REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10241171451
Boletini, L. T.1
Diniz, I. C. V. C.2
RESUMO: O objetivo deste estudo foi analisar através de uma revisão bibliográfica a importância da dança no contexto escolar como instrumento para trabalhar a criatividade na vida do estudante. Este artigo nos mostra que através da dança, temos a oportunidade de aprender não só modelos rítmicos, mas também de estimular e potencializar a criatividade, trabalhar autoconfiança, auxiliar no desenvolvimento do pensamento crítico e na elaboração para solução de problemas. Pontua sobre a necessidade do educador ser intencional estimulando o aluno na sua autonomia, sua imaginação, oportunizando o aperfeiçoamento e desenvolvimento da ser criativo. Conclui-se que desenvolver habilidades criativas tem sido cada vez mais exigido no mundo atual em que vivemos e a dança dentro do contexto escolar, mediante um olhar pedagógico e intencional, é de extrema importância, trazendo benefícios no quesito de potencializar e estimular a criatividade dos estudantes.
PALAVRAS-CHAVE: Criatividade. Dança. Ensino Fundamental.
ABSTRACT: The aim of this study was to analyze, through a bibliographical review, the importance of dance in the school context as an instrument to work creativity in the student’s life. This article shows us that through dance, we have the opportunity to learn not only rhythmic models, but also to stimulate and enhance creativity, work on self-confidence, help in the development of critical thinking and in the elaboration of problem solving. It points out the need for the educator to be intentional, stimulating the student in their autonomy, their imagination, providing opportunities for the improvement and development of being creative. It is concluded that developing creative skills has been increasingly required in the current world we live in and dance within the school context, through a pedagogical and intentional look, is extremely important, bringing benefits in terms of enhancing and stimulating the creativity of students.
KEYWORDS: Creativity. Dance. Elementary School
Introdução
A dança é uma construção cultural, uma linguagem universal, que possibilita a expressão foi por meio do corpo, permitindo ao homem agir no mundo por meio do movimento. Desta maneira, o movimento corporal torna-se uma forma de comunicação, de trabalho, de aprendizagem, de demonstração de sentimentos sobre o mundo e da sua própria existência, e uma forma do homem ser compreendido. Diante disso, podemos compreender que nosso corpo fala e quem dança tem facilidade de se comunicar porque está acostumado a lidar com o corpo de forma íntima, (SOUZA, 2000). Portanto, a dança traz esse despertar intrínseco no indivíduo, enchendo-o de informações que carregaremos para toda a vida. Por sua riqueza e significado social, a dança se constitui como um conhecimento a ser tratado na Educação Básica. Em âmbito nacional, o conteúdo de dança tem sido garantido por meio dos PCNs de Educação Física e de Arte e, mais recentemente, da BNCC. Nesses documentos, a dança é reconhecida como um conteúdo que possibilita aos alunos a aprendizagem de novos conhecimentos que abrangem a expressão artística, a imaginação, o lazer, a criatividade e a sensibilização, contribuindo para seu desenvolvimento integral ( Souza, 2024).
Desde o século passado a criatividade é demonstrada como um dos principais instrumentos para desenvolver as habilidades dos alunos como citados nos artigos da revista Soviet Education de pesquisadores como Beliaev (1976), Danilov (1962), Kraevskii (1982), lakovlev (1976), Skatkin (1982), Sukhomlinskii (1963) e Zhukovskaya (1962), apontando também para que os professores estejam atentos a cada criança, favorecendo o desenvolvimento de seus talentos, do seu potencial, cultivar a imaginação e a atividade criativa de todos na escola. Nos EUA observa-se a necessidade sobre abrir um espaço maior para desenvolver a criatividade na escola, encontramos debates e pesquisas neste tema, publicados em revistas como Gifted, Creative; Talented, Journal of Creative, Behavior e Gifted Child Quarterly. Atualmente, os alunos precisam de um melhor preparo para resolução de novos problemas no cenário incerto e complexo do século XXI, onde a criatividade é associada a um conjunto de atributos personológicos. Portanto desenvolver a competência criativa na escola é uma das maneiras de preparar os estudantes para um futuro incerto (Beghetto, 2010).
No Brasil, fatores como a pouco alteração na rotina em sala de aula, ênfase no conhecimento como reprodução, são fatores em que a capacidade de criação e expressão do aluno ficam restritas. Segundo Wechsler (2002) o maior desafio é despertar os professores a desenvolver estratégias para trabalhar a criatividade no contexto escolar, esta conclusão se deu após a análise de estudos brasileiros sobre a importância deste, pois o estímulo e uso do potencial criativo nas redes de ensino, tem sido limitados, embora exista o reconhecimento da relevância em promover a criatividade. Esta que segundo a autora Torrance (1971) afirma que diminuem as possibilidades de desenvolvimento criativo, à medida que o aluno avança nas séries e graus de ensino.
A inserção da dança educativa no Brasil, surgiu no mesmo período do movimento dos escola novistas, que também tinham o intuito de se preocupar com a “ expressão e a liberdade criadora, condenando o modelo imitativo e repetitivo, característico da pedagogia tradicional” (CINTRA, 2011, p. 129), mas foi inserida nas aulas de artes por causa da expressividade, mas não chamou tanto a atenção dos professores de artes, como dos profissionais de EF. Importante destacar que, antes do movimento escola novista, um dos primeiros teóricos do movimento a ser preocupar com a inserção da dança na escola, foi o eslovaco Rudolf Laban, seus estudos estavam voltados para a estrutura do movimento humano na dança. Contribuindo de maneira efetiva para o ensino de dança na escola, sua proposta educacional foi chamada de 27 dança educativa. Para o autor, nas escolas, a dança não deve se preocupar com a perfeição, mas sim com a criação e criatividade do aluno (LABAN, 1990).
Formular problemas, transformar, expressar, produzir, comunicar ideias, são termos que associam a criatividade. Desenvolver o potencial criativo é ver o que ninguém vê, estimular a fluição de ideias, auxiliando a criança a descobrir novas formas de buscar e despertar o mundo criativo dento de si, fazendo-se valer da utilização de estratégias do saber, ver e fazer, para que o pensamento do aluno se torne visível. Referente a isto, a Educação Física, como parte desta proposta pedagógica, traz em si componentes que são de fundamental importância para este estímulo na vida do aluno.
Paes (2008) defende que o movimento, o sentimento e o pensamento, são os três aspectos para o desenvolvimento integral do indivíduo, mostrando a importância das atividades motoras, que traz com ela benefícios psicológicos, sociais e físicos, em todas as faixas etárias. Portanto a disciplina física no contexto escolar, traz a corporalidade, devendo ir além da aprendizagem de habilidades pontuais, extrapolando a mecânica dos movimentos corporais, contribuindo de diferentes maneiras de vivenciar o corpo, somando para o desenvolvimento de capacidade sócio-afetivas, intelectuais e motoras. Na perspectiva de Daólio (2004), o indivíduo expressa suas formas de ver e entender o mundo, constrói sua motricidade, através das práticas corporais.
Para a neurociência, a função motora é decisiva no comportamento do ser humano. A tradução dos pensamentos em atos concretos, são os nossos comportamentos, é um movimento físico feito através da cognição. A inteligência, a cognição e a criatividade são produções físicas do sistema nervoso. Para Mendes (2010) a inteligência, um componente importante no processo criativo.
O desenvolvimento da criança é influenciado pelas experiências vividas no seu cotidiano, assim como pela qualidade das atividades que ela realiza, Bee (1997). O desenvolvimento pode ser moldado por estímulos externos, ao contrário do que se acreditava que este desenvolvimento se dava somente na maturação do sistema nervoso Fonseca (1995), Tecklin (2002). Assim também como o ambiente, que pode promover ou inibir o potencial criativo do aluno (Fleith & Alencar, 2005). Mesmo que um indivíduo tenha recursos internos para raciocinar de forma criativa, o ambiente que pode reprimir esta criatividade (Sternberg, 2006). Sendo assim, a dança traz através dos seus elementos, estímulos necessários para trabalhar a criatividade na vida dos alunos, proporcionando também um ambiente favorável a este.
Dentre os diversos tipos de atividades motoras está a dança, como fenômeno cultural tem a contribuir na prática pedagógica e construção do conhecimento na área da Educação Física. Através da dança temos a oportunidade de: sermos criativos, aprender modelos rítmicos, trabalhar auto-confiança, combinar atividades de movimentos com a ciência, a arte, a música e a matemática, Carbonera (2008). Assim como trabalhar a lateralidade, noções de espaço e o conhecimento do seu próprio corpo. Segundo relatos de Castro (2006) para Vigotski a atividade criadora é toda a criação do novo, seja esta criação técnica, científica ou artística. Para ele tudo é produto da imaginação do homem, sendo assim sabemos que a dança nos permite tratar a criatividade como uma possibilidade a ser construída, dentro desta atividade motora.
Assim o estudo em questão trata da importância emergencial em desenvolver a competência criativa das crianças diante dos desafios que encontramos frente ao cenário complexo do século XXI. Partindo também da constatação que a dança nos possibilita a construir uma criatividade já latente no ser humano. Justificando, portanto, a realização desta revisão teórica.
OBJETIVOS
- Objetivo Geral
O objetivo deste estudo é analisar através de uma revisão bibliográfica a importância da dança no contexto escolar como instrumento para trabalhar a criatividade na vida do estudante. Trazer a reflexão do importante papel do profissional que está em sala de aula, sendo ele o elo entre o ser criativo e o estímulo desta potencialidade.
- REVISÃO TEÓRICA
As mudanças têm sido significativas no nosso mundo globalizado, o trabalhador precisa estar preparado para se adaptar rapidamente às mudanças dessa nova sociedade, portanto este cidadão deverá ser criativo, pensante e crítico. A criatividade e a disposição para capacitação, cada vez mais serão valorizadas e requeridas. Para Florida (2011), o uso da criatividade como recurso essencial para geração de valor, é para onde as áreas estratégicas das empresas voltaram os olhos, configurando uma nova economia, a economia criativa.
Simplificando o siginificado de criatividade é “fazer algo que não existia antes”, Bono (1994). Para Bailin (1994) ela está intimamente relacionada à originalidade. O pensamento criativo é descrito por sua imaginação, geração espontânea de ideias, questionamento de julgamentos. Portanto a criatividade deve abrir possibilidades para a recepção do mundo de forma múltipla e abrangente.
Gardner (1987) afirma que a escola é um lugar privilegiado de aprendizado, deve garantir a motivação aos alunos para conhecer o novo exercício com muita inteligência inventiva, pressupondo o uso de outras inteligências. No ambiente escolar é importante promover uma atitude de questionamento e curiosidade, promovendo muitas perguntas e poucas respostas, assim o aluno vai se transformando em pensadores reflexivos e independentes. As perguntas promovem conexões significativas, favorecem a participação dos alunos e incentiva o interesse e a curiosidade. Como disse Paulo Freire (1996, p.32) “Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos.” Importante também ensinar a aprender com os próprios erros, pois o medo do erro é um grande bloqueador da criatividade. Tomando como base as afirmações deste cenário do século XXI, é de extrema importância, os professores considerarem como chave nesse processo o desenvolvimento do potencial criativo dos alunos, preparando estes para as mudanças que tem ocorrido neste tempo.
Os professores ao se depararem com alunos criativos, tendem a apresentar dificuldades, vindo a impedir a expressão da criatividade em seu trabalho. A responsabilidade por este atual quadro, se dá no processo de formação dos professores, que prepara estes para lidar somente com o “aluno obediente”, o “aluno padrão” e o “aluno passivo. Segundo Fleith e Alencar (1992), há um pouco mais de uma década que o Brasil passou a se preocupar sobre a importância de preparar o professor o instrumentalizando, para que este se torne mais efetivo à criatividade em sala de aula. É importante a motivação do professor para utilizar práticas pedagógicas criativas, assim estes estimularão os alunos ao desenvolvimento do seu potencial criativo, já que habilidades criativas precisam ser estimuladas da educação infantil até a universidade, a conscientização do professor para potencializar a criatividade de seus alunos é necessária, incluindo este objetivo em seu planejamento. Esta conscientização do professor tem sido um grande desafio para escola, além da falha na formação deste, como já citado acima, a existência de barreiras pessoais internas também é um agente limitador, impedindo o profissional de ousar e utilizar estratégias inovadoras na sua prática. Oliveira e Alencar (2007) realizaram um estudo com professores, nesta pesquisa as barreiras mais citadas por eles sobre o aspecto criatividade, foi o ensino tradicional e conteudista, o ensino excessivamente teórico que os profissionais receberam e o desconhecimento do tema criatividade.
O professor não deve usar em suas aulas de dança uma didática massificante e mecânica, apenas a cópia de movimentos ou coreografias, pois se assim o fizer estará tirando individualidade e espontaneidade da criança, tendo como consequência o bloqueio da sua criatividade. Devem utilizar:
Atividades que estejam voltadas para uma sequência pedagógica que inicie do simples para o complexo, do concreto para o abstrato, do espontâneo para o específico, das atividades de menor duração, para as de longa duração e de um ritmo inicialmente lento, progredindo para o “espetáculo”, mais agitado (CARBONERA, 2008, p. 44)
Laban foi um entusiasta do movimento, dedicando toda sua vida a estudos nessa área, seus estudos têm grande influência no mundo da dança até os dias de hoje (Pereira & Rodrigues.,2024). Diante de tudo isto, é notória a necessidade de se investir em formações profissionais que contemplem em seu conteúdo práticas pedagógicas relacionadas à criatividade, trazendo processos reflexivos. A formação docente deverá levar em consideração alguns agentes que são inibidores da perspectiva criativa, entre os destaques estão: Estrutura organizacional da escola, indisciplina na sala de aula, sobrecarga de trabalho, a falta de apoio ao aperfeiçoamento profissional.
Dentre soluções para o ensino de uma pedagogia que potencializa e instiga a criatividade encontramos a dança escolar. O professor além de um educador, ele é um intermediador do processo arte/dança, onde a interação corpo e mente são prazerosos através do movimento. O aluno que a pratica deve se sentir à vontade, instigado a criar, se apropriando do processo. A improvisação que esta atividade traz, gera um desenvolvimento criativo, permitindo uma percepção mais apurada do sujeito que a faz, em relação ao seu entorno. A dança possibilita o indivíduo expressar-se criativamente, uma oportunidade que contribui o aluno para uma descoberta pessoal de suas habilidades, o levando a desenvolver sua capacidade criativa, formando cidadãos críticos, conscientes de seus atos, visando a uma transformação social.
Vigostski apud Bock (1995), afirma que todos possuímos energia criativa, que não é uma determinação biológica, e ela é concretizada através das nossas interações com o meio sócio-cultural, permitindo assim a possibilidade da criatividade ser construída através das aulas de dança. Assim, a dança se torna importante no contexto educacional sem perder seu sentido artístico também, trazendo relações que vão além da sala de aula, ampliando a percepção e a sensibilidade do mundo, integrando o desenvolvimento das habilidades físicas, proporcionando aos alunos a oportunidade de mostrarem suas habilidades corporais e criativas, assim como dificuldades e suas superações.
Para que isso aconteça é importante que seja explorada a criatividade, levando a descoberta de novas formas de movimentos que possibilitem a educação rítmica na diversidade das ações psicomotoras. Levando o aluno a desenvolver a concentração, pois ele deve explorar a sua expressividade de seus sentimentos, pensamentos e emoções ( SANT’HELENA, 2021).
A consciência e o domínio das possibilidades corporais são importantes, através delas o potencial criativo para o movimento se manifesta de forma plena. A nossa criatividade é também formatada com a relação que estabelecemos com o mundo e as nossas experiências, processos de ensino-aprendizado que passamos no decorrer da vida. Laban (1990), afirmava que a dança na educação traz uma integração entre as habilidades criativas do aluno e o seu conhecimento intelectual. Este no processo de aprendizado da linguagem corporal, também exercita seu potencial criativo, experimentando e improvisando sua linguagem corporal, saindo das reproduções de modelos, e descobrindo novas possibilidade ao se comunicar com o corpo.
Esta improvisação que envolve a dança desenvolve o pensamento divergente, contribuindo para a uma amplitude de respostas perante os problemas de criação. Aranha e Martins (1986, p. 376) associam ao pensamento divergente ao comportamento exploratório. Dentro do assunto criatividade, o pensamento convergente é apresentado quando converge para a solução correta do problema, já o pensamento divergente é o levantamento de ideias e possibilidades, para a busca de uma solução do problema. O caminho do pensamento divergente como responsável do pensamento criativo, nos mostra que o pensamento criador se encontra nos processos mentais relacionado ao novo, a descoberta. É neste lugar que a dança educação atua, construindo o pensamento divergente e potencializando a criatividade do aluno.
METODOLOGIA
Foram analisadas os seguintes descritores, “dança e criatividade”, “dança e ensino fundamental I”, “dança criativa”, “dança na escola”, a busca foi realizada nos seguintes periódicos: Scielo, Repositório da Universidade de Lisboa, Academia EDU, Educadores.diaadia.pre.gov.br, SBU – Unicamp, Biblioteca Digital FGV, Repositório UL Portugal e Researchgate. Onde foram encontrados 97.011 estudos. Destes foram excluídos 45.000 estudos por serem duplicados, 50.000 pela leitura do título e 1.811pela leitura do resumo. Foram selecionados 200 estudos para leitura na íntegra, destes foram excluídos 28. Ao final em análise foram selecionados 5 estudos para a revisão sistemática, conforme a figura 1.
Foi utilizado como protocolo o PRISMA, Galvão, Pansani e Harrad (2015), como demonstrado na figura 1.
Figura 1: Fluxograma Prisma da revisão
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram selecionados 5 artigos, os quais foram analisados seus objetivos, número de participantes, intervenção e resultados de cada artigo selecionado, assim como na tabela abaixo:
TABELA1: Caracterização da dança no contexto escolar como instrumento para trabalhar a criatividade em diferentes estudos
AUTOR | OBJETIVO | AMOSTRA | DURAÇÃO / INTERVENÇÃO | RESULTADO |
Souza, Pinho e Morais – 2020 | Refletir sobre a importância da arte para o ensino e para a formação humana, principalmente na educação da criança. Discutindo o conceito de criatividade e de potencial criativo no ensino da arte na escola. | Revisão bibliográfica, referente a base de dados da Rede Internacional de Escolas Criativas – Riec no Tocantins. | O estudo mediu a importância da arte dentro do contexto escolar e sua contribuição no desenvolvimento humano do aluno. | O estudo mostrou que a arte e de primordial importância para a formação e a evolução do ser humano, e que a escola pode contribuir de forma significativa neste processo. |
Simões – 2020 | Analisar de que forma é que as características individuais e as competências socioemocionais influenciam a criatividade, e qual o papel da psicomotricidade na promoção do potencial criativo. | 38 crianças com idades entre 8 e 9 anos, que frequentam o 3º ano. Por crianças de ambos os géneros, sendo a maior parte do género masculino. O estudo contou ainda, com um aluno com Perturbação do Espectro do Autismo ligeira, com 7 anos de idade, frequenta o 2º ano de escolaridade e segue o currículo escolar habitual. | Teste TCT-DP: para identificar os indivíduos que têm um potencial criativo elevado, assim como os indivíduos que possuem limitações nas capacidades criativas. Teste Gough (1979): Escala de personalidade criativa para medir a criatividade dos alunos. Teste: Escala “Para mim é fácil” instrumento de avaliação das competências sociais e emocionais. | 1 –Turma do 3ºA encontra-se no percentil de 80 (acima da média) e o 3ºB no percentil de 50 (na média). Rapazes como as raparigas estão no percentil 70 (na média). 2 – Sem diferenças significativas entre rapazes e raparigas na criatividade. Diferenças significativas entre as duas turmas na criatividade. 66,5% dos alunos da turma do 3ºB se localizam na média, a maior parte dos alunos do 3ºA, estão acima da média (40%) ou muito acima da média (35%). 3 – Não existem diferenças entre géneros, na avaliação dos professores, existe diferenças significativas entre rapazes e raparigas. Para os pais também não revelou diferenças entre rapazes e raparigas. |
Souza e Mendonça – 2019 | Possibilitar a vivência da dança-educação como um desenvolvimento da cultura e dos estilos, articulando a criação pessoal e coletiva de movimentos. Buscando estimular por meio de movimentos da dança os movimentos técnicos básicos, a criatividade, a construção coreográfica. | 10 participantes, sendo 3 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, do ensino fundamental. Escola A 6 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Escola B | Coleta de dados informativos e de conhecimento teórico-prático sobre a dança por meio de um questionário. Avaliação de desenvolvimento aconteceu através das filmagens, fotos e relatórios de observação. | Foi possível ampliar o conhecimento sobre a dança, sua história, ritmos de culturas variadas, movimentos técnicos de estilos, de expressão corporal por meio da liberação de sentimentos e criatividade e a criação de coreografias. A dança na escola como um fator importante para o desenvolvimento individual, de grupo, da criatividade e ampliando a percepção corporal dos participantes além dos esportes. |
Alho – 2019 | Viabilizar um estudo abrangente no sentido de auxiliar na construção do conhecimento por meio de processos de criação em dança utilizando conteúdos transmitidos em outras disciplinas do ensino fundamental I. | Participaram 13 crianças de uma turma de 32 alunos do 4° ano do ensino fundamental, que estão com idade em torno de 9 e 10 anos. | Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: • Rodas de Conversa • Diário Coreográfico • Registros Audiovisuais • Análise de Conteúdo Atividade práticas foram registradas em fotografias e vídeos, e também geraram produtos artísticos. | Conclui-se que a prática da interdisciplinaridade aliado a dança possibilita um estudo que utilize a movimentação como forma de se transmitir determinado conteúdo, pois o corpo é o mediador entre a criança e o mundo, e segundo Fazenda (2011 p. 78). |
Araujo – 2019 | Investigar e propor processos criativos em artes da cena (dança) e tecnologias na disciplina de Arte. | Participaram alunos do quinto ano do ensino fundamental. | Práticas foram registradas em fotografias e vídeos, e geraram produtos artísticos. Aconteceu: rodas de conversa com os participantes sobre os processos criativos, armazenadas em áudio; atividades de desenhos e produção de textos escritos sobre as temáticas dos processos criativos. ● As atividades foram realizadas nos horários e espaços das aulas de arte. | Os processos criativos foram acontecendo com a participação efetiva das diferentes linguagens que formaram um vídeo dança. Os alunos se envolveram muito profundamente com cada etapa do processo. Transitaram entre as funções de dançarino, câmera, diretor, compositor da trilha e editor fluiu com tranquilidade decorrente do reconhecimento que cada área era tão importante quanto a outra. |
Segundo estudos de Souza et al (2020) demonstrou que a arte é de primordial importância para a formação e a evolução do ser humano, isso pode ser justificado pelos achados do estudo de Souza (2020) que diz que a arte é arte e o potencial criativo da criança, sendo a arte de suma importância no ensino e para a formação e atuação criativa da criança.
Já os artigos de Alho (2019) e Araújo (2019) demonstraram a dança auxilia no processo criativo dos alunos, sendo benéfica na movimentação como forma de se transmitir determinado conteúdo, pois o corpo é o mediador entre a criança e o mundo, estes achados são justificados nos estudos de Bueno et al (2020), em que a improvisação em dança pode contribuir com a imaginação, a criatividade e a expressão, buscando um conhecimento amplo das possibilidades de movimento, do espaço e da consciência corporal da criança.
Para Souza e Mendonça (2019) a dança-educação não só ajuda na criatividade, mas também, segundo Nanni (1998) trabalha o ser criativo através da expressão corporal, quando apropriada de forma pedagógica é fundamental na construção da confiança, na interação, na autoestima, ativando no educando uma consciência crítica. Este relato é justificado nos estudos de Caldas, Holzer e Popi (2017) que apontam que a arte tem um importante papel na formação expressiva e crítica do aluno, pois ela promove estes aspectos na vida do ser humano através de atividades que trazem a expressão de ideias do indivíduo, compreensão do conhecimento de um modo reflexivo.
Nos estudos de Souza, Pinho, Morais (2020) e Rebocho (2020), relatam a importância do estímulo do potencial criativo nas crianças, para que assim haja de fato o desenvolvimento da criatividade, o educador necessita ser intencional estimulando o aluno na sua autoconfiança, autonomia, na sua imaginação, oportunizando o aperfeiçoamento e desenvolvimento da sua criatividade. No artigo de Oliveira e Alencar (2012) justifica esta pontuação, pois ele descreve como é importante para o desenvolvimento criativo dos estudantes contar com professores motivados a utilizar práticas pedagógicas criativas, para que o estímulo necessário seja realizado através destes.
Também para Rebocho (2020), seus estudos nos mostram que um dos meios educativos para promover o desenvolvimento psicomotor é a arte, através dela é viável expressar sentimentos, ideias e criatividade (Freitas e Israel, 2008). A dança criativa permite estimular o raciocínio e resolução de problemas, estimulando funções executivas como a criatividade. Para Batista (2006), a criança deve vivenciar diversas práticas corporais, lhe permitindo desenvolver sua espontaneidade e o ser criativo.
O Brasil é privilegiado por possuir uma cultura rica também no que se refere à dança, trazidas por imigrantes que há tempos vieram para este país em busca de uma nova vida, mesmo sem saber acabaram trazendo essa riqueza cultural que se tem o privilégio de usufruir nos dias atuais. Essa mistura abre um leque, onde juntando a criatividade do povo brasileiro, foi criando e adaptando inúmeros ritmos e expressões. Sendo assim, devemos reconhecer a importância da dança no âmbito escolar. Sabemos que este conteúdo já faz parte do planejamento de muitos professores, mais agora com o aparecimento explicito da dança na mídia e também com a política educacional vigente que propõem a dança como um dos conteúdos que estrutura a prática docente, possibilitando muito mais profissionais trabalhar com este conteúdo na escola.
Infelizmente, na atualidade a formação educacional pela dança acontece de forma superficial e oprimida com as crianças do ensino fundamental e muitas vezes, realidade esta que se torna evidente nas datas comemorativas, quando o professor é solicitado para montagem coreográfica de um tema estabelecido. O aluno por sua vez reproduz sem ao menos discutir o grau de importância que a manifestação corporal representa e em que contexto histórico que foi criado, desestimulando assim muitas vezes a criatividade do aluno.
Conclusão
Conclui-se que a dança dentro do contexto escolar, onde o professor em um olhar pedagógico, não é só um mediador, mas também um estimulador do potencial criativo do aluno, havendo ganhos para além da sala de aula, onde sua autoconfiança e autonomia são trabalhadas, impulsionando o estudante como indivíduo, desenvolvendo o ser criador e o pensamento crítico deste, estímulos que ajudarão em soluções de problemas de uma maneira cada vez mais orgânica. Como consequência auxiliando em um potencial que tem cada vez mais sido exigido perante o mundo que vivemos hoje que é a criatividade.
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1 Universidade Federal de Minas Gerais (Tatiana Lima Boletini)
2 Universidade Federal de Minas Gerais ( Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz)