86,3%) causados por Doenças Profissionais e 321 mil em consequência de acidentes de trabalho.

Dentro dessa ótica, é importante mostrar a rotina de trabalho do profissional de enfermagem no ambiente hospitalar e como estão expostos aos riscos ergonômicos, pois os mesmos podem trazer problemas relacionados a saúde física e mental devido ao excesso de trabalho, a vista disso se faz necessário repensar sobre a situação de trabalho, e maneiras de prevenção dos riscos ergonômicos.

Na revisão de literatura que é a primeira etapa da pesquisa, será tratado no primeiro tópico a relação histórica dos riscos ergonômicos e o trabalho do enfermeiro. No segundo tópico será apresentado os riscos ergonômicos no âmbito hospitalar e a relação entre saúde e trabalho do enfermeiro. No terceiro tópico será apresentado o conceito dos elos entre o seu processo de trabalho e o processo saúde-doença, já no último tópico serão identificados e apresentados os métodos de intervenção existentes para auxiliar os profissionais da saúde. 

Os riscos ergonômicos encontrados no ambiente de trabalho hospitalar têm afetado a saúde dos enfermeiros, e com isso, afeta o elo entre o processo de trabalho e o processo saúde-doença, o que é ocasionado pelo despreparo desses profissionais em reconhecer o trabalho como um possível agente causador de agravos à saúde, aliado à falta de informações sobre os riscos ocupacionais aos quais estão suscetíveis. 

2 METODOLOGIA 

 A pesquisa científica tem como resultado um determinado estudo. “Buscando caracterizar a informação bibliográfica, podemos dizer que ela contempla a informação para construção de conhecimento, necessária a atividades educacionais, científicas e profissionais”. (ORTEGA, 2016, p.6) 

Em vista disso, houve a fundamentação teórica sobre os riscos ergonômicos e o ambiente de trabalho do enfermeiro, com o objetivo de analisar as consequências da exposição aos riscos ergonômicos no ambiente de trabalho.

A abordagem da pesquisa é qualitativa. Lozada e Nunes (2018) afirmam que a pesquisa qualitativa é de cunho investigativo, e destaca a parcela subjetiva do problema a ser discutido, ou seja, o objetivo da investigação assenta-se nas descrições dos problemas estudados tal como manifestos nas atividades, nos procedimentos e nas interações cotidianas. 

O local de estudo definido é o contexto brasileiro, a pesquisa se deu início em agosto de 2022, onde foram encontrados nos bancos de dados 30 artigos e revistas que melhor abordaram sobre a temática, porém, para o desenvolvimento do trabalho foram selecionados apenas 26 artigos que passaram por uma avaliação mais crítica.

Segundo Almeida (2014), a amostra se dá a partir da população que é responsável por fornecer os dados para a pesquisa. Os critérios de inclusão foram materiais que retratam melhor o assunto pesquisado, em português ou inglês, e que sejam datados entre 2008 e 2022. 

A pesquisa foi desenvolvida no modelo de pesquisa bibliográfica utilizando artigos científicos encontrados em bancos de dados eletrônicos como Google Acadêmico, BVS (Biblioteca em saúde), e Scielo (Scientific Electronic Library Online). 

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE DOS ENFERMEIROS DO ÂMBITO HOSPITALAR 

Embora historicamente a classe profissional de saúde não tenha sido compreendida como de alto risco para incidentes e patologias profissionais, os colaboradores da área da saúde estão expostos com muita frequência aos riscos ergonômicos em seu ambiente de trabalho e em suas práticas diárias devido aos longos períodos a qual são submetidos em suas jornadas de trabalho.

No Brasil, em 1943, no Governo do Presidente Getúlio Vargas foi decretada a primeira lei com objetivo de regular as questões trabalhistas, a Lei N° 5.452/43, conhecida como Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), pois até então, a classe proletária vivia sob o regime da revolução industrial, ou seja, praticamente uma escravidão. (SANTOS et al., 2016)

Na época, os trabalhadores eram submetidos a longas jornadas de trabalho com condições precárias e inadequadas à saúde. Tais atividades exigiam tanto esforço físico quanto psíquico, sendo necessário avaliar o ambiente de trabalho para que atenda às necessidades e garantam a segurança e o bem estar dos trabalhadores.

Para Miranda e Stancato (2008), no Brasil, a preocupação com as questões de saúde dos trabalhadores hospitalares teve início na década de 1970, quando os pesquisadores da universidade de São Paulo (USP) enfocaram a saúde ocupacional em trabalhadores hospitalares, o estudo citou a ocorrência de acidentes de trabalho em hospitais do país, tendo queixas como doenças infectocontagiosas, lombalgia, reações alérgicas, fadigas e acidentes.

Hospitais são ambientes nos quais os profissionais de enfermagem estão expostos a todos os tipos de riscos, inerentes ao tipo de atividade laboral que exercem, e que podem exigir esforço físico e mental, mesmo com esses fatores não existia a preocupação com os profissionais da área da saúde, pois nessa época o trabalho não era considerado como um agente causador do adoecimento dos profissionais, o que poderia agravar o número de trabalhadores doentes.

De acordo com Maldonado et al. (2018), em 1988 com a aprovação da constituição federal brasileira foi reforçada a preocupação com a segurança do trabalhador, e assim foi estabelecido direitos fundamentais que não poderiam ser modificados por meio de leis ordinárias, que garantiam os direitos e com isso a segurança da classe proletariado. 

Com a constituição de 1988 passou a ser discutido sobre as questões de perigosidade e insalubridade, que são as atividades trabalhista exercidas em condições de perigo e que podem trazer grandes problemas de saúde aos trabalhadores principalmente para aqueles com longo período de exposição, às atividades laborais devem ser realizadas em ambientes seguros que garantam a sobrevivência humana.

É imprescindível que os empregadores reflitam e forneçam condições de trabalho seguras para que os profissionais da saúde exerçam suas atividades. Numa pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, no ano de 1989, comprovou-se que 15 das 27 ocupações nas quais acontecem as maiores incidências de transtornos mentais estavam relacionadas ao trabalho hospitalar (fonte da pesquisa), estabelecendo-se uma relação direta entre trabalho e estresse. (MAURÍCIO et al., 2011)

O enfermeiro é um dos profissionais da área de enfermagem que atua em instituições hospitalares e que está exposto a uma multiplicidade de riscos que podem afetar diretamente a sua saúde e o seu bem-estar, tornando-o suscetível a doenças, agravos e acidentes de trabalho em decorrência do ambiente. Este profissional se expõe ao risco ao buscar ser mais eficaz nas ações de cuidado, colocando a vida do outro na frente de sua própria segurança.

A atividade laboral é um dos elementos que mais influenciam nas condições e qualidade de vida do homem e consequentemente na sua saúde. O trabalho é uma necessidade natural e um direito do indivíduo garantido pela constituição, porém é necessário que o trabalhador seja saudável e é inadmissível que o indivíduo adoeça meramente por trabalhar. (CARVALHO, 2016)

O trabalho desempenha um papel importante na vida das pessoas e na sociedade, no entanto, essa relação foi se modificando ao longo dos anos. Na pré-história e na história antiga, o trabalho significava fonte de sobrevivência e, com o decorrer do tempo, outros sentidos foram agregados a ele. Assim, na contemporaneidade, o trabalho envolve também o sentido de bem-estar e da autorrealização.

3.2 IMPLICAÇÕES DOS RISCOS ERGONÔMICOS NA SAÚDE DOS PROFISSIONAIS

Os profissionais de saúde que trabalham em ambiente hospitalar estão expostos diversificados riscos, entre eles, os agentes biológicos, químicos, físicos, mecânicos e ergonômicos. Dentre esses, os riscos ergonômicos são todos os fatores que possam interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, afetando sua saúde.

Os riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa. (KASSADA, LOPES e KASSADA, 2011)

Esses riscos são as condições inadequadas as quais muitos enfermeiros que exercem atividades no ambiente hospitalar estão sujeitos, o que torna o posto de trabalho, propício aos riscos ergonômicos o que acarreta vários riscos à saúde do profissional. O aumento das cargas, somado às más condições de trabalho, aponta para uma diminuição da capacidade de trabalho dos profissionais da área.

 Entre os riscos ergonômicos destacam-se os riscos psicossociais que são desencadeados pelo contato com o sofrimento do paciente, alguns agentes estressores são: o rígido controle do tempo; forma como o setor é organizado; falta de materiais e equipamentos adequados; conflitos nos relacionamentos entre os membros da equipe; estado crítico de saúde do paciente; dupla jornada de trabalho, decorrência também da má remuneração. (BESSA et al., 2010)

Esses fatores causam a ocorrência do adoecimento dos enfermeiros decorrentes das condições impróprias e inapropriadas de trabalho tendo em vista as diversas circunstâncias desgastantes, alguns deles apesar de estarem desconhecidos ou ocultos podem acarretar danos à saúde do trabalhador, tendo como consequência o comprometimento do seu estado mental, físico e social.

Portanto, as influências dos fatores organizacionais do trabalho na saúde revelam que contextos com condições inadequadas de trabalho acarretam    instabilidades nas relações socioprofissionais e, assim, podem desencadear problemas físicos, psíquicos, emocionais e sociais. (PEKURINEN et al., 2017)

Dentre as profissões que merecem atenção no que se refere à saúde do trabalhador está a enfermagem, que exige força física dos trabalhadores durante alguns procedimentos, como na movimentação e remoção de pacientes. O esforço físico necessário para auxiliar na mobilização ou alternância de posição dos pacientes, pode ocasionar lombalgia aos trabalhadores, o que interfere na eficiência da força e capacidade de trabalho da enfermagem.

A enfermagem é a profissão do cuidar. Mas quem cuida do enfermeiro, que muitas vezes negligencia o seu próprio autocuidado? A atenção da equipe no ambiente de trabalho concentra-se no cuidar, mas no cuidar relacionado aos outros. E o enfermeiro, em sua atividade laboral, está sujeito aos riscos ocupacionais. (BESSA et al., 2010)

A negligência com os riscos ergonômicos pode gerar consequências graves tanto para o profissional de saúde quanto para o usuário, um desses problemas pode se o cansaço mental, que compromete a qualidade e a produtividade do trabalho, aumentado as chances de acidentes no ambiente laboral, nesse sentido é essencial que os profissionais tenham maior atenção com as condições do ambiente a qual exerce suas atividades diárias.

De acordo com Dias et al. (2020), os trabalhadores que atuam na área da saúde estão suscetíveis a vários riscos ergonômicos, postura inadequada para realização de curativos, fadiga muscular e visual ao precisar passar horas em frente a telas de computadores, esforço com peso entre outros. Isso posto, é fundamental atentar-se para os fatores de risco que interferem na saúde durante os processos de movimentação e remoção de pacientes, como condições ergonômicas inadequadas de mobiliários, posto de trabalho e equipamentos utilizados para essas atividades.

O enfermeiro permanece em contato direto com o paciente e submete-se a um maior tempo de exposição ao agente causador do risco ergonômico, o que nos leva a concluir que o tempo de exposição não é um fator condicionante, mas sim determinante para o aparecimento de doenças advindas do trabalho que podem incapacitar o profissional de exercer suas atividades diárias. 

Segundo Damasceno (2016), as atividades no trabalho, em seu ambiente físico e social exercem sobre o trabalhador um certo constrangimento que demanda do profissional gastos de natureza física, mental, emocional e afetiva, além de acarretarem desgaste e custo para o indivíduo. Os custos humanos do trabalho, tais como morte, mutilações, podem causar lesões temporárias e/ou permanentes. 

O reconhecimento do processo de trabalho hospitalar como causador de doenças e acidentes em seus trabalhadores é um fato determinante para se obter a saúde e segurança tanto para os trabalhadores do setor hospitalar, quanto de setores distintos. Assim, se faz necessário que o ambiente de trabalho seja saudável e livre de riscos que comprometam o bem-estar dos profissionais inseridos neste ambiente.

 A falta de organização afeta as condições de trabalho e a forma de atendimento ao paciente, pois os enfermeiros são expostos a situações extremas tanto emocional, quanto fisicamente, em consequência da grande carga horária de trabalho e falta de suporte estrutural e de materiais no setor de trabalho. Trabalhar em um ambiente livre de riscos proporciona ao trabalhador maior segurança para realizar suas atividades (DIAS et al., 2020).

A saúde do profissional precisa ter a devida importância no local de trabalho, visto que é necessário existir a assistência para com o profissional, garantindo a promoção e prevenção de saúde do enfermeiro, um trabalhador saudável exerce suas atividades com melhor desempenho e atenção do que o profissional que se encontra em situação de esgotamento físico e psicológico. 

Nessa perspectiva, as condições de trabalho hospitalar, muitas vezes, são consideradas inadequadas aos trabalhadores, atreladas às peculiaridades do ambiente e às atividades   ali   desenvolvidas, potencialmente   geradoras   de   desgaste   físico, psíquico   e emocional. Essas   condições   influenciam   e   determinam      o   perfil   de   adoecimento   dos trabalhadores (LORO e ZEITOUNET, 2017). 

A Norma Regulamentadora 17 de Ergonomia (NR-17), que diz respeito à segurança do trabalho, tem como objetivo estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicológicas, anatômicos e funcionais dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente de todos. Tem a finalidade de estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral (BRASIL, 2010). 

Neste sentido, a Norma Regulamentadora (NR) 17 pode ser utilizada como um norteador do processo de análise ergonômica, para ascender a adequação das condições de trabalho, proporcionando ao trabalhador confortabilidade e segurança na execução de suas funções de trabalho, é fundamental que o enfermeiro realize a análise ergonômica do trabalho. O ambiente de trabalho constitui o local onde enfermeiro e paciente se relacionam direta ou indiretamente, em prol do cuidado deste.

3.3 DOENÇAS OCASIONADAS PELOS RISCOS ERGONÔMICOS 

A saúde do trabalhador reflete no seu trabalho cotidiano e o trabalho influencia a sua saúde, as doenças ocasionadas pelos riscos ergonômicos têm uma evolução silenciosa e demorada muitas vezes ocasionadas pela repetição diária no exercer de sua profissão, dificultando a percepção do trabalho como uma agente causal no adoecimento, e aos riscos que estão expostos.

As doenças laborais ou ocupacionais são aquelas que o indivíduo adquire em função de sua exposição a agentes ou condições que possam desencadeá-la. Em virtude disso existem hoje padrões mínimos para que determinadas funções sejam desempenhadas de maneira a oferecer o menor risco possível à saúde do trabalhador. (BARBOSA, 2011) 

Nesse contexto, são explícitos os riscos à saúde dentre aqueles que o enfermeiro se submete, ao desenvolver suas atividades laborais as quais utilizam o sistema músculo esquelético, em torno dessas atividades específicas consideradas trabalho estático e dinâmico. O enfermeiro exerce, na maioria das vezes, uma força de tração superior à sua capacidade, associado frequentemente a uma posição inadequada ou a mobiliário inadequado.

As consequências ocasionadas pela exposição aos riscos ergonômicos variam de distúrbios psicológicos e fisiológicos a danos à saúde, pois afetam o organismo e o emocional dos trabalhadores. Como exemplos tem-se a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), cansaço físico, dores musculares. 

De acordo com Rosa (2008) as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares  Relacionadas  ao Trabalho  (DORT)  são  afecções  que  envolvem  os nervos, tecidos, tendões sinóvias (revestimento das articulações), nervos, fáscias e ligamentos, isoladas ou combinadas, com ou sem degeneração de tecidos, que atingem principalmente os membros superiores, região escapular e pescoço e estruturas de suporte do corpo, causadas por processo crônico desenvolvido por atividades realizadas durante o trabalho. 

O profissional de enfermagem também é destacado como uma das categorias que mais necessitam de prevenção de doenças osteomusculares, principalmente em relação à dor lombar (THIEDE et al., 2013). A atividade laboral depende de grande esforço deste profissional e devido ao paciente ser grave e acamado, necessita de auxílio para movimentar-se o que acarreta desgaste físico do profissional, forçando membros superiores, inferiores e a coluna.

As LER/DORT englobam uma série de doenças como tenossinovite, tendinite, bursite, síndrome do túnel do carpo, dentre outras, que afetam tendões, músculos, nervos periféricos, principalmente os braços, punhos, mãos, ombro e pescoço, causando dor, perda da força, formigamento, alteração da sensibilidade, sensação de peso e inchaço, fadiga, comprometendo a capacidade para realizar movimentos e trazendo grande sofrimento ao trabalhador acometido. (ALMEIDA e LIMA et al., 2014)

A Tenossinovite é um tipo de inflamação que causa dor nas mãos, pés, tornozelos e punhos dos pacientes, porque afeta os tendões, a tendinite e quando uma pessoa, está passando por um processo inflamatório em seus tendões, que pode ser causado por diversos motivos. A bursite é caracterizada por uma inflamação que atinge uma estrutura do corpo chamada bursa, já a síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia causada pela compressão do nervo mediano que passa pelo punho e palma da mão.

As doenças enquadradas neste grupo compreendem uma heterogeneidade de distúrbios funcionais e/ou orgânicos, que manifestam em seu portador sintomas comuns, muitas vezes inespecíficos como, fadiga muscular, dor, parestesia, sensação de peso, mal estar, processo inflamatório em tendões e ligamentos e bursas sinoviais e contraturas musculares. (KASSADA, LOPES e KASSADA, 2011)

O enfermeiro na prestação do cuidado ao cliente, muitas vezes, são exigidos empenhos que vão além de suas capacidades desrespeitando seus limites biomecânicos, exigência de força excessiva, postura inadequada, repetição do mesmo movimento durante longo período, postos de trabalho inadequados, mobiliário inapropriado. Além de fatores da organização do trabalho, ausência de pausas, exigência de alta produtividade, ritmo intenso de trabalho, ambiente estressante. Suas consequências trazem prejuízos na realização de atividades cotidianas.

Deve-se considerar também, a exposição à carga psíquica nessas situações, uma vez que pode contribuir por meio do estresse e ansiedade para esse tipo de ocorrências, como também surgir durante o período de aguardo dos resultados que identificam ou não uma possível contaminação por microrganismos infecciosos (KARINO, 2012).

As causas do estresse relacionados aos riscos ergonômicos são reações físicas ou mentais relacionadas às atividades e ocorrências do ambiente de trabalho, e com isso estão relacionados não só ao ambiente de trabalho e às sobrecargas de responsabilidade, mas também a um conjunto de acontecimentos que desestrutura o trabalhador, podendo levar a doenças físicas e mentais.  

O profissional de enfermagem está constantemente exposto a um tipo específico de estresse, o “psicogênico”, que é quando um indivíduo está exposto a desafios psicológicos ou sociais que levam à perturbação de seu estado psicológico, bem-estar; além de muitas vezes enfrentarem esta problemática devido à própria estrutura de trabalho

O estresse está relacionado à enfermidade principalmente pelo fato de profissionais desta área terem que trabalhar com pessoas doentes, em sofrimento   físico e psíquico, que demandam atenção, compreensão e empatia. Lidando com este público e situações adversas, os sentimentos que desenvolvem podem levá-lo ao estado de irritação, desapontamento e até mesmo à depressão (PRETO e PEDRÃO, 2008).

A sobrecarga em consequência do altar contato com o sofrimento dos usuários que buscam os serviços de saúde, o estresse gerado pelo ambiente de trabalho, que influencia tanto na saúde física quanto psíquica, o que pode gerar redução na qualidade do atendimento. E que pode ser percebido pelo indivíduo como uma ameaça, com repercussões em sua vida profissional e pessoal, sendo que o trabalhador percebe a relação do ambiente laboral e os acontecimentos.  

3.4 ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DO ENFERMEIRO

Ao se avaliar os riscos de uma determinada atividade ou de um âmbito em si a empresa necessita elaborar um planejamento onde comprove métodos e técnicas a serem aplicados a uma atividade proposta identificando e avaliando os riscos qualitativos e quantitativos que essa atividade representa para o trabalhador. Os principais resultados de um diagnóstico de riscos são as identificações de cenários de acidentes, suas frequências esperadas de acontecimento e a proporção das possíveis consequências. (FEPAM, 2009).

Reconhecer os fatores de risco no ambiente de trabalho é de fundamental importância para a escolha de medidas preventivas, e para isso é necessário observar de forma criteriosa as condições de exposição destes trabalhadores no local de serviço, para assim identificar métodos de intervenção para assegurar um ambiente de trabalho sem riscos para atuação do enfermeiro.

A promoção da saúde do trabalhador e a implementação de um ambiente saudável são estratégias capazes de contribuir positivamente para a produtividade, motivação e satisfação no trabalho e, portanto, para melhoria no atendimento dos usuários de um ambiente hospitalar, se deve buscar medidas para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho do enfermeiro.

 Observa-se no cotidiano dos profissionais de enfermagem certo desconhecimento em relação aos elos entre o seu processo de trabalho e o processo saúde-doença, sendo assim a educação continuada tem um papel muito importante na rotina de trabalho dos profissionais pois é um meio de capacitá-los na avaliação dos riscos ergonômicos presentes no ambiente.

Para prevenir o desenvolvimento de lesões é essencial que os profissionais tenham conhecimentos sobre os riscos ergonômicos a que estão suscetíveis, com isso, os enfermeiros do trabalho devem promover atividades com teor educativo e preventivo, incentivando os profissionais a novos hábitos, reeducação postural, bem como a realização de pausas durante o dia, respeitando seu tempo de descanso (MARQUES et al., 2015).

Realizar a distribuição de pessoal de acordo com a demanda de trabalho e forma física dos profissionais da equipe de enfermagem e a organização do posto de trabalho é uma forma de minimizar os problemas relacionados ao trabalhador que na maioria apresentam problemas decorrentes de movimentos e postura inadequada, implementação de pausas para descanso, e treinamento da forma correta de se abaixar e levantar. 

De acordo Monteiro, Silva e Oliveira (2015), o mapa de risco está sendo utilizados por retratar os riscos que os profissionais estão expostos, e é uma representação gráfica, que permite visualizar todas as estruturas da instituição, expondo de forma clara os fatores que comprometem a saúde de trabalhadores e pacientes em cada setor.

 Essa ferramenta tem como função, identificar riscos e contribuir para a criação de soluções, permitir que os profissionais sejam treinados para respeitar os perigos indicados, e aumentar a atenção e cautela ao acessar locais que apresentam risco elevado. O objetivo final do mapa de risco hospitalar é a prevenção e promoção à saúde e utilizados para evitar os acidentes de trabalho.

A adequação ergonômica dos postos de trabalho e do sistema de produção, são necessidades imediatas para diminuir e prevenir dores posturais, principalmente às musculoesqueléticas, complicações físicas e mentais, fadiga e acidentes. As vantagens da intervenção ergonômica no ambiente hospitalar se dão por entender a organização do trabalho na perspectiva de tornar o ambiente mais confortável e adequado para o trabalho.

O aumento das cargas, somado às más condições de trabalho, aponta para uma diminuição da capacidade de trabalho dos enfermeiros, pois as longas jornadas de trabalho causam exaustão física e mental nos trabalhadores, o que prejudicar seu desempenho nas suas funções, por isso é  necessário a avaliação da jornada de trabalho e como isso reflete na vida do profissional.

Para recuperação do desgaste da carga de trabalho é importante o desenvolvimento de estratégias de prevenção relacionadas ao ambiente da jornada (descanso, refeições), busca de melhores condições de trabalho, aumento da remuneração desses profissionais, maiores benefícios e investimentos na educação continuada.

 Um ambiente de trabalho adequado proporciona melhores condições para que o profissional possa exercer suas funções com qualidade. Para que haja redução dos riscos ocupacionais e proteção da saúde do trabalhador, medidas ergonômicas específicas como a implantação da NR-17 enquanto norma obrigatória do Ministério do Trabalho poderia evitar, minimizar ou eliminar os possíveis problemas encontrados no ambiente hospitalar.  

Para que isto se torne seguro e compatível à assistência prestada é de suma importância que os componentes do setor de trabalho estejam de acordo com o processo de trabalho realizado, garantindo a promoção e prevenção de saúde do enfermeiro, um trabalhador saudável exerce suas atividades com melhor desempenho e atenção do que o profissional que se encontra em situação de esgotamento físico e psicológico.

4 CONCLUSÃO 

O presente estudo indicou que os riscos ergonômicos estão presentes no ambiente de trabalho, bem como desordem dos fatores organizacionais e alta prevalência de desconforto que interferem no processo de trabalho dos profissionais da saúde. Com isso, verificou-se a existência de diversos riscos ergonômicos nestes setores, dentre eles o esforço físico, a postura inadequada, o levantamento e transporte manual de peso, o trabalho diuturno e a repetitividade. 

Evidenciou-se também que os enfermeiros estão expostos por muitos anos sem que ocorra adequação a boas condições de ergonomia. As descobertas sugerem que a saúde do trabalhador sofre interferência de fatores ergonômicos inadequados, tempo de instituição elevado, execução de tarefa laboral sem interrupção, aparecimento de desordens musculoesqueléticas, gerando menor rendimento, aumento da insatisfação no trabalho e ineficácia do atendimento ao usuário da saúde pública.

A questão que norteou essa pesquisa foi: como a saúde dos enfermeiros vem sendo afetada pelos riscos ergonômicos? A pergunta foi respondida na revisão de literatura ao ser apresentado os problemas psíquicos adquiridos com os riscos ergonômicos. Portanto, se faz necessário também avaliar o ambiente de trabalho quanto às condições ergonômicas, identificando riscos e propondo intervenções.

A relevância da pesquisa para a sociedade se deu, pois é importante compreender que os enfermeiros também podem sofrer de problemas relacionados à saúde, devido ao excesso de trabalhos e as longas jornadas. Portanto, a pesquisa cumpriu o papel de compreender a saúde do enfermeiro, de que forma o trabalho pode afetá-lo, como os riscos ergonômicos atingem os profissionais da saúde, principalmente, os enfermeiros que atuam no ambiente hospitalar.

Neste contexto levando em consideração a importância da avaliação de fatores de risco no ambiente de trabalho, o presente estudo teve por objetivo avaliar os fatores de risco ergonômicos presentes no ambiente de trabalho do enfermeiro que atua em Hospital, a fim de otimizar o bem-estar do profissional e seu desempenho, considerando a duração da jornada de trabalho e fatores psicossocial.

REFERÊNCIAS

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1Artigo apresentado à Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem, em 2023.
2Graduando em Enfermagem na Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, em Itamaraju (BA). E-mail: andersonvalentepacheco13@gmail.com.
3Graduada em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, em Itamaraju (BA). Docente Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA. E-mail: laisjsantoss@hotmail.com.