A IMPLEMENTAÇÃO DA ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL NA ESCOLA DE ENSINO MEDIO EM TEMPO INTEGRAL ABRAÃO SIMÃO JATENE EM CAMETÁ/PA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10791129


Lenise Maria da Silva Ferreira1;
Benedita Sarah Moraes Baia Serrão2;
Erica Augusta Moraes Gonçalves3.


RESUMO: A educação em tempo integral tem ganhado destaque nas políticas públicas como uma proposta para promover a equidade no cenário educacional brasileiro. Este artigo analisa a implementação do projeto de escola em tempo integral na Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Abraão Simão Jatene, em Cametá/PA, examinando seus desafios e possibilidades. O objetivo principal é descrever o processo de implementação do tempo integral nessa instituição, destacando como a comunidade escolar recebeu a demanda por formação em tempo integral e como a equipe gestora e docente acolheu a proposta da educação em tempo integral como uma nova concepção, que reconhece a necessidade de garantir o desenvolvimento integral do sujeito. Nesse sentido, surgem as seguintes indagações: Como superar as dificuldades na implementação do projeto de educação integral nessa escola? Quais são os desafios específicos de implementar a educação integral em uma escola pública de ensino médio? Quais os mecanismos norteadores que facilitam o desenvolvimento de uma educação em tempo integral de forma eficaz e qualitativa? Como embasamento teórico, foram adotadas as contribuições de autores como Gonçalves (2016), Silva (2018) e Menezes (2012). Quanto à metodologia, optou-se pela pesquisa qualitativa, que permite analisar os aspectos relativos ao indivíduo em seus múltiplos relacionamentos com outros indivíduos e instituições sociais. Dessa forma, o estudo busca compreender, analisar e avaliar a situação-problema por meio de diversos instrumentos de coleta de dados, tais como observação direta do pesquisador e entrevistas semiestruturadas.

Palavras-Chave: Escola, Tempo Integral, Gestão, Implementação, Desafios e Possibilidades.

1. INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea é permeada por uma diversidade de problemas de ordem social, técnica, científica e informacional. Nesse cenário, a educação emerge como temática amplamente discutida, na medida em que se atribui a ela um verdadeiro papel de resolução e mitigação dessas problemáticas.

Desde suas origens, o Ensino Médio tem passado por transformações significativas, evoluindo de um modelo tradicional para abraçar propostas mais abrangentes, como a escola de tempo integral. Inicialmente concebido como uma etapa final da educação básica, o Ensino Médio expandiu sua missão, reconhecendo a importância de oferecer uma formação integral aos estudantes, indo além do aspecto puramente acadêmico para abranger o desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

A escola estadual de ensino médio em tempo integral Abraão Simão Jatene está localizada na região da Amazônia Tocantina, no nordeste do Pará, região esta, marcada por uma rica diversidade cultural e desafios socioeconômicos, demandando uma abordagem educacional sensível às necessidades de sua população, especialmente da juventude que constitui o público-alvo da escola.

A partir desse pressuposto, a educação em tempo integral tem ganhado destaque nas últimas décadas no âmbito das políticas públicas, configurando-se como uma das iniciativas mais relevantes no cenário educacional para alcançar a equidade na educação básica. Destaca-se, nesse contexto, a ampliação da jornada escolar dos educandos para o período integral, prevista em diversos documentos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, que vislumbra a ampliação do tempo de permanência dos alunos na escola como uma possibilidade para sua formação integral e completa.

É válido ressaltar que a relevância dessa política foi reafirmada pelo Plano Nacional de Educação (2014-2024), o qual estabeleceu, dentre suas vinte metas para a educação nos próximos dez anos, a Meta 6, que se dedica exclusivamente à Educação Integral.

As primeiras iniciativas de ampliação e práticas de educação integral no cenário educacional brasileiro surgiram, de forma mais efetiva, na década de 1950, na Bahia, com Anísio Teixeira, que idealizou o Centro Educacional Carneiro Ribeiro (CERC). Esse projeto pioneiro, concebido para funcionar em horário integral, desdobrou-se em atividades regulares no centro, nas Escolas-Classe, e em atividades complementares nas EscolasParques. Tornou-se uma referência nacional ao concretizar uma educação abarcando um amplo programa que envolvia as múltiplas dimensões formativas do sujeito, redefinindo, assim, a própria caracterização do fazer educacional.

Na cidade de Cametá/PA, a Escola Estadual de Ensino Médio Abraão Simão Jatene assumiu oficialmente o pioneirismo ao se tornar a primeira instituição de ensino em tempo integral na região abrangida pela 2ª Ure Seduc-PA, no início do ano letivo de 2020. Como funcionárias públicas nesse espaço educacional, e tendo vivenciado de perto os desafios educacionais, sentimos a necessidade de pesquisar sobre esse desafio educacional singular e pioneiro em nosso município. Dessa forma, o interesse pelo tema representa parte do nosso esforço e interesse, enquanto sujeitos locais, em contribuir para a melhoria da educação por meio da formação integral dos alunos.

Como membros integrantes da equipe gestora da escola, temos acompanhado o desenvolvimento do trabalho pedagógico, propondo ações para a superação coletiva das dificuldades, zelando pelo êxito dos projetos e programas educacionais já existentes e pelo sucesso de todos os alunos, mesmo diante de um período pandêmico que marcou a implementação da educação em tempo integral, sem aviso prévio, estruturação adequada de prédios e formação específica de professores e da comunidade escolar envolvida.

A partir dessas considerações, torna-se evidente a necessidade premente de aprimorar a qualidade do atendimento oferecido aos educandos, uma vez que os atores educacionais tiveram dificuldades em se adaptar a essa nova realidade. Como mencionado anteriormente, os desafios concentram-se não apenas na gestão do projeto como um todo, mas também na forma como a concepção de Educação Integral foi absorvida pela escola e pela comunidade escolar, e principalmente em como a gestão do tempo integral e a organização do espaço escolar estão sendo desenvolvidas na prática, de modo a alcançar efetivamente o pleno desenvolvimento do aluno, proporcionando-lhe novas experiências e aprendizados, ampliando a abrangência curricular e compartilhando a tarefa de educar com os diferentes atores sociais, conforme preconizam as premissas do projeto.

Como desafios na implementação da escola em tempo integral, de maneira geral, destacam-se:

  • Infraestrutura: A escola em tempo integral requer espaços adequados para atividades extracurriculares, tais como laboratórios, salas de descanso, vestiários, quadras esportivas, salas de música e artes. A falta de estrutura física adequada revela-se um desafio na implementação desse modelo na escola Abraão Simão Jatene.
  • Recursos financeiros: A implementação de uma escola em tempo integral geralmente demanda investimentos adicionais em recursos humanos, materiais e infraestrutura. O desafio financeiro pode constituir um obstáculo à garantia dos recursos necessários para proporcionar uma educação em tempo integral de qualidade.
  • Formação de professores: Os educadores precisam estar preparados para trabalhar em uma escola em tempo integral, o que inclui o planejamento e a execução de atividades complementares. A formação dos professores deve atender às demandas desse novo modelo educacional, o que não ocorreu nos primeiros anos de implementação. Somente em 2023, educadores, coordenadores pedagógicos e gestão receberam orientações e formações específicas para a modalidade de educação em tempo integral.
  • Engajamento dos alunos: Manter os alunos engajados ao longo de um período prolongado pode representar um desafio. É uma tarefa diária criar um ambiente motivador e estimulante, por meio de atividades diversificadas que despertem o interesse dos alunos e promovam uma aprendizagem significativa.
  • Gestão eficiente: A gestão escolar, diante de inúmeros desafios, busca garantir a integração dos horários das aulas regulares e das atividades extracurriculares, além de coordenar os recursos disponíveis e estabelecer uma rotina que beneficie os alunos.

Para além das dificuldades, é necessário discorrer sobre as possibilidades existentes para a efetiva melhoria da educação dos alunos matriculados em uma escola em tempo integral. Dentre essas possibilidades, destacam-se:

  • Ampliação das oportunidades de aprendizagem: A escola em tempo integral oferece um tempo maior para aprofundar o aprendizado, explorar diferentes disciplinas e desenvolver habilidades além do currículo tradicional. Isso pode proporcionar uma formação mais completa e preparar os alunos para os desafios futuros.
  • Fortalecimento de vínculos e interação social: Com mais tempo passado na escola, os alunos têm a oportunidade de interagir mais entre si e com os professores. Isso pode fortalecer os laços sociais, estimular a colaboração e o trabalho em equipe, além de promover um ambiente escolar mais acolhedor.
  • Desenvolvimento de habilidades socioemocionais: A escola em tempo integral pode dedicar mais tempo ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais, tais como resiliência, empatia, comunicação e pensamento crítico. Essas competências são essenciais para o sucesso acadêmico e pessoal dos alunos.
  • Redução da evasão escolar: A escola em tempo integral pode contribuir para a redução da evasão escolar, uma vez que proporciona um ambiente mais envolvente e oferece apoio acadêmico e emocional contínuo aos alunos. A permanência por mais tempo na escola também pode auxiliar no acompanhamento e na identificação de possíveis dificuldades de aprendizagem.
  • Participação das famílias: Com uma carga horária mais extensa, a escola em tempo integral pode envolver mais as famílias no processo educativo, estreitando os laços entre escola e comunidade.

Ao analisar minuciosamente os desafios e as possibilidades inerentes à implementação da educação em tempo integral na E.E.E.M. Abraão Simão Jatene em Cametá/PA, torna-se evidente a necessidade de um comprometimento constante com a superação dos obstáculos enfrentados, bem como da busca incessante por estratégias que maximizem as potencialidades da Escola de Tempo Integral.

2. Escola em Tempo Integral na EEEMTI ABRAÃO SIMÃO JATENE: Desafios e Possibilidades

A Escola Estadual de Ensino Médio Abraão Simão Jatene, INEP: 15213803, situada a Avenida Inácio Moura, s/n, Bairro da Aldeia, é uma escola pública, do estado do Pará e funciona em três turnos sendo manhã e tarde destinado ao Ensino em Tempo Integral (7h00min às 11h30min e 13h às 16h30min) e noite, aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (18h45min às 21h40min), atendendo a 234 alunos de diversos bairros como: Aldeia, Castanhal, São Benedito, Bairro Novo, Matinha, Conjunto Caamutá, e alunos oriundos da zona rural, ribeirinhos e vilas que se localizam ao longo BR 422 e ramais, sentido Cametá – Limoeiro do Ajuru, como: Umarizal, Mataquiri, Cujarió, Pacajá, Guajará de Nazaré, Cametá – Tapera e Arauaú, para o ensino diurno.

Economicamente, a comunidade escolar é caracterizada em sua maioria, por famílias com renda oscilando entre 02 a 03 salários mínimos, os quais aproximadamente 20% residem na zona rural e 80% na zona urbana. Parte significativa do alunado que reside distante da escola utiliza o transporte escolar que lhes é assegurado por meio de convênio entre o Governo do Estado do Pará e a Prefeitura Municipal de Cametá e necessário para o retorno no turno da tarde.

A escolaridade dos pais de nossos alunos vai do analfabetismo ao curso superior, sendo que a maioria possui o Ensino Fundamental completo. No que tange a questão da participação dos pais na vida escolar dos filhos, percebe-se um leve crescimento a cada novo ano letivo, principalmente para os encontros com a família destinadas a discussões sobre interesse geral, questões disciplinares ou quando se trata exclusivamente de questões pedagógicas.

A faixa etária dos alunos atendidos por este estabelecimento de ensino varia de 14 a 25 anos de idade no Ensino Médio Regular – Tempo Integral e entre 18 a 45 anos no Ensino Médio Jovens e Adultos. Alguns alunos da EJA são trabalhadores informais devido a necessidade de complementação da renda familiar. Em se tratando mais especificamente sobre o nível de aprendizagem dos alunos, dada a avaliação diagnóstica realizada no início do ano letivo 2023, é possível identificar que os discentes apresentam dificuldades graves em questões concernentes à leitura, escrita e cálculos. No entanto, há de se considerar o período pandêmico como inferência na defasagem educacional que se apresenta.

A implementação da escola em tempo integral tem sido uma estratégia adotada por diversos governos em todo o mundo com o objetivo de proporcionar uma educação mais completa e abrangente aos alunos. No entanto, esse modelo enfrenta uma série de desafios que precisam ser superados para garantir seu sucesso e eficácia.

Partindo dessas informações, constata-se que a implementação da escola em tempo integral na Escola Estadual Abraão Simão Jatene no ano de 2020, no Município de Cametá/Pa, acarretou uma série de desafios significativos, especialmente devido à ausência de aviso prévio e de consulta à comunidade afetada antes de sua efetivação. A instituição de ensino enfrentou consideráveis dificuldades, não apenas no que tange à infraestrutura necessária para que os alunos pudessem desfrutar plenamente das atividades durante sua permanência na escola (falta de vestiário, das 3 refeições obrigatórias, de sala de descanso, entre outros), mas também pela carência de recursos humanos, com destaque para o reduzido número de funcionários para preparar refeições e acompanhar os alunos integralmente. Nos acrescenta Viñao Frago que, Toda atividade humana pressupõe um espaço e um tempo determinados e também a educação, pois “a educação possui uma dimensão espacial” e que “o espaço seja, junto com o tempo, um elemento básico constitutivo, da atividade educativa. (Viñao Frago,1998, p.61).

Não se pode esquecer que a infraestrutura é também fator primordial nesse processo. Estar num ambiente que atende as necessidades deste novo modelo de educação dar viabilidade para um fazer pedagógico mais prazeroso.

Durante o período entre 2020 e 2023, além das questões infraestruturais, a formação dos profissionais envolvidos, abarcando gestão, coordenação pedagógica e professores, emergiu como um desafio adicional, uma vez que não se tinha informações precisas sobre lotação de professores, permanência de educadores como obrigatoriedade na instituição de ensino, divisão de projetos por área de conhecimento, entre tantas outras mudanças. A falta de preparação prévia foi um entrave para o desenvolvimento do fazer pedagógico diário, dificultando a concretização efetiva dos projetos pedagógicos exigidos na base curricular do ensino em tempo integral.

É relevante ressaltar que segundo a LDB 9394/96 e o MEC (2016) torna-se obrigatória uma revisão na base curricular para atender às demandas específicas do ensino em tempo integral. Esse modelo requer uma abordagem mais abrangente e integrada, incorporando não apenas disciplinas acadêmicas tradicionais, mas também atividades extracurriculares, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e projetos interdisciplinares. A adaptação da base curricular para abarcar tais aspectos é crucial para proporcionar uma experiência educacional completa e enriquecedora aos alunos.

A partir do ano letivo 2024, houve um avanço significativo em todos esses aspectos já citados, passando a ser oferecidas formações específicas para os educadores, coordenadores pedagógicos e gestão, bem como recebimento de investimentos tanto na infraestrutura, como na área pedagógica, que possibilitaram a criação de ambientes propícios para o ensino em tempo integral, como exemplo os Kits para refeitório, colchonetes para o horário de descanso, kits para desenvolvimento de projetos, aumento no recurso do PDDE, kits para sala de leitura, reforma dos vestiários e reorganização das salas de atividades extracurriculares.

Além disso, tornou-se, assim, fundamental promover uma maior articulação entre a escola, as famílias e a comunidade em geral. O envolvimento ativo dos pais e responsáveis no processo educativo, juntamente com a integração da escola com instituições locais e órgãos governamentais, como a prefeitura municipal de Cametá, pode contribuir significativamente para a eficácia do ensino em tempo integral. Essa parceria potencializa a oferta de recursos adicionais, oportunidades de aprendizado fora do ambiente escolar e experiências enriquecedoras que complementam a formação dos alunos. Assim, uma abordagem holística e colaborativa emerge como um caminho promissor para superar os desafios e maximizar os benefícios da escola em tempo integral.

Coelho e Hora (2004) reportam-se à temática apreendendo a Educação Integral como um extenso conjunto de atividades diversificadas inseridas no currículo escolar que permitem uma formação mais completa ao ser humano:

Nesse sentido, essas atividades constituem-se por práticas que incluem os conhecimentos gerais; a cultura; as artes; a saúde; os esportes e o trabalho. Contudo, para que se complete essa formação de modo crítico-emancipador, é necessário que essas práticas sejam trabalhadas em uma perspectiva políticofilosófica igualmente crítica e emancipadora (HORA; COELHO, 2004, p. 9).

Para tanto, é importante ressaltar que a implementação efetiva da escola em tempo integral requer um esforço conjunto de gestores escolares, autoridades governamentais e demais atores envolvidos. Investimentos significativos na infraestrutura escolar, formação contínua dos profissionais e políticas públicas que incentivem a expansão desse modelo educacional são essenciais para garantir sua sustentabilidade e sucesso a longo prazo.

No âmbito da educação, a escola tem o potencial de promover uma formação mais abrangente e completa para os alunos. Com a ampliação da jornada escolar, é possível explorar disciplinas além do currículo tradicional, assim a escola Simão Jatene já vem desenvolvendo projetos interdisciplinares e estimula a pesquisa e o pensamento crítico, ou seja, vem oferecendo uma variedade de atividades complementares, como aulas de robótica, artes, esportes, meio ambiente, laboratoriais e projetos de empreendedorismo, proporcionando aos alunos experiências enriquecedoras que ampliam seus horizontes e desenvolvem suas habilidades e talentos individuais.

Além disso, a escola em tempo integral pode contribuir para a redução das desigualdades sociais e para a formação de cidadãos mais preparados para os desafios do mundo contemporâneo, como pode ser percebido pelo aumento significativo de alunos aprovados no vestibular 2024. Ao promover uma educação que valoriza não apenas o conhecimento acadêmico, mas também as habilidades socioemocionais, como resiliência, empatia e pensamento crítico, a escola Abraão Simão Jatene está preparando os alunos para se tornarem agentes de mudança em suas comunidades. A formação integral dos estudantes, aliada à participação das famílias no processo educativo, fortalece os laços entre a escola e o município, gerando benefícios tanto para a comunidade escolar quanto para a sociedade como um todo.

Portanto, apesar das dificuldades enfrentadas, a Escola Abraão Simão Jatene apresenta um horizonte promissor de transformação. Com investimentos na infraestrutura, parcerias estratégicas e um compromisso contínuo com a melhoria da qualidade da educação, a escola pode se tornar um agente de mudança, oferecendo aos alunos uma formação integral que os prepare para enfrentar os desafios do século XXI. Ao fazer isso, ela contribui para o desenvolvimento do município de Cametá e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

3 – Desafios e Possibilidades da Gestão Participativa na escola de tempo Integral

A política pública de EMTI é uma proposta pedagógica inovadora que visa a formação integral do estudante por meio da ampliação da jornada escolar, abrangendo suas dimensões socioemocionais e cognitivas. O jovem formado por uma escola de EMTI é mais bem preparado para a continuidade da vida acadêmica, formação profissional e para a vida em sociedade. Há uma matriz curricular diferenciada, inclusão de disciplinas eletivas, projeto de vida, práticas experimentais, entre outras, ofertando uma escola mais alinhada aos interesses dos estudantes, aumentando seu pertencimento a escola e em consequência seu engajamento. Além disso, o EMTI, fornece segurança alimentar para os estudantes, pois são oferecidas três refeições diárias. Temos estudantes mais nutridos e mais dispostos a aprender.

A comunidade Escolar do Bairro da Aldeia, assim como toda a comunidade da cidade de Cametá/PA, onde está inserida a Escola Abraão Simão Jatene, espera do Ensino de Tempo Integral um ensino que realmente faça do aluno protagonista de todo o processo de ensino através da ampliação de permanência dos alunos no interior da escola, uma vez que a educação básica em jornada de tempo integral tem sido exercida como política pública em diferentes momentos e lugares do Brasil.

Partindo desse pressuposto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, promulgada em 1996, já previa a ampliação da jornada escolar e a oferta gradual do ensino em tempo integral ao maior número de alunos, tal como do estabelecimento do Plano Nacional de Educação –PNE (2014-2024), que prevê a oferta da Educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica (BRASIL, 2014).

Nesse sentido, faz necessário ressaltar que a gestão escolar também é incluída nesse processo e de acordo com Paro (2003) “a gestão democrática pode ser definida como um tipo de gestão político-pedagógica e administrativa orientada por processos de participação das comunidades local e escolar.”, isto é, tanto a Constituição Federal de 1988 quanto a LDB (Lei de Diretrizes e Bases, Nº 9.394) estabelecem a gestão democrática como um estilo próprio de administrar as escolas públicas e os sistemas de ensino.

A Constituição Federal, no seu artigo 6º, item II, tem como princípio: gestão democrática do ensino público, na forma da lei. (Grifo nosso). A LDB, Lei de Diretrizes e Bases, 9394/96 aponta, no seu artigo 3º, item VIII, o princípio de que a gestão do ensino público é democrática, na forma da Lei e da legislação dos sistemas de ensino. Segundo o texto desta lei, a gestão democrática está ligada às apreensões com a participação da comunidade escolar – professores, funcionários, alunos e pais ou membros da comunidade – na direção da escola.

Parafraseando Ferreira (2000), a mesma aponta que “esse conceito da gestão escolar democrática está ligada à colocação igualitária que a escola vem buscando desempenhar no mundo atual.” Ela baseia-se no interesse e competência dos profissionais da educação que, em conjunto com a comunidade, deverão empenhar seus esforços no sentido de equacionar seus problemas e construir uma nova identidade para a escola.

Para isso, o ponto de partida é a avaliação crítica da instituição educativa que se tem no contexto sócio-político, econômico e cultural em que ela está inserida em um processo participativo. Ferreira (2000) também acredita que “as novas determinações do capital apostam na gestão democrática, indicando que a administração da educação deve ser pensada a partir de características concretas da sociedade.”. Bastos (2002) mostra que “a participação, hoje, tem sido entendida como colaboração na prestação de serviços, contribuição financeira e outras”, pois, para ele, a constituição de atores (pais, alunos e professores) como sujeitos coletivos, envolve o conflito entre as partes e, portanto, a diversidade de orientações deve ser explicitada.

Nessa constituição, as maiores dificuldades residem na relação do interior da unidade escolar com os estudantes e suas formas de organização, quando esta existe, pois muitas organizações acadêmicas como Grêmios, ou outras, são controladas pela escola, ou seja, os alunos de escolas públicas, na sua maioria, não criam organizações para defenderem seus interesses e sim por exigência da própria escola ou das secretarias da Educação, prova disso é que estas mandam até cartilhas com modelos de organizações estudantis.

É preciso entender a educação ou a gestão escolar como algo que está imbuído num conjunto maior do sistema educacional, e que a coletividade e o debate não sejam apenas internos na escola, mas que ultrapassem os muros para que sejam fortificados e edificados como processo de mudança. Atualmente, os principais estudos sobre administração na educação apontam para uma democratização na escola, defendendo uma forma coletiva de gestão em que as decisões são tomadas e discutidas publicamente, implicando a participação de todos. Nessa perspectiva, há uma maior exigência e esforço coletivo de todos os envolvidos direta ou indiretamente neste contexto, onde buscam alcançar metas e objetivos estabelecidos.

Em geral é função da direção escolar e coordenação pedagógica, é responder pelo setor administrativo e pedagógico da unidade escolar, e para isso, tem-se exigido desses profissionais um conjunto de conhecimentos, técnicas, habilidades e, acima de tudo, competência para o desenvolvimento de práticas democráticas jamais vistas em qualquer graduação pedagógica, o mundo está em intensa transformação e o gestor é o elo para que estas transformações aconteçam de forma exitosa e cautelosa entre os pares que envolvem todo o processo educacional.

A gestão escolar precisa colocar as pessoas em primeiro plano, buscar recursos financeiros para bem atender seus alunos e comunidade, procurar fazer com que cada profissional, aluno, pais e comunidade sintam que são parte da escola e esta faz parte de suas vidas. Quando a direção é aberta para uma gestão participativa, possivelmente há também uma abertura para que isso ocorra, pois esta não é decretada, ela acontece cotidianamente se houver articulação entre todas as dimensões na qual se baseia uma gestão ativa e eficaz.

Uma gestão democrática não pode ser centrada na figura do diretor, mas também na figura do professor, dos pais e demais funcionários da escola. A partir do momento em que a escola tem claros os seus objetivos dentro do seu Projeto Político Pedagógico, esta estará construindo o seu progresso e sua autonomia, trabalhando assim o tempo integral integrado aos alunos, protagonistas de todo este processo.

Ao adentrarmos ao relato de nossa experiencia na escola Abraão Simão Jatene, nos recordamos como a notícia da transformação da escola em educação integral foi recebida com ceticismo pela maioria dos professores e funcionários, que se viam preocupados com as possíveis dificuldades que as mudanças poderiam gerar. Informações como a inadequação do espaço físico e as dificuldades com a organização do trabalho docente, alimentação escolar, transporte, e outros pontos influenciavam negativamente a percepção deles sobre a escola de educação integral.

Em paralelo a isso, a comunidade de pais e responsáveis avaliou com otimismo a transformação da escola em educação integral, considerando positiva a possibilidade de suas filhas e filhos estenderem a permanência na escola, compreendida como ampliação de possibilidades de aprendizagem. Para nossa equipe escolar foi uma grande surpresa, já que a escola havia aderido ao Novo Ensino Médio e repentinamente recebemos o tempo integral, sem conhecimento algum a cerca, tudo muito superficial e totalmente imediatista

Iniciou-se um diálogo entre a equipe gestora, DRE/Cametá e Seduc e pouco tínhamos respostas de diversas indagações como: quais os impactos dessa mudança na carga horaria do professor? Onde os alunos se alimentariam, já que não possuímos refeitórios? onde tomariam banho, já que não possuímos vestiários? e o descanso sem a sala de convivência? Ainda hoje, mesmo com o profundo esforço de todos que compõe o quadro da Escola, ainda falta muito recurso e estrutura, além de falta de mão de obra, pois os alimentos precisam de recurso para serem preparados e os projetos, (estes por sinal desenvolvidos brilhantemente por nossos docentes), precisam de recurso para sua execução.

Versam sobre a necessidade de construção de um novo refeitório com capacidade para 250 pessoas, viabilizando o atendimento de todos os alunos em apenas dois momentos; construção de cozinha, despensa, banheiro e vestiários de forma a garantir a produção de alimentos em condições adequadas de higiene, assim como a construção de mais quatro salas de aulas, havia necessidade de atendimento condizente com o previsto na Constituição, no qual o espaço físico deveria garantir o atendimento humanizado e humanizador das pessoas. Hoje, a Seduc/tempo integral, com sua nova equipe, está muito mais voltada para as Escolas integral, com uma coordenação que participa, oferece formações e propõe investimentos para a unidade escolar e valorização para profissionais jamais pensado: como Diretor, vice diretor, coordenador e equipe de apoio. Além do recurso chamado “PDDE ESTADUAL” que dará autonomia financeira para os Gestores Escolares pagarem despesas diárias da Escola e Projetos previstos no calendário Anual.

O segundo desafio foi a organização dos tempos/espaços pedagógicos de professores e alunos da escola de educação integral. A equipe gestora passou a estudar em conjunto com o corpo docente, a composição da nova matriz curricular para o período estendido. Um dos múltiplos aspectos envolvidos estava na transformação da organização disciplinar em dois turnos de 4 horas diárias (manhã e tarde) e 30 horas/aulas semanais, para uma estrutura curricular que deveria atender a jornada única de 8/9 horas diárias e 45 horas semanais. Esbarramos então na situação dos alunos que residem nas estradas, no inverno estas estradas ficam intrafegáveis e nossos alunos sentiram muita dificuldade, pois tínhamos um horário pela manhã e tarde, já que não possuímos estrutura alguma para que estes alunos tivessem uma refeição com banho e descanso, como prevê a lei, então os mesmos iam e voltavam em horários apertados com uma estrada totalmente inviável, atolando qualquer transporte escolar (O tempo integral precisa ser executado nas Escolas com todos os direitos e com tudo que oferece a comunidade escolar que está inserida neste segmento, caso contrário a taxa de evasão e abandono cresce consideravelmente.

Organizar o trabalho pedagógico nesse novo formato, considerando os tempos/espaços estendidos das atividades pedagógicas, demandou um processo de estudo e negociações entre a equipe de gestão, os professores, funcionários, alunos e pais/responsáveis dos alunos foi fundamental para o exercício de organização curricular da escola em tempo integral a participação de todos os profissionais – professores e gestores – nas discussões e decisões relacionadas. Não foi um processo sem conflito, mas o resultado, ainda que não seja o ideal, promoveu um caminhar na direção de um projeto políticopedagógico que compreende o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho.

O espaço escolar, enquanto construção cultural e histórico, compreende o suporte físico da educação, conforme o projeto que o sustenta. Alterada a função da escola, alterase a forma de conceber sua arquitetura, suas instalações e, consequentemente, seu currículo e seus professores.

Os desafios de adequação do espaço físico e dos tempos pedagógicos para a escola de educação integral envolveram trabalho coletivo de estudo e planejamento políticopedagógico, produzindo uma identidade coletiva, ainda que precária, entre os sujeitos que vivenciaram o processo em construção. A organização dos tempos pedagógicos entre componentes curriculares com mesma carga didática, distribuídos ao longo da semana, sem hierarquização, com aulas no período da manhã e da tarde, exigiu a reformulação dos planos de ensino, das formas de relacionamento entre gestores, professores, funcionários, alunos, pais e comunidade, promovendo um aprendizado organizacional e transformando a forma de compreensão dos sujeitos sobre o significado da escola pública. Acertos e erros passaram a ser foco de estudo e planejamento coletivo, tendo a gestão democrática como alicerce organizacional e como norte a construção de uma concepção comum de educação integral, respaldado no pluralismo de ideias em diálogo na EMTI.

Cabe destaque a postura democrática assumida pela equipe gestora da Escola, ao garantir a participação nos encaminhamentos demandados, assim como tomou para si a tarefa de coordenação do processo de organização político-pedagógica da escola de educação integral e da elaboração do PPP. A construção da educação integral impõe desafios nas dimensões política, pedagógica e administrativa, as quais compreendem a organização da escola pública. Diante desses desafios, o princípio constitucional da gestão democrática tornou-se uma referência importante no processo de negociação e proposição de ações qualificadas e relevantes.

Na experiência da Escola de Educação Integral Abraão Simão Jatene, o diálogo se apresentou como elemento fundamental como ponte ao processo de construção de toda a caminhada a este novo modelo de ensino. Novos desafios, novas leituras e muita disponibilidade nos aguardam.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A mudança de um modelo de ensino tradicional para o tempo integral traz consigo uma série de desafios. Primeiramente, a infraestrutura da escola deve ser adaptada para acomodar aulas, atividades extracurriculares e momentos de lazer. Além disso, a seleção e formação de professores preparados para lidar com um ambiente de ensino mais abrangente e diversificado demanda investimento e planejamento cuidado.

Outro desafio é garantir a participação ativa dos alunos nas atividades propostas, uma vez que a transição para um período mais longo na escola pode levar à fadiga e falta de interesse. Além disso, a sincronização do currículo regular com as atividades complementares exige uma coordenação eficiente entre os diferentes departamentos escolares.

Apesar dos desafios, a implementação da escola em tempo integral oferece inúmeras possibilidades e benefícios. Os alunos têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos acadêmicos e participar de atividades extracurriculares que estimulam suas habilidades criativas, esportivas e culturais. Isso pode contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos, preparando-os não apenas para os desafios acadêmicos, mas também para a vida após a escola.

A escola em tempo integral também pode fortalecer o relacionamento entre professores e alunos, permitindo uma interação mais próxima e orientação individualizada. Além disso, a escola pode se tornar um espaço seguro e produtivo para os alunos, oferecendo alternativas positivas ao tempo ocioso.

A implementação da escola em tempo integral na EEEM Abraão Simão Jatene em Cametá, Pará, representa uma mudança significativa na abordagem educacional e oferece uma série de desafios e possibilidades. É essencial que a escola continue a trabalhar em colaboração estreita com pais, alunos e comunidade para superar os obstáculos e maximizar os benefícios desse modelo. Com planejamento adequado, investimento em recursos e um compromisso contínuo com a qualidade educacional, a escola em tempo integral pode se tornar um ambiente enriquecedor e transformador para os alunos, preparando-os de maneira abrangente para os desafios do mundo contemporâneo.

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¹Orientadora Prof.ª Lenise Maria da Silva Ferreira com Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2004). Especialização em Docência no Ensino Superior (UFPA), Especialista em Psicopedagogia (UNIMETA-AP), Especialista e Atendimento Educacional Especializado (AEE) pela Faculdade da Amazônia (FAM) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Pará (2011). Atuou como Coordenadora do Curso de Pedagogia na Faculdade de Castanhal (FCAT). Atualmente Prof.ª Classe Educação Especial da Secretária de Educação do Pará (SEDUC), Supervisora do Programa de Iniciação à Docência (PIBID-CAPES), Professora Colaboradora/Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação pela Faculdade de Ciências Sociais Interamericana – FICS.

²Benedita Sarah Moraes Baia Serrão, Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2008),Especialista em Educação Especial e Inclusiva (FACIBRA), Especialista em Transtorno do Espectro Autista (UNIASSELVI), Especialista em Gestão e Coordenação Pedagógica (UNIASSELVI), Especialista em Psicopedagogia (FACIBRA), Especialista em Alfabetização e Letramento (UNIASSELVI), atuou como professora das séries iniciais no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora- Insa/Cametá, Tutora da Pós Graduação UAB/Cametá, Professora Colaboradora ( FACULDADE ELIÃ), Professora Colaboradora(FACIBRA), Coordenadora Pedagógica do Núcleo de Apoio Educacional Especializado-Valorizar, Psicopedagoga do Núcleo de Apoio Pedagógico Educacional Especializado/Valorizar, Prof.ª das Séries Iniciais SEMED/Cametá, Coordenadora do Projeto EJA/EPT.

³Erica Augusta Moraes Gonçalves, Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2007), Especialista em Coordenação Supervisão educacional (Unama), Especialista em Gestão Escolar (FATEH). Atuou como coordenadora de licenciatura do interior e da capital na Universidade Vale do Acaraú (UVA), Coordenadora de Gestão Escolar na Semed Igarapé Miri, Coordenadora Pedagógica da Semed Cametá, Diretora Estadual da Escola de Tempo Integral Ulysses Guimaraes de Belém/PA, Diretora Estadual da Escola de Tempo Integral de Belém Drº Mario Chermont, Diretora Estadual de Tempo Integral de Cametá Abraão Simão Jatene.