SISTEMA DE DRENAGEM SUSTENTÁVEL COMO MEIO DE MITIGAÇÃO DE  INUNDAÇÕES – ESTUDO DE CASO 

SUSTAINABLE DRAINAGE SYSTEM AS A MEANS OF FLOOD MITIGATION – CASE  STUDY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7926888


André Brito da Silva1
Erika Cristina Nogueira Marques Pinheiro2


RESUMO 

É evidente que a sociedade encontra-se em constante mudança e avanço tecnológico, devendo estar  em conformidade com esse cenário a preocupação com o meio ambiente, afinal este acaba sendo um  dos principais afetados e quando afetado seus efeitos podem ser extremos, especialmente na esfera  hidrológica como será visto adiante. O presente estudo tem por objetivo analisar as técnicas  adequadas à implantação de sistemas de drenagem sustentável para a mitigação de inundações em  áreas urbanas e posteriormente realizar um estudo de caso na cidade de Manaus considerando as  atuais alagações ocorridas. 

Palavras-chave: Drenagem; meio ambiente; inundações; sustentabilidade. 

ABSTRACT 

It is evident that society is in constant change and technological advancement, and should be in  accordance with this scenario the concern with the environment, after all this ends up being one of  the main effects and when affected its effects can be extreme, especially in the hydrological sphere  as will be seen below. The present study aims to analyze the appropriate techniques for the  implementation of sustainable drainage systems for flood mitigation in urban areas and later conduct  a case study in the city of Manaus considering the current flooding that has occurred. 

Keywords: Drainage; environment; flooding, sustainability. 

1. INTRODUÇÃO 

Com o relevante e constante processo de urbanização presente na sociedade atual, o solo é  impermeabilizado e com isso se torna a principal causa dos problemas enfrentados em diversas  cidades, inclusive na cidade de Manaus. Conforme pôde ser contemplado nos últimos dias bem como  já no contexto histórico da cidade, é suficiente uma chuva intensa ou períodos chuvosos para que frente ao alto volume das águas dos rios e igarapés ocorram enchentes em todas as áreas da cidade,  demonstrando com isso a necessidade de aplicação de políticas públicas cabíveis para essa  problemática. 

Através do processo de urbanização o solo é impermeabilizado e com isso no período das chuvas  e cheias dos rios é comum a ocorrência do aumento das vazões e inundações, motivadas pela ausência  de mecanismos que auxiliem no processo natural de infiltração da água pluvial no solo. 

Para que haja mitigação dos riscos provenientes de inundações ocasionadas devido ao período  de chuva, o qual eleva o nível das águas dos rios e igarapés, deve-se utilizar medidas estruturais e não  estruturais (sendo em grande parte utilizadas as medidas estruturais), as quais devem ser  implementadas como meio preventivo a longo prazo.  

Uma das soluções alternativas para estes problemas é o sistema de drenagem, o qual surgiu  como meio de contornar a problemática das enchentes, a qual é consequência comumente conhecida  em nosso país. Há um leque de técnicas de drenagem e para que haja a escolha de uma adequada é  necessário que haja a realização de uma comparação concernente às diferentes opções existentes  considerando critérios como economia, governo, sistema hidrológico, meio ambiente e o espaço  geográfico em que está localizada a área de estudo. 

Os modernos processos de urbanização, ainda que tenham refletido um grande avanço  estrutural para as cidades, também resultam em alterações no ciclo hidrológico, os quais são  prejudiciais à sociedade. Como meio de amenizar esses efeitos, as técnicas compensatórias em  drenagem têm ganhado cada dia mais formas e opções, são as técnicas abordadas no presente trabalho,  podendo estar amplamente descritas como meio de drenagem sustentável ou no sistema urbano de  drenagem sustentável. 

O Sistema de Drenagem Sustentável (SIDS), proporciona medidas estruturais que colaboram  para que ocorra um melhor aproveitamento e manejo da água sem que tal acontecimento afete o meio  ambiente, de modo resultante a proporcionar a promover a melhoria da qualidade da água pluvial no  meio urbano e sendo portanto o meio mais assertivo. 

O objetivo central deste trabalho está direcionado em elencar técnicas adequadas à implantação de sistemas de drenagem sustentáveis para a mitigação de inundações em áreas urbanas  da cidade de Manaus e traça como objetivos específicos realizar uma revisão bibliográfica sobre o  tema; apontar diretrizes normativas para projeto e execução de sistemas de drenagem sustentável e  por fim, apresentar estudo de caso com proposta de alternativa de sistema de drenagem sustentável  para determinada área na cidade de Manaus.

2. METODOLOGIA 

A forma de abordagem teórica da pesquisa será realizada pelo método dedutivo, com a utilização de técnicas para a coleta e análise de dados, com preponderância da revisão bibliográfica. Como parte essencial  em qualquer pesquisa, a base teórica relacionada ao tema estudado é de fundamental aporte. Desta forma, se  fará uma busca em teses, dissertações, livros, artigos periódicos e revistas indexadas, no sentido de se  aprofundamento do respaldo teórico. Por fim, será desenvolvido o estudo de caso como forma complementar. 

O estudo de caso realizado ao final, dar-se-á por meio de análise do objeto para identificação dos problemas  hoje existentes no local e posteriormente serão utilizadas fontes bibliográficas para selecionar duas técnicas  adequadas que possam solucionar o problema em questão. 

 Figura 1: Fluxograma da metodologia. 

3. REVISÃO DA LITERATURA 

3.1 A RELEVANTE CONEXÃO ENTRE SUSTENTABILIDADE E CONSTRUÇÃO CIVIL 

As falas sobre sustentabilidade e atos sustentáveis são cada dia mais constantes, contudo,  muitos são aqueles que sequer conhecem o conceito da palavra, motivo pelo qual se faz necessário  que antes de adentrar ao tema proposto no presente tópico se aborda sobre essa definição. Pois bem,  este termo ao ser ligado ou ainda aplicado à causa ambiental, brotou como um conceito tangível por  volta do ano de 1980, por Lester Brown.  

A definição que acabou se tornando um padrão seguido mundialmente com algumas pequenas  variações, representa o seguinte: Diz-se que uma comunidade é sustentável quando atende  plenamente suas necessidades de forma a preservar as condições para que as gerações futuras também  o façam. Da mesma forma, as atividades processadas por agrupamentos humanos não podem interferir prejudicialmente nos ciclos de renovação da natureza e nem destruir esses recursos de forma  a privar as gerações futuras de sua assistência. 

Nos últimos anos as questões ambientais têm ocupado, gradativamente, cada vez mais espaço  nos problemas dos países, desenvolvidos ou não e algo que chama atenção é que apesar de a  abordagem sobre o tema se alargar diariamente em escolas, universidades e na sociedade em geral,  muito ainda se tem visto resíduos deixados por construções, o que ainda demonstra a urgência e  relevância sobre a abordagem quanto a sustentabilidade. 

Dentro desse contexto, a estimativa referente às possíveis modificações na gestão de obras,  designadamente no âmbito da construção civil, dados os processos preconizados pela construção  sustentável, remete à avaliação e entendimento do setor e dos impactos decorrentes da atividade. Yuba  (2005) afirma que as definições sobre o setor da construção civil são complexas, pelo envolvimento  das diversas cadeias produtivas, e que as formas de visões iniciais como canteiro de obras e ciclo de  produção, que abordam apenas os aspectos técnicos do processo – são consideradas ultrapassadas por  não contemplar aspectos da sustentabilidade. 

A progressiva, mas lenta compreensão, as contínuas abordagens e distintas interpretações dos  termos referente à sustentabilidade na construção civil, inicialmente, resumiam-se a atividades do  setor de alguma forma relacionadas ao conceito. Mas recentemente outros termos vêm sendo  empregados para distinguir as diversas atuações – “edificações e construções sustentáveis”,  “edificações e ambiente construído sustentáveis”, “indústria da construção sustentável”, os quais, se  representam, por um lado, um esforço de evolução, podem, por outro, gerar confusão e erros de  interpretação (YUBA, 2005). 

Com isso, percebe-se que a construção civil passa a ter grande responsabilidade no que diz  respeito ao tema. Vale ressaltar que uma construção só pode ser considerada sustentável quando as  diversas dimensões do desenvolvimento sustentável – ambiental, econômica, social e cultural – são  ponderadas durante a fase de projeto. Naturalmente, os parâmetros que servem de base à avaliação  da sustentabilidade estão pautados de uma forma ou outra com os seguintes objetivos: redução da  utilização de energia e materiais não renováveis; redução do consumo de água; redução da produção  de emissões, resíduos e outros poluentes.  

A indústria da construção civil está entre as de perfil mais conservadores, com lenta absorção  de novas tecnologias e resistência à alteração de processos. Considerando sua magnitude e a  importância dos seus impactos, a indústria da construção pode e deve contribuir na busca do  desenvolvimento sustentável (GEHLEN, 2009). A implementação das ações estratégicas para as  mudanças necessárias requer comprometimento e treinamento constante das equipes e está  condicionada pelas diversas ferramentas e certificações destinadas à indústria da construção  (GEHLEN, 2009).

Nas diferentes metodologias de avaliação da sustentabilidade, normalmente é possível  identificar os seguintes objetivos: optimização do potencial do local, preservação da identidade  regional e cultural, minimização do consumo de energia, proteção e conservação dos recursos de  água, utilização de materiais e produtos de baixo impacte ambiental, adequada qualidade do ambiente  interior e optimização das fases de operação e manutenção. 

3.2 SISTEMA DE DRENAGEM SUSTENTÁVEL 

A drenagem sustentável trata-se de um método de drenagem o qual fornece um alternativa  para canalização de forma direta de águas superficiais, objetivam reduzir o alto índice de inundações  e melhorar a qualidade das águas de modo a evitar a perda da biodiversidade do meio ambiente.  Importante destacar que esse tipo de drenagem reduz a taxa de fluxo superficial, elevando a  capacidade de armazenamento da água e ainda reduzem o transporte de poluição ao meio aquático. 

O princípio fundamental dessa modalidade de drenagem é o desenvolvimento urbano de baixo  impacto, que apresente soluções consideradas mais eficazes e de baixo custo quando comparadas às propostas que tradicionalmente são apresentadas.  

O sistema de drenagem sustentável pode também ser denominado por SIDS que é a sigla que  o representa, este é considerado como um sistema relativamente atual de modo comparado com a  maioria dos demais conceitos relacionados ao tema. O conceito de SIDS busca a melhor e mais ampla  compreensão integrada entre âmbitos social, ambiental, legal e econômico. Esses sistemas de  drenagem proporcionam alternativas almejando a canalização direta de águas superficiais, desejando  a redução de inundações, a melhoria da qualidade da água e o aumento da comodidade e da  biodiversidade do meio ambiente.  

A drenagem sustentável apresenta como sua principal vantagem a compensação dos efeitos  de urbanização, de modo a evitar que o sistema de drenagem precise ser refeito de modo contínuo e  em pouco espaço de tempo. No mais, faz com que os problemas de inundações não sejam deslocados de  um lugar para outro, mas sim administrados. 

O Programa de Drenagem Urbana Sustentável (2006), do Ministério das Cidades, pondera  que os projetos alternativos de drenagem como o SIDS têm o dever de contemplar intervenções  estruturais devidamente ligadas à redução das inundações e avanço das condições de segurança  sanitária, patrimonial e ambiental dos municípios. Estes corroboram ainda sobre o fato de que o  programa deve estar associado ao Plano Diretor de Drenagem Urbana da cidade ou Plano de Manejo  de Águas Pluviais do Município. Não existindo estes a verba do Programa deve ser obrigatória e  legalmente destinada para sua elaboração.

Esta modalidade de drenagem tem como princípio fundamental o desenvolvimento urbano de  baixo impacto, que apresente soluções com baixos custos mas com a eficácia necessária quando  comparada às tradicionalmente conhecidas. Com isso, percebe-se que esse conceito defende a  preservação do ciclo hidrológico natural ao propiciar que o escoamento superficial adicional  ocasionado pelas transformações da superfície do solo, causadas pelo desenvolvimento urbano, seja  reduzido, fator esse que direcionado ao Estado do Amazonas e município manauara torna-se  fundamental de modo a preservar a paisagem natural. 

3.2.1 Técnicas de Drenagens Sustentáveis 

3.2.1.1 Pisos Permeáveis 

Os pisos permeáveis objetivam a elevação de área permeável em centros urbanos e deste modo  a consequente redução dos impactos causados pelas enchentes ocasionadas pelas chuvas. São  compostos por areia grossa lavada, grama, cascalhos, materiais drenantes, concreto permeável, blocos  permeáveis de cerâmica e etc. Estes pisos poderão ser aplicados de modo substitutivo a pavimentação  em arruamentos, trilhas, locais onde é comum o tráfego lento, estacionamentos de shoppings e até  mesmo de acostamento de estradas. 

Sua atuação consiste na prevenção de enchentes ao possibilitar a infiltração das águas das  chuvas em sua estrutura, o que é situação adversa ao que ocorre em asfaltos comuns. Um fator  importante principalmente quando direcionado a cidade de Manaus (a qual é conhecida por seu clima  quente), é que essas bacias auxiliam também na redução das ilhas de calor, recarga dos aquíferos  subterrâneos, manutenção em vazões de cursos de águas em época de secas e etc. 

3.2.1.2 Bacia de Detenção e Retenção 

Também denominadas de lagoa pluvial estas recebem o escoamento por drenagem natural ou  construída, interligada aos meios comumente conhecidos de captação. Durante as chuvas esta bacia  tem possibilidade de reter uma parte significativa da água pluvial captada. Deste modo, sua  capacidade de retenção corresponde ao volume diferencial entre o nível de transbordamento  dimensionado para a estrutura e o nível retido de maneira permanente.  

3.2.1.3 Bacia de Infiltração

As bacias de infiltração, são também conhecidas como Rain Gardens estas são uma espécie  de depressão no terreno cujo tem como finalidade a redução no volume de enxurradas, remoção de  poluentes e etc. Esta bacia objetiva a melhoria das águas pluviais em ambientes urbanos, seu  reservatório é composto por cobertura vegetal e de cascalho além da cooperação do solo, juntos estes  itens combinam processos em vários âmbitos, quais sejam: físicos, químicos, biológicos e naturais  almejando a remoção de poluentes do escoamento sem que seja retirada a paisagem local. . 

Estas bacias caracterizam-se positivamente por permitir a infiltração da água no solo e o  retardamento de deflúvio superficial direto. Sua eficiência é estimada em 80% da água que transcorre  por ela, estas são comumente utilizadas em regiões com climas mais quentes e com baixo índice  pluviométrico. 

3.2.1.4 Bacias de Amortecimento 

No que concerne a essa técnica sabe-se que se trata de um amplo reservatório  construído visando o armazenamento temporário das águas provenientes das chuvas, as quais escoam  de telhados, calhas, ruas, pátios, calçadas e redes pluviais, liberando esta água acumulada de forma  gradual, afiançando deste modo que o sistema de macrodrenagem local direcione eficientemente os  picos das enxurradas. Esta técnica é comumente utilizada em locais onde não existem áreas para  detenção e são equipamentos de baixo custo. 

3.2.1.5 Captação da Água da Chuva 

As águas provenientes da chuva são consideradas por diversas vezes como esgoto, já que  usualmente transcorrem pelas vias, pelos telhados, pôr pisos e vão para as bocas de lobo onde  dissolvem um leque de impurezas e carregam ainda que mecanicamente muitas das que não são  dissolvidas, levando-as para os córregos e rios. A inutilização dessas águas em um contexto de  frequente escassez hídrica o qual é cenário conhecido no mundo, adicionada a elevação do custo de  distribuição e da cobrança pela utilização da água faz a captação de águas pluviais ser fator de grande  relevância. Além disso, o que se percebe é que ao abordar o assunto é possível ainda trazer à baila a  conscientização ambiental de modo geral tanto para a sociedade quanto para as autoridades políticas  e governamentais.  

A captação dessas águas é geralmente feita através de cisternas que são reservatórios que  recolhem as águas provenientes das chuvas e realizam seu armazenamento para utilização doméstica.  Trata-se em linhas gerais de um sistema de reaproveitamento com custo ínfimo o qual realiza a captação da água para usos restritivamente domésticos o que se tornou um dos meios modernos e  mais eficazes de economia de água.  

Através desse sistema a água da chuva é levada através de calhas a um determinado filtro, o  qual realiza o procedimento de eliminação mecânica das impurezas, tais como a retirada de folhas,  galhos e lixos. Há ainda um freio d’água o qual impede que a água que adentra o reservatório agite a  água já existente no ambiente interno provocando automaticamente a suspensão das partículas sólidas  depositadas no fundo.  

Especialistas recomendam que se descarte o primeiro 1 mm em áreas mais afastadas e 2mm  em áreas urbanizadas, para que esse descarte inicial (first flush) transporte as impurezas suspensas no  ar e no telhado. Esses primeiros milímetros são aproximações e o valor preciso decorre do cálculo do  projeto, variando de acordo com o quanto chove na região e do tamanho do telhado no qual a captação  é feita, por exemplo.  

Em linhas gerais trata-se de tecnologia sustentável para a captação e reaproveitamento da água  e que conforme orientações devem ser seguidas atenciosamente as normas da ABNT NBR 15527 de  2007, que estabelece as diretrizes para os projetos quanto aos parâmetros da água não é potável tais  como a sua utilização para fins não potáveis, como descarga de vaso sanitário, lavagem de carros,  pisos e etc. 

3.2.1.6 Áreas Verdes 

O constante crescimento das regiões metropolitanas no Brasil, trouxeram grandes conquistas  as quais podem ser consideradas positivas e negativas estando como exemplo da última a maior  impermeabilização do solo. Contudo, em conjunto com tudo isso adveio também um questionamento  quanto à projeção urbana, qual seja, como realizar o manejo das águas pluviais? A partir de então  passam a originar-se no país, legislações que estabelecem a obrigatoriedade de áreas verdes e  permeáveis sejam em locais particulares ou públicos. 

Segundo dados do Meio Ambiente essas áreas definem-se como domínio público os quais têm  a função de auxiliar na qualidade estética e ambiental local tendo em vista que as mesmas possuem  funções ecológicas, paisagísticas e ainda recreativas. O que se pode presenciar é que estas mesclam  a área ecológica com a urbanística, sendo a mesma dotada de espaços libertos de pavimentações e  dotados de vegetação. 

Importante frisar que o emprego dessas infraestruturas colaboram diretamente para a  superação frente a eventos climáticos os quais podem ser previstos ou não, enchentes, inundações e  evitando ainda deslizamentos sempre que necessário.

As áreas verdes são extremamente sustentáveis devido ao fato de que estas combatem a  poluição do ar, reduzem os ruídos da cidade e ainda tem o poder de regular a umidade e temperatura  da cidade. Salienta-se que estas áreas podem ser públicas e privadas.  

Caracterizam as tipologias de infraestrutura verde: Jardim de chuva, parques urbanos e  lineares, corredores verdes, praças, faixas não edificáveis e faixas sanitárias. 

3.2.1.7 Pisos Suspensos 

A empresa JACP descreve essa técnica como um sistema formado por apoiadores em Fibre  Concrete, placas de sustentação com mais de 1M² e camada regularizadora de concreto. Essa técnica  cria um vão livre que permite a passagem de tubulações, dutos de ar condicionado, cabos telefônicos,  rede, dentre outros. Facilita o manuseio garantindo a proteção, segurança e estética do ambiente sem  deixar fios à mostra.  

3.2.1.8 Valas de Drenagem 

Trata-se de depressão linear preenchida com vegetação, solo e outros elementos infiltrantes  que permitem determinada limpeza da água proveniente da chuva ao mesmo tempo que aumenta o  tempo de escoamento direcionando a água captada para os jardins de chuva ou sistemas  convencionais com essa finalidade. 

As valas ou valetas de infiltração são dispositivos de drenagem lateral, frequentemente empregados paralelos às ruas, estradas, estacionamentos e conjuntos habitacionais, entre  outros. Eles concentram o fluxo das áreas próximas e propiciam condições para uma  infiltração ao longo do seu comprimento. Durante chuvas intensas o nível das águas se  elevam e permanecem com água durante algum tempo, pois a infiltração é vagarosa. Desta  forma, o volume das valetas deve ser grande o suficiente a fim de que não ocorram  alagamentos (TUCCI, 1998). 

3.2.1.9 Ecopavimento 

Trata-se de uma solução de drenagem urbana que visa aumentar a área permeável nos centros  urbanos e assim reduzir o impacto das enchentes. O Ecopavimento é constituído de grelhas alveoladas  de plástico – feitas a partir de materiais reciclados – que redistribuem os esforços do trânsito. Isto  permite a passagem de água e ar, contribuindo para o aumento de áreas de biodiversidade. Ele se  difere dos pavimentos convencionais por apresentar melhor desempenho no ponto de vista ambiental,  estético e econômico. Pode ser aplicado em substituição a pavimentação em locais de tráfego lento 

como: arruamento de condomínios, acostamento de estradas, trilhas, acesso de pedestres, bacias de  infiltração, além de estacionamentos de empresas, shoppings e supermercados. 

3.3 URBANIZAÇÃO E O IMPACTO DE ÁGUAS DA CHUVA 

O processo de urbanização no Brasil, nos últimos anos, se deu com o crescimento maior das  cidades médias e um crescimento menor das metrópoles. A população urbana brasileira, hoje, é da  ordem de 80% contra uma urbanização na década de 40 a 50 abaixo de 40%. O processo de  urbanização no Brasil foi, em grande parte, desordenado e falhou na previsão da população total. A  primeira questão a ser levantada é que o problema da drenagem está muito associado à questão da  urbanização.  

Quando não há um planejamento da expansão urbana e fiscalização eficaz, ocorre a ocupação  dos leitos dos corpos d’água urbanos. A população que aí se aloja fica, então, sujeita a inundações. No  caso de ocupação do leito do rio por população de baixa renda, há uma dificuldade adicional: a  desocupação é feita, via de regra, subsidiada pelo poder público, o que a inviabiliza. A lei dos  mananciais, por sua vez, é extremamente restritiva, o proprietário não pode utilizar a área, mas  continua a ter os custos dos impostos. Ele arca com o ônus de preservar esta área para toda a  comunidade.  

Há que se destacar que a alternativa de comercializar a área existe, mas seu valor comercial é  muito baixo. É comum o abandono destas áreas ou o incentivo à ocupação pela população de baixa  renda por parte do proprietário, forçando o poder público a desapropriá-la.  

As enchentes urbanas são um problema crônico no Brasil. Os problemas são bem conhecidos;  as inundações, no mínimo, interrompem o trânsito de veículos, e em casos piores, podem destruir  prédios e outras construções. Estes problemas afetam as comunidades de baixa renda, principalmente,  por causa da localização das residências.  

Outro aspecto importante é a segregação social e consequentemente a segregação de  infraestrutura. As cidades criam vetores de crescimento de alta renda, que é onde, consequentemente,  se encontra a infraestrutura alocada. Em contrapartida, ao lado desses vetores são encontradas  comunidades sem infraestrutura. Quando se fala em segregação da população de alta renda, de certa  forma, está se dizendo da segregação do saneamento em geral. Isso pode ser observado em várias  cidades brasileiras, onde populações com baixa renda tem um baixo acesso a essa infraestrutura.  

A drenagem, no que diz respeito às doenças, socializa o problema. O bairro que tem alto  atendimento com drenagem e lixo também sofre os efeitos da má distribuição do atendimento aos  serviços de drenagem. Esse efeito somado à segregação espacial tratada anteriormente mostra que a  infraestrutura da cidade é distribuída de forma irregular. A parcela que tem disponibilidade de infraestrutura e drenagem recebe os impactos de forma não tão intensa quanto à população de menor  poder aquisitivo. As inundações nas cidades podem causar muitos problemas de doenças,  especificamente nos locais onde existe uma falta de saneamento básico. Também, as inundações  podem provocar surtos de dengue e morte de pessoas que vivem em áreas de risco ambiental, além  de aumentar o risco à saúde e poluição dos mananciais.  

A ocupação inadequada favorece os processos erosivos e deslizamentos de encostas. O  acúmulo de resíduos sólidos carreados pelas águas de chuva também pode causar poluição dos rios  locais A má qualidade da limpeza urbana e a falta de conscientização da população tem trazido  grandes prejuízos à qualidade da água pluvial escoada para os cursos d’água. É preciso que o manejo  dos resíduos sólidos seja executado na fonte. O excesso de lixo é um empecilho para a adoção de  reservatórios de retenção, aumenta os riscos sanitários e o custo de manutenção da rede de drenagem.  No Brasil, ainda, não há uma grande preocupação com a qualidade da água de drenagem, talvez, pelo  fato da maioria de nossos cursos d’água ainda receber esgoto doméstico “in natura”. Outro aspecto a  ser observado diz respeito à afirmação de que no Brasil tem-se um sistema de esgotamento sanitário  tipo separador absoluto: todo esgoto sanitário vai para uma rede que só recebe esgoto sanitário e água  de infiltração. Por outro lado, o sistema de drenagem é para receber as águas pluviais. 

Os sistemas de drenagem pluvial foram planejados centrados na lógica do rápido escoamento  da água precipitada, transferindo o problema para jusante. Este fato aliado ao rápido crescimento da  população urbana no país, trouxe um cenário caótico para as grandes e médias cidades. Foi um erro  muito comum no passado a consideração do cenário atual para o dimensionamento; não se definia o  cenário para o horizonte de projeto. Então, muitas vezes, antes mesmo das obras serem concluídas,  os sistemas já não comportavam a demanda.  

Foram realizadas profundas alterações na drenagem natural, procurando eliminar as  características do meio que eram julgadas inadequadas ao meio urbano. Foram usados  indiscriminadamente aterros, desmatamentos, redução dos espaços naturais, canalização e retificação  de córregos, lançamentos de água pluvial em locais inadequados. A prática do rápido escoamento das  águas pluviais tem se mostrado insustentável, pois apenas age no sentido de transferir o impacto para  jusante. O custo da canalização é muito alto, ele chega a custar dez vezes mais do que o processo de  amortecimento na origem das inundações. A falta de infiltração natural no solo ocasionada pela  impermeabilização das superfícies não permite a recarga dos lençóis subterrâneos. O lançamento das  enxurradas também pode causar poluição dos rios locais e devido à falta de infiltração natural no solo,  os lençóis subterrâneos não são recarregáveis. E, com o passar do tempo, o problema se manifesta à  jusante. 

4. ESTUDO DE CASO

4.1 LÓCUS DA PESQUISA 

A localização da área de estudos foi no Bairro: Novo Aleixo na cidade de Manaus o qual  compõe uma das áreas a qual dá extensão ao denominado Corredor Ecológico do Mindu. O Corredor  Ecológico Urbano do Mindu foi criado pelo Decreto Municipal n. 9.329/07 e objetiva realizar a manutenção dos resquícios de mata e de florestas ao longo da bacia do Igarapé do Mindu, no que  concerne a esta sabe-se que corta cerca de 30% de toda área urbana da cidade de Manaus e foi o  “primeiro Corredor Ecológico concebido em área urbana em todo território nacional.  

O projeto refere-se ao corredor ecológico que foi precedido de um diagnóstico técnico da área, o qual constatou a possibilidade de se evitar, através de uma política pública, a ampla e literal  degradação da vegetação nativa que resta. Considerado o primeiro passo para o projeto desenvolvido  em âmbito municipal denominado “recuperação ambiental e requalificação social e urbanística no  igarapé do Mindu”, o Corredor Ecológico, antes abandonado pelo poder público, é atualmente alvo  de fiscalização e monitoramento pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade – 

SEMMAS, com o escopo principal de evitar a ocupação desordenada, a supressão da vegetação e o  despejo indevido de lixo. 

Figura 1: Mapa do Corredor Ecológico (área Novo Aleixo)

Fonte: Google Maps 

Figura 2: Corredor Ecológico do Mindu (área Novo Aleixo)

Fonte: Acrítica (2014) 

4.2 LEVANTAMENTO E COLETA DE DADOS 

No levantamento de dados, estabeleceu-se como área de estudo o Corredor Ecológico do  Mindu, na região que pega toda a extensão do bairro Novo Aleixo localizado na Zona Leste de  Manaus/AM. 

É importante destacar que a área em que está localizado o objeto do presente estudo de caso,  é uma área periférica, o que justifica a alta incidência de lixos descartados dentro e nas redondezas  do igarapé. 

 Figura 3: Extensão do Corredor Ecológico do Mindu (Novo Aleixo)

Fonte: Fato Amazônico (2017) 

A imagem acima retrata como era a extensão do igarapé na região do bairro Novo Aleixo,  momento inclusive em que diversas famílias eram retiradas do local para que as obras pudessem  iniciar. Contudo, pouco tempo depois, moradores invadiram os locais que não foram utilizados pela  obra e assim tornaram a habitar.

Figura 4: Área alagada próxima ao Igarapé  

Conforme pôde ser visto acima, ainda hoje há uma significativa quantidade de pessoas que  residem próximo ao igarapé, o que intensifica os problemas já existentes em relação aos lixos jogados  na parte da calçada do local e até mesmo dentro do igarapé, contribuindo altamente para que em dias  chuvosos as águas transbordam. 

Figura 5: Casa de Moradora Alagada

Fonte: Radar Amazônico (2022) 

O Jornal Radar Amazônico reportou no dia 25/03/2023 diversas casas alagadas nesta região  onde o objeto do estudo de caso está localizado, ou seja no bairro Novo Aleixo, e demonstrou a revolta  e súplica de moradores pois segundo um deles todas as vezes que chove, o igarapé transborda e todos  ficam em estado de vulnerabilidade.

4.3 MEDIDAS PROPOSTAS 

Com base nos meios analisados no decorrer do estudo, bem como frente a análise do objeto  de estudo de caso, identifica-se como medida ideal a construção de reservatórios de detenção que  possam ser aproveitados para atividades de lazer, o que inclusive se se enquadra com o atual projeto  da prefeitura de criar um parque infantil temático na margem do corredor ecológico do Mindú, tendo  data prevista para inauguração no mês de Agosto de 2023.  

Destaca-se que a medida aqui proposta, envolve o procedimento de construção que tenha  sistema que direciona as águas provenientes da chuva para as ruas, e das ruas para os córregos e rios,  de forma que reduza significativamente a vazão do sistema de drenagem e a velocidade do volume  escoado superficialmente. 

A estrutura do espaço utilizado deve garantir a permeabilização das águas pluviais. A  construção de reservatórios deve redirecionar o fluxo das águas pluviais por meio de tubulações  específicas para essa finalidade e assim evitar que a parte seja deslocada para os igarapés. Frente a  este objetivo traçado, mostra-se como técnica mais adequada, a utilização de pisos suspensos. 

Na imagem abaixo apresentada, é possível identificar um projeto que adaptada à realidade do  objeto deste estudo de casa, ficaria não somente funcional quando comparado ao problema hoje  existente, como também esteticamente adequado ao projeto do parque infantil. ´ 

Figura 5: Piso Suspenso ou Elevado 

Fonte: Eliane TEC (2023)

Conforme leciona Gomes (1968), as primeiras normas consideram que o piso elevado (ou  suspenso) serve como proteção da impermeabilização ao mesmo tempo que forma uma superfície de  circulação. 

Para que o sistema de pisos elevados obtenha custo otimizado ou reduzido, geralmente as  empresas que realizam sua comercialização adotam placas cujas medidas demandam um número  reduzido de pedestais. Algumas das vantagens referentes ao uso deles é a grande segurança de  colocação graças ao sistema de reforço, podendo o mesmo ser aplicado em rampas, terraços e  declives.  

4.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 

Durante a extensão do presente estudo abordou-se sobre a conexão existente entre  sustentabilidade e construção civil nos dias atuais, bem como sobre os meios de drenagem  sustentáveis hoje disponíveis e utilizados neste ramo, apresentando suas vantagens frente a diversos  problemas ecológicos. 

O estudo de caso teve como objeto o corredor ecológico do Mindú, utilizando como área  principal de análise, a parte do bairro Novo Aleixo. 

Conforme pôde ser visto, o local analisado é rodeado por uma extensão de igarapés as quais  estão inseridas no meio urbano e em grande parte nos bairros carentes da Cidade de Manaus o que  conforme opinião de especialistas, justifica o índice e probabilidade de poluição e consequentemente a isso, os cenários demonstrados acima relacionados às enchentes em dias de alto fluxo de chuva  devido aos lixos jogados nesses. 

Assim, considerando o local, os problemas hoje existentes nele e o público que compõe as  áreas residenciais ao entorno do igarapé, acredita-se ser a medida alternativa acima apresentada (pisos  suspensos/elevados), a melhor opção.  

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Conforme demonstrado no presente estudo, há hoje diversas técnicas de drenagem  sustentáveis as quais contam com procedimentos de mitigação para inundações. Assim, considerando  o contexto histórico e atual que o Estado do Amazonas apresenta em dias com alto fluxo de chuva e  a realidade das zonas que possuem igarapés (como por exemplo a apresentada como objeto de estudo  de caso), evidenciou-se a necessidade de abordar sobre o tema e assim apresentar as técnicas  ensinadas como solução para estes problemas. 

No Brasil, o gerenciamento da drenagem urbana é executado por meio de uma estrutura  técnica e administrativa a qual é vinculada diretamente ao poder municipal, e de maneira constante,  à secretaria de obras. Em Manaus, existem alguns instrumentos mais direcionados, tais como o  Código de Obras, o Código Ambiental, Código de Posturas, Plano Diretor de Desenvolvimento  Urbano, Lei Orgânica Municipal, que tratam da questão da drenagem urbana, inserida no contexto  municipal, estabelecendo seus fundamentos básicos e diretrizes.  

O estudo de caso trouxe como seu objeto a análise do corredor ecológico do Mindú na região  do bairro Novo Aleixo, onde foi possível identificar que em dias com fluxo de chuva intenso ocorre  alagações em toda a região ao entorno do igarapé, bem como identificou-se o projeto que está sendo  desenvolvido para construir no local um parque de diversões infantil. Considerando o contexto, foi  selecionada como medida de drenagem sustentável e mitigação para inundações, a utilização de piso  suspenso. 

Ao final deste estudo, conclui-se que apesar de a literatura ser rica em informações, há pouca  prática do que ela ensina, mostrando assim a necessidade de utilização do que é ensinado  teoricamente. 

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

ACRITICA. Obras do corredor ecologico do mindu, 2014. Disponível em:  https://www.acritica.com/channels/manaus/news/obras-do-corredor-ecologico-do-mindu-precisara-de-r-17- milhoes. Acesso em 20 de Abr. de 2023. 

AMAZÔNICO, Radar. Após alagamento, moradores do Novo Aleixo protestam para cobrar resposta da  Prefeitura de Manaus; ‘Precária nossa condição aqui’. Disponível em:< https://radaramazonico.com.br/apos alagamento-moradores-do-novo-aleixo-protestam-para-cobrar-resposta-da-prefeitura-de-manaus-precaria nossa-condicao-aqui-ver-video/>. Acesso em 04 de Maio de 2023. 

AMAZÔNICO, Fatos. Obras de requalificação do corredor ecológico do mindu serão intensificadas na zona  norte, 2017. Disponível em: https://www.fatoamazonico.com/site/obras-de-requalificacao-do-corredor ecologico-do-mindu-serao-intensificadas-na-zona-norte/. Acesso em 30 de Março de 2023.  

BERNARDES, Maurício. Tecnologia construtiva de piso elevado para áreas externas de edifícios. 2009.  Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 

ELIANE, Tec. Pisos Elevados, 2023. Disponível em:< https://www.elianetec.com/pisos-elevados>. Acesso  em 26 de Abr. de 2023. 

GEHLEN, J. Aplicando a sustentabilidade e a produção limpa aos canteiros de obras. International Workshop  Advances in Cleaner Production – mai. 2009. 

MANAUS, Leis Municipais. Lei Complementar nº2, de 16 de janeiro de 2014. Disponível em:<  https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-manaus-am>. Acesso em 30 de Março de 2023. 

TUCCI, Carlos E. M., PORTO, Rubem, La Laina e BARROS, Mário T. de, Drenagem Urbana, Editora da  UFRGS, Porto Alegre, 1998. 

YUBA, A. N. Análise da pluridimensionalidade da sustentabilidade da cadeia produtiva de componentes  construtivos de madeira de plantios florestais. São Carlos, 2005 – Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia  de São Carlos da Universidade de São Paulo. Disponível  em:http://www.bv.fapesp.br/en/dissertaçoesteses/3943/pluridimensional-sustainability-analysis-wooden building/ .Acesso em: 15 de Abr. de 2023.


1Graduando/Engenharia Civil 
Instituição: Universidade Nilton Lins 
Endereço: Prof. Nilton Lins, 3259 – Flores, Manaus – AM, CEP: 69.058-030 
E-mail: andrebritodasillva@gmail.com.
2Engenharia Civil, Engenharia de Segurança do Trabalho e Licenciatura em Matemática
Instituição: Universidade Nilton Lins 
Endereço: Prof. Nilton Lins, 3259 – Flores, Manaus – AM, CEP: 69.058-030
E-mail: erikamarquespinheiro@gmail.com