REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8048118
Simone Martiningui Onzi¹, Evandro de Oliveira Brito², Cilda Feitoza Amaral³, Erisnalva Pereira da Silva⁴, Jonathas Pereira Rabêlo⁵, Raphael Valques Ribeiro⁶, Giselle Carmo Maia⁷, Adriana de Menezes⁸, Flávio Penteado de Souza⁹, Rejane Bonadimann Minuzzi¹⁰.
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar, a contribuição das TICs na educação especial. Em uma sociedade globalizada, onde as TICs representam um grande atrativo para o público infantil, o ensino virtual torna-se uma ferramenta de grande importância no contexto da educação especial. Na educação especial é necessário que o conteúdo seja estudado de forma mais atrativa e dinâmica para que a compreensão do aluno seja mais eficaz e a aprendizagem efetiva A utilização das tecnologias na educação especial torna o ensino mais lúdico e prazeroso. O problema de pesquisa é: de que forma as TICs contribuem no processo ensino aprendizagem na educação especial? A metodologia utilizada é bibliográfica com diversos autores falando sobre a importância do tema e de campo com professores da educação especial falando sobre o tema. O estudo concluiu que as tecnologias de comunicação e informação dão melhor respaldo na aprendizagem dos alunos na educação especial proporcionando melhor desenvolvimento do aluno.
Palavras-chave: Aluno; TIC’s; Aprendizagem.
ABSTRAT: The present study aims to analyze the contribution of ICT in special education. In a globalized society, where ICTs are a great attraction for children, virtual teaching becomes an important tool in the context of special education. In special education it is necessary that the content be studied in a more attractive and dynamic way so that student’s understanding is more effective and effective learning The use of technology in special education makes teaching more playful and enjoyable. The research problem is: in what way do ICTs contribute to the process of teaching learning in special education? The methodology used is bibliographical with several authors talking about the importance of the theme and field with special education teachers talking about the theme. The study concluded that communication and information technologies give better support in student learning in special education providing better student development.
Keywords: Students; ICT; Learning.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como foco de pesquisa, a Contribuição das TICs na educação Especial. Hoje é quase que impossível imaginar a vida sem as TICs, com todas estas mudanças que estão ocorrendo no mundo e na sociedade, é necessário que a escola também mude e busque uma integração das TICs na prática pedagógica, fazendo com que as tecnologias se tornem parte do contexto escolar.
Quanto ao aprendizado, é válido destacar que muitas escolas não se preocupam em utilizar as TICs como critério pedagógico, sendo que poderiam aderir jogos virtuais adequadas a faixa etária e cognitiva de cada criança na educação especial, que além de contribuir para o aprendizado, é realizado de forma prazerosa. Na educação especial é necessário que o conteúdo seja estudado de forma mais atrativa e dinâmica para que a compreensão do aluno seja mais eficaz e a aprendizagem efetiva. Pois, em uma sociedade globalizada, onde as TICs representam um grande atrativo para o público infantil, o ensino virtual torna-se uma ferramenta de grande importância no contexto da educação. O presente trabalho tem como objetivo analisar, a contribuição das TICs na educação especial.
Pesquisadores como Bettega (2004) dizem que a importância de os professores utilizar as TICs, já é considerada como certa, trazendo mudanças nos programas de estudos das escolas, em nossa sociedade informatizada, em que se tem à disposição computadores e autômatos com programas especializados para ensino. O problema de pesquisa é: de que forma as TICs contribuem no processo ensino aprendizagem na educação especial?
Segundo Almenara (2011, p.4), as TICs “são aliadas primordiais para que ocorra produção, desenvolvimento e uma intervenção no processo da aprendizagem de modo significativo e com eles a representação do conhecimento se torna viável, e com certeza mais ampla e estimulante, desenvolvendo potencialidades”. Na educação especial, a utilização das TICs é quase que imprescindível, pois elas permitem ao aluno visualizar os objetos de estudo de uma maneira mais real, fazendo com que a aprendizagem e o conhecimento ocorram de forma diferenciada e significativa.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica com diversos autores falando sobre o tema.
A pesquisa está dividida em seções a integração das TICs na educação especial, os jogos virtuais em sala de aula, o computador e a internet como um auxílio no processo de ensino aprendizagem, o papel do professor no trabalho com as TICs. E por fim as considerações finais.
Além disso, a utilização das tecnologias na educação especial facilita a memorização dos conteúdos, a assimilação de imagens, permitindo que os alunos assimilem os conteúdos de forma mais atrativa, dinâmica e lúdica. Em razão disso, este trabalho tem como intuito demonstrar a contribuição que as tecnologias de comunicação e informação dão aos alunos na educação especial.
2 A INTEGRAÇÃO DAS TICs NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Tecnologia e informação atualmente são quase que sinônimos. O fato de criar e disseminar os conteúdos por meio das tecnologias de informação e comunicação fez com que surgisse um novo padrão de aprender, o de aprender com a tecnologia. Para Nogueira (1993, p. 23), “utilizar as TICs não é apenas uma questão de avançar em relação aos recursos educacionais, mas também avançar na questão do paradigma da educação”. Com isso, entendemos que é necessário estar sempre buscando diferentes metodologias para o processo de ensino aprendizagem, de modo que o ensino seja interessante e tenha significado para o aluno. Segundo coloca Carvalho (2000, p.4),
O ensino está reduzido à transmissão de conceitos prontos e, a escola tem outro papel, que é o de dotar as pessoas de condições teóricas e práticas para que elas utilizem, transforme e compreenda o mundo da forma mais responsável possível (CARVALHO, 2000, p.4).
Diante do exposto, percebe-se que as mídias em sala de aula levam os professores a ensinar de maneira diferente, pois a utilização delas passam a mediar a construção do conhecimento do aluno. Sobre isto Leite (2008, p.71), coloca que o verdadeiro professor é aquele que leva o aluno a buscar as informações necessárias para que este construa o conhecimento, sempre interagindo com ele enquanto ser humano que possui sensibilidade para perceber e atender às suas necessidades e aos interesses pessoais- tarefa que o computador não pode desempenhar bem.
A integração das mídias na educação especial, proporciona ao professor uma maior participação no processo de ensino aprendizagem, pois ele tem à disposição ferramentas audiovisuais, que tornam as aulas mais atrativas e interativas, o que contribui para que os alunos produzam e assimilem o conhecimento. De acordo com Chervel (1990),
Os conteúdos de ensino são impostos como tais à escola pela sociedade que a rodeia e pela cultura na qual se banha. Na opinião comum, a escola ensina as ciências, as quais fizeram suas comprovações em outro local. É a essa concepção dos ensinos escolares que está diretamente ligada à imagem que se faz da “pedagogia”. Cuja tarefa consiste em arranjar os métodos de modo que eles permitam que os alunos assimilem o mais rápido e o melhor possível a maior porção possível da ciência referida (CHERVEL, 1990, p. 180).
É importante lembrar, que são vários os recursos midiáticos que podem ser utilizados no contexto escolar e contribuir para o ensino de qualidade porém entre eles um merece destaque, o computador, pois é o que possibilita mais facilidades de interação, principalmente se estiver conectado à internet.
Contudo, antes de utilizar estas ferramentas alguns fatores precisam ser levados em conta como: enfatizar as discussões sobre “as TICs”, já que estas contribuem para a que haja interação entre professor, aluno e conteúdos, e a capacitação permanente de professores quanto ao domínio dessas tecnologias.
Na visão de Brito (2006, p. 7), em relação ao uso das TICs como ferramentas de ensino, o autor coloca que o professor não deve apenas saber usar as ferramentas tecnológicas, mas também incluir em suas ações e reflexões didáticas a consciência de que vive em uma sociedade tecnológica.
E em razão disso, já não tem mais como viver alheio às tecnologias, pois estas já estão inseridas em nosso dia a dia, e no ensino isso não é diferente. Por isso é preciso que o ensino acompanhe as inovações tecnológicas, fazendo com que a busca pelo conhecimento seja mais próxima e significativa para os discentes. E com isso, a aula na educação especial não serviria apenas ao desenvolvimento científico do aluno, mas também tecnológico embasado pelas TICs.
Diante de tudo que foi dito, é indispensável que cada professor mude sua postura e visão frente a esse contexto social, repleto de aparatos tecnológicos. Considerando que as TICs estão a nossa disposição para propiciar uma nova dimensão à prática educativa mudando a forma de ver e conhecer o mundo e vislumbrar o conhecimento. Todavia, sem o professor elas serão apenas suportes técnicos e não os produtos das relações sociais estabelecidas entre sujeitos com as ferramentas tecnológicas que têm como resultado a produção e disseminação de informações e conhecimentos.
2.1 Os jogos virtuais em sala de aula
Com o surgimento das TICs, surgiu também a possibilidade de trabalhar com metodologias diversificadas e sair um pouco daquele ensino tradicional limitado apenas a sala de aula, quadro e giz. Hoje o ensino pode ir bem mais além, de modo que atraia os alunos e desperte interesse em aprender, mas para isso é preciso que se explorem outros meios de aprendizagem, onde aluno e professor possam construir o conhecimento juntos.
Com o fácil acesso à informação, a escola deixou de ser a única fonte de aprendizado, em razão disso é necessário que seja integrado o conhecimento que o aluno adquire fora da escola com os que a escola oferece, entretanto isso deve ser feito de maneira agradável.
Outra questão que também precisa ser considerada, é o fato de que cada aluno tem seu próprio jeito de aprender na educação especial, cada um tem sua maneira de perceber e enxergar o mundo, por isso, o docente deve tornar a aprendizagem mais atrativa, combinar diferentes maneiras de transmitir os conteúdos, pois se aluno não conseguir aprender de uma forma ele aprenderá de outra. Sobre isso Antunes (2001) coloca que há diversos recursos que os docentes podem utilizar, várias maneiras de avaliar, não se prendendo apenas a um determinado método.
O uso das tecnologias de informação e comunicação é uma boa maneira de tornar o aprendizado mais dinâmico. Conforme relata Castoldi e Polonarski (2009),
Os recursos audiovisuais são cada vez mais empregados em nossas escolas, embora saibamos que em algumas regiões esta é uma realidade distante. O uso desses recursos possibilita ao aluno e ao professor expandir seus conhecimentos, o uso de imagens e vídeos permite uma ampliação que não é possível quando se utiliza somente a lousa e o giz (CASTOLDI e POLINARSKI, 2009, p.24).
Entretanto não é porque se utiliza um recurso que é preciso abandonar outro, é preciso que haja uma ponderação, e se saiba quando utilizar um recurso ou outro, ou diversos ao mesmo tempo.
E através da Internet temos a possibilidade de oferecer aos alunos um ambiente diferenciado do da sala de aula, um exemplo disso, são os jogos virtuais. Por meio dos jogos temos a possibilidade de associar o lúdico a proposta pedagógica, e transformá-lo em um motivador de ensino, de modo que este incentive os alunos a participarem e valorizarem outras formas de aprender.
De acordo com Miranda (2001), através do jogo didático, o professor consegue promover experiências de inteligência e reflexão, pode trabalhar o lado cognitivo do discente, a questão da socialização, da afeição e motivação, além disso, ainda pode desenvolver o potencial criativo.
Nessa perspectiva, os jogos virtuais passam a ser vistos não mais como entretenimento, mas como uma ferramenta que auxilia no processo de ensino aprendizagem, visto que esta metodologia aumenta o interesse e desperta à atenção dos alunos nas aulas. Nesse sentido, o docente pode, através dessa metodologia, promover uma aproximação do aluno com os conteúdos doa dia a dia, que para os alunos muitas vezes são abstratos e de difíceis de compreender. E ainda, de acordo com Almeida (2003), quando a aprendizagem se torna divertida esse interesse pode ser despertado com mais facilidade e com isso garantir a satisfação e a permanência desse aluno na escola.
Além disso, a utilização de jogos como estratégia didática já está prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), apesar de não ser trabalhados com frequência, pelo fato de que muitos docentes ainda desconhecem seus benefícios (GOMES E FRIEDRICH, 2001).
Utilizar jogos virtuais no ensino, além de ajudar para uma melhor compreensão e entendimento do conteúdo, ainda resgata o prazer em aprender. Os jogos vão muito além do ensino tradicional, em que o docente é o detentor do conhecimento e o aluno é apenas o receptor, por meio dos jogos é possível estimular o envolvimento do aluno e consequentemente à construção de seu conhecimento. Através dessa metodologia, o aluno consegue se apropriar do conhecimento, e torna-se capaz de resgatá-lo quando necessário e não apenas repetir aquilo que foi passado pelo professor.
Segundo Lopes (2001, p.23), é muito mais eficiente aprender por meio de jogos. O jogo em si, possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo, e a confecção dos próprios jogos é ainda muito mais emocionante do que apenas jogar.
E para Piaget(1978), os jogos educacionais se caracterizam por ter duas funções, fixar e ou melhorar a fixação dos conteúdos em estudo e ajudar no equilíbrio emocional dos alunos.
Diante de tudo o que foi exposto e compreendendo a importância de se diversificar os recursos e materiais didáticos, de modo que estes facilitem o ensino e tornem as aulas mais divertidas e atraentes para os alunos, é que se acredita que isso é totalmente possível através da inclusão das TICs na educação especial.
Jogos virtuais:
Imagem 1: brincando com as vogais
Imagem 2: jogo das palavras
Imagem 3: Jogo das frutas
2.2 O Computador e a Internet como um Auxílio no Processo De Ensino Aprendizagem
O computador deve ser utilizado como um recurso que vai auxiliar o professor no processo de ensino aprendizagem, e como um elemento motivador para os alunos. Pois, este possui muitos recursos, velocidade, comunicação, e ainda, permite criar um grande espaço de pesquisa, desmembrar conteúdos, descobrir novos conceitos. Moran (2000) enfatiza que “o computador interligado a rede internet é o equipamento mais poderoso para o ensino e aprendizagem”. Conforme o autor, através da internet pode-se facilitar a maneira de ensinar e aprender. Entretanto, para que o processo de ensino aprendizagem seja significativo é necessário que o professor tenha conhecimento do espaço físico onde desenvolverá seu trabalho com as tecnologias, as tecnologias disponíveis, o tempo que irão durar as suas aulas, e principalmente que construa uma relação harmoniosa e prazerosa com os alunos, pois é dessa relação que vem a vontade de aprender.
De acordo com Moran (2000, p.47), “o professor coordena, inicia e motiva os grandes temas da matéria, mas são os alunos que pesquisam e às vezes simultaneamente”. Deste modo, a Internet usada como recurso pedagógico permite que o professor consiga o desenvolvimento cognitivo dos alunos, onde o docente é o incentivador da busca pela fórmula, mas nunca dá a fórmula já acabada.
Através da Internet o professor na educação especial pode fazer uso de ferramentas simples, como os fóruns, onde os alunos podem discutir assuntos da aula anterior ou até mesmo dar sugestões para as aulas futuras, favorecendo assim um trabalho conjunto entre aluno e professor de forma cooperativa, e o melhor em tempo real. No ponto de vista de Masseto (2000),
O importante, neste processo dinâmico de aprender pesquisando, é que o professor use técnicas e recursos para a boa efetivação das Tecnologias de Informação e de Comunicação, ou seja, que integre as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, que unam a escrita com o audiovisual, o texto com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual (MASSETO, 2000, p.32)
As tecnologias de informação e comunicação utilizadas em sala se aula transformam a relação de espaço, tempo e espaço, pois as trocas de informação se aceleram, o envio e o recebimento de informações são rápidos e acontecem não só na sala de aula, mas também, pela Internet.
Diante disso, é importante que o docente demonstre para os alunos o que pretende obter ao utilizar a Internet, e procure motivá-los para aprender, avançar e destaque a importância da participação de cada um para que ocorra a aprendizagem.
Moran (2000) coloca que, “a escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade deve garantir um conjunto de práticas planejadas com o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos conteúdos de maneira crítica e construtiva. Sabe-se que escolas eficazes e bem organizadas, apresentam várias características em comum: dispõem de um ambiente bem ordenado, enfatizam o desenvolvimento acadêmico, são dirigidas por professores e diretores que realizam um enorme esforço para oferecer um ensino efetivo.
E par que isso aconteça, Tajra (2001) relata que é necessário,
A capacitação dos professores as mudanças curriculares e metodológicas, os equipamentos e materiais de ensino são mais bem utilizados e produzem os resultados esperados quando ocorre entre eles uma interação que é propiciada pela dinâmica de funcionamento da escola. A capacitação do professor deverá envolver uma série de vivências e conceitos, tais como: conhecimento básico de informática; conhecimento pedagógico, integração de tecnologia com as propostas pedagógicas; formas de gerenciamento da sala de aula com os novos recursos tecnológicos em relação aos recursos físicos disponíveis e ao “novo” aluno, que passa a incorporar e assumir uma atitude ativa no processo; revisão das teorias de aprendizagem, didáticas, projetos multi, inter e transdisciplinares (TAJRA, 2001, p.115).
Para a autora, a tecnologia é considerada como uma ferramenta através da qual professores e alunos se apropriam de um saber, redescobrindo e reconstruindo o conhecimento. O potencial dos computadores é muito grande para renovar a educação, atualizar os currículos, conseguir resultados ótimos de aprendizagens. Moran (2000) Entende-se que qualquer instrumento de ensino, desde o mais simples até o mais altamente elaborado, depende de quem o usa e de como isso é feito. É possível que o educador utilize o que de melhor cada uma dessas ferramentas tem para oferecer mostrando aos alunos que podem contar com a interatividade e a programabilidade possibilitada pelo computador.
A prática escolar se distingue de outras práticas educativas, como as que acontecem na família, no trabalho e nas demais formas de convívio social, por constituir-se uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens durante um período extenso.
Moran (2000) A utilização da informática nas instituições de ensino auxilia na motivação dos alunos, nas atividades de fixação dos conteúdos e dos eixos na educação infantil, no contato com as novas tecnologias e no acesso às informações que circulam com grande velocidade, desenvolveram alguns princípios para se produzir sistemas educacionais considerando que:
Conforme a proposta pedagógica das escolas, podemos classificar a utilização do computador de duas formas: Por disciplinas: os professores utilizam os computadores como reforço, complementação ou sensibilização para conteúdos abordados em sala de aula. É uma ação isolada, de interesse específico do professor conforme a disciplina que ele leciona. Por meio de projetos educacionais: a Informática é utilizada num plano mais abrangente, pois integra as disciplinas aos temas geradores das propostas de projetos. Neste caso, o uso do computador pode ocorrer durante toda a pesquisa, para buscar informações na Internet e em CDs, para rever conteúdos disciplinares básicos, para elaborar rascunhos, textos, apresentações e gráficos como forma de exibição dos resultados das pesquisas realizadas (BETTEGA, 2004, p.20).
Isso requer que a escola seja um espaço de formação e informação em que a aprendizagem favoreça a inserção do aluno no dia a dia. Portanto apresenta-se para a escola, hoje mais do que nunca, a necessidade de assumir-se como espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação cidadã.
2.3 O papel do professor no trabalho com as TICs
O professor é o estimulador, mediador e facilitador no processo de aprendizagem. Sabe-se que a aprendizagem é produto da construção do aluno. Tem como centro de sua preocupação criar neste aluno um vínculo positivo como o saber, para que descubra o prazer em aprender sempre mais.
A importância de os professores utilizarem a Informática, já é considerada como certa, trazendo mudanças nos programas de estudos das escolas, em nossa sociedade informatizada, em que se tem à disposição computadores e autômatos com programas especializados para ensino. Assim os professores poderiam desenvolver uma independência de pensamento, pois teriam muito mais tempo, uma vez que não precisariam memorizar tantas informações, já que isso seria feito pela máquina (BETTEGA, 2004, p.17).
Entretanto, antes de tudo o professor precisa estar preparado para fazer uso dessas tecnologias, conforme Bettega (2004, p.7), “é clara a necessidade de o professor receber uma formação contínua, já que este, diante do novo processo educacional, precisa da organização e realização constante de uma avaliação do seu trabalho, para dar sentido ao conhecimento tradicional nesta era da informação.
Então, o professor precisa saber usar recursos mínimos de editores de textos para criar seus materiais de aula e suas provas e para saber o que pode pedir aos alunos se propuser que usem editores de textos. Também é bem útil saber montar uma apresentação para enriquecer as aulas. Se um professor vai usar um software educativo ou um recurso do portal, é essencial que ele conheça o conteúdo anteriormente para não ter surpresas durante a aula.
Não se trata apenas do uso do computador como uma simples ferramenta, como uma antiga máquina de escrever, mas sim do conhecimento de um sistema simbólico de mais essa linguagem, que se lhe é apresentada, também, como um meio de organização cognitiva da realidade pela constituição de novos significados, expressões, comunicação e informação (BETTEGA, 2004, p.8).
Se o docente vai utilizar uma ferramenta mais complexa, que permite escrever livros e programar provas on-line, jogos, entre outros, também é muito bom que este saiba o que essas ferramentas possibilitam para conhecer o tipo de trabalho que ele pode propor aos seus alunos.
Para Bettega (2004, p.20), a tecnologia atrai mais a atenção dos alunos, pois as TICs tornam mais fácil o aprendizado dos conteúdos consideradas difíceis, assim, o desempenho escolar.
O desafio é que o educador compreenda que o sucesso da utilização das tecnologias de informação e suas ferramentas devem acompanhar uma mudança de postura e de atitude quando ao modo de realização de suas atividades.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos que as TICs na educação especial têm uma grande importância no processo de ensino aprendizagem, visto que a educação lúdica ajuda e influencia no desenvolvimento integral do aluno, e oportuniza a aprendizagem do aluno, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
Com isso, a escola e o professor têm a função de educar para a informática preparando o aluno para usar adequadamente essa tecnologia e a interpretar os efeitos sociais que ela causa, exercendo assim sua cidadania; e educar pela informática que seria o professor usar o computador como recurso que vai auxiliá-lo no trabalho pedagógico, através do qual o aluno vai socializar e desenvolver as estruturas do pensamento.
Conforme a pesquisa realizadas com as professoras elas tem utilizado com frequência as TIC’s em suas aulas favorecendo o processo ensino aprendizagem, a escola também tem disponibilizado TIC’s, mas na opinião dos professores precisam mais computadores inovados, pois o que a escola possuem já estão defasados e precisam ser mais atualizados, os professores procuram fazer seu planejamento utilizando blog, sítios diversos, para levar aos alunos inovação pedagógica para que eles aprendam de forma inovadora e prazerosa com o uso das TIC’s em sala de aula. Conforme a pesquisa o desenvolvimento da internet, do computador, das multimídias facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento de forma prazerosa e significativa.
Os professores têm que ter em mente os princípios didáticos do computador, as estratégias de utilização devem ser definidas em função da proposta pedagógica da escola. Em sintonia com o uso dado ao computador; ser compreendido pelos docentes como mais uma ferramenta para realizar ou complementar a construção de conceitos em quaisquer áreas de atividades.
O professor tem que ser dinâmico, participativo, motivador e amigo do aluno. Sendo assim estará cumprindo seu objetivo de educador. Porém é importante o docente preparar um ambiente com matérias diversificadas que estimulem a capacidade do aluno onde o mesmo pode desenvolver a imaginação de forma saudável, facilitando o trabalho do professor em sua aula.
O estudo confirmou que na educação especial é necessário que o conteúdo seja estudado de forma mais atrativa e dinâmica para que a compreensão do aluno seja mais eficaz e a aprendizagem efetiva. Pois, em uma sociedade globalizada, onde as TIC’s representam um grande atrativo para o público infantil, o ensino virtual torna-se uma ferramenta de grande importância no contexto da educação especial. Pois é valorização das TIC’s na educação especial, pois é a base para desenvolver a aprendizagem dos alunos principalmente na educação especial.
Portanto merece atenção dos docentes como direito de todo aluno no exercício de sua formação com as pessoas e com o mundo onde estão inseridos.
REFERÊNCIAS
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BETTEGA, Maria Helena Silva; Educação Continuada na Era Digital. São Paulo: Cortez, 2004.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
MAYER, R. E.The Cambridge Handbook of Multimedia Learning. 3.ed. Santa Bárbara: Universty of Califórnia, 2005.
MASETTO, Marcos T: BEHRENS, Marilda A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 5. ed. São Paulo: Papiros, 2000.
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TAJRA, Sanmya Feitosa; Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. 5.ed. São Paulo: Érica, 2001.
VALENTE, José Armando. O Professor no Ambiente Logo: formação e atuação. Campinas: Gráfica da UNICAMP, 1999.
¹ Mestra em Gestão Educacional – Centro Universitário da Serra Gaúcha/RS
² Doutorando em Engenharia e Tecnologia Ambiental – Universidade Federal do Paraná/PR
³ Especialização em Supervisão e Orientação Educacional – Faculdade Albert Einstein/SP
⁴ Doutoranda em Movimento Humano e Reabilitação – Universidade Evangélica/GO
⁵ Mestrando em Engenharia Ambiental – Universidade Federal do Tocantins/TO
⁶ Graduando em História – Unicesumar/PR
⁷ Mestranda em Educação – Universidade Federal do Tocantins/TO
⁸ Especialização em Psicopedagogia – Universidade Federal Fluminense/RJ
⁹ Mestre em Letras – Universidade do Estado de Mato/MT
¹⁰ Mestre em Diversidade Cultural e Inclusão social – FEEVALE – Novo Hamburgo/RS