Contribución de los juegos didácticos a la formación del pensamiento geográfico en estudiantes de primaria.
Contribution of didactic games to the formation of geographic thinking in elementary school students.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7893389
Débora Maria de Santana Rodrigues¹
Thaini Maiara Pereira Alves²
Wellington Araújo de Sousa³
Resumo: Os jogos didáticos fazem parte do processo de ensino e aprendizagem desde a alfabetização dos estudantes, contribuindo de diversas formas para sua construção social. Neste caminhar educacional ao que parece, as escolas e os professores de geografia têm abandonado os jogos como ferramenta pedagógica em sala. O objetivo deste trabalho é analisar as contribuições que os jogos didáticos, de forma geral, têm no processo de ensino dos conceitos geográficos e quais as possibilidades e vantagens eles podem estabelecer para incentivar o prazer pelo ensino tanto do professor quanto do estudante. O trabalho é alicerçado com levantamento bibliográfico propondo uma reflexão teórica sobre as possibilidades dos jogos na formação do conhecimento geográfico. A falta de aplicação de metodologias que levem ao estudante o prazer pela escola tem sido constante, tornado a escola monótona, evidencia-se que os jogos são opções que proporcionam dinamismo as práticas educacionais.
Palavras-chave: jogos didáticos; metodologia educacional; pensamento geográfico; dinâmica escolar.
Resumen: Los juegos didácticos forman parte del proceso de enseñanza y aprendizaje desde la alfabetización de los estudiantes, contribuyendo de diferentes formas a su construcción social. En este camino educativo, al parecer, las escuelas y los profesores de geografía han abandonado el juego como herramienta pedagógica en el aula. El objetivo de este trabajo es analizar las aportaciones que los juegos didácticos, en general, tienen en el proceso de enseñanza de los conceptos geográficos y qué posibilidades y ventajas pueden establecer para fomentar el placer de enseñar tanto en el profesor como en el alumno. El trabajo se basa en un levantamiento bibliográfico que propone una reflexión teórica sobre las posibilidades de los juegos en la formación del conocimiento geográfico. La falta de aplicación de metodologías que lleven al estudiante a disfrutar de la escuela ha sido constante, haciendo monótona la escuela, se evidencia que los juegos son opciones que brindan dinamismo a las prácticas educativas.
Palabras clave: juegos didácticos; metodología educativa; pensamiento geográfico; dinámica escolar.
Abstract: Didactic games are part of the teaching and learning process since the literacy of students, contributing in different ways to their social construction. In this educational path, it seems, schools and geography teachers have abandoned games as a pedagogical tool in the classroom. The objective of this work is to analyze the contributions that didactic games, in general, have in the process of teaching geographic concepts and what possibilities and advantages they can establish to encourage the pleasure of teaching both the teacher and the student. The work is based on a bibliographic survey proposing a theoretical reflection on the possibilities of games in the formation of geographic knowledge. The lack of application of methodologies that lead the student to enjoy the school has been constant, making the school monotonous, it is evident that games are options that provide dynamism to educational practices.
Keywords: didactic games; educational methodology; geographic thinking; school dynamics.
1. Introdução
As ferramentas educacionais são evidentes na transformação do sujeito em seu processo educacional, atravessam barreiras que aplicações tradicionais de conteúdo, em parte, não poderiam alcançar diante de estudantes com novas idealizações, anseios e perspectivas. Quando a escola e os professores se afastam de dinâmicas que envolvem a associação de conteúdos geográficos na confecção ou ressignificação de jogos didáticos a aula ganha mais força para se tornar monótona, o que leva professor e estudante a aulas sem significação.
Os jogos didáticos, como será elucidado, são utilizados há muitas décadas na formação de estudantes, porém, a cada ciclo educacional que o estudante progride, menor é a diversificação das ferramentas educacionais, como se os jogos não tivessem potencial educacional para estudantes no ensino fundamental. Observa-se que a falta de apoio, problemas estruturais e conjunturais levam os professores a produzir o mínimo, acarretando uma série de problemas. Muitos profissionais buscam a intensificação de novas práticas como argumenta Cavalcanti:
Pelo contato com professores, pelo relato de outros, sabe-se que muitos estão procurando ser inovadores, nos métodos, nos procedimentos, nas linguagens, na utilização de recursos tecnológicos, mas ainda não se pode dizer que são práticas correntes nas escolas de todo país. (Cavacanti, 2019, p. 46)
Pretende-se neste trabalho analisar o potencial e a necessidade de intensificação do uso de jogos didáticos na perspectiva de aprimoramento do conhecimento geográfico nos estudantes do ensino fundamental, o qual minha experiência profissional me permite, juntamente a uma investigação bibliográfica aproximar os professores da geografia escolar com o uso dessas ferramentas. Metodologicamente serão feitas reflexões com a contribuição de autores sobre a situação atual do ambiente escolar, os fatores que impulsionam a construção do conhecimento geográfico e as possibilidades que as ferramentas como jogos didáticos podem proporcionar.
Este trabalho apresenta quatro partes. Na primeira investiga o que é jogo e quais as primeiras ideias sobre o jogo no contexto educacional. Nas mais variadas atribuições o jogo pode ser visto de diferentes formas e dependendo de sua operacionalidade de acordo com a época, poderá ser lúdico, mortal ou religioso. Diferenciam-se também jogos livres dos jogos que podem ter cunho educativo. A segunda análise, traz a ideia de se pensar no ensino do espaço geográfico a partir destas metodologias, trazendo também os motivos que enfatizam a necessidades destas ferramentas no ensino nas escolas atuais.
A terceira e quarta parte deste artigo trazem vantagens que se tem com a aplicação dos jogos em sala, as quais passam de simples concreção de conteúdo e jogo, mas também em ganhos psicossociais individuais e coletivos, vale lembrar que em todas as ideias propostas a figura do mediador é essencial para alcançar os objetivos propostos, cabendo também aos professores não apenas modificar e incluir ferramentas aleatórias em sua prática, mas entender as necessidades desta construção como afirmam Kaecher & Sabbado (2017, p. 145) “[…]o professor tem a necessidade de desenvolver outras práticas, porém, na maioria dos casos, o caminho trilhado corresponde à adoção de novas técnicas e metodologias, havendo uma modificação apenas instrumental.” A pesquisa que antecede a aplicação é de extrema importância o processo de tornar os conhecimentos significativos.
2. Jogos didáticos para a pespectiva geográfica.
A inserção de metodologias que modifiquem a dinâmica das aulas de Geografia é algo recorrente por professores que buscam aulas prazerosas e, ao mesmo tempo produtivas, como a demanda de trabalho para aplicar estas propostas exige do docente, observação constante, desde sua idealização a sua aplicação, muitos se afastam e optam por atividades mais objetivas e cotidianas, escapando do seu campo de visão, inúmeras propostas que podem agregar valor ao ensino, como informa Cavalcanti:
A literatura, a música, a internet, as fotografias, os filmes, o teatro, jogos, produção de vídeos e blogs estão cada vez mais presentes nas investigações sobre o ensino de geografia, explicitando o entendimento de que potencializam a aprendizagem dos alunos. (Cavalcanti, 2019, p. 53)
Diante destas propostas os jogos didáticos se caracterizam como facilitadores na aplicação de conteúdos e através do seu potencial atrativo aos estudantes, se torna um grande potencializador de construção do saber.
Antes de propor todas as possibilidades do estudo aplicado aos jogos didáticos no contexto da geografia escolar é interessante entender que a rede de significados atribuídos ao “jogo”, torna complexo seu conceito, ainda mais quando não se dá, a este, um recorte específico de seu uso ou época, seu entendimento torna-se mais equivocado. Quando em história estudamos Grécia, os jogos olímpicos tornavam homens verdadeiros heróis, já em Roma jogos regados a sangue no coliseu alegravam e distraiam o povo, em outro recorte podemos citar os jogos de poder, jogos de azar, jogos políticos, bola de gude, etc. Não caberá aqui dar dignificado a cada contexto, pois, as variações vão depender de cada cultura. Para Kishimoto (1996, p. 15) “[…] atirar com arco e flecha, para uns e jogo, para outros, é preparo profissional. Uma mesma conduta pode ser jogo ou não-jogo em diferentes culturas, dependendo do significado a ela atribuído”. Contudo, a análise sobre os jogos didáticos a partir de possíveis conceituações buscarão entender a relação entre jogo e aprendizagem.
Ao elucidar o que é jogo Brougére (1995) entende que o jogo tem uma função social e objetivos que podem ser específicos, em sua análise o jogo faz as crianças se expressarem de forma natural e ao fazer isso pensam, estruturam e podem coordenar suas ações, quando mediados e impostos objetivos específicos e ocultos, pode-se considerar que os jogos tenham um grande potencial de aprendizagem, ainda em sua ideia Brougére (1995, p. 192) “O jogo é um espaço social, já que não é criado por natureza, mas após uma aprendizagem social e supõe uma significação conferida por vários jogadores (um acordo)”. É costume pensar em jogo, brinquedo ou brincadeiras quando pensamos em novas metodologias de aprendizagem, obviamente que ao se utilizar estes meios no ambiente escolar a presença do mediador é essencial, e não somente sua presença, mas toda uma estrutura referencial teórica baseada em seus conteúdos Como alerta Antunes:
Em geral, o elemento que separa um jogo pedagógico de um outro caráter apenas lúdico é que os jogos ou brinquedos pedagógicos são desenvolvidos com a intenção explicita de provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e, principalmente, despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória. (Antunes,1998, p. 38)
Em certas ocasiões no ambiente escolar, precisamos de ações que sociabilizem grupos de estudantes, com finalidade lúdica ou até mesmo buscando resoluções de conflitos, os jogos recreativos ou “livres” podem contribuir com essa função, porém, este grupo de jogos não tem o potencial dos jogos didáticos, não que, fiquem a quem dos processos cognitivos dos objetivos gerais da escola, a intenção é totalmente valida e pode surtir efeitos inimagináveis, ainda assim para Breda:
Nesse sentido, podemos dizer que a diferença principal entre os jogos recreativos e os jogos pedagógicos é que, enquanto os recreativos têm como finalidade o entretenimento, os pedagógicos sempre estão relacionados a objetivos de aprendizagem e intencionalidades didáticas referente ao tema que será estudado. (Breda, 2018, p. 56)
Quando o professor destina o jogo didático para desenvolvimento de conteúdos referentes a seu currículo e não faz a mediação incorporando aos conteúdos significativos (mesmo de forma oculta) ele pode perder seu potencial educacional tornando-se um apenas um objeto, uma brincadeira de relaxamento, quando isso é feito em demasia o estudante pode entender que o jogo esta dissociado da aprendizagem e, dessa forma, quando retornar a esta dinâmica o potencial do jogo didático pode ser minimizado pelo corpo discente. Contudo, Isso não pode levar o educar a regras rígidas ou avaliações constantes sobre o jogo abordado, pois, esse processo deve ser prazeroso ao estudante, como aborda Costella:
Para realmente ensinar, precisamos compreender como o aluno é capaz de articular seu pensamento para aprender, precisamos ter a preocupação constante em aproximar o ensino do ato de aprender. Quando nos lembramos de algo que aprendemos, não nos lembramos de como aprendemos – o processo de aprendizagem é inconsciente (Costella, 2011, p. 228)
Ao jogar, os estudantes agem de forma natural, mostram suas verdades sobre as mais variadas situações, expressam suas angústias, nervosismo, alegrias e inclusive sua linguagem usual. Esta verdade que muitas vezes estava escondida pelo estudante em outros momentos da aula, irá contribuir com o educar na construção da análise individual, e não só isso, pois, quando o docente faz sua diagnose, as informações obtidas são disponibilizadas aos demais professores, orientadores educacionais, aos familiares e principalmente, o próprio estudante, pois, o foco da educação está relacionado a ele, lembrando que tudo só é possível quando o professor faz a mediação do jogo e conteúdo buscando o desenvolvimento dos estudantes, o jogo didático presente como metodologia não pode existir fora dos objetivos de aprendizagem e como afirma Cavalcanti (2019, p.147) “Nesse contexto, atuar para que ocorra a percepção da relevância do conhecimento para suas vidas é parte do esforço intelectual e didático do professor”. Ao utilizar os jogos deve-se estar atento a sua operacionalização por completo, partindo da proposta e também observando seus resultados, ademais, Antunes acrescenta.
Em síntese, jamais pense em usar jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento, marcado por etapas muito nítidas e que efetivamente acompanhem o progresso dos alunos, e jamais avalie sua qualidade de professor pela quantidade de jogos que emprega, e sim pela qualidade dos jogos que se preocupou em pesquisar e selecionar. (Antunes, 1998, p. 37)
O professor deve ficar atento aos momentos mais adequados para a utilização dos jogos didáticos, bem como, sempre deve pensar sobre suas práticas e como o estudante esta sendo afetado por elas, não basta utilizar os jogos didáticos, observar os momentos de diversão e a conquista de sociabilidade entre os estudantes, deve-se verificar os resultados a curto e longo prazo, e a partir destas analises verificar se esta sendo produtivo ou não também do ponto de vista científico, não se pode confundir as dinâmicas dos jogos com o desenvolvimento de habilidades sem verificações.
3. Jogos didáticos na construção do pensamento geográfico.
Um dos objetivos da geografia é dar ao estudante, através de variadas metodologias, a capacidade de fazer indagações sobre o espaço geográfico, e a partir dos conhecimentos adquiridos nesta área da ciência, propor respostas e dar significado a sua condição de sujeito social. Percebe-se que todo o processo de ensino deve acompanhar o desenvolvimento da sociedade e a partir daí, haver transformações e renovações nas práticas diárias do corpo docente. Quando não conseguimos conquistar a atenção dos estudantes ou propormos algo lúdico, que acrescente o “novo” às práticas rotineiras da sala, a escola se torna um ambiente que não favorece o prazer pelo estudo e pesquisa, tanto do professor quanto do estudante, assim, distanciamos toda a comunidade escolar dos objetivos almejados. Nas palavras de Castrogiovanni, Silva:
Para cartografar e ler os problemas do mundo, é necessário uma reforma do pensamento, e nós, professores de Geografia, na contemporaneidade, temos que, imediatamente, não deixar para outro momento, pois é uma questão fundamental no processo ensino/aprendizagem da Geografia. (Castrogiovanni, Silva, 2018, p. 203)
Uma proposta profícua para produzir conhecimento e, ao mesmo tempo dispor de fontes que atraem a atenção e tornam o ambiente educacional motivador, são os jogos didáticos voltados ao ensino de geografia, esta metodologia tem inúmeras vantagens, desde facilidades em relação a sua aplicação, como, quando bem estruturados ao conteúdo proposto, fazem conexões com a formação do pensamento geográfico, atraindo o sujeito ao objetivo do estudo. Ao se aplicar jogos didáticos o professor da ao estudante a possibilidade de interagir com visões alheias a sua, interpretando, assimilando e organizando suas ideias para que consiga conquistar o objetivo estabelecido no jogo, não se dando conta que, através desta trajetória está aprendendo com a experimentação de erros e acertos. Ou seja, os jogos didáticos têm o potencial de tornar o ensino de geografia leve e convidativo ao estudante, entendendo que para o professor ensinar deve possibilitar ao aluno, metodologias que se adéquem a seu tempo, sua geração para (Castrogiovanni & Silva, 2018) O professor de geografia deve perceber e aproveitar as tendências que motivam os estudantes ao aprendizado e incorpora-las em suas práticas, para que os estudantes tenham prazer pela ciência geográfica.
A escola, através de variadas metodologias, busca dar suporte aos estudantes para que, possam aliar o conhecimento científico, apresentado via conteúdos, às suas práticas cotidianas. A construção do pensamento geográfico se inclui na formação destes sujeitos e é inegavelmente indispensável para sua estruturação completa, a qual o possibilitará fazer indagações sobre suas relações com o espaço geográfico, e assim dar sentido ao dinamismo do pensamento geográfico, como salienta Cavalcanti:
Essa lógica, que é o caminho da produção de conhecimento geográfico, resultado da investigação científica, compõe o método de abordagem desse mesmo conhecimento no ensino, quando se tem a meta de que os alunos não somente assimilem os conteúdos produzidos por essa ciência, mas que aprendam a pensar com ela, com suas próprias ferramentas (teóricas e metodológicas). (Cavalcanti, 2019, p.143).
A partir dos conteúdos e metodologias aplicadas ao ensino de geografia o estudante irá se deparar com temas variados e certamente temas que não estão próximos a sua realidade ou que, ao contrário do que se espera, distanciam os estudantes e tornam as aulas tediosas, dessa forma, fica evidente que o professor deve estar atento a mudança de metodologias e não ter receio em aplicá-las e principalmente incluí-las no processo de ensino. Os jogos didáticos capacitam e instigam o raciocínio e o desenvolvimento da imaginação nos estudantes, capacidade muito requerida em geografia quando se pede que o estudante faça associações com regiões distantes e que talvez nunca poderá visitar, sobre a capacidade da imaginação que a criança tem Vigotski (2009, p. 25) diz que “Ela transforma-se em meio de ampliação da experiência de um indivíduo porque, tendo por base a narração ou a descrição de outrem, ele pode imaginar o que não viu, o que não vivenciou diretamente em sua experiência pessoal”.
Assim como a própria aula, os jogos devem ser significativos ao estudante, mesmo com conteúdos, que diante de uma escalabilidade pareçam distantes da realidade do educando, os jogos têm o potencial de diminuir distâncias e auxiliar no desenvolvimento das habilidades de assimilação, conexões com mapas, cálculos e coordenadas geográficas. Quando o professor planeja sua aula, pretende-se que a faça voltada a realidade e capacidade da turma a que se destina, isso não quer dizer que o nível de conteúdos esteja inferior as outras turmas ou escolas, pretende-se adequar as dinâmicas para possibilitar o melhor entendimento do conteúdo aquele público alvo, Segundo Castellar, Vilhena, Sacramento:
Pensar no ensino de geografia é analisar quais conceitos, habilidades e atitudes são pertinentes para a aprendizagem significativa do aluno. A organização da aula é fundamental para que o professor desenvolva os conhecimentos geográficos que farão os alunos aprenderem o significado da disciplina em seu cotidiano. Por isso são necessárias metodologias de ensino que os auxiliem a desenvolver um raciocínio, e que o professor oriente o conhecimento dos alunos na perspectiva de se trabalhar seu imaginário e sua capacidade. (Castellar, Vilhena & Sacramento, 2011, p. 256)
Não se pode apenas romantizar a metodologia através dos jogos, pois, todo processo vai depender de esforço e dedicação do profissional que se propôs a utilização deste objeto. Devemos entender que a sociedade de forma geral está em processo de mudanças e a escola não foge a esta realidade, cabendo ao professor a responsabilidade de renovação em suas dinâmicas, buscando algo que muitas vezes passa despercebido e tem grande potencial de ensino, os jogos didáticos. Práticas monótonas e conteudistas utilizadas seguindo o modelo tradicional de ensino podem não surtir tanto efeito e tornar a escola apenas mais um local de estadia e não de aprendizagem como investiga Callai.
A escola, em geral tem sido tão ineficiente, que diante dos problemas que enfrenta cai na negligência. Como se diz popularmente, o professor faz de conta que ensina, o aluno faz de conta que aprende, e os pais fazem de conta que aceitam. E na maioria das vezes não se ensina mais nada porque o aluno não se interessa e a cada vez é exigido menos dele, a ponto de não se ter uma postura de educação. (Callai, 2001, p. 144)
Kaecher corrobora com esta situação quando ao pesquisar sobre o ensino de geografia escolar evidencia que, em muitos casos a escola não se atem a mudanças e torna o ambiente incapaz de construir nos estudantes a busca pelo saber:
Algo raro de se encontrar nas escolas é o desejo de saber, de aprender. Tudo parece tedioso! Há um ambiente de lassidão nas escolas. O desgaste e o desinteresse são gerais. Professores e alunos sentem-se pouco estimulados em estarem na escola. É um ambiente pouco convidativo. (Kaecher, 2004, p. 345)
Diante de inúmeros problemas que nos deparamos frequentemente no ensino de Geografia, a dinamização de conteúdos através dos jogos didáticos, poderá contribuir, quando bem estruturados e alinhados aos conceitos propostos, no melhor desempenho do estudante para assimilação de conteúdos e não somente isso, pois, um dos grandes interesses do conhecimento geográfico é ensinar através de seus conceitos uma forma de pensar a sociedade a partir de suas próprias indagações. De acordo com Cavalcanti (2019, p. 82) “O objetivo é ensinar, por meio de conteúdos, um modo de pensar a realidade, um pensamento teórico-conceitual sobre essa realidade. O objetivo geral do ensino é, nessa linha de entendimento, a produção de conhecimento pelos alunos, por meio de análises, raciocínios, reflexões, compreensões”. Esta compreensão das realidades do mundo a partir de sua ótica, faz parte da construção do pensamento geográfico no sujeito (estudante) que já esta inserido(a) na sociedade e a cada dia se torna mais atuante dentro desta.
Para (Castellar, Vilhena & Sacramento 2011) o jogo faz com que o aluno se disponha a pensar sobre variadas situações e a partir de suas decisões aprenda, mesmo que, de forma indireta, conceitos relacionados aos temas propostos pelo professor e cabe ao professor investigar estas decisões e a partir daí propor resoluções de novos problemas e novas situações, que intensifiquem ainda mais o conceito ou conceitos que se destinaram a proposta aplicada.
Não podemos apenas advogar sobre os jogos didáticos afirmando que serão sempre exitosos no processo educacional, ou que quando aplicados surtirão efeito imediato na aquisição de conhecimentos, deve-se perceber que sem seu estudo anterior, sem seu alinhamento com o currículo educacional, ou que aplicado em momentos de espaços vazios, o jogo se torna apenas um passatempo sem sentido e sem significado. Ademais, esta prática deve estar condicionada ao planejamento do professor, aplicada no momento mais propicio e que colabore com os conteúdos estudados, Antunes afirma que:
[…] Em primeiro lugar o jogo educacional, distante de uma cuidadosa e planejada programação, é tão ineficaz quanto um único momento de exercício aeróbico para quem pretende ganhar maior mobilidade física e, em segundo lugar, uma grande quantidade de jogos reunidos em um manual somente tem validade efetiva quando rigorosamente selecionados e subordinados à aprendizagem que se tem em mente como meta. (Antunes, 1998, p.37)
A aplicação dos jogos didáticos deve então passar por estágios de acompanhamento para que possamos avaliar se existiu de fato a otimização de aprendizagens, lembrando que este ciclo se inicia com pesquisas sobre o jogo que irá ser adquirido ou produzido de forma artesanal. Observando que mesmo diante de toda a carga já atribuída ao professor, muitos conseguem desenvolver jogos específicos para determinados conteúdos, grupos de estudantes ou estudantes com necessidades especiais, em determinadas ocasiões o docente pode inclusive propor a construção conjunta deste material e ao pesquisar, organizar, construir e aplicar estes jogos se têm a aquisição de conhecimentos nessa linha de pensamento Souza e Yokoo (2013, p. 1) entendem que “Os jogos e as atividades que tem por objetivo a interação do aluno precisam ir além do processo de avaliação, devendo ser utilizados como objetos indispensáveis para o desenvolvimento intelectual do mesmo.” Nesse contexto, entender os jogos como ferramentas metodológicas de aprendizagem da sentido ao pensamento de Cavalcanti quando se trabalham os aspectos construtores do pensamento geográfico:
“Nessa lógica, é fundamental que os alunos se coloquem como sujeitos do conhecimento e que, ao assimilarem determinados conteúdos trabalhados e propostos pelo professor, aprendam também uma forma de se produzir conhecimentos na mesma perspectiva: a perspectiva geográfica”. (Cavalcanti, 2019, p.146)
Quando a Geografia traz para sua narrativa os jogos didáticos, abrem-se as portas para inúmeras temáticas a serem exploradas, porém, é de responsabilidade do mentor instruir a criação ou ressignificação destes jogos para que não se tornem apenas um quiz perguntas e respostas, minimizando o potencial das aplicações e tornando o jogo também monótono e até excludente para estudantes que não se sentem capazes de responder questões abertas. A busca pelo jogo ideal dependerá de cada momento e grupo a ser aplicado, mas principalmente deve-se atribuir ao jogo, características que instiguem a construção de ideias sobre o espaço geográfico.
Quando se trata de jogo didático como um “tampão” para lacunas entre conteúdos ou quando não utilizado por parte do corpo docente, pela mera justificativa de “falta de tempo” perde-se uma potente ferramenta de trabalho, que pode, em muitos casos, ensinar mais em uma partida de “batalha naval” do que em três horas de aula expositiva, não que a exposição de conteúdos deixou totalmente de ter sua contribuição, mas incluir, resgatar e ressignificar métodos e ferramentas atrairá a atenção dos estudantes. Ao que tange a figura do professor a observação e autoavaliação diante desta prática deve ser constante como analisa Kaecher, Sabbado:
Não se tem a pretensão de desvalorizar a atitude do docente em relação ao emprego de diversas metodologias. Ao contrário, defende-se a ideia de que a utilização de diferentes estratégias metodológicas tende a desacomodar os estudantes, de forma que a aula não se torna monótona e previsível. No entanto, o ponto que se pretende chegar ultrapassa a questão metodológica e refere-se à postura epistemológica do professor. (Kaecher, Sabbado, 2017, p. 145)
O professor deve perceber que a escola que estudou e/ou trabalha, pode até ter a estrutura de décadas passadas, inclusive seus problemas, no entanto, deve conceber também, que os estudantes são diferentes, a escola pede para ser diferente, como também o ensino de geografia, é responsabilidade do profissional a frente de um grupo de estudantes investigar e entender, a partir da diagnose de seus discentes, qual a melhor forma de inserir os conteúdos, para que através deles possam construir suas próprias análises e entender os mecanismos que fazem a sociedade funcionar de forma organizada ou não, os jogos didáticos aparecem como possibilidade para esta investigação e construção de conhecimentos.
4. Os jogos didáticos como integradores do grupo estudantil.
Ter o corpo discente unido e afetivo em um ambiente escolar acolhedor é condição básica para melhor aprendizagem, quando na escola temos conflitos constantes entre alunos o ambiente de aprendizagem se torna cada vez mais distanciador, tanto para eles quanto para professores, que desestimulados por outros inúmeros problemas estruturais podem transferir seu cansaço para sua prática e tornar o ensino tedioso. Segundo Kaecher (2004) quando o professor se depara com grupos de alunos com certas dificuldades, tenderá a oferecer menos, isto faz com que o aluno se esforce menos e o profissional atrás desta máscara de proteção ao aluno, busque sempre menor quantidade de trabalho, e os prejuízos deste ciclo recaem sempre no ano posterior, onde o apontamento de “falta de pré-requisitos” serão lançados aos estudantes em todos os conselhos de classe bimestrais.
Diante deste problema os jogos didáticos aparecem como uma das possíveis soluções para diminuir conflitos, em sua característica geral quando aplicados a grupos podem trazer união e afetividade, lembrando que o jogo deve seguir etapas nítidas de operação para que tenham significado e alcancem o objetivo esperado, Castellar, Vilhena elucidam que:
Os jogos e as brincadeiras são situações de aprendizagem que propiciam a interação entre alunos e entre alunos e professor, estimulam a cooperação, contribuem também para o processo contínuo de descontração, auxiliando na superação do egocentrismo infantil, ao mesmo tempo em que ajudam na formação de conceitos. Isso significa que eles atuam no campo cognitivo, afetivo, psicomotor e atitudinal (Castellar &Vilhena, 2010, p.44).
Dentro de uma pluralidade de possibilidades para se ensinar geografia os jogos didáticos são assertivos e devem sempre considerados, pois, podem trazer inúmeras vantagens tanto na operacionalização de sua aplicação quanto na resposta ao objetivo de ensino que se espera, os jogos podem tornar as aulas dinâmicas e atrativas quando bem direcionados, além de dar aqueles estudantes com demandas individuais, a oportunidade de interagir com o grupo. Na maioria das vezes quando o professor questiona os alunos sobre alguma temática já explicada, e faz isso de forma direcionada a alguém, as respostas são vagas ou a timidez impede que eles simplesmente falem algo, quando este estudante participa de jogos didáticos sua voz se torna mais potente e suas opiniões são postas à mesa, ao observar estas situações deve-se valer do compromisso e responsabilidades acadêmicas e intensificar com novas abordagens metodológicas o ensino para que se consiga os objetivos desejados.
Devemos entender que cada estudante traz um caleidoscópio de emoções, para Cavalcanti (2019, p.147) “A maioria deles é constituída de crianças e jovens em fase de transição para a vida adulta, com seus próprios movimentos, motivações, preocupações, dilemas, subjetividades e atividades”. Os jogos se encaminham nesse sentido como ferramentas que podem tirar o estudante, mesmo que, momentaneamente, de sua realidade e o simples fato de faze-los sorrir e interagir em grupo, podem transforma-los naquele momento, além de ensinar conceitos mesmo que de forma subjetiva, e ao ensinar conceitos geográficos se ensinam formas de pensar o espaço geográfico.
Quando o próprio estudante cria, projeto e aplica os jogos didáticos de forma artesanal, por determinações previamente planejadas pelo professor, temos os jogos atuando dentro do espaço de projetos escolares, uma escola obrigatoriamente deve ter em seu projeto pedagógico aquilo que fundamenta e teoriza suas práticas, composta principalmente pelos projetos, para Cavalcanti:
[…] alguns projetos educativos na área inovam, porque partem do pressuposto que não basta manter as crianças e os jovens dentro dos muros da escola, em atividade constante (muitas vezes apenas com seu envolvimento formal) ou passivamente assistindo à explicação dos professores, ou cumprindo tarefas mecânicas. Tais projetos, embora pontuais, orientam-se pelo entendimento de que é necessário que na escola os alunos possam vivenciar seu processo de identificação individual e em grupos, e sua constituição como seres sociais, como cidadãos”. (Cavalcanti, 2019, p.151)
Ao propor jogos estamos propondo ao grupo, momentos de discussão, dúvidas, companheirismo, e uma gama de outros sentimentos que poderão dar a eles incentivos para que comecem a mudar sua relação dentro do ambiente escolar, ambiente que muitas vezes está carregado de fatores que levam ao desanimo na busca do saber. De acordo com Castellar, Vilhena e Sacramento:
[…]quando se utiliza o jogo em uma atividade de ensino deve-se ter presente a necessidade de possibilitar ao aluno a criação e a execução de tarefas que o levem a chegar ao resultado final (resolver um enigma, dar um passo ou retroceder) por meio de erros e acertos. Tratando-se, portanto, de uma estrutura ligada ao desenvolvimento cognitivo e emocional do aluno. (Castellar, Vilhena & Sacramento, 2011, p. 263)
A escola deve existir para o discente, tudo que se pretende, como projetos, inovações e melhorias se faz para que, em primeiro lugar a escola seja atrativa e transformadora, não enxergar o estudante dentro da escola e não buscar adaptar-se a seus anseios os afasta, deve-se lembrar que parte deste sujeito será aquilo que a escola é para ele, cabendo a imensa responsabilidade de instrumentaliza-los para que possam dar continuidade ao desenvolvimento da sociedade.
5. Benefícios dos jogos para educação escolar.
A dificultosa relação financeira entre poder público e o ambiente da escolar, em suas mais diversas características, impedem que as escolas tenham aparelhagens destinadas ao suporte didático na aplicação de metodologias inovadoras (muitas delas tecnológicas), e fica a cargo do professor concretizar a maioria de suas idealizações com recursos limitados e até uso de seus próprios aparelhos e disposições financeiras. Os jogos didáticos, também necessitam deste apoio, mas em muitos casos os recursos para executa-los são mais acessíveis, podendo em alguns casos serem aplicados com uso de caneta, lápis e folhas simples. Quando se inicia o processo de alfabetização, por exemplo, o uso de jogos para formação de palavras, associação de sons ou jogos matemáticos contribuem com o aprendizado da criança, não é recente o uso de jogos para este fim, como propõe Kishimoto:
O jogo serviu para divulgar princípios de moral, ética e conteúdos de história, geografia e outros, a partir do renascimento, o período de “compulsão lúdica”. O renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Ao entender necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares. Assim, para se contrapor aos processos verbalistas do ensino, à palmatória vigente, o pedagogo deveria dar forma lúdica aos conteúdos. (Kishimoto, 1996, p. 28)
A interdisciplinaridade, algo tão buscada nas escolas, também aparece como característica na metodologia de jogos didáticos, pois, quando trabalhamos com jogos levamos aos estudantes o desenvolvimento de áreas do saber que se interligam para gerar resultados, assim os jogos evidenciam uma das prioridades do ensino, que é levar o sujeito a pensar o mundo nas mais variadas formas e escalas, segundo Castrogiovanni e Silva:
O ensino parece precisar apresentar novas propostas curriculares, calcadas numa visão holística, com aproximação na interdisciplinaridade. A visão holística considera as possibilidades das múltiplas inteligências, integração de conhecimentos (interdisciplinaridade), entre outros, pois, num processo de auto-organização, o sujeito trabalha para construir e reconstruir sua autonomia: aprender a pensar. (Castrogiovanni e Silva, 2018, p.345)
Segundo Cavalcanti (2019) ensinamos um modo pensar, quando realizamos em sala, explicações com conteúdos geográficos e informações que levam os estudantes ao entendimento de sua relação com o mundo, trazendo para esta narrativa a importância do estudo do espaço geográfico para que a partir dos conceitos o sujeito possa se direcionar a diferentes áreas do conhecimento. Preparamos o sujeito para enfrentar as dinâmicas da sociedade, seja indagando ou buscando respostas aos problemas percebidos, e também na busca individual de sua subsistência, dentro de sala, quando aplicamos projetos educativos, jogos, teatro ou cinema, por exemplo, podemos identificar características que indicam o potencial do estudante para as mais diversas áreas.
Os jogos didáticos possuem vantagens inimagináveis a conduta da aula e a formação do sujeito social, contribuindo com as possibilidades já citadas ao longo deste artigo, a professora Breda traz em uma de suas obras mais algumas contribuições sócio-cognitivas dos jogos em sala de aula:
Quadro 1- Algumas contribuições sócio-cognitivas dos jogos educacionais
Diante de associações dos conteúdos de geografia com os jogos pesquisados ou produzidos os ganhos pedagógicos que a comunidade escolar pode ter irão despertar nos estudantes e professores o prazer em estar no ambiente escolar, será acolhedor e transformador.
6. Considerações finais.
Entende-se que nas escolas e no ensino de geografia a falta de dinâmicas em sala, tem levado os estudantes ao desprazer em estar na escola, a falta de propostas que se adéquem ao novo estudante, a ideia de que a escola ainda é a mesma de décadas passadas ou que o sistema conteudista gera grandes resultados, tornam escolas fechadas ao desenvolvimento e professores temerosos as novas formas de ensino. Muitos estudantes dentro do sistema de ciclos no ensino fundamental não se preocupam em aprender conceitos básicos em geografia, pois, como são condicionados a pensar em nota como apenas um número, fazem o mínimo dentro de um sistema que tem progressões baseadas em aprendizagens, por exemplo, um estudante de oitavo ano do ensino fundamental tem em sua ideia que já esta aprovado, sendo assim não se esforça e não se motiva na aquisição de conhecimento.
Uma possível resposta a problemática levantada, é o trabalho em sala com os jogos didáticos voltados ao ensino de geografia, pois, nos jogos temos características que fazem parte da construção do pensamento geográfico, não podemos pensar que o jogo resolvera todos os problemas da escola, quando mal aplicados sem o prévio estudo voltado ao currículo do professor, podemos ter apenas passatempos, que podem até dinamizar o dia do estudante, mas estará por perder todo seu potencial cognitivo e educacional. Ademais, ao instituir momentos com jogos didáticos o professor de geografia deve pensar e repensar suas práticas em sala, segundo Cavalcanti (2019) para entender o que se pretende com o ensino de geografia, devemos observar e instigar a observação do ponto de vista geográfico.
Cabe ao professor a responsabilidade de procurar meios que façam a escola acompanhar a dinâmica atual dos estudantes, para Brougére:
o educador pode, portanto, construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as chances de que ele o faça; num universo sem certezas só podemos trabalhar com probabilidades. Portanto, é importante analisar seus objetivos e tentar, por isso, propor materiais que otimizem as chances de preencher tais objetivos. (Brougére, 1997, p. 105)
Essa busca constante de melhores formas para ensinar e adaptações as dinâmicas rotineiras já existentes em sala de aula, trarão contribuições para toda comunidade escolar, estudantes motivados, são sujeitos que questionam e ao questionar motivam também o professor, e o professor deve sempre buscar meios para tal, visto que, a escola funciona para o estudante e neles devemos ter confiança, para que possam continuar a construção de uma sociedade melhor.
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¹debmsr@hotmail.com – mestranda em geografia PROFGEO UNB
²thainialvesuea@gmail.com – mestranda em geografia PROFGEO UNB
³escolartom@gmail.com – mestrando em geografia PROFGEO UNB