INVESTIMENTO PÚBLICO NA EDUCAÇÃO COMO UM ELEMENTO FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO NO BRASIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8432826


Eliano Santos Xavier1;
Thais Domingos Da Silva2;
Vinícius de Souza Santos3.


RESUMO: 

Este trabalho de conclusão de curso analisa a importância do investimento público na educação como um elemento fundamental para o desenvolvimento social e econômico de um país. Investigamos as políticas públicas de investimento em educação ao longo do tempo, examinando como esses investimentos afetam a qualidade do ensino, o acesso à educação e o capital humano. Além disso, discutimos os desafios enfrentados pelos gestores públicos na alocação de recursos para a educação e como as decisões nessa área impactam a sociedade em geral. Por meio de uma análise crítica de da dose estudos de caso, este TCC busca fornecer insights valiosos para a formulação de políticas educacionais mais eficazes e equitativas em nosso contexto atual.

Palavras-chaves: Educação. Investimento público. Capital.

1. INTRODUÇÃO

Esse artigo busca apresentar o desvio produtivo que trata-se de um conceito intrigante que tem ganhado crescente atenção nas discussões acadêmicas e sociais. Esta teoria sugere que, em nossa vida diária, muitas vezes nos desviamos de nossas tarefas originais para lidar com interrupções não essenciais. Essas interrupções podem variar desde notificações em nossos dispositivos eletrônicos até conversas casuais no ambiente de trabalho. Embora possa parecer um mero incômodo, a Teoria do Desvio Produtivo revela profundas implicações nas relações consumeristas e na forma como consumidores interagem com produtos e serviços.

A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer nação. Investir na educação pública é mais do que uma escolha estratégica; é um compromisso com o futuro, com a formação de cidadãos capacitados e conscientes, capazes de contribuir para o progresso da sociedade. Neste contexto, o investimento público na educação assume um papel crucial, pois molda não apenas o presente, mas também o horizonte de possibilidades de uma nação.

Neste texto, exploraremos a importância desse investimento e seus impactos nas diversas esferas da sociedade, examinando como ele afeta o acesso à educação, a qualidade do ensino, a igualdade de oportunidades e o crescimento econômico. Para isso, analisaremos dados, estudos e experiências de diferentes países, buscando compreender as melhores práticas e os desafios enfrentados por aqueles que buscam fortalecer seu sistema educacional por meio do investimento público. Através dessa análise, esperamos lançar luz sobre a relevância desse tema e seu papel na construção de um futuro mais promissor para as gerações presentes e futuras.

A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade. O investimento público na área educacional desempenha um papel crucial na construção de uma nação mais próspera, justa e equitativa. Através deste TCC, exploraremos a importância desse investimento, seus impactos na qualidade da educação e os desafios que enfrentamos nesse contexto.

Nos últimos anos, temos testemunhado uma crescente conscientização sobre a necessidade de aprimorar o sistema educacional. Os governos têm a responsabilidade de alocar recursos financeiros significativos para garantir que as instituições de ensino tenham a infraestrutura necessária, professores qualificados e materiais adequados para promover um aprendizado de qualidade. No entanto, a eficácia desses investimentos e sua distribuição equitativa são temas de discussão constantes.

Este TCC examinará de perto como o investimento público na educação tem evoluído ao longo do tempo em diferentes contextos e países. Vamos analisar os modelos de financiamento educacional e como eles afetam a acessibilidade e a qualidade do ensino. Além disso, exploraremos os desafios financeiros que muitos sistemas educacionais enfrentam e as estratégias para superá-los.

A relação entre investimento público na educação e o desenvolvimento econômico também será um ponto de foco nesta pesquisa. Estudos mostraram que sociedades que investem consistentemente na educação colhem benefícios a longo prazo, com um mercado de trabalho mais qualificado e cidadãos mais produtivos. Ao longo deste trabalho, pretende-se oferecer uma visão abrangente e crítica sobre o investimento público na educação, explorando suas ramificações em termos de equidade, qualidade e desenvolvimento socioeconômico. Por meio de análises aprofundadas e dados concretos, esperamos contribuir para o debate em torno desse tema crucial que molda o futuro de nossas sociedades.

2. DESENVOLVIMENTO 

2.1 CAPÍTULO I – CONCEITO DE INVESTIMENTO PÚBLICO 

O investimento público é uma prática econômica e financeira em que o governo de uma nação, em seus diferentes níveis (federal, estadual e municipal), aloca recursos financeiros em projetos e iniciativas que visam promover o desenvolvimento econômico, social e infraestrutural de uma região ou do país como um todo. Esse investimento é financiado principalmente por meio de impostos, empréstimos ou outras fontes de receita do governo.

O objetivo primordial do investimento público é impulsionar o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Isso é alcançado ao direcionar fundos para uma variedade de setores, incluindo infraestrutura, educação, saúde, transporte, habitação e desenvolvimento regional. Esses investimentos desempenham um papel vital no fortalecimento da capacidade produtiva de uma nação, na criação de empregos, na promoção da igualdade social e no aumento da competitividade global.

A alocação de recursos em investimentos públicos é uma tarefa estratégica que requer planejamento cuidadoso e análise de prioridades. Os governos devem considerar as necessidades presentes e futuras da população, bem como as demandas da economia, ao definir as áreas em que investirão. Isso envolve a formulação de políticas públicas, planos de desenvolvimento de longo prazo e a busca de fontes de financiamento sustentáveis. Os investimentos públicos podem ser classificados em duas categorias principais: investimentos em infraestrutura e investimentos em serviços públicos. Os primeiros incluem projetos como construção de estradas, pontes, portos, aeroportos, redes de energia e saneamento básico. Essa infraestrutura é essencial para o funcionamento eficiente da economia e a conectividade entre regiões.

Já os investimentos em serviços públicos englobam a alocação de recursos para áreas como educação, saúde, segurança pública e assistência social. Esses serviços são cruciais para o bem-estar da sociedade e a promoção da igualdade de oportunidades. Quando bem gerenciados, os investimentos em serviços públicos podem elevar o nível de educação, garantir atendimento médico de qualidade e fortalecer a coesão social. É importante destacar que o investimento público não se limita apenas ao gasto de recursos, mas também abrange a eficiência na gestão desses investimentos. A transparência, a prestação de contas e a avaliação constante dos resultados são aspectos fundamentais para garantir que o dinheiro público seja utilizado de forma eficaz e responsável.

Em resumo, o investimento público é uma prática governamental essencial para promover o crescimento econômico, a qualidade de vida e a igualdade social. Ele desempenha um papel vital na construção e manutenção de infraestrutura, na prestação de serviços públicos essenciais e no alcance de metas de desenvolvimento sustentável. A alocação estratégica de recursos públicos é uma ferramenta poderosa para impulsionar o progresso de uma nação e melhorar a vida de seus cidadãos.

2.2 CAPÍTULO II – IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO 

A importância da educação para o desenvolvimento é um tema amplamente reconhecido e debatido em todo o mundo. A educação não é apenas um direito fundamental de cada indivíduo, mas também desempenha um papel fundamental na construção de sociedades mais prósperas, equitativas e sustentáveis. Este texto discorrerá sobre os diversos aspectos que destacam a relevância da educação para o desenvolvimento. A educação fornece às pessoas as habilidades, conhecimentos e competências necessárias para enfrentar os desafios do mundo moderno. Ela capacita indivíduos a se tornarem cidadãos produtivos, preparados para contribuir para suas comunidades e economias.

O acesso igualitário à educação é uma das maneiras mais eficazes de reduzir as disparidades socioeconômicas. Ela oferece oportunidades iguais a todas as camadas da sociedade, independentemente de origem, gênero ou status socioeconômico. A educação está intrinsecamente ligada ao crescimento econômico. Uma força de trabalho educada é mais produtiva e inovadora, o que impulsiona a economia de um país. Empresas bem-sucedidas dependem de funcionários educados. A pesquisa e a inovação estão intimamente relacionadas à educação avançada. Países que investem em educação superior geralmente lideram em termos de desenvolvimento tecnológico e científico.

Os indivíduos educados estão mais aptos a se envolver em processos democráticos e contribuir para o desenvolvimento político de sua nação. Eles têm a capacidade de tomar decisões informadas e serem cidadãos ativos. A educação também está relacionada à saúde. Pessoas com maior nível de educação tendem a tomar decisões de saúde mais informadas e têm acesso a empregos que oferecem benefícios de saúde. A compreensão dos desafios ambientais e a capacidade de desenvolver soluções sustentáveis dependem da educação.

A educação não se limita apenas ao conhecimento acadêmico; ela também molda a cultura e os valores de uma sociedade. Em um mundo em constante evolução, a aprendizagem ao longo da vida se torna crucial. A educação capacita as pessoas a se adaptarem a novas circunstâncias, adquirirem novas habilidades e enfrentarem desafios imprevistos. Em resumo, a educação é um investimento no potencial humano e no futuro de uma nação. Ela desempenha um papel central na promoção do desenvolvimento econômico, social e cultural, capacitando indivíduos a se tornarem agentes de mudança positiva em suas comunidades e no mundo. Portanto, o acesso equitativo à educação de qualidade deve ser uma prioridade global para o progresso sustentável e a melhoria da qualidade de vida de todos.

2.3 CAPÍTULO 3 – HISTÓRICO DE INVESTIMENTO PÚBLICO NA EDUCAÇÃO 

O investimento público na educação é uma preocupação que remonta a séculos. Ao longo da história, as sociedades têm reconhecido o valor intrínseco da educação na formação de cidadãos e no progresso das nações. Na Grécia Antiga, por exemplo, a educação era altamente valorizada. Platão e Aristóteles discutiram a importância de uma educação bem estruturada para o desenvolvimento da razão e do caráter, influenciando pensadores de várias gerações.

Durante a Idade Média na Europa, a educação estava predominantemente nas mãos da Igreja. As instituições religiosas desempenharam um papel central na preservação do conhecimento e na formação de líderes religiosos e intelectuais. Com o Renascimento e a Reforma, o acesso à educação começou a se expandir. O surgimento de universidades e a disseminação da imprensa ajudaram a democratizar o conhecimento.

A Revolução Industrial trouxe mudanças significativas na educação. A necessidade de uma força de trabalho mais qualificada levou a investimentos em escolas primárias e secundárias em muitos países industrializados. No século 20, o investimento público na educação aumentou drasticamente em todo o mundo. A educação tornou-se um direito fundamental em muitas nações, com governos financiando escolas, universidades e programas de pesquisa.

No pós-Segunda Guerra Mundial, o investimento em educação desempenhou um papel crucial na reconstrução de muitas nações afetadas pelo conflito. Isso contribuiu para um aumento na alfabetização e no acesso à educação. A era digital trouxe novos desafios e oportunidades para o investimento em educação. A tecnologia transformou a forma como aprendemos e abriu caminho para a educação online e acessível em todo o mundo.

A partir da explicação das três etapas principais, os antecedentes do atual sistema de financiamento da educação no Brasil. Primeiro temos de saber de onde vem a receita para a educação. Depois disso, temos que entender o que determina como o recurso é utilizado. Por fim, devemos saber como funciona o mecanismo que define a quem esse recurso será alocado e qual percentual será alocado para cada recurso. A Constituição Federal de 1988 contém o arcabouço legal que rege o financiamento do sistema educacional brasileiro. A forma de financiamento das instituições financeiras só pode ser explicada de forma simples se estiver prevista na Constituição.

O trabalho educativo e seus mecanismos. O primeiro passo é tributar as próprias pessoas em arte. O artigo 212 da Constituição Federal de 1988 determina que parte dos tributos arrecadados pelos governos federal, estadual, municipal e do Distrito Federal deve ser destinada à manutenção da educação. A Constituição de 1988 estipula:

A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. (BRASIL/CF, 1998)

O salário escolar é uma contribuição cobrada da empresa, que equivale a 2,5% do salário total pago pela empresa e seus empregados. A Secretaria de Impostos Federais do Brasil é responsável pela arrecadação dessa doação. O equivalente a 90% dos recursos do acervo são destinados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Um terço de toda a receita salaria da educação é redistribuído ao sindicato, sendo o restante distribuído aos governos estaduais e municipais proporcionalmente ao número de alunos que cada membro possui. Os 10% restantes vão diretamente para o FNDE para investir em programas, ações e projetos sociais voltados à melhoria da educação.

Já no século XXI, o debate sobre o financiamento da educação continua a ser uma questão crítica. Os governos enfrentam desafios para equilibrar orçamentos enquanto mantêm a qualidade da educação e a acessibilidade para todos. Em suma, o histórico do investimento público na educação reflete uma evolução contínua em direção à valorização do conhecimento e do aprendizado como motores do progresso social e econômico. A educação continua a ser um compõem constante mudança, onde o equilíbrio entre recursos financeiros e aspirações educacionais é uma busca constante para construir um futuro melhor para todas as gerações.

2.4 CAPÍTULO IV – TEORIAS ECONÔMICAS RELACIONADAS

As teorias econômicas desempenham um papel significativo na compreensão e moldagem das políticas educacionais em todo o mundo. Elas fornecem uma estrutura conceitual para analisar como a alocação de recursos financeiros, a distribuição de oportunidades educacionais e o investimento público afetam o sistema educacional de um país. Neste texto discorrido, exploraremos algumas das teorias econômicas mais relevantes na educação e como influenciam as políticas e práticas educacionais.

A teoria do capital humano, proposta por economistas como Gary Becker, enfatiza que a educação é um investimento que aumenta a produtividade dos indivíduos. De acordo com essa teoria, os indivíduos adquirem habilidades e conhecimentos por meio da educação, tornando-se mais valiosos no mercado de trabalho. Portanto, os investimentos em educação são vistos como uma maneira de aumentar a capacidade produtiva de uma nação e, consequentemente, sua prosperidade econômica.

Outra teoria relevante é a teoria do capital social, que destaca a importância das redes sociais e da cooperação na educação. O economista James Coleman argumentou que o capital social, representado por conexões e relações sociais, desempenha um papel crucial no desempenho educacional dos alunos. Escolas, comunidades e governos podem afetar o capital social por meio de políticas que promovem a participação dos pais, o envolvimento da comunidade e a construção de redes de apoio.

A teoria do financiamento educacional é fundamental para entender com os recursos são alocados na educação. Economistas como Erik Hanushek analisam como o financiamento afeta a qualidade da educação. Essa teoria questiona se mais gastos necessariamente se traduzem em melhor desempenho educacional e sugere a importância de eficiência na utilização dos recursos.

Além disso, a teoria do capital humano humano se expande para considerar a educação como um mecanismo de redução da desigualdade. Ela argumenta que um sistema educacional robusto pode ajudar a superar desigualdades econômicas ao dar a todos os indivíduos a oportunidade de desenvolver seu potencial. No entanto, críticos dessa teoria apontam que o acesso igualitário à educação nem sempre leva à igualdade de resultados, devido a barreiras socioeconômicas.

A teoria da escolha do consumidor, por sua vez, enfatiza a importância da competição e da escolha dos pais no sistema educacional. Defensores dessa teoria argumentam que dar aos pais a liberdade de escolher escolas para seus filhos, seja por meio de vouchers ou charter schools, pode levar a melhorias na qualidade da educação, pois as escolas têm incentivos para competir por alunos.

Portanto, as teorias econômicas desempenham um papel vital na análise e na formulação de políticas educacionais. Elas ajudam a entender como o investimento público, a alocação de recursos e as estratégias de financiamento afetam a educação e seu papel na formação de capital humano, igualdade, produtividade econômica e inclusão social. A aplicação prática dessas teorias varia entre os países e é um tópico de debate constante à medida que a educação continua a evoluir.

2.5 CAPÍTULO V – IMPACTO DO INVESTIMENTO PÚBLICO NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO 

O impacto do investimento público na qualidade da educação é uma questão central no campo da política educacional e da economia. Esse relacionamento complexo tem sido objeto de análise e pesquisa extensas ao longo do tempo, pois afeta diretamente o desenvolvimento de uma nação e o bem-estar de sua população. Em primeiro lugar, é importante destacar que o investimento público desempenha um papel crucial na garantia de que as instituições educacionais tenham os recursos necessários para oferecer uma educação de qualidade. Isso envolve a construção e a manutenção de infraestrutura escolar, a aquisição de materiais didáticos atualizados e a contratação e a formação de professores qualificados. O financiamento adequado é essencial para criar um ambiente propício à aprendizagem.

Além disso, o investimento público permite a implementação de programas educacionais inovadores e a pesquisa acadêmica, que contribuem para a melhoria contínua da qualidade do ensino. O apoio a projetos de pesquisa educacional pode levar ao desenvolvimento de métodos de ensino mais eficazes e à identificação de áreas onde são necessárias melhorias. O acesso àeducação de qualidade também está intrinsecamente ligado ao investimento público. Quando os governos investem em educação, eles podem expandir o acesso à educação para grupos historicamente sub-representados, reduzindo assim as disparidades educacionais. Isso não apenas beneficia esses grupos, mas também contribui para uma sociedade mais igualitária e inclusiva.

A formação de professores é outro aspecto fundamental que é afetado pelo investimento público. Um investimento adequado permite a contratação e a retenção de professores bem qualificados, bem como a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Professores motivados e bem preparados são um fator-chave para a melhoria da qualidade da educação. No entanto, o impacto do investimento público na qualidade da educação não é linear. É importante considerar como os recursos são alocados e gerenciados. A transparência, a prestação de contas e a eficiência na utilização dos recursos são cruciais para garantir que o financiamento público se traduza em melhorias reais na qualidade da educação.

Além disso, o contexto econômico e social de um país desempenha um papel importante. O investimento público na educação deve ser acompanhado por políticas educacionais sólidas, liderança eficaz e um ambiente de aprendizagem favorável para maximizar seu impacto. Em resumo, o investimento público desempenha um papel vital na determinação da qualidade da educação. Quando feito de forma estratégica, transparente e eficaz, ele pode elevar o nível de educação em uma nação, proporcionando oportunidades igualitárias para todos e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social a longo prazo. É uma ferramenta poderosa na construção de sociedades mais educadas, igualitárias e prósperas.

2.6 ANÁLISE DO INVESTIMENTO PÚBLICO NA EDUCAÇÃO 

A análise do investimento público na educação é uma investigação complexa e crucial para compreender o impacto e a eficácia das políticas educacionais de um país. Tal análise envolve uma avaliação abrangente de como os recursos públicos são alocados e utilizados no setor educacional, bem como o impacto desses investimentos na qualidade e no alcance da educação. Primeiramente, é essencial examinar a alocação de recursos. Isso inclui a distribuição de financiamento entre diferentes níveis de ensino, desde a educação básica até o ensino superior, bem como entre diferentes regiões geográficas. Uma análise minuciosa pode revelar desigualdades na distribuição de recursos, o que pode prejudicar o acesso equitativo à educação.

A qualidade dos gastos é outro aspecto crítico. Isso envolve a avaliação de como os recursos são utilizados em escolas e universidades. Isso inclui questões como a capacitação de professores, a disponibilidade de materiais didáticos atualizados, a manutenção da infraestrutura escolar e o suporte a programas educacionais inovadores. A análise deve identificar áreas onde os recursos podem ser usados de maneira mais eficaz.

Além disso, a análise do investimento público na educação deve considerar os resultados educacionais. Isso envolve a avaliação do desempenho dos alunos em testes padronizados, taxas de conclusão escolar e indicadores mais amplos, como a empregabilidade dos graduados. Esses resultados podem fornecer insights sobre a eficácia das políticas educacionais e como elas se traduzem em benefícios tangíveis para os alunos e a sociedade.

A equidade é um tema central nessa análise. Deve-se investigar se os investimentos públicos na educação estão reduzindo ou ampliando as disparidades educacionais entre grupos socioeconômicos, étnicos e regionais. O objetivo é garantir que todos os alunos, independentemente de sua origem, tenham acesso igualitário a oportunidades educacionais de qualidade. Além disso, a análise deve levar em consideração o contexto econômico e social mais amplo. Políticas educacionais eficazes não existem em um vácuo. Elas estão interconectadas com outros aspectos da sociedade, como o mercado de trabalho, a saúde, a pobreza e a igualdade de gênero. Portanto, é necessário entender como o investimento público na educação se relaciona com esses fatores e como pode contribuir para abordar desafios sociais mais amplos.

Em conclusão, a análise do investimento público na educação é fundamental para orientar o desenvolvimento de políticas educacionais eficazes e equitativas. Ela oferece uma visão abrangente de como os recursos são alocados, utilizados e como afetam os resultados educacionais e a equidade. Através dessa análise, os formuladores de políticas podem tomar decisões informadas para melhorar a qualidade da educação e promover oportunidades educacionais justas para todos.

Além disso, as políticas públicas na educação também têm implicações no desenvolvimento econômico de um país. Uma força de trabalho bem educada e qualificada é essencial para impulsionar a inovação, a produtividade e a competitividade em um mercado globalizado. Portanto, investir na educação é um investimento no futuro econômico de uma nação. As políticas públicas na educação também podem desempenhar um papel importante na promoção da cidadania ativa e na construção de uma sociedade mais informada e engajada. Isso pode ser feito através da inclusão de temas como educação cívica, direitos humanos e responsabilidade social nos currículos escolares.

Por fim, as políticas públicas na educação devem ser flexíveis e adaptáveis às mudanças sociais, tecnológicas e econômicas. O mundo está em constante transformação, e as políticas educacionais precisam acompanhar essas mudanças para garantir que os alunos estejam preparados para os desafios do século XXI. Em resumo, as implicações das políticas públicas na educação são vastas e abrangem questões de equidade, qualidade, desenvolvimento econômico, cidadania e adaptação às mudanças. Portanto, é fundamental que os formuladores de políticas, educadores e a sociedade em geral estejam envolvidos na discussão e no desenvolvimento de políticas que promovam uma educação de qualidade e acessível para todos.

A educação é um dos aspectos com maior influência na probabilidade de determinado indivíduo sair de uma armadilha de pobreza. (CIRINO, 2015). Para que o indivíduo disponha de uma vida digna em sociedade, se torna essencial o seu acesso à educação para o desenvolvimento gradativo, pois somente através do processo educativo que o ser humano desenvolverá as competências necessárias para a sua vivência em sociedade.

O desenvolvimento do indivíduo e a sua educação é de suma importância para o coletivo, visto que o seu conhecimento e sabedoria contribuirá diretamente para com a sociedade, diminuindo a miserabilidade e a pobreza, pois a educação é o mecanismo de maior influencia na vida do indivíduo. O acesso à educação, está garantido por lei através da Constituição Federal aduzindo que:

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL,1984).

E a própria lei leva a autora ao entendimento de que o direito a educação resguarda o direito individual e de personalidade do cidadão como também prevê o desenvolvimento do indivíduo como algo essencial para a sociedade, sendo denominada também um direito social.

Para Eduardo Bittar (2004, p.400) sob o direito à educação afirma que:

“O direito à educação carrega em si as características dos direitos da personalidade, ou seja, trata-se de um direito natural, imanente, absoluto, oponível erga omnes, inalienável, impenhorável, imprescritível, irrenunciável […] não se sujeitando aos caprichos do Estado ou à vontade do legislador, pois trata-se de algo incito à personalidade humana desenvolver, conforme a própria estrutura e constituição humana.”

O direito à educação embora um direito de personalidade do indivíduo, é de grande importância para a sociedade em um todo, bem como para o progresso do país, pois o desenvolvimento da pessoa se faz essencial para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho dentro da sociedade, A constituição federal em seu art. 6o, prevê expressamente o direito a educação, como um direito social, (BRASIL) “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”

O direito social resguarda os direitos mínimos que um cidadão tem dentro da sociedade e que são de responsabilidade do Estado, para MORAES (2020) “direitos sociais são verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória pelo Estado, cuja finalidade está na melhoria das condições de vida dos menos privilegiados, assegurando-lhes a busca da igualdade social”. O direito a educação garantido a todos os cidadãos, conforme preceitua os artigos 6o e 205 da Constituição Federal, é de responsabilidade do Estado pois não se pairam duvidas que se trata de um direito social.

3. CONCLUSÃO 

A teoria do desvio produtivo representa um conceito fundamental nas relações consumeristas, com implicações profundas para consumidores e empresas. Essa teoria sugere que, quando uma empresa causa um transtorno ou defeito em um produto ou serviço, e o consumidor precisa despender tempo considerável para resolver esse problema, ocorre um “desvio produtivo”. Esse desvio de tempo e energia do consumidor para solucionar questões decorrentes de produtos ou serviços defeituosos tem se tornado cada vez mais relevante nos dias de hoje.

O investimento público na educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade e a promoção do bem-estar de seus cidadãos. Através desse investimento, os governos têm a capacidade de criar um ambiente propício ao aprendizado, à inovação e ao desenvolvimento pessoal e coletivo. Neste contexto, é essencial analisar e compreender as implicações e benefícios que advêm desse compromisso com a educação.

Em primeiro lugar, o investimento público na educação é um meio eficaz de combater desigualdades sociais. Ao garantir que todos os indivíduos, independentemente de sua origem socioeconômica, tenham acesso a uma educação de qualidade, os governos podem nivelar o campo de jogo e oferecer oportunidades iguais a todos. Isso não apenas promove a justiça social, mas também contribui para a redução da pobreza e da exclusão social.

Além disso, o investimento na educação tem implicações diretas no desenvolvimento econômico de um país. Uma força de trabalho bem-educada e qualificada é essencial para impulsionar a produtividade e a inovação. Isso, por sua vez, aumenta a competitividade da nação no cenário global, atrai investimentos estrangeiros e estimula o crescimento econômico sustentável.

A educação também desempenha um papel crucial na promoção da cidadania ativa e no fortalecimento da democracia. Cidadãos educados estão mais aptos a participar ativamente na vida política e social, a tomar decisões informadas e a defender os direitos humanos e a justiça. Portanto, o investimento público na educação é essencial para o fortalecimento das instituições democráticas e para a construção de uma sociedade mais consciente e engajada.

Por fim, o investimento público na educação é um legado para as gerações futuras. Ao criar sistemas educacionais sólidos e de qualidade, os governos estão investindo no futuro de seu país, preparando as gerações vindouras para enfrentar os desafios e oportunidades que surgirão. Portanto, é crucial que os governos reconheçam a importância do investimento na educação e o coloquem como uma prioridade em suas agendas políticas.

Conclui-se, que o investimento público na educação é uma decisão estratégica com implicações profundas em diversos aspectos da sociedade, incluindo a equidade, o desenvolvimento econômico, a cidadania ativa, a qualidade de vida, a inovação, a coesão social, a preparação para o futuro e o legado para as gerações futuras. Portanto, é essencial que os governos continuem a investir de forma significativa na educação como um dos pilares fundamentais do progresso social e econômico.

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1Discente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Rondônia Campus Porto Velho Zona Norte. E-mail: elianoxavier79@gmail.com;
2 Discente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Rondônia Campus Porto Velho Zona Norte. E-mail: thaisdomingosdasilva5@gmail.com;
3Docente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Rondônia Campus Porto Velho Zona Norte. E-mail: orientadortcc9.pvhzonanorte@ifro.edu.br