A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11177101


Arelly Vitória Pereira da Silva Costa, Maria Arlinda Pedoni Vidal, Jordeliana Alves de Oliveira Soares, Josefa Taynara Gomes dos Santos, Maria milleni Felix Duarte, Camila Arruda Abrantes, Claudio Henrique Alexandre Ferreira, Anne Caroline de Souza, Macerlane de Lira Silva, Orientadora: Ocilma Barros de Quental


RESUMO

Introdução: De grande importância a assistência de enfermagem no acompanhamento pré-natal, já que é por meio dela que a gestante vai ser orientada sobre sua saúde neste período e também de seu futuro bebê. No entanto a assistência de enfermagem pré-natal segue roteiros, condutas para normatizar e facilitar a atuação dos profissionais de enfermagem. Objetivos: Analisar os procedimentos de assistência de enfermagem no período pré-natal de baixo risco que minimizem os potenciais agravos desse momento, possibilitando uma gestação saudável. Aspectos Metodológico: Este estudo será realizado por meio do levantamento bibliográfico de livros, manuais de saúde pública e artigos científicos em português publicados nas bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual em saúde) e SciELO, (Scientific Electronic Library Online). A busca de referências foi desenvolvido buscando as publicações referentes ao período dos últimos 12 anos através dos descritores: Enfermagem. Pré natal. Gestação, será utilizados como critérios de inclusão artigos publicados na íntegra, que continham discussões relevantes sobre a atuação do Enfermeiro ao Pré-Natal de baixo risco das gestante. Esperados: É esperado através desta revisão bibliográfica agregar mais estudos e conhecimentos acerca do tema, para que cada vez mais os enfermeiros e profissionais da saúde sintam-se confortáveis e seguros na abordagem desse estudo, tendo a certeza da importância e relevância que a mesma demonstra, incluindo melhoras significativas na vida e tratamento dos pacientes sob cuidados.

PALAVRAS CHAVE: Enfermagem. Pré natal. Gestação.

1. INTRODUÇÃO

As principais causas da mortalidade materna são evitáveis ​​e o conhecimento e a tecnologia necessários estão disponíveis para alcançar a sua redução. Para alcançar o cumprimento das metas de redução da mortalidade materna e perinatal, prestar cuidados oportunos durante a gravidez, o parto e o período pós-parto; gerir os riscos associados à maternidade e ao recém-nascido (BORGES, 2015).

A Organização Mundial da Saúde (2022) informa que a maioria das mulheres em todo o mundo está em fase reprodutiva, entre 15 e 49 anos de idade. Porém, em 2016, foram notificadas 303 mil mortes em mulheres por causas relacionadas à gravidez; 2,7 milhões de crianças morreram nos primeiros 28 dias de vida e apenas 64% das mulheres em todo o mundo recebem cuidados pré-natais mais de duas vezes durante a gravidez. A saúde perinatal é uma das estratégias para evitar a morte da mãe e dos filhos. Esta abordagem baseia-se na garantia da saúde da mãe e da criança sob diversos aspectos, especialmente na promoção de uma maternidade segura e eficiente, que inclui o controle e a vigilância da gravidez. e desenvolvimento de habilidades e conhecimentos para melhorar a qualidade de vida do recém-nascido (MARTÍNEZ GARCÍA et al., 2017).

Segundo a Associação de Enfermagem de Saúde da Mulher, Obstetrícia e Neonatal, o enfermeiro tem um papel importante durante a gravidez e puerpério, pois conhece as necessidades especiais que cada mulher tem, bem como o histórico de gravidez e é intermediário para colaborar com outros prestadores de cuidados de saúde para desenvolver planos de ação durante a gravidez, o parto e a amamentação. A enfermagem contribui muito para as gestantes porque é a área responsável por educar e fortalecer a consciência da mulher, prestar cuidados, realizar intervenções e avaliar resultados ao longo da gravidez será um conjunto de atividades e procedimentos que permitem uma vigilância adequada da gravidez. gravidez, bem como agendar intervenções com diferentes equipes de saúde para controlar a gravidez e evitar riscos fisiológicos (AWHONN, 2018).

Os estilos de vida da mãe influenciam muito o desenvolvimento dos afetos pelo bebê; foi demonstrado que mães com histórico de tabagismo passivo durante a gravidez têm maior probabilidade de dar à luz bebês com doença coronariana, assim como o consumo de chá e outros substâncias similares durante a gravidez podem afetar negativamente o crescimento e desenvolvimento fetal (LIU et al., 2020). Além disso, mulheres com índices de obesidade podem desenvolver doenças relacionadas ao diabetes mellitus gestacional e síndromes metabólicas que afetam as chances de ter um bebê saudável (LEGRO et al., 2022). É importante desenvolver programas que melhorem ou mantenham estilos de vida saudáveis ​​entre as mulheres durante a gravidez, a fim de limitar os efeitos negativos e otimizar o bem-estar da mãe e da criança, o que inclui atividades físicas que melhoram o humor e promovem a autoestima das mães (RODRÍGUEZ-BLANQUE et al., 2020).

A assistência de enfermagem no acompanhamento pré-natal é de grande importância já que é por meio dela que a gestante vai ser orientada sobre sua saúde neste período e também de seu futuro bebê. No entanto a assistência de enfermagem pré-natal segue roteiros, condutas para normatizar e facilitar a atuação dos profissionais de enfermagem (AWHONN, 2018).

Sendo assim, esse estudo tem como objetivo geral do estudo analisar os procedimentos de assistência de enfermagem no período pré-natal que minimizem os potenciais agravos desse momento, possibilitando uma gestação saudável.

2. JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa visa contextualizar a conduta do enfermeiro, haja vista, caracterização, identificação e sugerir procedimentos de assistência de enfermagem a gestantes considerando interferências na qualidade de vida. O período gestacional é repleto de modificações físicas e psicológicas que merecem total atenção da enfermagem, portanto estuda-se a assistência, considerando sua importância. Tendo em vista melhoramento na qualidade de vida dessas gestantes e respectivo cumprimento de nosso dever como enfermeiros em referencia a essa clientela. Neste sentido, a visão das gestantes a respeito da assistência de enfermagem pré-natal nos revelará o grau de confiança que essas clientes depositam nos profissionais da referida unidade e consequentemente utilização de suas recomendações. A caracterização dessa assistência nos revelará contribuições e desafios que mereçam atenção com as rotinas pré-estabelecidas do Ministério da Saúde como forma de aperfeiçoamento da assistência realizada na referida unidade. Buscando desvelar alguns questionamentos que me inquietam quanto à assistência de enfermagem, justifica essa pesquisa, haja vista, ser um desafio conhecermos como se configura a relação teoria e prática desses profissionais, aliado às políticas públicas disponíveis que envolvem esse processo.

3.ASPECTOS METODOLÓGICOS
3.1 CAMPO DE ESTUDO

Este trabalho científico é uma revisão narrativa de literatura de abordagem qualitativa exploratória, onde serão coletados dados a partir de produções bibliográficas já publicadas. Segundo Cruz (2023), a pesquisa bibliográfica é um método baseado em materiais existentes como livros e artigos científicos. Em alguns estudos, a pesquisa muitas vezes se concentra apenas em fontes bibliográficas. Além disso, estudos que visam analisar ideologias e diferentes perspectivas sobre questões são muitas vezes realizados com base apenas em fontes documentais.

Segundo Sousa, Oliveira, Alves (2021), a pesquisa bibliográfica tem como finalidade o aprimoramento do conhecimento por meio de uma investigação cientifica, sendo um levantamento ou revisão de trabalhos publicados, sobre a teoria, e orienta o pesquisador que irá analisar os trabalhos publicados sobre o assunto.

A revisão bibliográfica irá contribuir para conhecimento das informações já existentes sobre a atuação do Enfermeiro ao Pré-Natal das gestante enfocando aspectos abordados por outros autores.

3.2 TÉCNICA DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Este estudo será realizado por meio do levantamento bibliográfico de livros, manuais de saúde pública e artigos científicos em português publicados nas bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual em saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online) e GOOGLE ACADEMICO. A busca de referências foi desenvolvido buscando as publicações referentes ao período dos últimos 12 anos através dos descritores: Enfermagem. Pré natal. Gestação.

Foram utilizados como critérios de inclusão artigos publicados na íntegra, que continham discussões relevantes sobre a atuação do Enfermeiro ao Pré-Natal das gestante. Dentre os critérios de exclusão, estão os resumos de artigos e artigos publicados com menos de 12 anos.

4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 GRAVIDEZ

A gravidez constitui uma etapa única na vida da gestante. Durante esse processo ocorrem diversas modificações anatômicas e fisiológicas para permitir o correto desenvolvimento do feto e preparar o corpo da gestante para o momento do parto e da amamentação. Todas essas modificações provocam uma série de sinais e sintomas que geralmente não comprometem a vida do feto ou da gestante, mas, mesmo assim, afetam a qualidade de vida da gestante. Um estilo de vida saudável é o melhor tratamento para aliviar os sintomas da gravidez (VASCONCELOS et al., 2015).

A gravidez provoca uma série de transformações no corpo e no estado emocional e psicológico da gestante. Essas mudanças constituem uma etapa única na vida da gestante, e cada mulher a vivencia de forma diferente e única. Os profissionais de saúde devem avaliar as alterações vivenciadas por cada mulher individualmente, para oferecer atendimento especializado. Durante a gravidez, a gestante passará por sucessivas consultas nas quais o profissional de enfermagem deverá prepará-la para o momento do parto. Esses profissionais devem transmitir tranquilidade às gestantes e tentar diminuir a ansiedade e o medo que elas enfrentam durante a gravidez. Além disso, devem fornecer informações às gestantes com base nas melhores evidências científicas, que são continuamente verificadas (VASCONCELOS et al., 2015).

A Organização Mundial da Saúde (2022) informa que a maioria das mulheres em todo o mundo está em fase reprodutiva, uma vez que têm entre 15 e 49 anos de idade, porém, em 2016, foram notificadas 303 mil mortes em mulheres por causas relacionadas à gravidez; 2,7 milhões de crianças morreram nos primeiros 28 dias de vida e apenas 64% das mulheres em todo o mundo recebem cuidados pré-natais mais de duas vezes durante a gravidez. A saúde perinatal é uma das estratégias para evitar a morte da mãe e dos filhos. Esta abordagem baseia-se na garantia da saúde da mãe e do filho sob diversos aspectos, especialmente na promoção da maternidade segura e eficiente, que inclui o controle e a vigilância da gravidez e desenvolvimento de habilidades e conhecimentos para melhorar a qualidade de vida do recém-nascido (MARTÍNEZ GARCÍA et al., 2017).

A enfermagem obstétrica é responsável por alcançar uma gravidez saudável por meio de recomendações gerais que previnam possíveis complicações ou tratem as já ocorridas. Portanto, o papel do enfermeiro é fundamental para que a gestante alcance um estilo de vida saudável durante a gravidez. Nas diferentes consultas de pré-natal devem ser dissipadas todas as dúvidas da grávida e fornecidas informações sobre as alternativas mais recomendadas para aliviar os principais sintomas, com base na melhor evidência científica (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2020).

4.2 ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL ENFERMAGEM

A assistência pré-natal é o cenário ideal para os profissionais de saúde fornecerem informações, apoio e cuidados às gestantes. Este cuidado pré-natal envolve diversas atividades de promoção e prevenção da saúde, como a promoção de um estilo de vida saudável, uma alimentação adequada, prevenção de doenças, aconselhamento sobre planeamento familiar e apoio às mulheres que sofrem violência de género. A assistência pré-natal deve ser de qualidade e humanizada para melhorar o bem-estar materno-fetal (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2020).

É de extrema importância que os profissionais de saúde tenham consciência da importância da sua prática assistencial na qualidade de vida das gestantes. As consultas de pré-natal são a oportunidade para a gestante verificar seu estado de saúde e trocar informações com o profissional de enfermagem. A enfermagem deve aproveitar essas consultas para detectar as preocupações das gestantes e tentar oferecer uma assistência otimizada. Além disso, constitui uma boa oportunidade para o enfermeiro e a gestante definirem as metas e objetivos que consideram importantes para a saúde materno-fetal (VASCONCELOS et al., 2015).

Segundo a Associação de Saúde da Mulher, Obstetrícia e Enfermagem Neonatal, os enfermeiros têm um papel importante durante a gravidez e puérperas, pois estão cientes das necessidades especiais que cada mulher tem, bem como do histórico de gravidez e são intermediários para colaborar com outros prestadores de cuidados de saúde para desenvolver planos de ação durante a gravidez, o parto e a amamentação. A enfermagem contribui muito para a gestante porque é a área responsável por educar e fortalecer a consciência da mulher, prestar cuidados, realizar intervenções e avaliar resultados ao longo da gravidez. A consulta pré-natal será um conjunto de atividades e procedimentos que permitirão uma vigilância adequada da gravidez, bem como agendar intervenções com diferentes equipes de saúde para controlar a gravidez e evitar riscos fisiológicos (AWHONN, 2018).

O estilo de vida da gestante tem um grande impacto psicológico e tem sido demonstrado que os programas de intervenção podem modificar esse impacto alterando e acompanhando o estilo de vida da gestante. Hajarian et al., (2022) demonstraram que as intervenções de Enfermagem são um acompanhamento constante onde o angustiante são trabalhados elementos do parto, são discutidas estratégias para desenvolver redes de apoio e são desenvolvidos planos de parto ou mitigação de eventos negativos. Essas estratégias influenciam muito a presença de traumas psicológicos durante e após o parto, o estudo desses autores mostrou que aquelas pessoas que participam no apoio de enfermagem mostram uma diminuição do trauma psicológico do nascimento em comparação com mães que não recebem intervenções de enfermagem, as sessões de aconselhamento pessoal conduzidas por Enfermeiros durante a gravidez reduzem eficazmente a ansiedade, o que influencia diretamente a saúde do bebé e da mãe.

Outro estudo que buscou avaliar os efeitos psicológicos dos programas de intervenção de enfermagem foi desenvolvido por He et al., (2022), que desenvolveu um ensaio clínico randomizado para analisar a diferença entre um grupo controle que recebe programas de cuidados padrão e grupos de intervenção onde recebem atenção personalizada de enfermeiros e intervenções psicológicas, os resultados do estudo mostraram que diferenças estatisticamente significativas podem ser encontradas após a intervenção, principalmente no controle dos aspectos médicos relacionados ao diabetes mellitus gestacional, na melhora dos níveis de glicemia e no aumento dos níveis de glicemia fazer com que os grupos de intervenção de enfermagem melhorem o seu índice de consciência sobre a doença e façam ajustes psicológicos que lhes dêem uma maior capacidade de autogestão e fortaleçam a sua compreensão das possíveis doenças que estão relacionadas com a gravidez, a fim de melhorar a sua qualidade de vida e a de seus bebês.

Por fim, devemos mencionar o estudo de Beydokhti et al., (2021) que procurou explorar os efeitos de um programa de aconselhamento educacional para a prevenção da depressão pós-parto, constatando que aquelas pessoas que participam de programas de aconselhamento educacional apresentam uma redução significativa na escores de depressão; O conhecimento e a atitude que as pessoas obtêm após os programas de aconselhamento educativo são estratégias de enfrentamento. Segundo os autores, aquelas mães que participam de programas de intervenção têm melhor raciocínio lógico em relação à própria gravidez, aos eventos que podem ocorrer durante e após a gravidez e são desenvolvidos ou preparado de forma mais eficaz; Além disso, estão conscientes das condições que acompanham o período pós-parto e das alterações de humor associadas, portanto, estão mais conscientes dos seus sentimentos e gerem melhor as suas emoções, bem como controlam os seus comportamentos e evitam pensamentos que induzam à depressão pós-parto.

REFERÊNCIAS

AWHONN, A. Of WH Obstetric and Neonatal Nurses. Nursing Care of Incarcerated Women During Pregnancy and the Postpartum Period. Journal of Obstetric, Gynecologic & Neonatal Nursing. 2018.

BEYDOKHTI, TB. et al. Effect of educational‐ counseling program based on precede‐proceed model during Pregnancy on postpartum depression. Nurs Open. 13 de enero de 2021.

BORGES, I. A. L. Consulta de enfermagem, prescrição de enfermagem e solicitação de exames por enfermeiros na atenção básica de saúde. Revista Enfermagem em Foco, Brasília (DF), 2015.

CRUZ, C. W. GESTÃO DE PESSOAS: UM ESTUDO ACERCA DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL. Revista OWL (OWL Journal), [S. l.], v. 1, n. 1, p. 14–29, 2023.

HAJARIAN, Z. et al. Effects of counseling based on Gamble’s approach on psychological birth trauma in primiparous women: a randomized clinical trial. The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, 2022.

HE, R. et al. The Effect of Health Education Combined with Personalized Psychological Nursing Intervention on Pregnancy Outcome of Pregnant Women with Gestational Diabetes Mellitus. Biomed Res Int, 2022.

LIU, Y. et al. Geographical variations in maternal lifestyles during pregnancy associated with congenital heart defects among live births in Shaanxi province, Northwestern China. Sci Rep. 2020.

LEGRO, RS. et al. Effects of preconception lifestyle intervention in infertile women with obesity: The FIT-PLESE randomized controlled trial. PLoS Med. 2022.

MARTÍNEZ GARCÍA, RM. et al. Prevención de la obesidad desde la etapa perinatal. Nutrición Hospitalaria, 2017.

RODRÍGUEZ-BLANQUE, R. et al. Water Exercise and Quality of Life in Pregnancy: A Randomised Clinical Trial. Int J Environ Res Public Health. 2020.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. La OMS señala que las embarazadas deben poder tener acceso a una atención adecuada en el momento adecuado [monografía en internet]*. Washington, D.C.: Organización Mundial de la salud, 2020.

VASCONCELOS, MA. et al. La calidad de asistencia de enfermería en el periodo prenatal desde la perspectiva de la mujer embarazada. Aquichán, 2015.

WHO. Women of reproductive age (15-49 years) population (thousands). World Health Organization. 2022.