STRATEGIES IMPLEMENTED TO PROMOTE SELF-CARE FOR COMMUNITY HEALTH AGENTS IN THE STATE OF BAHIA: A CASE REPORT
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8001360
Paulo Henrique dos Santos¹
Letícia Nascimento Marques de Souza Silva¹
Arianne Vasconcelos Valdevino¹
Denise de Souza Ferreira¹
Resumo: Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são componentes essenciais na Estratégia de Saúde da Família, sendo os principais orientadores de cuidado e aproximação da comunidade com a Unidade Básica de Saúde (UBS). Nesse contexto, o ACS é o primeiro promotor de cuidado e, sendo assim, é imprescindível zelar pelo bem estar desses trabalhadores. Desse modo, o presente estudo é um relato de experiência, fruto do projeto de extensão: “Um olhar de cuidado ao cuidador” realizado por estudantes de medicina vinculados à Faculdade Estácio de Juazeiro (BAHIA). O objetivo do trabalho foi empregar estratégias de promoção à saúde para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) como: palestra, roda de conversas, dinâmicas e músicas como forma de implementação de cuidado a quem está sempre cuidando. Com isso, o projeto teve impacto positivo aos ACS, uma vez que o acolhimento foi promovido e o retorno de satisfação foi evidente nas palavras de gratidão ao ato de promoção de um tempo e espaço de cuidado à essa parcela da comunidade que tanto cuida, mas que, infelizmente, é negligenciada.
Palavras-Chave: Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Cuidado, estratégias.
Abstract: The Community Health Agents (CHA) are essential components in the Family
Health Strategy, being the main guides of care and approximation of the community with the Basic Health Unit (UBS). In this context, the ACS is the first promoter of care and, in this context, it is necessary to ensure the well-being of these workers. Thus, the present result is an extension project: “A look at care for the caregiver” carried out by medical students linked to the Estácio de Juazeiro College (BAHIA) relationship. The objective of the work was to analyze, through the application of a form, the health profile of community agents (ACS) and, based on these, to employ health promotion strategies such as: lecture, conversation circle, theater, exercises, dynamics, music , cordel, poetry, among others, as a way of implementing care for those who are always caring. With this, the project of positive reception to the CHAs, since the impact was promoted, and the return of satisfaction was evidenced by the act of promoting a community and space of care at that time that cares so much, but which, unfortunately, is neglected.
Keywords: Community Health Agents (CHA), Care, strategies.
1. INTRODUÇÃO
A extensão universitária é uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual ela está inserida, a fim de aproximar as instituições e ofertar melhorias coletivas (NUNES, 2011). Ponderando frente a essa definição, o Agente comunitário de Saúde que, em princípio, é um indivíduo que está inserido na comunidade, na qual realiza suas atividades laborais e tem como algumas de suas funções fazer o acolhimento, cadastramento e orientar sobre o funcionamento da UBS e os atendimentos realizados. Logo, o seu papel como ponto de interseção entre o governo, representado pela estrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS) e a comunidade tem potencial relevância, uma vez que conhecer o funcionamento das partes envolvidas no processo de cuidado é importante para a modulação das estratégias de promoção à saúde.
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), implantado pelo Ministério da Saúde em 1991, tinha como objetivo oferecer assistência em saúde com maior qualidade e coerência com a realidade de cada comunidade (BRASIL, 2001). Sendo assim, a instituição da profissão de Agente Comunitário de Saúde é um marco de forte reafirmação e consolidação prática dos princípios e diretrizes de Universalidade, integralidade, equidade e descentralização, delimitadas na Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde (SUS) n º 8080/1990. Assim, desde a constituição da profissão de Agente Comunitário de Saúde, o mesmo desempenha processos de cuidador ativo dos cidadãos, mas surge o questionamento frente a essa realidade: Quem cuida do cuidador?
Portanto, o objetivo desse trabalho foi promover assistência a uma classe de trabalhadores da área da saúde, por meio de encontros virtuais abordando temáticas que permitiram o autocuidado dos Agentes Comunitários de Saúde. Para isso, foi desenvolvido materiais educativos com orientações para o autocuidado do Agente Comunitário de Saúde ao realizar ações com os Agentes Comunitários de Saúde, que pudesse melhorar a qualidade de vida e bem estar desta classe de trabalhadores da área da saúde.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Instituídos no Sistema Único de Saúde (SUS) em 1991, através do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem se tornado um profissional de extrema importância para o modelo de atenção primária em todo o Brasil, uma vez que atua dentro das políticas públicas como ideia essencial de elo envolvendo a comunidade e os serviços (MASCARENHAS; PRADO; FERNANDES, 2013).
Sabe-se ainda que um dos requisitos para o exercício da atividade de ACS é residir na área da comunidade em que atua e é, nesse contexto, que o seu papel de mediador entre os serviços, os profissionais de saúde e os moradores dos territórios é exaltado. Contudo, vale ressaltar que diante das necessidades, as pessoas da comunidade buscam em primeiro lugar o ACS, quer seja uma informação, uma reclamação ou a solução de um problema mais grave e dele esperam uma resposta, em uma relação de cobranças e exigências nem sempre pacatas (MOROSINI; FONSECA, 2018).
De acordo com Theisen (2004), o trabalho desse profissional é afetado por diversos fatores como aumento de tarefas e de responsabilidades; condições salariais inadequadas; resistência da população com relação às orientações, além da inexistência de limites entre o ambiente de trabalho, seu conteúdo e o local de moradia do agente, implicando assim, sobrecarga física e mental em função da “contaminação” da vida cotidiana pelo trabalho. Para Rosa, Bonfanti e Carvalho (2012), é o ACS que entra em contato mais cruamente com as distintas formas de sofrimento da população. Seu papel ultrapassa, portanto, as atribuições que lhe compete, afinal a vida no bairro, em suas diversas expressões, segue depois do expediente, nos feriados e nos fins de semana. Assim, há que se considerar que, geralmente, a atuação do ACS está permeada de considerável envolvimento pessoal e interpessoal, o que pode trazer conflitos e desgaste emocional.
Estudos têm demonstrado que o ACS tem sido cada vez mais acometido por problemas de ordem ocupacional que interferem diretamente na sua qualidade de vida, como a ansiedade, a depressão, o estresse, dentre outros (MASCARENHAS; PRADO; FERNANDES, 2013).
Ante aos fatos, é inegável a relevância do ACSs no contexto das ações do Sistema Único de Saúde, e imprescindível reconhecê-los como dignos de um olhar voltado para suas condições de vida e trabalho, visando à ampliação do conhecimento das situações de exposição ocupacional, assim como, dos comportamentos que podem representar riscos à sua qualidade de vida (GOMES et al, 2010).
Um dos aspectos indispensáveis para o acolhimento é a comunicação. (Matumoto, 2002, p.1). Segundo Sampaio et. al. (2014), as rodas de conversas são caracterizadas como métodos de política libertadora, que possibilitam a emancipação humana, política e social de coletivos (p.1300), que favorecem “encontros dialógicos, criando possibilidades de produção e ressignificação de sentido” (p.1301). Essa estratégia tem como objetivo a reflexão do contexto em que os ACSs estão inseridos, com diálogos entre si, junto de profissionais de saúde, especialmente psicólogos. (AFONSO; SILVA; ABADE, 2009).
Mesmo diante dos inúmeros benefícios que as práticas do diálogo propiciam na vida do ACS, ainda é perceptível que essa prática não ocorre com frequência. Tanto os estudos quanto os projetos de promoção à saúde do ACS não são vistos como imprescindíveis, o que nos leva a perceber que esse público alvo, na maioria das vezes, não está sendo ouvido. “As condições de trabalho e a organização do trabalho se constituem como fontes de tensão e desgaste da saúde do trabalhador” (REBOUÇAS,1989). Com isso, diante desse desgaste e tensão do trabalho que o ACS, muita das vezes, tem que suportar sozinho é visível o quanto esse grupo necessita de atenção e de cuidados.
3. METODOLOGIA
O presente artigo trata-se de um relato de experiência mediado por um grupo de alunos e docentes da Faculdade Estácio de Juazeiro (BAHIA). São descritas as vivências ocorridas no período de junho de 2020 à julho de 2021 em consonância com projeto de extensão realizado e experiências vivenciadas na disciplina de Saúde da Família. Os ciclos de desenvolvimento do projeto “Um Olhar de Cuidado ao Cuidador” propuseram encontros quinzenais, primeiramente presenciais, mas que tiveram que ser adaptados para a forma remota frente a situação epidemiológica mundial implicada pelo COVID-19. Com isso, foi desencadeada uma transposição de barreiras geográficas, visto que ACS de outros municípios como Santa Inês/BA, Sobradinho/BA, Remanso/BA, Salvador/BA, passaram a frequentar os encontros. O público alvo foram os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) atuantes em qualquer unidade básica de saúde do país, tendo em vista o alcance e a facilidade de encontros por meios virtuais.
Os encontros foram realizados virtualmente por meio das plataformas digitais: “WhatsApp” e “Google Meet”, considerando cenário epidemiológico em relação à pandemia do SARS-COV 2, COVID-19, e as medidas sanitárias restritivas adotadas pelo município de Juazeiro/BA. Para isso, foram utilizados computador, internet, slides e convites virtuais para profissionais externos e ACS participarem dos encontros. O instrumento principal utilizado foi o discurso, a escuta, os quais foram mediados por estratégias variadas de promoção à saúde como: palestras, rodas de conversas, dinâmicas, músicas, cordel, poesias, práticas integrativas e complementares de saúde (PICS). Foram planejados 8 encontros (ENC), os quais incluíram as seguintes temáticas:
ENC 1: Boas vindas de volta. Como vai você?
ENC 2: vivências em tempos de COVID-19.
ENC 3: Educação em saúde: autocuidado.
ENC 4: Doenças crônicas: teoria e prática.
ENC 5: Oficina sobre respiração (controle de ansiedade).
ENC 6: Educação em saúde: Fitoterapia.
ENC 7: Alimentação Saudável (descascar mais, desembalar menos)
ENC 8: Valeu a pena? Encerramento do Projeto
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No período de execução do projeto foi possível mensurar resultados palpáveis oriundos dos trabalhos executados juntos ao grupo de Agentes Comunitários de Saúde que trabalham na Unidade Básica de Saúde do Piranga, bem como com os ACS que ingressaram no projeto após a mudança da execução do modo presencial para o remoto.
Ao decorrer dos encontros e em consonância com a ideia de gerar reflexão e indagação sobre vivências, condições de trabalho, sobre a vida de cada pessoa que se enquadra na categoria de profissional ACS. Foi relatada a importância do projeto voltado a essa classe, visto a escassez desse tipo de atividade e como seu impacto é positivo na comunidade. Esse ponto foi destacado, em virtude dos encontros remotos que puderam oferecer ao grupo o entendimento de ações similares não apenas no município de Juazeiro na Bahia, mas em todo território nacional, visto que de modo estimado, podemos extrapolar os discursos dos ACS das mais diversas localidades do estado da Bahia ao afirmarem a vontade de terem maior participação em ações, as quais eles não sejam apenas os porta voz do convite, mas que eles sejam o público alvo da ação. Considerando isso, depreendemos que fizemos a diferença na perspectiva de vida e de trabalho desses profissionais, mas também na vida de cada sujeito em suas outras atribuições além de ACS, nas suas atribuições como pessoa de direito e parte da comunidade que também necessita e merece um olhar de cuidado.
As atividades executadas a partir dos encontros junto aos Agentes Comunitários de Saúde ocorreram em um período quinzenal, preferencialmente às quarta- feiras pela manhã.
Dessa forma, foi elaborado e entregue os Ofícios, criado um Whatsapp para comunicação, confeccionado e entregue convites aos beneficiários do projeto, os Agentes Comunitários de Saúde.
A primeira etapa, presencial e ainda focada no município de Juazeiro, na UBS Piranga, envolveu um café da manhã proporcionado aos participantes e sendo apresentado o projeto de extensão, o motivo de sua criação, suas metas, objetivos, seu plano de atividades e foi aberto, também, um espaço para sugestões de atividades as quais existisse o desejo de realização além das propostas. O segundo encontro promovido pelo grupo teve como proposta indagativa: “COMO VAI VOCÊ?”, a meta desse momento foi proporcionar a interação entres as partes por meio do conto de como você está se sentindo naquele momento, contar experiências vivenciadas dentro da sua atuação profissional de conexão entre prestação de assistência em saúde e a comunidade , mas também vivências da pessoa que é o profissional. Esse momento de conversa, iniciado pela indagação, foi um momento de muita alegria, gargalhadas, polêmicas e muita interação entre os participantes sempre atentos e participativos no que tange aos relatos, sentimentos e emoções em questão apresentados.
Com o período de isolamento social devido aos altos casos de COVID-19 e visando continuar a execução do projeto de maneira plena, foi proposto migrar de uma execução presencial para a forma remota, haja vista maior adesão dos Agentes Comunitários de Saúde. Sendo assim, o projeto seguiu com o cronograma e realizados as segundas- feira, no horário da noite, com palestras interativas e reflexivas, nas quais o convidado era um mediador do momento com uma temática determinada, e sua papel era instigar as falas dos ACS sobre o tema bem como orientar e conduzir ao melhor entendimento. Com a continuidade, foi reiniciado com o “Boas vindas de volta”. Como vai você?”, conduzido pelos coordenadores do projeto, para as boas-vindas às pessoas que estiveram conosco pela primeira vez, bem como foi dado boas vindas de volta a aqueles que já estavam conosco desde o primeiro semestre, ainda presencial.
O segundo encontro contou com a colaboração de uma psicóloga com o tema: “Vivências em tempos de Covid- 19”. Nesse momento, foi realizado, pela convidada, uma dinâmica na qual cada indivíduo escolheu uma forma geométrica e depois foi pedido para que cada um dissesse seu sentimento para o momento pandêmico vivenciado e logo após indagado se esse sentimento ia para uma bolsa como algo que poderia ser tirado uma lição importante e validade ou se ia para o lixo como algo que não se quer levar consigo ao longo da vida, algo que não agrega nem reflete para uma lição positiva. Considerando isso, depreendeu-se a maior presença das palavras medo, tristeza, insegurança, como sentimentos negativos, mas também houve relato de esperança, fé, amor. Essa mescla de sentimento revelam um reflexo do impacto que o momento pandêmico tem sobre a vida de cada indivíduo como ser singular, haja vista que um sentimento como o medo, classificado como algo negativo, após reflexão é colocado na bolsa de alguns, em virtude do entendimento da dinamicidade e influência que esse sentimento exerce sobre as atitude e visão de cada ação da vida em seu aspecto amplo e integral.
O terceiro encontro do semestre foi mediado por outra psicóloga com o tema “Autocuidado”. A proposta desse encontro era indagar sobre o entendimento existente por parte dos ACS sobre o Autocuidado e ,a partir disso, ser conduzido a reflexão sobre estratégias de autocuidado, sua importância, e se o devido cuidado está sendo feito, tendo em vista o caos que vivenciado naqueles tempos de pandemia.
No quarto encontro realizado, uma Médica de Família e Comunidade foi convidada para debater o tema: “Doenças crônicas: Teoria X Prática”, a ideia de trazer esse tema se enquadra no fato de estarmos diante de dois perfis profissionais no mesa redonda, um médico e Agentes Comunitários de Saúde, sendo que a dualidade entre teoria e prática no que concerne a qualquer patologia que te ser respeitada e entendida para pode ser alcançada a integralidade do cuidado. As doenças crônicas foram escolhidas, haja vista a sua notória prevalência na comunidade e assim podemos aproveitar o momento para destacar um assunto no qual os ACS em sua vivência prática cotidiana se deparam bem como os próprios são acometidos. A figura do médico na mediação desse encontro foi fundamentada, visto que historicamente e culturalmente esse profissional é tido com voz de autoridade no que tange a conhecimentos teóricos relacionados ao bem estar humano. Sendo assim, proporcionamos aos ACS compartilharam histórias de vida e de trabalho, que estavam relacionadas a esse tema, bem como orientá-los em relação às suas condutas adotados na hora de orientar o sujeito que está na sua área/microárea, assim como esse momento permitiu tirar dúvidas dos ACS sobre diversas comorbidades, sendo esse encontro um rico momento de troca de conhecimentos práticos e teóricos.
Entretanto, o cronograma não pôde ser efetivado em sua totalidade. Nas tentativas conseguintes de realização dos encontros, não houve aderência por parte dos ACSs, como no encontro de Fitoterapia, que chegou a ser renomeado (Noite do Chá) e reagendado, em uma tentativa de aumento da adesão, porém sem sucesso. Tal dificuldade impossibilitou a realização também do encerramento que estava planejado no cronograma, uma vez que os ACSs já não respondiam mais às mensagens de convite para as programações e não compareciam às reuniões, o que fez as atividades serem encerradas sem uma confraternização final.
Participar do projeto “um olhar de cuidado ao cuidador” com os Agentes Comunitários de Saúde, levou a modulação do olhar para esses profissionais que estão na linha de frente do cuidado comunitário, uma vez que nos encontros o ponto alto se apontava quando havia os relatos de casos ocorridos na rotina de labor e, concomitantemente, surgia palavras de apoio, solidariedade, empatia, de uma colega para com a outra, destacando que em maior proporção eram pessoas sem proximidade e que não se conheciam, mas que se identificavam por meio de sua profissão. Ademais, o sentimento de fazer a diferença toma de conta do ser, ao observar que a atitude tomado de realizar o projeto tinha grande valor, haja vista que as hipóteses teorizadas de carência de cuidado e de falta de projetos para esse público alvo, foram demasiadas vezes confirmado em falas de agradecimento por esta havendo um olhar de inclusão e cuidado para eles.
Além disso, a contribuição dessa experiência de projeto de extensão é de extrema importância quando se pensa em desenvolvimento da atitude emancipatória do aluno, desenvolvimento autonômico no aprendizado, bem como ampliação e aprimoramento dos assuntos relacionados aos interesses da comunidade, o qual vai de acordo com o preconizado pelas Diretrizes Curriculares que espera a formação de médicos com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, dignidade humana e saúde integral da população.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante ao exposto, é nítido que os ACSs necessitam de espaços e momentos de integração, similares ao proposto pelo projeto, nos quais são eles o público-alvo. Portanto, recomendam-se mais ações voltadas a profissionais para que cada vez mais possam ser impactados pelas ações de cuidado a aquele que é rotineiramente o cuidador. Sendo assim, a continuidade dessas ações permitirá chegar ainda mais longe, atingindo um maior número de profissionais do município de Juazeiro na Bahia, mas também profissionais de demais localidades para que haja um enriquecimento ainda maior das trocas ocorridas durante os encontros e impacto na formação médica acerca da construção do aprendizado sobre suas funções, importância e contribuições.
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¹Faculdade Estácio de Juazeiro – BA