ANÁLISE DO IMPACTO AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DO BIODIESEL DE SOJA  ATRAVÉS DO CICLO DE VIDA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10051321


Alexandre Custodio Pinto
Ivan dos Santos Lopes
Lucas Rodrigues Ferreira Couto
Willians dos Santos Jesus
Orientador: Marcos Henrique Gomes


RESUMO 

O projeto tem como objetivo analisar os impactos ambientais na produção do  Biodiesel de soja através do ciclo de vida. Nessa análise será levado em  consideração o mercado da soja, análise de impactos da produção da matéria prima  (soja) para produção do combustível, em comparação com o diesel produzido de  origem não renovável, destacando e comparando os impactos relativos à produção  do diesel de origem fóssil e ao etanol produzido através da esterificação da cana de  açúcar. Esse estudo se faz necessário para avaliar a eficiência do bicombustível de  soja, em termos de emissões de gases do efeito estufa GEE. A metodologia  abordada nesta pesquisa é a análise de dados estatísticos, bibliográficos e de  simulação via Simapro, um software que é responsável por análise em bancos de  dados mundiais e gerar perspectivas confiáveis. 

Palavras chave: impactos ambientais, biodiesel, ciclo de vida, diesel.

ABSTRACT 

The project aims to analyze the environmental impacts in the production of soy  biodiesel through the life cycle. In the analysis will take into account the soybean  market, analyzing impacts of the production of raw materials (soybeans) to produce  the fuel, in comparison with the diesel produced from non-renewable sources,  highlighting and comparing the impacts of the production of the source Diesel Fossil  and ethanol produced by esterification of sugar cane.This study is necessary to evaluate the soy biofuel efficiency, in terms of GHG greenhouse gas emissions. This  paper is divided into five chapters: the first, the whole theme related to soy, in the  second chapter, the soybean as raw material for biodiesel production in the third  chapter, the analysis of soy lifecycle with an emphasis on production biofuel, fourth  chapter, analysis of statistical data in SimaPro simulation software, fifth chapter,  analysis of statistical data of environmental impacts.The methodology addressed in  this research is the analysis of statistical data, bibliographic and simulation via  SimaPro, software that is responsible for analysis on global databases and generate  reliable prospects. 

Keywords: environmental impacts, biodiesel, life cycle, diesel.

Durante várias gerações o ser humano vem utilizando os recursos naturais sem  preocupação, zelo ou o menor apreço pelo meio ambiente, para benefício e conforto próprio, porém estudos realizados nas décadas dos anos 80 e 90 realizados por  SACHS (1981), SACHS (1986) e STRONG (1992), afirmam que essa conduta  consumista e irresponsável não seria admissível, pois os recursos naturais não são  infinitos, forçando a humanidade a repensar conceitos de conduta e responsabilidades impulsionando o homem contemporâneo a uma postura voltada  para envolvimentos eco sustentáveis , sabendo das necessidades relativas ao consumo. 

Entretanto, nas sociedades em processo de industrialização ocorre o  paradigma do conforto decorrente das tecnologias frente ao uso adequado dos  recursos naturais, dos quais são em grande parte de origem fóssil e esses por sua  vez é um dos maiores contribuintes para o aumento dos gases de efeito estufa,  portanto uma alternativa apresentada pelos cientistas é a substituição dos  combustíveis fósseis por fontes renováveis, os bicombustíveis.  

Este projeto apresenta através do estudo do ciclo de vida da produção do biodiesel de soja uma alternativa de reduzir o impacto ambiental oriundos deste  processo. 

O Estudo de LCA (Life Cycle Assessment) do biodiesel a base de soja, é  extremamente necessário, pois a tecnologia renova-se a cada dia, e com a  crescente demanda energética, tornasse necessária a busca de fontes de energias  renováveis que possam suprir esse consumo desenfreado da população mundial e  onde tornasse imprescindível também que tomemos nota da importância dos índices  de FER (fóssil energyratio)o qual foi o ponto de partida do estudo proposto, e  também utilizado em outros estudos realizado por PRADHAN ET AL. (2008) e citado  por SHEEHAN ET AL. (1998).

1. SOJA 

A soja é classificada como um grão proteico e oleaginoso, pois cerca de 40%  do seu peso seco é formado por proteínas, e 20% formado por óleo. Essas  características permitem um uso amplo e como uma porcentagem de  aproveitamento alto em torno de 95%, as utilizações mais comuns são produção de  óleo vegetal e alimentação animal.  

Mas a aplicação da soja e dos seus derivados é muito extensa, pois é possível  aproveitar até os resíduos do grão após a extração do óleo, esse material é  conhecido como farelo sendo empregada na a alimentação humana e animal, utiliza se também para a produção de bicombustíveis, cosméticos, entre outros. Somente  em exportações, por exemplo, nos Estados Unidos, o Complexo Soja que  compreende grão, farelo e óleo movimentou a importância de US$ 17,1 bilhões em  2010. 

O grão oleaginoso mais plantado e que ocupa a maior área no território  nacional com certeza é a soja, sua produção no todo é de 60 milhões de toneladas  por ano, apesar de expressiva ainda perde para os Estados Unidos em tamanho  produzido, o que justifica tamanho plantio no Brasil é que 80% do bicombustível produzido no Brasil vêm de origem da soja, como descreve ANGELO (2006).

Também sendo amplamente usada na indústria de cosméticos como matéria  prima para sabonetes, batons, hidratantes loções e outros mais. Sendo muito  importante vislumbrar outra qualidade da soja que é 20% de sua massa  total é de óleo, material do qual pode ser aproveitado de várias formas e apenas 4%  do seu total é usado na produção de biodiesel. GELDER e KUEPPER(2012).

O avanço na produtividade de soja tem tido um grande aumento nos últimos  anos não só por conta das áreas que foram sendo cultivadas durante este período, mas também com a implantação de novas tecnologias quanto ao processo de  semeadura e manejo incrementado ao processo produtivo.  

Segue destaque de áreas (municípios) que tiveram esse aumento ao longo das  últimas décadas. FREITAS (2011) 

Figura 1 – produtividade de soja por município no Brasil.

Fonte: Instituto de Economia Agrícola – BARBOSA e ASSUMPÇÃO (2003).

1.1 HISTÓRIA DA SOJA 

Segundo os historiadores do EMPRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa  Agropecuária Sistemas de Produção) esse grão chegou ao Brasil dos Estados  Unidos em 1882 trazida pelo Professor Gustavo Dutra, da Escola de Agronomia da  Bahia. Mas somente em 1891 que começaram os estudos e testes para adaptar  esse cultivo ao nosso país, porém esses estudos também mantinham a linha dos  Estados Unidos que era para a utilização da cultura forrageira, ou seja,  planta cultivada com finalidade da alimentação de animais das propriedades e não  como planta produtora de óleos e farelos vegetais para consumo humano. 

Mas em 1900 o Instituto de Agronomia de Campinas, distribuiu gratuitamente  sementes oriundas do sul dos Estados Unidos (região com o clima e ecossistema  mais próximo ao do Brasil) para produtores de São Paulo e do Rio Grande do Sul,  pois nessas regiões as condições climáticas são parecidas com a região de onde as  sementes vieram. 

Em meados dos anos 50 o governo brasileiro lança um programa de incentivo  ao cultivo de alguns grãos, dentre ele a soja, pois depois de vários estudos  começaram a ver no cultivo da soja com um potencial maior, além de forragem,  começaram a ver na soja um cultivo potencialmente lucrativo e com diversificação da  utilização, ou seja, podendo ser utilizado para consumo humano também, partir  deste momento o cultivo da soja começou a ser realizado com mais intensidade.  

Em 1914 no Estado de Rio Grande do Sul no Município de Santa Rosa tivemos o  primeiro registro de cultivo de soja em larga escala, a área cultivada foi de 640  hectares, rendendo uma produção de 450 toneladas com a média de 700 kg/ha.  Apesar de que somente a partir de 1960 a soja realmente se tornou importante  economicamente por causa dos vários incentivos políticos e econômicos. Com isso  o cultivo da soja multiplicou-se por cinco, passando de 260 toneladas e 98% desta  produção era oriunda do Rio Grande do Sul. 

Mas ainda segundo historiadores da EMBRAPA só podemos considerar a soja  um agronegócio nas décadas de 1980 e 1990 quase 100 anos depois de sua  chegada no Brasil, pois esse cultivo também começou a ser introduzido na região  Centro-oeste, região onde se adaptou muito bem como podemos ver no gráfico a  seguir que mostra essa evolução tonelada por Estado:

Gráfico 1 – evolução da produção de soja por estado de 1960 a 2003.

Fonte: USDA-Brasil (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

A soja é um produto agrícola multifuncional por seu baixo valor no mercado e  seu fácil cultivo e suas qualidades físicas como possuir mais de 40% de sua  composição sendo proteínas, muito importantes para todos os seres vivos. Com  isso podemos observar que somente a soja teve um crescimento expressivo ao  longo de três décadas como podemos analisar no gráfico da EMBRAPA a seguir: 

Gráfico 2 – Áreas dos principais cultivos no Brasil.

Fonte: USDA-Brasil (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) 

O crescimento das populações mundial ocasiona um alto consumo de carne  animal, então por ter um baixo custo no mercado à soja é utilizado na forma de  farelo para reforçar a ração de consumo animal (como insumo). Mas também houve  um forte crescimento na indústria alimentícia humana, onde a soja é processada e  utilizada em forma de leites sem lactose, tofu, óleo e matéria prima de vários outros.  BELLAVER, C. ET al.(2001) 

”No ano passado, 270 milhões de toneladas de soja foram produzidas e 93% deste cultivo são oriundas de apenas seis países: Brasil, Estados Unidos, Argentina, China, Índia e Paraguai. Além disso, a projeção é de um aumento de 59% da produção até 2021-22 para atender ao mercado chinês que passa a importar cada vez mais soja. ”COMINESI (2014) 

1.2 CUSTOS DO PLANTIO DE SOJA 

Quando um agricultor toma a decisão de plantar soja em sua propriedade  segundo a EMBRAPA tem que levar em consideração que a produção de soja  convencional (o grão sem alteração genética) na safra de 2009/2010, por exemplo, foi de R$1.130 por hectare, sendo 75% do custo com insumos. Insumos  compreendem como; adubo, sementes, defensivo e inoculantes. Pois essa cultura  pode ser susceptível a 40 doenças diferentes que podem causar de 15% a 20 % de  perda no plantio, podendo chegar até mesmo a 100%.  

1.3 ALTERNATIVAS DE BIOCOMBUSTÍVEL (BIODIESEL) 

Os combustíveis de origem fóssil têm sido amplamente usados de várias  formas por vários anos, mas esses recursos têm saturado o meio ambiente com  inúmeros impactos negativos, ao tanto no solo, na água e na atmosfera, causando  muitos transtornos e perturbações ambientais, considerando os fatos que o diesel  possui partes altamente tóxicas como o enxofre e hidrocarbonetos, e o mais  consumido globalmente, sendo assim sua combustão é um dos grandes vilões ao  meio ambiente. Esses recursos têm sido foco de discussões entre países que  propõem debates e acordos em relação a fontes menos poluidoras. CARVALHO  (2011). 

Assim como foi discutido no fórum RIO-92, com o Protocolo de Quioto, que  tenta estipular limite para a emissão de gases poluidores provenientes quase em  sua totalidade de combustíveis fósseis a fim de amenizar ou cessar alguns  problemas como efeito estufa, El nino, Catharina e outros. CARVALHO (2011).

O Protocolo de Kyoto, assinado e ratificado pelo Brasil, estabelece que os  países desenvolvidos signatários tenham um prazo até 2012 para reduzir as  emissões de gases do efeito estufa em cerca de 5%, em relação ao total observado  em 1990, o que trará grandes responsabilidades ao setor de  transporte. CARVALHO(2011). 

Entretanto, estudos atuais e noticiados mostraram que ao invés de diminuir, as emissões aumentaram em 16,2% de 2005 a 2012 TUFFANI (2015), e que segundo  levantamento da secretaria da convenção-quadrada nações unidas sobre mudanças  climáticas (UNFCCC) apenas 37 países sendo grande parte da união europeia  superaram a meta de reduzir em 5 % nas emissões até 2012.

Figura 2 – Protocolo de Kyoto pelo mundo.

Fonte: Folha do Estado de São Paulo 16/10/2015.

Outra grande preocupação é que combustíveis fósseis são recursos não  renováveis, como na definição da frase podem acabar, então a busca por fontes que  possam poluir muito menos, serem também fontes de energia renováveis e que  tenham viabilidade econômica traz muito interesse aos países e pesquisadores Esse  pensamento seria uma realidade satisfatória e muito desejada, mas é utópica para a  tecnologia contemporânea que vivemos, pois mesmo com utilizando recurso  renováveis de origem vegetal, ainda acontecem vários impactos ambientais.  GHASSAN ET AL (2003). 

O crescimento da população brasileira tem aumentado com a necessidade cada vez  maior de transporte de itens de consumo, locomoção e produção de alimentos. Os dados são atualizados pelas fontes governamentais somente a cada 10 anos. 

Esse fato contribuiu em muito com o consumo de diesel ao longo dos anos,  como pode ser visto nos gráficos que refletem as compras e vendas entre o período  de 10 anos de 2005 a 2013. 

Esse aumento foi demonstrado de 35 milhões de metros cúbicos em 2000 para 44 milhões de metros cúbicos em 2009, o balancete mais recente é de 2013 mostrando  o consumo de mais 58 milhões. Como mostrado no gráfico 1 dessa subida conforme  as vendas durante a década, no gráfico 2 temos as vendas mensais de diesel pelas  distribuidoras no Brasil. 

Gráfico 3 – Vendas Totais de Diesel Anual no Brasil.

Fonte: Coordenadoria de Economia e Estatística – ZÍLIO (2015).

Tabela 1 – Vendas Mensais, Pelas Distribuidoras de DIESEL (M³).

Fonte: Coordenadoria de Economia e Estatística – ZÍLIO(2015). 

Como a quantidade de diesel que vem sendo utilizada no Brasil aumentou  consideravelmente, a produção interna não acompanhou a demanda sendo  necessário importar uma parcela oscilante, mas também crescente para conseguir suprir sua demanda interna, com isso o valor do produto fica mais caro ao  consumidor.Como podemos observar nos gráficos a seguir, usando como período a  última década. No gráfico 3 vemos a subida das vendas totais do diesel em m³ e no  gráfico 4 vemos as vendas mais detalhadas por m³ao mês. ZÍLIO (2015) 

Gráfico 4 – Importações de Diesel (m³) Participação Anual 

Fonte: Coordenadoria de Economia e Estatística – Zílio (2015).

Podemos visualizar mais amplamente ano a ano, mês a mês durante o período  de 2005 a 2014, porém no ano de 2015, o balancete está alimentado somente até o  mês de agosto. 

Tabela 2 – Importações de Diesel (m³) Participação Mensal.

Fonte: Coordenadoria de Economia e Estatística – Zílio (2015). 

Para um entendimento mais claro, os gráficos anteriores mostram a quantidade do  produto que entra no mercado brasileiro de combustíveis em (m³). No gráfico 5 temos mais detalhado mês a mês das porcentagens de diesel importado 

Gráfico 5 – Porcentagem de Diesel Importado ao Consumo Anual Nacional.

Fonte: Coordenadoria de Economia e Estatística – Zílio (2015).

Tabela 3 – Porcentagem de Diesel Importado ao Consumo Mensal Nacional.

Fonte: Coordenadoria de Economia e Estatística – Zílio (2015).

2. ANÁLISE DO POTENCIAL DE PRODUÇÃO DA MATÉRIA PRIMA PARA O  BIODIESEL NO BRASIL 

O Brasil possui grande viabilidade para a produção de matéria oleaginosa para  ser utilizado como base para o biodiesel, por ser um país com grande extensão  territorial, com predominância de clima tropical que favorece as culturas soja, cocos,  girassol, amendoim e outras plantas oleaginosas, mas também possibilita culturas  de climas mais amenos ou mais secos, pois o Brasil possui regiões que podem  oferecer outras possibilidades viáveis a produção de matéria vegetal para a  produção Biodiesel.  

Segundo Parente (2003) o Brasil é considerado um país com alto índice de  potência quanto à produção de material orgânico por tudo que pode oferecer em  termos territoriais e recursos hídricos. Pois apresenta um elevado aproveitamento na  quantidade dessas matérias orgânicas para os mais variados fins.  

“a National Biodiesel Board, instituição americana formada por  Organizações estatais afirmam depois de estudos e pesquisas que o Brasil  tem reais condições de apresentar um resultado acima da média referente  à substituição da demanda do diesel comum, proveniente de fonte  mineral, pela produção de biodiesel, proveniente de materiais orgânicos.” PARENTE (2003) 

2.1. DECOMPOSIÇÃO DAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL 

Destacam-se ainda alguns pontos importantes dos estudos e dados levantados pela  National Biodiesel Board, das diferentes regiões do Brasil, no qual, segue breve  resumo decompondo-as de forma a mostrar estímulos, motivações e vantagens  oferecidos por cada uma de suas diferentes culturas. Como, por exemplo, nos  menciona PARENTE (2003) e os dados estatísticos da ABIOVE (Associação 

Brasileira de Óleos Vegetais) que segue a seguir:

“O Complexo Soja tem um papel importante no desenvolvimento da economia brasileira. Em 2011, foram movimentados cerca de 24 bilhões  de dólares apenas nas exportações de soja, farelo e óleo. A sojicultura brasileira gera 1,5 milhão de empregos em 17 Estados do País. ” PARENTE (2003).

As populações das cidades em que foi implantado o programa de incentivo a  plantação tem melhorado seu poder aquisitivo. Com os subsídios em tecnologia,  áreas de cultivos, processamento de grãos e refino de óleos tem dado resultados  positivos em produtividade e também na melhoria do IDH (Índice de  desenvolvimento humano) nas populações das regiões PARENTE (2003) 

Estudos realizados pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para  Desenvolvimento em alguns municípios em que a soja foi muito importante no papel  social, diretamente e indiretamente tem alavancado o IDH das regiões com  empregos, aumento na escolaridade, capacitação profissional em várias áreas,  aumento na renda e atraindo mais indústrias e comércios. Como podemos ver no  gráfico do IDH dos municípios. PARENTE (2003) 

Gráfico 6 – IDH das cidades produtoras de soja. 

Fonte: Biodiesel – Aventura tecnológica num país engraçado Parente (2003).

2.1.1. REGIÃO NORTE E CENTRO – OESTE 

Também conhecida como a pré-amazônia, essa região abrange estados como,  Maranhão, Tocantins e partes de Piauí e Mato Grosso. A pré-amazônia possui  imensas florestas babaçu com milhões de hectares, tem um grande potencial na  produção de coco de babaçu, equivalente a uma marca que excede os 40 milhões  de coco de babaçu por ano, que é capaz de gerar 17 toneladas de óleo de babaçu  que consequentemente produziria 20 bilhões de litros de biodiesel por ano.  PARENTE (2003) 

A pré-Amazônia é por natureza uma região que além de seus recursos com a  floresta babaçu se torna maior em relação ao seu potencial na produção de  oleaginosas, cultivando a qualidade daquilo que é específico no seu ramo de  atividade, aumentando assim o seu potencial produtivo. Esses são estímulos e  motivações oferecidos por essa região para a produção do biodiesel tornando-a uma  região de ocupação e renda. PARENTE (2003). 

2.1.2. AMAZÔNIA 

Esta região também possui um solo fértil, porém de pouca profundidade.  Entretanto, essa região se destaca pela utilização em grande escala da energia  oriunda do óleo diesel mineral, embora o custo do transporte do diesel mineral para  essa região torna-se superfaturado, chegando a ser o triplo do valor de regiões onde  existam refinarias. PARENTE (2003) 

2.1.3. NORDESTE 

Essa região consiste na abrangência dos Estados do Nordeste que pertencem  ao polígono das secas, como é mais conhecido. Isto quer dizer que é uma região  que vive periodicamente com as secas que por tal consequência reuniu um povo a  mercê da miséria rural da região. Contudo algum recurso tem se demonstrado por  demais satisfatórios em lugares em que as condições são menos agressivas e  nobres como, por exemplo, na horticultura, floricultura e fruticultura, levando em consideração que esse fator demanda da irrigação sendo uma forte aliada no cultivo  da agricultura e sua produção. PARENTE (2003) 

Segundo PARENTE (2003), a produção do biodiesel o Nordeste oferece  algumas espécies de oleaginosas, além também das xerófilas como; pinhões e  leucena que seriam de proveito para a produção do óleo vegetal para esse fim, no  entanto alguns estudos e análises são de suma importância para que se possa ter  uma exatidão quanto à inclusão de tais materiais na agricultura da região. Porém  considerando o clima semiárido da região, a mamoneira se torna uma das grandes  vantagens, além do que nas mais importantes atividades da agricultura local a  mamona se torna uma fonte importante de óleo vegetal e insumo alimentício para a  pecuária, onde em uma área de um hectare correspondem a 8 toneladas de gás  carbono absorvido pela atmosfera. 

Fora isso, a grande motivação que essa região do Nordeste oferece para a  produção do biodiesel, é a possibilidade de diminuir as condições miseráveis a qual  as famílias de uma boa parte da região (aproximadamente 2.000.000 famílias)  flagelados das secas vivem, tornando-os pessoas com mais dignidades e sem fome.  Para ter uma noção do tamanho do benefício que isso traria a região, com o cultivo  da mamona de 2 milhões de famílias seria possível se ter 6 milhões de toneladas da  safra global de mamonas, considerando uma participação familiar com média de 3  toneladas por ano de sementes de mamonas, que consequentemente possibilitaria  atingir a marca de 3 bilhões de litros na produção do biodiesel, trazendo ao bolso de  cada família uma renda sobressalente superior a R$ 1.500,00. PARENTE (2003) 

2.1.4. REGIÃO SUL E SUDESTE 

Região que tem sua agricultura em torno da cultura climática, tendo a soja  como um forte produto de valor para a produção energética. Considerando que são  frequentes as estiagens nessa região, o girassol por sua vez se torna um recurso a  ser analisado quanto ao seu potencial para o programa energético devido a sua alta  produtividade e resistência. Quanto ao fato de analisar, isto quer dizer que pode ser  indicado para a produção do biodiesel e/ou seu óleo a ser comercializado ao segmento alimentício, o que para o mercado energético seria o deslocamento do  que excede os outros óleos como a soja por exemplo. PARENTE (2003) 

O incentivo que essa região oferece é de poder estabilizar o preço no mercado  energético o uso alternativo do biodiesel por consequência de o óleo de soja  apresentar constantes queda no mercado alimentício. PARENTE (2003). 

Em resumo, o Brasil apresenta reais condições, estímulos e motivações  suficientes para a cadeia produtiva do biodiesel sustentável. 

Comprovadamente apresenta variados tipos de matérias primas regionalizadas  com grande portfólio para uma expansão de grande porte na agricultura e  agronegócio sendo o único país no mundo capaz de expandir essa matéria prima  para a produtividade do biodiesel sustentável. CRESTANA (2005) 

Figura 3 – produtos possíveis para produção de biodiesel.

Fonte: Revista Globo Rural ed. 299 – 09/2010.

2.2. BIODIESEL X DIESEL 

O biodiesel tem como diferencial ser um produto totalmente biodegradável,  sendo obtido de triglicerídeos comuns com uma cadeia curta de álcool metanol ou  álcool etanol, formando assim um conjunto de substância como ácidos graxos  etílicos ou metílicos dependendo da cadeia utilizada para a reação. O biodiesel pode  ser considerado ambientalmente correto levando em consideração o prisma  combustível, por não agredir bruscamente o meio ambiente, não interferindo em  biomas, fauna e flora, sendo renovável ao contrário do diesel mineral produzido a  partir do petróleo. PARENTE (2003) 

Segundo PARENTE (2003), o diesel comum tem em sua composição  elementos nocivos que durante sua combustão são liberados interferindo nos  ecossistemas (fauna e flora), ocasionando a baixa de componente desses sistemas,  podendo até mesmo causar um dano que poderá futuramente evoluir para o  extermínio do bioma, sendo os principais: o enxofre e os hidrocarbonetos, o enxofre  causa envenenamento do sistema respiratório dos seres vivos levando a sua  falência e os hidrocarbonetos causam em elevadas quantidades efeito estufa,  esterilização do solo, rios,lagos e chuva ácida. 

O biodiesel em sua forma mais pura é chamado de B/100, por ser produzido  com 100% de matéria orgânica proveniente de várias fontes como: soja, milho,  girassol, mamona, amendoim, entre outros, que possuem grande quantidade de  lipídios e óleos vegetais, podem ser também sucedidos em sua produção com óleos  de proveniência animal (gordura). PARENTE (2003) 

O biodiesel-100 tendo como uma visão mais ambiental do que o diesel mineral,  por possuir uma porcentagem de biodiesel puro em sua composição final. Essa  porcentagem pode chegar até 20% de biodiesel puro e 80% de diesel mineral,  chegando à classificação de B/20. PARENTE (2003)

2.2.1 O USO DO BIODIESEL COMO COMBUSTÍVEL 

O biodiesel sem a adição de diesel mineral popularmente conhecido como  forma pura gera complicações em motores a diesel sem manufatura apropriada, pela  sua alta acidez. Essa acidez ocasiona um desgaste nos componentes dos motores  com o seu uso prolongado, a sua viscosidade também é um empecilho, pois não é  tão eficaz em motores que possuem bicos injetores. Mesmo tendo 5% a menos de  octanagem em relação ao diesel comum, o que não é um problema, pois a sua  queima durante a combustão é de 100% sem deixar resíduos sólidos, ao contrário  do diesel que a sua queima libera uma considerável porcentagem de resíduos sólidos, sendo assim, quase equivalente durante a queima. PARENTE (2013)

3. ANÁLISE DE CICLO DE VIDA 

A avaliação do Ciclo de vida de um produto nos permite analisar toda a cadeia  produtiva, tendo condições de quantificar e apontar os impactos ambientais em  todas as etapas de produção até a destinação final do mesmo, proporcionando uma  visão de quão benéfico pode ou não ser a confeccioná-lo, e também oferecendo ao  consumidor final o poder de ter uma escolha mais consciente em suas tomadas de  decisões. LASSIO (2013) 

Nesse processo de consumo cotidiano, além do que para os empresários é  possível aproveitar esse estudo de várias formas diferentes, como por exemplo, ’’  alterando alguma etapa, por outra similar mais barata, ou reciclando algum resíduo  com isso gerando mais um fonte de renda na produção do produto. (NBR ISO  14041). LASSIO (2013) 

Os EUA tem sido um exemplo prático disso ao ter muitas empresas adquirindo  matéria prima renovável. Bilhões têm sido investidos nas mais altas tecnologias a fim  de se alcançar o mais alto padrão de qualidade na produção do biodiesel a base das  oleaginosas. Todo esse processo segue mostrado na figura a seguir. LASSIO (2013).

Figura 4 – Ciclo de vida dos bicombustíveis.

Fonte: DOE (Departamento de Energia).

Nas últimas décadas os empresários estão focados em reduzir a emissão dos  gases causadores do efeito estufa, reduzindo o consumo dos recursos hídricos,  consumindo uma quantidade menor de energia elétrica, fazendo com que seus  produtos tenham uma confecção menos agressiva ao meio ambiente, esse vem  sendo um dogma tanto o poder público quanto o privado. 

Como podemos observar na Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981, artigo 2°: 

A política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propiciando  a vida, visando assegurar, no país condições ao desenvolvimento  socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e a preservação  da dignidade da vida humana.” SALLES (2014).

Essa preocupação vem permeando a sociedade capitalista desde meados das  décadas de 80 e 90. RODRIGUES (2015) 

Após essa breve explanação sobre a importância do estudo do ACV (Avaliação  do Ciclo de Vida) e sua relevância a preservação dos recursos naturais, o presente  trabalho tem por objetivo o ciclo de vida de um produto específico o biodiesel  produzido a partir da soja, grão que segundo Conab 2006 grão com maior área  cultivada no Brasil, porém somente 3% da produção é destinada a produção de  bicombustível, o restante 97% tem outra destinação. LASSIO (2013) 

Gráfico 7 – Área de grão plantada no brasil 1994/1995 a 2004/2005 em mil hectares.

Fonte: Conab, 2005.

3.1 DEFINIÇÕES DE OBJETIVO E ESCOPO 

Esse é o momento de limitar os parâmetros do modelo sistêmico, que mesmo  que haja simplificação não se altere os resultados, nem tão pouco se perca o foco. Quando mencionamos o escopo partimos de 3 prismas: duração, largura e  profundidade, ou seja, o tempo de duração, os níveis de análise e sua profundidade  a fim de atender os parâmetros norteados pelo objetivo. 

Essas delimitações servem como os dogmas norteados, porém deve atentar  que é um documento e poderá conter adaptações para que tal se configure.  A NBR ISO 14041 (2004) nos fala da seguinte maneira sobre a definição ACV  (Avaliação de Ciclo de Vida): 

⮚ Função do sistema de produto: define a que se presta o sistema que está  sendo analisada; qual sua função. 

⮚ Unidade funcional: é a unidade de medida da função anteriormente  estabelecida. Esta define a quantificação das funções do sistema, provendo uma  referência para a qual as quantificações das entradas e saídas do sistema (aspectos  ambientais) serão normalizadas. 

⮚ Fluxo de referência: é o resultado dessa quantificação da unidade funcional.  A quantidade de produto necessária para cumprir a função. O fluxo de referência é  utilizado para calcular as entradas e saídas do sistema, as comparações entre  sistemas devem ser feitas com base na mesma unidade funcional na forma de seus  fluxos de referência. 

⮚ Fronteiras do sistema de produto: Define os processos elementares a serem  incluídos no sistema a ser modelado, representando a delimitação da sua  abrangência, considerando diversas dimensões.

3.2 INVENTÁRIO DE CICLO DE VIDA 

Segundo a NBR1404, 2004 esse é o momento de elaborar um modelo  estabelecendo o fluxo ambiental de entrada e saída do produto, cálculo e dados  estatísticos agrupados e associados sistemicamente, similar a uma tabela. Essa  etapa pode ocorrer complicações uma vez que não se encontre informações  pertinentes e plausíveis do objeto estudado ou se ocorrer a necessidade de analisar  a fim de produzir a estimativa. 

3.3 AVALIAÇÃO DE IMPACTO 

A NBR ISO 14041,2004 nos diz a avaliação de impactos é: os impactos ao  meio ambiente estão ligados aos dados elencados no inventário, neste momento  existe a necessidade estabelecer as metas, os objetivos norteadores e as extensões,  até onde deverão ser estudadas as conseqüências para analisar e mensurar a  extensão dos potenciais danos ao meio ambiente proveniente ao produto estudado.

4. SIMULAÇÃO 

Simulação apresenta-se como uma ferramenta para a tomada de decisão  indicando informações para que seja possível tomar decisões e prever fatos e eventuais problemas de uma determinada situação real, evitando que erros  indesejáveis venham comprometer o desenvolvimento de um projeto. Com o auxílio da tecnologia da simulação é possível testar mais de uma correção para cada erro  apresentado e verificar mediante o escopo e o objetivo que se pretende atingir a  mais viável e pertinente. BANKS ET AL (1999) 

A tecnologia tem se avançado de forma acelerada e conquistado cada vez  mais as pessoas, conscientizando-as e fazendo com que as empresas dos mais  diversos segmentos procurem se atualizar de forma a oferecer produtos e serviços  de boa qualidade e que tenham sua cota de preocupação quanto aos impactos  ambientais a qual o processo durante todo ciclo de vida do mesmo possa causar ao  sistema global. RANGEL (2013) 

O avanço de forma brusca de novos produtos e serviços são em virtude de  estudos e análises através de resultados obtidos por simulações que  consequentemente geram toda essa alta competitividade mundial. O autor ainda  justifica dizendo que na verdade, é que através da simulação se consegue ter um  panorama da situação atual e/ou futura, permitindo-nos evitar desperdícios  comprometendo o desenvolvimento e desempenho de produtos e processos. A sua  eficiência nos mantém informados, e em muitos casos nos orienta a definir métricas  em busca de melhorias a diferentes mudanças do processo, produtos e materiais.  GUPTA ET AL (2001) 

4.1 SOFTWARES DE SIMULAÇÃO PARA IMPACTO AMBIENTAL. 

O software de simulação vem auxiliando, se tornando uma ferramenta que fornece  dados de estudos anteriores comprovados ajudando a formar um cenário com as  possibilidades de comparação entre as diversas situações possíveis para o projeto.  Com isso torna-se mais fácil analisar as perspectivas do escopo simulado, sem a  necessidade de um estudo prático onde demandaria muito tempo para uma média confiável entre diversas situações no ciclo de vida dos produtos em questão no  estudo desse projeto. 

4.1.1 SOFTWARE SOLIDWORKS 

GASI ET AL (2014) na análise do estudo comparativo do impacto ambiental de  polímeros têxteis utilizou o software Solidworks sustainability, e com isso, pôde  observar resultados que lhe mostraram a inferioridade do impacto a nível ambiental  do poliéster em relação ao a poliamida 6 na fabricação do produto T-shirts. Embora  o estudo não seja focar nos impactos ambientais causados na utilização nem na  produção do produto, e sim uma comparação entre os dois materiais (poliéster e  poliamida 6), a análise lhe permitiu também descrever por intermédio dessa  ferramenta (software solidwork) todo o potencial de ambos os materiais para o  impacto ambiental. De acordo com GASI, essa ferramenta (software solidworks)  após receber todos os dados do produto em questão, permitiu fazer simulações com resultados de aspecto ambiental durante todas as fases do ciclo de vida do produto,  a saber, da extração da matéria-prima a eliminação pós uso do mesmo. Esses  resultados proporcionam as devidas informações para que se possam tomar  decisões as mais diferentes mudanças sustentáveis durante todo o processo da LCA do produto.  

Figura 5 – solidworks sustentável. 

Fonte: Mechworks 11/2015.

O solidworks-sustainability fornece total confiança quanto à análise dos  impactos ambientais do seu projeto. Sua ampla biblioteca de ferramentas lhe permite em tempo real e instantaneamente correções quanto a material, processo e  configurações do seu projeto para que possa torná-lo um trabalho ambientalmente  amigo da natureza. LASSIO (2013) 

4.1.2 SOFTWARE UMBERTO 

IBRAHIM ET AL (2007) para realizar o projeto de análise de ciclo de vida de  sacos plásticos produzidos por reciclagem (estudo de caso em Seropédica – RJ)  utilizou a ferramenta software Umberto por ser um instrumento de pesquisa científica  voltado a identificar e monitorar as condições mais favoráveis tanto do aspecto  ambiental como do aspecto financeiro da análise LCA. Segundo IBRAHIM ET AL o  software Umberto foi essencial para o projeto, pois após um levantamento de todo o  processo puderam observar resultados que os auxiliaram a tomar medidas corretas  na pretensão de redução de custos proporcionando maiores ganhos com o produto  e a viabilidade com impactos ambientais. 

Figura 6 – Umberto know the flow.

Fonte: Enciclo 09/2015.

É uma ferramenta que vem atraindo cada vez mais os especialistas no  segmento de análise do ciclo de vida por apresentar variados recursos e uma  ligação física e ao mesmo tempo logicamente correta entre dois ou mais sistemas  operacionais. IBRAHIM ET AL (2007) 

4.1.3 SOFTWARE IWM 2.5 (INTEGRATED WASTE MANAGEMENT MODEL

ALENCAR (2013) em seu projeto intitulado Diagnóstico e inventário de ciclo de  vida do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos do município de Imperatriz – MA, com a utilização do instrumento da LCA teve como um de seus grandes aliados  a essa análise no segmento ambiental o software IWM 2.5, que com os seus dados  e resultados referentes à análise e inventário de materiais e energia apresentada  pôde ser adaptado e monitorado posteriormente pela ferramenta da Microsoft Office (Excel). ALENCAR salienta ainda que o software IWM 2.5 seja indispensável para a  execução do projeto por ser uma ferramenta capaz de apresentar dados confiáveis  quanto aos cálculos do inventário de emissões, ou seja, o mesmo se dispõem de um  banco de dados como suporte de decisão que oferece resultados sólidos referentes  a escolha de variados tipos diferentes de gerenciamento de resíduos.  

4.1.4 SOFTWARE BEES 3.0 

OLIVEIRA (2007) na análise ambiental da viabilidade de seleção de produtos  da construção civil utilizou o software BEES 3.0, ferramenta americana com base na  ISO 14040 (1997), que apesar de oferecer um amplo banco de dados e fluxos, suas  normas e técnicas de cálculos apresentam uma base no conceito americano,  limitando a sua utilização como, por exemplo, no nosso país (Brasil) que podem ter  algumas características divergentes em materiais e técnicas de construção. Contudo, Oliveira defende o emprego do software BEES 3.0 no Brasil mesmo que esse  tenha que sofrer algumas mudanças e ajustes, pois segundo ele (OLIVEIRA) essa  ferramenta apresenta todos os recursos necessários para LCA de impactos  ambientais de grande proporção.

4.1.5. SOFTWARE GABII4 

JACOMEL ET AL (2013) no projeto de sustentabilidade ambiental e LCA de  produto (estudo comparativo entre duas embalagens), aplicou o uso da ferramenta  software GaBi 4, desenvolvida com a finalidade de analisar critérios do aspecto  sustentável de produtos. JACOMEL comenta que essa ferramenta é apropriada para  o segmento de LCA na qual tem o feito de monitorar e medir os impactos ambientais  de produtos que apresentam um alto índice de reprovação por parte da ineficiência de  seus materiais no ramo ambiental. Com isso (JACOMEL ET AL) no projeto em  questão pôde apresentar resultados convincentes com relação aos produtos e  materiais de estudos através dos dados adquiridos comprovando assim a eficácia da  presente ferramenta software GaBi 4 para LCA para o impacto ambiental quanto  para a sustentabilidade. 

Figura 7 – Software Gabi 4.

Fonte: ThinkStep – Gabi 08/2015.

4.1.6 SOFTWARE AUTOMOD 

RENGEL (2013) para o seu projeto que tem por objetivo o uso da modelagem e  simulação para a implantação de uma nova célula de teste funcional de lavadoras de  roupas utilizou a ferramenta software AutoMod com a finalidade de simular uma  situação através de análises de sistemas onde o mesmo oferece recursos de alto  desempenho para a modelagem de complexas situações. Segundo RENGEL essa  ferramenta por oferecer tal capacidade possui algumas vantagens, entre elas; a de  transmitir através de dados precisos e detalhados se o sistema irá transcorrer  conforme o planejado e a melhora do desempenho do sistema quando necessário. 

4.1.7 SOFTWARE SIMAPRO 

SEVENCAN (2013) para seu projeto life cycle assessment of Power generation alternatives for a stand-alonemobilehouse (avaliação do ciclo de vida da geração de  energia alternativas para uma casa móvel autônomo) utilizou a ferramenta SimaPro onde obteve os resultados esperados do seu projeto com base nos cálculos das  mais diversas gerações de energia híbrida alternativas. SEVENCAN (2013) diz ainda  que as análises feitas pela ferramenta SimaPro lhe proporcionaram confiança e muita  segurança para eventuais decisões futuras. 

É um dos que reúne os mais e principais bancos de dados com um amplo e  eficiente método na avaliação do ciclo de vida de produtos, processos e serviços.  Tem sua versão 8 disponível gratuitamente com uma limitação de modelagem de  sistemas para estudantes e especialistas no segmento de LCA. Também é uma  ferramenta que aborda análise do ciclo de vida consequencial do ecoinvet de fácil  entendimento, de fácil criação de novos projetos e com profunda análise de matérias  e identificação dos impactos ambientais. SEVENCAN (2013)

Figura 8 – Software SimaPro.

Fonte: ACV Brasil 08/2015. 

4.2. ESCOLHA DO SOFTWARE 

Nesse projeto utilizamos a ferramenta SimaPro por se tratar de um excelente  instrumento para o segmento LCA, oferecendo que precisamos com amplo banco de  dados para recolher, analisar e monitorar nosso projeto de forma clara e objetiva,  pois o SimaPro é uma ferramenta de fácil compreensão para a sua utilização  seguindo os princípios da Norma ISO 14040. (2004) 

A ferramenta SimaPro ainda nos oferece uma oportunidade de fazermos  alguns testes free com uma quantidade de simulações estipulada pelo próprio site  no qual através de um simples cadastro como aluno baixamos a ferramenta e  passamos a utilizá-la nesse projeto em questão. 

5. METODOLOGIA DA PESQUISA 

Este trabalho deu-se com a relação entre a LCA e o comparativo entre o  bicombustível e o diesel fóssil, implementada às pesquisas qualitativas e  quantitativas correlacionadas ao impacto ambiental. LASSIO (2013) 

O trabalho contempla em sua primeira parte como já decorrido, todas  as pesquisas literárias para a fundamentação teórica no que diz respeito ao  segmento de LCA, por meios de Artigos, Revistas, Sites, e análises feita por  intermédio de experimentos práticos. LASSIO ( 2013) 

A segunda parte em virtude de todos os dados levantados, inseridos e  analisados pelo software SimaPro o qual fez um levantamento de quantidades e  considerações básicas de insumos mais essenciais no ciclo de vida da produção do  biodiesel. Por consequência o mesmo mobilizou a LCA obedecendo às exigências  normativas apresentando resultados sólidos e confiáveis para interpretações, análise  e eventuais sugestões. LASSIO (2013). 

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A avaliação foi submetida dentro do contexto da metodologia da LCA. Desse  modo, foi extraído todo o objetivo e escopo das análises feitas, no qual  são identificadas em seu conteúdo os impactos relevantes ao meio ambiente que por  meio de inventário do ciclo de vida os mesmos puderam ser avaliados. LASSIO  (2013) 

As análises e seus respectivos resultados foram gerados por meio da  ferramenta SimaPro que consequentemente nos transmitiu dados ilustrados em  gráficos baseados no inventário de cada processo do ciclo de vida na produção do  biodiesel. 

Para uma melhor compreensão dos resultados obtidos foram criados também  além dos gráficos gerados um fluxograma e esquema do seu processo. LASSIO  (2013) 

Figura 9 – Fluxograma LCA (Life CicleAssessment).

Fonte: ADEME/MATE 2001.

Há estudos semelhantes feitos por especialistas no assunto da ACV, como  também por estudantes, inclusive sobre o mesmo tema. Alguns com foco não só no  ciclo de vida da produção como em todo processo do produto, por exemplo;  ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO BIODIESEL DE SOJA de autoria de Carlos Alejos  Altamirano do Programa de Planejamento Energético – COOPE – UFRJ, chegando  a conclusões muito similares no contexto geral sobre a utilização do produto  biodiesel, afirmando, por exemplo, que atualmente o produto não pode ser  considerado totalmente sustentável. ALTAMIRANO (2010) 

Outra situação bastante parecida é o trabalho realizado pelos estudantes Bruno  Manoel Tavares e Sheila Regina Rocha da Silva com o tema; BIODIESEL – FONTE  DE COMBUSTÍVEL LIMPO ATUANDO COMO RICA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E  ECOLÓGICA NA REGIÃO DE LINS. Embora esse projeto tenha um objetivo muito  similar ao nosso trabalho que é o estudo da cadeia produtiva e chegar à conclusão  apresentando uma alternativa sustentável, esse projeto realizado pelos estudantes  Bruno e Sheila foi sustentado com dados colhidos referentes à produção do  biodiesel em uma empresa da própria região, ou seja, um estudo de caso. O que  diferencia seu trabalho com o trabalho aqui apresentado é a não utilização do  software (recurso de uma ferramenta de análise), visto apenas utilizar dados  fornecidos pela empresa patrocinadora do projeto. Outro fator muito importante e  relevante para o seu projeto é que a vista de todos os resultados obtidos tornou se  muito vantajoso o produto em questão partindo do principio de que toda matéria  prima utilizada pela empresa vem de um processo de reciclagem, tornando viável  não só para a empresa como também para o meio ambiente. 

Pode – se observar na figura a seguir o comparativo entre três produtos em %.  A comparar;  

1 Kg de Etanol 

1 Kg de Diesel fóssil 

1 Kg de Biodiesel 

As categorias avaliativas foram; 

Saúde Humana 

Qualidade do Ecossistema 

Mudança Climática 

Recursos 

Gráfico 8 – Comparação dos ciclos de vida referente a danos ambientais 

Fonte: Software SimaPro – Método Impact 2002+.

O gráfico acima mostra um resultado referente a danos ambientais dos  respectivos produtos (Etanol, Diesel e bicombustível) em três categorias distintas. A  primeira delas foi avaliar o percentual de danos à saúde humana, o qual em todo  seu ciclo de vida fica comprovado à eminência de graves danos causados pelo ciclo  de vida do etanol que consequentemente acaba influenciando em todo ecossistema  comprometendo assim a qualidade do meio ambiente. Entretanto podemos também observar que na categoria mudanças climáticas o grande vilão se torna o diesel  fóssil acarretando assim um grande prejuízo ambiental se estende aos recursos que  também de certa forma apresenta um ciclo de vida danoso ao meio ambiente. 

Já o produto do biodiesel embora considerado um produto de fonte renovável  ainda apresenta algumas deficiências em seu ciclo de vida referente a mudanças  climáticas e ainda sim um pequeno percentual de danos ambientais na categoria  recursos, como mostra o gráfico apresentado pela simulação através do software 

SimaPro nas comparações dos ciclos de vida através do método Impact 2002+. 

7. CONCLUSÃO 

Com base em todos os dados e informações elencadas nesta pesquisa deve se concluir que o ciclo de vida de um produto engloba todo o processo de produção  deste produto desde a produção da matéria prima até ao consumidor final, como nos  reafirma a ISO 14041 e podemos observar no esquema ilustrativo a seguir: 

CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO 

Figura 10 – Ciclo de vida de um produto. 

Fonte: AZEVEDO (2010).

Quando pensamos em toda a cadeia produtiva, no ciclo de vida do biodiesel, a  forma como ele é produzido, os materiais que são utilizados, os insumos e manejos que a soja é manufaturada, conclui-se que:

Sobre a ótica da queima do combustível e liberação de partículas tóxicas no ar,  as emissões de gás carbono considerando o diesel a base de petróleo e o biodiesel  combustível com base orgânica, o mais viável é o bicombustível, pois ocorre uma  quantidade menor de emissões de partículas tóxicas no ar, mas quando analisamos  o biodiesel com a ótica do ciclo de vida, essa opção não é tão viável  ecologicamente, pois nas atuais condições de produção da soja atualmente, temos  um alto índice de emissão de gás carbônico e outros ofensivo ambientais. 

Geralmente associamos esse combustível uma melhor opção, pois partimos  sempre das mudanças climáticas, fenômeno que é intensificado por causa das altas  emissões de gás carbônico liberada pelos combustíveis fósseis, mas para produzir o  bicombustível são liberadas altas taxas também de gás carbônico durante toda a  cadeia de produção do biodiesel, tornando – o até mesmo essa comparação desleal  e injusta. 

Nesta pesquisa fica claro o potencial menos poluente deste novo combustível,  mas precisamos considerar que não da forma como é feita atualmente, pois ele  reduz a emissão de poluição do ar, mas a sua cadeia produtiva afeta tão  severamente o meio ambiente quanto os combustíveis fósseis, por exemplo, os  pesticidas, que tem efeito acumulativo dentro dos ecossistemas, poluindo os  recursos hídricos e lençóis freáticos.  

Devemos considerar em um futuro próximo, estudos para criar maneiras de  reduzir os impactos ambientais da produção do biodiesel com base na análise do  ciclo de vida.

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