A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA NA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ.

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ANA CARLA NONATO DA SILVA
Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, Faculdade Uninassau, para obtenção do título de Fisioterapeuta.
Orientadores:
Dr. Francisco Cerqueira
Dra. Natália Gonçalves

DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha mãe, pelo exemplo de coragem e simplicidade em suas metas, em com carinho me ensinou, o caminho da justiça, e meu pai que foi fonte da minha inspiração e todos os meus colegas de curso que contribuíram para o meu aprendizado. OBRIGADA

AGRADECIMENTO
A Deus, que me permitiu ter forças para continuar persistindo quando eu me sentia fraca, por ter ouvido minhas orações e não ter me abandonado nunca.
Aos meus pais, pela criação, apoio sentimental e financeiro.
Aos meus amigos, que de alguma forma contribuíram para que eu pudesse conseguir alcançar a vitória tão almejada por muitos e conseguida por poucos.
Aos meus professores teóricos e das práticas que passaram seu conhecimento para que hoje eu possa estar contabilizando mais uma vitória.

EPÍGRAFE
“A lei da mente é implacável.
O que você pensa você cria;
O que você sente você atrai;
O que você acredita
Torna-se realidade.
BUDA

RESUMO

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é caracterizada por uma polineuropatia aguda, inflamatória e desmielinizante dos nervos periféricos, sendo uma resposta autoimune do organismo após infecções. A fisioterapia vem atuando de maneira imprescindível para que o paciente com SGB tenha menos sequelas com assistência tanto motora como respiratória e que sua recuperação seja precoce. O artigo se refere à intervenção da fisioterapia na síndrome de Guillain-Barré. O objetivo geral é analisar a importância da fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré. São objetivos específicos caracterizar os sinais e sintomas que mais frequentes da SGB tratados pela fisioterapia; quais as técnicas utilizadas pelos fisioterapeutas nos pacientes que apresentam sequelas oriundas da síndrome; a importância da fisioterapia nas fases da evolução da doença. A metodologia utilizada foi à básica estratégica, como objetivo descritivo, de abordagem qualitativa para análise dessas informações, com método hipotético-dedutivo e procedimento bibliográfico. Concluiu-se que o tratamento fisioterapêutico é primordial em todas as fases da doença com técnicas motor e respiratório, para prevenção das comorbidades prognósticas, pois as consequências negativas dependem da gravidade de seus sintomas, podendo desenvolver dependência funcional que interferem na qualidade de vida. Ao longo do percurso da doença o tratamento fisioterapêutico irá amenizar e reduzir os sintomas.

Palavras-chaves: Síndrome de Guillain-Barré, Fisioterapia, Sequelas.

ABSTRACT

Guillain-Barré Syndrome (GBS) is characterized by an acute, inflammatory and demyelinating polyneuropathy of the peripheral nerves, being an autoimmune response of the body after infections. Physiotherapy has been acting in an essential way so that the patient with GBS has less sequelae with both motor and respiratory assistance and that his recovery is early. The article refers to the intervention of physiotherapy in Guillain-Barré syndrome. The general objective is to analyze the importance of physical therapy in Guillain-Barré Syndrome. Specific objectives are to characterize the most frequent signs and symptoms of GBS treated by physical therapy; which techniques are used by physiotherapists in patients with sequelae resulting from the syndrome; the importance of physical therapy in the stages of the disease\’s evolution. The methodology used was the basic strategic, as a descriptive objective, with a qualitative approach to analyze this information, with a hypothetical-deductive method and bibliographic procedure. It was concluded that physiotherapeutic treatment is essential in all stages of the disease, with motor and respiratory techniques, to prevent prognostic comorbidities, since the negative consequences depend on the severity of its symptoms, and may develop functional dependence that interfere with quality of life. Along the course of the disease, physical therapy treatment will alleviate and reduce symptoms.

Keywords: Guillain-Barré Syndrome, Physiotherapy, Sequelae.

1. INTRODUÇÃO

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é caracterizada por uma polineuropatia aguda, inflamatória e desmielinizante dos nervos periféricos, sendo uma resposta autoimune do organismo após infecções. Mundialmente são 1 a 4 casos por 100 mil habitantes/ano, acomete uma faixa etária entre 20 e 40 anos de idade.

Os sintomas iniciais da SGB são parestesia em membros, fraqueza muscular geral, dor lombar ou em membros inferiores (MATOS, 2017). A gravidade e duração da doença oscilam desde uma fraqueza moderada, que pode ser recuperada espontaneamente, até uma tetraplegia dependente de ventilação artificial. Assim, a recuperação pode seguir um período longo e resultar em incapacidade grave permanente (WILLISON, 2016).

A SGB é caracterizada por uma paralisia flácida aguda que apresenta alguns subtipos, dentre os mais comuns estão a Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Aguda (AIDP), Neuropatia Axonal Motora Aguda (AMAN) e o menos comum, a Síndrome de Miller Fisher. O percurso clínico são03 estágios: progressão, estabilização e regressão; e grande parte dos casos ocorre de maneira esporádica (ALMEIDA, 2019).

A fisioterapia é fundamental em todas as fases da doença com uma intervenção motora e respiratória, com o objetivo da prevenção da comorbidades associadas, reestabelecer o equilíbrio, recuperar a força muscular e treinar o condicionamento físico(SOARES, 2017). O programa da fisioterapia é estabelecido de acordo com a necessidade e fase em que o paciente se encontra, variando de exercícios passivos até fortalecimento muscular com carga compatível ao paciente. Minimizando o déficit motor, visa um menor tempo de recuperação e o retorno as AVD’s, o que melhora a qualidade de vida (ALMEIDA, 2019).

A Importância da fisioterapia na síndrome de Guillain-Barré. A fisioterapia atua em todas as fases da doença, aplicando os protocolos fisioterapêuticos adequados a cada fase para uma melhor reabilitação, sendo, imprescindível a presença desse profissional no ajuste do tratamento. O profissional de fisioterapia vem atuando de maneira imprescindível para que o paciente com SGB tenham menos sequelas com assistência tanto motora como respiratória e que sua recuperação seja precoce. Então é importante que se esclareça a importância desse profissional na atuação da doença. Hipóteses A síndrome de Guillain-Barré possui diferentes fases, grave, media e moderada, onde o tratamento e multidisciplinar.

A fisioterapia tem a incumbência de identificar as principais complicações de cada caso e adaptá-los ao tratamento proposto de forma individualizada. Abre-se uma hipotese de que a fisioterapia tem um papel fundamental, pois ela que evita o aparecimento de sequelas graves, restabelecer a funcionalidade, diminuir o tempo de internação e contribuir significativamente para o não agravamento do quadro do paciente, sendo assim, de suma importância dentre os profissionais que atuam para melhora do paciente. Objetivo geral analisar a importância da fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré. Os objetivos especifico são caracterizar os sinais e sintomas que mais frequentes da SGB tratados pela fisioterapia; quais as técnicas utilizadas pelos fisioterapeutas nos pacientes que apresentam sequelas oriundas da síndrome; a importância da fisioterapia nas fases da evolução da doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os dados do sistema de vigilância hospitalar revelam que houve um aumento considerável de casos da Síndrome de Guillain-Barré no Brasil: cerda de 1.708 casos novos em todo o país em 2015. O Ministério da Saúde relata que a incidência anual é de 1-4 casos por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade. 

Este trabalho justifica-se, pois, as sequelas motoras são globais e podem agravar o quadro clinico do paciente, e a fisioterapia tem um papel fundamental para a recuperação do da funcionalidade e evitar futuras sequelas. A metodologia utilizada foi a básica estratégica, como objetivo descritivo, de abordagem qualitativa para análise dessas informações, com método hipotético-dedutivo e procedimento bibliográficos. Concluiu-seque o tratamento fisioterapêutico é primordial em todas as fases da doença com técnicas motor e respiratório, para prevenção das comorbidades prognósticas, pois, as consequências negativas dependem da gravidade de seus sintomas, podendo desenvolver dependência funcional que interferem na qualidade de vida. Ao longo do percurso da doença o tratamento fisioterapêutico irá ameniza e reduz os sintomas.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Na fase aguda o quadro clínico típico da síndrome de Guillain Barré é estabelecido com fraqueza rápida, progressiva em ambas as extremidades inferiores, parestesias, dor e edema. A fraqueza normalmente segue uma progressão de distal para proximal, começando com pés e pernas e progredindo em apenas algumas horas ou dias, até atingir as extremidades superiores e o rosto e sistema respiratório. Nas sensações de parestesias, o paciente manifesta vários formas como dormência, formigamento e vibrações. (MARTINEZ, 2017). O paciente que não tem uma intervenção precoce, pode desenvolver muitas complicações respiratórias e motoras levando à debilidade e até à morte. Assim que houver suspeita, ele deve ser hospitalizado para monitoração e prevenção de possíveis complicações tromboembólicas e, se necessário, ser transferido para uma unidade de terapia intensiva. O prognóstico pode ser negativo quando ocorrem algumas manifestações como rapidez no aparecimento dos sintomas e comprometimento respiratório, caracterizados por paralisia dos músculos respiratórios, broncopneumonia grave, infartos pulmonares, colapso pulmonar, edema cerebral, pneumonia e atelectasia. Entre 3,5% e 12% dos pacientes morrem de complicações durante a fase aguda. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces são de vital importância para reduzir a morbimortalidade (MELO 2018). A dor é um sintoma importante que pode estar presente antes do início da fraqueza e pode impedir o diagnóstico correto, outras características residuais como os distúrbios sensoriais e fadiga podem persistir por anos, cerca de 25% dos pacientes desenvolvem insuficiência respiratória e muitos apresentam sinais de disfunção autonômica. A fraqueza da musculatura respiratória pode levar a intervenção da ventilação mecânica cerca de 25% dos casos. A disfunção do sistema autonômico é frequente e causa perda da função urinária, taquicardia, hipertensão. Insônia, dificuldade de comunicação, deficiência nutricional e trombose venosa são outras complicações (ALMEIDA, 2019).

2.2 A fisioterapia respiratória é utilizada durante a internação de pacientes acometidos pela SGB para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, visto que os músculos intercostais e o diafragma podem ser acometidos, podendo ocorrer uma insuficiência respiratória por fadiga muscular. As neuropatias podem, muitas vezes, levar a lesões irreversíveis, necessitando de tratamento e cuidados intensivos da fisioterapia. A recuperação neurológica é relativamente boa, porém, a maioria dos pacientes permanecem com fadiga severa, o trabalho da fisioterapia com treino aeróbico pode melhorar a fadiga, a aptidão física, redução dos níveis de ansiedade, depressão e melhora na qualidade de vida. O plano de tratamento deve ser traçado e adaptado à condição clínica de cada um, tendo técnicas de fortalecimento muscular e mobilizações ativas treino de coordenação motora e sensibilidade, exercícios funcionais a mobilidade funcional independente para transferências, treino de deambulação (ROCHA, 2017). No estágio agudo o paciente com SGB necessita de uma série de cuidados, deve ser relizado uma avaliação para detectar os riscos e as complicações, uma vez que o prognóstico e a gravidade dessa doença em pessoas com patologias de base complicariam a evolução do processo de tratamento. A função respiratória do paciente com SGB pode estar comprometida e com sinais clínicos de falha ventilatória e a fraqueza muscular que impede o uso de músculos acessórios respiratório. O fisioterapeuta deve intervir com o gerenciamento da função respiratória que inclui: manter a permeabilidade das vias aéreas, manter a habilidade do paciente em tossir e expectorar, avaliar a mecânica ventilatória apresentada pelo paciente, detertar a disfagia, estar atento aos sinais de hipoxemia e hipercapnia atraves da gasometria arterial. Manter as articulações em movimento com mobilizações suaves e alongamento para evitar futuras encurtamentos, limitações e rigidez

Previna problemas circulatórios através das próprias mobilizações e massagens muito suaves para favorecer a volta venoso (MARTINEZ, 2017).

2.3 A fisioterapia tem uma visão global da doença, abordando os problemas motores e sensoriais. O paciente pode apresentar diferentes fases na evolução da patologia, áreas ou grupos musculares envolvidos. Nas situações agudas, o paciente é tratado em unidade de terapia intensiva (UTI) com fisioterapia respiratória, para os quais pode estar conectado a um ventilador, e por falta de mobilidade global e de membros a intervenção com a fisioterapia motora é primordial. Conforme a paciente melhora, a abordagem é adapta. Pode ser que paciente seja encaminhado para um centro de semi-intensiva onde a fisioterapia também atua, dadas as limitações continuas a após a primeira fase. O paciente no programa de fisioterapia ambulatorial deve ser tratado para voltas das atividades de vida diária tomar banho, escovar os dentes, vestir -se etc. assim como atividade instrumental como uso de veículo próprio, uso de transporte público, retorno ao trabalho e lazer / esporte. Os conselhos, os apoios, técnicas e confiança no tratamento fisioterapêutico trazem são relevantes para o processo da abordagem. Será conveniente explicitar a possibilidade de sequelas, porém, dando uma visão positiva da situação. A intervenção fisioterapêutica é muito importante e eficaz na recuperação das limitações funcionais ocasionadas pela SGB, promovendo ao paciente independência nas ABVD e melhorando a qualidade de vida. Apesar de ser uma doença na qual podem ocorrer complicações graves (ANTUNES, 2015). Os tratamentos fisioterapêuticos têm objetivo de promover e melhorar de forma global dos pacientes acometidos pela Síndrome de Guillain-Barré, onde suas técnicas fisioterapêuticas minimizam o tempo de recuperação e preveni as complicações futuras, assim contribuindo na diminuição da mortalidade (SOARES, 2017).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Síndrome de Guillain Barré (SGB) é a maior causa de paralisia generalizada, trata-se de uma doença de caráter autoimune que acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda/subaguda e desmielinização dos nervos periféricos, causando fraqueza motora e alterações sensoriais. Apesar de não ter causa específica, possui relação com doenças agudas causadas por vírus ou bactérias.  caracterizada por comprometimento periférico ascendente, progressivo e geralmente simétrico, na qual as manifestações motoras predominam sobre as sensoriais. Com perda de força dos membros inferiores, perda do controle esfincteriano, comprometimento de pares cranianos e diminuição dos reflexos tendinosos. Foram registradas 15.512 internações por SGB no período entre 2008 e 2014, uma média de 1.344 internações por ano; em 2015, o registro foi de 1.953 internações, representando um incremento de 45% em relação à média dos anos anteriores (MALTA,2020).

E o aumento significativo dos números de casos pede uma maior atuação do fisioterapeuta nesses centros de reabilitação, para uma que o paciente possa receber uma abordagem adequado para sua recuperação sem maiores danos. A fase aguda pode durar algumas semanas, engloba o início dos sintomas e a estabilização da desmielinização (ROCHA, 2017). É notório que a doença requer um tratamento multidisciplinar principalmente na fase crítica com várias perturbações motoras e sensórias. As consequências são negativas de acordo com a gravidade de seus sintomas como a perda da independência funcional sendo dos fatores que mais interferem na qualidade de vida, com o tempo os sintomas da doença vão regredindo devido ao tratamento e restabelecendo a independência funcional gradativamente (ALMEIDA, 2019). A fisioterapia tem como objetivo evitar que tais sequelas possam interferir na qualidade de vida e perdas a mais de funcionalidade quando a doença começar sua regressão. A intervenção da fisioterapia evitar deformidades e ampliar as capacidades funcionais do paciente a fim de que adquira a maior independência para as atividades básicas e instrumentais de vida diária, o tratamento deve ser planejado com base em uma ação multidisciplinar e em que a recuperação do aparelho locomotor se faça simultaneamente à assistência educacional, psicológica e vocaciona (MONTINI, 2016 e ROCHA,2017).

COSTA, 2017 em seu estudo evidenciou que a fisioterapia contribui para diminuição do tempo de recuperação e na prevenção das complicações que levam ao paciente a necessita de uma abordagem mais especializada, assim contribuindo na diminuição da mortalidade. Relatou também que a atuação fisioterapia é essencial para evitar as sequelas motoras da SGB, atuando com técnicas de fisioterapia motora e respiratória, utilizando condutas de tratamento baseadas nas complicações das alterações cinético funcionais resultantes da doença e que o grande aumento de casos poderia ter consequências mais graves se não houvesse a intervenção da fisioterapia como mostram os estudos, sendo de fundamental para a melhora do paciente.

A maioria dos autores apresentados até aqui concordam que além da interversão multidisciplinar, a fisioterapia tem um papel fundamental para melhora precoce do paciente e na sua recuperação de forma global, no desenvolvimento da sua funcionalidade e da qualidade de vida. sendo a fisioterapia eficaz e essencial no processo de reabilitação desde a descoberta da SGB com bom prognóstico de recuperação funcional.

A fisioterapia motora com treinamento resistido melhora as respostas respiratórias e cardiovasculares ao exercício, pela maior disponibilização de oxigênio aos músculos, tornando-os menos vulneráveis à fadiga, sendo efetivo para modulação do tônus muscular, reeducação respiratória, melhora de controle de tronco, aumento do equilíbrio estático, redução das alterações posturais e diminuição da dor lombo pélvica. (QUADROS, 2017).

5. CONCLUSÃO

Quando se iniciou o trabalho de pesquisa havia uma dúvida sobrea importância da intervenção da fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré. Diante da problemática levantada, Objetivo geralanalisar a importância da fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré.Os objetivos especifico são caracterizar os sinais e sintomas que mais frequentes da SGB tratados pela fisioterapia; quais as técnicas utilizadas pelos fisioterapeutas nos pacientes que apresentam sequelas oriundas da síndrome; a importância da fisioterapia nas fases da evolução da doença. A hipose foi confirmada, pois, O tratamento fisioterapêutico é primordial em todas as fases da doença com técnicas motoras e respiratória, para prevenção das comorbidades prognósticas, pois, as consequências negativas dependem da gravidade de seus sintomas, podendo desenvolver dependência funcional que interferem na qualidade de vida. Ao longo do percurso da doença o tratamento fisioterapêutico irá ameniza e reduz os sintomas. O que futuras pesquisas podem esclarecer quando não há intervenção da fisioterapia quais as sequelas podem desfavorecer o paciente que foi acometido com a SGB.

O método utilizado é básico, descritivo, qualitativo, hipotético-dedutivo e com procedimento bibliográfico. Ao algumas limitações foram encontradas no decorrer dessa pesquisa, escassez de artigos científicos relacionados ao tratamento fisioterapêutico. As recomendações são para que futuros estudos sejam baseados nas técnicas fisioterapêuticas em todos as fases da doença.

Autor e anoCondutas realizadasResultados
CARVALHO, T.G.M.L.; LOPES, R. C., 2013.
Cinesioterapia- exercícios passivos associado a termoterapia, alongamentos globais, exercícios metabólicos, técnica de co-contração, hidroterapia treino de transferências equilíbrio, exercícios resistidos em cadeia cinética fechada e aberta, readequação a função de marcha.
Independência, aumento de das funções de força, tônus muscular e coordenação. respostas normais de MMSS, MMII e tronco, total independência nas AVDs.
SÁ, B.P, GRAVE, M. T. Q; PÉRICO, E.; BOHRER, T. R. M. J., 2015.
Alongamentos e reforço da musculatura dos MMII, método Bobath: transferência e suporte de peso para os MMII, co-contração, tapping de deslizamento e tapping alternado, método PNF: iniciação rítmica, reversão dinâmica, reversão de estabilização e estabilização rítmica.
Progresso na força muscular de MMII, melhora na ADM e equilíbrio
MONTINI, F. T.; SOUZA, D. R.,
Alongamentos de membros inferiores, treino de transferências com tábua, ortostatismo assistido em prancha, stand in table
Apresentou melhora do controle de tronco com dissociação de cintura escapular, ganho de força.
RIBEIRO, F. Q; BATTISTELLA, L. R., 2016.
barras paralelas (BP) com calha e tala extensora, trocas posturais tais como decúbito ventral (DV) com cunha, decúbito lateral esquerdo e direito, rolar; fortalecimento de musculatura de tronco e abdominal em sedestação, DV e associado ao FES, além do uso de ciclo ergômetro de membros superiores (MMSS) e inferiores.
melhora da coordenação em membros superiores, manter-se em ortostatismo no stand in table e prancha ortostática sem sinais de hipotensão e esboçando força para completar o passo
NASCIMENTO, V. L. S.; BORBA, G. S.; LEITE, C. M. B.; GABARINI, M. C., 2012.
Hidrocinesioterapia, alongamento (MMSS) e (MMII) Bad Ragaz Watsu e tração cervical
recuperação total das amplitudes dos movimentos articulares, da força muscular, das pressões inspiratória e expiratória. Melhora funcional sem sequelas.
UADROS L.R, GRAVE M.T.Q
-Sedestação -Transferência-Retroversão de quadril -Ponte -Quatro apoios, paciente realiza cifose de toda a coluna, contraindo abdômen -Exercícios abdominais- Aplicação de bandagem rígida- Abdução e rotação externa de quadril resistida por faixa elástica; -Passar de sedestação para ortostase com faixa -Leg press – Co-contração. – – Marcha -Realização de circuito com apoio em uma muleta. A literatura descreve tratamentos fisioterapêuticos de maneiras distintas, sendo que cada fisioterapeuta com sua metodologia visa um objetivo em comum, que é o de promover e melhorar de forma geral a qualidade de vida dos pacientes acometidos pela Síndrome de Guillain-Barré.Carvalho et al. (2013) afirmam que exercícios cinesioterapeutica associados com termoterapia; alongamentos globais; exercícios metabólicos; técnica de co-contração; hidroterapia; treino de transferências de peso e equilíbrio; e exercícios resistidos em cadeia cinética fechada e aberta promovem readequação a função de marcha e f (força, tônus muscular e coordenação), respostas normais de MMSS, MMII e tronco, e maior independência para execução de habilidades funcionais e retorno as AVDs.
Tabela 1 – – Tipos de estudo, métodos utilizados e principais resultados dos artigos revisados
Fonte: (MATOS, 2017).

RESULTADOS OBTIDOS

AUTORESOBJETIVOMETODOLOGIARESULTADOCONCLUSAO
ALMEIDA 2019Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com Síndrome de Guillain-Barré. Foram consultados artigos que descrevessem a QV em pacientes com SGB, entre 2007 e 2017, nas bases de dados PubMed, LILACS, BVS e Scielo. Foram encontrados 2 estudos com a utilização dos questionários Quality of Life e Sickness Impact Profile, indicando que com o passar do tempo a qualidade de vida é reduzida por conta das limitações causadas pela doençaA QV de vida pode ser pessoal e subjetiva, observando diversos fatores contribuintes para ser considerada boa ou ruim. Os estudos encontram-se de acordo com a literatura existente, tendo em vista que os dados coincidem A SGB tem diversas consequências negativas de acordo com a gravidade de seus sintomas, o que interfere diretamente na qualidade de vida destes indivíduos. 
SOARES 2017Apresentar o que a literatura expõe sobre a síndrome de Guillain Barré e seu tratamento, demonstrando quais os principais benefícios advindos da intervenção fisioterapêutica precoce.
trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde formulou-Se a seguinte questão: “Como a fisioterapia pode ajudar no tratamento do paciente portador da Síndrome de Guillain Barré?”.
Foi realizado uma busca nas bases de dados BVS, PeDro e Scielo, onde foram utilizadas as palavras chave: Síndrome de Guillain-Barré, Fisioterapia, Neuropatia Autoimune. Aguda e Procedimentos Terapêuticos.
O estudo, observou-se que a fisioterapia tem fundamental importância no tratamento da síndrome, sendo necessária desde o momento do diagnóstico e devendo acompanhar o paciente em todas as fases do tratamento, afim de evitar possíveis sequelas.
MARTNEZ, 2017Qual é o intervenção fisioterapêutica ideal e onde o futuro deve estar pesquisa.
evisão bibliográfica narrativa do ano passado.
evidência parece demonstrar os múltiplos benefícios do tratamento na melhoria da capacidade funcional e autonomia de pacientes com síndrome de Guillain-Barré, melhorando deficiências, função cardiorrespiratória, força e, em última instância, as atividades do vida diária (AVD).
A fisioterapia como parte de um tratamento multidisciplinar, começou cedo e continuado ao longo de todo o curso da doença é essencial para alcançar reabilitação ótima, além de ter vários campos abertos de estudo que poderiam trazer novas melhorias significativas.
ROCHA 2017avaliar a eficácia da fisioterapia no processo de reabilitação de pacientes portadores da SGB, observando abordagens diversas e principalmente ressaltar a importância da atenção fisioterapêutica durante esse processo.Foi realizada uma revisão da literatura dos últimos 10 anos que abordassem o tema da SGB associada à Fisioterapiaforam observadas melhoras significativas, com ganho de capacidade funcional fundamental para independência em atividades diárias. A intervenção fisioterapêutica é muito importante e eficaz na recuperação das limitações funcionais ocasionadas pela SGB, promovendo ao portador independência nas atividades diárias e melhorando a qualidade de vida.
Tabela 2- Os Principais autores citados neste estudo e sua relevância bibliográfica.
Fonte: (ALMEIDA, 2019; SOARES, 2017; MARTNEZ, 2017; MATOS, 2017).

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia utilizada foi a básica estratégica, como objetivo descritivo, de abordagem qualitativa para análise dessas informações, com método hipotético-dedutivo e procedimento bibliográficos. Critério de inclusão nesta revisão foram artigos publicados entre os anos 2015 a 2020, nas línguas inglesa, espanhol e portuguesa. Os requisitos de exclusão foram publicações inferiores ao ano de 2015. Foram realizadas pesquisas nas seguintes bases eletrônicas: Lilacs, Google acadêmico, Scielo, revistas eletrônicas, Pubmed/medline, esses materiais didáticos utilizados foram catalogadas e separadas e não ultrapassaram mais de 05 anos de publicação e 20 artigos selecionados.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, L.; FREITAS, M.; MELO,R.; SANTOS, S.; SANTOS, A. Qualidade de vida de pacientes com Guillain-Barré: uma revisão Psic., Saúde & Doenças v.20, n. 2, 2019. Doi:http://dx.doi.org/10.15309/19psd200204.

ANTUNES, M. D.; PALÁCIO, S. G.; BERTOLINE, S. M. M. G. Efeito da Fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré. Anais eletrônico, n. 9, p. 4-8, 2015. Disponível em: <http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2015/anais/mateus_dias_antunes_3.pdf > Acesso em: 06 Mar 2020.

COSTA, P.R.F.; RODRIGUES, C.S.; SILVA, KCC Análise da atuação fisioterapêutica nas sequelas motoras da Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão bibliográfica. v. 7, n. 2, 2017: Scire Salutis: Anais da 2º Jornada Científica da Biologia e do 1º Encontro Técnico Científico da Faculdade Guaraí. doi:https://doi.org/10.6008/SPC2236-9600.2017.002.0005.

MARTINEZ, M.G.T.M.M. Tratamiento fisioterapéutico en síndrome de guillain barré. Lima – Perú Diciembre – 2017. Universidad Inca Garcilaso De La Vega Facultad de Tecnología Médica Carrera de Terapia Física y Rehabilitación. Disponível em: https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=66023. Acesso em: 14. Out. 2020.

MALTA, J.M.A; RAMALHO, W.M. Aumento das internações por síndrome de Guillain-Barré no Brasil: estudo ecológico. Epidemiol. Serv. Saúde vol.29 no.4 Brasília 2020 Epub Aug 24, 2020. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742020000400020.

MATOS, A. M. B. Perfil clínico, epidemiológico, laboratorial e eletroneuromiográfico de pacientes com síndrome de Guillain Barré assistidos no Hospital Geral de Fortaleza. In Trabalho de Conclusão de Residência Médica (Residência Médica em Neurologia) – Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza. Organização Mundial da Saúde.  2017. Disponível em: http://extranet.hgf.ce.gov.br/jspui/handle/123456789/170?mode=full. Acesso em: 30 Set 2020.

MONTINI, F. T.; SOUZA, D. R.; RIBEIRO, F. Q.; BATTISTELLA, L. R. Modelo intensivo de reabilitação na síndrome de GuillainBarré: um relato de caso. Acta Fisiátrica, São Paulo, v.23, n.1, p. 42-45, 2016.

QUADROS, L. R.; GRAVE, M. T. Q. Physical therapy in a pregnant young woman with sequels of Guillain-Barré syndrome: case report. Scientia Medica, v.27, n.1, 2017. DOI: https://doi.org/10.15448/1980-6108.2017.1.25318.

ROCHA, A.P; BARBOZA, M. L; SPECIALI, D.S Ft. Atuação da fisioterapia na reabilitação de paciente com Síndrome de Guillain-Barré. v. 18, n 6, 2017. Disponível em:http://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/886/html Acesso em: 29 Set 2020.

SOARES, J.L.; MONTEIRO, L.M. A contribuição da fisioterapia na recuperação do paciente portador da Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde. V. 7, p. 336-340.

WILLISON, H. J., JACOBS, B. C., VAN DOORN, P. A. (2016). Guillain-Barré syndrome. The Lancet. V. 388, n. 10045, p. 717-727, 2016.

DOI: 10.1016/S0140-6736(16)00339-1.   

6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BERG, B. V; WALGAARD, C; DRENTHEN, J; FOKKE, C; JACOBS, B.C et al. Guillain–Barré syndrome: pathogenesis, diagnosis, treatment and prognosis. Nature Reviews Neurology volume 10, pages469–482(2014). Disponivm em:https://www.nature.com/articles/nrneurol.2014.121. Acesso em: 29 Set 2020.

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8. LISTA DE ABREVIATURAS

SGB: Síndrome de Síndrome de Guillain-Barré

QV: Qualidade de vida

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