EXPORTAÇÃO DE ALGODÃO NO BRASIL: OPORTUNIDADES E LIMITAÇÕES NO CRESCIMENTO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7992097


Lucas Morais do Nascimento
Professor Orientador: Lea Paz da Silva


RESUMO

O algodão é uma das fibras vegetais mais antigas do mundo, tendo sua utilização disseminada em diversas civilizações antigas. Na Europa, o uso do algodão ganhou força na época das cruzadas e se tornou o principal produto do comércio internacional no século XIX. No Brasil, o algodão foi inicialmente cultivado para a produção de vestimentas para escravos e se tornou um produto importante na cotonicultura após a crise cafeeira na década de 1930. Atualmente, o Brasil é um dos principais exportadores de algodão, com a cultura tornando-se uma das principais commodities brasileiras. A região do cerrado brasileiro tornou-se um dos principais produtores de algodão no Brasil, devido à implantação de tecnologias modernas na produção. O clima quente e o alto índice pluviométrico em determinadas épocas do ano garantem condições propícias para a cotonicultura. Há oportunidades na exportação de algodão, principalmente após a redução da oferta mundial na safra 2014/15 e a expansão na área de cultivo pelos produtores na safra 2017/18. A pesquisa tem como objetivo analisar os fatores que limitam a exportação de algodão e identificar oportunidades de crescimento, utilizando uma metodologia de revisão integrativa da literatura. Essa pesquisa é relevante para estudos futuros e será estruturada em seções que incluem referências teóricas, resultados e considerações finais. O agronegócio continua sendo uma importante fonte de renda e divisas estrangeiras no Brasil, apesar dos esforços de industrialização. A produção e exportação de algodão destacam-se como aspectos relevantes do agronegócio para o desenvolvimento econômico do país.

PALAVRAS-CHAVE: Exportação de Algodão. Oportunidades de Crescimento. Agronegócio.

ABSTRACT

Cotton is one of the oldest vegetable fibers in the world, and its use has spread in several ancient civilizations. In Europe, the use of cotton gained strength at the time of the crusades and became the main product of international trade in the nineteenth century. in Brazil, cotton was initially cultivated for the production of clothing for slaves and became an important product in cotton growing after the coffee crisis in the 1930s. Currently, Brazil is one of the main exporters of cotton, with the crop becoming one of the main Brazilian commodities. The Brazilian cerrado region has become one of the main cotton producers in Brazil, due to the implementation of modern technologies in production. The warm climate and the high rainfall index at certain times of the year guarantee favorable conditions for cotton growing. There are opportunities in cotton exports, especially after the reduction of world supply in the 2014/15 harvest and the expansion in the area of cultivation by producers in the 2017/18 harvest. The research aims to analyze the factors that limit the export of cotton and identify opportunities for growth, using an integrative literature review methodology. This research is relevant for future studies and will be structured in sections that include theoretical references, results, and final considerations. Agribusiness remains an important source of income and foreign exchange in Brazil, despite industrialization efforts. The production and export of cotton stand out as relevant aspects of agribusiness for the economic development of the country.

Keywords: Cotton Export. Growth Opportunities. Agribusiness.

1. INTRODUÇÃO

O agronegócio contribui em vários aspectos para o desenvolvimento econômico do país, desde a oferta de produtos para a demanda interna até a mão de obra e geração de divisas provenientes da exportação. A concordância entre comércio internacional e crescimento econômico vem sendo discutida desde o final do século XVIII. A economia do país, desde o Brasil colônia, depende da agricultura oriunda da exploração pelos portugueses. Mesmo com a implantação de e estímulo à industrialização, o agronegócio ainda é a principal renda para garantir os débitos do Brasil no exterior.

 Assim, a história do algodão no Brasil pode ser contada sob duas perspectivas: o produto se manteve como um produto do mercado interno, atendendo as necessidades da indústria têxtil da população brasileira; a partir de 1930, com a ascensão da crise cafeeira gerada pela política da época, marca-se uma crescente exponencial no cultivo de algodão (cotonicultura) no estado de São Paulo, que se torna o primeiro estado exportador da pluma. Outro obstáculo são as grandes taxas de importação aplicadas a este produto, o que gera barreiras tributárias na comercialização da matéria-prima.

Sabendo que o agronegócio tem se tornado um dos fatores que impulsionam o crescimento do país, esta pesquisa tem como proposta analisar os fatores que limitam o comércio de exportação de algodão e identificar oportunidades de crescimento. Para concluir estes objetivos serão feitas revisões da literatura acerca das possibilidades e limitações da exportação de algodão no Brasil. Sendo assim se torna importante apresentar as falhas e potencialidades destas comodities bem como o processo de exportação/importação do mesmo. Justifica-se esta pesquisa por agregar conhecimento para futuros estudos.

Assim, a metodologia desta pesquisa está baseada em uma revisão integrativa da literatura, em que os artigos e livros foram selecionados pelo método da inclusão e exclusão em plataformas de impacto e acurácia científica. Na segunda sessão do trabalho serão apresentados os referenciais teóricos desta pesquisa, assim como a justificativa. No terceiro momento será discutido os resultados, baseado nos elementos encontrados na literatura selecionada. Por fim, serão apresentadas as considerações finais.

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

         2.1 CONTEXTO HISTÓRICO

O algodão é uma das fibras vegetais mais antigas do mundo, domesticada pelo homem a aproximadamente 4 mil anos, mais ao sul da Arábia. Nos escritos das civilizações antigas, constam o uso do algodão anterior à Era Cristã, com seu uso disseminado pela Índia, Egito, Sudão e toda Ásia Menor. O uso desse produto ganha força na Europa na época das cruzadas. Somente no século XVIII, com o avanço da tecnologia pela revolução industrial, que se iniciou o processo de tecelagem em larga escala (AMPA, 2017).

Desde então, com a ampliação do mercado na Inglaterra, a demanda por algodão teve uma crescente de aproximadamente 5% ao ano. Ainda no século XIX, o algodão tornou-se o principal produto do comércio internacional, o mais notável commodity dos Estados Unidos, representando quase metade da sua exportação (FOGEL, 1994).

No Brasil, os indígenas já dominavam as tecnologias rudimentares de tecelagem, fiação e tingimento desde antes da chegada dos portugueses. Porém, estes se interessavam pelo cultivo de cana, que demandava mão de obra escrava, e, obrigando os colonizadores a dedicar alguns hectares para o cultivo da fibra, com a finalidade de fazer vestimenta para os escravos. A finalidade comercial, tem início apenas após a primeira metade do século XVII, com as primeiras sacas de algodão arbóreo de fibra longa exportadas para a Europa (CONAB, 2018).

Assim, segundo os estudos de COELHO (2010), o algodão é um produto específico que tem sua trajetória dividida em dois momentos, primeiro sustentado como produto do mercado interno, suprindo as necessidades da fibra têxtil no Brasil; e em segundo, como um produto importante após a crise cafeeira na década de 1930, marcando o estado de São Paulo como um dos principais no progresso da cotonicultura e a estabilização do Brasil como um dos principais exportadores da pluma.

Atualmente   a   cultura   do   algodoeiro   tornou-se   uma   das   principais commodities brasileiras.  A ascensão da cultura no Cerrado  brasileiro  propiciou  ao  país  a condição  de importador para a de exportador de pluma. Este aspecto proporcionou ao Cerrado brasileiro as mais altas produtividades na cultura  do  algodoeiro  no  Brasil  e  no  mundo,  em  áreas  não irrigadas.(ARAÚJO e SOFIATTI, 2017).

2.2 Caracterização da fibra

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o algodão enquadra a classe 01.12-1, que enquadra o cultivo desta planta, além de outras fibras de lavoura temporária. A cadeia produtiva deste produto, representa um quociente significante para o agronegócio brasileiro, com uma elevada contribuição para a economia do país. Segundo Menezes (2009), os três principais cultivares de algodão no Brasil pertencem às espécies Gossypium hirsutum e Gossypium barbadense, que apresentam grande parte da produção mundial das fibras comerciais.

O algodão pode ser classificado quanto ao tamanho de suas fibras, as espécies que se desenvolvem de maneira arborícola apresentam fibras maiores enquanto as espécies arbustivas apresentam fibras mais curtas.

2.3 Algodão no Brasil

Segundo o CEPEA (2021), mesmo com as limitações causadas pela pandemia, a comercialização de algodão aumentou consideravelmente, fatores como o aumento da demanda externa no segundo semestre de 2020 e a crescente do dólar, refletiram nos preços internos, que chegaram aos maiores patamares nominais já registrados.

Os maiores produtores do Brasil, em ordem, são: Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. A luz de Brasil (2021):

O algodão é o quinto produto nacional em termos de Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola, devendo atingir, em 2021, o valor de R$ 26,07 bilhões (2,4% do VBP total), alta de quase 92% em relação a 2017 (R$ 13,6 bilhões) e de 3,7% em relação a 2020 (R$ 25,1 bilhões). O VBP do algodão no Nordeste deverá chegar a R$ 6,2 bilhões, cerca de 24% do total nacional,

também registra aumento de 7% em relação a 2020, com R$ 5,5 bilhões produzidos pela Bahia (BRASIL, 2021).

 Na atualidade, a cultura tornou-se um dos principais commodities brasileiras, tornando o cerrado um dos principais exportadores da pluma. Assim, esse domínio morfoclimático se tornou um dos principais produtores de algodão no Brasil e no mundo, em áreas não irrigadas.

Levando em consideração os estudos de Neves e Pinto (2017), a concentração da produção do cultivar no Brasil foi de aproximadamente 89% nos estados do Mato Grosso e da Bahia, conforme ilustrado na figura 1.

Figura 1: Produção de algodão nos dez maiores estados produtores – safra 2016/2017

Fonte: Neves e Pinto, 2017, p.102

A justificativa da alta produtividade está relacionada com a implantação de tecnologias modernas na produção. Vale notar que, além do crescimento da produtividade do algodão em caroço, também houve elevação do rendimento de pluma de 33,3% na safra 1976/77 para 40% na safra 2015/16.

2.4 Oportunidades na exportação

O Brasil apresenta um clima favorável para o desenvolvimento do cultivar, o clima quente e o alto índice pluviométrico em determinadas épocas do ano garantem condições propícias para a cotonicultura. Além das adequações das condições climáticas, a região do cerrado brasileiro ainda apresenta um solo com ótimas características físicas, mas com poucos macronutrientes e acidez elevada, em que se faz necessário o uso de fertilizantes específicos para a adequação do solo para receber o plantio do algodão. Embora os insumos para a produção apresentem um custo elevado, o produtor garante a qualidade do produto, mas que depende de uma gestão efetiva para gerir os custos e gerar lucros (NEVES E PINTO, 2017).

A produção de algodão apresentou um déficit na safra 2014/15, a China que configura um dos maiores produtores mundiais apontou uma queda anual de 4,5% desde a safra de 2012/13. Com a redução da exportação chinesa, a produção dos outros países também apresentou uma queda, a solução para este problema foi reduzir os estoques, para diminuir oferta, alterando o preço da no mercado mundial. Já o resultado da safra 2017/18 foi bastante satisfatório, pois apresentou uma expansão na área de cultivo pelos produtores, recuperando o preço do mercado. Para os próximos anos, aponta-se um aumento na produção da pluma nos Estados Unidos (EUA) de aproximadamente 12% em relação da última safra (2020/21).

Em relação ao consumo, espera-se que o crescimento mundial seja de aproximadamente 2%, puxado por um aumento semelhante na Índia, consequência da maior competitividade dos produtos de algodão. O consumo na China ficará estável ou terá crescimento de 1%, a depender dos preços no mercado internacional e da oferta de algodão disponível. Outrossim, a crescente mundial reflete na exportação do Brasil, que configura o terceiro maior exportador de algodão do mundo, perdendo apenas para os EUA e Índia.

Mas essa condição apresenta determinada instabilidade, apresentando taxas de crescimento de decrescimento que não são uniformes, conforme a imagem 2.

Imagem 2: Comparação da produtividade entre as safras 2012-2016.

Fonte: Markestrat, 2017, p. 146.

Embora as exportações no Brasil tenham sofrido oscilações, a expansão do comércio brasileiro fez com que a redução nas exportações brasileiras fosse inferior comparado a outros países exportadores. E a logística do produto, aponta um crescimento 1,5% nas próximas safras, justificado pela queda da produtividade mundial. Cabe ao Brasil estreitar as relações com os principais compradores da pluma nacional, a fim de manter a venda para estes. Países como China, Vietnã, Bangladesh, Coréia do Sul, Tailândia, Turquia, entre outros da Ásia, configuram como os maiores importadores da fibra brasileira.

3. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA

A revisão de literatura foi conduzida com o objetivo de identificar as principais tendências e lacunas no conhecimento existente sobre as possibilidades na exportação de algodão.

Para isso, foram pesquisadas diversas fontes de informação, incluindo bases de dados acadêmicas, bibliotecas digitais e sites especializados em educação e tecnologia.

Os critérios de seleção dos estudos incluíram o período (2018-2023), o idioma (inglês e português) e a relevância para o tema em questão. Foram excluídos estudos que não abordavam diretamente o impacto da tecnologia na educação, aqueles que não apresentavam informações relevantes para a análise e que não estivessem dentro do período em questão.

O processo de seleção dos estudos incluiu uma triagem inicial com base nos títulos e resumos das publicações identificadas na busca. Em seguida, os estudos selecionados foram lidos na íntegra e avaliados quanto à sua relevância e qualidade metodológica. Foram incluídos na revisão de literatura apenas os estudos considerados relevantes e confiáveis para a análise.

Os dados extraídos dos estudos incluídos na revisão de literatura foram analisados com base em uma abordagem qualitativa, que envolveu a identificação de temas comuns e tendências emergentes na literatura. Os resultados da revisão de literatura foram utilizados como base para a discussão dos principais achados do estudo e para a identificação de lacunas no conhecimento existente sobre o tema em questão.

4. RESULTADO E DISCUSSÃO

 No processo de triagem foram avaliados cerca de 30 artigos, em que oito foram selecionados para esta pesquisa. Os parágrafos a seguir indica os principais artigos avaliados e o foco de discussão desses artigos.

Segundo Copetti e Coronel(2019), o artigo apresenta uma análise detalhada dos principais mercados e concorrentes do algodão brasileiro no mercado internacional. Este artigo destaca que a China é o principal mercado para as exportações de algodão brasileiro, seguida por Bangladesh e Turquia. Além disso, os principais concorrentes do Brasil no mercado internacional de algodão são os Estados Unidos, a Índia e o Paquistão.

Bastos, Santana e Assis (2020), discutem o estado atual do setor algodoeiro no Brasil e suas perspectivas futuras. Segundo o autor, a dependência de insumos é resultado da pobreza do solo na região de cultivo e da ausência de portos na região Centro-Oeste, além do manuseio inadequado de modal. É necessário investir em pesquisa para diminuir o percentual de mais de 75% de importação dos concorrentes com terras bem supridas de nutrientes e excelente irrigação. O aumento do custo Brasil é resultado do excesso de deslocamento pelo modal rodoviário e da malha ferroviária mal distribuída e concentrada na região sudeste. Para reduzir esse custo, seria preciso investir bilhões durante anos em uma malha ferroviária que

interliga as principais áreas de cultivo com os portos. O modal aquaviário é pouco utilizado no escoamento do algodão, apesar do país ser bem suprido de recursos hídricos. O autor defende que é necessária uma mudança de processo nas regiões de cultivo, bem como uma mudança de modal e uma postura mais condizente das esferas de governo com o potencial do algodão e do agronegócio para contribuir para o crescimento do país.

De acordo com a análise feita por Santos (2019), a melhora do desempenho da cotonicultura brasileira não se deve apenas à vitória no contencioso, mas também aos investimentos do governo em agências de tecnologia e pesquisa, como a Embrapa. Santos destaca que o Brasil é o único produtor de algodão que tem disponibilidade para crescimento em produtividade e área cultivada, tornando-se um dos principais players nesse mercado. Ele ainda afirma que é esperado para a safra 2019/20 uma produção de 2,7 milhões de toneladas de algodão, sendo 1,7 milhão de toneladas destinadas à exportação. Além disso, Santos ressalta que a demanda por fibras naturais deve aumentar devido à elevação da renda e a convergência mundial para o consumo de produtos orgânicos em oposição às fibras sintéticas. Nesse sentido, o Brasil tem vantagens advindas das condições climáticas e solo favorável, além de altos investimentos em mecanização, tecnologia e controle de pragas.

Já para Ferreira Filho, Burnquist e Araújo (2018), apresenta-se uma análise das perspectivas futuras para as exportações de algodão brasileiro, com foco nas oportunidades e desafios que o setor enfrentará nos próximos anos. Este artigo apresenta uma análise das perspectivas futuras para as exportações de algodão brasileiro, destacando o potencial de crescimento do setor nos próximos anos. No entanto, os desafios a serem enfrentados incluem a concorrência com outros países produtores, a volatilidade dos preços no mercado internacional e a necessidade de melhorar a eficiência produtiva e a sustentabilidade ambiental na cadeia produtiva.

Dorner (2019) apresenta uma análise das exportações de algodão do Brasil, com foco na vantagem comparativa revelada do país em relação a outros produtores e expõe uma análise da evolução recente das exportações de algodão do Brasil e discute as perspectivas futuras para o setor. Esses dois parágrafos destacam o crescimento das exportações de algodão do Brasil nos últimos anos, impulsionado principalmente pela demanda internacional e pela melhoria da produtividade. Além disso, é ressaltado que o país possui uma vantagem comparativa na produção e exportação de algodão, o que tem contribuído para o crescimento das exportações. Essa vantagem comparativa pode ser explicada pelas condições climáticas favoráveis, pelo uso de tecnologias avançadas na produção e pelo baixo custo de produção em comparação com outros países produtores.

A luz de Sossa (2019) a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional, com base na vantagem competitiva revelada do país em relação a outros produtores. Este artigo destaca que o algodão brasileiro tem se mostrado competitivo no mercado internacional, graças a fatores como a qualidade da fibra, a eficiência produtiva e a sustentabilidade ambiental.

Embora o Brasil apresente algumas condições que não são favoráveis para o plantio e o comércio nacional de exportação, o mercado brasileiro tem se mostrado promissor na exportação de algodão, contribuindo de forma significativa com a movimentação do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Os artigos avaliados também apontam que o Brasil apresenta uma ampla chance de crescimento na exportação da pluma.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseado na proposta dessa pesquisa, que se propõe a analisar os fatores que limitam o comércio de exportação de algodão e identificar oportunidades de crescimento, conclui-se que setor de algodão brasileiro tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado pela demanda internacional e pela melhoria da produtividade. Os principais mercados para as exportações de algodão brasileiro são a China, Bangladesh e Turquia.

Além disso, o algodão brasileiro tem se mostrado competitivo no mercado internacional, graças a fatores como a qualidade da fibra, a eficiência produtiva e a sustentabilidade ambiental. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a concorrência com outros países produtores e a volatilidade dos preços no mercado internacional.

A sustentabilidade é um fator chave para a competitividade das exportações de algodão brasileiro, e é necessário melhorar as práticas de gestão ambiental e social nas fazendas produtoras, bem como promover a rastreabilidade e a transparência na cadeia produtiva. Em geral, as perspectivas futuras para as exportações de algodão do Brasil são positivas, com potencial para aumentar ainda mais as exportações nos próximos anos.

REFERÊNCIA

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