NURSING ASSISTANCE IN THE EARLY DETECTION AND PREVENTION OF POSTPARTUM DEPRESSION
ASISTENCIA DE ENFERMERÍA EN LA DETECCIÓN TEMPRANA Y PREVENCIÓN DE LA DEPRESIÓN POSPARTO
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202410272358
Márcio Araújo Alves1
Ramon Negrão Quaresma1
*Julyany Rocha Barrozo de Souza1
RESUMO
Objetivo: Denotar o papel da assistência em enfermagem na detecção e prevenção de quadros de Depressão Pós Parto. Revisão Bibliográfica: A assistência da enfermagem se destaca por ser um dos primeiros contatos das gestantes com a rede de saúde, sendo assim é importante que esse contato seja efetivo e que se estabeleça um vínculo de atenção e cuidado integral, em que os profissionais da enfermagem estão atentos e sensíveis desde as primeiras consultas, à possíveis sinais e sintomas que possam ser de alguma forma associados ao diagnóstico de Depressão Pós Parto, possibilitando a prevenção ou detecção precoce, afim de que as medidas de intervenção necessárias sejam tomadas, de acordo com a demanda de cada caso. Considerações Finais: As equipes de enfermagem podem atuar desde o período pré-natal, a partir das consultas e realizar um acompanhamento continuado, durante o puerpério. É de suma importância que as equipes estejam capacitadas teórico-cientificamente para identificar esses casos e que tenham sensibilidade para direcionar a devida atenção e atendimento humanizado.
Palavras-Chave: Depressão Pós Parto, Enfermagem, Assistência, Prevenção.
ABSTRACT
Objective: To denote the role of nursing care in the detection and prevention of Postpartum Depression. Bibliographical Review: Nursing care stands out for being one of the first contacts pregnant women have with the health network, so it is important that this contact is effective and that a bond of attention and comprehensive care is established, in which nursing professionals are attentive and sensitive from the first consultations, to possible signs and symptoms that may be in some way associated with the diagnosis of Postpartum Depression, enabling prevention or early detection, so that the necessary intervention measures are taken, in accordance with the demand in each case. Final Considerations: Nursing teams can work from the prenatal period, through consultations and carry out continuous monitoring during the postpartum period. It is extremely important that the teams are theoretically and scientifically qualified to identify these cases and have the sensitivity to direct appropriate attention and humanized care.
Keywords: Postpartum Depression, Nursing, Assistance, Prevention.
RESUMEN
Objetivo: Denotar el papel de los cuidados de enfermería en la detección y prevención de la Depresión Posparto. Revisión bibliográfica: Los cuidados de enfermería se destacan por ser uno de los primeros contactos que tienen las gestantes con la red de salud, por lo que es importante que ese contacto sea efectivo y que se establezca un vínculo de atención y cuidado integral, en el que los profesionales de enfermería estén atentos y sensible desde las primeras consultas, a posibles signos y síntomas que puedan estar de alguna manera asociados al diagnóstico de Depresión Postparto, permitiendo su prevención o detección precoz, para que se tomen las medidas de intervención necesarias, de acuerdo con la demanda en cada caso. Consideraciones finales: Los equipos de enfermería pueden trabajar desde el período prenatal, pasando por las consultas y realizar un seguimiento continuo durante el posparto. Es de suma importancia que los equipos estén capacitados teórica y científicamente para identificar estos casos y tengan la sensibilidad para orientar una atención adecuada y un cuidado humanizado.
Palabras clave: Depresión Posparto, Enfermería, Asistencia, Prevención.
INTRODUÇÃO
A Depressão Pós Parto (DPP) é uma condição associada aos sintomas de depressão maior que ocorrem até 4 semanas após o parto e que pode perdurar por um período de tempo variado, entre 3 a 12 meses, que é o período considerado pós-parto para os manuais de saúde (Santana GW et al, 2022; Soares ML e RODRIGUES MMG, 2018). Segundo dados da OMS, cerca de 10 a 20% das puérperas, são acometidas por essa condição no mundo, entretanto ainda não é considerada uma doença de acordo com o DSM-5 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA, 2014). Contudo, é evidente que a Depressão Pós Parto é uma questão de saúde pública, e o Brasil, por sua vez, figura como um dos países mais propensos ao desenvolvimento de quadros de depressão nas Américas (Filha MMT, et al, 2016). O país representa o sétimo maior índice de intercorrência de transtornos depressivos de ordem maior, apontando para um indicador de saúde importante, visto que o diagnóstico de depressão anterior a gravidez pode tornar-se um fator de risco para o desenvolvimento de DPP, além outros fatores importantes de serem considerados, já que essa condição está atravessada por questões sociais, econômicas, culturais e individuais (OMS, 2009; Santana GW, et al, 2022).
A assistência em enfermagem é fundamental na rede que constitui a atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS) vigente no Brasil. O profissional da enfermagem desempenha entre as suas muitas funções, o papel de cuidado e assistência à saúde de forma individual e coletiva, dentro e fora das unidades de saúde, no atendimento domiciliar, às famílias e comunidades, visando o acesso integralizado e universal proposto pelo SUS (Garcia NP, et al, 2021). Considerando esse pressuposto, dentro desse contexto, o profissional da enfermagem está em contato direto com as mulheres gestantes que buscam as redes de saúde afim de iniciar o acompanhamento pré-natal, e é nesse âmbito referido que a atuação da enfermagem pode ser direcionada ao cuidado e prevenção no desenvolvimento de casos de DPP (Garcia NP, et al, 2021).
A enfermagem pode atuar de diversas formas na gravidez, afim de detectar, prevenir e orientar acerca dos sentimentos e das vivências do período pré-natal e do pós-parto, para prevenir os casos de Depressão Pós Parto (Monteiro ASJ, et al, 2020). As orientações acerca das realidades da maternidade e do período puerperal devem ser postas pela equipe de enfermagem ainda no pré-natal, quando essa equipe pode sanar dúvidas, fazer alertas e traçar estratégias de cuidado junto às gestantes, de acordo com a realidade e as particularidades de cada caso.
A importância de a equipe de enfermagem conhecer o histórico de saúde da gestante, assim com o contexto de vida na qual ela está inserida é crucial na promoção de cuidado integral, visto que, fatores biológicos, sociais, econômicos e culturais podem estar relacionados ao desenvolvimento de quadros de depressão pós parto, dessa forma, um profissional capacitado e atento aos sinais e sintomas apresentados pela gestante pode detectar de forma precoce o risco ao desenvolvimento de quadros de DPP (Viana MDZS, Fettermann FA e Cesar MBN, 2020).
Dessa forma, quanto mais informações puderem ser coletadas, mais formas devem haver de detecção, prevenção e estratégias de atenção. Sendo assim, o presente estudo objetiva denotar o papel da assistência em enfermagem na detecção e prevenção de quadros de Depressão Pós Parto.
METODOLOGIA
Tipo de estudo
O Presente estudo utiliza-se do método qualitativo de pesquisa, dentro do campo de revisão bibliográfica definido como revisão narrativa da literatura, visando a busca ampla acerca do conteúdo proposto, de forma que esse método não busca esgotar as discussões acerca do tema, mas localizar e pontuar as atualizações mais recentes acerca do mesmo (Cavalcante LTC e Oliveira AASD, 2020).
Descrição da amostra
A revisão é composta por estudos selecionados a partir da temática associada à assistência em enfermagem frente à detecção e prevenção da depressão pós parto, sendo elas principalmente publicações dos últimos 5 anos (2019 a 2023), considerando que os estudos que excedem essas datas são aqueles recomendados por especialistas que serviram de base para a elaboração dos estudos atuais.
Foram selecionados previamente 43 artigos, após leitura prévia dos resumos, 12 foram excluídos pelo critério das datas de publicação e relevância e 6 foram excluídos por não seguirem a linha proposta pela presente pesquisa, restando então 25 artigos utilizados na construção da revisão bibliográfica apresentada na sessão conseguinte.
Nº | Título | Citação | Revista/Periódico |
1 | Depressão pós parto e seus efeitos na relação mãe-bebê | (ALVES e SILVA, 2021) | Revista de Iniciação Científica e Extensão |
2 | Pré-natal psicológico: perspectivas para atuação do psicólogo em saúde materno no Brasil | (ARRAIS, e ARAUJO, 2016) | Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar |
3 | O pré-natal psicológico como um modelo de assistência durante a gestação | (BENINCASA, et al, 2019) | Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar |
4 | Assistência psicológica em medicina fetal | (BORTOLETTI; SILVA e TIRADO, 2007) | Psicologia na prática obstétrica: Abordagem Interdisciplinar |
5 | A ausência do homem no pré-natal da parceira e no pré-natal do pai | (BUENO, et al, 2021) | Revista Pró-univerSUS |
6 | Atendimento de pré-natal na estratégia saúde da família: a singularidade da assistência de enfermagem | (CAMPAGNOLI e RESENDE, 2019) | Nursing |
7 | O enfermeiro na prevenção de depressão pós-parto: revisão integrativa | (COUTINHO; DE OLIVEIRA e RIBEIRO, 2019) | Revista da FAESF |
8 | Ser mãe é padecer no paraíso? O dispositivo da maternidade nas narrativas da depressão pós-parto | (CRONEMBERGER, 2019) | Acervo UFPB |
9 | Percepção de enfermeiros de estratégia saúde da família quanto à assistência às puérperas com indicativo de depressão pós-parto | (DA SILVA, 2022) | Research, Society and Development |
10 | A prevenção da depressão pós-parto e o cuidado pré-natal: uma revisão integrativa | (DAANDELS e MARIOT, 2019) | Revista Cuidado Em Enfermagem |
11 | O papel do enfermeiro no cuidado à mulher com depressão puerperal | (DOS ANJOS, et al, 2019) | Brazilian Journal of Health Review |
12 | Cuidados de enfermagem na depressão pós-parto: estudo na literatura | (FERREIRA, et al, 2021) | Saúde Coletiva |
13 | Factors associated with postpartum depressive symptomatology in Brazil: the Birth in Brazil National Research Study, 2011/2012 | (FILHA, et al, 2016) | Journal of affective disorders |
14 | Depressão pós-parto e seus impactos na vida da puérpera | (GUIMARÃES, et al, 2024) | Seven Editora |
15 | Depressão pós-parto: um olhar psicanalítico | (JULIEN, 2013) | ACERVO PUC SP |
16 | A depressão pós-parto na perspectiva dos profissionais de saúde | (LOUZADA , et al, 2019) | Revista enfermagem atual in derme |
17 | Depressão pós-parto: atuação do enfermeiro | (MONTEIRO, et al, 2020) | Revista Eletrônica Acervo Enfermagem |
18 | Prevalência e fatores de risco da depressão pós-parto no Brasil: uma revisão integrativa da literatura | (SANTANA, et al, 2022) | Debates em Psiquiatria |
19 | Depressão pós-parto: prevalência, fatores associados e impactos psicossociais | (SANTOS, et al, 2022) | Acervo Centro Universitário UMA |
20 | La vivencia del acompañamiento prenatal según mujeres asistidas en la red pública de salud | (SILVA e PEGORARO, 2018) | Revista Psicologia e Saúde |
21 | A atuação da enfermagem frente a prevenção da depressão pós-parto nas unidades básicas de saúde | (SOARES, et al, 2021) | Conjecturas Inter Studies |
22 | A relação mãe-bebê na depressão pós-parto | (SOARES, et al, 2022) | Cadernos UniFOA |
23 | Enfermagem na prevenção da depressão pós-parto | (SOUSA, et al, 2020) | Brazilian Journal of development |
24 | Estratégias de enfermagem na prevenção da depressão pós-parto | (VIANA.; FETTERMANN e CESAR, 2020) | Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental |
25 | Depressão pós-parto: a importância dos cuidados de enfermagem | (VIEIRA e DE PASSOS, 2022) | Depressão pós-parto: a importância dos cuidados de enfermagem |
Critério de inclusão e exclusão
Os estudos foram selecionados em primeiro momento a partir de palavras chaves/descritores em saúde: depressão pós parto; enfermagem; puerpério, prevenção. Os títulos selecionados foram considerados a partir da leitura prévia dos resumos dos estudos, afim de identificar os componentes necessários para a presente pesquisa, após a seleção dos resumos, foram incluídos os estudos que, ao final de leitura integral, correspondiam à temática aqui proposta, se enquadravam no período de publicação determinado e respeitavam aos critérios éticos e científicos.
Foram excluídos os estudos que não correspondiam com o interesse da pesquisa, não se enquadravam no período de publicação, ou desviavam-se do tema abordado.
Coleta de Dados
Para a elaboração da revisão da literatura sugerida, a bibliografia desse estudo foi captada principalmente por meio de recursos eletrônicos e bases de dados como Scielo, Lilacs e Pepsic, onde são disponibilizados estudos de forma gratuita, além de livros digitais também disponíveis de forma gratuita por meios de acesso eletrônicos.
A coleta de dados foi realizada entre os meses de março e maio de 2024, considerando os estudos que se enquadrassem na temática propostas, selecionados em primeiro momento a partir do título e resumo, ao identificar a relevância do conteúdo dos estudos, estes foram lidos na íntegra para compor a seção de revisão bibliográfica na presente pesquisa.
Análise de dados
A análise do presente estudo se deu de forma qualitativa, considerando o conteúdo de cada material revisado e a relevância apresentada por cada um em relação ao tema proposto aqui, a partir da leitura integral dos estudos selecionados.
Questões éticas
Por se tratar de uma revisão narrativa, a pesquisa não se enquadra nos tipos de estudos que devem ser submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa, contudo ela obedece aos padrões éticos de preservação dos direitos autorais dos estudos utilizados, seguindo criteriosamente aos modelos de citação necessários.
Riscos e benefícios
O estudo não apresenta risco direto ou indireto aos leitores ou aos autores citados, dado o rigor ético estabelecido para a elaboração do mesmo.
Quanto aos benefícios, o estudo pode contribuir para a formação acadêmica dos profissionais de enfermagem e outros campos da saúde que estão relacionados ao cuidado de gestantes e puérperas, ainda podendo contribuir para a orientação das próprias pacientes na busca por informações acerca dessa condição de saúde.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Há estudos que evidenciam uma predisposição genética para o desenvolvimento da depressão, além de apontamentos relacionados à química cerebral, à produção de hormônios durante a gestação e puerpério e todas as mudanças fisiológicas que o corpo da puérpera sofre no parto e pós parto (Santana GW, et al, 2021). Esse estudo aponta que diagnósticos anteriores de depressão ou de outros transtornos mentais também podem ser fatores de riscos associados a Depressão Pós Parto, assim como caso de primigestas, ou de gestantes que já tiveram abortos, ou óbito neonatal. Nesses casos, destaca-se a importância de investigar o histórico médico e familiar, compreendendo que existem fatores biológicos importantes, mas que a história da saúde mental das gestantes também precisa ser levada em consideração.
Existem fatores socioculturais importantes a serem considerados, haja vista que, as mulheres ocupam historicamente um lugar de cuidado, em todos os âmbitos às quais estão inseridas, existe um papel a ser representado e a maternidade está atrelada a esse papel como uma característica inata, a qual deve ser naturalmente vista pelas mulheres como um objetivo de vida (Cronemberger LF, 2019; Guimarães MEB, et al, 2024). É comum que mulheres em idade reprodutiva sejam questionadas por familiares acerca de quando pretendem engravidar e, no caso daquelas que não apresentam o desejo de ser mãe, as reações sejam negativas, e que críticas sejam feitas quanto a esse posicionamento.
As mulheres tiveram suas necessidades em saúde negligenciadas por diversos anos, inclusive no contexto de saúde mental, sendo a própria história da histeria uma prova de como os discursos forçam uma falsa ideia à fragilidade e propensão das mulheres à loucura (Julien MCG, 2013). Os estudos apontam que esse pensamento foi construído ao longo da história, e teve forte influência do discurso religioso, higienista e medicalizador, contudo, tem sofrido modificações ao longo das últimas décadas, com isso as mulheres tem ocupado cada vez mais espaços e ressignificado à maternidade. E é nesse contexto que a assistência da enfermagem pode atuar, utilizando dos recursos de cuidado e escuta, afim de compreender como a gestação pode contribuir para o surgimento de sintomas depressivos, oriundos dessa cobrança e pressão social.
Ademais, um estudo aponta que mulheres com menos condições financeiras tem mais possibilidade de desenvolver esse quadro de saúde, visto que a criação de uma criança exige recursos além dos recursos humanos de aleitamento e cuidado, mas higiene básica, alimentação, vestimentas, entre outros aspectos, que são adquiridos monetariamente. A pobreza impacta diretamente na saúde mental dos indivíduos, não apenas pela posição de negligência que a sociedade em geral adotada para com essa população, como também pela falta de acesso a recursos básicos de vida e dignidade, como acesso à alimentação, saúde e higiene, sendo assim, mulheres pobres podem estar mais propensas a desenvolver DPP, pelo desafio de assumir a sobrevivência de uma criança, além de si mesma (Santos EG, et al, 2022). Sendo assim, conhecer o contexto de vida da gestante, sua situação financeira, configuração familiar, nível de instrução escolar, podem ser indicadores determinantes no processo de detecção precoce de fatores de risco à DPP.
O período pré-natal ocorre cercado de modificações corporais, sociais e psicológicas importantes, visto que nessa fase as mulheres se percebem como receptáculos de uma nova vida, totalmente dependente da sua própria. Além da pressão social que já existe em relação à maternidade, não se deve esquecer que a vinda de um bebê modifica o corpo e as emoções dessa mãe, sua rotina de vida, seu trabalho, suas relações com os pares (Daandels N e Mariot MDM, 2019). Sendo assim, as equipes de enfermagem, ao longo do pré-natal, podem ir aos poucos identificando como as gestantes lidam com tais mudanças e podem auxiliar com orientações, tornando esse período um momento de preparação para as mudanças atuais e futuras (Dos Anjos AT, et al, 2019).
É possível que os sinais e sintomas de um possível quadro de DPP sejam identificados nas consultas pré-natais, pela equipe de enfermagem, à medida que os vínculos vão sendo estabelecidos entre profissional e paciente, entretanto, há casos que tais sintomas não aparecem antes do parto de fato, sendo assim, nas consultas puerperais a equipe de enfermagem deve estar atenta aos sinais de humor, cuidado e interação materna, para além do cuidado com o bebê, pois nessa fase, o cuidado com a puérpera é tão importante quanto com o neonato, haja vista que a mulher, agora mãe, se vê na posição de cuidadora em um período na qual ela própria também demanda cuidado e atenção (Ferreira KCB, et al, 2021).
O desenvolvimento de Depressão Pós Parto pode afetar diretamente a relação mãe-bebê, podendo interferir na amamentação, visto que os sintomas podem enfraquecer os vínculos maternos, pois sentimentos como falta de energia, baixa motivação, humor depressivo, são comuns nesses casos, podendo inclusive influenciar no peso do bebê e em seu desenvolvimento (Sousa PHSF, et al. 2020; Soares WDD, et al. 2022). Dificuldades na amamentação podem agravar os sintomas, visto que por ser considerada uma função materna “básica”, é esperado que todas as mães sejam capazes de amamentar, entretanto é comum que haja dificuldades nesse processo, principalmente em casos de primigestas, e a presença de sintomas como sentimento de culpa, incapacidade, desesperança, provenientes desse quadro de saúde, a maternidade e a amamentação podem se apresentar como um período de intenso sofrimento (Soares NC, et al 2021). Além do acompanhamento pós parto, afim de identificar precocemente tais sinais e sintomas, a equipe de enfermagem pode atuar ainda no período de pré-natal, com orientações acerca do aleitamento materno, grupos de compartilhamento de experiências e educação em relação às técnicas de boa pegada, atuando assim na prevenção de possíveis sintomas de DPP (Alves BKG e Da Silva EG, 2021).
A detecção desses casos de saúde se apresenta como um desafio para as equipes de enfermagem, devido a semelhanças dos sintomas desses casos com sintomas comuns ao puerpério. Assim, fica evidente a necessidade de uma equipe capacitada para identificar através do diagnóstico diferencial, considerando as especificidades de cada caso, e análise cuidadosa dos sinais, elaborando estratégias de prevenção desde o período pré-natal (Vieira MNM e De Passos SG, 2022). O estudo destaca a utilidade do uso da Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo, como uma ferramenta com alta sensibilidade para o diagnóstico de DPP, ela elenca sintomas relacionados a humor, medo, culpa e ansiedade, sendo recomendada a aplicação em até dois meses após o parto. É importante que a equipe de assistência em enfermagem esteja apta a orientar às gestantes propensas ao desenvolvimento desse quadro a buscarem acompanhamento psicológico durante e após a gestação.
Outro fator que pode contribuir para a detecção e prevenção dos casos de DPP é a utilização dos recursos de educação em saúde, tornando acessível as informações essenciais para o desenvolvimento de uma gestação segura e saudável (Sousa PHSF, et al, 2020). É preciso considerar que o Brasil é um país com grande distinções socioeconômicas e que há usuárias dos serviços de saúde pública que não possuem instruções suficientes acerca das variáveis que podem estar relacionadas ao período gestacional, tanto em relação aos próprios direitos em saúde, quanto aos sintomas além da gravidez, e que podem não compreender que diversas vulnerabilidades podem contribuir para o desenvolvimento de quadros depressivos, dessa forma, através da educação em saúde, a equipe pode não apenas detectar possíveis propensões ao quadro, como também orientar afim de que se previnam os sintomas (Viana MDZS.; Fettermann FA e Cesar MBN, 2020).
É comum que muitas mulheres vivenciem a maternidade desde a gestação como um processo solitário, já que as principais modificações ocorrem em seu próprio corpo, e que os desafios de gestar um ser humano estão muito mais evidentes para ela, contudo, o papel do parceiro (a) e da família é de suma importância nesse momento, constituindo uma rede de apoio consistente, para que a gestante não precise enfrentar todos os desafios, principais os de cunho emocional, sozinha (Cronemberge LF, 2019). O que poderia ser um fator de proteção, torna-se um fator de risco ao notar que ainda na atualidade, a ausência do homem/pai no acompanhamento pré-natal é recorrente, entretanto, cabe destacar que existem diversos fatores associados a essa condição, além do machismo, dos discursos ideológicos de que a maternidade é uma responsabilidade exclusivamente feminina, deve-se considerar que em alguns casos os horários de atendimento, estruturas físicas dos dispositivos de saúde – no caso do acompanhamento ao parto – e diversos outros fatores interferem e dificultam essa participação (Bueno AC, et al, 2021)
Em alguns casos, a assistência em enfermagem e a equipe de saúde de modo geral, precisa atuar como mediadora, denotando a importância desses papéis, trazendo a família para junto dessa rede de apoio e cuidado à gestante, e consequentemente ao processo de maternar. Contudo, a literatura aponta que, há casos em que, ao invés de assumir um lugar de mediador entre a gestante e a família, o profissional acaba, de certa forma, tentando suprimir esse espaço de falta que é tão comum na gestação (Campagnoli MSCP e RESENDE RCP, 2019). O mesmo estudo aponta que, apesar de a assistência em enfermagem realizar os procedimentos preconizados pelo Ministério da Saúde, esses, são feitos de forma mecânica, sem o devido cuidado com a investigação de fatores psicossociais, dificultando a possibilidade de diagnósticos precoce de questões psicológicas, como a Depressão Pós Parto. Isso evidencia uma deficiência na atenção em saúde, e aponta para a necessidade de profissionais que estejam, além de capacitados metodologicamente, também orientados e sensíveis aos fatores emocionais e psicológicos da gestação.
Além disso, é através do acompanhamento individual e atento, que as equipes podem identificar nas nuances do contexto familiar e social de cada gestante, fatores de risco para o desenvolvimento de quadros de saúde associados ao período gestacional. Assim, torna-se possível identificar para além das demandas visíveis, a necessidade da criação de uma rede de cuidado, apoio e proteção às mães e aos bebês, pensando estratégias como elaboração de cartilhas, rodas de conversa, trocas de experiência e ciclos de palestras voltados para esse público alvo, considerando as principais demandas identificadas (Monteiro ASJ, et al, 2020).
Um estudo aponta que os profissionais de enfermagem tendem a se sentir despreparados e inseguros, reconhecendo que há uma carência de repertório teórico-científico na formação profissional, dificultando e até impossibilitando que possam identificar os sinais e sintomas de Depressão Pós Parto, além de existirem outras barreiras como a dificuldade por parte das gestantes em falar sobre suas emoções e sentimentos, às vezes por medo do julgamento (Da Silva DA, et al, 2022). Por se tratar de sinais e sintomas complexos, que podem ser confundidos com sintomas comuns ao puerpério, há a necessidade de uma equipe de saúde preocupada com seu aprimoramento profissional, letrada na atenção e acolhimento humanizados, entendedores dos fatores relacionados à saúde mental, e não apenas aos sintomas físicos. Daí a importância de uma escuta especializada, integral e pautada em conhecimento técnico-científico, mas também sensível às demandas particulares de cada gestante, proporcionando assistência em saúde durante todo o período de pré-natal, e cuidado continuado no puerpério e nas consultas de puericultura (Coutinho LA; De Oliveira SC e Ribeiro IAP, 2019).
Segundo um estudo feito com mulheres que tiveram ao menos um parto na rede municipal de saúde, às principais considerações relacionadas aos fatores negativos do cuidado durante as consultas de pré-natal, parto e puerpério, estiveram relacionadas à pouca sensibilidade da equipe em lidar com as questões de saúde da gestante e do bebê, e ainda, evidenciando a falta de capacitação para abordar os temas que fogem das questões biológicas do processo da gravidez. (Silva ACD e Pegoraro RF, 2018). Além disso, o estudo aponta que a grande demanda de atendimento das unidades básicas de saúde aparece como um fator importante na dificuldade de prestação de um atendimento humanizado para com às gestantes. Esse dado evidencia que as gestantes reconhecem que há fatores que vão além da capacitação dos profissionais de saúde, direcionando a necessidade de uma atenção dos órgãos responsáveis no investimento de recursos para o cuidado integral das gestantes no sistema de saúde pública.
O serviço prestado pela assistência em enfermagem e pela equipe de saúde em geral, é melhor reconhecido e positivamente avaliado nas instituições privadas, em comparação com as públicas. O estudo destaca que as gestantes avaliam os serviços associados aos SUS como de qualidade inferior, e ao elencar pontos positivos nesses serviços, associam às instituições privadas a título de comparação. Dessa forma, percebe-se que além da carência teórico-científica acerca da Depressão Pós Parto, a atenção primária também enfrenta desafios devido à grande demanda de atendimento, e quadros de profissionais insuficientes para suprir às necessidades da população, e fornecer um serviço de atenção com qualidade e humanização (Silva ACD e Pegoraro RF, 2018).
O Ministério da Saúde preconiza a presença dos profissionais de enfermagem especialistas em saúde materna e obstétrica na realização de visitas domiciliares durante o primeiro mês pós parto, principalmente nos casos em que se identificam fatores de risco, atuando de forma preventiva na detecção de diversas condições que podem surgir em detrimento do puerpério, inclusive a DPP, possibilitando que os sinais e sintomas sejam devidamente notados e os encaminhamentos para a rede de acompanhamento psicossocial ocorra precocemente, afim de prevenir o desenvolvimento de sintomas e quadros mais graves (Louzada W, et al, 2019).
Por fim, devido aos diversos fatores que estão relacionados aos riscos de desenvolvimento de depressão Pós Parto, sendo eles físicos, emocionais, financeiros ou sociais, entre outros, fica evidente se tratar de um problema de saúde pública (Filha MMT, 2016). Com isso, é possível identificar na literatura uma abordagem em crescente, enfatizando a urgente necessidade da criação da modalidade de pré-natal psicológico nos sistemas de saúde (Soares NC, et al 2021). Essa seria uma estratégia afim de amparar de forma efetiva e capacitada esse período gestacional, considerando fatores além dos fisiológicos, compreendendo todas as modificações corporais, emocionais, o contexto no qual cada gestante está inserida, investindo em capacitação e aprimoramento às equipes de enfermagem, proporcionando a possibilidade de um trabalho coletivo dos profissionais em saúde como uma rede, onde as equipes de enfermagem podem contribuir com a equipe de psicologia, para que possam atuar em rede, afim de amparar as mulheres nessa fase (Bortoletti FF; Silva MSCD e Tirado MDCBD, 2007; Benincasa M, 2019; Arrais ADR, e Araujo TCCF, 2016). Os profissionais de enfermagem também se sentem mais capacitados e seguro em sua atuação no processo de detecção e identificação da DPP quando há na equipe um profissional da psicologia, para nortear alguns ações e esclarecer dúvidas, além disso, também é um fator importante se há rede de atenção psicossocial funcional para acompanhar essas gestantes (Da Silva DA, et al, 2021).
A equipe de enfermagem pode auxiliar tanto a gestante, de forma direta, quanto à futura vida que seja gestada, visto que a saúde materna influencia diretamente a saúde do bebê (Ferreira KCB, et al, 2021). Esse estudo ainda destaca que é possível que as equipes de enfermagem atuem como uma rede de apoio às gestantes, fornecendo atenção e cuidado humanizado, entretanto, aponta para a necessidade da criação de políticas públicas específicas, e programas com foco nos quadros de DPP, com o intuito de refinar e aprimorar os indicadores de identificação dos sintomas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Depressão Pós Parto é um problema de saúde pública, tanto no Brasil quanto no mundo, dessa forma fica evidente que a assistência em enfermagem pode oferecer grandes contribuições no processo de detecção e prevenção desse quadro de saúde. As equipes de enfermagem podem atuar desde o período pré-natal, a partir das consultas, investigando os históricos de saúde, fatores genéticos e o contexto no qual as gestantes estão inseridas, pautados em uma escuta humanizada, atenta e sensível, para identificar possíveis sinais e sintomas que possam ser associados à DPP. Esse cuidado deve ser continuado, visto que os principais sintomas de Depressão Pós Parto costumam se apresentar a partir da segunda semana após o parto. Além disso, também podem se valer de estratégias de educação em saúde, pensando em orientar e instruir as gestantes acerca das modificações corporais, emocionais, dos desafios da maternidade, apontando para formas de facilitar a vivência dessa fase complexa e desafiadora na vida da mulher gestante, e com isso, evidenciando que o sistema de saúde pode e deve fornecer suporte à maternidade, na forma do cuidado, da atenção em saúde e do acolhimento humanizado, atuando como mediador entre a família, trazendo e ajudando a construir uma rede de apoio que ultrapasse as portas da unidade de saúde em questão. Para tanto, é essencial que essas equipes sejam capacitadas e detenham conhecimento das nuances que intercorrem o período gestacional, evidenciando a importância da criação de programas e políticas de atenção à saúde mental no período gestacional e puerperal, estimulando e incentivando processos formadores, e informadores, capacitando a rede de assistência em saúde, em especial a assistência em enfermagem, que desempenham esse contato direto com essas pacientes ao longo desses períodos.
REFERÊNCIAS
- ALVES BKG e DA SILVA EG. Depressão pós parto e seus efeitos na relação mãe-bebê. Revista de Iniciação Científica e Extensão, v. 4, n. 1, p. 536-47, 2021.
- AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.
- ARRAIS ADR, e ARAUJO TCCF. Pré-Natal Psicológico: perspectivas para atuação do psicólogo em saúde materno no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, (2016). 19(1), 103-116.
- BENINCASA M, et al. O pré-natal psicológico como um modelo de assistência durante a gestação. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2019, 22.1: 238-257.
- BORTOLETTI FF; SILVA MSCD e TIRADO MDCBD.Assistência Psicológica em Medicina Fetal. Psicologia na prática obstétrica: Abordagem Interdisciplinar. Barueri, SP: Manole, 2007.
- BUENO AC, et al. Ausência do homem no Pré-Natal da Parceira e no Pré-Natal do pai. Revista Pró-univerSUS, 2021, 12.2 Especial: 39-46.
- CAMPAGNOLI MSCP e RESENDE RCP. Atendimento de pré-natal na estratégia saúde da família: a singularidade da assistência de enfermagem. Nursing (São Paulo), (2019). 22(251), 2915-2920.
- CAVALCANTE LTC e OLIVEIRA AASD. Métodos de revisión bibliográfica en los estudios científicos. Psicologia em Revista, (2020) 26(1), 83-102.
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1 Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas (GAMALIEL), Tucuruí – Pará.
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