A ESCOLA COMO LOCAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UMA PERSPECTIVA INTERCULTURAL E COLABORATIVA

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102411112257


Alessandra Cristina Carvalho de Oliveira
Maria Madalena de Oliveira Neves
Marineusa Soares Goulart
Ricardo Ferreira
Susan Krapp da Silva Possamai


RESUMO

Nos dias atuais a escola pode ser um local de formação de professores em uma perspectiva intercultural e colaborativa de diversas formas tendo em vista que a educação intercultural é considerada uma abordagem crítica de ensino que valoriza a diversidade e as diferenças culturais. Nesse sentido, ela promove o diálogo entre as culturas e a construção de uma educação democrática e justa. A formação de professores em uma perspectiva intercultural prepara os docentes para atuar de forma sensível e eficaz em ambientes multiculturalmente diversos. Assim, o trabalho colaborativo entre professores pode desenvolver metodologias de ensino, enriquecer o currículo e melhorar o desempenho acadêmico dos alunos. A colaboração pode ser entendida como uma metodologia de pesquisa, uma dinâmica de trabalho da equipe, uma relação de parceria com a escola básica ou uma metodologia de formação de professores. Diante disso, com base na pesquisa realizada numa escola municipal na cidade de Limeira-SP, o presente artigo tem como finalidade de promover uma reflexão sobre como melhorar os processos de ensino e de aprendizagem com a valorização da diversidade cultural bem como a promoção de autonomia dos sujeitos em suas subjetividades e com a geração de possibilidades para a promoção de um sujeito autônomo voltado para o sucesso.

Palavras Chave: Formação; intercultural; colaborativo.

ABSTRACT

Currently, schools can be places for teacher training from an intercultural and collaborative perspective in many ways, given that intercultural education is considered a critical teaching approach that values ​​diversity and cultural differences. In this sense, it promotes dialogue between cultures and the construction of a democratic and fair education. Teacher training from an intercultural perspective prepares teachers to act sensitively and effectively in multiculturally diverse environments. Thus, collaborative work between teachers can develop teaching methodologies, enrich the curriculum and improve students’ academic performance. Collaboration can be understood as a research methodology, a teamwork dynamic, a partnership relationship with the elementary school, or a teacher training methodology. In view of this, based on research carried out in a municipal school in the city of Limeira-SP, this article aims to promote reflection on how to improve teaching and learning processes by valuing cultural diversity as well as promoting the autonomy of subjects in their subjectivities and generating possibilities for the promotion of an autonomous subject focused on success.

Keywords: Training; intercultural; collaborative.

  1. Introdução

Na sociedade contemporânea, a educação formal não acontece só no espaço físico da sala de aula, as tecnologias digitais possibilitam a integração de todos espaços e tempos, como também permite reflexões acerca de uma educação cada vez mais horizontalizada, que se expressa em múltiplas interações grupais e personalizadas, acompanhada da necessidade de resgatar os atores sociais na escola, ou seja a interculturalidade contribui não apenas como meio de melhorar os processos de ensino e de aprendizagem, com a valorização da diversidade cultural, mas também com a promoção de autonomia dos sujeitos em sua subjetividades e com a geração de possibilidades baseadas no sucesso escolar. O grande desafio proposto para a educação é estabelecer conexões entre o que se aprende na escola e a vida da população brasileira. Pensando nessas múltiplas possibilidades que as tecnologias digitais possibilitaram, pode-se apoiar nos saberes docentes subjacentes que são construídos e formados nas relações do processo educativo, dos desafios do ensinar e aprender. Pensar a educação em uma visão multicultural se faz necessário para que o ambiente escolar e as práticas pedagógicas sejam mais inclusivas, significativas que promovam a igualdade e valorize a diversidade. A interculturalidade nesse sentido seria instrumento para o trabalho com as identidades minoritárias. Sobre essa questão (Candau, 2008), destaca que no Brasil a questão multicultural apresenta uma configuração própria, visto que temos uma sociedade formada por inúmeras culturas, especialmente marcada por influências indígenas e africanas. Segundo (Walsh, 2005) in FUNIBER FP 078, a efetivação da interculturalidade na sala de aula concebe uma prática situada, pelo que é preciso alguns critérios básicos. Esses critérios necessitam ser pensados a partir de três referentes substanciais: 1) o contexto sociocultural do centro escolar; 2) a realidade intercultural dos alunos e suas famílias; 3) o perfil dos docentes e sua relação com a comunidade dos alunos e suas famílias. Nesse sentido, a formação inicial e continuada de profissionais a partir das Ciências Humanas, podem cooperar para o aprimoramento do ensino, tendo em vista a autonomia e a emancipação dos sujeitos com fundamento na relação de ensino e aprendizagem, voltado ao cuidado com o outro durante o processo da pandemia do CORONAVÍRUS-19. Essa doença – COVID 19 – trouxe tempos desafiadores para a educação durante a qual os professores tiveram que lidar com a interculturalidade no ensino remoto.

  1. Descrição do problema

Com a propagação do coronavírus pelo mundo, as escolas de ensino fundamental e médio passaram a operar online para ajudar as famílias a aderirem às políticas de distanciamento social. Os professores e famílias da E.M.E.I.E.F “Professora Cassiana Maria Soares Lenci”, Limeira-SP, precisaram de todo o apoio possível: financeiro, técnico, informativo e sócio emocional para educar seus alunos durante esse período em especial os advindos da diáspora haitiana que fazem parte da comunidade escolar. Dentre o exposto a barreira da língua e da cultura se fez presente entre aluno – professor – família. Foi necessário um esforço maior em conjunto: professor, direção e equipe escolar para diminuir a desigualdade social. A comunidade do Connected Learning (Dyson; Larson, 2019) e muitos outros nos lembram que o aprendizado pode acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar. Nesse sentido, os professores e toda equipe gestora tiveram que idealizar o relacionamento deles e a comunicação com seus alunos e família bem como as questões da escola para que o ensino e a aprendizagem fossem efetivos e pudessem transpor a barreira da língua e da distância uma vez que o ensino seria remoto devido a pandemia. Outro aspecto trabalhado foi viabilizar meios de aprendizagem através de um projeto para obter computadores e aparelhos celulares para as aulas remotas. In FUNIBER FP078, Segundo (Gimeno,1988), citado por (Escalante, 2018) mostra que, para estabelecer uma percepção cultural e definir o marco didático das aulas, é relevante considerar que os indivíduos aprendem em e desde um contexto. Desta maneira, não é possível separar o fato do aprendizado em si, como se fosse um experimento de laboratório, do contexto cultural a partir do qual as pessoas vivem e interpretam. Nesse contexto, interação se deu através de um olhar relativista (DaMatta,1981), no qual pudemos observar que a troca de experiências proporcionou um intenso leque de aprendizado tanto para os alunos quanto para os professores e família em geral bem como promover a alteridade de ambos os lados.

  1. Desenho de intervenção

De acordo com (Cotinguiba, 2014) “Migrar é uma prática que faz parte do imaginário coletivo haitiano”, todavia desde muito cedo a criança haitiana é preparada pelos seus genitores a migrar, tanto que chega a almejar isso apropriando-se da inocência quanto às dificuldades que defrontarão no ato da imigração. Ao ingressar no novo país a criança haitiana, assim como qualquer outro imigrante, se não souber a língua deste novo local necessitará imediatamente aprendê-la para que assim ela possa se comunicar com as pessoas. (Candau, 2013) destaca que a escola é um lugar de múltiplas culturas e que essa temática é pouco abordada nos cursos de formação de professores, por isso justifica-se a proposta desse trabalho, ao propor um curso de extensão que oportunize um diálogo acerca das questões culturais e da diversidade presente no contexto escolar. Assim, pretende-se identificar a percepção dos professores em um curso de formação docente nível médio acerca do multiculturalismo presente na escola e pensar ações que venham dirimir tais barreiras que podem repercutir em exclusão e preconceito bem com as dificuldades que um docente enfrenta no cotidiano escolar durante as adversidades como está sendo vivenciado na pandemia do COVID – 19. Dessa forma, os professores ficariam capacitados para não passar com dificuldade como os que vivenciam o pluralismo cultural, ficam mais preparados para lidar com os alunos que participaram de suas aulas os quais encontram-se em diferentes níveis do aprendizado e faixas etárias, entre meninos e meninas. Alunos estes que têm um único objetivo, o de aperfeiçoar o conhecimento em língua portuguesa para viver num país como o Brasil. Procuramos evidenciar um enfoque cooperativo, desenvolvendo atividades e metodologias abertas, nas quais a cooperação foi a estratégia básica para realizar os objetivos propostos, assumindo-se assim a responsabilidade em trabalhos com uma projeção social na comunidade.

  1. Avaliação geral

O propósito da reflexão vem ao encontro à identificar os principais determinantes que levam aos questionamentos quanto os conhecimentos, o saber fazer, as competências e habilidades que os professores mobilizam nas salas de aula e nas escolas profissionais (Tardif, 2014), no intuito de que o resultado possa fornecer elementos proporcionando melhoras na ação discente e docente, assim, auxiliando nos processos de garantir efetivamente a aprendizagem, propor uma formação profissional em relação à necessidade de convivência intercultural na escola. Considerar a escola como local de múltiplas relações, o que a constitui como espaço educativo, em suma, o “saber ensinar”, do ponto de vista de seus fundamentos na ação, remete a uma pluralidade de saberes. E esta pluralidade se forma, de um certo modo, um “reservatório” onde o professor vai buscar suas certezas, modelos simplificados de realidade, razões, argumentos, motivos, para validar seus próprios julgamentos em função de sua ação, para variar os conhecimentos que fundamentam o saber docente (Gauthier, 2006).

  1. Considerações Finais

Há necessidade de repensar o modo de construir uma educação diferenciada e, para que isso aconteça, é preciso investir na formação contínua profissional dos professores uma vez que muitos deles estão alheios à diversidade cultural que está presente não só no âmbito escolar que é um palco onde o ator se manifesta constantemente, mas muitas vezes de forma sutil. Um exemplo disso é o fato de que, há alunos pertencentes a outra etnia produz um texto em sua língua materna, e por falta de conhecimento da escola e dos docentes, a produção do aluno é considerada inadequada segundo as normas estabelecidas. Esse tipo de comportamento distancia-se dos pressupostos de uma educação intercultural. Trabalhar a interculturalidade em todos as escolas, não apenas nos que têm alunos estrangeiros a fim de promover o diálogo e a troca entre os diferentes grupos sociais, culturais e étnicos abrindo espaços para o debate de temas que envolvam as diferenças culturais de modo construir um currículo que expresse a diversidade. A formação continuada de professores é fundamental para que a inclusão aconteça de maneira mais ampla e adequada às necessidades dos alunos. A educação intercultural deve ser pensada como um processo de diálogo, reconstrução e aprendizagem sobre as culturas presentes na escola. Segundo Candau (2008), o desafio da escola atual é justamente promover uma educação com práticas educativas em que a questão da diferença e pluralidade cultural se façam cada vez mais presentes. Em outras palavras, a escola é um espaço de caldeamento de culturas, fluido e complexo, passando inquietações tensões e conflitos. No contexto escolar perturbações e anseios vêm se evidenciando entre os docentes, assim como entre os educandos, e nesse contexto requer que percebamos a questão da crise atual da escola. É necessário um novo olhar para a formação do professor em especial na introdução das novas tecnologias da informação e da comunicação de forma intensiva e dinâmica. É necessário políticas públicas de educação para a construção efetiva de condições de formação docente e de realização de propostas e projetos pedagógicos não só em âmbito local, mas nacional de modo que todos sejam atingidos pela importância não só da formação profissional, mas também da necessidade da construção de um espaço escolar onde o aluno é o ator principal e o professor é o diretor que irá dirigi-lo e capacita-lo na sua formação acadêmica e ter sucesso na vida.

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TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2014

1 Mestra em educação, pós graduada em Meio ambiente, pós graduada em Uso da Cannabis,  graduada em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário da Grande Dourados (1998). ORCID: https://orcid.org/ 0000-0003-0760-1741 CURRÍCULO LATTES:   http://lattes.cnpq.br/0922145514083200 CARGO OU DEPARTAMENTO DE ATUAÇÃO: Professora de Biologia do Estado do Rio de Janeiro INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR A QUE O AUTOR SEJA VINCULADO:  Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) Mestre da educação UNIDADE: Campus da instituição, colocar se zer pertinente. E-MAIL: alessandraoliver07@gmail.com TELEFONE: 24-992473798

2 Mestra em Educação especializada em TIC educação pela UNIB-Universidade Internacional Iberoamericana (UNINI) Porto Rico-USA, Especialização, Licenciatura plena em Letras pela FCLA- Faculdade de Ciências e Letras de Araras-SP, Licenciatura plena em Pedagogia pela UNAR- Centro Universitário de Araras-SP, Pós graduada em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa pela UNAR-Centro Universitário de Araras-SP, Pós graduada em Educação Especial com ênfase em Deficiência Intelectual pera FACON-Faculdade de Conchas-SP. ORCID: https://orcid.org/0009-0006-6629-383X, professora na Rede Estadual de Ensino e na Rede Municipal de Ensino de Limeira-SP. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR A QUE O AUTOR SEJA VINCULADO: MESTRE EM EDUCAÇÃO. UNIDADE: Polo de Florianópolis/SC – Brasil ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Rua Domingos Romão, 870 – São José/SC E-MAIL: marianeves0812@gmail.com

3 Mestra em Educação, Especialização, Pedagogia em Anos Iniciais. ORCID:https://orcid.org/0000-0002-5961-0087 CURRÍCULO LATTES: Informar currículo Lattes se houver CARGO OU DEPARTAMENTO DE ATUAÇÃO: Professora na rede Municipal de Biguaçu/SC INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR A QUE O AUTOR SEJA VINCULADO: Universidad Internacional Iberoamericana – UNINI Puerto Rico (UNINI) MESTRE EM EDUCAÇÃO. UNIDADE: Polo de Florianópolis/SC – Brasil ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Rua Domingos Romão, 870 – São José/SC E-MAIL: marineusasg@gmail.com

3 Mestra em Educação, Especialização, Pedagogia em Anos Iniciais. ORCID:https://orcid.org/0000-0002-5961-0087 CURRÍCULO LATTES: Informar currículo Lattes se houver CARGO OU DEPARTAMENTO DE ATUAÇÃO: Professora na rede Municipal de Biguaçu/SC INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR A QUE O AUTOR SEJA VINCULADO: Universidad Internacional Iberoamericana – UNIB Puerto Rico (UNIB) MESTRE EM EDUCAÇÃO. UNIDADE: Polo de Florianópolis/SC – Brasil ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Rua Domingos Romão, 870 – São José/SC E-MAIL: marineusasg@gmail.com

4 Mestre em educação especializado em as TIC na Educação pela UNIATLANTICO – Universidade Europeia do Atlântico, pós-graduado em Educação especial e inclusiva pela FACINTER – Faculdade Internacional de Curitiba, graduado em Tecnologia em Processamento de Dados, pela UNESP-FATEC Universidade Estadual Paulista. ORCID: https://orcid.org/0009-0003-2378-6659, CURRÍCULO LATTES: https://lattes.cnpq.br/8196135068621644. Professor de Informática da Secretaria Municipal de Educação de Ourinhos/SP. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR A QUE O AUTOR SEJA VINCULADO: Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) MESTRE EM EDUCAÇÃO. UNIDADE: Polo de Florianópolis/SC – Brasil. E-MAIL: ricardotupper@gmail.com

5 Mestra em Educação, Especialização em Gestão Escolar e Formação Pedagógica, Diretora INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR A QUE O AUTOR SEJA VINCULADO: Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) – MESTRE EM EDUCAÇÃO. UNIDADE: Polo de Florianópolis/SC – Brasil ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Rua dos Sabiás, 93, Rocio Pequeno/ São Francisco do Sul/SC. E-MAIL: susan.possamai@gmail.com