A FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

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JANILCE FERREIRA BATISTA

Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, Uninassau, para obtenção do título de Fisioterapeuta.
Orientador: Prof. Francisco Carlos Santos Cerqueira.

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Prof. Francisco Carlos Santos Cerqueira

DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho em primeiro lugar a Deus, aos meus pais, ao meu amigo e ao meu noivo que me apoiaram sempre me dando incentivos para continuar nessa longa caminhada de lutas mais também de vitórias. OBRIGADA!

AGRADECIMENTO
Meus sinceros agradecimentos primeiramente a Deus por ter me dado forças no decorrer desses cinco anos quando nos momentos mais difíceis me encontrei fragilizada e cansada querendo parar, mas Ele me pegava sempre com Sua Destra Poderosa e me colocava de pé. Aos meus pais Iletil Ferreira Batista e Ilson Laurentino Batista que mesmo de forma indireta, contribuíram com a minha Vitória e em especial a minha mãe que nunca cessou de orar por mim. Ao meu amigo José Maria Sales que por muito tempo foi meu canal de bênçãos provendo nas mais diversas situações principalmente financeira. Ao meu orientador professor Francisco Carlos Cerqueira que colaborou me orientando de forma sábia e passiva, se disponibilizando sempre à me ajudar. Por fim ao meu noivo Jayme Baptista que tanto amo, e mesmo em pouco tempo estando ao meu lado, tem se dedicado de forma integral a me ajudar me apoiando em tudo.

EPÍGRAFE
“Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”.
Isaías: 41-10

RESUMO

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) e uma compressão do nervo mediano ao nível do punho que gera algía e formigamento nos dedos indicador, médio e polegar, sendo que esses sintomas tende aparecer à noite ou após um período prolongado de tempo realizando movimentos repetitivos. Essa síndrome quando no estagio avançado gera incapacidade funcional. O número de casos de STC tem aumentado de forma considerável, por esse motivo há uma busca grande de novas técnicas que proporcionem um rápido retorno dos pacientes as suas atividades. O objetivo principal da pesquisa é conhecer e analisar o melhor tratamento para a (STC). A metodologia utilizada foi de forma exploratória e explicativa, utilizando-se de pesquisas bibliográficas em artigos pesquisados através de sites como: Google Acadêmico, Google Scholar, Google Scielo e em literaturas. Chegou-se a conclusão de que são vários os recursos utilizados no tratamento da STC, e fica evidente que a atuação fisioterapêutica tem um papel fundamental na prevenção e tratamento da síndrome.

Palavras-chaves:Fisioterapia, Tratamento, Túnel do Carpo.

ABSTRACT

Carpal Tunnel Syndrome (CTS) is a compression of the median nerve at the level of the wrist that generates pain and tingling in the index, middle and thumb, and these symptoms tend to appear at night or after a prolonged period of time performing repetitive movements . This syndrome when in the advanced stage generates functional disability. The number of cases of CTS has increased considerably, so there is a great search for new techniques that provide a quick return of patients to their activities. The main objective of the research is to know and analyze the best treatment for CTS. The methodology used was exploratory and explanatory, using bibliographic research in articles searched through sites such as: Google Scholar, Google Scholar, Google Scielo and in literature. The conclusion was reached that there are several resources used in the treatment of CTS, and it is evident that physical therapy plays a fundamental role in the prevention and treatment of the syndrome.

Keywords: Physiotherapy, Treatment, Carpal Tunnel.

1. INTRODUÇÃO

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é uma patologia dos membros superiores mais precisamente nos punhos e mãos. É uma compressão do nervo mediano e seus principais sinais e sintomas são algia e parestesias nos punhos e dedos polegar, indicador e médio causando limitações funcionais e gerando déficit de força muscular.

A STC está entre as incapacidades principais das mãos e punhos, levando a um déficit da força muscular; essa patologia é considerada um problema de saúde pública, por ter um alto índice de trabalhadores acometidos, gerando a eles transtornos físicos e psíquicos. A STC é uma doença que causa incapacidade funcional, mas que pode ter uma total recuperação se for tratada de uma forma precoce e eficiente.

A STC é mais predominante em pessoas do sexo feminino, com idade entre 40 a 60 anos, que trabalham utilizando de forma excessiva e repetitivas punhos e mãos. Mas esses sinais e sintomas que afetam a musculatura e as estruturas ósseas desses profissionais não são os únicos, a STC também pode estar associada às alterações hormonais como a gravidez e a menopausa e a outras patologias como a diabetes mellitus.

A fisioterapia tem um papel fundamental para o tratamento da STC atuando em diversos aspectos, tanto de forma conservadora como cirúrgica. No tratamento conservador a fisioterapia atua dando ênfase a analgesia, ganho de força muscular do membro superior acometido, ganho de amplitude de movimentos (ADM) da mão e punho. A hidroterapia mostra-se eficácia no tratamento da STC, principalmente no relaxamento da musculatura e redução do quadro álgico.

A pesquisa tem sua relevância porque mostra aos fisioterapeutas a melhor forma de tratamento para a STC e vai permitir que os fisioterapeutas olhem com mais atenção para, os problemas de saúde relacionados com os movimentos e, sobrecargas excessivas no punho desses trabalhadores. Permite a sociedade como um todo, ter acesso às informações precisas a respeito da STC, informando aos seus colaboradores no caso das empresas de como se comportar diante as necessidades de ter uma boa postura no seu setor de trabalho e de não exercer as cargas horárias, evitando assim tempo exagerado da utilização de mãos e punhos, evitando posteriormente ser acometido pela síndrome.

O estudo é de grande importância profissional. O conhecimento a respeito da STC e do seu tratamento possibilita tratar a doença da melhor forma em tempo ágil com segurança e responsabilidade. Finalmente transmite para os pacientes e seus familiares, informações importantes de como se prevenir e tratar a STC, quando esses forem acometidos.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Síndrome do Túnel do Carpo

Segundo Phalen (1966 apud SEVERO et al, 2001) a síndrome do túnel do carpo (STC) foi descrita pela primeira vez em 1854 por Paget que observou uma doença acometendo o antebraço punho e mão, cursando com parestesias, dor e incapacidade ao realizar os movimentos anatômicos do segmento acometido.

A síndrome do túnel do carpo é definida como uma mononeuropatia periférica, causada pela compressão do nervo mediano por uma redução do espaço no túnel do carpo, gerando hipóxia no tecido nervoso, levando a uma injúria neuromuscular e incapacidade laborativa (CAMPOS et al, 2003; PIRES NETO et al, 2010; BARBOSA et al 2006).

Por ser um segmento do corpo que está relacionado com o trabalho, os membros superiores estão continuamente expostos a alterações de ordem insidiosa e aguda. Dentre as alterações insidiosas a síndrome do túnel do carpo é uma das principais doenças incapacitantes dos punhos e mãos, levando a um “declínio” da força muscular (ALVAYAY, 2008; AUGUSTO et al, 2008).

O túnel do carpo é um espaço formado inferiormente pelos ossos pisiformes, hamato, escafoide e o trapézio e superiormente pelo ligamento transverso do carpo. Nesse estreito canal (túnel) passam quatro tendões dos flexores e extensores superficiais dos dedos, o tendão do flexor longo do polegar e o nervo mediano (LIPPERT, 2003; MACHADO; MARTINS, 2009).

As doenças relacionadas ao trabalho que acometem os membros superiores têm sido objeto de estudo, principalmente em setores da economia onde sua atividade-fim exige movimentos repetitivos ou esforços demasiados no complexo punho e mão (AUGUSTO, 2008).

Dentre as várias doenças que acometem este segmento do corpo, a síndrome do túnel do carpo (STC) é uma doença que tem incidência elevada. A STC compreende cerca de 40% de todas as doenças classificadas como LER/DORT, com uma prevalência de 51 a 125:100. 000 e ocorre cm maior frequência no sexo feminino iniciando em média a partir dos 45 anos de idade.

2.2 Fisiopatologia

Ainda não há uma fisiopatologia bem definida na literatura para a síndrome do túnel do carpo, porém, alguns autores postularam teorias que juntas definem como acontece provavelmente à alteração do nervo mediano (KAROLCZAK et al, 2005; MACHADO; MARTINS, 2009). Fallentin et al (1993) relataram haver uma ligação direta com o excesso da dor muscular com uso de fibras musculares de contração lenta, com comprometimento na oxigenação, nutrição e formação de energia pelo músculo, levando-o a fadiga.

Segundo Sjoogard e Jensen (1997) e Kouyoumdijian (1999) os mecanismos fisiopatológicos, podem também estar relacionados às contrações musculares excêntricas que excedem a capacidade de “trabalho” e resistência resultando em microlesões que com o decorrer do tempo e manutenção das atividades com o segmento poderá levar a lesões mais serias gerando incapacidade funcional.

2.3 Testes Específicos e Exames Complementares

O exame físico específico para o diagnóstico clínico da STC inclui a percussão cutânea no trajeto do nervo mediano (sinal de Tínel), o teste de Phalen e a compressão do nervo mediano no seu trajeto (sinal de Durkan), esses testes podem apresentar resultados falsos dificultando um diagnóstico preciso (AUGUSTO et al, 2008; PAULA et al, 2006).

A eletroneumiografia é um exame considerado padrão “ouro” para o diagnóstico da STC, verificando a condução nervosa no trajeto do nervo mediano através de eletródios de inserção. Outro exame de extrema importância no diagnóstico é a ultrassonografia (USG) que mostra em tempo real as estruturas que formam e que passam dentro do túnel do carpo (CAMPOS et al, 2003; ESTEVENS, 2008; OLIVEIRA, 2000).

Segundo Pires Neto et al (2010) não é necessário à biópsia da sinóvia para o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo. Aliado ao diagnóstico clínico, eletrofisiológico e de imagem, a funcionabilidade do segmento (diagnóstico funcional) exerce papel importante na condução do tratamento da STC.

O examinador deverá aplicar testes de força muscular, perimetria do segmento e avaliar a amplitude de movimento das articulações do segmento acometido, comparando sempre com o lado contralateral (BARBOSA et al, 2006; BRASIL, 1998; CAMPOS et al, 2003).

A perda de força muscular está relacionada com a hipotrofia da região tênar presente na maioria dos casos de STC, limitando a funcionalidade da mão atingida. Geralmente em pacientes com sinais e sintomas exacerbados apresentam perda dos movimentos de pinça entre os dedos polegar e o indicador da mão atingida e oponência do polegar (SEVERO et al, 2001).

A limitação de amplitude do movimento da articulação radiocárpica é determinada pela presença de dor, parestesias e perda de força muscular (STEVENS et al, 2001).

O diagnóstico funcional está relacionado à eficiência dos movimentos de determinado segmento, levando a elaboração de um programa de tratamento baseado em reabilitação física do paciente (KISNER; COLBY, 2004; DAVID et al, 2009).

Segundo Mahmud et al (2005) o teste de provocação de tensão neural no membro superior com alterações funcionais têm relação com pacientes portadores da STC que apresentam achados eletrofisiológicos positivos, demonstrando que há uma necessidade de reduzir a tensão no nervo mediano causada por determinadas atividades.

2.4 Fatores de Riscos

Machado e Martins (2009) relatam que muitos fatores de risco estão relacionados com a STC, porém, os grandes esforços em atividades de carregamento manual de cargas e tarefas que exigem repetição estão dentre os maiores desencadeadores de lesões entre os trabalhadores.

A gestação também é descrita como um fator de risco para a STC, que regride sem realização de tratamentos invasivos após o período gestacional na maioria dos casos.

Segundo Kouyoumdjian et al. (2000) e Turini et al. (2005) um outro fator de risco a ser observado é o índice de massa corporal, pois, existe uma forte correção com a STC e suas formas mais graves.

2.5 Recursos da Fisioterapia mais apropriados para a prevenção e tratamento da Síndrome do Túnel do Carpo;

Existe uma variedade de opções de tratamento para a STC que incluem desde a administração de fármacos anti-inflamatórios, analgésicos, aplicação de esteroides diretamente no túnel do carpo até os tratamentos cirúrgicos para a descompressão do túnel do carpo. O tratamento invasivo, somente é realizado quando o comprometimento funcional está em grau elevado, afetando as atividades de vida diária do paciente (HENRIQUE, 2003).

As injeções de corticoides mostraram-se eficazes em casos mais brandos de STC, quando os sintomas apareceram com menos de um ano, porém, alguns pacientes voltam a referir os mesmos sinais e sintomas, sendo necessária intervenção cirúrgica (O\’CONNOR; MARSHALL; MASSYWESTROPP, 2003; ALVES, 2010).

A fisioterapia pode atuar de várias formas no tratamento e prevenção as STC. Segundo Masselli et al (2009) a hidroterapia tem se mostrado como uma técnica eficaz no tratamento das doenças osteomusculares que acometem os antebraços, punhos e mãos, incluindo a STC. Ainda segundo Massilli et al (2009), a hidroterapia em piscina com água morna possibilita um melhor relaxamento muscular e redução das queixas álgicas, possibilitando o fisioterapeuta e ao paciente realizar mobilizações articulares.

2.5.1 Medidas Preventivas

Pelos diversos problemas e propagação das doenças causadas pelos riscos ergonômicos o MTE criou a Norma Regulamentadora n. 17 (NR17) que define padrões mínimos a serem seguidos pelas empresas com relação ao carregamento manual de pesos, trabalhos que exigem repetição (BRASIL, 2001; BRASIL, 2002).

A partir dessa NR, as empresas começaram a desenvolver Comitês de Ergonomia, para tratar especificamente desse risco. Estes comitês são formados por profissionais de diversas áreas da empresa, porém, cabe aos profissionais de saúde discutir os casos de doenças e qual a forma de tratamento (BRASIL, 1996; BRASIL, 2002; MANDALAZZO; COSTA, 2007).

O estudo de revisão bibliográfica de Melo et al.22 objetivou conhecer a influência da ginástica laboral na prevenção da STC, sendo, por fim, observado que sua implantação em espaços empresariais é de grande importância não só para os trabalhadores, como também para o bom funcionamento e lucro das empresas.

As empresas juntos aos serviços de saúde e segurança do trabalho, de acordo com o setor o qual seus empregados são submetidos, tem por obrigação executarem ações que evitem o aparecimento de doenças ocupacionais e assim as mesmas não se agravem. As empregadoras deverão fazer um estudo a respeito dos riscos que todas as atividades oferecem aos seus empregados, assim eliminando-os e ou minimizando-os. Oferecendo os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s) e um treinamento para que esses equipamentos possam ser utilizados de forma correta.

2.6 Benefícios da Fisioterapia no tratamento conservador e cirúrgico da Síndrome do Túnel do Carpo;

A STC é a neuropatia mais comum e existe uma diversidade de intervenções para evitar a sua progressão. Apesar de Faglioni Junior et al.16 sugerirem a cirurgia de descompressão do túnel do carpo por via convencional devido a satisfação do resultado por parte dos pacientes, ou ainda, Lopes et al.8 conseguirem ótimos resultados quando a síndrome é recorrente por meio da cirurgia de transferência de retalho gorduroso hipotênar vascularizado, o tratamento mais indicado é o conservador por meio de fisioterapia.

Segundo David, Oliveira e Oliveira9, as lesões causadas por esforços repetitivos, como a STC, são consideradas um dificultador para as atividades de vida diária (AVD´s) ou trabalhistas.

Em seu estudo, Lobo et al.17 afirmam que um tratamento multidisciplinar é de grande importância para amenizar complicações, visando o retorno às suas AVD´s e Síndrome do Túnel do Carpo SFM v.7, n.1, 2019 37-49 a melhora na qualidade de vida, tendo então a fisioterapia um papel fundamental no tratamento e na reabilitação funcional desses indivíduos. Em seus achados, a eletroterapia, cinesioterapia, uso de videogame, massagem Shiatsu e adoção de medidas ergonômicas estão entre as possíveis formas de tratamento da STC.

Santos e Pereira20 fizeram uma revisão da literatura acerca dos recursos fisioterapêuticos utilizados para promover a reabilitação de pacientes com STC, mostrando a fisioterapia como um excelente método de reabilitação. Foram relatados como principais terapêuticas utilizadas no tratamento à eletroterapia, termoterapia, cinesioterapia e laser terapia, com esta última sendo indicada apenas na fase aguda da síndrome.

2.7 Análises, discussão e resultados.

2.7.1 Análise

Através das revisões bibliográficas com artigos selecionados, foi possível analisar que a fisioterapia tem uma relevância no tratamento conservador e cirúrgico da Síndrome do Túnel do Carpo, desde os primeiros sintomas nos casos mais brandos que são tratados de forma medicamentosa ate aos casos mais graves que levam os pacientes a submeterem a tratamentos cirúrgicos.

Houve certa escassez de informações a respeito da patologia pesquisada por conta de poucos artigos disponíveis de forma eletrônica e de difícil acesso por conta de muitos deles não serem gratuitos. Os dados coletados foram feitos no decorrer dos meses Agosto a Setembro de 2020, através dos sites; Google acadêmico, Google Scielo e Scholar.

2.7.2 Discussão

Em termo de discussão são vários os autores que enfatizam a utilização das diversas técnicas fisioterapêuticas que ajuda a melhorar os sintomas ocasionados pela STC, desde o quadro álgico até o processo inflamatório ocasionado pela síndrome. A fisioterapia ajuda na cicatrização após processo cirúrgico, previnem contra deformidades, alguns exercícios fisioterapêuticos auxiliam no ganho da força muscular (FM) e ganho de Amplitudes de Movimentos (ADM) quando determinados músculos e articulações são fadigados e redução e até mesmo eliminação da parestesia. Mas os autores também enfatizam que as técnicas fisioterapêuticas usadas de formas isoladas não surtem efeitos, por isso aconselha-se usá-las de forma harmoniosas para que haja sucesso tanto na prevenção como no tratamento da STC.

2.7.3 Resultados

São os seguintes resultados coletados através das pesquisas bibliográficas: foram pesquisados 11 artigos, sendo 8 artigos descartados por não atenderem de forma ampla e significativa a patologia abordada na pesquisa. Todos os artigos foram lidos e analisados de forma criteriosos para que todas as informações ali contidas fossem de total valia para o trabalho exposto.

Priorizando a importância da fisioterapia na prevenção e tratamento da Síndrome do Túnel do carpo e enfatizando os tratamentos medicamentosos, conservador e cirúrgicos. Em todos os artigos a faixa etária e o gênero acometido pela síndrome, são as mulheres na idade entre 40 a 60 anos de idades.

3. CONCLUSÃO

O artigo trata-se de uma patologia chamada Síndrome do Túnel do Carpo, mesmo com muitos anos de existência ainda não se tem uma fisiopatologia bem definida. As pessoas acometidas por essa patologia na maioria do sexo feminino e com a faixa etária de 40 a 60 anos e nas mais diferentes funções, sendo predominante em pessoas que exercem atividades utilizando de forma excessiva punhos e mãos.

Os fatores de riscos como a gravidez, obesidade e diabete mellitus. Para um diagnostico precoce da doença utiliza-se de testes como o de Phalen e Tinel e exames complementares como ultrassonografia (USG), a Eletroneuromiografia (ENMG) e outros.

Para tanto, foram apresentados os seguintes objetivos específicos:

  1. Síndrome do Túnel do Carpo;
  2. Recursos da fisioterapia mais apropriados para a prevenção e tratamento da STC;
  3. Benefícios da fisioterapia no tratamento conservador e cirúrgico da STC.

No entanto, o tratamento conservador é eficaz no início da doença e o cirúrgico quando nos casos mais graves, melhorando e desaparecendo com os sinais e sintomas nas pessoas acometidas pela STC.

No curso da pesquisa, das investigações verificou-se que os autores em poucos artigos entram em discordâncias com alguns recursos fisioterapêuticos e alguns autores relatam que a eficácia das técnicas utilizadas não podem ser isolada e sim relacionada com outros tratamentos, dando ênfase a hidroterapia a eletroterapia e a ginástica laboral como forma de prevenção.

Ao final desse trabalho pode-se concluir que foram satisfatórios os recursos utilizados para o tratamento da STC, mesmo assim acredito que se investir de forma mais aprofundadas em pesquisas, estudos de formas mais detalhadas finalmente encontraremos uma fisiopatologia definida para a STC.

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