A ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DE ANSIEDADE NA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412121337


Andréa Lúcia Reis Gracio1
André Luiz Reis Gracio2
Bruno de Oliveira Dias3
Maurício Barros da Silva4
Carlos de Miranda Junior5


RESUMO

Objetivo: investigar e compreender a atuação da enfermagem na promoção da saúde mental de adolescentes com transtorno de ansiedade. Método: Trata-se de um estudo bibliográfico, de natureza qualitativa, o qual adotou os seguintes procedimentos para levantamento e análise da bibliografia. Resultados: Foram originados quatro núcleos temáticos: Estratégia Saúde da Família (ESF) e saúde mental; Adolescência; Transtorno de Ansiedade na Adolescência; Intervenções de Enfermagem para Adolescente com Transtorno de Ansiedade: Medidas para prevenção e controle. Conclusão: conclui-se que este estudo atingiu os objetivos propostos de investigar e compreender a atuação da enfermagem na promoção da saúde mental de adolescentes com transtorno de ansiedade, visando identificar estratégias eficazes, desafios enfrentados e oportunidades para otimizar a prestação de cuidados de enfermagem nesse contexto específico. As  intervenções  de  enfermagem  para  adolescentes  com transtorno  de  ansiedade  são  centradas  no paciente,  adaptadas  às  necessidades individuais  e  visam  proporcionar  suporte  emocional,  educação,  habilidades  de enfrentamento e coordenação do cuidado, tudo com o objetivo de melhorar o bem-estar mental e a qualidade de vida do adolescente.

Palavras chave: Transtornos de Ansiedade. Adolescente. Enfermagem. Estratégia Saúde da Família.

ABSTRACT

Objective: to investigate and understand the role of nursing in promoting mental health for adolescents with anxiety disorder.Method: This is a bibliographic study of a qualitative nature, which adopted the following procedures for surveying and analyzing the bibliography.

Results: Four thematic groups were created: Family Health Strategy (ESF) and mental health; Adolescence; Anxiety Disorder in Adolescence; Nursing Interventions for Adolescents with Anxiety Disorder: Measures for prevention and control. Conclusion: It is concluded that this study achieved the proposed objectives of investigating and understanding the role of nursing in promoting the mental health of adolescents with anxiety disorders, aiming to identify effective strategies, challenges faced and opportunities to optimize the provision of nursing care in this specific context. Nursing interventions for adolescents with anxiety disorders are patient-centered, tailored to individual needs and aim to provide emotional support, education, coping skills and care coordination, all with the aim of improving the mental well-being and quality of life of the adolescent.

Keywords: Anxiety Disorders. Adolescent. Nursing. Family Health Strategy.

1 INTRODUÇÃO

O cuidado em saúde mental por parte dos enfermeiros representa um desafio  significativo,  especialmente quando se  trata  do  público  adolescente. Além de desenvolver uma abordagem  de assistência  centrada  nas   necessidades individuais  do  jovem,  visando  sua  independência e autonomia, é  crucial  fomentar uma  relação  próxima  entre  enfermeiro  e  adolescente,  baseada  na  construção  de um  vínculo  sólido.  (BEZERRA, FERREIRA,  PORTELA, 2024).

A ansiedade é uma característica inerente ao ser humano, podendo ser considerada uma reação normal ao estresse, compondo assim peça primordial no dinamismo de adaptação no processo de sobrevivência. No entanto a partir do momento que o indivíduo passa a manifestar essa reação de forma persistente, intensa e desproporcional, causando prejuízo a nível social e ocupacional, pode se caracterizar uma patologia (ABRAHÃO; LOPES, 2022).

O transtorno de ansiedade pode ser definido como a preocupação excessiva e  persistente  sobre  algo, além do medo exagerado  sobre alguma situação. Também é referido por muitos como sensação continua sobre algo ruim ou desastre que pode acontecer a qualquer momento. Os transtornos de ansiedade afeta mais de 450 milhões de pessoas no mundo, cujo sintomas de ansiedade sejam o fator primário. Este transtorno acomete as atividades diárias do indivíduo, pois muitos deixam de fazer atividades de rotina por medo de crises ou sintomas (SOBRINHO e MADALENA , 2020; COSTA , et al., 2019).

O paciente nesse estado pode se sentir inquieto, incerto, vulnerável, encurralado, com falta de ar, sufocado. Além de sentir medo e preocupação, idéias hipocondríacas e até  mesmo  sentimentos de culpa são  frequentes. Ademais, ele também pode ter manifestações periféricas como diarréia, vertigem, hiperidrose, palpitações, dilatação da pupila, inquietação, síncope, taquicardia, formigamento das extremidades, tremores, entre outros sintomas (KAPLAN, 2017; OYEBODE, 2017).

Segundo Barata (2019), é importante referir que a adolescência é definida como um período de transição que ocorre entre a infância e a vida adulta, sendo um período dinâmico e complexo, tanto no quesito emocional como físico.

Logo, é justamente na adolescência que acontecem as mudanças corporais (puberdade) e emocionais, refletindo diretamente no desenvolvimento e evolução da personalidade, e posteriormente na sua atuação pessoal perante a sociedade (SANTOS et al.,2021).

Sendo um período marcado por diversas alterações, tanto a nível fisiológico, quanto psicológico, implicando diretamente o desenvolvimento da ansiedade, tornando os  adolescentes  um  público  suscetível  a  sua  manifestação  de  forma  patológica (BARATA, 2019).

Sendo assim, é importante considerar o impacto da ansiedade no desenvolvimento e/ou agravamento de outras patologias, as quais variam de caráter  psicológico  ao metabólico. Sobretudo, quando a ansiedade não é tratada de maneira eficaz, o que pode desencadear transtorno do pânico, fobia social e outras psicopatologias, além das comorbidades (BRANDÃO, 2019).

Conforme Gonçalves (2022), promover a saúde mental entre adolescentes implica oferecer recursos que promovam  seu  bem-estar  físico,  emocional e social,  capacitando-os  a  cultivar  a resiliência, a  habilidade  de  enfrentar  e  superar  os  desafios  que  surgem  em  suas vidas.

Baseadas no pressuposto foram traçados alguns questionamentos: Como os enfermeiros podem atuar na promoção da saúde mental  de  adolescentes  com  transtorno  de  ansiedade? Quais os desafios enfrentados por essa população e as melhores práticas em intervenções de enfermagem?

Este estudo tem como objetivo geral investigar e compreender a atuação da enfermagem na promoção da saúde mental de adolescentes com transtorno de ansiedade.

Esta pesquisa justifica-se,  devido  à  relevância e  à  complexidade  dessa questão  no  contexto  da  saúde  pública  e  da  prática  clínica.  Os adolescentes representam  uma   fase   crucial   do  desenvolvimento, onde  fatores biológicos, psicológicos  e sociais  se  entrelaçam  de  maneira  única,  influenciando  diretamente sua saúde    mental. O transtorno de ansiedade é uma das condições mais prevalentes nessa faixa etária, podendo ter impactos significativos na qualidade de vida, no desempenho acadêmico e nas relações sociais dos jovens afetados.

Essa pesquisa, busca contribuir para o desenvolvimento de intervenções mais  efetivas e centradas  no  paciente,  que possam melhorar o bem-estar psicológico e a qualidade de vida dos adolescentes afetados por esse transtorno.

2-MÉTODOS

Trata-se de um estudo bibliográfico, de natureza qualitativa, o qual adotou os seguintes procedimentos para levantamento e análise da bibliografia: Busca, seleção e análise dos textos. O processo de avaliação do material bibliográfico permite descrever como esta sendo discutida a temática pelos pesquisadores, os métodos empregados.

Foi realizado um levantamento bibliográfico, por intermédio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), especificamente nas bases LILACS, MEDLINE, BDENF  e SCIELO. Utilizou-se para a busca os seguintes descritores: Transtornos de Ansiedade. Adolescente. Enfermagem. Estratégia Saúde da Família.

Inicialmente foram encontradas as seguintes frequências de produções científicas: 108 no MEDLINE, 08 LILACS e 26 BDENF. Os critérios utilizados para a exclusão do estudo foram: Produções científicas que não contemplassem a promoção da saúde mental de adolescentes com transtorno de ansiedade na Estratégia da Saúde da Família, produções publicadas no período superior a dez anos e referências incompletas e repetidas.

Seguindo os critérios de inclusão adotados neste estudo foram selecionadas 18 produções científicas que serviram de base para a análise. Dessa forma, a análise dos mesmos possibilitou traçar um panorama da produção desenvolvida sobre a temática nas revistas nacionais indexadas nas principais bases de dados.

Após leituras exaustivas foram identificadas as unidades de registro que a seguir foram agrupadas em núcleos temáticos que emergiram de forma isolada ou associada nas publicações (MINAYO, 2016).

Ressaltamos que o estudo foi realizado com o cuidado ético referente aos materiais utilizados, respeitando os conceitos éticos e morais na consulta realizada.

3-RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise da produção bibliográfica nacional sobre o Transtorno de ansiedade na adolescência na Estratégia da Saúde da Família nos últimos 05 anos possibilitou a elaboração de quatro núcleos temáticos: Estratégia Saúde da Família (ESF) e saúde mental; Adolescência;  Transtorno de Ansiedade na Adolescência; Intervenções de Enfermagem para Adolescente com Transtorno de Ansiedade: Medidas para prevenção e controle.

Estratégia Saúde da Família (ESF) e saúde mental

A inserção das práticas de saúde mental na Atenção Básica à Saúde vem ganhando interesse crescente, despertando a atenção dos diversos atores envolvidos, e se constituindo como uma temática discutida, a cada dia com maior frequência, nos diversos espaços de construção de saberes e práticas voltadas à produção e reprodução do cuidado em saúde (AZEVEDO; GUIMARÃES; DANTAS; ROCHA, 2014).

 Dadas essas características, pode-se afirmar que a ESF se configura como um espaço privilegiado de intervenção em saúde mental, desempenhando um papel importante na assistência às pessoas em situação de sofrimento psíquico e/ou transtorno mental e suas famílias, contempla a territorialidade, o estabelecimento de vínculos, além de outros princípios e diretrizes, como a integralidade, que se aproximam da atenção psicossocial exigida pela Reforma Psiquiátrica (AZEVEDO; GUIMARÃES; DANTAS; ROCHA, 2014).

Essa transformação resultou em  significativos   avanços,   culminando   na instituição de um novo modelo de atenção psicossocial e na criação da Rede de Atenção  Psicossocial  (RAPS)  (ESTEVAM  et  al.,  2020). 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem-estar pleno onde o indivíduo é capaz, através de suas próprias habilidades e capacidades de enfrentar, administrar e se recuperar do estresse da vida diária e ainda ser produtivo e membro contribuinte dentro de sua comunidade. A saúde mental é avaliada com base na maneira como cada indivíduo experiência os cenários aos quais está exposto (BRASIL, 2013).

Segundo Lamb et al., (2021), a ESF tem como missão de contribuir para a mudança do modelo assistencial dos sujeitos em sofrimento psíquico, estabelecendo mais um espaço estratégico e adequado para trabalhar com a saúde mental. Procura estabelecer vínculos entre as equipes e a comunidade, na busca de ações de promoção e educação em saúde, na perspectiva de implantação do processo de desinstitucionalização, preconizado pelo movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Algumas estratégias, os Centros  de  Atenção Psicossocial  (CAPS) surgiram como um método prático para reorientar a abordagem à saúde mental, promovendo  um  cuidado  mais inclusivo, humanizado e comunitário. Esses dispositivos oferecem serviços ambulatoriais que valorizam o protagonismo dos pacientes e contribuem para sua reintegração social  (CAMPOS;  BEZERRA; JORGE,  2019)

Os cuidados da atenção psicossocial no território dependem da proximidade física com o lugar real de vida e existência das pessoas e, por isso, a Saúde Mental na Atenção Básica é um lugar estratégico de desinstitucionalização (que não se resume à desospitalização) e superação da lógica manicomial (KINOSHITA et al., 2016).

Segundo Biffi; Mello; Ribeiro (2018) a política pública coloca as Estratégias Saúde da Família centradas nas famílias, e não contempla situações de discussão a saúde integral do adolescente, em apoio ao reconhecimento e a adoção de políticas nacionais das necessidades específicas ao adolescente (BIFFI; MELLO; RIBEIRO, 2018).

Adolescência

A adolescência é historicamente construída a partir de critérios múltiplos que abrangem as dimensões biopsicológica, cronológica e social. Ser adolescente é viver uma fase em que múltiplas mudanças acontecem e se refletem no corpo físico, aumentando as habilidades psicomotoras e a atuação dos hormônios, o que provoca mudanças radicais de forma e expressão. Os critérios cronológicos da adolescência são definidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como aqueles entre 10 e 19 anos de idade (FERREIRA, 2017).

Segundo Pinto (2014), a adolescência é um período de transição entre infância e idade adulta, consiste em uma fase evolutiva com características próprias e problemáticas específicas. Apesar de ser considerada uma época da vida com baixos índices de doenças físicas, apresenta muita fragilidade psíquica, o que pode comprometer todo processo de desenvolvimento se não houver suporte da família e da rede de saúde.

A adolescência é uma fase de intensas emoções e transformações que podem afetar os aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais da pessoa. Nesse contexto, diferentes fatores podem contribuir para intensificar o sofrimento psíquico entre esses jovens, tais como as próprias alterações fisicosocioemocionais da puberdade, o uso desenfreado das tecnologias digitais e redes sociais, as dificuldades de aceitação social, o bullying, a gravidez indesejada, a separação dos pais, a preocupação com o futuro, dentre outros (SILVA et al., 2018;)

No campo psicossocial são comuns alterações nas relações escolares, a experimentação intensa de diversos sentimentos, a busca pela autonomia e independência familiar, bem como a predileção em experimentar novos comportamentos e vivências acompanhadas com frequência de contestação de idéias e conceitos preestabelecidos. Já no campo biológico percebe-se, de forma evidente, alterações físicas e hormonais, dentre outras. Dessa forma, a saúde dos adolescentes pode ser diretamente afetada, interferindo em seu desenvolvimento na fase adulta (COSTA et al, 2019).

Como pode ser observado em qualquer fase de desenvolvimento humano, a adolescência deve ser compreendida como categoria social culturalmente construída.  Contudo, mesmo em diferentes contextos socioculturais,  a  adolescência é  um  momento  singular,  exigindo  que  o  cuidado considere  as  individualidades  e  a  integralidade (TRINCO, 2017).

Conforme Costa (2015) a adolescência é um processo ativo, vivido intensamente onde ocorre a transformação  de  um  ser  em  uma  pessoa  adulta,  onde os  familiares,  sociedade,  e  os enfermeiros  precisam  compreendê-los  em  suas  percepções  que  são  pertinentes  a  essa  faixa etária onde estão inseridos esses jovens, que estão em franca formação. Os estímulos externos se unem impetuosamente às mudanças internas que acontecem no organismo do adolescente.

Nesse contexto, é importante citar que a autorreflexão, formação da identidade e alterações de cunho emocional são marcos dessa etapa, o que se  relaciona  à  constituição  da  personalidade.  Também pode ser observado um acelerado crescimento físico e descobertas acerca do próprio corpo e da sexualidade – aspectos esses que se relacionam com a valorização extrema da aparência e da virilidade corpórea (CLARO, SANTOS, & OLIVEIRA-CAMPOS, 2014).

Transtorno de Ansiedade na Adolescência

A promoção da saúde mental entre adolescentes com transtorno de ansiedade é uma área crucial na prática da enfermagem. A atuação dos enfermeiros nesse contexto envolve uma abordagem holística que abrange desde a identificação precoce dos sinais de ansiedade até a implementação de intervenções terapêuticas e educacionais que visam melhorar a qualidade de vida dos jovens (OLIVEIRA, MARQUES, 2024).

De acordo com Landenberger (2016) a ansiedade é um sentimento normal em nossa vida, pois é através deste estado de medo e tensão que evitamos realizar comportamentos e tomar decisões impulsivas. É considerada patológica quando entra em um nível exagerado, apresentando contextos e intensidades desproporcionais ao estímulo, e causando assim desconforto e interferências na qualidade de vida.

A ansiedade trata-se de um dos transtornos presentes na população, a qual acomete indivíduos em diferentes faixas etárias e caracteriza-se como uma sensação desagradável acompanhada de diversos sintomas fisiológicos. Acerca da etiologia dessa, sabe-se que existe relação entre fatores genéticos e a vivência. Vivenciar momentos estressantes e traumáticos influencia no surgimento da ansiedade, sendo uma causa importante a ser considerada (ORELLANA, 2020).

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (AMERICAN…, 2013) muitos dos transtornos de ansiedade surgem durante a infância e se não forem tratados tendem a persistir, sendo que a maioria ocorre mais em indivíduos do sexo feminino que no sexo masculino. Estes são diagnosticados segundo o DSM-V apenas quando os sintomas não são consequências dos efeitos fisiológicos do uso de substâncias/medicamento ou de outra condição médica. 

Os transtornos de ansiedade são comuns durante a adolescência, um período marcado por intensas mudanças físicas, emocionais e sociais. A identificação precoce é fundamental para prevenir a cronificação desses transtornos e suas consequências negativas na vida adulta. Enfermeiros, como profissionais de saúde que frequentemente têm contato direto com os adolescentes, estão em uma posição privilegiada para desempenhar um papel central na promoção da saúde mental (GONÇALVES, 2022).

Segundo Toassi; Carvalho (2021) os adolescentes representam uma parcela significativa da população acometida, tendo em vista que, nessa fase, os transtornos de ansiedade podem atingir mais de 30%, se comparados com a fase adulta.

Nesse ciclo da adolescência, as preocupações tornam-se excessivas, as quais giram em torno do desenvolvimento ao longo da vida. A fase escolar pode ser identificada como um dos fatores que poderão desencadear os anseios exacerbados, seja uma busca pelo destaque diante das atividades escolares ou até mesmo pelo perfeccionismo no desempenho escolar. As preocupações com o futuro perduram, surgindo, na maioria das vezes, o medo diante das escolhas que serão realizadas durante toda a trajetória existencial. Uma consequência negativa que tudo isso poderá acarretar nos adolescentes é a insegurança, trazendo à tona o sentimento de incapacidade (TOURINHO, HEMANNY e OLIVEIRA, 2020).

O público adolescente apresenta alterações comportamentais condizentes com sua fase de vida, a descoberta do seu espaço no meio social, o pertencimento a determinados grupos, a definição do início do autogoverno leva a reações de agitação, rebeldia, impulsividade, e descoberta sexual  (TEIXEIRA et al., 2020).

Siqueira e Carvalho (2022) identificaram as alterações comportamentais e os transtornos mentais mais frequentes no público adolescente, dando destaque aos transtornos de ansiedade e depressão, transtorno de comportamento/conduta, fobia, autismo, e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Ainda de acordo com os autores, pais, responsáveis, professores, profissionais de saúde, devem estar atentos a situações de retraimento social, automutilação, agressividade e impulsividade, que são indícios de sofrimento psíquico e se não manejados se tornam crônicos e impactam negativamente o desenvolvimento.

Segundo Gusmão, Viana, Araújo (2022), os transtornos mentais e comportamentais podem surgir em qualquer fase da vida do indivíduo, e manifestar-se de diversas formas, porém o sofrimento psíquico causado por eles se torna evidente nos comportamentos apresentados. Os autores destacam que a avaliação da saúde mental deve ocorrer por todo profissional que tenha contato com crianças e adolescentes, independente da modalidade do atendimento.

Intervenções de Enfermagem para Adolescente com Transtorno de Ansiedade: Medidas para prevenção e controle.

Os enfermeiros das ESF são geralmente o elo entre as escolas, unidades básicas e comunidade, essa integração do cuidado é sabidamente uma ação efetiva de promoção da saúde. Para crianças e adolescentes em idade escolar, o PSE é uma estratégia pública para articular saúde e educação, de forma que as equipes pedagógicas e da ESF estejam conectadas e dinamicamente ativas em prol da saúde integral das crianças e adolescentes (RUMOR; HEIDEMANN; SOUZA et al., 2022).

Conforme Rentala (2019), as características da promoção da saúde mental e  adolescentes  na  APS  realizadas  por  enfermeiros devem  ser  observadas  no  cotidiano  do  processo  de trabalho das equipes da atenção primária, principalmente em  relação  a  relevância  dada  a  aplicabilidade  das mesmas nas atividades efetuadas por cada profissional.

Ao compreender um pouco sobre a assistência de enfermagem, torna-se necessário abordar sobre um dos campos de atuação do enfermeiro em saúde mental, a Estratégia Saúde da Família (ESF). Algumas atividades serão desempenhadas pelo profissional enfermeiro, dentre elas, pode-se destacar a consulta de enfermagem como uma das mais relevantes, concedendo autonomia ao enfermeiro, além da escuta terapêutica e os encaminhamentos à rede de saúde mental caso necessário (GUSMÃO et al, 2022).

A atuação dos enfermeiros na assistência integral, no acolhimento de adolescentes, visa realizara promoção, proteção e prevenção de agravos, tratamento, reabilitação, manutenção da saúde dos adolescentes e suas famílias na Estratégia Saúde da Família. Quando indicado ou necessário, no domicílio ou nos demais espaços comunitários, escolas, associações, hospitais em todas as fases do desenvolvimento do adolescente (BIFFI; MELLO; RIBEIRO, 2018).

Algumas intervenções precisarão ser implementadas pelo enfermeiro ao decorrer do tratamento dos pacientes diagnosticados com o 13 transtorno de ansiedade. Dentre elas, são citadas as orientações que deverão ser repassadas ao paciente acerca de todo o tratamento, contribuindo para uma maior participação do cliente, bem como a escuta, a qual consiste em uma parte fundamental que favorece uma maior adesão do paciente e da família ao processo de recuperação. Além disso, outra parte essencial é o profissional abordar sobre as técnicas que poderão ser utilizadas para acalmar o paciente e auxiliá-lo no enfrentamento durante os episódios das crises (ALBUQUERQUE e ALMEIDA, 2020).

Segundo Oliveira e Marques (2024), as intervenções de enfermagem podem desempenhar um papel crucial no cuidado de adolescentes com transtorno de ansiedade, visando proporcionar suporte emocional, promover habilidades de enfrentamento e facilitar o acesso a recursos e tratamentos adequados. Essas intervenções são baseadas em uma compreensão abrangente das necessidades individuais do adolescente e são adaptadas para atender às suas preocupações específicas.

A prática da enfermagem na promoção da saúde mental de adolescentes com transtorno de ansiedade inclui a realização de triagens e avaliações sistemáticas para identificar sinais e sintomas de ansiedade. Essas avaliações devem ser conduzidas de maneira sensível e respeitosa, garantindo que os adolescentes se sintam seguros e compreendidos. Além disso, é essencial que enfermeiros estejam bem informados sobre os diferentes tipos de transtornos de ansiedade, suas manifestações clínicas e os fatores de risco associados (OLIVEIRA, MARQUES, 2024).

Sendo o jovem adolescente amparado pelo SUS, suas políticas de saúde e, tendo o Estatuto da Criança e do Adolescente como o seu aliado, afim de lhes garantir o acesso básico aos serviços de saúde, tratamentos, cuidados, e também das condições para se ter qualidade de vida, recomenda-se priorizar o atendimento aos adolescentes com problemas emocionais e que estejam passando por algum tipo de crise psicológica que esteja afetando a sua vida em algum momento. (VICENT; HIGARASHI; FURTADO, 2015).

Uma vez identificada a ansiedade, os enfermeiros  devem  implementar intervenções baseadas em evidências que podem incluir técnicas de relaxamento, treinamento  em  habilidades  de  enfrentamento,  e  programas de  educação  sobre saúde  mental.  Essas  intervenções  visam  não  apenas  reduzir  os  sintomas  de ansiedade,  mas  também  fortalecer  a  capacidade  dos  adolescentes de lidar com o estresse. A educação em saúde desempenha um papel importante, ajudando os adolescentes a compreenderem melhor sua condição e as opções de tratamento disponíveis,  o  que  pode  reduzir  o  estigma  associado  aos  transtornos mentais (GONÇALVES, 2022).

Segundo Gonçalves (2022), a atuação  do  enfermeiro  na  vida  de  adolescentes  com  ansiedade  é multifacetada,  abrangendo  desde  a  prevenção  até  o    tratamento    e    o acompanhamento  contínuo.  Envolve a  aplicação  de  conhecimentos  teóricos  e práticos para fornecer cuidados holísticos, sensíveis e baseados em evidências.

O suporte   emocional   é   uma   componente   crucial   da   atuação   da enfermagem. Os enfermeiros devem estabelecer uma relação de confiança com os adolescentes, oferecendo um ambiente acolhedor onde eles se sintam confortáveis para  expressar  suas  preocupações  e  medos.  A empatia  e  a  comunicação  eficaz são   habilidades   essenciais   que   permitem   aos   enfermeiros   fornecer   o   apoio necessário  e  orientar  os  adolescentes  e  suas  famílias  no  processo  de  tratamento (TEIXEIRA et al., 2020).

ABREU, (2020), destaca que os enfermeiros também oferecem suporte contínuo ao longo do processo de tratamento, monitorando de perto o progresso do adolescente, fornecendo feedback construtivo e ajustando o plano de cuidados conforme necessário. Eles estão sempre disponíveis para oferecer orientação, esclarecer dúvidas e fornecer apoio emocional durante os momentos de dificuldade.

Conforme Oliveira et al., (2023),  os autores enfatizam que a avaliação contínua da  saúde  mental  dos  adolescentes é essencial.  Os enfermeiros utilizam ferramentas de triagem e avaliação para monitorar a gravidade dos sintomas  de  ansiedade  e  a  eficácia  das  intervenções  implementadas.  O acompanhamento regular  permite  ajustes  no  plano  de  cuidado  e  a identificação precoce de qualquer exacerbação dos sintomas.

Além  disso,  os  enfermeiros  oferecem  um  ambiente  de  apoio  emocional, onde  os  adolescentes  se  sintam  seguros  para  expressar  seus  sentimentos  e preocupações.  Eles são treinados para  ouvir  atentamente,  validar  as  experiências dos   adolescentes   e   fornecer   orientação  e  suporte   individualizado   conforme necessário (OLIVEIRA et al., 2023).

Os autores supracitados, ressaltam que o enfermeiro pode criar grupos que permitam a troca de experiência, rodas de conversas com familiares e amigos que passam por essa situação. Essas ações devem ser implantadas, principalmente nos CAPS, e que são potentes ferramentas de acolhimento, autoconhecimento e, principalmente, mostrar que adolescentes e familiares não estarão sozinhos diante desses problemas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ansiedade e o medo são sentimentos comuns de alerta em casos de situações perigosas e desconhecidas. Atualmente, vivendo na “era da ansiedade” e dos transtornos mentais e psicológicos, mesmo com toda a visibilidade e importância que esse assunto trás, existe um tabu tanto para quem sofre desse transtorno quanto para a maioria das pessoas ao redor do próprio paciente. É de suma importância salientar que o transtorno de ansiedade é uma doença que traz um grande desconforto, prejudicando as atividades diárias do adolescente e necessita de tratamento.

Perante o exposto, identificou-se, na pesquisa, que há poucos estudos abordando a atuação do enfermeiro direcionada ao atendimento dos adolescentes com Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG), o que limita a sua atuação na área devido ao déficit das condutas dos profissionais sobre a temática.

Diante disso, é de suma importância a aquisição de conhecimentos sobre o campo de atuação da saúde mental voltada para a adolescência, os quais capacitem os profissionais enfermeiros para o reconhecimento dos sintomas iniciais, fatores de risco, histórico psiquiátrico e do ambiente familiar e escolar do adolescente, contribuindo para a identificação da predisposição para o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

O presente estudo permitiu conhecer os principais cuidados realizados na saúde mental dos adolescentes no contexto da atenção primária à saúde: consulta de enfermagem, encaminhamentos a outros serviços da rede de cuidados, educação em saúde, e programas como estratégia de intervenção.

Ressalta-se que,  as  intervenções  de  enfermagem  para  adolescentes  com transtorno  de  ansiedade  são  centradas  no paciente,  adaptadas  às  necessidades individuais  e  visam  proporcionar  suporte  emocional,  educação,  habilidades  de enfrentamento e coordenação do cuidado, tudo com o objetivo de melhorar o bem-estar mental e a qualidade de vida do adolescente.

Assim conclui-se que este estudo atingiu os objetivos propostos de investigar e compreender a atuação da enfermagem na promoção da saúde mental de adolescentes com transtorno de ansiedade, visando identificar estratégias eficazes, desafios enfrentados e oportunidades para otimizar a prestação de cuidados de enfermagem nesse contexto específico.

Torna-se evidente, portanto, a necessidade de pesquisas elaboradas por enfermeiros no campo da saúde mental, as quais discutam sobre o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), com a finalidade de desenvolver ferramentas capazes de nortear e aperfeiçoar a prática da equipe de enfermagem na busca ativa e no reconhecimento precoce da sintomatologia nos adolescentes, visando contribuir para a melhoria do quadro patológico e impactando positivamente a qualidade de vida destes.

REFERÊNCIAS

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1Enfermeira; Graduada em Enfermagem no Centro Universitário Augusto Motta- UNISUAM, Pós-Graduação em Docência de jovens e adultos-FAVENI-Brasil; Especialização em Oncologia Clínica –UVA; Docente de Enfermagem no Centro Universitário Augusto Motta- UNISUAM. Docente de Enfermagem Sistema de Ensino Invictus; Pós-Graduação Enfermagem na Atenção Primária com Ênfase na Estratégia Saúde da Família– DNA PÓS.
Email: enfaandreagracio@gmail.com.

2Enfermeiro; Graduado em Enfermagem no Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM; Mestre em Desenvolvimento Local – UNISUAM. Docente em Enfermagem CBA. Docente em Enfermagem UNICBE. Docente em Enfermagem UNIGAMA. Coordenador de Enfermagem do CBA.Email: enfoped1408@gmail.com.

3 Enfermeiro: Graduado em Enfermagem pela Faculdade Bezerra de Araújo FABA, Doutor em Bioética, Ética aplicada e Saúde Coletiva pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca-ENSP/FIOCRUZ.Email: enfobruno@hotmail.com.

4 Enfermeiro:  Graduação em Enfermagem Centro Universitário Celso Lisboa; Especialização em Terapia Intensiva Adulto- Centro Universitário Celso Lisboa; Especialização em Centro Cirúrgico- Centro Universitário Celso Lisboa; Especialização em Enfermagem do Trabalho- Faculdade Iguçú;Especialização em Planejamento e Gestão- Faculdade Iguçú.Email: mauriciofabbis@hotmail.com.

5 Enfermeiro: Graduação em Enfermagem Faculdade Bezerra de Araújo-FABA; Pós-Graduação em Docência- FAVENI-Brasil; Pós-Graduação  em Terapia Intensiva Adulto- Faculdade Bezerra de Araújo-FABA; Pós-Graduação  em Hematologia-IBRA; Pós-Graduação  em Oncologia-IBRA.