A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA HIPERCIFOSE TORÁCICA E SUA CORRELAÇÃO COM ASPECTOS DEPRESSIVOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

PHYSIOTHERAPY IN THE TREATMENT OF THORACIC HYPERCIFOSIS AND ITS CORRELATION WITH DEPRESSIVE ASPECTS: A LITERATURE REVIEW

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PAMELA MARIA CAETANO BALAN. Acadêmica do curso de Fisioterapia – UNINGÁ – Centro Universitário Ingá, em Maringá/PR.

GUSTAVO H. M. MORENO. Especialista em Ortopedia e Traumatologia. Mestre em Ciências da Saúde – UEM. Atualmente docente e supervisor de estágio na área de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia na UNINGÁ – Centro Universitário Ingá, Maringá/PR.

Rodovia PR317, 6114, Parque Industrial 200, Maringá, Paraná, Brasil. CEP: 87035-510. E-mail: pamela.caettano@gmail.com, prof.gustavomoreno@uninga.edu.br.

RESUMO

O corpo humano se encontra em constante adaptação em função dos hábitos de vida, e a alta incidência da má postura está associada muitas vezes a sobrecarga mecânica, o que resulta em excesso de tensão, assim o corpo busca adaptações gerando deformidades no alinhamento corporal, podendo estar relacionado também a fatores emocionais, visto que que a maioria dos indivíduos depressivos apresentam hipercifose. O objetivo deste estudo foi investigar a existência de uma relação entre a postura hipercifótica e a depressão, e quão a intervenção fisioterapêutica pode ser benéfica. O estudo trata-se de uma revisão de literatura, de caráter descritivo qualitativo, onde menciona que a postura curvada, ou seja, a hipercifose torácica é uma característica comum em pessoas com transtorno depressivo, e além de refletir nos aspectos biomecânicos do corpo, reflete também no estado emocional por meio de comunicação não verbal. A intervenção fisioterapêutica abrange várias técnicas com o intuito de reeducação postural, alongamento e fortalecimento, que são capazes de aprimorar a funcionalidade motora auxiliando a reestruturação dos aspectos físicos e psíquicos do indivíduo e também contribuindo na melhora do condicionamento físico, tônus muscular e interação social. Porém são necessárias mais pesquisas que envolvam indivíduos depressivos com hipercifose e a atuação fisioterapêutica para o mesmo, afim de esclarecer os efeitos benéficos proporcionados.

Palavras-chave: fisioterapia, tratamento, depressão, postura.

ABSTRACT

The human body is constantly adapting according to life habits, and the high incidence of inappropriate postures is often associated with mechanical overload, which results in excess tension, so the body seeks adaptations generating deformities in body alignment, and it can also be related to emotional factors, since the majority of depressive individuals have hyperkyphosis. The aim of this study was to investigate the existence of a relationship between hyperkyphotic posture and depression, and how beneficial physical therapy intervention can be. The study is a literature review, of a qualitative descriptive character, where it mentions that the curved posture, that is, thoracic hyperkyphosis is a common characteristic in people with depressive disorder, and in addition to reflecting on the biomechanical aspects of the body, it reflects also in the emotional state through non-verbal communication. The physical therapy intervention encompasses several techniques with the aim of postural re-education, stretching and strengthening, which are able to improve motor functionality, helping to restructure the individual\’s physical and psychological aspects and also contributing to the improvement of physical conditioning, muscle tone and social interaction. However, more research is needed that involve depressive individuals with hyperkyphosis and physical therapy for it, in order to clarify the beneficial effects provided.

Keywords: physiotherapy, treatment, depression, posture

INTRODUÇÃO

A coluna vertebral tem a função de proteger a medula espinhal, e é uma estrutura importante para a flexibilidade, locomoção e suporte do corpo, apresentando algumas curvaturas fisiológicas na coluna cervical, torácica e na lombar, e devido às alterações posturais normalmente causadas por má postura, desvios anormais podem surgir, afetando a eficiência muscular, o que predispõem os indivíduos a dor e condições musculoesqueléticas patológicas (DIÓGENES et al., 2014).

O corpo humano se encontra em constante adaptação em função dos hábitos de vida e, a postura é resultado desses hábitos adotados ao longo da vida. As alterações posturais estão na maioria dos casos associadas a dor, o que representa um grande fardo para a sociedade por meio da busca de cuidados, uso de medicamentos, incapacidade para o trabalho, licença médica e aposentadoria precoce (COENEN et al., 2017; ROSARIO et al., 2013).

A hipercifose que é caracterizada por uma curvatura torácica acentuada, protusão escapular e geralmente acompanhada por protusão de cabeça. Sendo caracterizada como progressiva, levando a um agravamento do estado de saúde, o que afeta 50% dos adultos, e pode prejudicar a função pulmonar e as atividades de vida diária, reduzindo a qualidade de vida (FATHOLLAHNEJAD et al. JANG et al., 2019). Portanto a postura curvada é uma característica comum em pessoas com transtorno depressivo, e foi observado que esses indivíduos se apresentam cansados, deprimidos, estressados e desanimados.

Consequentemente existe evidências de que a postura ereta está associada ao aumento da atividade cerebral de alta frequência em comparação com a postura curvada. Desta forma, a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como as monoaminas, que dão a sensação de conforto, prazer e bem estar; pois há uma diminuição na quantidade de neurotransmissores liberados e assim o sistema nervoso funciona com menos neurotransmissores do que normalmente seria preciso (WILKES et al.,2016; DESCHAMPS et al., 2015; OLIVEIRA et al.,2014).

A postura pode refletir nos aspectos biomecânicos do corpo, porém reflete também no estado emocional por meio de comunicação não verbal, pois quando um indivíduo não consegue expressar seus sentimentos usando gestos faciais ou comunicação verbal, a má postura se torna um meio de expressão, sendo mais comum pessoas com depressão e baixa autoestima adotarem uma postura curvada (FIQUER et al., 2011). Assim, quando os indivíduos diante um público, ou situação de estresse adotarem uma postura ereta sentados, pode manter a auto estima, reduzir o humor negativo, consequentemente aumenta a velocidade da fala e reduz o foco pessoal, assim o uso da comunicação verbal pode impulsionar o funcionamento cognitivo favorecendo a autoconfiança; portanto os indivíduos com depressão e alterações posturais, devem ser treinados para adquirir consciência corporal plena, e assim uma melhor compreensão da interação corporal e fatores emocionais (MICHALAK et al., 2014; NAIR et al., 2015).

A depressão é um problema de saúde comunitário, sendo o transtorno mental mais comum neste século, apresentando alta taxa de cronicidade e recorrência, o que torna um fator de risco significativo para suicídio. Portanto a depressão afeta tanto a mente quanto o corpo (ANÍBAL et al.; CANALES et al., 2017).

A alta incidência de problemas relacionados a má postura está associada muitas vezes à sobrecarga mecânica o que resulta no excesso de tensão, assim o corpo busca adaptações gerando deformidades no alinhamento corporal, podendo estar relacionado também a fatores emocionais, e a insatisfação em relação ao próprio corpo e aparência, o que pode desencadear desordens alimentares, baixa auto-estima , ansiedade e depressão ( WEINBERGER et al., 2017; CHRISTEN et al., 2011).

Segundo a OMS (2019), a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. E de acordo com um estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5% e situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida.

 A prática de exercício físico regular possui uma influência positiva no tratamento da depressão, onde se verifica consequentemente o aumento da satisfação e da qualidade de vida, permitindo que o indivíduo tenha um papel ativo no seu cotidiano (LUCAS et al., 2012).  Aníbal et al., (2017), apontam que a atividade física se mostra eficaz na redução de sintomas da depressão, melhorando de maneira geral o estado de humor, o apetite e a autoestima, impactando, de maneira positiva tanto na saúde física quanto na saúde mental, porém essa intervenção não exclui as terapias convencionais. Portanto o movimento funcional é resultado de uma mente saudável e são expressos com movimentos de qualidade tendo o menor gasto energético possível. Desta maneira, a intervenção fisioterapêutica pode tratar positivamente os sintomas depressivos e o aumento da qualidade do movimento podem melhorar os sintomas depressivos, visto que ambos estão fortemente relacionados (MITSUE et al., 2019).

Dentre as intervenções fisioterapêuticas, pode ser destacada a prevenção e reabilitação de alterações posturais, baseadas em posturas específicas para o alongamento global, proporcionando o posicionamento correto das articulações e o fortalecimento dos músculos, visando o restabelecimento do equilíbrio na tensão miofascial das cadeias musculares (MOREIRA et al., 2017). Outros métodos, que consistem em uma forma de condicionamento corporal, que engloba exercícios responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo, têm sido aplicados para diferentes finalidades (CONTIN et al., 2016). Por outro lado, a terapia manual é outra forma de tratamento conservador fornecida por fisioterapeutas, e pode ser usada como uma modulação eficaz no alívio de dores, e alteração da função muscular em distúrbios osteomusculares de tecidos moles, proporciona também relaxamento o que contribui para minimizar o quadro depressivo/ estresse, associado com a cinesioterapia (FATHOLLAHNEJAD et al., 2019). A partir de um estudo comparativo foi sugerido que o uso de bandagens rígidas na coluna afim de manter o tronco ereto, obteve resultados positivos no quadro depressivo reduzindo a fadiga dos indivíduos, e melhorando a postura corporal (WILKES et al.,2017).

Canales et al. (2017) e Hackford et al. (2019) em seus estudos mostraram que existe uma correlação entre o caminhar de indivíduos saudáveis e depressivos, onde foi observado que indivíduos depressivos apresentavam uma postura curvada, velocidade de marcha reduzida e movimentos reduzidos. Diante disto, os efeitos fisioterapêuticos da manipulação sobre a marcha e postura visa que os indivíduos ao adotarem uma postura ereta ao caminhar os torna mais resistentes ao fator estressante, consequentemente aumentando a sensação de poder e autoestima, beneficiando a própria imagem corporal. Em geral, as intervenções fisioterapêuticas tem como objetivo ajudar o paciente a alcançar independência funcional com segurança, proporcionando qualidade de vida, e reduzindo prejuízos funcionais.

O objetivo deste estudo foi investigar a existência de uma relação entre a postura hipercifótica e a depressão, e quão a intervenção fisioterapêutica pode ser benéfica.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter descritivo qualitativo; realizada no mês de fevereiro a setembro de 2020. Para composição deste estudo, foi realizado uma busca de artigos nas bases de dados SCIELO e PUBMED. Os descritores em português, selecionados e combinados entre si para a busca, foram: fisioterapia, tratamento, depressão, postura- sendo que para a busca de artigos internacionais, foram utilizadas as respectivas traduções dos descritores em inglês: physiotherapy, treatment, depression, posture.

Para a seleção do material, foram considerados os seguintes critérios de inclusão: publicação a partir de 2013 a 2020, abordar temas relacionados ao tema proposto, sendo estudo/ relato de caso e artigos gratuitos. Foram excluídos artigos de revisão de literatura, e artigos que não estava disponível o texto por completo, e artigos que não se tratavam especificamente da intervenção fisioterapêutica.

RESULTADOS

Foram utilizados descritores na língua portuguesa e inglesa, e a pesquisa foi inicialmente restringida para artigos que fossem publicados entre 2013 a 2020. Iniciou- se a busca com os descritores “depressão” e “postura”, e foram encontrados no PUBMED: 807 resultados e no SCIELO: 08. Foi acrescentada “fisioterapia” e resultou em 160 artigos no PUBMED. Por fim acrescentando o descritor “tratamento” na pesquisa, obteve-se 130 artigos no PUBMED. A partir disto a pesquisa foi restringida de acordo com os critérios de inclusão e exclusão resultando em 100 artigos. Foram lidos os temas dos artigos e selecionados 50 para leitura de resumo. Portanto foram selecionados 11 artigos do PUBMED para compor o presente estudo, juntamente com as características de cada texto e autor, foram descritos no quadro 1.

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Fonte: Os autores.

Quadro 1: Referente às características dos artigos selecionados.

Título, autor e anoObjetivoAvaliaçãoIntervençãoResultados
Efeito do treinamento de feedback postural na saúde.
HARVEY et al., 2020
Investigar como um dispositivo de feedback de postura vestível (UpRight) pode impactar a consciência da postura colapsada e curvada, bem como resultados de saúde mental e física. .Foi utilizado o questionário SF-36.26 participantes foram divididos aleatoriamente, sendo o grupo de tratamento composto por 13 participantes que usaram um dispositivo vestível por pelo menos 15 minutos por dia, por 4 semanas, enquanto um grupo de comparação pareado composto por 13 participantes, participou sem o dispositivo durante 4 semanas.O dispositivo de biofeedback vestível influenciou positivamente a consciência da postura do pescoço e das costas, bem como o funcionamento físico, emoções, energia / fadiga, confiança e estresse geral. Este estudo fornece suporte preliminar de que um dispositivo de feedback de postura vestível é uma ferramenta útil para ensinar a percepção da postura e melhorar o bem-estar.
Os efeitos da postura de caminhar nos estados afetivos e fisiológicos durante o estresse.
HACKFORD et al., 2019
Investigar se uma postura de andar ereto poderia produzir melhorias imediatas de curto prazo nos estados psicológicos e estados fisiológicos em comparação com uma postura de caminhada curvada durante um estressor psicológico
Para avaliar ângulos posturais, foram usadas imagens estáticas das gravações de vídeo, e foram selecionadas e medidas usando o Kinovea. E para avaliação afetiva foi utilizado a ESP, AEA e a, escala de sonolência de stanford, e EVA.73participantes, foram divididos aleatoriamente em grupo de postura ereta, e grupo de postura curvada. Os participantes caminharam em uma esteira, onde permitiu o controle sobre o nível de atividade física e fatores ambientais; sendo solicitado a andar na esteira em seu estilo normal de caminhada usual. O grupo postura ereta foi orientado a olhar para o ponteiro na parede; e o grupo de postura curvada foi orientado a olhar para o ponteiro da esteira.

O grupo com postura de caminhada ereta mostrou estados psicológicos significativamente melhorados, incluindo menos efeito negativo de baixa excitação, menos sonolência, menos dor e sensações de poder ligeiramente maiores do que o grupo com postura de caminhada curvada.
Relação entre depressão e qualidade de movimento em adultos jovens normais.
MITSUE et al., 2019
Investigar a relação entre sintomas depressivos e qualidade do movimento a partir da avaliação da postura observável e do movimento funcional.Foi utilizado o questionário para a SDS e a BARS-MQE, que consiste em 12 movimentos que simulam movimentos usados ​​na vida cotidiana.20 participantes foram divididos em grupo alto nível, composto por 9 participantes. E grupo baixo nível, composto por 11 participantesA qualidade do movimento diminui quando um indivíduo apresenta sintomas depressivos. Visto que os estados depressivos podem causar mudanças na postura no plano frontal, plano sagital e plano transversal, e diminuir os componentes do movimento de atenção, intenção e emoção.
Efeitos do exercício corretivo para hipercifose torácica na postura, equilíbrio e bem-estar em mulheres mais velhas: um projeto duplo-cego e em grupo.
JANG et al., 2019.
Identificar os efeitos de um exercício corretivo para hipercifose torácica, equilíbrio e bem-estar em mulheres idosas da comunidade.

Para avaliação da postura e do equilíbrio foi utilizado o inclinômetro, a régua flexicurva. E para avaliar o bem estar, foi utilizado SF-36.Vinte e cinco mulheres foram designadas ao grupo experimental (GE), onde foram submetidas a um programa de exercícios corretivos, duas vezes por semana, totalizando 16 sessões, com duração de uma hora cada sessão. E vinte e cinco mulheres fizeram parte do grupo controle (GC), onde receberam um livreto dos mesmos exercícios para serem realizados em casa.
Os resultados deste estudo sugerem que um programa de exercícios bem elaborado pode ser benéfico para melhorar a postura, o equilíbrio e o bem-estar de mulheres idosas com hipercifose torácica. E ambos os grupos apresentaram melhores escores na escala de depressão.
A postura ereta melhora o afeto e a fadiga em pessoas com sintomas depressivos.
WILKES et al., 2017.
Investigar se a mudança de postura poderia reduzir o afeto negativo e a fadiga em pessoas com depressão leve a moderada submetidas a uma tarefa estressante.Para a avaliação postural, os participantes foram fotografados, sendo a câmera posicionada à direita dos participantes para obter uma postura lateral, ângulos de inclinação da cabeça, pescoço, costas e ombros. E para avaliação do grau de depressão foi utilizado o inventario de Beck, e o IAA
Sessenta e um participantes com teste positivo para depressão leve a moderada foram recrutados para o estudo. Foram divididos em grupo de postura ereta, onde receberam a aplicação da bandagem rígida, e orientações. E o grupo de postura usual, a fita de bandagem ficou solta. Os participantes foram orientados a sentarem em um banquinho e completaram a tarefa de fala do Trier Social Stress Test.No início do estudo, todos os participantes tinham postura significativamente mais curvada do que os dados normativos. A manipulação postural melhorou significativamente a postura e aumentou o efeito positivo de alta excitação e a fadiga em comparação com a postura usual.
Investigação de associações entre a recorrência de transtorno depressivo maior e o alinhamento da postura da coluna vertebral: um estudo transversal quantitativo.
CANALES et al., 2017
Investigar associações entre a má postura da coluna vertebral e a recorrência de episódios depressivos maiores e a gravidade dos sintomas em pacientes com transtorno depressivo maior.Para avaliação postural foi utilizado a fotogrametria, sendo fotografados na vista anterior, posterior e lateral. E a avaliação do grau de depressão foi utilizado a escala de Hamilton.72 participantes, foram divididos em grupo RE, composto por 41 participantes sendo diagnosticados com transtorno depressivo maior recorrente. E o grupo SE, composto por 31 participantes sendo diagnosticados com um único episódio de transtorno depressivo maior.
Este estudo revelou que pacientes depressivos tiveram maior desalinhamento postural, gravidade dos sintomas depressivos e foi associada à hipercifose. Estas descobertas demonstram que a depressão é um distúrbio multifatorial, que afeta o motor, padrões de marcha e postura corporal.
Posturas curvadas e eretas afetam as respostas ao estresse? Um ensaio randomizado.
NAIR et al., 2015.
Investigar se uma postura sentada ereta pode influenciar as respostas afetivas e cardiovasculares a uma tarefa de estresse psicológico, em relação a uma postura sentada curvada.Para avaliação postural foi utilizado marcadores de LED nos ombros e na cabeça para análises através de vídeos. E para avaliação do estresse foi utilizado o IAA.

74 participantes foram divididos em grupo de postura ereta, e o grupo de postura caída, ambos receberam a aplicação da bandagem rígida. Os participantes completaram uma tarefa de leitura, a tarefa de fala Trier Social Stress. A pressão arterial e a frequência cardíaca foram medidas continuamente.Participantes eretos relataram maior autoestima, mais excitação, melhor humor e menor medo, em comparação com participantes desa nimados. Sentar-se ereto pode ser uma estratégia comportamental simples para ajudar a desenvolver a resiliência ao estresse. A pesquisa é consistente com as teorias da cognição incorporadas de que os estados musculares e autonômicos influenciam a resposta emocional.
Características de equilíbrio em pacientes com depressão maior após um programa de exercícios de caminhada de dois meses: um estudo piloto
DESCHAMPS et al., 2015
Determinar os efeitos de um programa de caminhada de dois meses nas estratégias de controle postural implícitas no transtorno depressivo maior.Para avaliação do grau de depressa foi utilizado o inventário de Beck. E para avaliação postural foi utilizado uma plataforma de força Kistler, sendo avaliado postura em uma superfície firme com olhos abertos/ fechados; postura em uma superfície de espuma com os olhos aberto/ fechados.
O programa de caminhada incluiu sessões de caminhada supervisionada de uma hora, três vezes por semana, durante um período de dois meses. Os participantes foram separados em grupo controle saudáveis (HC), composto por doze participantes. E grupo TDM, composto por nove participantes.As principais descobertas foram que os pacientes com transtorno depressivo maior exibiram mudanças positivas relacionadas à atividade física no desempenho postural, com uma diminuição na oscilação corporal na condição mais difícil. O impacto real do programa de caminhada nas variáveis ​​baseadas na velocidade dos parâmetros do centro de pressão sugere que os pacientes com transtorno depressivo maior melhoraram sua capacidade de fazer correções posturais mais eficientes, o que é útil para as atividades diárias e autonomia.
Diferenças e semelhanças nas alterações posturais causadas por tristeza e depressão
DIÓGENES et al., 2014
Investigar a existência de relação entre a tristeza, a depressão e a postura representada pelo ângulo de Tales, inclinação da cabeça, inclinação do ombro e para a frente da cabeça e protrusão do ombro.Para avaliação postural, os participantes foram fotografados, com a câmera posicionada à direita dos participantes para obter uma postura lateral, e frontal. E para avaliar o grau de depressão foi utilizado o inventario de Beck40 mulheres participaram do estudo que investigou a existência de relação entre depressão e postura corporal.A depressão e a tristeza podem alterar a postura. Consequentemente, a avaliação postural e o tratamento podem auxiliar no diagnóstico e tratamento da depressão.
A postura sentada faz uma diferença – os efeitos da incorporação no viés da memória depressiva.
MICHALAK et al., 2014
Investigar os efeitos da postura sentada sobre a tendência de indivíduos deprimidos de se lembrarem de maior proporção de material auto-referente negativo.A postura foi avaliada de forma suscinta, ao solicitar que os pacientes sentassem, e partir daí foram avaliados em postura curvada e ereta. E para avaliar o grau de depressão foi utilizado o inventario de Beck.30 participantes foram distribuídos aleatoriamente e sentaram-se em um grupo de postura curvada, e outro grupo de postura ereta; enquanto imaginavam uma cena visual de si mesmos em conexão com palavras positivas ou relacionadas à depressão apresentadas a eles na tela do computador. E para manipular a postura foi utilizado comandos verbais.
Os resultados indicam que mudanças relativamente menores no sistema motor podem afetar um dos vieses cognitivos mais bem documentados na depressão.
A tristeza pode alterar a postura?
ROSARIO et al., 2013
Investigar a existência de uma relação entre a postura representada pela protração do ombro e a emoção de tristeza.
Para a avaliação postural, os participantes foram fotografados, sendo a câmera posicionada à direita dos participantes para obter uma postura lateral. E para avaliar o grau de tristeza foi utilizado EAS.Participaram do estudo 28 mulheres, todas participaram da escala analógica subjetiva, o que facilitou a avaliação de tristeza usual, classificada como um sentimento crônico; e tristeza atual, classificada como sentimento momentâneo.Uma associação significativa foi encontrada no presente estudo, entre a protração do ombro e a tristeza usual, porém na tristeza atual não foram encontradas associações.  Esses dados podem ser úteis para a prática clínica, ajudando identificar a condição emocional de um paciente, mesmo sem verbalização. Eles também podem sugerir um novo método para tratar um componente de tristeza da depressão por meio de correção postural, ou vice-versa, ajudando a corrigir postura no caso de melhora emocional.

Notas: SF-36 : questionário de qualidade de vida, EVA: escala analógica de dor, SDS: escala de autoavaliação de depressão, BARS-MQE: escala de avaliação da consciência corporal e qualidade e experiência do movimento, EAS: escala analógica subjetiva, IAA: índice de avaliação afetiva, ESP: escala de sentimento de poder, AEA: avaliação do estado afetivo.

Fonte: Os autores.

DISCUSSÃO

Diante os resultados obtidos vários estudos correlacionam a hipercifose torácica como uma característica comum em pessoas com transtorno depressivo. Nos estudos de Rosário et al. (2013) e Diogenes et al. (2014), foi possível confirmar uma associação significativa entre protusão de ombro, aumento da cifose torácica, retroversão pélvica e a depressão; que vem de encontro com o estudo de Fathollahnejad et al. (2019), e Kim et al. (2018). Kim et al. ressalta que a gravidade da depressão deve ser correlacionada com o grau de flexão da cabeça, pescoço, tronco e pelve.

Portanto, a depressão pode levar a vários problemas musculoesqueléticos, Mitsue et al.(2019) e Jang et al. (2019), confirmam a relação entre atividade física e depressão; visto que indivíduos depressivos apresentam sintomas como dor lombar, cefaleia, protusão de ombros, baixa autoestima, dificuldade de concentração, ansiedade, estresse; o que induz o indivíduo a apresentar movimentos disfuncionais, e quando ocorre uma mudança na linha de gravidade resulta em instabilidade postural. Rosa et al. (2004), relata que os distúrbios emocionais são capazes de interferir no equilíbrio postural dos indivíduos, tornando-os mais suscetível aos sintomas depressivos, apresentando maior irritabilidade, raiva, além de intervim no sistema somatossensorial, visual e vestibular.

Já no estudo de Canales et al. (2017) e Hackford et al. (2019), ambos confirmam que o caminhar curvado e lentidão nos movimentos estão associados aos indivíduos depressivos; portanto, Bennabi et al. (2014) , também relata que os pacientes deprimidos exibem sinais evidentes associados a uma lentidão motora geral. De acordo com Schrijvers et al. (2008), essa lentidão motora está relacionada principalmente a desregulação da dopamina na depressão. Assim como no estudo de Michalak et al. (2014) e Nair et al. (2015), ambos relatam a associação de indivíduos depressivos e a postura curvada quando sentados, em que está de acordo com o estudo de Harvey et al. (2020), pois os indivíduos recordam de palavras e memórias negativas os deixando mais deprimidos e com maior ângulo de hipercifose. Kunzler et al. (2014) relata que à postura sentada para escrever, mais utilizada pelos escolares, apresentou uma associação significativa em relação à hipercifose torácica, vindo de encontro com Back et al. (2009) onde diz que os escolares mantêm os braços a frente do corpo para escrever, fazendo com que ocorra uma abdução das escapulas, o que favorece a postura cifótica. Portanto no estudo de Pavey et al. (2019), foi verificado que a falta de atividade física e o tempo prolongado sentado com a postura hipercifotica estão associados ao aumento do risco de doenças crônicas, incluindo a depressão.

Deschamps et al., (2015), menciona em seu estudo que além da intervenção psicológica e medicamentosa se faz necessário a intervenção fisioterapêutica como tratamento coadjuvante para melhorar a depressão e a hipercifose, e está de acordo com o estudo de Oliveira (2014), em que ambos relatam que exercícios aeróbicos facilita a produção de monoaminas cerebrais, além de promover efeitos psicossociais no combate dos sintomas depressivos. Byeon et al. (2019) também confirma que exercícios aeróbicos onde envolveu caminhada, exercícios de mobilidade e flexibilidade como os alongamentos, podem ser mais eficazes para manter um estado mental saudável do que os exercícios que visa especificamente a força muscular. Porém no estudo de Fathollahnejad et al. (2019) relata que houve melhora significativa na hipercifose com intervenção de exercícios aeróbicos associados com terapia manual levando o indivíduo a um bem estar geral, assim como destaca a importância de fortalecimento da musculatura envolvida. Porém mesmo não sendo o objetivo principal deste estudo, Arcos et al. (2014), relata em seu estudo que o treinamento de musculação moderada, promove uma melhora no quadro depressivo, e no condicionamento físico. Portanto ambos os artigos vêm de encontro com o estudo de Cruz et al. (2013), em que é relatado que a pratica de exercícios estimula a endorfina, sendo a responsável por diversas alterações psicológicas que vão desde o efeito analgésico até a sensação de bem estar. Desta forma, Wilkes et al. (2017) complementa que a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores onde ocorre uma diminuição na quantidade de neurotransmissores liberados e assim o sistema nervoso funciona com menos neurotransmissores do que normalmente seria preciso.

Harvey et al., (2020) sugere que a boa postura desempenha um papel importante durante as atividades de vida diária, e Rebar et al. (2015) confirma em seu estudo que a atividade física reduz os sintomas da depressão e da ansiedade. Portanto, ambos concordam que a intervenção fisioterapêutica tem uma boa perspectiva sobre a saúde física e mental, desde que o tratamento seja realizado semanalmente, e haja comprometimento do indivíduo.

No entanto, a literatura menciona que é de suma importância uma avaliação postural criteriosa afim de aprimorar as condutas fisioterapêuticas, e a inserção de questionários de depressão/ ansiedade para um tratamento eficaz. Visto que o fisioterapeuta pode intervir utilizando diversas técnicas posturais, que são capazes de aprimorar a funcionalidade motora auxiliando a reestruturação dos aspectos físicos e psíquicos do indivíduo, pois os indivíduos com transtorno depressivo possuem alterações na postura e insatisfação com a própria imagem corporal. Os resultados demonstram que o impacto negativo da depressão inclui fatores emocionais e físicos, e o fisioterapeuta visa a reabilitação e qualidade de vida, portanto o alinhamento ideal da postura permite que o corpo mantenha o equilíbrio com um gasto mínimo de energia (HARVEY et al.2020; FATHOLLAHNEJAD et al.2019; CANALES et al. 2017; e HACKFORD et al. 2019).

Pedrão et al. (2012), menciona que as sessões de fisioterapia representam também um espaço para os indivíduos perceberem e elaborarem os avanços conquistados em seu processo de reabilitação, dando-lhes a possibilidade de almejar novas conquistas e ressignificar a vida, pois através da intervenção fisioterapêutica os indivíduos podem descobrir suas capacidades de expressão e movimento, modificando sua autoimagem, e consequentemente se valorizar mais como pessoa.

De acordo com a literatura, os recursos fisioterapêuticos aliviaram a sensação de agitação mental, desaceleraram os pensamentos, melhoraram a disposição, a sensação de leveza física e mental, a concentração, promoveram motivação para participar de outras atividades, para interagir socialmente e para se relacionar com outras pessoas, trazendo alegria e melhorando a autoestima, além da melhora da função motora (BYEON et al.2019; CRUZ et al.2013; WILKES et al.2016; ARCOS et al 2014, e PEDRÂO et al.2012).

CONCLUSÃO

O fisioterapeuta, vem utilizando diversas técnicas com o objetivo de amenizar e tratar as disfunções da coluna vertebral, porém foram encontrados poucos estudos que relacionam a hipercifose e a depressão à um tratamento fisioterapêutico especifico, visto que diversos autores relatam uma forte relação de indivíduos depressivos e a postura curvada. Portanto, os resultados deste estudo indicaram que a intervenção fisioterapêutica permitiu melhora significativa da hipercifose e consequente melhora nos aspectos emocionais, contribuindo na evolução do condicionamento físico, tônus muscular e interação social. No entanto, cabe ao fisioterapeuta realizar uma avaliação criteriosa a respeito da postura e ter um senso crítico afim de aplicar questionários sobre depressão e ansiedade, para que o método e frequência de intervenção escolhido não venha falhar e sim favorecer o indivíduo reduzindo as alterações posturais e aprimorando a imagem corporal com intuito de melhorar a qualidade de vida, vale ressaltar que o comprometimento do paciente no tratamento é de fundamental importância para alcançar os objetivos propostos. Porém são necessárias mais pesquisas que envolvam indivíduos depressivos com hipercifose e a atuação fisioterapêutica para o mesmo, afim de esclarecer os efeitos benéficos proporcionados a fim de contribuir para o desenvolvimento do conhecimento.

Devido à alta incidência de desvios posturais, torna-se necessário salientar a importância deste estudo para o meio cientifico, visto que esses dados podem ser úteis para a prática clínica, contribuindo para identificar os fatores emocionais de um paciente, mesmo sem verbalização, e obter uma ideia precisa sobre um tratamento fisioterapêutico mais eficaz ao ser identificado precocemente.

REFERÊNCIAS

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