REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7744668
Jonatan Espirito Santo de Souza
RESUMO
O presente texto tem como objetivo explicar a importância da Igreja atuar dentro da instituição militar, denominada Marinha do Brasil, através de seus membros. Pode-se encontrar nesse ambiente, diversas situações em que um cristão pode fazer a total diferença na vida de seus companheiros de farda, que muitas vezes estão passando por momentos difíceis, ou percorrendo um trajeto na caminhada da vida em que nós, como servo de Deus, sabemos que o final dele será destruidor. A igreja de Cristo é a luz do mundo, e ela é formada por um grupo de pessoas salvas e regeneradas. Estas pessoas espalhadas pelo mundo, se tornam um pequeno foco de iluminação e são capazes de clarear os passos daqueles que por algum motivo se encontram perdidos. Espera-se então, que os fiéis militares, membros de denominações eclesiásticas, cumpram o significado da palavra Igreja no grego, ou seja, chamados para fora, e faça a diferença nos quartéis onde estão lotados, atribuindo sempre toda honra e toda glória ao Senhor Jesus.
Palavras-chave: Militarismo. Cristão. Companheiros.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por temática uma abordagem sobre a importância da Igreja se fazer presente dentro da instituição militar denominada Marinha do Brasil. Por meio dos combatentes que fazem parte do rol de membros das mais variadas denominações evangélicas em nosso país, a Igreja pode fazer-se presente dentro desse ambiente, ajudando em diversas situações peculiares à profissão.
O autor deste trabalho acadêmico está incorporado nas fileiras da referida força, e sendo assim, observou-se a necessidade de se aprofundar neste assunto, devido sua vivência e experiência dentro da organização. Percebendo que é de grande valia, o comprometimento daqueles que se dizem salvos e remidos pelo sangue de Cristo, com as Sagradas Escrituras, atuando em suas organizações militares, em função daqueles que se encontram desanimados, perdidos e sem rumo na vida. Nestas condições, é muito bom ter alguém em quem se possa confiar e encontrar alento para superar seus problemas.
Espera-se que com a elaboração deste trabalho, os marinheiros cristãos possam reconhecer a importância e o compromisso que têm de atuarem como Igreja em seus quartéis, sessões e comandos. Seguindo sempre os passos do invencível Senhor Jesus Cristo, que se entregou na cruz do calvário, proporcionando salvação a todos que se arrependem e creem em seu nome.
Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada, este trabalho está subdividido em cinco tópicos, em que no primeiro será abordado a importância na navegação em um contexto bíblico, no segundo o conceito e classificação de Igreja, no terceiro tópico será abrangido a Igreja na sociedade contemporânea, depois apresentada as situações da vida dos marinheiros, demonstrando a relevância do tema abordado para a sociedade atual. E por fim, no quinto tópico, o encerramento com as considerações finais sobre o tema proposto.
A metodologia será explicativa. O estudo deste trabalho será fundamentado em ideias e pressupostos teóricos que apresentam significativa importância na definição e construção dos conceitos discutidos nesta análise: Pós-Modernidade, Hipermodernidade e Modernidade líquida. Assim sendo, o trabalho transcorreu a partir do método conceitual-analítico, visto que utilizaremos conceitos e ideias de outros autores, semelhantes com os nossos objetivos, para a construção de uma análise científica sobre o objeto de estudo.
2. A IMPORTÂNCIA DA NAVEGAÇÃO NO CONTEXTO BÍBLICO
A navegação, atualmente, é um meio importante de locomoção e transporte, porém, já desde o contexto bíblico podemos perceber grandes fatos ligados à navegação, como no badalado e maior porto em funcionamento, Cesaréia. O cenário ocorria no mar mediterrâneo, onde era comum muitas viagens de navios cargueiros que quando tinha algum espaço, também transportava presos, como por exemplo, o navio de Alexandria onde Paulo estava preso, “Ali, o centurião encontrou um navio alexandrino que estava de partida para a Itália e nele nos fez embarcar”. (At 27, 6).
Carvalho (1998, p. 279), afirma que “A cidade de Cesaréia junto ao mar mediterrâneo tornou-se uma cidade importante nos tempos inter-testamentário e do N.T.”. Para uma cidade naquela época, possuir um porto, trazia muitos progressos tanto econômico quanto político. Era essencial para o comércio entre o Império Romano e o Oriente, por isso, alguns foram policiados pela guarda romana para evitar qualquer ameaça a esse sistema. As tempestades do mar mediterrâneo também eram uma ameaça, o centurião romano não quis ouvir o conselho de Paulo, “Pouco tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte, chamado Nordeste. O navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as manobras e ficamos à deriva”. (At 27, 14-15).
Desde então, a navegação vem se modernizando paulatinamente, até chegar no padrão que se tem hoje, onde emprega muitos profissionais de diversas áreas ligadas ao setor. Entre esses profissionais estão os militares da Marinha do Brasil, público alvo deste trabalho, de quem falaremos mais adiante.
3. CONCEITO DE IGREJA
Para entender o conceito de igreja, pode-se recorrer a Severa (1999), onde etimologicamente o termo significa, os chamados para fora, vindo do Novo Testamento grego ekklesia, e também designada para uma assembleia de pessoas. Sendo assim, somos chamados a atuar fora das quatros paredes de um templo, ou seja, na sociedade onde estamos inseridos, pois é onde se encontram vidas que precisam ser alcançadas, orientadas e confortadas em Cristo.
É bem mais fácil ser cristão dentro da igreja, onde todos estão sendo vistos, todos têm os mesmos propósitos, mesma forma de pensar e unidos por um bem comum, adorar e exaltar o nome do Senhor Jesus Cristo. Porém, o desafio se encontra em exercer o cristianismo fora desse ambiente, fora da zona de conforto.
No Antigo Testamento, a congregação de Israel também era denominada de assembleia, a palavra hebraica empregada era qahal. Na Septuaginta, tradução da Bíblia hebraica para o grego, esse termo também era frequentemente traduzido por ekklesia, como por exemplo, quando Estevão faz referência a reunião do povo de Israel no monte Sinai, “Ele estava na congregação, no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados, e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós”. (At 7, 38), fazendo menção a (Dt 10, 4).
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA IGREJA
A Igreja pode ser classificada como local e universal. Para o local, temos a ideia de um templo em uma determinada localidade. Já para universal, configura a imagem de todos os crentes em todos os lugares, assim conforme ainda é destacado por Severa (1999, p. 273)
Em várias passagens bíblicas, o termo igreja designa o conjunto de todos os crentes verdadeiramente salvos por Cristo em todos os tempos e lugares. Nesse sentido universal, a igreja pode ser definida como “o organismo espiritual composto de todos os regenerados através da fé em Cristo”. Só fazem parte da igreja em sentido universal os que realmente foram lavados e purificados pelo sangue de Cristo e vivem unidos com o Senhor, formando com ele um só corpo (1Co 12.13), uma só casa (1Pe 2.4,5), um só reino (Ap 1.5b,6).
Neste sentido, dentro de um quartel militar da Marinha do Brasil, através de todos aqueles que se enquadram na definição apresentada, a igreja universal pode e deve se fazer presente. De acordo com os valores da Marinha, “lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera obediência à autoridade dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia”. É por este mesmo sentido que os militares Cristãos devem demonstrar sua lealdade à causa de Cristo, aconselhando, exortando e até mesmo pregando em momentos em que a situação for propícia para tal ato, incansavelmente, em obediência ao nosso supremo comandante, general Senhor Jesus.
4. A FUNÇÃO DA IGREJA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Na sociedade em que estamos inseridos, a busca pela novidade é o que movimenta o mundo. Saindo da tradição moderna e adentrando a pós-modernidade. Para Gine, (2017, p. 67)
Todavia, embora as transformações que ocorreram nos últimos tempos não tenham significado um rompimento absoluto com a cultura moderna, é cada vez mais frequente o uso do conceito de pós-modernidade para definir a complexidade do presente.
Hoje vivemos em uma sociedade que venera o poder, infelizmente chega a ser doentio. É interessante como as pessoas se transformam e ficam cegas buscando tal atributo. Esta gana por poder é expressada em três formas de ambição, como explica Stott (2005, p. 24)
A sede de poder se expressa hoje em três ambições humanas muito amplas: a ambição desmedida pelo dinheiro, pela fama e pela influência. Encontramos esta cobiça pelo poder em todos os âmbitos: na política, na vida pública, nas relações familiares, nos negócios, na indústria e no exercício profissional.
Dentro da Marinha não é diferente, por diversas vezes encontramos colegas com as referidas ambições citadas por Stott. No seguimento militar, quanto mais poder, significa obter respeito e muitos para consegui-lo, são capazes de qualquer coisa. Temos então, mais uma oportunidade de atuar como alguém salvo e remido pelo sangue de Cristo, e fazer a diferença na vida de alguém, mostrando às pessoas o que a Sagrada Escritura diz. No tocante ao dinheiro, por exemplo, a Bíblia diz que “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”. (1Tm 6, 9). Um conselho bíblico é fundamental na vida dessas pessoas.
Outra característica da sociedade contemporânea é a desregulamentação. Por exemplo, antigamente havia o entendimento de que a autoridade dos pais estava acima do ímpeto pessoal, hoje, na sociedade em que vivemos é comum as pessoas agirem por impulso e acabam se precipitando em determinadas escolhas e atitudes, mesmo existindo uma regra que inibe tal ato. Quando isto acontece o ser humano se sente desnorteado, e necessita de orientação. A Igreja de Cristo pode ser esse norte orientador atuando dentro dos quartéis, como se fosse um agente infiltrado.
Também existe uma outra característica desta sociedade em questão, o excesso. A Revolução Industrial ainda para Gine (2017, p. 24)
Foi a que motivou uma série de abordagens de filósofos, economistas e, mais precisamente, de sociólogos na tentativa de buscar compreender a natureza e os efeitos da indústria moderna sobre o ser humano, o trabalho, as relações sociais, a família e a religiosidade.
A Revolução Industrial mudou o estilo de vida dos seres humanos, com a chegada das máquinas ficou mais fácil produzir qualquer coisa em grande quantidade. Entretanto, esta característica de uma sociedade excessiva não se limita apenas aos objetos, também possibilitou ao ser humano realizar em conjunto, várias tarefas diferentes ao mesmo tempo. Sendo assim, os militares além de realizar todas as suas obrigações enquanto servidores da Pátria, também podem paralelamente e de várias maneiras cumprir todas as suas obrigações enquanto servidores da Pátria Celestial, a qual aguardamos e temos um general que nos preparou uma cidade. (Hb 11, 16).
A persuasão tem por objetivo cativar a confiança de outra pessoa, através da influência, indução e convencimento. O Militar sabe explorar muito bem este artifício. Mas é preciso ter consciência, assim como afirma Stott (2005), que por mais poder de persuasão que tenhamos, no diálogo com os irmãos de farda, é o Espírito Santo que salva o homem. É ele que convence o homem, nós como Igreja somos apenas instrumento em suas mãos, nessa sociedade tão evoluída.
4.1 EXPLORANDO A HIPERMODERNIDADE
Pensando na hipermodernidade, esse novo tempo das conexões tecnológicas, de internet rápida, nos permite ter uma visibilidade maior da vida dos indivíduos que nos cercam, mesmo que por acaso. Através de algumas mídias, sociais como por exemplo facebook, instagram, snap, twitter, e whatsapp, podemos perceber pelas postagens de algum colega de bordo, que ele pode não estar bem. Ficar indiferente a esta situação não é ser Igreja, é ser omisso, ou seja, perceber algo perigoso e não fazer nada para impedir ou amenizar o problema.
Conforme Queiroz e Stetzer (2017, p. 176) “A congregação deve ter um processo (orgânico e/ou sistematizado) por meio do qual as pessoas se conectam umas às outras e crescem em Cristo”. Nós, como a igreja universal, usufruindo da hipermodernidade que nos cerca, não só podemos, como devemos nos conectar com as outras pessoas que precisam de orientação espiritual e assim contribuir para que elas cresçam em Cristo.
Na era apostólica, a ferramenta que se tinha eram as cartas e elas eram bem exploradas, levando orientação e auxílio espiritual para os necessitados, mostrando como todos poderiam estar em sintonia com os ensinamentos de Cristo. Hoje a contemporaneidade nos permite utilizar diversos veículos de informação, como as mídias sociais, em uma velocidade impressionante. É dever da Igreja de Cristo se adaptar e utilizar o que a tecnologia nos permite, orientar e salvar vidas.
5. SITUAÇÕES DA VIDA MILITAR
A vida de um militar da Marinha do Brasil pode ser comparada ao termo que conhecemos com Modernidade Liquidada, pois não é sólida, fixada em um determinado lugar, ela apresenta fluidez que é uma característica dos líquidos. Para Gine (2017, p.72)
Na pós-modernidade, ou modernidade líquida como prefere Bauman, a “identidade cultural do indivíduo (gênero, classe, etnia, raça e nacionalidade) se desloca o tempo todo de acordo com o aparecimento de novos aspectos formais na cultura, com o surgimento de um novo tipo de vida social”.
Uma das características da profissão é justamente a mobilidade geográfica. O militar pode ser alocado para qualquer região do país, em qualquer época do ano, de acordo com a necessidade da Força. Por esse motivo, às vezes, acontece de uma família ter que residir em outro Estado, se deparando com as dificuldades na adaptação do novo local, por estar longe dos parentes, em um clima e cultura diferente do que estava acostumada. E assim, começam a surgir os problemas, como por exemplo a esposa querer abandonar o marido no trabalho e voltar para terra natal, acarretando vários problemas a família.
Outro problema comum de acontecer é a família se deslocar para uma localidade em que não encontra uma igreja para congregar e dessa maneira, começa a se esfriar espiritualmente. Mais uma vez, a atuação da Igreja através de seus militares cristãos é de suma importância para não deixar a chama do evangelho de Cristo se apagar na vida do companheiro e sua família. É preciso criar estratégias para motivar o irmão que está desanimado.
É comum a instituição fornecer moradia para a família dos militares que chegam de outro Estado, onde o condomínio é denominado de Próprio Nacional Residencial (PNR). Uma das estratégias que pode utilizar-se como Igreja é adotar um “pequeno grupo” ou “célula”. Queiroz e Stetzer (2017), tratando sobre o assunto, explica que não se trata apenas de uma reunião, mas que a mudança de vida também pode acontecer entre novos amigos, então vale a pena investir nessa causa.
Outra peculiaridade inerente a vida de um militar da Marinha do Brasil são as suas longas comissões, principalmente para aqueles que estão lotados em navios de guerra. Passam dias navegando para cumprir diversos tipos de tarefas como missões humanitárias, operações de busca, patrulha marítima, levantamentos hidrográficos, tudo a fim de contribuir para a defesa da Pátria, para a garantir os poderes constitucionais e, da lei e da ordem.
Durante o percurso destas missões, quando o navio já atracado em algum determinado porto, pode acontecer do militar, por estar longe de sua esposa, desejar obter algum tipo de relacionamento amoroso extraconjugal. Mais uma vez, a igreja pode estar presente, atuando através da Teologia Prática, ou seja, através da prática do ministério de cada cristão. Para Zabatieiro (2002, p. 1), “Teologia Prática é discurso crítico e construtivo sobre a ação cristã no mundo presente”. A ação de um marinheiro cristão deve conter princípios que orientem nosso modo de ser no mundo de hoje, em qualquer circunstância, como imagem e semelhança de Deus. Sendo assim, com a prática do cristianismo genuíno, consegue-se mostrar o verdadeiro caminho, mostrar ao colega por exemplo, que sua esposa está a sua espera e que “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros”. (Hb 13, 4).
Portanto, observando qualquer atitude suspeita, que vai contra a Bíblia, o militar norteado por estes princípios, pode evitar que a família de um colega, instituição criada e estabelecida por Deus, tenha sérios problemas e até mesmo chegue ao fim. É seu dever orientar e aconselhar, até porque a Bíblia é bem clara, “Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. (Tg 4, 17). Naquele momento, naquela situação, ele é a Igreja presente, ele é um líder espiritual e sua ação é necessária. Ainda conforme Zabatieiro (2002), essa comunidade de militares cristãos em ação, espalhados pelo Brasil, seja em quartéis ou navios, serve como discernimento e tem a capacidade de orientar sobre o certo e o errado, sem impor, sem ser invasivo, apenas aconselhando naturalmente.
Corroborando com a teologia prática, a Marinha do Brasil conta com um grupo de Capelães Navais que prestam apoio religioso e espiritual aos militares e seus dependentes, respeitando sempre a liberdade religiosa. Porém, ainda há Organização Militar em que não tem a presença de um Capelão Naval, ou quando tem, o Capelão é um Sacerdote da Igreja Apostólica Romana, religião predominante na instituição. É raro ver um Capelão Pastor evangélico, e mesmo quando se encontra, ele não consegue dar um apoio a todos os militares. É neste momento que entra mais uma vez o militar Cristão, que estando convivendo dia a dia ao lado de seu companheiro de seção, sabe das dificuldades que ele está enfrentando, e pode através da sua conduta exemplar, confortá-lo com a Sagrada Escritura.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho pretendeu mostrar como a Igreja pode atuar dentro da Marinha do Brasil, partindo do princípio que todos os cristãos fazem parte da igreja universal de Cristo, a partir da metodologia explicativa. Os militares membros de denominações eclesiásticas fazem parte deste universo. Por este motivo, podem ser um ponto de luz capaz de iluminar alguém na escuridão.
Para atingir uma compreensão do objetivo geral, houve um diálogo com a contemporaneidade e as situações pertinentes à carreira do militar. E assim, verificou-se que em todos os quartéis, onde há a presença de militares evangélicos, pode existir uma extensão da Igreja, colocando em prática o que se aprende no templo, promovendo evangelismo, orientação e amor ao ser humano, cumprindo seu propósito, independentemente de onde esteja.
Com a realização desta hipótese, os marinheiros cristãos conseguiriam chegar onde o trabalho dos Capelães Navais, excelente trabalho, diga-se de passagem, não conseguem chegar. E assim, haveria um complemento, todos desenvolvendo seu ministério, contribuindo para que o Reino de Deus cresça.
A coleta de dados permitiu uma avaliação positiva e confirma a necessidade de tal envolvimento da sociedade cristã contemporânea, em especial os militares, no engajamento de ser Igreja no seu ambiente de trabalho. Em pesquisas futuras, pode-se abranger como melhorias da pesquisa, todas as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e Forças Auxiliares (Polícia militar e Corpo de Bombeiro).
REFERÊNCIAS
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SEVERA, Zacarias de Aguiar. Manual de Teologia Sistemática. Curitiba: AD Santos, 1999.
STOTT, John. Sinais de uma igreja viva: As marcas de uma Igreja cheia do Espírito Santo. São Paulo: ABU, 2005.
ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. A Teologia Prática e seu lugar na Igreja. Teológica Pratica, Belo horizonte, v 1, n. 1, 2 Sem. 2002.