A GESTÃO ESCOLAR E A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA ESCOLA  

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202409272353


Dagmara Bernabé Scusato Gava
Orientadora: Giselda dos Santos Alvaro


RESUMO  

O objetivo desta pesquisa é salientar sobre a importância da informatização na  escola como processo de ensino e aprendizagem e o papel da gestão nesse  processo. Os grandes avanços da tecnologia possibilitam diferentes transformações  na sociedade atual. Deste modo, pode-se afirmar que a tecnologia interfere de forma  significativa no processo educacional, pois proporciona uma maior facilidade de  comunicação e a troca de novas informações. A educação é vista como base  fundamental para uma sociedade que busca ser integrada e estar aberta às  inovações, implementando novos hábitos e despertando diferentes percepções  contribuindo assim para um comportamento mais ético, junto à busca por uma  sociedade mais justa. O uso do computador no ensino é o de ser um agente de  transformação da educação e o gestor deve descobrir o lugar didático desta  tecnologia a serviço do ensino-aprendizagem. Para o desenvolvimento desta  pesquisa buscou-se de forma sucinta fazer uma revisão de literatura, livros  disponíveis nas bibliotecas: Municipal e Otto Vieira da Cunha.  

Palavras-chave: Inclusão. Digital. Educação. Gestão. Tecnologia. 

ABSTRACT  

The goal of this research is to emphasize on the importance of computerization in  school as a teaching and learning process and the role of management in the  process. The big advances in technology enable different transformations in society  today. Thus, we can affirm that the technology interferes significantly in the  educational process, as it provides greater ease of communication and the exchange  of new information. Education is seen as a fundamental basis for a society that seeks  to be integrated and be open to innovations, implementing new habits and arousing  different perceptions thus contributing to a more ethical behavior, next to the quest  for a fairer society. The use of computers in teaching is to be an agent of  transformation of education and the Manager must discover the place of this didactic  technology of teaching-learning. For the development of this survey sought to  succinctly make a review of the literature, books available in libraries: Hall and Otto  Vieira da Cunha.  

Keywords: inclusion. Digital. Education. Management. Technology. 

1. INTRODUÇÃO  

A concorrência acirrada pela busca de novas descobertas tecnológicas em todas as  áreas de conhecimento define um novo perfil para os profissionais que certamente  afetam os jovens educandos que vêm se preparando para ingressar no mundo do  trabalho. Dessa forma, este trabalho vem para mostrar a importância da tecnologia  aplicada à educação.  

Para que o progresso seja viável deve haver a inserção das novas tecnologias nas  salas de aula, tendo em vista a importância da capacitação dos professores, ou em  ambientes virtuais de ensino a utilização de tutores inteligentes que através da auto eficácia e a utilização do feedback, promovem a auto-eficácia do educando e,  consequentemente, proporcionar sua autonomia e maior motivação.  

O presente estudo se originou devido ao fato de a informática aplicada à educação  ser considerada como instrumento para inovação e por se tratar de uma ferramenta  poderosa e muito valorizada pela sociedade.  

O computador costuma mexer com as pessoas. Estimula uns, provoca outros,  imobiliza alguns. Pensar em computadores na educação não significa somente  pensar na máquina, mas, principalmente, em novos processos e estratégias  educacionais.  

Educação e informática devem visar os benefícios da sociedade atual que se  informatiza velozmente a cada dia que passa. Além disso, o tema deixará um estudo  bibliográfico sobre a aplicação dos computadores no processo ensino aprendizagem, pois se trata de um assunto pouco investigado, possibilitando a  construção de novos conhecimentos para a pesquisadora e para todos interessados  pela temática abordada.  

Este é um assunto bastante polêmico em nossos dias: a questão da educação e sua  relação com a informática. Não se trata de pensar o ensino de informática, porém o  uso da informática no e para o ensino. Nessa perspectiva destaca-se o uso do  computador como auxiliar no processo ensino-aprendizagem. 

Sendo assim, será que: o gestor escolar está preparado para utilizar o computador  como ferramenta de pesquisa em sua prática pedagógica?  

A partir de tais afirmações e indagações, a informática na educação é uma das  alternativas que pode contribuir no aprimoramento da qualidade de ensino. Será que  a introdução do computador na sala de aula significa automaticamente a melhoria do  ensino?  

A importância de obter a informação com qualidade e rapidez é uma necessidade  urgente, desse modo, o computador pode propiciar grandes benefícios ao ensino, da  mesma forma que o seu uso abusivo pode gerar verdadeiras distorções.  

O progresso tecnológico não garantirá um ensino que esteja voltado para a  formação da cidadania ou profissional, mas o respaldo será dado por uma prática  pedagógica comprometida com o crescimento do aluno. Diante disso, é fundamental  que todos se conscientizem da importância do uso dos computadores em âmbito  escolar e fora dele.  

Portanto, através desse estudo poderão ser refletidas questões onde a utilização do  computador será mais uma ferramenta de auxílio no processo ensino aprendizagem. Tendo como objetivo buscar uma reflexão mais abrangente a  respeito do uso do computador no processo ensino-aprendizagem; analisar-se-á  criticamente a importância do computador, tendo em vista os seus usos no cotidiano  escolar e discutir com mais ênfase a utilização do computador como ferramenta de  ensino. 

2. TECNOLOGIA EDUCACIONAL  

“As tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las. E saber  utilizá-las não é apenas um problema técnico.” Ladislau Dowbor  

A “Tecnologia na Educação” é uma expressão mais abrangente do que “Informática  na Educação”, que está mais relacionada ao uso de computadores na sala de aula.  Além dos computadores, as tecnologias educacionais incluem também o uso de  televisores, aparelhos de DVD, vídeos, rádio e do cinema nos ambientes  educacionais. (CHAVES, 1999).  

Segundo Valente (1999) a informática na educação, está relacionado ao fato do  professor de determinada disciplina ter conhecimento sobre os potenciais  educacionais do computador e ser capaz de utilizá-lo de forma adequada nas  atividades tradicionais de ensino/aprendizagem. A atividade utilizando o computador  pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno, ou seja,  reforçando a instrução passada pelo professor, quanto para que o aluno possa criar  condições de construir seu conhecimento.  

Neste caso, o computador é utilizado como uma máquina de ensinar onde as  informações são passadas com o auxílio dele. De acordo com Valente:  

Essa abordagem tem suas raízes nos métodos tradicionais de ensino, porém em vez da folha de instrução ou do livro de instrução,  é usado o computador. Os softwares que implementam essa  abordagem são os tutoriais e os de exercício-e-prática.[…] A  abordagem que usa o computador como meio para transmitir a  informação ao aluno mantém a prática pedagógica vigente. Na verdade, a máquina está sendo usada para informatizar os  processos de ensino existentes. Isso tem facilitado a implantação do  computador nas escolas, pois não quebra a dinâmica tradicional já  adotada. (VALENTE, 1999, p. 12).  

Apesar de o computador ser uma das tecnologias mais promissoras usadas na  educação, existem outras tecnologias que são utilizadas e que muito contribuíram  para a mudança da educação e por isso devem ser citadas.  

Dentre estas tecnologias criadas pelo ser humano e que mudaram a educação  significantemente estão: a fala fundamentada em conceitos (e não apenas sons aleatórios sem significado), a escrita alfabética, a imprensa, e o conjunto de  tecnologias eletro-eletrônicas que passou a afetar de forma significativa a vida das  pessoas, como por exemplo: telégrafo, telefone, fotografia, cinema, rádio, televisão,  vídeo, computador e que atualmente podem ser encontradas todas integradas no  mesmo equipamento. (CHAVES, 1999).  

De acordo com Gadotti (2000), em seu artigo Perspectivas Atuais da Educação:  

Os que defendem a informatização da educação defendem a ideia de  que é preciso transformar profundamente os métodos atuais de  ensino para que se possa reservar ao cérebro humano o que lhe é  característico, a capacidade de pensar, em vez de desenvolver a  memória. Para ele, a escola cada vez mais terá como principal função, a de ensinar a pensar criticamente, no entanto é necessário  que se domine melhor as metodologias e linguagens, inclusive a  linguagem eletrônica. (p. 86).  

A cada dia que passa, devido a grande revolução tecnológica e o crescimento  vertiginoso do uso da internet, as pessoas envolvidas e que se preocupam com a  educação ofertada aos jovens de hoje, ficam cada vez mais conscientes da  importância do uso das tecnologias educacionais.  

Os métodos tradicionais de ensino, onde as tecnologias utilizadas não passam do  quadro de giz, do retro-projetor e da escrita, estão claramente ficando ultrapassadas  e a educação não pode ficar parada, a escola precisa evoluir junto com seus alunos,  e os métodos antigos devem ser adaptados para que se encaixem na nova  realidade. (GUTIERREZ, 2005).  

Assim podemos dizer que quando discutimos as mudanças na educação, seguindo  a exigência dos novos tempos que se encontra em um processo de globalização  acelerado e que vem gerando novos espaços de convivência, o uso de novos  hardwares e softwares exige uma reflexão contínua sobre os novos rumos do  processo educativo. Nesse sentido Moraes afirma que:  

A missão da escola mudou. Em vez de atender a uma massa amorfa  de alunos, despersonalizados, é preciso focalizar o indivíduo, aquele  sujeito original, singular, diferente e único, específico em seu capital  genético e em toda a espécie humana. Um indivíduo dotado de  inteligências múltiplas, possuidor de diferentes estilos de aprendizagem e, consequentemente, de diferentes habilidades de  resolver problemas. (MORAES, 1998, p. 08) 

Uma vez que a missão da escola tenha mudado nos últimos tempos, como afirma  Moraes, os métodos de ensino devem acompanhar as mudanças para que assim se  adapte melhor à nova realidade, em que a escola esteja inserida, e possa desta  forma alcançar com mais eficácia um dos seus principais objetivos o de educar.  

2.1 Breve Histórico  

O avanço tecnológico é tão emergente que a sociedade atual não está mais  baseada em terra, capital e trabalho, mas sim no nível de conhecimento que ela  dispõe e sua capacidade de transmitir e reconstruir conhecimento. (MORAES, 1998).  

Quando se vive em mundo onde as informações estão em constante mudança e  novos fatos são descobertos a todo o momento é inevitável que haja adaptações em  tudo que existe, e com a educação não é diferente uma vez que ela se baseia nos  fatos e informações, neste contexto Dowbor escreve:  

[…] o universo de conhecimento está sendo revolucionado tão profundamente que ninguém vai sequer perguntar a educação se ela quer atualizar-se. A mudança é hoje uma questão de sobrevivência e  a contestação não virá de “autoridades”, e sim do crescente e  insustentável “saco cheio” dos alunos, que diariamente comparam os excelentes filmes e reportagens científicas que surgem na televisão e  nos jornais com as mofadas apostilas e repetitivas lições na escola.  (DOWBOR, 1998, p. 78).  

As tecnologias hoje proporcionam aos alunos o contato com diversas ferramentas, o  que consequentemente disponibiliza a eles uma quantidade vasta de informações, o  que faz os professores serem julgados pelos conteúdos apresentados nas salas de  aula e mais cobrados pelos próprios educandos.  

Segundo Valente (1999) a utilização de computadores na educação é tão remota  quanto o início de sua comercialização. Essa aplicação sempre foi um desafio para  os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na nossa  sociedade, que começaram a ser vendidos em meados da década de 50, estes  possuíam capacidade de programação e armazenamento de informação, foi quando  apareceram as primeiras experiências do seu uso na educação. Porém a ênfase dada nesta época era praticamente a de armazenar informação e transmiti-la ao  aprendiz de acordo com a sequência armazenada.  

Segundo Gadea et al (2007):  

Nas décadas de 20 e 30 surgiu o audiovisual, onde o educador apresentava os conteúdos das disciplinas, de uma maneira mecânica  o que tornava as aulas muito diferentes do normal e não havia  interação por parte dos alunos. Alguns anos mais tarde, o audiovisual  passou a ser reconhecido como ferramenta de ensino, o que trouxe algumas percepções importantes do processo de aprendizagem e a  retenção de informações.(p. 32).  

Nas décadas de 40 e 50, predominou a influência da psicologia de Burrhus Frederic  Skinner e a aplicação de seus princípios na educação, que se baseia no  comportamento do aluno e do reforço programado. Hoje em dia muitos softwares  educacionais ainda são baseados em suas teorias. (GADEA et al, 2007).  

Foi nesta mesma época que surgiram os softwares educacionais chamados CAI –  Instruções Assistidas por Computador.  

Mais tarde as novas tecnologias audiovisuais (televisão, rádio, vídeo) se tornaram  mais presentes e parte integrante do processo educativo. Os PCs (Computadores  Pessoais) se tornaram cada vez mais populares e passaram a fazer parte do dia-a-dia das pessoas e os professores começaram a utilizar o computador.  

Na década de 80, surgem os debates sobre a conveniência das tecnologias na  educação, seus riscos e suas modalidades de aplicação. A entrada delas na maioria  das escolas se deu de forma sobressaltada, uma vez que as escolas não  acompanharam devidamente o progresso tecnológico e hoje se encontram com uma  carência muito grande, onde o quadro-negro e o livro didático são os recursos mais  comuns da prática docente. (VALENTE, 1999)  

Como visto, as tecnologias de certa forma chegaram às escolas de forma restrita e  sem o total entendimento de sua utilização por parte dos educadores. A sociedade  atual é detentora de conhecimentos que a revolucionar profundamente, tendo desta  forma a escola o papel de equilibrar as disparidades sociais existentes, Moraes  escreve: 

O desenvolvimento baseado no conhecimento depende do  planejamento e desenvolvimento do setor de informações, do manejo dos recursos informáticos por parte da população. Daí a importância  de se propiciar as oportunidades necessárias para que as pessoas  tenham acesso a esses instrumentos e sejam capazes de produzir,  desenvolver conhecimentos operando com as tecnologias da  informação. Isto requer a reforma e ampliação do sistema de produção e difusão do conhecimento, no sentido de possibilitar o acesso à tecnologia. Entretanto o simples acesso à tecnologia em si  não é o aspecto mais importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas sociais a partir do  uso dessas novas ferramentas. (MORAES apud GARCIA, 2005,  p.05)  

Hoje é muito mais diversificada, interessante e desafiadora a utilização dos  computadores na educação, seu papel não é mais simplesmente a de transmitir  informação ao aprendiz.  

O computador também é utilizado para enriquecer ambientes de aprendizagem e  auxilia o aprendiz no processo de construção do seu conhecimento.  

A Internet no início do século XXI passou a ter uma influência significativa  principalmente no uso dos computadores, o processo de ensino/ aprendizagem EAD  (Educação a Distância) é o centro da utilização das tecnologias na educação. A  internet se tornou um elemento muito importante que permite explorar a diversidade  cultural e os processos pedagógicos.  

Mesmo estando presente no cotidiano escolar há algum tempo, as tecnologias de  informação apresentam-se aos profissionais do ensino como uma novidade, apesar  da grande maioria já desenvolver experiências significativas com as mesmas.  

Tal fato pode ser associado normalmente à falta de capacitação e incentivo que os  educadores recebem. (GARCIA, 2005)  

O profissional em educação não deve pensar que irá perder seu emprego por conta  da evolução tecnológica, ele deve usá-la como uma ferramenta para melhorar a  qualidade do ensino. O seu papel como profissional em educação é mostrar ao  aluno a importância do estudo e como é importante o conhecimento para sua vida  tanto pessoal como profissional. (GADEA et al, 2007). 

2.2 As Tecnologias Educacionais no Brasil  

A implementação da Informática na Educação no Brasil começou a partir do  interesse de alguns professores de universidades brasileiras impulsionados pelo que  já vinha acontecendo em outros países como Estados Unidos e França. (DOI et al,  2010).  

Os ambientes educacionais ao longo do tempo vêm sendo influenciados pelo  momento social, histórico, econômico, político e cultural em que se encontram  inseridos, e o momento que o Brasil vive hoje, é favorável a um bom crescimento da  tecnologia educacional, devido aos diversos projetos que vêm sendo implantados  pelo governo.  

Os resultados destes projetos governamentais são considerados modestos por  Valente (1999), porém ele afirma que os projetos são coerentes, uma vez que  enfatizam a mudança na escola, o que vem ocorrendo desde 1982, que foi quando  essas políticas começaram a ser implementadas.  

As políticas que são implantadas neste país sofrem grande influência  de abordagens utilizadas em outros países como, por exemplo, Estados Unidos e França. Esses países possuem um sistema educacional muito superior ao do Brasil, a utilização da tecnologia na educação, não tem a preocupação explícita e sistêmica de mudança, a informática é inserida como um objeto com o qual o aluno deve se familiarizar. Assim, o objetivo da implementação da tecnologia na  educação destes países é diferente do objetivo brasileiro. (DOI, et al, 2010. P. 05).  

Nos Estados Unidos, a implantação destas políticas não causou tanto impacto, pois  envolveu menos formação dos professores, menor alteração da dinâmica  pedagógica em sala de aula e pouca alteração do currículo e da gestão escolar.  

O uso do computador na Educação americana é descentralizado e independente  das decisões do governo. O seu uso nas escolas é impulsionado pelo  desenvolvimento tecnológico, pela necessidade de profissionais qualificados e pela  competição estabelecida pelo livre mercado das empresas que produzem softwares  das universidades e das escolas. 

A boa situação financeira do país permitiu aquisição de computadores pelas escolas  e universidades, e com o aparecimento dos microcomputadores, principalmente os  da marca Apple, aconteceu uma disseminação em grande escala nas escolas.  Porém, a informatização não tinha como objetivo modificar o método de ensino, as  mudanças pedagógicas que podem ser vistas hoje, são propiciadas pelo uso da  rede Internet. (DOI et ai, 2010 )  

Na França, diferente dos Estados Unidos, as decisões são centralizadas. Ela foi o  primeiro país ocidental que se programou, como nação, para enfrentar e vencer o  desafio da Informática na Educação e servir de modelo para o mundo.  

O objetivo da introdução da Informática na Educação francesa, nunca foi de  provocar mudanças de ordem pedagógica, embora seja possível ver algum avanço  nesse sentido. Talvez, o que mais marcou o programa de Informática na Educação  da França tenha sido a preocupação com a formação de professores e garantir a  todos os indivíduos o acesso à informação e ao uso da Informática. Embora na  França tenham sido propostos inúmeros projetos de Informática na Educação, para  alguns autores esses projetos não tiveram êxito e não provocaram mudanças no  sentido de romper o hábito milenar da Educação de falar/ditar dos professores. (DOI  et al, 2010).  

No Brasil as consequências da implementação destas políticas são bem maiores,  uma vez que não são claramente defendidas por todos os educadores brasileiros.  (VALENTE, 1999)  

Apesar de o contexto mundial sempre tenha sido usado como referência para as  decisões tomadas no Brasil, Valente, descreve a realidade brasileira como uma  caminhada peculiar e diferente do que é feito em outros países e comparar os  avanços tecnológicos alcançados pelo Brasil a de outros países, ele afirma que:  

[…] a nossa caminhada foi muito peculiar. A influência exercida por estes países foi mais para minimizar os pontos negativos e enfatizar  os pontos positivos em vez de servir como modelo para uma  reprodução acrítica. No nosso caso, o êxito não é maior por uma série de razões, desde a falta de equipamento nas escolas e,  portanto, a falta de um maior empenho na introdução da Informática na Educação, até um processo frágil e lento de formação de  professores. A formação de professores para implantar as transformações pedagógicas almejadas exige uma nova abordagem que supere as dificuldades em relação ao domínio do computador e  ao conteúdo que o mesmo ministra. Os avanços tecnológicos têm  desequilibrado e atropelado o processo de formação, fazendo com  que o professor sinta-se eternamente no estado de “principiante” em  relação ao uso do computador na Educação. (VALENTE, 1999, p. 26).  

Ao analisar os resultados obtidos, pode-se ver que o sucesso das mudanças  pedagógicas não dependem somente da implantação de computadores nas escolas,  é preciso segundo Valente:  

[…] repensar a questão da dimensão do espaço e do tempo da escola. A sala de aula deve deixar de ser o lugar das carteiras  enfileiradas para se tornar um local em que professor e alunos  podem realizar um trabalho diversificado em relação ao conhecimento. O papel do professor deixa de ser o de “entregador”  de informação, para ser o de facilitador do processo de  aprendizagem. O aluno deixa de ser passivo, de ser o receptáculo  das informações, para ser ativo aprendiz, construtor do seu  conhecimento. Portanto, a ênfase da educação deixa de ser a  memorização da informação transmitida pelo professor e passa a ser  a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira  significativa, sendo o professor, o facilitador desse processo de  construção. (VALENTE, 1999, p. 21).  

O Professor continua desempenhando um papel fundamental na educação, portanto  os educadores devem acompanhar as mudanças e se adaptar a uma nova realidade  criando desta forma um novo perfil de professor, que é a chave para que se tenham  bons resultados nesta nova era em que se encontra a educação.  

No Brasil, o Primeiro projeto público implantando foi Educação e Computadores  (EDUCOM), que se tornou base para um novo projeto, que se mostrou um dos mais  abrangentes, em território nacional, o Programa Nacional de Informática na  Educação (PROINFO). (DOI et al, 2010).  

O bom andamento dos projetos de informática na educação brasileira se deve às diferenças existentes entre o programa de Informática na Educação do Brasil, da  França e Estados Unidos. Uma das principais diferenças é a relação que se  estabeleceu entre os órgãos de pesquisa e a escola pública, outra diferença entre o  programa brasileiro e o francês e o norte-americano é a descentralização das  políticas e sistemática de trabalho estabelecida entre o MEC e as instituições que  desenvolvem atividades de Informática na Educação. 

No caso da Informática na Educação, as decisões e as propostas não têm sido  totalmente centralizadas no MEC.  

Elas são fruto das discussões e propostas, feitas pela comunidade de técnicos e  pesquisadores da área. A função do MEC tem sido a de acompanhar, viabilizar e  implementar essas decisões.  

Portanto, no Brasil, as políticas de implantação e desenvolvimento da Informática na  Educação não são fruto somente de decisões governamentais, como na França,  nem consequência direta do mercado como nos Estados Unidos. O programa  brasileiro de Informática na Educação é bastante peculiar comparado com o que foi  proposto em outros países.  

No programa brasileiro, o papel do computador é de provocar mudanças  pedagógicas profundas, em vez de “automatizar o ensino” ou preparar o aluno para  ser capaz de trabalhar com a Informática. (DOI et al, 2010 )  

2.3 Novas Tecnologias e o Ensino  

Devido à grande revolução tecnológica que o mundo vive hoje, a cada dia que passa  novas tecnologias vêm sendo incorporadas ao processo de ensino/ aprendizagem.  

Segundo Valente (1999) essas novas tecnologias usadas na educação – que a  propósito já estão ficando velhas! – deverão receber um novo incentivo com a  integração que vem acontecendo com as diferentes mídias, em um só objeto: TV,  vídeo, computador, Internet. Valente ainda escreve:  

Estamos assistindo ao nascimento da tecnologia digital, que poderá ter um impacto ainda maior no processo ensino-aprendizagem. Será  uma outra revolução que os educadores terão de enfrentar sem ter  digerido totalmente o que as novas tecnologias têm para oferecer. E  a questão fundamental é recorrente: sem o conhecimento técnico  será possível implantar soluções pedagógicas inovadoras e vice-versa; sem o pedagógico os recursos técnicos disponíveis serão  adequadamente utilizados? (VALENTE, 1999, p. 23) 

O questionamento feito por valente é sem dúvida uma preocupação de todos os  envolvidos no processo de ensino, pois as tecnologias têm estado cada vez mais  acessíveis e diversificadas, porém as escolas não dependem apenas do acesso a  elas, elas precisam saber utilizá-las corretamente, assim como as tecnologias  educacionais precisam ainda do processo pedagógico para que possam ser úteis e  ajudem de forma satisfatória na educação.  

A tecnologia hoje é utilizada como uma ferramenta de interação entre o homem e o  conhecimento em diferentes contextos, isto é, a introdução de tecnologia como uma  ferramenta de ensino, nos cursos e treinamentos, auxilia na aprendizagem.  (VENDRUSCOLO apud COSTA, 2005).  

Experiências educacionais desenvolvidas nas escolas e no LSI – Laboratório de  Sistemas Integráveis tem o objetivo de compartilhar com os professores e alunos  alguns conhecimentos técnicos e científicos das novas tecnologias, através da  investigação e validação de formas de proporcionar mais incentivo e qualidade aos  processos cognitivos/ educativos dos indivíduos.  

A ideia é fazer estes processos baseado nos conceitos de sistemas  de informação digitais, computação gráfica interativa, técnicas de  Realidade Virtual que pode ser considerada a forma mais avançada de interface homem-máquina disponível, onde o usuário pode  realizar imersão, navegação e interação. (KIRNER, apud COSTA, 2005, p. 76).  

Desta forma pode-se proporcionar uma formação aos educandos/educadores, desde  a educação básica, com tecnologia de ponta. Proporcionando um maior  entendimento do que é a era da informação digital. (Biazus, 2003 apud Franco,  2004).  

Uma tecnologia que vem sendo usada atualmente e que traz um avanço significativo  à educação é o ambiente de aprendizagem interativo, que segundo Moreno e Mayer  citado por Flôres (2008), é uma ferramenta que melhora a maneira como as pessoas  aprendem.  

Esses autores sugerem os seguintes ambientes interativos: jogos e simulações,  agentes pedagógicos, materiais pedagógicos, bibliotecas digitais, blogs e fóruns de  discussão, alguns destes serão discutidos mais adiante. 

2.4 Bases da Implantação da Informática nas Escolas Proposta Pelo Proinfo  

Os anos oitenta foi a década de políticas nacionais de Informática Educativa nos  países do primeiro mundo. O Brasil também estabeleceu políticas públicas federais,  estaduais e municipais.  

Em 1981 e 1982, em Brasília e em Salvador, o MEC, a SEI (antiga Secretaria Especial de Informática) e o CNP (Conselho Nacional de Pesquisa) patrocinaram a realização de dois seminários nacionais, reunindo especialistas em educação e em informática, que forneceram subsídios para as primeiras políticas na área. Daqueles  seminários nasceu o Projeto EDUCOM, previsto para cinco anos (1983 a 1988), implementado em cinco universidades brasileiras (UFPE, UFMG, UFRJ, UNICAMP e UFRGS) escolhidas em regiões diferentes, entre as vinte e seis instituições que se candidataram. (FLORES, 2008, p. 88).  

Em 1986-1987, foram feitas as primeiras compras de computadores pelo MEC, para  serem distribuídos entre as secretarias de educação dos estados. A escolha de  máquinas foi feita em função da existência da melhor versão em português na  linguagem LOGO. Eram computadores padrão MSX (para uso doméstico), com uma  TV colorida servindo como monitor de vídeo. Tais máquinas, além de alguns jogos e  programas educativos simples, não dispunham de boas versões dos aplicativos  básicos da época (processador de textos, planilha eletrônica, programa de banco de  dados). Quem não quisesse trabalhar.

Com a linguagem Logo pouco ou quase nada poderia fazer com tais máquinas em  uma escola. Elas quebravam com muita facilidade, os produtos eram gravados em  fita cassete ou em um drive tosco e exigiam manutenção constante. Essa situação  não aparecia nas palestras, nos trabalhos escritos sobre Informática na Educação na  época, onde sempre se ressaltavam os possíveis efeitos dramáticos da tecnologia  na escola.  

Os centros-piloto do EDUCOM foram projetos experimentais, interdisciplinares,  reunindo pesquisadores em Informática, Educação e áreas afins, cujo objetivo  principal era a produção de materiais pedagógicos, validados pela pesquisa em  escolas públicas de segundo grau, como também a formação de professores. Pouco  material foi produzido nos centros experimentais. A grande contribuição do EDUCOM foi à formação de recursos humanos, tanto professores de primeiro e  segundo graus nas redes públicas, como na própria universidade, na época  bolsistas de pesquisa e alunos de cursos de pós-graduação que fizeram parte da equipe.  

Hoje os ex-bolsistas do Costa (2005) são pesquisadores formados em Educação e  áreas correlatas, muitos deles com dissertações e teses explorando o uso das novas  tecnologias. Estão ocupando postos nas universidades, contribuindo, como  professores e pesquisadores experientes, para a nova fase da Informática Educativa  no país e mesmo a nível internacional. 

3. O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DE COMPUTADORES NA  ESCOLA  

O processo de implementação de computadores em uma escola e seu uso,  atendendo a objetivos curriculares, atividades relacionadas e aspectos de interesses  sociais são desafios, pois significa uma mudança na atitude e na metodologia do  professor consciente sobre os inevitáveis reflexos que, evidentemente, afetam sua  prática pedagógica e o processo de construção de conhecimentos de seus alunos.  

Esta assimilação contém muitos aspectos que, para educadores, tornam fascinante  e atraem o desafio quanto à possibilidade de uma mudança educacional: Instituições  quanto ao interesse de seu futuro público alvo, abertura à criatividade, possibilidade  de colaboração interdisciplinar e independência de decisões combinados com a  incerteza quanto aos futuros resultados que dependem de seu entusiasmo e de  seu conhecimento sobre a nova tecnologia.  

Neste caso, a estratégia de implementação de computadores à educação deve ser a de, num primeiro momento, apresentar e desenvolver atividades informativas e formativas, práticas e teóricas  que proporcionem familiaridade e confiança com e sobre o sistema  computacional. Estas atividades devem ser conduzidas visando a um respaldo técnico e tecnológico aos professores para então, se sentirem aptos para a participação de debates que os conduzam às suas decisões quanto ao uso lúdico e criativo do computador e à escolha adequada aos seus objetivos curriculares estabelecidos. (COSTA, 2005, p. 34).  

Ou seja, ao final deste processo de motivação e formação do professor quanto ao  uso dos computadores em suas atividades pedagógicas, espera-se que cada  professor encontre a sua própria estratégia quanto ao melhor uso desta ferramenta  de trabalho, desenvolvendo um diferente planejamento didático e metodológico com  seus alunos que envolvam decisões próprias sobre: qual o software mais apropriado  à sua disciplina; qual o melhor momento de usar os computadores; como integrar os  software em suas atividades curriculares; como proceder para integração  homem/máquina; como proporcionar um trabalho lúdico e criativo direcionado à  autonomia quanto à soluções e problemas; como avaliar o desempenho escolar,  técnico, social e afetivo, dentro deste novo contexto tecnológico. 

Para que o professor atinja o nível de conhecimento e confiança necessários para o  desenvolvimento do planejamento didático e metodológico mencionado acima, a  implementação de sistemas computacionais na escola deve prever um programa de  seminários e atividades do tipo oficinas de trabalho (“workshop”) a serem realizados  no laboratório de micro computadores da própria escola, durante um período  adequado de tempo.  

A escolha de ferramentas (software educacionais ou aplicativos educacionais) deve  levar em conta que o uso mais frequente do computador por alunos e professores, já  que a linguagem escrita em língua portuguesa é extensiva a todas as matérias do  currículo escolar, terá lugar através do editor de textos.  

Segundo Almeida (2000),  

Escrever como apoio de um editor de texto é uma atividade computacional. Não há questionamento sobre o valor deste tipo de  experiência já que um dos objetivos do programa é preparar os  alunos para o futuro. A preocupação é sobre se os estudantes estão  recebendo instruções compatíveis sobre a escrita apoiada por  computadores e a escrita desenvolvida do modo convencional (p.  53).  

Uma das vantagens do uso do editor de textos é que o professor, de qualquer  disciplina, durante a tarefa planejada para a aula no laboratório de micro  computadores, pode dispor de duas maneiras: oral ou escrita para sugerir, corrigir ou  mesmo ensinar aspectos que precisam ser modificados. Quando o aluno ou pares  de alunos estão escrevendo diretamente na tela, o texto fica exposto, possibilitando,  deste modo, a intervenção oral imediata, mais amigável e construtiva, em qualquer  etapa da composição ou tarefa. O professor pode, também, apenas receber o  disquete do aluno, anexar perguntas para fazer o aluno repensar, explicar,  desenvolver melhor alguma ideia ou apresentar sugestões dentro do próprio texto,  de forma individualizada.  

Segundo Gil (1999), o editor permite que estas observações sejam posteriormente  apagadas sem comprometimento na forma final das apresentações. Estas  considerações levam à conclusão que a disponibilidade de um editor de texto  simples, no idioma nativo dos alunos, é a ferramenta mais básica. 

Na preparação de redações, relatórios de trabalhos, execução de exercícios  previamente preparados em disquete, o uso deste editor de texto poderá requerer  um editor de gráficos facilmente associáveis a edição do texto.  

Observa-se que as considerações acima valem tanto para trabalho individual quanto  para trabalho em grupo que se torna viável quando os computadores são ligados em  rede ou mesmo quando os professores organizam os alunos para atividades em  pares, desenvolvendo um trabalho cooperativo.O uso da linguagem Logo para  desenvolver o conhecimento sobre o raciocínio matemático e o raciocínio  sistemático (introduzindo noções de programação útil, também, dentro de um  currículo profissionalizante) não pode parecer para alunos e professores como uma  aplicação dissociada do uso de computadores para a escrita ou elaboração de  gráficos.(ALMEIDA, 2000).  

A interação de todos estes aspectos constitui a filosofia e  metodologia do ambiente/sistema Multilogo, que já vem  acompanhado do “Manual do Usuário”, de uma apostila sobre a  metodologia já testada e aplicada em atividades ligadas ao currículo  da escrita da Língua Portuguesa adotado na 3a série do 1° grau, de  um didático para crianças sobre a “Introdução aos  Microcomputadores” e de um livro aos professores sobre a  “Introdução do uso dos computadores na Educação”, cobrindo,  também, aspectos psicopedagógicos necessários para que o  professor se torne capaz de conhecer, escolher, usar e avaliar qual a  melhor utilização, em sua disciplina, do sistema acima mencionado.  (COSTA, 2005, p. 116).  

Cronologicamente, o uso do Sistema de Autoria por professores só se dará quando  as ferramentas básicas, que acabam de ser mencionadas, estiverem totalmente  dominadas pela comunidade da escola. Na programação dos seminários e oficinas de  trabalho na escola, só depois de esgotar com os professores os usos do editor de  textos do editor gráfico e da linguagem Logo nos diferentes aspectos do currículo é  que se começará a explorar o uso de Sistemas de Autoria como apoio à atividades  curriculares bastantes específicas. A organização de atividades em grupo,  explicando os benefícios da rede com o uso das ferramentas básicas, também terão  precedência sobre o desenvolvimento das aulas, com o Sistema de Autoria.  

Quando chegarmos ao estágio de produzir material didático com Sistema de Autoria,  professores e alunos já poderão se considerar usuários experientes e já se terá  estabelecido e implementado o planejamento didático e pedagógico. 

4. BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO  

Os benefícios da tecnologia já vem sendo reconhecido a algumas gerações, desde  quando ainda não se imaginava a proporção que ela tomaria em tão pouco tempo.  Paulo Freire, como um homem de seu tempo, reconheceu não só os riscos no uso  das tecnologias, mas como também escreveu em seus livros e artigos várias  passagens sobre a importância e as potencialidades do uso das diversas  tecnologias.  

No livro “Pedagogia da Esperança”, Freire descreve uma potencialidade do  computador, ao escrever sobre sua saudade e seu computador pessoal:  

Ao recordar agora todo este trabalho tão artesanal, até com saudade, reconheço o  que teria poupado de tempo e de energia e crescido em eficácia se tivesse contado,  na oportunidade, com um computador, mesmo humilde como o de que dispomos  hoje minha mulher e eu (FREIRE apud ALENCAR, 2005).  

A tecnologia possibilita a maximização do tempo do ser humano. Como exemplo  para esta afirmação pode ser dado à utilização das máquinas de lavar, que hoje  gastam aproximadamente meia hora lavando certa quantidade de roupas, que uma  pessoa sem a utilização da máquina levaria em torno de 1h e 30 min para lavar a  mesma quantidade de roupa. O tempo que se economiza pode ser utilizado em  diversas atividades como trabalho, estudo ou lazer.  

No computador é possível digitar, recortar um pedaço do texto, colar em outro lugar,  alterá-lo quantas vezes quiser em qualquer parte, salvá-los com facilidade em  diversos meios de armazenamento, imprimi-lo inúmeras vezes, alterar tipo de letra,  seu tamanho, realizar itálicos, negritos e sublinhados, tudo de forma fácil, sem exigir  muito esforço ou perda de tempo. Ao contrário das máquinas de escrever que não  permitam alterações dos textos datilografados, o que ocasionava a perda constante  das folhas escritas, ou a impressão de mais de uma cópia. Por isso o computador é  um real salto qualitativo, e que Freire e nenhuma outra pessoa pode negligenciar.  (ALENCAR, 2005). 

Os programas de computador atuais além da funcionalidades acima descritas gera  conexões entre textos, imagens, fotos, áudios e vídeos via hiperlinks e auxiliam na  correção ortográfica e gramatical dos textos, entre outras funções.  

O Ensino a distância vem sendo a grande novidade educacional atualmente. Ele  proporciona aos alunos a oportunidade de poder estudar em qualquer horário do dia,  e não é necessário seu deslocamento até uma outra cidade, todos os dias para  estudar o que se torna um pouco cansativo.  

De acordo com Freire citado por Alencar (2005) o computador pode ajudar o  processo de conceituação e o desenvolvimento de habilidades importantes para a  sobrevivência na sociedade se usado como um dispositivo para ser programado. A  informática na educação traz como um dos principais pontos positivos a proposta de  uma ampla mudança pedagógica, com o objetivo substituir o atual método  pedagógico, e assim estimular o aluno a buscar pelo conhecimento e aplicá-lo em  situações reais.  

4.1 Riscos da Tecnologia na Educação  

De acordo com Gadotti (2000) “as consequências provocadas pela evolução da  tecnologia, centradas na comunicação de massa, na difusão do conhecimento, ainda  não se fizeram sentir plenamente no ensino – como previra McLuhan já em 1969 -,  pelo menos na maioria das nações”.  

Ainda de acordo com Gadotti (2000), utiliza-se muito os recursos mais tradicionais  que não priorizam as crianças e os jovens. Por isso, os que defendem a informatização  da educação defendem que é preciso mudar significativamente os métodos de  ensino para que assim se possa reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a  capacidade de pensar ou em vez de apenas desenvolver sua memória. A função da  escola será, cada vez mais, a de ensinar e a de pensar criticamente, portanto para  que isso dê certo é preciso dominar mais as novas metodologias e linguagens,  inclusive a linguagem eletrônica. 

Paulo Freire como já foi citado acima descreveu em seus livros diversos benefícios  proporcionados pela tecnologia na educação, porém não via a tecnologia como a  salvadora da humanidade, nem como o vilão causador de todos os males.  (ALENCAR, 2005).  

A tecnologia não pode ser considerada nem boa nem má em si própria, para tais  adjetivações é necessário classificá-la na medida em que serve aos mais diversos  interesses. A tecnologia muitas vezes tem servido a gerações de pessoas  consumistas, e contribuiu para a criação de uma sociedade ou ciência mitificada.  Nesta perspectiva é preciso desmistificá-la e colocá-la em seu devido lugar, e não  intitular cientistas ou instituições como “enviados do céu ou privilegiados”. Freire  afirma:  

Tenho a impressão de que uma correta perspectiva pedagógica seria aquela que,  jamais negando a necessidade da ciência e da tecnologia, nunca, porém, resvalar  para uma posição de mitificação da ciência. Uma correta prática educativa  desmitifica a ciência já na pré-escola (FREIRE apud ALENCAR, 2005).  

O homem ao longo do tempo utilizou a tecnologia em diversas situações irracionais  e o mundo foi testemunha desses atos irracionais, como a 1a e 2a guerras mundiais  ou a destruição, quase total, causada pela bomba atômica, nas cidades de  Hiroshima e Nagasaki. Sobre esta perspectiva Freire afirma que:  

[…] seria simplismo atribuir a responsabilidade por esses desvios à tecnologia em si mesma. Seria uma outra espécie de irracionalismo,  o de conceber a tecnologia como uma entidade demoníaca, acima dos seres humanos. Vista criticamente, a tecnologia não é senão a expressão natural do processo criador em que os seres humanos se engajam no momento em que forjam o seu primeiro instrumento com que melhor transformam o mundo (FREIRE apud ALENCAR, 2005).  

Segundo o autor, a tecnologia não pode ser julgada nem boa nem má, é a finalidade  na qual é usada que a torna uma ou outra coisa, são as pessoas a que a utilizam  que são responsáveis pelas consequências da má utilização das tecnologias.  

A linguagem criada pelos usuários dos ambientes virtuais pode ser considerada um  risco, que pode contribuir para o aumento do analfabetismo, já que nos diálogos  utilizados nestes ambientes, nos deparamos com uma linguagem própria, muito abreviada e com siglas algo muito popular atualmente. Sobre esta perspectiva  Othero (2004, p. 23) escreve que:  

Uma nova forma de escrita característica dos tempos digitais foi criada. Frases  curtas e expressivas, palavras abreviadas ou modificadas para que sejam escritas  no menor tempo possível – afinal, é preciso ser rápido na Internet. Como a conversa  é em tempo real e pode se dar com mais de um usuário ao mesmo tempo, é preciso  escrever rapidamente.  

Esta revolução na escrita é muito conveniente e parece que veio para ficar, pois é  rápida, e ocorre de forma instantânea, há aqueles que a vêem como um perigo, pois  esta escrita pode prejudicar alunos que se encontram em fase de alfabetização.  

Na mesma linha de riscos do uso das tecnologias, um alerta contido no livro,  “Professora sim, Tia não”, de Paulo Freire, mostra que existe a possibilidade de  controle das salas de aula, por meio do uso de câmeras de vídeo. A diretora teria o  poder de saber o que educandos e educadores estão falando na “intimidade do seu  mundo”, tornando-se “corpos interditados, proibidos de ser” o que pode gerar níveis  de excelência e uma verdadeira corrida para “mostrar serviço” àqueles que o  observam e garantir, ou melhor, sustentar seu emprego, isso tira a liberdade, tanto  dos alunos como dos professores o que pode vir a se tornar uma nova ditadura, a  ditadura da sobrevivência, da necessidade, que usa como arma não mais fusíveis ou  revólveres, mas as mais modernas tecnologias. (ALENCAR 2005).  

Dentro do que foi apresentado pode-se concluir que tanto os riscos como os  benefícios da utilização da tecnologia não só na educação, mas de um modo geral,  são consequências da atitude de quem a utiliza, assim não se pode afirmar que a  quantidade de riscos e nem a quantidade de benefícios são maiores, no entanto,  para que os benefícios se tornem maiores deve-se fazer uma conscientização de  quem vai utilizá-la. 

5. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: O GESTOR ESCOLAR DIANTE DO NOVO PAPEL DA EDUCAÇÃO  

A tecnologia que pode ser aproveitada para o processo educacional não envolve  apenas sala de aula. A gestão escolar pode e deve tirar proveito dessas tecnologias  para facilitar seu caráter de diálogo entre os envolvidos na comunidade escolar, bem  como, facilitar os próprios procedimentos de gestão.  

E, para tal, pesquisar as melhores formas de utilizar as tecnologias é uma condição  fundamental para a realização de tarefas administrativas e para o diálogo na  comunidade. Quando se fala em “diálogo na comunidade” está se falando em  qualquer tipo de troca de informações, sejam elas, sobre desempenho dos alunos,  acontecimentos na escola, contatos com os pais, professores e funcionários e  quaisquer tipos que a demanda do cotidiano escolar venha requerer.  

Para tais tarefas a pesquisa do perfil da escola e quais as tecnologias que melhor se  adaptam a esse perfil é um fato fundamental. Não adianta implantar projetos com a  “tecnologia mais avançada” ou com procedimentos onde a escola e a comunidade  escolar não irão conseguir tirar proveito 100%, pois, alguns dos envolvidos (alunos,  pais, professores, gestores ou funcionários) não tem acesso ou não conseguem  manipular os comandos.  

Mas é bom chamar a atenção para um fato: não ter acesso ou não saber manipular  os comandos de quaisquer tecnologias, não quer dizer que o projeto deve ser  abandonado, muito pelo contrário, já que é papel da escola auxiliar na criação de  condições para a aquisição do conhecimento e ajudar a compreender as tecnologias  e saber usá-las – isto faz parte da missão escolar.  

Para Pimenta (2002),  

A escola do futuro é um laboratório interdisciplinar. A escola deve ser  um ambiente rico em recursos que possibilitem ao aluno a construção de seu conhecimento seguindo seu estilo individual de aprendizagem. O gestor passa a contar com as tecnologias da informação e da comunicação, para não ser mais um mero transmissor de conhecimento e sim um guia, um mediador, um parceiro do aluno na busca e na interpretação crítica de informações (p. 73). 

O gestor escolar não ensina o aluno, mas ajuda-o a aprender, a tarefa da  educação é o desafio da rapidez de aprender e a renovação do aprendizado, a didática  muda do “saber ensinar” em “saber aprender”. A aprendizagem deve ser entendida  como um processo de desenvolvimento do pensamento que leva, a saber, obter e  selecionar o conhecimento necessário para interagir com a realidade e suas  transformações.  

A aprendizagem significativa baseia-se no conhecimento que o aluno já tem; dá-se  através da soma de um novo conhecimento com o conhecimento prévio do aluno.  No processo de aprendizagem significativa é essencial a interação entre ideias com  aspectos específicos já existentes na estrutura cognitiva do aluno.  

O desenvolvimento das novas tecnologias dos computadores amplia a capacidade  de pensar e compreender. A escola deve entender o uso das máquinas como  ampliadora da capacidade de pensar do homem, pelo auxílio e desenvolvimento da  capacidade de raciocínio lógico nas linguagens de programação e pela velocidade  na obtenção da informação, como qualquer outra ferramenta pedagógica, o  computador pode ajudar professores e alunos a melhorar seu desempenho em sala  de aula.  

O uso das novas tecnologias da comunicação e da informação  constitui um desafio no sistema educacional, diante da diversidade  do caráter que se estabelece com a escola, o aluno e outros setores  da sociedade gerando novas formas de aprendizagem. Para o  professor Nelson Pretto (professor da Universidade Federal da Bahia) “o uso da informática numa escola só funciona se criar uma nova forma de relacionamento do aluno com o estudo. Não adianta oferecer o computador mais potente e moderno se o método de  ensino continuar o mesmo, com os estudantes repetindo velhas  formas”. (COSTA, 2005, p. 55).  

A escola deverá valorizar o pedagógico, sendo o centro de todo o trabalho. O  processo de ensino-aprendizagem utilizado pelo professor será de forma mais  aberta, flexível, inovador, exigindo dele uma melhor formação teórica e  comunicacional, pois o processo torna-se mais complexo pelo acesso a um maior  número de informações. A escola passará a ocupar o centro da chamada  “Sociedade do Conhecimento”, pois as relações de trabalho e sociais são  embasadas no conhecimento. 

O educador é aquele que ensina a construir e neste processo de construção assume  um poder de autoridade diferenciada do educando. É preciso ter a capacidade de  estar aberto e admitir o erro e garantir a capacidade de brincar com o conhecimento  e rir com os próprios erros.  

Para o professor José Valente (1999)  

A interação aluno-computador precisa ser mediada por um profissional que tenha conhecimento do significado do processo de  aprendizado através da construção do conhecimento… Esses conhecimentos precisam ser utilizados pelo professor para interpretar  as ideias do aluno e para intervir apropriadamente na situação de  modo a contribuir no processo de construção do conhecimento por  parte do aluno. Essa abordagem exige mudanças no sistema  educacional, com a alteração do papel atribuído ao erro (não mais  para ser punido, mas para ser depurado)… (p. 53).  

Com a utilização das novas tecnologias da comunicação e da informação é  necessário ter muito clara a abordagem educacional a partir de dois pólos: a  promoção do ensino e a construção do conhecimento pelo aluno.  

O uso do computador em sala de aula deve provocar mudanças na abordagem  pedagógica tornando mais eficiente o processo de construção do conhecimento.  

Assim a educação passa a ser vista como um diálogo aberto que se transforma  mediante processos de assimilação, acomodação e equilibração; sendo fruto de  interações locais estabelecendo relações entre o educador e educando e seu  contexto, escola e comunidade, construindo a aprendizagem a partir de processos  reflexivos, dos diálogos dos aprendizes consigo e com os outros, com a cultura e o  contexto.  

A utilização dos recursos da informática implica em uma mudança no sentido de  conceber a aprendizagem, no abandono de práticas tradicionais de ensino centrada  no professor e fechadas no espaço de sala de aula.  

A escola deve apresentar situações reais, tornar as atividades mais significativas e menos abstratas.  

Para incorporar a tecnologia educacional no contexto escolar, é necessário que os  docentes verifiquem como será absorvida essa tecnologia na educação, procurando discutir com os alunos essas alterações, integrando de forma significativa os  recursos tecnológicos no cotidiano educacional.  

Para Oliveira (1997),  

O uso de meios tecnológicos no ensino, incluindo os computadores,  não garante por si que os alunos desenvolvam estratégias para  aprender, nem incentivam o desenvolvimento das habilidades  cognitivas de ordem superior. A qualidade educativa destes meios de  ensino depende, mais do que de suas características técnicas, do  uso ou exploração didática que realize o docente e do contexto em que se desenvolve (p. 123).  

A utilização dos computadores como recurso didático pode melhorar a  aprendizagem sempre que se analise com critérios pedagógicos:  

O aproveitamento que se faz das características próprias da ferramenta informática;  a capacidade de interação do aluno/informação; a possibilidade de individualização,  isto é, que os programas levem em conta as características individuais dos alunos.  

A contribuição para a aprendizagem desde que uma perspectiva inovadora favoreça  a participação solidária entre os alunos; possibilite a pesquisa, a aprendizagem por  descoberta e a recriação dos conhecimentos; apresente uma visão integradora em  sua concepção, e propicie o tratamento interdisciplinar dos termos do currículo.  

As modalidades de trabalho em aula: o impacto da utilização do computador sobre a  aprendizagem varia em relação direta com o trabalho do grupo que compartilha seu  uso. Em geral, os alunos que trabalham em duplas obtêm melhores resultados,  ajudam-se mutuamente na interpretação e resolução do conteúdo da lição.  

O uso dessas tecnologias pela educação tem implicações diversas, muitas além das  questões pedagógicas representando um salto de dimensões desconhecidas.  Dominar essas ferramentas, “é muito mais do que aprender a usá-la, significa  garantir a possibilidade de se definir conjuntamente o uso que dará às habilidades  conquistadas”.  

A sua incorporação no processo educativo oportuniza a implementação de um novo  paradigma pedagógico. A ferramenta tem um potencial para produzir novas e ricas  situações de aprendizagem. 

Esse novo paradigma é capaz de contemplar a possibilidade de aprendizes passarem a ser autores do seu processo de aprendizado.  

Vivemos um momento de transformação, tendo em vista as mudanças introduzidas  pelas tecnologias da informação e da comunicação. Há uma necessidade de um  novo modelo de educação.  

O computador ajuda o aluno a transformar informação em conhecimento,  proporcionando o desenvolvimento da inteligência individual e coletiva, conduzindo a  sua aprendizagem, podendo estabelecer relações entre os assuntos estudados e a realidade que os cerca. Assim a integração da informática com a educação provoca  uma mudança na abordagem pedagógica vigente.  

Cabe aos gestores, se quiserem participar deste processo de transformação social,  uma constante atualização. Para que eles não se tornem o “lixo” descartável desta  nova era. Um professor atualizado é aquele que tem olhos no futuro e a ação no  presente, para não perder as possibilidades que o momento atual continuamente lhe apresenta.  

Os métodos tradicionais de ensino, onde as tecnologias utilizadas não passam do  quadro de giz, do retro-projetor e da escrita, estão claramente ficando ultrapassadas  e a educação não pode ficar parada, a escola precisa evoluir junto com seus alunos,  e os métodos antigos devem ser adaptados para que se encaixem na nova  realidade.  

O interesse na criação de sistemas educacionais vem crescendo o que proporciona  diversas modificações no ensino, que são impulsionadas pelo surgimento de formas  alternativas de ensino, como a educação a distância via Internet e a utilização de  Sistemas Tutores Inteligentes.  

A introdução do computador na educação não significa a melhoria de ensino, mas  sim, serve como mais um instrumento para mediar os conhecimentos, assim como,  qualquer instrumento didático bem utilizado trará a melhoria de ensino, não  obstante, as políticas públicas e metodológicas utilizadas. 

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS  

A chegada do computador trouxe novos padrões de complexidade, competitividade e  mudanças constantes em todos os empreendimentos, a única maneira de não ficar  soterrado por essa complexidade e pelas mudanças é através da aprendizagem  constante e da resposta imediata.  

Educação não apenas compreendida e centrada na escola, sala de aula, mas,  educação concebida como um aprendizado constante que investe na aquisição de  novos conhecimentos, de novas estratégias, de forma contínua durante a vida.  

Um dos objetivos do uso do computador no ensino é o de ser um agente de  transformação da educação, e o professor deve descobrir o lugar didático desta  tecnologia. Para tanto, o gestor precisa ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não mais um transmissor de  informações.  

Para que isso ocorra o gestor deve procurar se capacitar tanto no aspecto  computacional, no que diz respeito ao domínio do computador e dos demais  diferentes softwares educacionais, quanto no aspecto de fazer interações do  computador com os conteúdos a serem trabalhados e nas atividades que envolvem  a disciplina.  

Com isso pode-se afirmar que o computador por si só não melhora o ensino apenas  por estar ali presente na sala de aula, a informatização da escola só será eficiente e  com bons resultados se for conduzida por professores preparados e que saibam  quais objetivos pretendem alcançar.  

Assim, as novas tecnologias só terão sentido a partir de uma mudança da postura  pedagógica do gestor e com um repensar deste sobre sua própria prática. 

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