A DIFICULDADE DE LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS EM LÍNGUA INGLESA DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE MANACAPURU-AM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10307610


Alessandra Andrade1


Resumo

O presente artigo resulta de um estudo que objetivou analisar os desafios no processo ensino-aprendizagem dos estudantes do 3º ano do Ensino Médio com dificuldades de leitura e compreensão de textos em Língua Inglesa em uma Escola Estadual no município de Manacapuru/AM, apresentando dados quanto à formação dos docentes, as metodologias e didáticas utilizadas em suas práticas diárias, compreendendo a particularidade de cada educador em relação ao estudante com dificuldades de leitura no idioma. Se faz necessário um olhar diferenciado para ambos dentro desse universo. Foram colhidos depoimentos dos professores e alunos por meio de entrevistas, constatando assim, a partir dos testemunhos, suas angústias quanto ao ensino e aprendizagem de leitura no idioma. Fatores como domínio reduzido das habilidades da língua por parte da maioria dos educadores, falta de capacitação para aprimoramento do idioma, aulas descontextualizadas, falta de recursos diferentes e tecnológicos, baixo status da Língua Inglesa na grade curricular, desmotiva professores e principalmente os alunos.  Mediante a tantas dificuldades e anseios, ressalta-se a urgência em promover ações e políticas públicas voltadas para o ensino de Língua Inglesa, na busca de um aprendizado bilíngue sólido e integrador.

Palavras-chave: Língua Inglesa; Leitura; Ensino-aprendizagem.

Introdução

Este estudo debruçou-se mediante as dificuldades de leitura e compreensão de textos em língua inglesa dos alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma Escola Estadual de Manacapuru-AM; um cenário que envolve professores e alunos da referida escola. Trata-se de uma temática bastante pertinente ao mundo globalizado o qual todos estão inseridos.

Os estudantes necessitam estar atentos e reflexivos mediante as demais culturas e as novas tecnologias, para um aprendizado mais sólido. De modo que se trata de formar cidadãos participativos e capazes de intervir na realidade em que estão inseridos. De acordo com os Parâmetros Curriculares: “A denominada “revolução informática” promove mudanças radicais na área do conhecimento, que passa a ocupar um lugar central nos processos de desenvolvimento, em geral”. (PCN, 2000 p.05).

Não menos relevante, estes estudantes irão ingressar em um mercado de trabalho repleto de novas profissões que o meio social exige num mundo acelerado e inovador em que eles vivem. Para tanto, o questionamento que direciona as inquietações desta pesquisa advém sobre: Porque os alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma Escola Estadual de Manacapuru/AM apresentam dificuldade em leitura e compreensão de textos em Língua Inglesa?

As segmentações a partir do objetivo geral em assimilar quais os motivos das dificuldades de leitura e compreensão de textos em Língua Inglesa dos alunos do 3º ano do Ensino Médio, perpassam as inquietações em meio aos obstáculos enfrentados dentro das salas de aula, conduzindo a analisar todo o processo ensino-aprendizagem vivenciado pelos professores e alunos.

Ensinar um outro idioma no Brasil, principalmente no Ensino Médio, deve constituir um elemento eficaz no processo de formação, de maneira a contribuir para acolher a diversidade da qual a humanidade se constitui e legitimamente desenvolver uma abertura com o outro e estar em sintonia com diversas partes do mundo.

Subvenções em documentos oficiais que regem a educação no Brasil nortearam essa pesquisa; note-se que foi através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que o inglês entra nos currículos escolares. De acordo com esse documento que norteia a educação básica, a Lei 9.394/96, no artigo 36, § 8º, alterado pela Medida Provisória nº 746, de 2016, determina a obrigatoriedade do ensino de língua inglesa e uma segunda facultativa, preferencialmente o espanhol. Todavia, o ensino de língua inglesa nas escolas brasileiras vem se tornando bastante focado apenas nas habilidades de leitura e escrita, (reading and writing). De acordo com Moita Lopes (1996, p.130), “[…] o fato é que a única habilidade em Língua Estrangeira que parece ser justificada socialmente, em geral, no Brasil é a de leitura”.

Anos mais tarde, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), documento que determina as habilidades e aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica, estabelece que o ensino de inglês, deve colaborar para desenvolver competências que vão além de ler, interpretar e resolver problemas.

Os contributos teóricos que também fundamentaram este trabalho e que subsidiaram o entendimento sobre a importância de ler e compreender textos em inglês, salienta-se as investigações em Moita Lopes (2003) e Moita Lopes (1996), Porfírio (2006), Sampieri (2013) e Souza (2011). Assim sendo, contribuíram em amplos saberes sobre a legalidade e os direcionamentos sobre o ensino e aprendizagem da Língua Inglesa nas escolas públicas.

Os subtópicos que compõem este artigo são organizados em introdução, metodologia e suas especificidades, logo em seguida a apresentação dos dados captados e também a organização sobre a análise dos resultados, finalizando com as considerações finais.

Metodologia

Neste estudo, foram utilizados métodos de pesquisa relacionados à educação para investigar a dificuldade de leitura e compreensão de textos em Língua Inglesa por parte dos alunos do 3º ano do Ensino Médio. A observação em sala de aula foi realizada através da leitura de textos, buscando expor os alunos a diferentes perspectivas e estimular o interesse por meio do conteúdo. A pesquisa literária proporcionou embasamento teórico para compreender os problemas de aprendizagem. O estudo adotou uma abordagem qualitativa (SAMPIERI, 2013), utilizando entrevistas e questionários como técnicas de coleta de dados, permitindo a comunicação e construção de significados sobre o tema.

Os desdobramentos sobre as dificuldades de leitura e compreensão de textos em língua inglesa

Mediante as narrações e interações dos pesquisados, que se dispuseram a colaborar de forma voluntária e anônima nesta pesquisa. A amostra contou com dez participantes, cinco (05) professores e cinco (05) alunos, todos maiores de idade, de uma escola estadual do município de Manacapuru/AM, que responderam a próprio cunho o questionário semiaberto. 

Para os aspectos de caracterização dos perfis dos professores, selecionou-se educadores que lecionam especificamente a disciplina de língua inglesa onde estarão relacionados e categorizados pelas variáveis, área de formação acadêmica e nível de fluência em inglês e entrevistas abertas. Com os alunos foram realizadas apenas entrevistas abertas que serão dissertadas na íntegra ao longo deste estudo. Com efeito, os gráficos abaixo representam essa quantificação:

Gráfico 1- Área de formação dos pesquisados.

Fonte: Andrade, 2022.

Constatou-se que dos cinco entrevistados, três declararam ter o nível básico, somando um de percentual de 60%, um educador respondeu ter nível intermediário, equivalente a 20% dos interrogados e apenas um professor declarou ter conhecimento em nível avançado em sua fluência em língua inglesa, o que corresponde a 20%.

Para o segundo gráfico, seguiu-se com a indagação sobre o nível de fluência em língua inglesa dos professores, o que se constatou, dos cinco entrevistados, três declararam ter o nível básico, somando um de percentual de 60%, um educador respondeu ter nível intermediário, equivalente a 20% dos interrogados e um professor declarou ter conhecimento em nível avançado em sua fluência em língua inglesa, o que corresponde a 20%.

Gráfico 2 – Nível de fluência em inglês dos pesquisados.

Fonte: Andrade, 2022.

A amostragem foi conduzida com base nos gráficos das perguntas fechadas. Os professores foram informados sobre o tema e os objetivos da pesquisa, além da importância de sua participação. Os questionários foram aplicados em entrevistas, permitindo que os docentes compartilhassem suas práticas e opiniões. A utilização do livro didático de língua inglesa foi um dos temas abordados, visto que muitas vezes é a única alternativa disponível para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.

É importante encontrar maneiras de tornar essa experiência mais satisfatória, evitando a visão fatalista de que a língua estrangeira não pode ser aprendida na escola. O livro didático é conceitualmente considerado uma ferramenta que orienta o planejamento do professor, sugerindo sequências lógicas para a aprendizagem (BRASIL, 1998). Analise as narrações dos professores:

Tabela 1 – Sobre a utilização do livro didático de língua inglesa.

Fonte: Andrade, 2022.

Questionou-se os professores quanto ao número de alunos que os mesmos lecionam em média em cada turma, suas respectivas opiniões sobre o que eles acham dessa quantidade de alunos por sala e se esses números implicam ou não no ensino-aprendizagem. Sabendo-se que a socialização é um fator imprescindível para incentivar o interesse pelo aprendizado. Por outro lado, há um limite para que um grande número de alunos em uma mesma turma não passe a prejudicar o ensino. A tabela abaixo aponta os resultados.

Tabela 2 – Quantidade de alunos por sala.

Fonte: Andrade, 2022.

Um fator que causa inquietude quanto ao ensino de língua inglesa é sobre quantidade de tempos de aula por semana em cada turma. Decidiu-se então indagar os docentes a respeito desse tema, visto que segundo a proposta da BNCC (2017), é que o aprendizado de inglês seja realizado da mesma forma que o português e que deve ser aprendido por meio de práticas linguísticas cotidianas. Porém, o que se percebe no cotidiano escolar é que o inglês é tratado como qualquer outra língua estrangeira, o que a torna uma língua menos regulamentada e muitas vezes considerada complementar dentro do currículo escolar. Observe as respostas dos professores na tabela abaixo.

Tabela 3 – Quantidade de horas necessárias para o aprendizado de inglês.

Fonte: Andrade, 2022.

Na busca de enfrentar as adversidades no ensino-aprendizagem de Língua Inglesa, outro público entrevistado foram os alunos, os quais foram questionados quanto a maneira de ler e interpretar textos em inglês, pois considera-se importante saber quais são os caminhos que norteiam a leitura deles.

Sabe-se que ter o domínio das quatro habilidades de comunicação são os pilares para a compreensão de qualquer idioma. Por esse motivo, são tão importantes no aprendizado da língua inglesa e consequentemente na execução da leitura e compreensão de textos desta língua. Segundo Porfírio (2006, p.9), “interpretar um texto significa produzir sentidos com base em um código linguístico, ou seja, compreender e (re)formular as ideias que estão expostas”.

Entretanto, assim como nas demais disciplinas, o inglês é cobrado nas provas de vestibulares e a maioria dos estudantes acabam deixando o inglês de lado na hora de estudar para as provas, sem levar em consideração o quanto errar uma questão pode dificultar o caminho.

O objetivo das provas de inglês é testar o raciocínio do aluno e a sua capacidade de compreender textos em inglês. Assim, ao questionarmos os alunos obteve-se as seguintes respostas:

Tabela 4 – Quanto às dificuldades nas quatro habilidades de inglês.

Fonte: Andrade, 2022.

A dependência e insegurança dos alunos em relação à leitura e compreensão de textos em língua inglesa é um problema frequente no cotidiano pedagógico. A tradução tem sido uma questão central, embora nas abordagens mais recentes tenha sido menos enfatizada devido à preparação para provas de vestibulares. Questionou-se a capacidade dos alunos de ler e interpretar textos em inglês de forma autônoma. Leia-se as respostas dos discentes na tabela abaixo:

Tabela 5 – Quanto a autonomia em ler e interpretar textos em língua inglesa.

Fonte: Andrade, 2022.

Avaliação e discussão dos resultados

A dificuldade de leitura em língua inglesa é um desafio recorrente para alunos do Ensino Médio, que precisam do idioma para vestibulares e oportunidades acadêmicas e profissionais. Uma avaliação identificou que a falta de domínio dos professores nessa disciplina é um obstáculo, pois apenas um dos cinco entrevistados possuía graduação específica em Letras-Inglês. A amostragem revelou a necessidade de políticas públicas que promovam o ensino de línguas estrangeiras nas escolas públicas, destacando a importância da qualificação dos professores e de abordagens diferenciadas para o sucesso no aprendizado.

Observe-se que investir no profissional de educação de línguas estrangeiras de escola pública no Brasil é uma tarefa que requer comprometimento de gestores públicos. De acordo com Souza (2011, p. 128), “preparar aprendizes para confrontos com diferenças de toda espécie se torna um objetivo pedagógico atual e permanente”, e isso só será possível com professores capacitados. 

Discorreu-se também nesta pesquisa, sobre as condições do livro didático de língua inglesa oferecido nas escolas, o qual são carregados de informações que estão distantes da realidade do ensino de inglês em sala de aula. “Você utiliza o livro didático de inglês em suas aulas? Como você avalia os livros didáticos de inglês em suas aulas?

Observe as narrações de dois professores entrevistados abaixo:

Professor 1: “Às vezes. Atualmente estou utilizando o livro “Acerta mais Enem”. Geralmente os livros didáticos são muito avançados para os alunos, tornando-os difíceis de serem trabalhados em sala de aula.”

Professor 2: Não. Como o meu nível é básico, pois minha área de formação é outra, busco material pedagógico muito mais fácil de compreensão.” 

O livro didático nas escolas públicas brasileiras geralmente se torna a única ferramenta disponível para os professores prepararem suas aulas, embora muitas vezes apresenta textos longos e fora de contexto para serem abordados em aulas de curta duração. Isso dificulta o processo de alfabetização em inglês, pois os alunos não têm tempo suficiente para realizar atividades de compreensão de texto e gramática, especialmente quando as perguntas estão em inglês.

Além disso, as condições das salas de aula, com turmas superlotadas e alunos com diferentes níveis de aprendizado, prejudicam o ensino individualizado e contribuem para a indisciplina. Esses desafios foram abordados por meio de perguntas aos professores sobre o assunto. Sobre esse aspecto, indagou-se os docentes com a seguinte pergunta: 

“Quantos alunos por sala em média você leciona? “Você acha que essa quantidade de alunos é viável para o ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira? Por quê?”

Observe a narrativa de dois professores:

Professor 2: “A quantidade de alunos por sala realmente atrapalha um pouco, porque não dá para dar atenção individual a todos.”

Professor 4: “Cerca de 36 alunos por sala de aula. Essa quantidade de alunos afeta a aprendizagem, no sentido de quanto mais alunos, maior será a conversa em sala de aula e difícil para o professor dar atenção individualmente.”

Além do fato da maioria dos professores estarem sobrecarregados com diversas aulas por semana, turmas lotadas prejudicam muito o andamento das atividades em aulas de idiomas. Portanto, constitui um obstáculo para que educadores estabeleçam um ritmo na aula e adotem um conteúdo que seja relevante a todos.

A língua inglesa, mesmo que por várias décadas implantada no ensino público no Brasil, possui um baixo status na grade curricular, sendo tratada como língua secundária. Nas escolas onde a língua inglesa é ofertada, as aulas de inglês somam poucos tempos de aula e a matéria é vista não tão essencial como português e matemática.

Atualmente, nas escolas públicas, tanto no ensino fundamental como no ensino médio, são ofertados aos alunos, apenas duas aulas semanais, com tempo estimado de cinquenta minutos/ hora-aula. Para que se comprove o fato de que nesse estudo também foi levantada a problemática de que a baixa quantidade de tempos de aula na semana prejudica o ensino desta disciplina, elaborou-se um questionamento aos docentes sobre a quantidade de aulas semanais de inglês: 

“Quantos tempos de aula por semana você acha que seria necessário para o aprendizado de língua inglesa?”

Professor 1: “4 aulas semanais, assim como a língua portuguesa,”

Professor 3: “Acredito que para o ensino de língua inglesa, deveria ser todos os dias, pois os alunos teriam uma maior absorção dos conteúdos e um melhor aprendizado.”

Neste sentido, constatou-se que todos os professores almejam mais tempos de aula semanais para o ensino de inglês, visto que, esta dificuldade de carga horária limitada, configura-se em uma das queixas principais de professores e professoras deste idioma, assim como também um maior tempo para planejarem suas aulas.

Concernente à interrogação acima, entrevistou-se os alunos sobre o domínio das quatro habilidades e suas maiores dificuldades na língua, através da seguinte indagação:

“Qual sua maior dificuldade em inglês, ouvir, falar, ler ou escrever? Você acha necessário ter o domínio dessas quatro habilidades para ler e interpretar textos em inglês?”

Aluno 1: “Acho que minha maior dificuldade é a de escrever. É   importante sim ter o domínio das quatro habilidades, pois o aluno sabendo escrever provavelmente saberá ler com mais precisão.”

Aluno 5: “Falar e ouvir é minha maior dificuldade até o momento. Portanto acho necessário ter o domínio dessas quatro habilidades para ter uma ótima leitura e interpretação de textos.”

Diante do contexto sobre os alunos terem domínio das quatro habilidades da língua inglesa para conseguirem compreender textos, também foi uma suposição evidenciada através das narrativas dos educadores e educandos. 

Dessa maneira, a pergunta que foi elaborada para verificar essas habilidades em uma amostra de alunos da escola pesquisada foi a seguinte: “Você consegue ler e interpretar textos em inglês sozinho, com a ajuda do professor, do dicionário ou da internet?”

Aluno 2: “Com a ajuda da internet.”

Aluno 5: “Alguns textos sim, outros com a ajuda da internet.”

Sabe-se que, em se tratando de compreensão de textos, deve-se constituir no aluno total autonomia, sem que ele necessite recorrer ao professor, dicionário ou internet, de modo que o educando deverá colocar em prática toda essa autonomia no momento oportuno, na hora de fazer uma simples prova na escola ou os testes vestibulares para ingressar na universidade.

Considerações Finais

O estudo da língua inglesa deve permitir ao aluno um conhecimento que contribua para ampliação da visão de mundo e de uma atuação crítica sobre ele. Assim, o espaço escolar é o ambiente onde serve como instrumento a propiciar elementos mais eficazes à formação de um aluno inserido na sociedade contemporânea. 

Possuir uma boa base de inglês é o que fará com que os estudantes brasileiros possam ter maior visão de mundo em movimento no ensino superior, fazendo com que as pesquisas desenvolvidas no país ganhem uma dimensão global. Hoje em dia, a informação que circula no mundo acadêmico é produzida em inglês. Há demanda, por ter acesso à produção corrente, à troca. Entrar no circuito de discussão sobre pesquisa, a aprendizagem de inglês é fundamental.

Neste prisma, um aspecto bastante relevante e que deve ser estudado em futuras pesquisas é a falta de recursos, sobretudo tecnológicos, nas escolas públicas brasileiras.  A escassez desses recursos influencia negativamente no ensino de qualquer disciplina do currículo, pois atualmente os educandos demonstram maior interesse por aulas interativas, já que fazem parte de uma geração imediatista e resistente a processos de absorção de informações que exijam muito tempo de leitura, por exemplo.

Há caminhos e propostas que devem ser investigadas no ensino de inglês em escolas públicas, sugere-se pesquisas que incentivem o investimento na formação docente e formação continuada, ampliando a oferta de cursos de complementação pedagógica.

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação Básica e Conselho Nacional de Educação. Brasília: CNE, 2017.

BRASIL. Câmara de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. MEC/SEF, 1998.

MOITA LOPES, L. P. Oficina de Linguística Aplicada. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

MOITA LOPEZ, L. P. da. Oficina de linguística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas, SP. Mercado das Letras, 1996. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade).

PORFÍRIO, L. Um estudo sobre a relevância dos padrões lexicais para a interpretação de textos por meio da extração de informação. Cascavel: UNIOESTE, 2006. 

SAMPIERI, R. H. Metodologia de Pesquisa. Porto Alegre, RS. Penso, 2013.

SOUZA, L. M. T. M. de. “Para uma redefinição de Letramento Crítico: conflito e produção de significação”. In: ARAÚJO, V. de A. & MACIEL, R. F. (org.). Formação de professores de línguas – ampliando perspectivas. Jundiaí: Pacto Editorial, 2011.


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