GEOMORFOLOGÍA APLICADA Y PERCEPCIÓN HUMANA DE SENDEROS ECOLÓGICOS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8076299
Roberta Brenner Ochulacki1
Bernardo Sayão Penna e Souza2
RESUMO
A geomorfologia é uma ciência que estuda as formas de relevo e os processos que as moldam, bem como suas interações com o meio ambiente. Em contrapartida, a percepção humana é um processo que envolve a interpretação dos estímulos sensoriais, emocionais e cognitivos, a fim de construir uma representação mental do mundo ao redor. Quando aplicadas em conjunto, a geomorfologia e a percepção humana podem fornecer uma compreensão mais completa e holística das trilhas ecológicas e seu impacto no ambiente natural e social. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo discutir a importância da relação entre a geomorfologia e a percepção humana na análise e planejamento das trilhas ecológicas, destacando a sua relevância para a conservação do meio ambiente e para a promoção de experiências aos visitantes. Para tanto, serão abordados estudos de revisão bibliográfica que exploram a influência da paisagem na percepção humana, as técnicas de análise geomorfológica aplicadas às trilhas ecológicas e exemplos de aplicação desses conhecimentos na gestão de áreas naturais protegidas.
Palavras-chaves: formas de relevo, percepção humana, trilhas, meio ambiente.
RESUMEN
La geomorfología es una ciencia que estudia los accidentes geográficos y los procesos que les dan forma, así como sus interacciones con el medio ambiente. En cambio, la percepción humana es un proceso que involucra la interpretación de estímulos sensoriales, emocionales y cognitivos para construir una representación mental del mundo circundante. Cuando se aplican juntas, la geomorfología y la percepción humana pueden proporcionar una comprensión más completa y holística de los senderos naturales y su impacto en el entorno natural y social. En este contexto, este artículo tiene como objetivo discutir la importancia de la relación entre la geomorfología y la percepción humana en el análisis y planificación de senderos ecológicos, destacando su relevancia para la conservación del medio ambiente y para la promoción de experiencias para los visitantes. Para ello, se abordarán estudios de revisión bibliográfica que exploran la influencia del paisaje en la percepción humana, técnicas de análisis geomorfológico aplicadas a senderos ecológicos y ejemplos de aplicación de este conocimiento en la gestión de espacios naturales protegidos.
Palabras clave: accidentes geográficos, percepción humana, senderos, medio ambiente.
A GEOMORFOLOGIA APLICADA E A PERCEPÇÃO HUMANA DAS TRILHAS ECOLÓGICAS E AS ALTERAÇÕES DA PAISAGEM
O movimento das Trilhas Ecológicas
Ao longo dos tempos, o ser humano passou a estabelecer trilhas, picadas, veredas para diversos fins, como a procura por alimentos através da caça, procura d’água, coleta e também, para fins de peregrinações religiosas, comerciais, enfim para seu deslocamento. Podemos conceituar trilha como o “caminho rústico, normalmente estreito e repleto de obstáculos: trilha na mata.” (Dicionário On-line) Ou ainda, “Vestígio, rastro deixado por algo, pessoa ou animal que passa… trilho, caminho, vereda, rumo direção, senda, caminho, entre vegetação”. (Ferreira, 1999, p. 1714)
Contudo, nos últimos anos houve mudança de valores em relação às trilhas que ao invés de seu apenas um meio para o deslocamento, surgem como novas formas de contato com a natureza.
Uma modalidade de atividade ecoturística é a caminhada por trilhas em áreas naturais. O ato de caminhar é tão antigo quanto o próprio Homem e as trilhas, usadas originalmente apenas como meio de deslocamento, aos poucos foram incorporadas à indústria do lazer e turismo, estando hoje intimamente associadas ao ecoturismo. (Andrade e Rocha, 2008, p.3)
Diferente do que nos tempos primórdios, as trilhas passam a ser utilizadas para se chegar a um destino específico, ao encontro de uma caverna ou cachoeira, ou podem ser elas mesmas um destino ecoturístico.
Caminhar em trilhas passou a integrar os hábitos de muitas pessoas que buscam exercitar-se fisicamente, além de trazer benefícios psicológicos e viabilizar o contato com ambientes naturais de forma economicamente barata. (Vasconcelos e Mourão, 2003).
Assim, podemos afirmar que o movimento das trilhas tem ganhado cada vez mais destaque e importância na sociedade. Esse movimento consiste na prática de caminhar por trilhas ecológicas e explorar a natureza de forma sustentável. Vários autores têm abordado essa temática, e suas obras têm contribuído para a compreensão desse fenômeno.
Um dos autores mais conhecidos nesse campo é Robert Moor, autor do livro “On Trails: An Exploration”. Em sua obra, Moor faz uma análise profunda do significado das trilhas para a humanidade, desde o ponto de vista biológico até o simbólico. Ele explora como as trilhas surgiram e evoluíram ao longo da história, e como elas influenciaram nossa cultura e nosso modo de vida. (Moor, 2017)
Outro autor importante é Bill Bryson, autor do livro “A Walk in the Woods”. Bryson narra sua jornada ao longo da Trilha dos Apalaches, uma das mais famosas trilhas dos Estados Unidos. Em sua obra, ele aborda questões ambientais e sociais relacionadas às trilhas, como a preservação da natureza e o papel das trilhas na promoção do turismo ecológico. (Bryson, 2006)
Já Cheryl Strayed, autora do livro “Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail”, conta a história de sua jornada pela Trilha do Pacífico, uma das trilhas mais desafiadoras dos Estados Unidos. Ela relata como a caminhada pela trilha foi uma forma de superar suas dificuldades pessoais e encontrar seu propósito de vida. Sua obra é um exemplo de como as trilhas podem ter um impacto positivo na vida das pessoas. A obra inclusive ganhou destaque nos cinemas com a produção do filme Livre, estrelado pela atriz Reese Witherspoon. (Strayed, 2013)
Outro estudo interessante foi realizado por William Hammitt e John Cole em 1998, intitulado “Wildland Recreation: Ecology and Management“. Nesse estudo, os autores discutem como as trilhas podem afetar a percepção e a atitude das pessoas em relação à natureza, e como isso pode ter um impacto na conservação ambiental. (Hammitt e Cole, 1998)
Podemos conceituar as trilhas ecológicas como caminhos em um ambiente natural ou artificial, que podem apresentar belezas cênicas proporcionando um resultado visual e audível harmônico aliciente formado por fatores naturais de um determinado local ou paisagem, além de apresentarem aspectos históricos, culturais, geomorfológicos e ambientais. (Guillaumon, 1977)
Segundo Woody Hesselbarth, autor da obra americana Manual de Construção e Manutenção de Trilhas, as pessoas ao andar nas trilhas além de estarem realizando uma habilidade antiga, acabam por voltar às raízes, sentindo-se mais próximas das paisagens naturais, o que proporciona tranquilidade e bem estar inclusive ao estado psicológico ou psique.
Recreation trails are for people. They allow us to go back to our roots. Trails help humans make sense of a world increasingly dominated by automobiles and pavement. They allow us to come more closely in touch with our natural surroundings, to soothe our psyches, to challenge our bodies, and to practice ancient skills. (HESSELBARTH, p. 5, 1996)
Assim, é possível afirmar que as características do uso da trilha e dos usuários, são importantes para compreender as necessidades do público que frequenta o ambiente, como forma de planejar e gerir a trilha proposta.
O sistema de trilhas deriva de um conjunto de caminhos e percursos construídos para fins que podem ser diferentes, ou seja, pode-se buscar a construção de um percurso para realizar a prática do turismo, e outro de encontro que vise o acesso para a fiscalização, contudo para este sistema proposto é imprescindível que haja a interpretação da natureza, para que seja possível a realização do manejo com o intuito de preservação do ambiente.
Neste contexto, Andrade e Rocha (p.788, 1990) classificam as trilhas de acordo com suas funções, forma e grau de dificuldade. Portanto, podem apresentar funções administrativa, de fiscalização, de recreação e interpretação; com formas circulares, em oito, linear e atalhos; podendo ainda apresentar grau de dificuldade leve, semi-pesada e pesada.
Compreender a dinâmica das trilhas é necessário para considerar os aspectos positivos e negativos que surgem a partir do uso intenso de pessoas onde os resultados podem ser o aumento das áreas degradadas.
A recreação onde as atividades são executadas ao ar livre, é um exemplo de aspecto positivo no uso das trilhas, assim como a possibilidade de realização de caminhada, observação de animais selvagens, além de proteger os recursos naturais, por meio da concentração do tráfego de visitante em uma determinada área, evitando degradar o solo e a vegetação próxima à trilha.
Contudo, por meio do uso recreacional em ascensão, somado a idealizações mal projetadas ou precária manutenção das trilhas, é possível auferir uma variedade de impactos negativos na paisagem, tais como a remoção do solo, causando o aprofundamento da trilha, possível alteração na largura da trilha em relação à vegetação do bordo, também podem ser identificadas alterações nas propriedades físicas do solo, além de alterações nos fluxos hidrológicos em áreas com influência do pisoteio, entre outros. (Feola, Nucci e Santos, 2008, p. 168)
Dessa forma, se faz necessário o conhecimento da geomorfologia aplicado as trilhas que compreende o estudo dos resultados das inter-relações entre os aspectos físicos e humanos na configuração da paisagem pois, segundo Searle (2000) a percepção dos indivíduos exerce influência na maneira como o mundo irá se organizar.
[…] os sistemas ambientais naturais, face às intervenções humanas, apresentam maior ou menor fragilidade em função de suas características genéticas. A princípio, salvo algumas regiões do planeta, os ambientes naturais mostram-se ou mostravam-se em estado de equilíbrio dinâmico, até que as sociedades humanas passaram progressivamente a intervir cada vez mais intensamente na apropriação dos recursos naturais. (ROSS, 1996, p. 291)
Nisso reside a relevância para os estudos geográficos das trilhas, visando proporcionar o conhecimento do homem com relação à sua ação sobre o meio natural.
A geomorfologia das trilhas
A geomorfologia é uma disciplina que estuda as formas e processos do relevo terrestre. A sua aplicação na análise de trilhas ecológicas pode trazer importantes contribuições para a gestão e conservação desses espaços naturais.
Através dos estudos da geomorfologia local é possível fazer a análise das trilhas ecológicas para identificar os principais processos erosivos que ocorrem no terreno, como a erosão hídrica e o desgaste causado pelo tráfego de pessoas e animais. Com base nessas informações, é possível planejar medidas de manejo e conservação das trilhas, como a instalação de contenção de erosão, o uso de técnicas de revegetação e a definição de limites de acesso. (Christofoletti, 1994)
A aplicação da geomorfologia também permite a identificação de áreas de risco, como encostas instáveis e trechos com elevado grau de inclinação do relevo. Essas informações podem ser utilizadas para definir rotas alternativas e sinalizar de forma adequada as áreas de perigo.
O relevo é considerado como uma parte integrante da paisagem, que deve ser analisada levando-se em consideração todos os elementos que a constituem, sendo eles concretos ou abstratos, conjuntamente com o tempo, e que resultam nas transformações físicas perceptíveis. Ao analisarmos o relevo, deixa-se de lado o aspecto puramente fisionômico e passa-se a analisar “as trocas de matéria e energia dentro do sistema (complexo físico-químico e biótico)” (GUERRA e MARÇAL, 2006, p.108).
Assim, quando se fala em deixar de lado o aspecto puramente fisionômico, parte-se do princípio de que a paisagem não é estática, mas sim um sistema formado por inter-relações, as quais se estabelecem entre os elementos que a compõem. Logo, é possível compreender que:
[…] el paisaje es el único componente del territorio realmente integral. A Través de configuraciones perceptibles (sobre todo por medio de la vista) o imágenes, el paisaje refleja el estado o situación del territorio en un momento determinado, a si como el lugar que ocupan y la forma como participan em él cada uno de los componentes ambientales, el tipo de relaciones existentes entre ellos y el peso de la intervención de cada uno de los procesos que son claves para el funcionamiento del território. (ROMERO Y JIMÉNEZ, 2002, p. 13).
Segundo Verdum (2012. p. 10), ao “[…] estudar a relação natureza e sociedade na perspectiva da análise da paisagem é possível compreender, em parte, a complexidade do espaço geográfico […]”. Mesmo que a paisagem seja uma parcela desse todo, por vezes, ela refletirá certa homogeneidade do espaço geográfico. O espaço referido resulta da interação do homem e da natureza, em que ele faz uso dos recursos naturais, transformando a paisagem.
Paisagens que antes eram compostas pelo modelado terrestre, vegetações originárias, cursos d’água superficiais, são transformadas pelo homem que constrói edificações, canais, estradas, trilhas, entre outros, que alteram a dinâmica da natureza. Nesse sentido,
[…] o homem, como ser social, interfere criando novas situações ao construir e reordenar os espaços físicos com a implantação de cidades, estradas, atividades agrícolas, instalações de barragens, retificações de canais fluviais, entre inúmeras outras. Todas essas modificações inseridas pelo homem no ambiente natural alteram o equilíbrio de uma natureza que não é estática, mas que apresenta quase sempre um dinamismo harmonioso em evolução estável e contínua, quando não afetada pelos homens (ROSS, 2012, p. 12).
A atividade econômica desenvolvida se apropria da natureza, fazendo uso dela através do “[…] saque sobre algum bem ambiental: a terra, os minérios, a vegetação, o ar, as águas, os animais”. Essa apropriação produz dejetos, os quais, ao longo do processo produtivo, “[…] são devolvidos ao mesmo meio ambiente, sob a forma de resíduos de produção sólidos, líquidos ou gasosos, tais como gases, partículas, restilos, borras diversas, entre outros, que são despejados, quer nas águas, quer na atmosfera, quer no solo” (Oliveira & Machado, p. 137, 2012).
Com o avanço da economia, aliado ao desenvolvimento das tecnologias, intensificaram-se as ações humanas sobre os recursos naturais, resultando em alterações do ambiente natural. Com a introdução das técnicas na Revolução Industrial, a Natureza passou a ser vista como um recurso a ser explorado até a sua exaustão, e o homem altera o meio de forma mais intensa que a própria capacidade de regeneração daquela. Segundo Rodriguez, Silva e Cavalcanti:
[…] a etapa contemporânea do desenvolvimento da paisagem, transformada profundamente pelos impactos tecnogênicos, caracteriza-se por dois processos simultâneos, porém contraditórios: a racionalidade e utilização consciente da Natureza, e a “sobreutilização”, ou “subutilização” que leva à degradação e uso irracional de muitas paisagens (2007, p.162).
Da falta de comprometimento da sociedade, no que se refere aos cuidados com o meio natural, surgiram os problemas relacionados com a ação dessa sociedade sobre os elementos naturais, agravando, com isso, a questão ambiental. Tal problema culminou na necessidade de uma nova visão das inter-relações que o homem estabelece com a natureza.
É possível observar, de forma clara, que o homem, por meio da exploração econômica, interfere na dinâmica dos recursos naturais. Nesse sentido, pode-se pontuar que:
[…] a noção moderna sobre recursos naturais é dinâmica. Os recursos naturais relacionam-se com os processos econômico-sociais e a interdependência entre eles determina o seu caráter relativo. Os recursos naturais não são eles tornam-se recursos, à medida que crescem as necessidades do homem e eles dependem do nível tecnológico alcançado para permitir a sua exploração econômica (ORELLANA, 1981, p.13).
É importante ressaltar que as alterações na paisagem se dão por diferentes formas, portanto não podemos deixar de citar o lixo resultante de processos produtivos com fins econômicos, que em muitos casos, poderia ser reaproveitado ao invés de ser descartado no meio natural, o qual pode ser compreendido como o que possui a mínima interferência do homem, contudo, neste estudo o objeto volta-se aos processos geomorfológicos que ocorrem pelo uso das trilhas ecológicas, os quais serão analisados com maior profundidade.
Se por um lado a geologia (condicionantes litológicos e estruturais) e geomorfologia das áreas propiciaram a exploração dos recursos naturais como matéria prima, por outro, influenciam no relevo acidentado e na forma das paisagens cujos atrativos naturais formam uma oferta turística, como cachoeiras, mirantes e trilhas.
Assim, a dinâmica da paisagem resultará das inter-relações dos elementos que a compõem e, nesse sentido, a ação humana pode vir a potencializar o desequilíbrio desse sistema.
Muitas das características que fazem de uma paisagem representar um local atrativo para os visitantes são geomorfológicas. Para planejar uma trilha em uma unidade de conservação é importante a percepção através das escolhas de um cenário visual, paisagens que agradam os visitantes, mas também é necessário conhecimento técnico para que não ocorra a degradação e se conserve o local.
Portanto, os geomorfólogos têm um papel importante na avaliação das paisagens e podem contribuir para o planejamento e avaliação das trilhas, como a criação de unidades de conservação. Segundo os autores Guerra e Marçal: “Cada vez mais se torna necessário o estudo detalhado das Unidades de Conservação para a sua proteção e também para a sua melhor utilização, quando possível pela legislação.” (GUERRA; MARÇAL, 2006, p.63.)
A conservação do solo é importante para a manutenção da vida na Terra, embora haja uma discussão se os solos são recursos naturais renováveis ou não, precisamos fazer a indagação se o “patrimônio pedológico” pode ser catalogado e transformado num produto turístico? Ou ainda, existe a relação da conservação dos solos com o impacto da visitação nos solos? (FONSECA, 2017)
Por exemplo, quais são as formas do relevo que existem numa determinada parte da superfície terrestre, se há riscos de andar por essas áreas, seus potenciais e que cuidados devem ser tomados, para que não venha a ser degradada pelos visitantes.
Portanto, a aplicação da geomorfologia na análise de trilhas ecológicas permite identificar os principais processos erosivos e áreas de risco, e planejar medidas de manejo e conservação a qual deve estar vinculada a percepção humana das trilhas para entender como as pessoas utilizam esses espaços naturais e para planejar a sua gestão de forma a equilibrar a sua utilização com a conservação do ambiente natural.
A ocorrência dos processos erosivos em Trilhas
As trilhas ecológicas são importantes recursos para a conservação da biodiversidade, educação ambiental e turismo sustentável. No entanto, essas trilhas podem estar sujeitas a processos erosivos, que podem levar à degradação ambiental e comprometer a sua função.
Os caminhos planejados das trilhas permitem que as pessoas desfrutem da natureza causando o mínimo de impacto/danos ao meio ambiente. No entanto, esses caminhos estão constantemente sujeitos a processos erosivos, que podem prejudicar a estabilidade do solo e afetar a biodiversidade. O termo erosão está vinculado aos processos de desgaste da superfície terrestre e o transporte de partículas do solo. (MUTCHLER, MURPHERR E MCGREGORI,1997) E, quando há insuficiência de energia para o transporte, ocorre a deposição. (MORGAN, 1996, p. 6)
Para Guerra e Guerra (2008, p. 230) o processo erosivo é acelerado “na superfície terrestre pela intervenção humana e seres vivos, em geral, um desequilíbrio ambiental. É o aceleramento da erosão nas profundidades superficiais do solo, motivado por desmatamento, cortes de barrancos e estradas etc.” A preocupação com a questão ambiental e social pode ser refletida pela busca do equilíbrio entre os vários componentes que o meio natural estabelece entre si, e a sua capacidade de resposta aos diferentes distúrbios impostos pelas atividades antrópicas sobre a paisagem. (GUERRA E MARÇAL 2006, p. 93).
Contudo o foco desta análise baseia-se nos principais processos erosivos que ocorrem nas trilhas ecológicas que, acabam por alterar a geomorfologia pré-existente.
Um dos principais processos erosivos, ou o de maior ocorrência nas trilhas ecológicas é a erosão decorrente da compactação do solo. Quando muitas pessoas caminham pela mesma trilha, o solo é pressionado e compactado, o que reduz a porosidade e a capacidade de absorção de água. Isso pode levar a um aumento da erosão hídrica, pois a água não consegue mais penetrar no solo e flui sobre a superfície. (GUERRA E MARÇAL 2006).
A compactação tem desdobramentos, pois afeta o desenvolvimento de raízes vegetais, interfere nas taxas de infiltração hídrica e favorece outros processos erosivos. (HAMMITT & COLE, 1998)
A compactação do solo é um problema comum em trilhas ecológicas e pode ser agravado por fatores como o clima e o tipo de solo. As observações e medições da compactação do solo oriunda dos efeitos do pisoteio, junto com a simulação experimental do tipo de impacto, realizado através das pesquisas científicas, confirmaram que as áreas sujeitas ao uso recreacional mostram sinais de deterioração dos seus recursos (HAMMITT & COLE, 1998).
Os efeitos apontados incluem a redução da biomassa das plantas e a cobertura do solo, uma diminuição na densidade de ervas, arbustos e plântulas; a substituição de espécies menos tolerantes por aquelas mais tolerantes ao impacto do pisoteio, e alterações no solo ao longo do tempo relacionadas ao crescimento da vegetação, redução na biomassa da fauna do solo. Estas mudanças citadas estariam relacionadas à compactação do solo, e consequentemente a redução no conteúdo da matéria orgânica, diminuição na taxa de infiltração d’água e aumento no escoamento superficial. (MAGRO, 1999)
Outro processo erosivo que pode afetar as trilhas ecológicas é a erosão hídrica, causada pela ação da água. Quando a água corre sobre a superfície do solo, ela pode arrastar partículas de solo e criar sulcos e valas na trilha.
O processo erosivo devido ao escoamento d’água é composto por três fases: desagregação, transporte e deposição. Inicialmente, a primeira fase ocorre com o desprendimento das partículas ocasionado pelo impacto da chuva com o solo. A segunda fase está relacionada ao transporte dessas partículas, principalmente pelo fluxo superficial, e por último, a terceira fase caracteriza-se pelo fluxo concentrado em canais, ravinas, sulcos e voçorocas. (GUERRA E MENDONÇA 2004, p. 229)
A erosão hídrica pode ser agravada por fatores como a inclinação do terreno, a intensidade da chuva e a falta de vegetação para proteger o solo. Estudos mostraram que a erosão hídrica é um problema comum em trilhas ecológicas e que medidas como a construção de drenos e a revegetação podem ajudar a reduzir a erosão. (VERDUM; VIEIRA; CANEPPELE, 2016)
Além da compactação do solo e da erosão hídrica, as trilhas ecológicas também podem sofrer com a erosão eólica, causada pelo vento. Quando o solo está exposto ao vento por longos períodos, ele pode ser removido por meio de processos como a deflação e a abrasão. Isso pode causar a formação de dunas e a perda de solo fértil. A erosão eólica é um problema significativo em algumas trilhas ecológicas, especialmente em áreas áridas e semiáridas. (BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. 2008)
Para lidar com esses processos erosivos, as trilhas ecológicas podem adotar medidas de gestão que visam reduzir o impacto humano e proteger o meio ambiente. Uma abordagem comum é a construção de estruturas como pontes, passarelas e degraus, que permitem que as pessoas atravessem a trilha sem pisar no solo. Além disso, a revegetação pode ser uma medida eficaz para proteger o solo e reduzir a erosão.
A geomorfologia das Trilhas e a Percepção humana do meio ambiente
A Geomorfologia aplicada compreende o estudo dos resultados das inter relações entre os aspectos físicos e humanos na configuração da paisagem, o que possui grande relevância para os estudos de Geografia, proporcionando o conhecimento do homem com relação à sua ação sobre o meio natural. Destaca-se que:
[…] os sistemas ambientais naturais, face às intervenções humanas, apresentam maior ou menor fragilidade em função de suas características genéticas. A princípio, salvo algumas regiões do planeta, os ambientes naturais mostram-se ou mostravam-se em estado de equilíbrio dinâmico, até que as sociedades humanas passaram progressivamente a intervir cada vez mais intensamente na apropriação dos recursos naturais. (ROSS, 1996, p. 291)
A evolução tecnológica gerou avanços, nos aspectos econômicos e sociais, com relação ao ambiente natural. O aprimoramento tecnológico possibilitou que o homem planejasse suas ações de forma mais consciente. Como destaca Orellana, “a sua atuação depende do seu nível de organização social, das diferenças culturais, do grau de desenvolvimento tecnológico e da vitalidade da economia” (1981, p.4).
Esses fatores, por sua vez, influenciam na percepção e na maneira como o sujeito se relaciona com a natureza. A percepção do sujeito, aliada à perspectiva holística da paisagem, perfazem o estudo da Geomorfologia aplicada que objetiva compreender as configurações das paisagens e apresenta, igualmente, um caráter integrador, por se preocupar com questões ambientais surgidas da relação homem/natureza, uma vez que o homem sempre intervirá na elaboração da paisagem de forma positiva ou negativa no que tange aos elementos naturais.
A percepção humana da geomorfologia ambiental nas trilhas é uma forma cada vez mais popular de turismo, permitindo aos visitantes apreciar e aprender sobre as paisagens naturais que os rodeiam. Através desta abordagem, os turistas podem entender a conexão entre a geologia, o clima e a biodiversidade de uma região e como eles moldam a paisagem que estão explorando.
As trilhas podem ser encontradas em diversas áreas geográficas, desde montanhas até florestas e praias, e cada uma delas possui uma série única de características geomorfológicas que podem ser exploradas.
Os turistas podem aprender sobre a história da formação geológica das paisagens, a influência do clima na erosão e sedimentação, e a relação entre a geomorfologia e a fauna e flora da região e ainda desenvolverem experiências sensoriais com o meio ambiente que estão interagindo.
A obra Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty publicada em 1999 aborda um elemento chave para a compreensão dos pensamentos: o corpo. Para MerleauPonty (1999), o corpo é um agente sensível a todos os objetos. O corpo é sensível ao Meio Ambiente e a tudo o que participa de sua experiência corporal. Isso nos permite pensar sobre essa relação com o espaço ambiental em que vivemos, considerando que este espaço, não se configura apenas em árvores, concretos, muros, mas também na dinâmica das relações pessoais.
Segundo Merleau-Ponty (1999, p. 14), a nossa percepção está na vivência do mundo sensível ao campo de sua percepção: “[…] o mundo é não aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo; eu estou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele, mas não o possuo, ele é inesgotável”.
A percepção humana da geomorfologia ambiental através do contato com o meio também pode ajudar na conscientização sobre a preservação ambiental e da conservação das áreas naturais que eles estão sendo visitadas. Ao aprender sobre as paisagens e ecossistemas locais, os turistas podem perceber melhor como suas ações podem afetar o meio ambiente e a biodiversidade.
Para analisarmos o Meio Ambiente e tudo o que o constitui, precisaríamos partir do pressuposto de que as atitudes cotidianas das pessoas são atitudes aparentemente automáticas e que as consciências passam a ser adquiridas através das práticas:
Essas buscas se abrem a um plano comum: o de superação de uma visão de mundo centrada nos formalismos da ciência e da técnica. Sugerem a insistência de uma fluidez vital que os discursos intelectualistas não poderiam suportar. A realidade resiste à redução do presente a alguns tipos muito limitados. A investigação do presente, particularmente das relações do ser humano com o mundo, pede a imersão do pensamento no avesso das formulações conceituais e explicativas dos fenômenos, de maneira que a percepção surpreenda-se como gênese pré-formal, pré-intelectual, pré-subjetiva, entre emergências da imaginação, dos sonhos, das variações de variações que os engendram. É nessa dimensão anterior às formas e aos sujeitos que a experiência estética do mundo pelo mundo pode nos afetar, antecedendo-nos e complicando-nos na invenção de suas expressões, relações, modos de viver, sentir, perceber (MARIN; LIMA, 2008, p. 209)
As ações humanas serão, logo, reflexo da percepção de cada indivíduo, o que significa que:
[…] o conhecimento que adquirimos através do contato atual, direto e imediato com os objetos e com os seus movimentos, dentro do campo sensorial. Dependendo do indivíduo, […] variando de um observador para outro, por tanto, é individual, incomunicável e irreversível, é o que é o agora. (OLIVEIRA E MACHADO, 2012, p. 131).
É a partir da percepção de mundo adquirida pelo sujeito que ele age, transforma e constrói o espaço habitado. As ações e percepções são transações causais e intencionais (Searle, 2000). Dessa maneira, muitas consequências ambientais da ação humana são resultado da percepção ambiental do sujeito.
A percepção em geral e ambiental em especial vêm exigindo da sociedade reflexões mais profundas e um equacionamento teórico, prático e factual. Do ponto de vista prático o que interessa são as aplicações, pois, atualmente, com o desenvolvimento tecnológico em expansão rápida […] cada vez mais se necessita de pesquisas perceptivas, para atender à demanda desta sociedade sôfrega, dinâmica e veloz de consumo e produção tão atual (OLIVEIRA E MACHADO, 2012, p.130).
No pensamento de Oliveira e Machado (2012, p. 132) “[…] para a percepção ambiental, o que é mais importante é o mundo visual […]” e, nesse mundo visual, é refletido como a sociedade percebe a natureza.
A estrutura da civilização está se tornando cada vez mais complexa, uma vez que ela está deixando aos poucos os alicerces do mundo natural, rumo a um mundo cada vez mais planejado, controlado e manufaturado. Conforme aumenta essa complexidade, mais nos distanciamos de nossas raízes na Terra e perdemos nosso sentimento de integração com o restante da natureza. Tornou-se fácil demais encarar a Terra como um conjunto de recursos, cujo valor intrínseco não é maior que sua utilidade no momento […]. A perspectiva holística resgatou a visão de conjunto, a compreensão de como as diversas partes da natureza interagem em padrões que tendem ao equilíbrio e persistem ao longo do tempo. Dentro dessa perspectiva não podemos mais encarar a Terra como dissociada da civilização humana; somos parte do todo, e olhar para ele significa, em última análise, olhar para nós mesmos. (OLIVEIRA E MACHADO, 2012, p.138).
Nota-se uma mudança na percepção ambiental da sociedade contemporânea frente à maneira de encarar a natureza, a qual deixa de fazer parte da vida das pessoas apenas como uma mera peça de um sistema econômico, no papel de fornecedora dos recursos naturais, passando a ser entendida como um organismo vivo, dentro de um sistema maior, isto é, o planeta Terra.
A percepção humana das trilhas ecológicas também é um aspecto fundamental a ser considerado, pois ela pode influenciar na sua utilização e no seu impacto ambiental, refletindo diretamente na forma de gestão e conservação da paisagem.
Por exemplo, se uma trilha é vista como pouco atrativa, é provável que seja pouco utilizada e que o seu impacto ambiental seja reduzido. Por outro lado, se uma trilha é vista como muito atrativa, é provável que seja muito utilizada e que o seu impacto ambiental seja elevado.
Para entender a percepção humana das trilhas ecológicas, é necessário considerar diversos aspectos, como a beleza cênica, o grau de dificuldade, a segurança, a presença de infraestrutura (como banheiros e quiosques) e a possibilidade de avistar animais e plantas nativas.
É possível afirmar que as trilhas ecológicas são uma importante forma de contato com a natureza, que proporciona ao ser humano uma experiência sensorial única e estimulante. A relação do corpo com a percepção de mundo torna-se indissociável nessa interpretação. Para Marin (2008) e Oliveira (2006), enquanto o ser humano não se sentir parte do ambiente e continuar mantendo uma postura de superioridade nessa relação, será difícil o trabalho de sensibilização, ou qualquer outra atividade voltada para a preservação do meio ambiente.
A percepção humana da geomorfologia das trilhas tem sido objeto de estudo de diversos autores brasileiros, que têm se dedicado a analisar os aspectos sensoriais e emocionais envolvidos na caminhada pela natureza.
A percepção ambiental é uma ferramenta importante para a análise do indivíduo e das questões ambientais. Por meio dela, é possível compreender como o ser humano enxerga e interage com o ambiente ao seu redor, identificando crenças, valores e atitudes que influenciam o seu comportamento e suas escolhas. Com essa compreensão, é possível desenvolver estratégias mais eficazes de educação ambiental e de engajamento da sociedade em prol da preservação do meio ambiente. Além disso, a percepção ambiental também contribui para a tomada de decisões mais conscientes e responsáveis, tanto no âmbito individual quanto coletivo. É importante, portanto, que sejam realizados mais estudos e debates sobre o tema, a fim de aprimorar a compreensão e o uso dessa importante ferramenta para a gestão ambiental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A relação homem natureza vem sendo transformada ao longo dos tempos em decorrência das modificações de suas necessidades para com o que se busca extrair desta natureza. No princípio os caminhos, as trilhas serviam de rotas para procura de alimento, contudo o que se pode verificar com a presente pesquisa é que o uso destas trilhas vem ganhando outras razões que consistem no bem estar psicológico do ser humano, passando a integrar os hábitos de muitas pessoas o exercício físico junto ao contato com a natureza.
Diante dos diversos significados que as trilhas apresentam e evoluem ao longo dos tempos, restou importante a investigação de como o homem mudou sua visão diante deste espaço natural e quais os impactos advindos desta mudança, principalmente sobre as trilhas.
Através do estudo da percepção ambiental é possível analisar o indivíduo e a forma como este sente as questões ambientais. Dessa forma, foi possível compreender como o ser humano enxerga e interage com o ambiente ao seu redor, identificando crenças, valores e atitudes que influenciam o seu comportamento e suas escolhas.
Essa compreensão, que se dá através da percepção ambiental dos indivíduos, possibilita desenvolver estratégias mais eficazes de educação ambiental e de engajamento da sociedade em prol da preservação do meio ambiente. Além disso, a percepção ambiental também contribui para a tomada de decisões mais conscientes e responsáveis, tanto no âmbito individual quanto coletivo a fim de aprimorar a gestão ambiental a ser realizada sobre as trilhas ecológicas.
Muitos pontos positivos podem ser elencados com o fomento a visitação das trilhas ecológicas, tais como um maior contato do homem com a natureza, a possibilidade de contemplar a beleza cênica da natureza pelos visitantes, entretanto, quanto mais atrativa a trilha, maior o número de visitantes, que podem vir a degradar o meio ambiente, a flora e a fauna.
Neste contexto, se verifica a importância da análise geomorfológica das trilhas como mecanismo de planejamento e manejo destes espaços geográficos visto que a paisagem precisa ser entendida como uma entidade global, constituída por elementos formados em diferentes momentos, os quais, hoje, atuam nela de forma integrada. Da mesma forma, a Geomorfologia social, ou aplicada, entendida a partir das inter-relações dos aspectos físicos e humanos, possibilita, com seus estudos, a promoção do conhecimento do homem com relação à sua ação sobre o meio natural.
Dessa forma, ao empregar a geomorfologia na avaliação de trilhas ecológicas, é possível reconhecer os processos erosivos cruciais e áreas de perigo, e elaborar estratégias de preservação e gestão que levem em consideração a percepção humana dessas trilhas. Compreender como as pessoas utilizam esses espaços naturais é fundamental para planejar uma gestão equilibrada, que harmonize o uso das trilhas com a conservação do ambiente natural.
Para enfrentar esses fenômenos erosivos, é possível adotar medidas de gestão nas trilhas ecológicas, com o objetivo de minimizar o impacto humano e preservar o meio ambiente. Uma estratégia comum consiste na construção de estruturas como pontes, passarelas e degraus, que possibilitam que as pessoas atravessem a trilha sem pisar diretamente no solo. Além disso, a utilização da vegetação pode ser uma medida efetiva para proteger o solo e reduzir a ocorrência de erosão.
Adicionalmente, a percepção ambiental desempenha um papel significativo na adoção de escolhas mais informadas e responsáveis, tanto em nível individual quanto coletivo. É crucial, portanto, promover uma maior investigação e diálogo em relação a esse assunto, a fim de aperfeiçoar a compreensão e a aplicação dessa valiosa ferramenta para a gestão do meio ambiente.
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1Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFSM/RS
Email:ochulacki@yahoo.com.br
2Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFSM/RS Email: bernardosps@yahoo.com.br