INTERNAL AUDIT AS AN IMPORTANT MANAGEMENT TOOL IN MICRO AND SMALL BUSINESSES
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8414576
Breno de Paula Apolinario
José Carlos da Silva Filho
Wellington Ferreira de Oliveira
Profª. Ms. Elisângela Freitas da Silva
Profª. Ms. Marilia Costa Machado
Prof. Ms. Nilton Freitas Junior
RESUMO
A Auditoria Interna constitui um conjunto de procedimentos utilizados para analisar e conferir os controles internos de uma empresa, observando os aspectos mais importantes para a manutenção da qualidade no trabalho da organização. Trata-se de uma atividade independente e de assessoramento, voltada à avaliação, eficiência e eficácia dos sistemas gerenciais, bem como à detecção de falhas nos processos, contribuindo para a melhora nas operações realizadas e averiguar se as políticas, metas e objetivos estão sendo alcançados. Diante disso, como objetivo geral, a presente pesquisa, de cunho bibliográfico, com abordagem qualitativa, na forma descritiva, exploratória e analítica, busca, por meio de uma revisão bibliográfica, compreender a importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão nas MPEs frente ao fracasso empresarial. Como objetivos específicos, pretende-se conceituar a Auditoria Interna e identificar seus procedimentos, suas normas e planejamento, além de delinear as abordagens quanto sua importância e os desafios para sua implementação e aplicabilidade nas MPEs. A partir do mapeamento de produções científicas encontradas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), sobretudo, por meio da análise de conteúdo, como propõe Bardin (2011), com base na sistematização, codificação e categorização dos dados, identificou-se que os trabalhos ressaltam a importância da Auditoria Interna, destacando os aspectos forte e fracos, as possibilidades e os fatores que contribuem para sua eficácia, bem como os desafios para sua implementação e aplicabilidade nas organizações empresariais, além de caracterizar as principais variáveis que impactam negativamente a efetividade, o valor e a qualidade no trabalho dos auditores.
Palavras-chave: Auditoria Interna; Gestão; Micro e Pequenas Empresas.
ABSTRACT
The Internal Audit is a set of procedures used to analyze and check the internal controls of a company, observing the most important aspects for maintaining the quality of the organization’s work. This is an independent and advisory activity, focused on the evaluation, efficiency and effectiveness of the management systems, as well as the detection of failures in the processes, contributing to the improvement of the operations carried out and verifying whether the policies, goals and objectives are being achieved. In view of this, as a general objective, this bibliographical research, with a qualitative approach, in a descriptive, exploratory and analytical form, seeks, through a bibliographical review, to understand the importance of Internal Audit as a management instrument in MSEs in the face of the business failure. As specific objectives, it is intended to conceptualize Internal Auditing and identify its procedures, norms and planning, in addition to outlining approaches regarding their importance and challenges for their implementation and applicability in MSEs. From the mapping of scientific productions found in the Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD), especially through content analysis, as proposed by Bardin (2011), based on systematization, coding and categorization of data, it was identified that the works highlight the importance of Internal Audit, highlighting the strong and weak aspects, the possibilities and factors that contribute to its effectiveness, as well as the challenges for its implementation and applicability in business organizations, in addition to characterizing the main variables that negatively impact the effectiveness, value and quality of auditors’ work.
Keywords: Internal Audit; Management; Micro and Small Enterprises.
1. INTRODUÇÃO
No primeiro quadrimestre de 2022, houve um registro de mais de 1,3 milhão de empresas no país. Foram 808.243 empresas abertas e 541.884 empresas fechadas, resultando um total de 19.373.257 de empresas ativas. As micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% das empresas brasileiras, sendo responsáveis por 62% dos empregos e por 27% do Produto Interno Bruto – PIB (BRASIL, 2022).
Na atual conjuntura econômica, o crescimento das MPEs desempenha um importante papel na economia brasileira, além de serem responsáveis pela criação de empregos do país. Porém, por estarem inseridas em um cenário altamente competitivo, apresentam altas taxas de mortalidade, cujas principais causas são a falta de estrutura, o planejamento, a falha na gestão, dentre outros fatores que desencadeiam erro e fraude na organização, sendo determinantes para o seu fechamento (SEBRAE, 2017).
Com o crescimento das organizações, houve, também, um crescimento abrupto na quantidade de informações a serem analisadas constantemente, sobretudo, para auxiliar as tomadas de decisões (POTRICH, 2014), fazendo surgir o auditor interno, uma ramificação da profissão de auditor externo e do contador (ALMEIDA, 2012), responsável por procedimentos técnicos, adequação e eficácia da gestão de informações físicas e de controles internos, contábeis, financeiras e operacionais da empresa.
A auditoria é uma área da contabilidade que surgiu para auxiliar as organizações, que cresciam rapidamente, a solucionar problemas relacionados à sua área, bem como para controlar seu patrimônio registrando eventos e fatos relevantes, visando confirmar seus procedimentos contábeis. Trata-se de um processo sistemático para coletar e avaliar evidências sobre afirmações relativas a ações e eventos econômicos, permitindo a comunicação dos resultados a usuários interessados (BOYNTON; JOHNSON; KELL, 2002).
Dentre os tipos de auditoria, destaca-se a Auditoria Interna, responsável pelo desenvolvimento e avaliação dos sistemas gerenciais da empresa auditada, constantemente adotada no Brasil. Há diversos conceitos, dentre eles o de Attie (1992), que a conceitua como uma função independente de avaliação, visando examinar e avaliar as atividades ou serviços da empresa, sendo, portanto, responsável por auxiliar os membros da administração na execução de suas tarefas, visto que essa ferramenta possibilita análises, avaliações, recomendações, assessoria e informações relacionadas às atividades examinadas.
Diante do exposto, surge a importância de um estudo, buscando evidenciar a relevância da Auditoria Interna para o fortalecimento das MPEs, verificando o quanto pode colaborar para o seu pleno desenvolvimento. As questões norteadoras são: Como a Auditoria Interna pode contribuir no processo de gestão das MPEs para reduzir sua mortalidade? Quais os benefícios da Auditoria Interna para as MPEs?
Como objetivo geral, a presente pesquisa, de cunho bibliográfico, com abordagem qualitativa, na forma descritiva, exploratória e analítica, através de uma revisão bibliográfica, procura-se compreender a significância da Auditoria Interna como instrumento de gestão nas MPEs frente ao fracasso empresarial. Como objetivos específicos, pretende-se conceituar a Auditoria Interna e identificar seus procedimentos, suas normas e planejamento, além de delinear as abordagens quanto sua importância e os desafios para sua implementação e aplicabilidade nas MPEs.
A partir do mapeamento de produções científicas encontradas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e através da análise de conteúdo, como propõe Bardin (2011), com base na sistematização, codificação e categorização dos dados, é que se pretende realizar esta pesquisa, com a seleção de trabalhos publicados entre 2016 e 2023.
Sendo assim, a pesquisa se estrutura ao longo de cinco seções: a primeira compreende a introdução, delimitando e descrevendo o contexto no qual o tema está inserido, a relevância deste estudo, os objetivos e a metodologia de pesquisa; na segunda, a partir de uma revisão bibliográfica, apresentamos algumas considerações acerca do conceito de Auditoria Interna, procedimentos, objetivos, normas e planejamento; na terceira, foram descritos os procedimentos metodológicos da pesquisa; na quarta, foram apresentados os resultados e as discussões; e, por fim, na última seção, apresentamos nossas considerações finais.
Esta pesquisa surge das experiências obtidas enquanto docentes em formação, sobretudo, a partir das vivências oriundas do Estágio Supervisionado, cujo objetivo é orientar o aluno quanto ao estudo, diagnóstico e proposição de intervenções ou melhorias para a área de gestão. O estágio foi realizado ainda no período de pandemia de COVID-19, quando as MPEs ficaram incapacitadas de exercer suas atividades por questões diversas, como o afastamento de funcionários, novas regras de funcionamento, medidas de distanciamento, dentre outras, impactando fortemente a economia brasileira e despertando em nós a importância em discutir e situar a Auditoria Interna como uma importante ferramenta de gestão.
2. PONDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE AUDITORIA
A auditoria surgiu como parte da evolução do sistema capitalista, provocado tanto pelo crescimento da concorrência quanto pela necessidade de aprimoramento das empresas no que diz respeito a seus controles, sobretudo, na redução dos custos e na captação de capital de terceiros para financiar seus investimentos (ALMEIDA, 2012).
A auditoria frequentemente é associada aos sistemas internos de controle; no entanto, é uma concepção equivocada, já que a auditoria interna é considerada um trabalho organizado de revisão e apreciação dos controles internos. Esses controles se referem a procedimentos de organização adotados como planos permanentes de uma empresa e, geralmente, são executados por um departamento especializado (BRUNI; GOMES, 2010).
A auditoria se refere, portanto, a uma área da contabilidade, com a função de examinar as demonstrações financeiras, e também examinar os critérios e os processos contábeis adotados no ato da elaboração, verificando se tais procedimentos estão conforme os princípios fundamentais de Contabilidade e com as normas adotadas pela Contabilidade (FRANCO; MARRA,1992).
O termo auditoria possui vários conceitos evolutivos e diversas teorias sobre sua história, como o de Attie (1998) que considera a auditoria uma especialização contábil utilizada para testar a eficiência do controle patrimonial, visando expressar uma opinião sobre determinado dado, enquanto Sá (1998, p. 25) afirma que:
Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais de riqueza aziendal, pública ou privada, que ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.
Boynton, Johnson e Kell (2002), no que lhes concernem, definem a auditoria como um processo sistemático para coleta e avaliação de evidências sobre afirmações relativas a ações e eventos econômicos, visando a aquilatação do grau de correspondência entre tais afirmações e os critérios estabelecidos, assim como da comunicação dos resultados a usuários interessados.
A auditoria contábil é responsável por averiguar os dados e as informações apresentados por uma organização empresarial, verificando se eles representam sua realidade, tanto no âmbito financeiro quanto econômico; ou seja, compreende a análise da situação financeira da empresa, permitindo atestar a precisão de seus registros contábeis.
2.1. Auditoria Interna
Dentre os tipos de auditoria, destaca-se a Auditoria Interna, uma parte da auditoria contábil responsável pelo desenvolvimento e avaliação dos sistemas gerenciais da empresa auditada. Sua função é auxiliar a administração e os sócios para cumprirem suas responsabilidades (SILVA, 2008).
Há diversos conceitos de Auditoria Interna, destaque para o de Attie (1992), que a conceitua como uma função independente de avaliação, visando examinar e avaliar as atividades ou serviços da empresa. Para o autor, sua função é auxiliar os membros da administração a cumprirem de forma eficaz suas responsabilidades, já que a Auditoria Interna possibilita análises, avaliações, recomendações, assessoria e informações relacionadas às atividades examinadas.
Boynton, Johnson e Kell (2002), no que lhes concernem, conceituam a Auditoria Interna como uma atividade independente, de fornecimento de segurança objetiva e de consultoria, visando agregar valor a uma organização e melhorar suas operações. Para o autor, a Auditoria Interna traz uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliação, além de melhorar a eficácia de seus processos de gestão de risco, controle e governança, contribuindo para atingir seus objetivos.
Conforme Mello (1992, 2005), a Auditoria Interna é definida como uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração, englobando o exame e avaliação da adequação, a eficiência e a eficácia dos controles, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidos.
Segundo Guerreiro (1989), sua eficácia é a comparação entre os resultados obtidos e os resultados planejados. Para haver resultados eficazes, torna-se necessário a execução de atividades de forma eficiente. Nesse sentido, a empresa preocupada em tomar decisões eficazes e eficientes recorre à Contabilidade, cujo objeto e objetivo são, respectivamente, o patrimônio e escriturar os fatos ocorridos no patrimônio.
Crepaldi (2013) considera a Auditoria Interna uma atividade de avaliação independente, destinada a revisar as operações enquanto um serviço prestado à administração. Trata-se de um controle gerencial por meio da análise e avaliação da eficiência de outros controles. Assim, é executada por um profissional ligado à empresa, ou por um departamento próprio para tal; porém, sempre dependente da direção empresarial.
O recorte dos conceitos de Auditoria Interna evidencia seu importante papel nas empresas, como uma atividade independente e de assessoramento, voltada à avaliação, eficiência e eficácia dos sistemas gerenciais, bem como à detecção de falhas nos processos, visando corrigi-las e desenvolvê-las. Além disso, contribui para a melhora nas operações realizadas e averiguar se as políticas, metas e objetivos estão sendo alcançados.
2.2. Procedimentos da Auditoria Interna
Quando se trata dos procedimentos de auditoria interna, é fundamental empregar ferramentas que facilitem a consecução dos objetivos estabelecidos, garantindo a execução de um trabalho eficaz. De acordo com o estipulado na Resolução CFC 2023, os procedimentos de auditoria abrangem exames, investigações, verificações e avaliações, fornecendo ao auditor interno dados apropriados para sustentar suas conclusões e diretrizes à gestão da organização.
Conforme Attie (1998), as etapas de auditoria são as ferramentas, utilizadas para a coleta e análise de informações e sua avaliação, resultando na formação de uma opinião parcial. Algumas dessas ferramentas demonstradas por ele são: exame físico; confirmação; exame de documentos originais; conferência de cálculos; exame de escrituração; investigação minuciosa; inquérito; exame dos registros auxiliares; correlação das informações obtidas; e observação.
Ressalta-se que essas ferramentas são fundamentais, pois oferecem meios para que o auditor encontre subsídios que fundamentam sua opinião. Para Attie (1992), os procedimentos são os caminhos que levam à consecução do objetivo; portanto, devem estar ligados intimamente aos objetivos a serem alcançados.
Realiza-se a auditoria interna, sobretudo, para analisar as informações provocadas pela organização empresarial; por isso, é necessário verificar se o funcionamento dos mecanismos de Controle Interno1 está correto, auxiliando assim, os gestores no cumprimento das suas responsabilidades.
2.3. Objetivos da Auditoria Interna
A Auditoria Interna oferece maior segurança ao auditor, sobretudo, quando a qualidade dos trabalhos assim o indique, permitindo, ainda, a identificação e a resolução de problemas geralmente solucionados em último instante. Nesse sentido, os propósitos da Auditoria Interna são sintetizados por Attie (1992, p. 29):
[…] examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informações; examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatórios e determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes; examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário, comprovar sua existência real; verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e econômica; examinar operações e programas e verificar se os resultados são compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas são executados de acordo com o que foi planejado; comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas.
Attie (1992) faz referência aos controles internos responsáveis por diversas informações gerenciais. Como a Auditoria Interna foi criada para dar segurança à administração, de modo que as atividades setoriais ocorram conforme o planejado, os objetivos visam evitar e/ou combater fraudes, erros e outras irregularidades praticadas pelos colaboradores da empresa.
A meta é examinar a integridade, a eficácia, a adequação dos controles internos, dos dados financeiros, contábeis e operacionais da organização empresarial. Por isso, os controles internos devem ser monitorados por um profissional capacitado.
Conforme Paula (1999), objetivo da Auditoria Interna é assessorar aos membros da organização no cumprimento efetivo de suas responsabilidades, pois a Auditoria Interna provê análises, recomendações, avaliações, informações voltadas às atividades examinadas, permitindo um efetivo controle a um custo acessível.
Nesse sentido, os propósitos da Auditoria Interna não se referem apenas à observação de como os controles internos funcionam, mas, também, de como as informações estão sendo desenvolvidas no contexto da organização empresarial. São utilizados no processo de monitoramento dos mecanismos mais eficientes realizados, atendam, sobretudo, aos interesses e necessidades dos gestores.
2.4. As Normas de Auditoria
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) são ditadas pelos órgãos reguladores da profissão contábil, tendo por objetivo a regulação da profissão e atividades específicas, como estabelecer diretrizes para os profissionais desenvolverem seus trabalhos.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 1995) define as Normas Profissionais do Auditor Interno (NBC PI), as quais devem ser adotadas por todos os profissionais da contabilidade no Brasil:
3.1.1 – O Contador, na função de auditor interno, deve manter o seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à Entidade (CFC, 1995, s. p.).
Além da competência técnico-profissional, o contador deve preservar sua autonomia profissional e ser responsável na realização dos trabalhos, bem como na exposição das conclusões, conforme o item 3.2.1 e 3.3.1 das NBCs, respectivamente (CFC, 1995).
Em sua posição funcional, o auditor interno deve respeitar o sigilo, ter cuidado, imparcialidade e zelo, podendo estabelecer um relacionamento com profissionais de outras áreas, por meio da divisão de tarefas e mediante a cooperação com o auditor independente (CFC, 1995).
O auditor interno deve estar sempre atualizado em relação às NBCs e realizar seu trabalho de forma eficiente e com responsabilidade, conforme a Resolução CFC n.º 781, de 24 de março de 1995. Verifica-se que o CFC contribui significativamente para o acesso à informação pelos profissionais de contabilidade, usuários que necessitam de dados e demais interessados.
As normas constituem regras estabelecidas pelos órgãos responsáveis pela regularização da profissão contábil, visando regulamentar o exercício da função do auditor independente, além de estabelecer orientações e diretrizes para esse profissional na execução das suas funções (FRANCO; MARRA, 1992).
Ressalta-se que auditores independentes e órgãos reguladores podem trazer informações úteis para os controles; porém, não têm responsabilidade por sua eficácia. No entanto, os auditores internos devem examinar e avaliar a adequação dos controles internos, periodicamente, e recomendar aperfeiçoamentos (BOYTON; JOHNSON; KELL, 2002).
Os controles internos resultam da interação de pessoas em todos os níveis da organização e, por serem operados por pessoas, não podem ser considerados meros manuais de políticas e/ou conjunto de formulários (ANTHONY, 2000), pois permitem observar, dirigir ou governar os acontecimentos que ocorrem na empresa e produzem reflexos em seu patrimônio (FRANCO; MARRA, 1992).
Para um melhor aproveitamento, torna-se necessário que a Administração estabeleça controles internos eficazes, os quais devem ser disseminados por toda a organização, e tome as medidas necessárias para funcionarem de forma eficaz (BOYTON; JOHNSON; KELL, 2002).
Contudo, o Código de Ética do Instituto de Auditores Internos promove uma cultura ética na profissão de Auditoria Interna, estabelecendo normas para a prática da profissão. Conforme Attie (1992), o profissional deve ser responsável por observá-las e segui-las, mantendo um alto padrão de honestidade, objetividade, diligência e lealdade.
2.5. O Planejamento da Auditoria Interna
Para pronunciarmos sobre o Planejamento da Auditoria Interna, torna-se necessário conceitá-lo, para sua melhor compreensão. Segundo as NBCs (TI 01 e PI 01) do CFC (2012), o processo de planejamento na auditoria interna envolve a realização de análises preliminares nas áreas, bem como as atividades, os produtos e os processos.
Essas avaliações são empregadas para determinar a extensão e o momento das atividades a serem conduzidas, de acordo com as orientações estipuladas pela gestão da organização CFC (2012). Nesse sentido, o planejamento é o alicerce que deve fundamentar todo o trabalho, pois funciona como um mapa estratégico montado para atingir o alvo (ATTIE, 1998).
O planejamento percorre um caminho predeterminado, por um rumo identificado, estabelecido e analisado (ATTIE, 1998). Assim, é necessário que o planejamento da auditoria interna seja executado previamente, maximizando a qualidade e buscando definir os caminhos a serem percorridos até alcançar as metas e os objetivos, além de desenvolver mecanismos que visem a redução dos erros e situações indesejadas no processo de auditoria.
Conforme a Resolução CFC n.º 987, de 15 de dezembro de 2003, o na elaboração do planejamento, é fundamental levar em conta diversos fatores cruciais para a condução das atividades, destaque para:
- Ter um profundo entendimento da política e dos mecanismos de gestão de riscos adotados pela organização;
- Possuir um conhecimento detalhado das operações e dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade, bem como avaliar sua confiabilidade;
- Definir a natureza, o momento e a abrangência dos procedimentos de auditoria interna, alinhando-os com a política de gestão de riscos da entidade;
- Considerar a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam envolvidas no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna;
- Avaliar a necessidade de utilizar o expertise de especialistas;
- Identificar os riscos de auditoria, levando em consideração tanto o volume quanto a complexidade das transações e operações;
- Ter conhecimento sobre os resultados e as medidas adotadas em trabalhos anteriores, quando relevantes ou relacionados;
- Levar em conta as orientações e as expectativas expressas pela administração aos auditores internos;
- Compreender a missão e os objetivos estratégicos da entidade (CFC, 2012, p. 6)
Diante do exposto, verifica-se que o planejamento é a base para um programa eficiente. No entanto, é preciso um planejamento para cada caso, pois cada um tem sua particularidade, devendo ser analisado individualmente. Conforme Franco e Marra (1992, p. 224) não é recomendável utilizar um único programa para todos os casos: “O auditor deverá estudar acuradamente as condições da empresa e elaborar o programa adequado”.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foi realizada uma pesquisa de cunho bibliográfico, com abordagem qualitativa, na forma descritiva, exploratória e analítica, pautando-se em artigos científicos, explorando a relevância da Auditoria Interna como um importante instrumento de gestão nas micro e pequenas empresas frente ao fracasso empresarial.
Na busca de informações para a elaboração deste estudo, a pesquisa bibliográfica é indispensável, pois se desenvolve através de materiais já elaborados, como livros e artigos, buscando recolher informações e conhecimentos sobre o assunto a ser explorado (VERGARA, 2000; RAUPP; BEUREN, 2004). A pesquisa bibliográfica pode ser definida como contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado (LAKATOS; MARCONI, 2001; CERVO; BERVIAN, 2002).
Ressalta-se que todo trabalho e pesquisa científica precisam de um apoio e embasamento na pesquisa bibliográfica, para não ser desperdiçado tempo com problema já solucionado e chegar a conclusões inovadoras (LAKATOS; MARCONI, 2001). Sua principal vantagem reside no fato de fornecer um instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa; porém, podendo esgotar-se em si própria (VERGARA, 2000).
A pesquisa qualitativa se configura como um campo interdisciplinar, podendo assumir múltiplos paradigmas de investigações e métodos, extraindo do objeto de estudo os significados visíveis e latentes, implicando uma densa partilha com pessoas, fatos e locais (CHIZZOTTI, 2006). Segundo Silva e Menezes (2001, p. 20), a pesquisa qualitativa: “[…] considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir números em opiniões e informações para classificá-los e analisá-los”.
Nesse sentido, a pesquisa qualitativa se preocupa com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se, portanto, na compreensão da dinâmica das relações sociais, destacando características não observadas em estudo quantitativo (SILVA, 2008; SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009), aplicando-se sobremaneira a esta pesquisa.
No que lhe concerne, a pesquisa descritiva se caracteriza por descrever, em detalhe, as características de uma determinada população ou fenômeno, podendo estabelecer relações entre as variáveis de interesse (GIL, 1999), além de expor características de uma determinada população ou fenômeno, bem como definir sua natureza, não havendo necessidade de explicar os fenômenos descritos, mas servindo de base para uma possível explicação (VERGARA, 2009).
Conforme Cervo e Berviam (1983, p. 55):
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Estuda fatos, fenômenos do mundo físico e especialmente do mundo humano, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir, com precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
A pesquisa também se caracteriza como exploratória, pois se propõe a explorar um problema ou uma situação para prover critérios e compreensão. Além disso, proporciona maior familiaridade com o problema de pesquisa, tornando-o mais explícito ou facilitando a construção de hipóteses (TUMELERO, 2019). Portanto, será realizada através de um levantamento bibliográfico, reunindo e analisando textos publicados para, assim, fundamentar a pesquisa.
Como ferramenta norteadora, foi realizado um levantamento de dados na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações2 (BDTD), onde foi delimitado como recorte temporal o período entre 2016 e 2023. Considerando a temática, para selecionar as pesquisas analisadas, utilizamos os seguintes descritores: “auditoria interna”; “importância da auditoria interna”; “auditoria interna nas micro empresas; “auditoria interna nas pequenas empresas”; “contribuições da auditoria interna”.
Definimos os seguintes critérios: o primeiro foi delimitar o recorte temporal entre 2016 e 2023; o segundo foi a seleção de trabalhos que discorrem sobre a importância da Auditoria Interna nas micro e pequenas empresas; o último critério foi a exclusão dos trabalhos que não discutem a importância nem os desafios em relação à Auditoria Interna. Após as filtragens, obtivemos um total de (1) tese e (14) dissertações, produzidas em Programas de Pós-Graduação brasileiros, conforme o quadro 1:
Quadro 1: Teses e dissertações relacionadas à Auditoria Interna.
Título | Autoria/Ano | Programa de Pós-Graduação | Universidade | Natureza |
A Atuação da auditoria interna nas universidades federais brasileiras | Rodrigues (2017) | Administração e Controladoria | Universidade Federal do Ceará | Dissertação |
A eficácia das unidades de auditoria interna nas universidades federais brasileiras: análise sobre a percepção de membros da Auditoria Interna e Alta Administração | Souza (2019) | Ciências Contábeis | Universidade de Brasília | Dissertação |
A estrutura administrativo- operacional de uma auditoria interna de instituição federal de ensino: um estudo de caso | Brandão (2017) | Administração Pública em Rede Nacional | Universidade Federal de Sergipe | Dissertação |
A institucionalização da atividade de auditoria interna no executivo federal brasileiro | Marinho (2017) | Administração, | Universidade Federal da Bahia | Dissertação |
A percepção dos líderes de auditoria interna sobre a influência da rotatividade da equipe na qualidade dos serviços de auditoria interna | Senaha (2021) | Ciências Contábeis e Atuariais | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo | Dissertação |
Adaptação da lista de verificação da auditoria interna do Protocolo Manchester de Classificação de Risco | Pinheiro (2021) | Tecnologia e Inovação em Enfermagem | Universidade de Fortaleza | Dissertação |
Análise das práticas de auditoria interna da Marinha do Brasil | Monteiro (2017) | Sistemas de Gestão | Sistemas de Gestão | Dissertação |
Auditoria de inteligência: aplicação nas unidades de auditoria interna governamental das universidades federais do Brasil | Dutra (2022) | Gestão da Informação e do Conhecimento | Universidade Federal do Rio Grande do Norte | Dissertação |
Auditoria Interna em uma abordagem de Auditoria de Processos Organizacionais colaborando na tomada de decisão das empresas | Dias (2017) | Ciências Contábeis | Universidade do Estado do Rio de Janeiro | Dissertação |
Características dos mecanismos de auditoria e a ocorrência de fraudes corporativas nas empresas listadas na B3 | Castro (2021) | Administração e Controladoria | Universidade Federal do Ceará | Dissertação |
Convergência às boas práticas internacionais de auditoria interna na percepção de auditores e | Marques (2021) | Ciências | Universidade do Vale do Rio | Dissertação |
auditados em unidades do Exército Brasileiro | Contábeis | dos Sinos | ||
Gestão de expectativas na Unidade de Auditoria Interna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte: um estudo de caso | Mariz (2020) | Gestão Pública | Universidade Federal do Rio Grande do Norte | Dissertação |
Implantação da comissão de auditoria interna em instituição de saúde pública do Brasil Central | Lima (2017) | Ciências da Saúde | Universidade Federal de Goiás | Tese |
Manual das atividades da auditoria interna da UFPB – contribuição à unidade de Auditoria da Universidade Federal da Paraíba | Almeida (2019) | Políticas Públicas, Gestão e Avaliação da Educação Superior | Universidade Federal da Paraíba | Dissertação |
Os desafios gerenciais das unidades de auditoria interna das instituições federais de ensino superior | Schmitz (2017) | Administração Universitária | Universidade Federal de Santa Catarina | Dissertação |
Fonte: BDTD. Organizado por Silva Filho, Oliveira e Bertolaci Jr. (2023).
Como pode-se observar, há uma tendência de interesse em trabalhos desse nível na temática proposta. As teses e dissertações selecionadas foram submetidas à análise de conteúdo, como propõe Bardin (2011), com base na sistematização, codificação e categorização dos dados, abordados na próxima seção.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao realizar as análises, definimos duas grandes categorias, nas quais se enquadram a tese e as dissertações encontradas na BDTD. Nota-se, que esses trabalhos ressaltam a relevância da Auditoria Interna como instrumento de gestão, apresentando os aspectos fortes, as possibilidades e os principais fatores que contribuem para sua eficácia.
Os trabalhos também destacam os desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna nas organizações empresariais, além de caracterizar as principais variáveis que impactam negativamente a efetividade, o valor e a qualidade no trabalho dos auditores. Sendo assim, essas abordagens foram distribuídas e delineadas em dois quadros.
O primeiro quadro apresenta os resultados identificados sobre a importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão:
Quadro 2: Resultados sobre a importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão.
Importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão | Autor/Ano |
Assessoramento e orientações | Rodrigues (2017) |
Acompanhamento da implementação de recomendações dos órgãos de controle interno/externo | Rodrigues (2017) |
Emissão de relatórios | Rodrigues (2017) |
Influência positiva na hierarquia | Souza (2019) |
Melhoria da governança | Souza (2019) |
Qualidade do serviço desenvolvido | Souza (2019) |
Tomada de decisões e valorização da organização | Souza (2019); Dias (2017) |
Identificação de pontos de melhoria | Marinho (2017) |
Mais clareza, assertividade, confiabilidade e senso de justiça no veredito final | Pinheiro (2021) |
Identificação, classificação de risco e a análise do suporte de sua ocorrência | Pinheiro (2021); Dias (2017) |
Melhorias nas práticas de auditoria interna | Monteiro (2017) |
Obtenção de eficácia de controles | Dias (2017) |
Avaliação dos processos organizacionais | Dias (2017) |
Mitigar a ocorrência de fraudes | Castro (2021) |
Mitigar o conflito de interesses | Castro (2021) |
Reduzir os problemas | Castro (2021) |
Estreitamento de relações | Lima (2017) |
Comunicação eficaz | Lima (2017) |
Esclarecimento das dúvidas sobre o papel da auditoria | Lima (2017) |
Fortalece os controles internos das Instituições | Schmitz (2017) |
Evita o desperdício de recursos | Schmitz (2017) |
Identifica falhas formais | Schmitz (2017) |
Combate à corrupção | Schmitz (2017) |
Fonte: Silva Filho, Oliveira e Bertolaci Jr. (2023).
Já o segundo quadro, apresenta os resultados identificados sobre os desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna:
Quadro 3: Resultados sobre os desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna.
Os desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna | Autor/Ano |
Falta de pessoal para desenvolver as atividades das instituições | Rodrigues (2017) |
Ineficácia do trabalho | Souza (2019) |
Interferência hierárquica | Souza (2019) |
Falta de conhecimento por parte da gestão | Souza (2019) |
Influência de fatores culturais contribuem para a desvalorização da Auditoria Interna | Souza (2019) |
Falta de autonomia e independência | Brandão (2017) |
Falta de capacitação/qualificação | Marinho (2017); Dias (2017); Marques (2021); Schmitz (2017) |
Falta de literatura na área de auditoria em classificação de risco | Pinheiro (2021) |
Variáveis que impactam negativamente o atendimento das recomendações | Dutra (2022) |
Falta de comunicação | Marques (2021) |
Falta de rotina de procedimentos | Mariz (2020) |
Rotatividade da equipe | Senaha (2021) |
Ausência de política de gestão de risco institucional | Schmitz (2017) |
Tamanho da equipe | Schmitz (2017) |
Falta de informatização | Schmitz (2017) |
Falta de apoio dos dirigentes | Schmitz (2017) |
Fonte: Silva Filho, Oliveira e Bertolaci Jr. (2023).
4.1. A importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão
Nesta seção, interpretamos e discutimos os resultados sobre a importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão. Em relação à noção de que a Auditoria Interna contribui para assessoramento e orientações, acompanhamento da implementação de recomendações dos órgãos de controle interno/externo e emissão de relatórios, o estudo de Rodrigues (2017) aponta que as atividades desenvolvidas visam os controles da gestão, tendo como foco principal as auditorias de gestão e operacional. Esse conjunto contribui significativamente para promover a transparência ativa da unidade, constituindo-se, portanto, um instrumento necessário para o fortalecimento da estrutura organizacional.
Souza (2019) evidencia que a Auditoria Interna tem influência positiva na hierarquia dos setores, pois, com o apoio administrativo, pode gerar melhoria na governança, decorrente do melhor relacionamento entre a Auditoria Interna e a Alta Administração. Para isso, deve haver bom planejamento, transparência e controle de contas, pois a Auditoria Interna auxilia diretamente na qualidade do serviço desenvolvido, sobretudo, através de uma melhor tomada de decisões e valorização da organização, pois são fatores que contribuem significativamente para a eficácia da Auditoria Interna. Verifica-se que Auditoria Interna, além de auxiliar no planejamento estratégico, contribui significativamente para aumentar a confiabilidade e os acertos da tomada de decisões.
O estudo de Dias (2017) também evidencia que a área de Auditoria Interna pode influenciar na tomada de decisões e valorização da organização, tanto por parte de usuários internos quanto externos, principalmente a partir da adoção de uma abordagem de Auditoria de Processos, uma avaliação dos sistemas de controle e verificação, visando definir se os recursos produtivos e humanos estão sendo empregados de maneira eficiente, além de evitar retrabalho e desperdícios na operação. Segundo Marinho (2017), a institucionalização e aplicação de um modelo permite a identificação de pontos de melhoria nos procedimentos de auditoria interna. Conforme Pinheiro (2021) e Dias (2017), a adaptação do instrumento de auditoria contribuirá para o próprio processo de Auditoria Interna, ao proporcionar mais clareza, assertividade, confiabilidade e senso de justiça no veredito final entre auditores, a identificação e classificação de risco, bem como a análise do suporte de sua ocorrência, através do relato e da descrição detalhada das classificações, sobretudo, pelo feedback individual durante o processo de auditoria, permitindo gerar auditorias clínicas-organizacionais integradas com retorno educativo.
Dias (2017) destaca alguns pontos fortes em relação à Auditoria Interna, dentre eles, a obtenção de eficácia de controles, características essenciais a uma abordagem de avaliação dos processos organizacionais. A literatura revela que a Auditoria Interna colabora com uma abordagem na avaliação dos processos organizacionais e na tomada de decisões pelas organizações, uma vez que obtém eficácia dos controles, ferramenta de monitoria e eficiência das organizações, características demonstradas em uma abordagem de avaliação do processo organizacional. Nesse sentido, evidencia-se que a área de Auditoria Interna representa um diferencial para a organização, pois facilita a qualidade da informação contábil, sobretudo, em relação à avaliação detalhada de cada informe e dado registrado em suas demonstrações.
Monteiro (2007) ressalta que é preciso capacitação e preparação para atuar na área de auditoria, assim como a elaboração do planejamento adequado para todas as suas fases. Além disso, é preciso a implementação de um programa de garantia de qualidade, a adequação de recursos tanto humanos quanto materiais e acesso a sistemas corporativos, pois possibilita agregar valor às atividades de auditoria. Constituem oportunidades de melhorias nas práticas de auditoria interna, podendo ser implementadas visando excelência na governança e na gestão das atividades de auditoria interna.
Nesse contexto, Castro (2021) destaca que os mecanismos da Auditoria podem mitigara ocorrência de fraudes, à medida que contribuem para mitigar o conflito de interesses entre e stakeholders(as partes interessadas), resultando, então, na redução dos problemas. Lima (2017) propõe implantar uma Comissão de Auditoria Interna (CAI), a partir dos indicadores de desempenho de serviço, pois isso proporcionará o estreitamento de relações profissionais, favorecendo uma comunicação eficaz, também o esclarecimento das dúvidas sobre o papel da auditoria, não como uma instância fiscalizadora, mas, sim, como uma apoiadora, de caráter educativo, visando a busca por mais qualidade e assistência.
O estudo de Schmitz (2017) também presenta significativas contribuições da Auditoria Interna. Segundo ele, as Unidades de Auditoria Interna podem fortalecer os controles internosdas Instituições, evitando desperdício de recursos e falhas formais, bem como combater acorrupção. Nesse sentido, Almeida (2019) contribui significativamente com a elaboração de um Manual de Procedimentos para a prática profissional, visando uniformizar os procedimentos, aperfeiçoar o fluxo das informações entre os auditores internos e usuários, além de compreender a alta administração, as unidades auditadas, interessando principalmente a comunidade acadêmica. Diante disso, o Manual se torna um instrumento fundamental para definir os serviços de avaliação, consultoria e apuração, tipos e etapas de serviços, o plano e o processo da auditoria, a elaboração e a condução das atividades. Além disso, possibilita a comunicação dos resultados e o monitoramento das recomendações.
O Manual configura-se, portanto, como um instrumento que encerra os conhecimentos básicos, bem como os métodos de Auditoria Interna e os procedimentos organizacionais referentes ao gerenciamento das atividades, sobretudo, as atribuições do auditor e toda a equipe técnica, além dos documentos elaborados pelos auditores e utilizados na unidade, contendo informações sobre seu conteúdo e finalidade, servindo, portanto, de modelo para a padronização das atividades das organizações empresariais.
4.2. Os desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna
Nesta seção, interpretamos e discutimos os resultados sobre os desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna. Em relação à falta de pessoal para desenvolver as atividades das instituições, Rodrigues (2017) afirma ser necessário um incremento de servidores capacitados, pois as capacitações profissionais podem aumentar a qualidade do relatório de auditoria, além de promover o crescimento pessoal e aprimorar as competências em auditoria e na gestão de procedimentos. Marinho (2017) igualmente evidencia a importância da formação e qualificação profissional, sobretudo para a elaboração de tarefas e execução de serviços consultivos. Portanto, propõe-se um treinamento na organização, com estratégias para manter os funcionários capacitados e engajados com suas funções.
O trabalho de Souza (2019) evidencia que a falta de conhecimento por parte da gestão pode afetar o desempenho e a qualidade das atividades, além de subestimar a função da Auditoria Interna a um setor de inspeção. Torna-se necessário capacitação e qualificação profissional, conforme indicado por Dias (2017), a falta capacitação e qualificação dos auditores para execução da Auditoria Interna e a cultura de algumas organizações reticentes em considerar as informações dessa área, faz com que as organizações não tenham muita oportunidade de sucesso na utilização desse instrumento em suas tomadas de ações, sobretudo, pela impossibilidade de interpretação adequada de seus resultados. Segundo Souza (2019), a influência de fatores culturais contribui para a desvalorização da Auditoria Interna, visto como um obstáculo à hierarquia. Conforme Marques (2021), trata-se de um desafio a ser aprimorado, principalmente no processo de convergência, pois resulta na ineficácia do trabalho.
Em relação à ineficácia do trabalho, Souza (2019) confirma que competência, tamanho, relacionamento e suporte podem afetar a percepção de eficácia das atividades da Auditoria Interna, principalmente quando não há autonomia e independência como influenciadoras. Com a falta de autonomia e independência, Brandão (2017) considera que a Auditoria Interna não atende de forma eficaz e eficiente seus objetivos. Para ele, tanto a autonomia quanto a independência são suficientes para melhorar e ampliar o patamar de atuação, isso impulsiona a capacidade de seguir as recomendações com sucesso e garante o cumprimento dos estatutos normativos, bem como das boas práticas administrativas, aprimorando, assim, os mecanismos internos de controle das instituições auditadas. Nesse sentido, Souza (2019) considera a independência um fator essencial para o desempenho da Auditoria Interna, pois a interferência hierárquica pode comprometer sua atuação.
Dutra (2022) explica as dificuldades para o atendimento das recomendações e elenca algumas das principais variáveis que impactam negativamente o atendimento das recomendações, as quais são emitidas pelas auditorias internas governamentais. Elas estão relacionadas a três fatores distintos, que juntos explicam a maioria das dificuldades para o atendimento às recomendações: comunicação das informações, como clareza, utilidade e objetividade; elaboração das recomendações (incluindo limitações e alternativas pela unidade auditada); e processo para atendimento das recomendações, destaque para a insuficiência de servidores e a dependência de outras unidades. Um importante fator a ser destacado nesse contexto, é a falta de comunicação entre auditor e auditado que, segundo Marques (2021), é um aspecto que precisa ser superado nas organizações. Para Lima (2017), implantar uma Comissão de Auditoria Interna (CAI), a partir dos indicadores de desempenho de serviço, pode favorecer a comunicação, bem como contribuir para o esclarecimento de dúvidas.
Schmitz (2017), no que lhe concerne, evidencia a falta de capacitação continuada, também discutida Marinho (2017), Dias (2017) e Marques (2021). Além disso, sinaliza que outros fatores prejudicam as Unidades de Auditoria Interna na execução de sua missão, como a ausência de política de gestão de risco institucional, o tamanho da equipe, a ausência de sistemas informatizados e o apoio dos dirigentes. No entanto, Pinheiro (2021) chama a atenção pela falta de literatura na área de auditoria em classificação de risco; portanto, sugere-se o desenvolvimento de estudos contemplando essa temática, visando gerar dados comparativos e importantes para a melhoria contínua do processo avaliativo. Em relação aos outros fatores, ações de fortalecimento propostas pelos próprios integrantes dessas Unidades de Auditoria sugerem haver algumas saídas para superar esses desafios e tornar a Auditoria Interna uma ferramenta de gestão eficiente e eficaz, contribuindo, sobretudo, para evitar desperdícios de recursos e falhas formais, bem como o combate à corrupção.
Ressalta-se que a falta de informatização delineada por Schmitz (2017) constitui um desafio, pois precisa ser trabalhado por sistemas computadorizados e com acesso a banco de dados para poderem, continuamente, inovar e superar esse e os demais desafios impostos pelo crescente avanço da tecnologia. Para superar os fatores que prejudicam as Unidades de Auditoria Interna no cumprimento de sua missão, torna-se necessário a existência de ambiente, tempo e oportunidade para a captação de todos os membros, buscando satisfazer às exigências impostas pelas novas tarefas que surgem cada dia mais.
Outros fatores que impactam negativamente é a falta de rotina de procedimentos e a rotatividade da equipe. De acordo com Mariz (2020), a falta de rotina de procedimentos é uma das fragilidades que podem interferir na efetividade e qualidade dos trabalhos, bem como na imparcialidade dos julgamentos profissionais e, ainda, na mitigação das diferenças de expectativas. Torna-se necessário estabelecer procedimentos de orientação aos auditores, sobretudo, para afastar ou mitigar essas fragilidades. Em relação à rotatividade da equipe, o estudo de Senaha (2021) verificou que influencia negativamente na qualidade da Auditoria Interna e, consequentemente, no seu valor para a organização. Sugere-se, portanto, que a rotatividade da equipe deve ser evitada, ou que seja criado um modelo de aceitação para casos e/ou atividades específicas, pois a partir desse modelo, novas estratégias podem ser consideradas pela alta administração.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o crescimento das empresas nos últimos anos, a Auditoria Interna se destaca como importante ferramenta para o sucesso, principalmente das micro e pequenas empresas (MPEs), tendo em vista a necessidade de uma estrutura que verifique a eficácia dos sistemas de gestão e controles internos. No entanto, por estarem inseridas em um contexto competitivo, encontram-se com alta taxa de mortalidade, caracterizado, sobretudo, por seu insucesso. Nesse sentido, esta pesquisa buscou evidenciar a importância da Auditoria Interna para o fortalecimento das MPEs, identificando, nos trabalhos publicados na Biblioteca de Teses e Dissertações (BDTD), as principais contribuições da Auditoria Interna para o processo de gestão das MPEs, sobretudo, para evitar seu insucesso, diante do crescente avanço das tecnologias.
A revisão bibliográfica permitiu o entendimento dos conceitos relacionados à Auditoria Interna, bem como seus procedimentos, objetivos, normas e planejamento, norteando a compreensão das temáticas que envolvem essa ferramenta, enquanto os procedimentos metodológicos aplicados no estudo, permitiram a construção de duas categorias de análises: i) importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão e desafios para a implementação; e ii) aplicabilidade da Auditoria Interna.
Para o tema importância da Auditoria Interna como instrumento de gestão, os trabalhos analisados identificaram a importância das atividades desenvolvidas na área, pois contribuem significativamente para: assessoramento e orientações; acompanhamento da implementação de recomendações dos órgãos de controle interno/externo; emissão de relatórios; influência positiva na hierarquia; melhoria da governança; qualidade do serviço desenvolvido; tomada de decisões e valorização da organização; identificação de pontos de melhoria; mais clareza, assertividade, confiabilidade e senso de justiça no veredito final; identificação, classificação de risco e a análise do suporte de sua ocorrência; melhoriasnaspráticasdeauditoriainterna;obtençãodeeficáciadecontroles;avaliaçãodosprocessosorganizacionais;mitigaraocorrênciadefraudes;mitigaroconflitodeinteresses;reduzirosproblemas;estreitamentoderelações;comunicaçãoeficaz; esclarecimento das dúvidas sobre o papel da auditoria; fortalece os controles internos das Instituições; evita o desperdício de recursos; identifica falhas formais; combater à corrupção.
Considerando a abrangência da Auditoria Interna, o estudo evidencia sua importância para o fortalecimento da estrutura organizacional das MPEs. No entanto, cabe ressaltar a importância de um bom planejamento, da transparência e do controle de contas, pois são fatores que contribuem significativamente para a eficácia da Auditoria Interna. Além disso, destacamos a importância de institucionalização e aplicação de um modelo que permita identificar pontos de aprimoramento nos procedimentos de Auditoria Interna, por exemplo, através de relatos e da descrição detalhada das classificações, sobretudo, pelo feedback individual durante o procedimento de auditoria, permitindo gerar auditorias clínicas-organizacionais integradas com retorno educativo.
As análises revelam que a Auditoria Interna, de forma efetiva, torna-se um diferencial para as organizações, uma vez que facilita a qualidade da informação contábil, sobretudo, em relação à avaliação detalhada de cada informe e dado registrado em suas demonstrações. Um instrumento significativo e fundamental para orientar os processos de Auditoria Interna é a elaboração de um Manual de Procedimentos, pois se caracteriza por definir os serviços de avaliação, consultoria e apuração, tipos e etapas de serviços, o plano e o processo da auditoria, o planejamento e a realização de tarefas, além de possibilitar a comunicação dos resultados e o monitoramento das recomendações, haja vista os conhecimentos acerca das atribuições do auditor e de toda a equipe técnica, onde contém informações sobre conteúdo e a finalidade, servindo, portanto, de modelo para a padronização das atividades das organizações empresariais.
Para o tema desafios para a implementação e aplicabilidade da Auditoria Interna, os trabalhos analisados identificaram: falta de pessoal para desenvolver as atividades das instituições; ineficácia do trabalho; interferência hierárquica; falta de conhecimento por parte da gestão; influência de fatores culturais contribuem para a desvalorização da Auditoria Interna; falta de autonomia e independência; falta de capacitação/qualificação; falta de literatura na área de auditoria em classificação de risco; variáveis que impactam negativamente o atendimento das recomendações; falta de comunicação; falta de rotina de procedimentos; rotatividade da equipe; ausência de política de gestão de risco institucional; tamanho da equipe; falta de informatização e falta de apoio dos dirigentes.
Diante disso, propõe-se a criação de um ambiente, tempo e oportunidade para a captação de todos os membros; ou seja, um treinamento na organização, com estratégias para manter os funcionários capacitados e engajados com suas funções, bem como a construção de autonomia e independência, visando dirimir o impacto negativo das variáveis que dificultam o atendimento das recomendações na área de Auditoria Interna. Torna-se necessário implantar uma Comissão de Auditoria Interna (CAI) para favorecer a comunicação e o estabelecimento de procedimentos de orientação aos auditores, sobretudo, para afastar ou mitigar essas fragilidades. Por fim, destacamos a importância de pesquisas contemplando a temática da Auditoria Interna, visando gerar importantes dados comparativos para a melhoria contínua do processo avaliativo.
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1O Controle Interno constitui uma importante ferramenta, sobretudo, para proteger os bens de uma determinada empresa contra prejuízos decorrentes de fraudes ou erros involuntários, bem como assegurar a validade e integridade dos dados contábeis utilizados para a tomada de decisões e promover a eficiência operacional da empresa conforme as normas estabelecidas (REZENDE; FAVERO, 2004). São destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, permitindo prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que ocorrem na empresa e produzem reflexos em seu patrimônio (FRANCO; MARRA, 1992).
2Link para acesso à página da BDTD: <https://bdtd.ibict.br/vufind/>.
Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG