A EFICÁCIA DA ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8364626


Vitor Souza Mascarenhas1
Alessandro Sousa Chaves2


RESUMO

A depressão é um transtorno que tem aumentado sua ocorrência com o passar dos anos, é uma psicopatologia multicausal em que uma série de variáveis podem contribuir para sua ocorrência e permanência, sendo de diagnóstico relativamente simples, porém de difícil tratamento. A ativação comportamental é uma resposta eficaz para esse problema que tem se delineado como problema de saúde pública que atinge uma parcela significativa da população mundial, o presente trabalho busca descrever como essa ferramenta da psicologia atua no manejo do transtorno depressivo, o conceito de ativação comportamental, os instrumentos usados dentro dessa técnica, bem como apresenta os resultados de outros estudos que avaliaram a eficácia da ativação comportamental e da Terapia cognitiva-comportamental no tratamento do transtorno depressivo. O objetivo é apresentar a validação científica demonstrando que o tratamento é viável e eficiente. A metodologia usada foi a revisão integrativa de literatura, analisando o atual panorama da ativação comportamental no tratamento da depressão. Os artigos descreviam o conceito de ativação comportamental, sua aplicabilidade e como implementá-la na prática clínica, alguns achados descreviam as alterações neurofisiológicas e neuroquímicas das intervenções da TCC após submeter indivíduos com os transtornos depressivos ao tratamento psicoterapêutico, bem como as mudanças comportamentais e de humor decorrentes dessas alterações. Concluiu-se que a ativação comportamental tem eficácia comprovada, tem resultados superiores ao tratamento farmacológico e não exige anos de treinamento pelo terapeuta.

Palavras-chave: Transtorno Depressivo Maior; Depressão; Ativação Comportamental; Terapia Cognitivo Comportamental.

ABSTRACT

Depression is a disorder that has increased its occurrence over the years, it is a multicausal psychopathology in which a series of variables can contribute to its occurrence and permanence, being relatively simple to diagnose, but difficult to treat. In this sense, the science of psychology has sought to develop effective treatments that have easy applicability and greater prospects for patient engagement in treatment, as one of the biggest challenges in the treatment of depression is the active involvement of the patient. Behavioral activation is an effective response to this problem that has been outlined as a public health problem that affects a significant portion of the world population, the present work seeks to describe how this tool of psychology acts in the management of depressive disorder, the concept of behavioral activation, the instruments used within this technique, as well as presents the results of other studies that evaluated the effectiveness of behavioral activation and cognitive-behavioral therapy in the treatment of depressive disorder. The aim is to present scientific validation demonstrating that the treatment is feasible and efficient. The methodology used was the integrative literature review, analyzing the current panorama of behavioral activation in the treatment of depression. The articles described the concept of behavioral activation, its applicability and how to implement it in clinical practice, some findings described the neurophysiological and neurochemical changes of CBT interventions after subjecting individuals with some of the mental disorders such as anxiety, depression, obsessive compulsive disorder and post-traumatic stress disorder to psychotherapeutic treatment, as well as the behavioral and mood changes resulting from these changes. It was concluded that behavioral activation has proven efficacy, has superior results to pharmacological treatment, and does not require years of training by the therapist.

Keywords: Major Depressive Disorder; Depression; Behavioral Activation; Cognitive Behavioral Therapy.

1. INTRODUÇÃO

A ativação comportamental é uma das técnicas de intervenção da terapia cognitivo comportamental e das terapias comportamentais em geral Alves e Bonvicini, (2022). É amplamente usada devido sua aplicabilidade interventiva nos casos de transtorno depressivo, a ativação comportamental é essencial na maioria dos casos de pessoas com os transtornos depressivos, uma grande quantidade de pacientes necessitam receber explicações lógicas, receber orientações na escolha e planejamento de atividades e obter respostas a pensamentos automáticos que interferem na realização de atividades e na aquisição de sentimentos de domínio e prazer decorrente dessas atividades, as terapias comportamentais são conhecidas por suas práticas baseadas em evidências o que promove o caráter científico dessas terapias, assim sendo o propósito desse artigo é analisar a eficácia da ativação comportamental como ferramenta da terapia cognitivo comportamental no tratamento do transtorno depressivo (BECK, 2013).

O transtorno depressivo maior é caracterizado por humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades, perda ou ganho significativo de peso, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada, capacidade diminuída de pensar ou se concentrar e de tomar decisões, pensamentos recorrentes de morte Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5º Ed. (DSM 5, 2014), a descrição do DSM 5 mostra claramente como esse transtorno é incapacitante e tem uma relevância social, psicológica e física muito grande, podendo atuar de forma negativa em todas as áreas da vida do indivíduo (DSM 5, 2014). 

Os transtornos depressivos tem ocorrido em taxas cada vez maiores, a organização mundial da saúde (OMS) estima que mais de trezentos milhões de pessoas em todo o mundo sofra com esse problema Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016), ela também considera esse transtorno como a principal causa de incapacidade devido seu potencial de remover o indivíduo da maioria das atividades e contextos sociais de sua vida, ou mesmo de todos nos casos mais graves, e nesses casos ainda há o risco de suicídio que é frequente nos casos mais graves da doença, a OMS informa que cerca de oitocentas mil pessoas morrem por suicídio a cada ano Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016). 

A ativação comportamental tem como fundamento os princípios do condicionamento operante considerando que a depressão deve ser conceitualizada através do contexto de vida do indivíduo, e devemos entendê-la como uma série de ações e comportamentos que ocorrem em  determinados ambientes, o foco da intervenção é a ativação dos comportamentos do paciente, a realização constante de atividades que facilitem a alteração das contingências negativas para positivas, a intenção é ativar processos que reduzam a esquiva e ruminação, trabalhando a resolução de problemas, o cumprimento de rotinas e estratégias de enfrentamento. As principais técnicas usadas são o diário de maestria e prazer (diário de atividades prazerosas), o registro de atividades diárias, o manejo de contingências situacionais, o ensaio comportamental, a modelagem, o ensaio verbal e técnicas de relaxamento (CARNEIRO e DOBSON, 2017).

2. METODOLOGIA

Este estudo é caracterizado como uma revisão integrativa de literatura, para sua realização foram feitas pesquisas nas bases de dados Lilacs, Pepsic e Google acadêmico usando os termos “ativação comportamental”, “depressão”, “Terapia cognitivo comportamental e depressão” tendo como critério de inclusão que os textos abordassem além dos temas acima citados, que demonstram os resultados da ativação comportamental e da TCC como método de intervenção levando em consideração a eficácia da ativação comportamental, aplicabilidade da ativação comportamental no tratamento da depressão, comprovação científica da terapia cognitivo comportamental como tratamento de psicopatologias e alterações comportamentais e de humor promovidas pela terapia cognitivo comportamental em pacientes com transtorno mental, além dos artigos foram utilizados livros manuais da psicologia cognitiva e comportamental como forma de complementar a discussão sobre a eficácia.  

Tabela 1. Apresentação das intervenções da psicologia cognitiva e comportamental para depressão na perspectiva da ativação comportamental, e estudos sobre as modificações neuroanatômicas da depressão.

Autor/anoTítulo do artigoTema/descrição
Carneiro e Dobson (2017)Tratamento cognitivo-comportamental para a depressão maior: uma revisão narrativa Evidências e aplicabilidade de técnicas usadas nos transtornos de humor, as quais são: TCC tradicional, ativação comportamental, mindfulness, e dispositivos on-line (TCC pela internet).
Cardoso (2011)Psicoterapias comportamentais no tratamento da depressãoDescrição das intervenções comportamentais e suas aplicações no tratamento da depressão, as psicoterapias descritas foram: terapia analítico-comportamental, terapia cognitivo-comportamental, ativação comportamental, ACT e FAP.
Stock, Barbosa e Kristensen (2014)Evidências de alterações neurais na terapia cognitivo-comportamental: Uma revisão de literaturaRevisão de literatura sobre as pesquisas que fazem correlação entre as modificações neuroanatômicas e funcionais com a aplicação de reestruturação cognitiva.
Alves e Bovicini (2022)O papel da ativação comportamental no manejo dos sintomas depressivosDescrição conceitual, aplicabilidade e resultados da ativação comportamental.
Ritchey et al. (2011)Neural correlates of emotional processing in depression: Changes with cognitive behavioral therapy and predictors of treatment responseDescrição de estudo experimental usando ressonância magnética funcional para avaliar alterações neurais em pacientes com depressão após serem submetidos a terapia cognitivo-comportamental.
Santos (2017)Eficácia da terapia processual e da ativação comportamental no tratamento do transtorno depressivo maior: um ensaio clínico randomizadoComparativo da eficácia da terapia cognitiva processual mais antidepressivos, da ativação comportamental mais antidepressivos e dos antidepressivos isoladamente, descrição dos padrões comportamentais, das alterações de humor e eventos desencadeantes da depressão.
Abreu e Abreu (2017)Ativação comportamental: Apresentando um protocolo integrador no tratamento da depressãoApresentação de conceituações funcionais da depressão na perspectiva comportamental e intervenções com ativação comportamental para cada tipo com interface em FAP e ACT.
Lage (2010)Neurobiologia da depressãoDescrição da neuroanatomia, neurofisiologia e neuroquímica da depressão, bem como dos mecanismos antidepressivos.
Shiota et al. (2017)Effects of behavioural activation on the neural basis of other perspective self-referential processing in subthreshold depression: a functional magnetic resonance imaging studyEstudo experimental usando ressonância magnética funcional para avaliar as mudanças neurais em pacientes com depressão e depressão subliminar após serem submetidos ao tratamento de ativação comportamental.

3. EVIDÊNCIAS DA EFICÁCIA DA ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL

Com base na perspectiva da psicologia baseada em evidências foi analisado os resultados das intervenções da TCC no tratamento do transtorno depressivo maior, os resultados se baseiam nas técnicas e nos relatos das observações clínicas dos principais teóricos da terapia cognitiva comportamental propostas para cada intervenção, Santos em seu ensaio clínico randomizado confirma a eficácia da ativação comportamental através de metanálises e outros ensaios clínicos, relatando que em alguns desses ensaios a AC teve resultados igual a terapia farmacológica, ou seja o uso de antidepressivos em pacientes com transtorno depressivo maior grave, e resultados superiores ao uso da TCC tradicional (SANTOS, 2017).

Um estudo realizado com pacientes com o transtorno depressivo maior submetidos a psicoterapia durante 16 semanas associando antidepressivos com terapia cognitiva comportamental e ativação comportamental foi realizado e acompanhado a partir de sua recaída ou recorrência durante dois anos pós resposta ao tratamento, avaliando através de estatística as mudanças significativas com taxas de 61% de detecção havendo uma diferença de 30% de diferença entre psicoterapia e medicação (CARNEIRO e DOBSON 2017).

No estudo de Jacobson et al. foi verificado que os pacientes com o transtorno depressivo maior que receberam o tratamento com ativação comportamental apresentaram resultados um pouco melhores no que tange a redução dos sintomas e manutenção da mudança comportamental pelos dois anos seguintes, em comparação com os indivíduos que receberam outros tipos de intervenções cognitivas-comportamentais (JACOBSON et al. 1996, apud CARDOSO, 2011).

Abreu em seu artigo aponta que a ativação comportamental tem eficácia comprovada no tratamento da depressão demonstrado através de ensaios clínicos randomizados realizados por Dimidjian et al., (2006); Jacobson et al., (1996); Hopko, Lejuez, LePage, Hopko, e McNeil, (2004); Porter, Spates, e Smitham, (2004), apud, Abreu e Abreu, (2017), também comprovado por uma meta-análise que avaliou 34 pesquisas com 2055 participantes e demonstrou que não existe diferenças significativas entre a ativação comportamental e a terapia cognitiva tradicional no tratamento da depressão que já possui eficácia consolidada através de outros estudos (MAZZUCCHELLI, KANE, e REES, 2009, apud ABREU e ABREU, 2017).

A revisão de Ekers sobre a eficácia da ativação comportamental que reuniu 25 estudos realizou uma comparação entre AC + AD e o tratamento apenas farmacológico usando antidepressivos. Os resultados demonstraram que a ativação comportamental associada com o uso de antidepressivos é eficaz como tratamento para a depressão e que se mostra superior ao tratamento farmacológico isolado (EKERS et al. apud CARNEIRO e DOBSON 2017).

Em um outro estudo foi comparado o tratamento com paroxetina, placebo, ativação comportamental e terapia cognitivo comportamental em 500 indivíduos com diagnóstico de depressão. Os indivíduos submetidos ao tratamento de ativação comportamental tinham que designar notas de acordo com o grau de dificuldade de realização das atividades que gostariam de realizar, e eram recompensados sempre que conseguiam realizar as atividades com algo que gostavam, foram realizadas avaliações antes, durante e ao final do processo com o inventário de depressão de Beck (BDI), os indivíduos tratados com AC apresentaram resultados superiores em relação a redução de sintomas depressivos em comparação aos submetidos a outro tipo de terapia comportamental, também tiveram resultados semelhantes aos indivíduos tratados com paroxetina, e ainda nos casos de depressão mais graves os resultados foram significativamente melhores que os tratados com terapia cognitivo comportamental tradicional (DIMIDJIAN et al., 2004 Apud  CARDOSO 2011).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A depressão é um transtorno que em muitos casos se torna grave promovendo diversos riscos para o indivíduo e entre eles o risco de morte, nesse cenário torna-se de elevada importância um tratamento adequado com eficácia comprovada para esse transtorno, a ativação comportamental aplicada na TCC é um dos tratamentos usados para a depressão e nesse contexto é necessário avaliar sua eficácia, já que entre outros fatores o risco de suicídio pode estar presente. 

A terapia cognitivo comportamental tem o status de padrão ouro no tratamento de diversas psicopatologias, com base nisso faz-se necessário pesquisas e estudos que validem suas intervenções, buscando dados nessa perspectiva foi encontrado estudos que forneceram essa validação com apresentação dos resultados das intervenções demonstrando claramente a eficácia dessas intervenções.

Foi analisado a intervenção da TCC no transtorno depressivo de maneira ampla e seu uso da ativação comportamental, apresentando dados de diversos estudos como fator científico da consolidação dos resultados das intervenções da TCC no tratamento do transtorno depressivo e nos demais transtorno em que a TCC é usada como tratamento.

Os artigos descreviam o que é a ativação comportamental bem como sua aplicabilidade e como implementá-la na prática clínica, proporcionando uma visão clara e ampla dessa ferramenta e a junção de teoria e prática clínica, também foram encontrados artigos que demonstravam as mudanças neurofisiológicas e neuroquímicas das intervenções da terapia cognitivo comportamental nos pacientes com transtornos depressivos, o que reforça o papel funcional dessa e de outras ferramentas da TCC como intervenção psicoterapêutica através das evidências de resultados positivos no tratamento da depressão e outros transtornos mentais.

Os achados científicos demonstram que tanto a ativação comportamental quanto a TCC em geral proporcionam uma melhora significativa nos tratamentos dos transtornos depressivos e nos demais transtornos citados nos artigos, tanto em paralelo com a farmacoterapia, quanto como único método de tratamento como é o caso da depressão, demonstrando que suas intervenções são práticas baseadas em evidências pois os estudos relatam análises estatísticas da mensuração dos resultados das intervenções, inclusive planejando a prevenção de recaídas, fato que se mostrou de grande eficácia em comparação com a farmacoterapia que não apresenta resultados para a prevenção de recaídas.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BECK, Judith, S. TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: teoria e prática. 2° ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

CARNEIRO, Adiana. M.; DOBSON, Keith, S. TRATAMENTO COGNTIVO COMPORTAMENTAL PARA DEPRESSÃO MAIOR: Uma revisão narrativa. Revista brasileira de terapias cognitiva, Porto Alegre: pp.42-49, 2017. 

CARDOSO, Luciana, R. D. PSICOTERAPIAS COMPORTAMENTAIS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO. Psicol. Argum. Curitiba: v.29. n.67, p.479-489, 2011.

STOCK, Tatiana, O.; et al. EVIDÊNCIAS DE ALTERAÇÕES NEURAIS NA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: Uma revisão de literatura. Contextos clínicos, Porto Alegre: vol. 7, n. 1, 2014. 

ALVES, K. I.; BONVICINI, C. R. O PAPEL DA ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL NO MANEJO DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS: Research, Society and Development, Patos de Minas: 2022.

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ABREU, P R.; ABREU, J. H. S. S. ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL: Apresentando um protocolo integrador no tratamento da depressão. Revista brasileira de terapia comportamental e cognitivas, São Paulo:  vol. XIX, no. 3,  2017.

STHAL, Stephen, M. PSICOFARMACOLOGIA: bases neurocientíficas e aplicações práticas. 4° ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2014.

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1UNIJORGE, Salvador/BA, Brasil. vitor.mascarenhas@outlook.com.br
2UNIJORGE, Salvador/BA, Brasil