REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7613363
Altemar Rodrigues Pimentel1
Resumo: Este estudo buscou compreender algumas causas que poderiam contribuir para a homossexualidade, além de ser uma simples escolha feita pelo indivíduo. A sociedade, desde os primórdios do surgimento e popularização do comportamento homossexual, vem caracterizando-o como uma escolha consciente e livre de uma possível influência dos genes ou predisposição para o desenvolvimento desse estilo de vida. Tal pensamento, pautado na ideação de uma escolha por parte das pessoas, tem causado grande sofrimento, em especial quando seu estilo de vida não é aceito pela família ou sociedade, o que na sua maioria levou a grandes massacres em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. O estudo pautou-se em uma abordagem qualitativa, configurando-se como uma revisão da literatura, o que proporcionou compreender de uma forma mais específica o tema abordado: A homossexualidade além de uma escolha. Foi realizada a revisão de literatura através de pesquisa bibliográfica de abordagem descritiva. A partir das análises bibliográfica de publicações nacionais e internacionais, buscou-se transcorrer o tema da homossexualidade. Ficou perceptível por meio dessa pesquisa que inúmeras evidências do comportamento da homossexualidade estão ligadas as questões genéticas. O estudo presente trata-se de uma pesquisa de natureza básica que objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos (universalidade), não localizados. Não tem, todavia, compromisso de aplicação prática do resultado. Envolve verdades e interesses universais.
Palavras chave: Desenvolvimento. Homossexualidade masculina. Identidade de gênero. Masculinidade.
Abstract: This study sought to understand some of the possible causes that could contribute to homosexuality, besides a simple choice made by the individual. From the earliest stages of the emergence and popularization of homosexual behavior, society has characterized it as a conscious choice and free of a possible influence of genes or predisposition to the development of this lifestyle. Such thinking, based on the ideation of a choice by people, has caused great suffering, especially when their lifestyle is not accepted by the family or society, which in the main led to great massacres in various parts of the world, including in Brazil. The study was based on a qualitative approach, configuring itself as a literature review, which provided a more specific understanding of the topic: Homosexuality beyond a choice. The literature review was carried out through descriptive bibliographical research. Based on the bibliographical analysis of national and international publications, the theme of homosexuality was pursued. It became noticeable through this analysis that there is plenty of evidence that homosexuality is linked to genetic issues.
keywords: Development. Male homosexuality. Gender identity. Masculinity.
INTRODUÇÃO
Quando se fala sobre homoxessualidade é preciso compreender o conceito e o impacto que este tem na vida de um indivíduo, alguns defendem tal comportamento como sendo uma escolha pessoal e consciente, sem nenhuma influência dos genes ou predisposição. Foi somente por volta de 1870 que os psiquiatras passam a constituí-la (a homossexualidade) como um objeto de análise médica, de intervenções e de controle (FOUCAULT, 1996). Porém, o que para muitos pode ser considerado uma opção, para outros vai além disso. Desta forma, podemos salientar que a homoxessualidade trata-se:
(…) do desejo de um homem por outro homem, o que não significa um desvio de personalidade, e sim uma variação natural de uma predisposição fisiológica. Da mesma forma que existem destros e canhotos, alguns indivíduos apresentam uma inclinação sexual diferente. Com certeza, isso vale também para as mulheres que se sentem atraídas por outras mulheres, ainda que esse assunto, assim como muitos outros aspectos específicos da condição feminina, não tenha merecido a devida atenção dos pesquisadores (KLEIN, 2005, p. 134).
De acordo com Carrara e Simões (2003), a orientação sexual significa a expressão de cada indivíduo por um membro de outro sexo, do mesmo sexo, ou por ambos os sexos. Não se sabe se a orientação sexual é determinada pelo social, por fatores biológicos ou ambos. Guimarães (2004) salienta que o homossexual é um indivíduo, homem ou mulher, que tem uma preferência erótica por membros do mesmo sexo. O homossexual não faz esta escolha ela é parte de sua personalidade, cresce e se desenvolve com ele, sendo ou não assumida abertamente. A princípio muitos homossexuais lutam contra este desejo, pois sente medo da frustração que causará aos pais, e da pressão que sofrerá da sociedade.
Mas desde o início da colonização do Brasil se tem registros sobre a homossexualidade, sobre a discriminação e o preconceito. Por volta de 1576, o português Pero de Magalhães Gândavo observará entre os índios brasileiros a sua prática (GUIMARÃES 2004). Para o pesquisador Abelardo Romero, nada chocava mais os cristãos, que chegaram por aqui, do que a prática do “pecado nefando”, “sodomia” ou “sujidade” que “grassava há séculos, entre os povos, como uma doença contagiosa” (TREVISAN, 2004).
Por volta dessa época, a homossexualidade incomodou de tal maneira que os homossexuais eram condenados à pena de morte. Muitos foram enforcados, afogados, queimados nas fogueiras da Inquisição e despedaçados na boca de um canhão, como se tem registro no Maranhão colonial (MOTT, 1994). Infelizmente, ainda hoje, esse tipo de comportamento continua sendo mal visto, e torna o Brasil, um dos campeões mundiais em crimes homofóbicos (MOTT e CERQUEIRA, 2001).
Não apenas em uma região isolada do planeta, mas em todas que se possa imaginar, a luta contra a homossexualidade existiu durante a idade antiga e continua até os dias atuais. Entretanto, com o surgimento do movimento LGBT, se espalhando pelo Brasil com uma série de manifestações a fim de conquistar o direito à diversidade sexual, isso possibilitou que muitos perdessem um pouco da resistência as relações praticadas por pessoas do mesmo sexo. Mesmo assim, muitos biólogos renomados evitam falar sobre o assunto para não serem estigmatizados ou mal interpretados, afirmam Gavrilets e Rice (2006).
Muitas ainda acreditam que a homossexualidade não é algo natural, apesar dos estudos com humanos apontarem uma prevalência de predisposição ao comportamento de 30-45% (GAVRILETS, RICE, 2006). Além de haver questionamentos quanto a ser ou não um comportamento natural, é comum na natureza vários exemplos que mostram o contrário. Para Rice (coautor do estudo sobre a hereditariedade da homossexualidade) o comportamento homossexual e visto em pinguins, ovelhas e muitos outros animais (RICE et al.,2012).
Esta pesquisa busca tecer relações entre a homossexualidade e o acúmulo de evidências científicas para afirmar que tal comportamento está longe de ser mera questão de escolha pessoal ou estilo de vida. Tal busca nasceu de uma inquietação com relação à crença por parte da maioria dos profissionais das ciências humanas, que defendem tal comportamento como uma questão de escolha pessoal do indivíduo.
Contudo, devido a vivência próxima obtida por parte do pesquisador com pessoas vítimas de discriminação, humilhação e atentado a sua vida por familiares e pela sociedade, surge o grande interesse em descobrir qual a relação existente entre a homossexualidade e seu desenvolvimento, pois muitos são os casos de homens e mulheres que se veem nessa condição. A partir daí surgiu a grande curiosidade de descobrir como se dar o desenvolvimento da homossexualidade. Com isso, o presente estudo tem como questão problema: A homossexualidade pode ser algo além de uma escolha?
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Compreender como os genes e os neurotransmissores (hormônios) influenciam o comportamento dos homossexuais.
Objetivos Específicos
Descrever o comportamento homossexual entre as pessoas nos diversos períodos da história da humanidade, sendo essa uma prática comum presente entre as gerações;
Analisar a opinião de pesquisadores das diversas áreas de conhecimento sobre o comportamento homossexual, bem como fatores de ordem, psico – sócio – ambientais, cultural, biológico e genético que podem contribuir para tal predisposição;
Identificar a predisposição natural dos humanos para o desenvolvimento do comportamento homossexual.
REFERENCIAL TEÓRICO
Homossexualidade/Pós-modernidade / contexto social
A homossexualidade é um fenômeno com ampla repercussão na sociedade por não ser compreendida amplamente em todo o mundo, é um assunto complexo e repleto de peculiaridades. Diante disso, conceituar o seu significado torna-se complexo, pois sempre esteve vinculado a diferentes contextos históricos, socioeconômicos e culturais entre todos os povos. Ferreiras (et al., 2008) enfatiza os avanços e retrocessos da sociedade, principalmente quando o assunto é sexualidade e, mais especificamente, a homossexualidade.
De acordo com Azevedo (2003), as questões envolvendo o comportamento homossexual se fez presente nas sociedades desde os tempos antigos. As grandes orgias que se praticavam em Atenas, eram uma evidência da liberação do sexo entre iguais, encaradas como normais. Porém, gradativamente os dogmas sociais e de cunho religioso passam a estigmatizar a relação entre pessoas do mesmo sexo, classificando-a como uma prática extremamente contrária a natureza humana. Heilborn (2004), salienta que não era de bom tom para os povos feudais, nem para a nobreza da época, bem como para a igreja, permitir o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Era portanto, o início de uma perseguição impiedosa que certamente permanece até os dias atuais. Por esse motivo é importante analisar e discutir questões envolvendo a orientação sexual.
A realidade atualmente está atrelada ao fato de “vários comportamentos e atributos ter sido confundidos com a questão da orientação sexual”, de maneira que para se evitar isso é possível fazer uso de uma distinção apropriada, que separa e classifica a identidade sexual a partir de quatros prismas: biológico (envolvendo o material genético presente nos cromossomos), psicológico (onde o indivíduo pode sentir-se homem ou mulher), sociológico (no papel desempenhado dentro da sociedade a qual é pertencente) e erótico afetivo (que trata da disposição pelo sexo oposto ou pelo mesmo sexo), estando este último intimamente relacionado com a orientação sexual do indivíduo (GONSIOREK, SELL e WEINRICH, 1995).
No que diz respeito a sexualidade é possível falar da predisposição à homossexualidade, fator este que determina o modo de vida de homens e mulheres. Goldsmidt e Marañón (1930), trazem a concepção de interssexualismo, mostrando que cada indivíduo é, ao mesmo tempo, um portador de características dos dois sexos. Tornando óbvio em sua concepção, que não existe homem ou mulher com cem porcento de seu verdadeiro sexo, o que se poderia ter são indivíduos que apresentam percentagens maiores ou menores […] para o meio do tipo intersexual.
A homossexualidade é hoje um aspecto importante no contexto sociocultural, apresentando-se como um estilo de vida em diversas culturas. Há quem aceite normalmente o homossexualismo feminino ou masculino quando ele acontece na casa do vizinho, mas se a situação é dentro de casa, aí o preconceito, na maioria dos casos, aflora (FERREIRA et al., 2008).
É cada vez mais comum, meninos masculinos e meninas femininas vir a assumir a homossexualidade mais tarde, e ainda há outros que, mesmo tendo todas as atitudes e comportamentos descritos, lutarão contra a tendência homoafetiva. Guimarães (2004) comenta que existem pessoas que sentem forte atração gay ou lésbica, mas não admitem, por isso, tornam-se os inimigos declarados dos homossexuais quando estão em público. Outros em nosso meio, lutam no mais absoluto silêncio durante anos, mas uma vez incapazes de evitar sua predisposição homossexual, assumem publicamente. O mesmo acontece com os que não se declaram homossexuais, mas levam uma vida ativa em boates, saunas, bares, “points” em geral visitados pelo público gay (GÓIS, 2005 apud FERREIRA et al., 2008).
Para Money (2004), a homossexualidade tende a ser adquirida ou congênita, tornando-se uma questão importante para ser levada em consideração. Cientificamente é comprovado que indivíduos nascem com uma diferença hormonal exteriorizada, ou seja, nos homens é possível perceber traços afeminados e nas mulheres traços masculinizados. Apesar de ser cada vez mais evidente uma predisposição genética ao comportamento homossexual, tornar-se compreendida e aceita ainda é assunto de muita polemica.
As divergentes opiniões relacionadas ao desenvolvimento da
Homossexualidade
Afinal de contas, é relevante discussões como esta? O que importa ou pra quem seria de importância se pessoas transam com indivíduos do mesmo sexo? Essa tematica da homossexualidade ainda é extremamente relevante, pois é cada vez mais visível e incomoda milhões de pessoas. Há olhares dos mais diversos tipos: desconfiados, repulsivos, indiferentes, preconceituosos, de desprezo[…]. Ainda existe o receio por parte das pessoas, dos pais, da comunidade de que isso pode ser contagioso quando há uma associação próxima com pessoas homossexuais (SANTOS et al., 2008).
Ao descrever a condição da homossexualidade, Lacan, um dos integrantes da Sociedade Psicanalítica de Paris, pontua que todo ser humano pode vir a situar-se de um lado ao outro na partilha dos sexos, independente do sexo genético, hormonal, anatômico ou mesmo social (COUTO; LAGE, 2018).
Alguns pesquisadores estão atentos ao estudo das possibilidades da predisposição à homossexualidade, está diretamente ligada na matriz biológica do sujeito. Em suas pesquisas, perceberam que, nos séculos XVIII e XIX, houve uma espécie de disseminação de discursos científicos, que tinham como propósito de maior importância comprovar que os comportamentos, principalmente os sexuais, tinham por origem a biologia dos corpos, além do que, a exposição pré-natal a nicotina, anfetamina, ou hormônios da glândula tireoide, aumenta as chances de dar à luz a uma filha lésbica (MAGALHÃES e RIBEIRO, 2015).
Do ponto de vista de alguns geneticistas como: Eric Vilain na Universidade da Califórnia; em Los Angeles, William Rice, geneticista evolucionista da UC Santa Barbara; Dean Hamer, do Instituto Nacional do Câncer; as últimas duas décadas, mostraram-se importante para os pesquisadores que descobriram evidências consideráveis de que a homossexualidade não é uma escolha de estilo de vida, mas está enraizada na biologia de uma pessoa e, pelo menos em parte, determinada pela genética. Estudos realizados com gêmeos do sexo masculino da Sociedade Americana de Genética Humana (ASHG), em Baltimore, Maryland, hoje, poderia ajudar a explicar esse paradoxo. As descobertas evidenciam que os efeitos epigenéticos, ou seja, as modificações químicas do genoma humano que alteram a atividade dos genes sem alterar a sequência do DNA, podem ter uma grande influência na orientação sexual (BALTER, 2015).
A homossexualidade e a epigenética
Para alguns pesquisadores o desenvolvimento dos cromossomos está sujeito a alterações químicas que não afetam a sequência de nucleotídeos, mesmo assim eles podem ativar ou até desativar genes; o exemplo mais conhecido que se tem registro é a metilação, na qual um grupo metil está ligado a regiões específicas do DNA. Essas “epimarcas” como são conhecidas podem permanecer no lugar por toda a vida, mas a maioria é apagada quando os óvulos e espermatozoides são produzidos, de modo que o feto começa a desenvolver-se como uma lousa em branco. Esses marcadores epigenéticos são transmitidos através de gerações, podendo causar efeitos invertidos, como a feminização de alguns traços em filhos (preferência sexual por exemplo) ou a masculinização parcial nas filhas, caso não sejam apagados. Estudos recentes, vêm demonstrando que algumas dessas marcas são passadas de uma geração a outra possibilitando o aparecimento da tendência a homossexualidade (BALTER, 2015).
De acordo com Balter (2015), William Rice, geneticista evolucionista, juntamente com seus colegas, sugeriram que essas epimarcas não perfuradas poderiam levar à homossexualidade quando passadas de pai para filha ou de mãe para filho. Além disso, as marcas herdadas que influenciam a sensibilidade do feto à testosterona no útero podem “masculinizar” os cérebros das meninas e “feminizar” as dos meninos, levando à atração por pessoas do mesmo sexo.
Para Carvalho (2016) os pesquisadores Urban Friberg, do departamento de Biologia Evolutiva da Universidade de Uppsala, na Suécia. Friberg, ao lado de William Rice, da UC em Santa Bárbara, e Sergey Gavrilets, da Universidade do Tennessee, (ambas nos Estados Unidos), podem ter encontrado a resposta que faz relação a fatores biológicos à homossexualidade, sendo que ela não estaria ligada especificamente a genética propriamente dita, e sim em um conceito atualmente conhecido por epigenética.
Grandes estudos, publicados nos anos de 2000, 2010 e 2011, nos periódicos Behavior Genetics, Archives of Sexual Behavior e PLoS ONE, fazem relação desse fator à origem da orientação sexual. Essas descobertas surgem a partir de estudos envolvendo gêmeos monozigóticos (conhecidos como idênticos ou univitelinos, produtos da fertilização de um único óvulo) e dizigóticos (também chamados de fraternos ou bivitelinos, produzidos a partir da fertilização de dois óvulos diferentes). A muito se acreditava que os traços epigenéticos não eram hereditários, sendo portanto apagados e recriados a cada passagem de geração (CARVALHO, 2016).
Porém, as novas pesquisas de acordo com Carvalho (2016), mostram que uma fração de epimarcas são repassadas de pais para filhos. Essas epimarcas são transmitidas hereditariamente e desempenham um papel de regular a sensibilidade à testosterona de fetos no útero materno. No período da gestação, tanto fetos masculinos quanto femininos, passam a ser expostos a quantidades variadas do hormônio, sendo que o fator epigenético torna o cérebro dos meninos mais sensível à testosterona quando os níveis estão abaixo do normal. Tais marcadores epigenéticos tem a função de proteger bebês tanto do sexo masculinos quanto do feminino, das variações nos níveis de testosteronas que ocorrem nos últimos estágios do desenvolvimento fetal. Isso se dá pela preservação das características masculinas, podendo vir a influir na orientação sexual. O inverso também ocorre, com as meninas, quando a testosterona está acima do normal, a epimarca age como uma proteção, diminuindo sua sensibilidade ao hormônio.
O que pode vir a explicar o desenvolvimento da tendência à homossexualidade está diretamente ligado a transmissão de epimarcas sexualmente antagônicas. Ou seja: quando o pai transmite seus marcadores, tornando mais acentuada à testosterona repassada para uma criança do sexo feminino, deixando-a com características masculinizadas durante seu processo de desenvolvimento, em especial, durante a puberdade, isso se comparada com outras meninas que receberam menor influência desse neurotransmissor. De forma similar, esse material hereditário pode ser repassado de uma mãe para filho, o que o torna suscetível a desenvolver predisposição sexual por pessoas do mesmo sexo, uma vez que os níveis de testosterona não estariam dentro dos padrões que possibilitam o interesse por pessoas do sexo oposto (CARVALHO, 2016).
Em se tratando de gêmeos onde um desenvolve a homossexualidade e o outro não, pesquisadores descobriram que se a hipótese de Rice estiver correta, as epimarcas de suas mães podem ter sido apagadas em um filho, mas não em outro; ou talvez […] a metilação pode ser determinada por diferenças sutis no ambiente que cada feto experimenta durante o período da gestação, como sua localização exata dentro do útero e quanto do suprimento de sangue materno que cada um recebe (BALTER, 2015).
No momento que os efeitos de tais mecanismos (responsáveis pela regulação da sensibilidade à testosterona) não são apagados entre as gerações. Isso pode vir a resultar em indivíduos que desenvolvem preferência sexuais pelo mesmo sexo. É importante deixar claro que não se pode provar com tamanha precisão que a epimarca da sensibilidade à testosterona é hereditária. Até pouco tempo atrás, pensava-se que a orientação sexual era proveniente de uma escolha, como se deliberadamente a pessoa escolhesse por ser homossexual. Ainda existe muita incerteza e a orientação sexual precisa ser encarada como produto de vários fatores onde tal predisposição vai ser confirmada ou não a partir de uma série de influências que ocorrerão ao longo da vida, colaborando desta maneira para o desenvolvimento da homossexualidade. Algumas delas de ordem cultural, educacional, biológica e social. Para ele não se pode determinar tudo a partir dos genes (CARVALHO, 2016).
Homossexualidade para a neurociência
De acordo com a pesquisa realizada por Kathryn Lenz, professora assistente de psicologia e neurociência da Ohio State University, as células imunes geralmente ignoradas pelos neurocientistas, parecem desempenhar um papel importante na determinação se o comportamento sexual de um animal será mais típico de um macho ou fêmea. Essa foi a explicação dada após ter sido realizados estudos envolvendo ratos (LENZ, et al., 2018).
Segundo os estudos realizados descobriu-se que o estrogênio (que desempenha um papel importante no desenvolvimento de características masculinas em ratos, ao contrário dos humanos) passa a ativar os mastócitos no cérebro e esses por sua vez, dirigem o desenvolvimento sexual do animal, tornando possível as diferenças sexuais. Lenz (et al., 2018) acredita ainda, que se o desenvolvimento humano é um reflexo da vida animal, o que foi visto neste estudo, indica que influências relativamente menores como uma reação do tipo alérgica, ocasionada por lesão ou inflamação durante a gravidez – possam de alguma maneira definir o comportamento sexual. É até concebível que a ingestão de anti-histamínicos ou analgésicos por parte das mães durante a gravidez contribua de alguma forma.
Que o cérebro tem um papel fundamental no comportamento sexual é cada vez mais certo e confirmado pelas pesquisas, para Lenz (et al., 2018) o estudo da área préóptica do cérebro, que faz parte do hipotálamo foi altamente importante, pois veio a confirmar que os comportamentos reprodutivos e sociais do tipo masculino, como montar e iniciar a reação materna em fêmeas de animais se dar em parte nessa área. Além disso, os pesquisadores examinaram também as mudanças nos níveis celulares. Ratas recém-nascidas quando foram expostas a uma dose do hormônio masculinizante, obtiveram um aumento de mastócitos no cérebro. Com isso, essas células liberam histamina, estimulando outras células cerebrais (a micróglia) a ativar um tipo de padronização cerebral masculina típica. Portanto, é possível concluir que parte do comportamento sexual em suas mais diversas formas estão diretamente ligadas às reações ali existentes.
Diante dos estudos de Stefan Klein, neurocientista alemão, assim como acontece com a constituição física, o cérebro também segue o que ele classifica como padrão masculino ou feminino. Tudo é determinado nas primeiras semanas de gestação. É durante essa fase do desenvolvimento embrionário, com as devidas condições normais, que são desenvolvidos simultaneamente no feto os órgãos sexuais e o cérebro. De acordo com os padrões cromossômicos, isso ocorre de modo diferente entre homens e mulheres. É por isso que uma criança nasce com o cérebro de menino ou de menina, em harmonia com a sua aparência externa (KLEIN, 2005).
No caso dos *guevedoces é bem diferente, o que vem reforçar o fato relacionado a um fenômeno descoberto por cientistas há mais de duas décadas. Um dos dois caminhos sofrem alterações, enquanto o cérebro se desenvolve no útero materno os órgãos sexuais se atrasam. “Assim, os guevedoces nascem com cérebro de menino e corpo de menina”. Até o período da puberdade esses meninos são criados e se vestem como meninas, “seu exemplo mostra como o padrão cerebral estabelecido antes do nascimento determina o comportamento no amor”. Ou seja, independente da criação que tiveram ou mesmo do ambiente que foram expostos, ao entrarem na puberdade o pênis desce e esses jovens assumem sua masculinidade. Que importância tem essa rara condição de hermafroditismo com o estudo da homossexualidade? Para Klein, o caso dos guevedoces, esclarece que o sexo fisiológico e as regiões do cérebro que controlam o desejo sexual se desenvolvem de maneiras um tanto diferente. “Nada impede que um corpo masculino contenha um cérebro de um homem que se sente atraído por outros homens” (KLEIN, 2005, p. 130; 134).
O neurocientista Simon LeVay, ao examinar o cérebro de homossexuais, descobriu que as regiões responsáveis pela preferência sexual, em indivíduos gays, são mais semelhantes ao cérebro feminino do que masculino. Para Klein “de acordo com LeVay, a área pré-óptica era menor do que a do homem médio e as conexões entre os dois hemisférios cerebrais, mostravam-se mais desenvolvidas”, entretanto, ressaltou que de forma alguma isso significa que homossexuais do sexo masculino tenham cérebro de mulher. As desigualdades descobertas realizadas pelos exames, estiveram concentradas nas regiões que determinam o desejo sexual. “O desejo de um homem por outro homem não significa um desvio de personalidade, mas uma variação natural de uma predisposição fisiológica”. Assim como existem destros e canhotos, algumas pessoas tendem a apresentar uma inclinação sexual diferente da grande maioria (KLEIN, 2005, p. 134).
Vale ressaltar que em situações raras o cérebro desenvolve uma polaridade inteiramente masculina ou feminina. E na maioria dos casos, a inclinação permanece em algum lugar entre os dois extremos. Ou seja: ninguém pode afirmar que seja totalmente homem ou mulher. As descobertas não deixava dúvida da importância de os homossexuais serem vistos e compreendidos como um grupo biológico discreto ou “tipo natural”, ao invés de achar que se trata de heterossexuais atuando de forma inadequada. Assim como os animais agem por instintos e questões biológicas, os humanos precisam ser compreendidos de uma forma que realmente se possa levar em consideração, não apenas suas escolhas e preferências, mais todo o aparato biológico que contribui para tal comportamento. LeVay também estava plenamente consciente do perigo em identificar uma causa biológica da homossexualidade – em particular por desencandear tentativas de “curar” os homossexuais de sua homossexualidade (LEVAY 1996).
Para Durkheim, todos os indivíduos independente do agrupamento social, devem respeitar a vida, a propriedade e a honra de seus semelhantes. Nesse sentido, quando há o desrespeito a um desses elementos supracitados, há evidências inquestionáveis de um crime (SILVA, 2018).
METODOLOGIA
A presente pesquisa é de natureza básica e objetiva gerar conhecimento para o avanço da ciência, buscando gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos. Não tem, todavia, compromisso de aplicação prática do resultado (NASCIMENTO, 2016).
Também é uma pesquisa com objetivo exploratório, conforme Gil (1991), pesquisas exploratórias facilitam a familiaridade do pesquisador com o problema, permitindo a construção de hipóteses. Um exemplo de pesquisas exploratórias são as bibliográficas. Devido ao fato de o tema proposto ser pouco documentado e com o mínimo de referências atualizadas, gerou uma busca desafiadora. Utiliza-se aqui uma abordagem ou metodologia qualitativa que proporcionará de forma mais ampla, uma compreensão da temática. A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares pois ela se preocupa, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Tem como base a interpretação dos fenômenos observados e no significado que carregam, ou no significado atribuído pelo pesquisador, dada a realidade em que os fenômenos estão inseridos (NASCIMENTO, 2016).
Para a elaboração da pesquisa foram selecionados os autores e as obras a serem utilizadas, o levantamento dos dados aconteceu por meio de algumas publicações internacionais, das quais, foram traduzidas para o português visando especialmente debater o tema da homossexualidade, tanto em relação aos humanos quanto entre os animais. Tal busca se deu para esclarecer que esse tipo de comportamento é extremamente natural entre ambas as espécies. Foram selecionados diversos temas em livros, revistas e artigos envolvendo a temática. Entres tais temas podemos citar alguns:
A homossexualidade para a Neurociência; Homossexualismo e Endocrinologia; Cientistas afirmam ter descoberto a causa da homossexualide; Descoberta base epigenética associada à homossexualidade em homens; Mecanismos epigenéticos na diferenciação sexual do cérebro e comportamento; O Mistério da Homossexualidade; Homossexualidade, DNA e a ignorância; Homosexuality as a consequence of epigenetically canalized sexual; The nature and prevalence of homossexuality; Animal homossexuality and natural diversity. Entre tantos outros em destaque que são citados para o levantamento dos relatos apresentados.
Após a escolha dos conteúdos, foi estruturada as seguintes etapas: definição do objeto de pesquisa e definição das fontes de pesquisa a serem utilizadas. É um trabalho envolvendo meses de leitura para que seja feito uma composição harmônica dos conteúdos produzidos nos livros, revistas e artigos, com lógica científica. Buscou-se concentrar na população homossexual do sexo masculino, por questões que na sua grande maioria é destaque em todas as referências. Porém, não se descartou em alguns momentos fazer menção da homossexualidade envolvendo o sexo feminino. A partir dos dados coletados, foi feito um cruzamento das informações antigas com as mais recentes.
Todo esse processo possibilitou uma melhor clareza para a explanação do tema.
As palavras chaves foram: Desenvolvimento. Homossexualidade masculina. Identidade de gênero. Masculinidade. Os critérios de inclusão foram: Documentos que tratavam especificamente do assunto envolvendo a homossexualidade tanto entre pessoa quanto animais. Como critérios a serem excluídos temos: Artigos que não abordavam fontes confiáveis sobre o assunto, livros e artigos que mesmo contendo as palavras chaves não detalharam o tema. Objetivando uma compreensão sobre a temática dos dados coletados. Buscou-se vários artigos e livros internacionais em especial três autores** estrangeiro que abordavam a temática. Por meio dos dados obtidos foi possível elucidar a problemática envolvendo o tema em questão.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
Evidências da predisposição à homossexualidade
Recentemente um novo estudo sugere que os efeitos epigenéticos – as chamadas modificações químicas que ocorrem no genoma humano e alteram a atividade dos genes sem necessariamente modificarem a sequência do DNA – às vezes podem influenciar a predisposição sexual. Os pesquisadores estudaram a metilação, a ligação de um grupo metil e regiões específicas do DNA e obtiveram os seguintes resultados:
Estudos realizados com gêmeos
Quantidade de Pares de gêmeos idênticos | Total de pares onde ambos eram gays | Quant. Prevista do tipo de predisposição sexual |
37 → (74 indivíduos) 27 → (54 indivíduos, um gay e o outro hetero) | 10 → (20 indivíduos) | 70% → (51,8 indivíduos) |
Dos 37 pares de gêmeos idênticos que eram discordantes – o que significa que um era gay e o outro hetero – descobriu-se que desse total, 10 pares eram ambos gays conforme a tabela 1. Os estudos revelaram que em cinco regiões do genoma, o padrão de metilação aparece intimamente ligado às questões da sexualidade. Um modelo que previu a predisposição sexual com base nesses padrões foi de aproximadamente 70% em precisão dentro desse grupo (BALTER, 2015).
Para Forger (2016) as evidências sugerem não haver uma fórmula simples para o desenvolvimento masculino ou feminino do cérebro. Concluindo-se portanto, que não existe uma determinação permanente para os processos envolvendo a expressão gênica, ou seja, esta pode sofrer alterações a qualquer momento o que poderia explicar as modificações epigenéticas em relação a homossexualidade entre indivíduos na infância, adolescência, idade adulta e velhice. Além disso, tem o caso dos descendentes que herdaram o DNA de seus pais com as conhecidas epimarcas responsáveis pelo comportamento homossexual.
Outra particularidade a ser considerada, trata-se de muitas espécies que possuem dois sexos, tais espécies não possuem cromossomos sexuais, e o sexo é determinado por sinais ambientais. No caso de alguns répteis e peixes, o fator determinante para a definição do sexo envolve a temperatura e o ambiente durante a incubação. Diante disso há de se questionar: e com relação ao comportamento apresentado por humanos, tais fatores biológicos e genéticos não seriam aplicados? É preciso cogitar a possibilidade de alterações nos cromossomos ou nos marcadores ligados a seu DNA, que favoreçam determinado comportamento (FORGER, 2016).
Para Klein (2005) durante os impetuosos atos de amor do primeiro encontro, o macho libera vasopressina e a fêmea, oxitocina. Essas substâncias fazem com que seus cérebros desenvolvam uma predileção pelo parceiro em questão. Não se trata de uma opção na qual o indivíduo se vê na condição de fazer a escolha de como e por quem. Tudo envolve reações produzidas pelo próprio organismo. É cada vez mais evidente que o ambiente em que estamos inseridos tem grande influência sobre nossas preferências. Mas as emoções básicas nós já trazemos programadas. Reforçando seu estudo com os guevedorces, Klein reforça a questão de que a atração entre os sexos nasce na cabeça. Recebemos esses comandos ainda no ventre materno. Antes mesmo de alguém nascer, há uma predestinação ao desejo sexual.
Esse estudo mostra que essa questão ainda possui muitos aspectos a serem analisados, abrindo campo para várias outras pesquisas sobre o tema. Pois, há inúmeros fatores envolvidos de ordem biológica, genética, social e cultural. Sugere-se mais pesquisas na compreensão da tendência a homossexualidade cada vez mais presente na espécie humana e animal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A genética desenvolve um papel significativo para a predisposição à homossexualidade, mas não se exclui fatores como o ambiente, a cultura social e alterações hormonais na formação do ser ainda por nascer, podendo esses. Além de tudo isso, é possível concluir que os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo existem desde a antiguidade. Embora em certos momentos da história uma prática que antes era vista como natural, tenha se transformado em algo pecaminoso ou doentio.
Percebeu-se que alterações no útero têm o potencial de afetar os padrões de metilação do DNA antes mesmo do nascimento. A consistências entre as pesquisas apontam para a predisposição homossexual de uma pessoa como parte fundamental dela. Fica evidente que a homossexulaidade é um fenômeno de natureza tão biológica quanto a heterossexualidade. Conforme a análise das reações químicas envolvendo neurotransmissores e os sentimentos desenvolvidos involuntariamente, esperar que uma pessoa com predisposição a homossexualidade não sinta atração por alguém do mesmo sexo, é tão insano quanto convencer heterossexuais a não desejar o sexo oposto.
Mesmo que se discorde dos fatos apresentados referente a influência dos genes e a biologia humana nesse processo, ainda há de se explicar: porque no reino animal, um mundo sem consciência e escolha existem tantos casos de homoafetividade?
Com base nas análises das pesquisas hoje existentes, foi possível obter um resultado significativo para a compreensão da homossexualidade, como sendo um fator também de ordem biológica, genética e social. Porém, pelos estudos abordados, apesar dos avanço da ciência, ainda há muito a ser pesquisado e compreendido com relação aos processos que desencadeiam a predisposição por pessoas do mesmo sexo.
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* Por causa de deficiência genética, homens nascem parecendo mulheres e só desenvolvem pênis na puberdade.
** Bruce Bagemihl, Simon LeVay, Stefan Klein
1Graduado em Psicologia. Universidade do Vale do Itajaí.
altemar_pimentel@hotmail.com