SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE EMPRESAS PERNAMBUCANAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7868318


Carlos Henrique De Santanna1
Elizabete Elizia Dos Santos2
Elizama Elizia Dos Santos3
Eliezer Roberto Da Cruz4
Gabriel Alves De Almeida5
Verônica Maria Da Silva6


Resumo

A Sustentabilidade e o Desenvolvimento Sustentável (DS) se configuram atualmente como uma série de sugestões para resolver a degradação natural e garantir o bem estar humano e a preservação do meio ambiente. Porém, a Sustentabilidade e o DS ainda têm sua compreensão, através da interpretação conceitual e/ou aplicação prática, comprometida.   Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa é discorrer sobre o conceito de sustentabilidade empresarial, trazendo como corpus os principais indicadores de sustentabilidade de algumas empresas Pernambucanas. Para alcançar tal intento, o trabalho foi estruturado de maneira que partimos da apresentação do termo desenvolvimento sustentável e das abordagens teóricas existentes para, em seguida, demonstrarmos os dados oriundos da análise do relatório de sustentabilidade das referidas empresas, buscando compreender como o tema da sustentabilidade é agregado por tais organizações. Dessa forma, na esfera metodológica, a pesquisa se configura como descritiva e qualitativa, partindo do estudo de teóricos como: Furtado (1961); Meadows, Meadows e Randers (1972); Silva (1995); Spangenberg e Bonniot (1998); Groot (2002); Oliveira (2002), entre outros. Por fim, concluímos que as empresas Pernambucanas pesquisadas possuem gestão sustentável, uma vez que direciona suas ações para as três dimensões da sustentabilidade (social, econômica e ambiental). 

Palavras-chave: Empresarial, Sustentável, Indicadores.

  1. INTRODUÇÃO

Percebemos que o tema sustentabilidade encontra-se cada vez mais constante no meio empresarial. Embora exista uma grande quantidade de teóricos/teorias que definem este conceito, não pode-se negar que a definição mais difundida é a da Comissão Brundt-land (WCED, 1987), a qual determina que o desenvolvimento sustentável deve abranger às necessidades da geração presente sem prejudicar as necessidades das próximas gerações. Nesse sentido, é possível apreender um dos princípios básicos da sustentabilidade, o olhar a longo prazo, pois os interesses das gerações futuras devem ser considerados. 

Mesmo havendo essa multiplicidade de definições para o termo sustentabilidade, a partir de um olhar mais atento, pode-se apreender um ponto em comum: as dimensões que a constituem – em consenso seria a ambiental, social e econômica (tripple bottom line). No entanto, diversas empresas apresentam dificuldade em relacionar seus discursos e práticas gerenciais a uma definição abrangente de sustentabilidade. Algumas se concentram nas questões sociais, outras nas questões ambientais, e outras tantas nas questões estritamente econômicas. Por isso, faz-se importante lançarmos um olhar sobre os relatórios de sustentabilidade dessas empresas e analisar seus indicadores.

Além disso, sabe-se que os avanços tecnológicos posteriores à Revolução Industrial, e o crescimento populacional, a atividade humana passou a provocar maior impacto negativo ao meio ambiente. A partir disso, a sociedade que antes acreditava nos recursos naturais como fonte inesgotável, passa a tomar consciência – e, portanto, inquieta-se – do equívoco desse pensamento, uma vez que os recursos são limitados. 

Junta-se a isso o fato de que, no sistema capitalista, os meios de produção retirados do meio ambiente são os insumos imprescindíveis para fabricação de bens de consumo e alimentos, podem, nesse processo de produção, retorna-se resíduos sólidos, efluentes líquidos e gases tóxicos poluentes, em grande escala, sendo a poluição do meio ambiente e escassez dos recursos naturais um reflexo de todo esse processo. Também, nesse cenário, acrescenta-se uma parcela considerável da população mundial que sofre com a fome, exclusão social e a pobreza. 

Nesse contexto, a sociedade exerce pressão e estabelece restrições para que as empresas sejam obrigadas a procurar e aplicar maneiras de diminuir o impacto ambiental que exerce e a redesenhar sua imagem diante da responsabilidade social que precisa assumir. Assim, as empresas precisam se reestruturar para se adaptarem a esta nova percepção, e as estratégias que utilizam para isso ficam impressas em seus relatórios de sustentabilidade. Como membros da sociedade é nosso papel observar os indicadores de sustentabilidade dessas empresas.

Assim, a questão principal que norteia este estudo é: quais são os principais indicadores de sustentabilidade promovidos pelas empresas pernambucanas analisadas? Diante desse questionamento, uma pressuposição (hipótese) a qual chegar é que as empresas pernambucanas estão comprometidas e exercendo o seu compromisso com a sustentabilidade, porém dando maior ênfase a dimensão ambiental, por uma questão que, muitas vezes, o entendimento mais superficial do conceito de sustentabilidade está voltado, principalmente, para estar dimensão. 

Este trabalho se configura como descritivo e qualitativo, partindo do estudo de teóricos como: Furtado (1961); Meadows, Meadows e Randers (1972); Silva (1995); Spangenberg e Bonniot (1998); Groot (2002); Oliveira (2002), entre outros. Onde partisse do histórico envolvendo as primeiras discussões sobre o desenvolvimento sustentável, definisse os seus conceitos enfatizando os princípios e dimensões e, por último, analisa-se os relatórios de sustentabilidade das empresas pernambucanas: Pernambucanas, EPTI e Lafepe. A escolha das empresas se baseou no fato de serem pernambucanas e seus relatórios serem referentes ao ano de 2019 ou 2020. Com isso, tem uma maior aproximação temporal e espacial das questões relacionadas à sustentabilidade dentro do espaço de atuação profissional em que está inserido.  

  1. HISTÓRICO SOBRE AS DISCUSSÕES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Sabe-se que desde o início da história da humanidade, a demanda por recursos naturais e o consequente impacto ambiental foram constantes. Platão, por exemplo, no século 5 a.C. (VAN ZON, 2002) já se preocupava e observava diferentes tipos de agressão ambiental como reflexo das atividades dos seres humanos. Essa preocupação, além de enfatizar a degradação ambiental, trazia recomendações sobre ações para manter a terra mais jovem (PISANI, 2006). Nesse contexto, percebe-se que a preocupação com os impactos das ações humanas já é antiga e praticada por várias sociedades.

Porém, nessa época, a compreensão de sustentabilidade não tinha o conceito que se conhece hoje, por se tratar de sociedade com complexidade, cultura e desenvolvimento tecnológico diferentes dos nossos. Também, não é objetivo desta pesquisa se estender numa abordagem histórica mais distante, uma vez que a história da humanidade passou a discutir mais profundamente sobre as questões ligadas ao impacto ambiental de suas ações, a partir do marco histórico conhecido como Revolução Industrial. A tecnologia trouxe profundas e significativas transformações sociais, econômicas e ambientais. 

Sendo assim, optou-se por fazer um recorte histórico das discussões acerca da sustentabilidade a partir de 1968, com o Clube de Roma (KRUGER, 2001), que trouxe o diálogo sobre o ecodesenvolvimento, por iniciativa do industrial italiano Aurélio Peccei. Eles trouxeram a ideia de “visão sistêmica”, ou seja, acreditavam que era possível entender o mundo como um sistema e analisá-lo como um todo. O objetivo do Clube era estudar os problemas que desafiavam a sociedade na época: distribuição de renda desigual; os impactos ambientais e sua consequente degradação; a falta de confiança nas instituições; o descontrole referente ao crescimento urbano; a falta de estabilidade no emprego; a alienação dos jovens; a recusa em aceitar os valores tradicionais; a inflação, e outras problemáticas relacionadas à economia, meio ambiente e sociedade.

O Clube era composto por cientistas, humanistas, servidores públicos, humanistas e pedagogos (KRUGER, 2001). O resultado das discussões entre os membros foi o relatório The limits to growth (“Os limites do crescimento”), publicado a primeira vez em 1972, onde se afirmava a necessidade de se conquistar um equilíbrio global baseado em limites ao crescimento populacional, no desenvolvimento econômico dos países menos desenvolvidos e em um olhar mais atento aos problemas ambientais. O impacto de tal relatório na comunidade científica foi muito grande, uma vez que projetou um cenário catastrófico do planeta, caso persistisse a forma de desenvolvimento da época. Com esse, outros relatórios sugiram alertando sobre a mesma questão (MARGOLIN, 1998).

O ecodesenvolvimento pode ser visto como uma perspectiva sistêmica de análise e intervenção, aberta à harmonização dos aspectos simultaneamente ambientais, sociais, econômicos, culturais e políticos da dinâmica dos sistemas sociais (FERREIRA, 2003, p. 35).

Em 1987, na Comissão de Brundland surgiu o relatório Our Common Future (“Nosso futuro comum” ou Relatório de Brundland), desenvolvido para a Organização das Nações Unidas (ONU). O conteúdo do relatório versa sobre os interesses dos seres humanos; a preservação do patrimônio global para as próximas gerações; na redistribuição dos recursos aos países mais pobres, auxiliando no crescimento econômico, assim criando o contexto para que todos alcancem as necessidades essenciais de sobrevivência (WCED, 1987; PISANI, 2006). Para Ricketts (2010), esse relatório transformou-se no cerne do movimento de sustentabilidade e absorção do movimento ambientalista: nessa esteira, o ambientalismo é abrangido pela sustentabilidade. Em suma, é um documento que objetiva:

[…] propor estratégias ambientais de longo prazo para obter um desenvolvimento sustentável por volta do ano 2000 e daí em diante; recomendar maneiras para que a preocupação com o meio ambiente se traduza em maior cooperação entre os países em desenvolvimento e entre países em estágios diferentes de desenvolvimento econômico e social e leve à consecução de objetivos comuns e interligados que considerem as inter-relações de pessoas, recursos, meio ambiente e desenvolvimento; considerar meios e maneiras pelos quais a comunidade internacional possa lidar mais eficientemente com as preocupações de cunho ambiental ; ajudar a definir noções comuns relativas a questões ambientais de longo prazo e os esforços necessários para tratar com êxito os problemas da proteção e da melhoria do meio ambiente, uma agenda de longo prazo para ser posta em prática nos próximos decênios, e os objetivos a que aspira a comunidade mundial (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991, p. xi).

O início da década de 1990, segundo Adams (2006), foi marcada por uma considerável expansão da qualidade e quantidade de legislações ambientais, bem como de acordos internacionais que além de pesquisarem o perfil das alterações ambientais, também agiram como propulsores da política global.

Em seguida, temos o advento da Conferência de Estocolmo, que foi determinada na ocasião como “abordagem do ecodesenvolvimento” e, depois, renomeado “desenvolvimento sustentável” (SACHS, 1993). Como nos ensina Oliveira Filho (2004), embora seja significativa a similaridade de desenvolvimento sustentável com os preceitos do ecodesenvolvimento: 

[…] o fator diferenciador entre ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável reside a favor deste último quanto à sua dimensão, globalizante, tanto desde o lado do questionamento dos problemas ambientais como a ótica das reações e soluções que formuladas pela sociedade. Ele não se refere especificamente ao problema limitado de adequações ecológicas de um processo social, mas a uma estratégia para sociedade que deve levar em conta tanto a viabilidade econômica quanto a ecológica. Num sentido abrangente, a noção de que a sustentabilidade leva à necessária redefinição das relações sociedades humanas/natureza, portanto uma mudança substancial do próprio processo civilizatório, introduzindo o desafio de pensar a passagem do conceito para ação (OLIVEIRA FILHO, 2004, p. 8).

Após esses eventos, em junho de 1992, foi realizada no Rio de Janeiro a conferência mundial sobre Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Eco 92 ou Rio 92. Foi considerada como um marco a nível mundial dos diálogos sobre o assunto, pois contou com a presença de representantes políticos de todo o mundo. Esse evento reverberou em dois grandes documentos: A Carta da Terra (renomeada de Declaração do Rio) e a Agenda 21 (OLIVEIRA FILHO, 2004). 

A Agenda 21 dedica-se aos problemas da atualidade e almeja preparar o mundo para os desafios do século XXI. Ela reflete o consenso global e compromisso político em seu mais alto nível, objetivando o desenvolvimento e o compromisso ambiental. A Declaração do Rio visa estabelecer acordos internacionais que respeitem os interesses de todos e proteja a integridade do sistema global de ecologia e desenvolvimento. A partir desse momento, começa a existir de maneira globalizada uma preocupação no que diz respeito à Gestão Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável tanto por parte das entidades governamentais das organizações públicas e privadas como dos consumidores deste mercado global (OLIVEIRA FILHO, 2004, p. 6) 

A Agenda 21 se transformou em uma referência global de implantação de programas e políticas tanto do governo como de empresas. Segundo Hofer (2009), a Rio 92 estabelece diversas iniciativas para estabelecer a aceitação da ideia de Desenvolvimento Sustentável (DS). Trata-se, especificamente, de uma série de compromissos acordados pelos 170 países presentes, que se comprometeram em aderir, em suas políticas públicas, aos princípios do desenvolvimento sustentável. 

Em 2002, em Joanesburgo – África do Sul, aconteceu a maior conferência a nível mundial sobre o assunto de Gestão Ambiental e DS, conhecida como Rio+10. Desse encontro surgiu o Protocolo de Kyoto, documento onde os países mais industrializados se comprometem a pagar mais tributos, por serem os maiores utilizadores de recursos naturais e geradores de resíduos poluentes (OLIVEIRA FILHO, 2004).

É a partir daí que, por meio de um esforço hercúleo, a Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, conseguiram estabelecer os três pilares do Desenvolvimento Sustentável – o econômico, o social e o ambiental (triple-bottom line) – e o objetivo principal que é a extirpação da pobreza (OLIVEIRA FILHO, 2004).

  1. SUSTENTABILIDADE: PRINCÍPIOS E DIMENSÕES 

O diálogo no meio acadêmico sobre o conceito de desenvolvimento tem sido bastante diversificado, especialmente no tocante a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento, uma que muitos teóricos conferem apenas os incrementos no nível de renda como critério para alcançar o desenvolvimento, sem pensar em como esses incrementos são distribuídos e como os recursos naturais são usados para alcançar esses incrementos (OLIVEIRA, 2002).

O diálogo sobre o tema é acalorado por meio da conceituação atribuída do termo desenvolvimento pelos economistas. Estes discutem acerca da necessidade de construir um modelo de desenvolvimento que inclua todas as variáveis econômicas e sociais. Nesse caso, o termo desenvolvimento seria relacionado com o aumento do fluxo da renda mais concreto, ou seja, um incremento na parcela de bens e serviços por unidade de tempo à disposição de certos grupos (FURTADO, 1961). Nesse panorama, o desenvolvimento deve ser concebido como um processo de renovações econômicas, políticas e, no centro, humanas e sociais.

Diante do contexto desenhado e dos eventos a nível mundial referente à sustentabilidade, em 1960, surge a reflexão e o diálogo sobre a conexão entre o crescimento e o meio ambiente. Nesse sentido, pode-se destacar duas linhas de pensamento: a primeira, com o apontamento dos limites do crescimento, ou seja, a ideia de que o crescimento exponencial e ilimitado era inconciliável com os recursos naturais limitados – era o pensamento dos pessimistas do crescimento zero, que beberam do Relatório do Clube de Roma (MEADOWS, MEADOWS e RANDERS, 1972); por outro lado existiam os negacionistas, responsáveis por reverberar a ideia de que a problemática ambiental foi criada por países desenvolvidos para estagnar o crescimento do Terceiro Mundo, e que as discussões sobre os impactos ambientais deveriam ser revistas a partir do momento em que a renda per capita aumentasse. Assim, entendemos que o diálogo sobre a preocupação com o meio ambiente, por possibilitar ou frear o desenvolvimento, passou a integrar os espaços políticos e as estratégias das empresas privadas (MEADOWS, MEADOWS e RANDERS, 1972).

No entanto, foi em 1987, com o Relatório Brundtland, que a sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável se tornou conhecido e difundido mundialmente, passando a servir como cerne das pesquisas promovidas por organismos multilaterais e, inclusive, por grandes empresas. Nesse sentido, um aspecto que deve ser destacado é o foco maior no equilíbrio de ações entre a proteção ambiental com o desenvolvimento social e econômico, em que a exploração dos recursos materiais, as aplicações financeiras e as estratégias de desenvolvimento tecnológico deverão convergir harmoniosamente. Assim, o desenvolvimento tecnológico deve estar em consonância e equilíbrio com a natureza e de incremento da capacidade de inovação tecnológica de países em desenvolvimento. E, nesse caso, desenvolvimento está atrelado a um processo de transformação que alia crescimento econômico com mudanças sociais e culturais, apropriando-se da consciência dos limites impostos pelos ecossistemas, fazendo com que as discussões acerca do meio ambiente sejam agregadas em todos os setores, inclusive na esfera política (WCED, 1987; PISANI, 2006). 

Com a introdução de conceitos de equidade entre grupos sociais (pobres e ricos), países (sejam desenvolvidos ou não) e gerações (atuais e futuras), o Relatório Brundtland enriquece o debate em se tratando de políticas internacionais. Esses conceitos são considerados princípios básicos da sustentabilidade: equidade, democracia, integração política, princípio precaucionário e planejamento. Esmiuçando esses princípios: equidade relaciona os problemas ambientais com as desigualdades sociais e econômicas; democracia está ligado a resolução de problemas ambientais de forma democrática, considerando as demandas da população em situação de vulnerabilidade socioeconômica, motivando a participação da comunidade engajada no planejamento político e na tomada de decisões; precaucionário traz a ideia de que a falta de certeza científica não deve ser o motivo para se procrastinar medidas de prevenção da degradação do meio ambiente, por entender que existem alguns danos que são irreversíveis; por último, os princípios da integração política e planejamento vão ao encontro da ideia de integração econômica, ambiental e social (WCED, 1987; PISANI, 2006).

Vale salientar que, ao longo dos anos, a noção de (DS) traz diferentes conceitos e práticas, mas todas as definições convergem com a ideia de que DS é composto de três dimensões: econômica, ambiental ou ecológica e social. A partir disso, siga-se com a definição de cada dimensão:

Dimensão ambiental – incentiva empresas a considerarem o impacto de suas ações no ambiente e contribui para a integração da administração ambiental no cotidiano de trabalho (GROOT, 2002; SPANGENBERG e BONNIOT, 1998). Isso significa, na prática, uma diminuição dos efeitos ambientais negativos através de monitoramento, observação do ciclo de vida do produto, inclusão de tecnologia no processo e administração incorporada a cadeia de produção. 

Dimensão econômica – esta abrange não apenas a economia formal, mas também as atividades informais que fornecem serviços para pessoas e grupos e, dessa forma, aumentam a renda monetária e o padrão de vida das pessoas. O lucro é produzido a partir da produção de bens e serviços que atendem as necessidades dos indivíduos, assim como através da criação de fontes de renda para os empresários, provedores de capital e empregados (GROOT, 2002; SPANGENBERG e BONNIOT, 1998). Esta pesquisa tem como foco a análise de indicadores de desempenho, vale lembrar que, nessa dimensão, o retorno financeiro pode ser considerado um indicador do desempenho da empresa no curto prazo e uma base para a continuidade da empresa a longo prazo. Segundo Silva (1995), a sustentabilidade econômica pode ser alcançada através da distribuição eficiente dos recursos e através das transformações dos atuais mecanismos de direcionamento dos investimentos.

Dimensão social – configura-se como um aspecto social ligado às qualidades dos indivíduos, como sua dedicação, habilidades e experiências, abrangendo tanto o ambiente interno como o externo das organizações. Os indicadores comuns entre os diferentes setores de atuação, dentro dessa dimensão, podem ser: horas de trabalho justa e compensação justa, segurança no ambiente de trabalho, proibição do trabalho infantil e escravo, e respeito aos direitos humanos (GROOT, 2002; SPANGENBERG e BONNIOT, 1998). Além desses, pode-se citar a criação política social, o investimento em capital humano, o direito à associação, etc. Ainda segundo Silva (1995), na dimensão social a base é o processo de melhoria na qualidade de vida dos indivíduos, através da diminuição entre a riqueza e miséria, utilizando diversos mecanismos, que podem ser: acesso a moradia, educação e alimentação, nivelamento do padrão de renda, entre outros.

A mudança no conceito de sustentabilidade se reflete no comportamento das empresas, uma vez que estão sempre diante de problemas econômicos, mas também ambientais e sociais. Porém, com essa nova perspectiva conceitual veio uma maior pressão social, através dos movimentos sociais reivindicatórios que resultam em novas leis. Esse cenário modifica, de forma acentuada, o ambiente social e político em que as empresas estão inseridas e atuam, construindo novas diretrizes e limitações para que possam funcionar de forma eficaz (CALLENBACH, 1993; MAIMON, 1996). Assim, a visão tradicional das empresas deve ser modificada, caso contrário estará fadada ao fracasso. 

Como ensina Donaire (1999), as organizações precisam ter responsabilidade socioambiental e, aderindo a esse pensamento, ganham melhor imagem diante da sociedade, o que atrai mais consumidores, mais vendas, mão-de-obra qualificada, melhores fornecedores, etc. Em resumo, pode-se alegar que a adesão das organizações a questões socioambientais pode gerar oportunidade de negócios, contribuindo para aumentar a qualidade de vida dos stakeholders e a sustentabilidade do meio ambiente. Segundo Claro, Claro e Amâncio (2008):

Os benefícios econômicos podem resultar de economia de custos ou incremento de receitas. Os benefícios estratégicos resultam da melhoria da imagem institucional, da renovação da carteira de produtos, aumento da produtividade, alto comprometimento do pessoal, melhoria nas relações de trabalho, melhoria da criatividade para novos desafios e melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas. (CLARO; CLARO; AMÂNCIO, 2008, p. 293) 

É importante lembrar ainda que a inclusão da sustentabilidade nas esferas organizacionais é instaurada através da gestão organizacional. Sendo assim, a gestão do tipo participativo pode intervir no entendimento e comprometimento dos colaboradores, uma vez que pode determinar um norte para cultura organizacional voltada para questões da sustentabilidade através da inclusão e cooperação nas decisões. 

  1. METODOLOGIA

Essa pesquisa se configura como do tipo descritivo e qualitativo. O objetivo principal das pesquisas do tipo descritivas é descrever as características de determinado fenômeno ou determinar as relações entre as variáveis (GIL, 1999).

No tocante às pesquisas qualitativas, seguimos na esteira de Godoy (1995), que indica as seguintes características como sendo essenciais na apresentação: o ambiente deve ser concebido como fonte direta dos dados coletados e o pesquisador(a) como ferramenta principal; não exigir a aplicação de técnicas e métodos estatísticos; ter como foco principal a interpretação de fenômenos e a concessão de resultados; o processo deve ser o protagonista da abordagem e não o resultado ou o produto; o pesquisador(a) deve proceder com exame dos dados de forma intuitiva e indutiva.

Por se tratar do olhar sobre os indicadores de sustentabilidade, o método de pesquisa utilizado foi o fenomenológico. Julga-se que a Sustentabilidade se materializa como o fenômeno a ser estudado, partindo dos seus indicadores. Dessa forma é importante lembrar que esse método não é dedutivo tampouco empírico, antes preocupa-se em mostrar o que é dado e explicá-lo. Não explica por meio de leis e nem infere partindo de princípios, mas leva em consideração o que está sobressaltando a consciência, o objeto. A fenomenologia traz ênfase ao pensamento da criação do mundo através da consciência, o que resulta no olhar mais atento sobre a importância do sujeito em todo processo da estruturação do conhecimento (GIL, 1999).

Segundo Lakatos e Marconi (2001) a técnica de comparação – que foi o método de procedimento escolhido com base em estudos de casos – pensa o estudo de semelhanças e diferenças entre vários grupos, fenômenos e sociedades, preocupando-se com o esmiuçamento dos fenômenos, assim o método comparativo possibilita o exame do dado concreto, deduzindo deste os elementos recorrentes, abstratos e gerais.

Dessa forma, o presente estudo os relatórios de sustentabilidade com as dimensões do desenvolvimento sustentável. O objetivo do método de estudo de casos é procurar fenômenos atuais e reais, dando ênfase ao entendimento dos fatos em detrimento a sua análise. O grau de assertividade que se objetiva alcançar com os resultados da pesquisa é o determinante para sabermos o número de casos que precisamos analisar. Portanto, leva-se em consideração o uso de diversos casos oportunizando a observação de evidências em vários contextos, oferecendo mais corpo ao estudo (YIN, 2005).

Por fim, utiliza-se técnicas de documentação indireta para proceder com o levantamento de dados e informações importantes à investigação e ao entendimento das questões propostas. Sabe-se que a documentação indireta biparte-se em pesquisa documental (fontes primárias) e pesquisa bibliográfica (fontes secundárias). Nesse sentido, segundo Campeão (2004), a fonte de coleta de dados da pesquisa bibliográfica compreende toda bibliografia já publicada na comunicação escrita ou oral. Esta pesquisa faz uso de fontes secundárias, mais precisamente nos relatórios de sustentabilidade das empresas pernambucanas. 

  1. ANÁLISE DOS RESULTADOS

LAFEPE

O ano de referência do relatório analisado desta empresa é 2020. Trata-se de um documento com 65 páginas em que as três dimensões da sustentabilidade ficam bem evidentes. 

O LAFEPE (Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco), (2020) é uma sociedade de economia mista, possuindo autonomia administrativa e financeira, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde. Existe desde 1965. Ainda, segundo o documento, a empresa dispõe de 19 farmácias espalhadas por todas as regiões do Estado de Pernambuco, atendendo a municípios, distribuídas estrategicamente nas regiões do estado: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Região Metropolitana do Recife. Além de ter uma atuação nacional, por meio do Ministério da Saúde, para atender demandas do Sistema Único de Saúde – (SUS).

Indicadores ambiental

– Conformidade com a Legislação Ambiental
– Gerenciamento de Resíduos (sólidos, perigosos e recicláveis)
– Educação Ambiental Corporativa
– Fluxo de Água do Parque Fabril (sistema de captação, destruição e consumo de água)

Indicadores Econômico

– Redução de custos
– Lucro
– Receita
– Doações (empresa de economia mista, voltada para o social)

Indicadores Sociais

– Gestão de Pessoal (perfil do grupo, benefícios e desenvolvimento profissional)
– Saúde e Segurança Ocupacional (vacinação, prevenção e estudo de casos da COVID)
– Relacionamento com a Sociedade (produção de álcool gel e canto coral)
– Práticas trabalhistas 
– Responsabilidade social

PERNAMBUCANAS 

O relatório de sustentabilidade analisado desta empresa tem como referência o ano de 2020. É um documento robusto, composto por 102 páginas no total. É importante ressaltar também que a empresa informa que seu relatório foi elaborado com base na metodologia GRI Standards. Este foi concebido através da Global Reporting Initiative (GRI), e tem como intuito auxiliar a comunicação de empresas e governos em tópicos críticos que versam sobre sustentabilidade. Trata-se de uma metodologia globalmente reconhecida. (PERNAMBUCANAS. Relatório de Desenvolvimento Sustentável 2019).

No ano de referência do relatório, a empresa possuía 112 anos de atuação no comércio varejista. E embora tenha iniciado suas atividades na cidade de Recife-PE, está presente em 271 cidades, em 10 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal e loja on-line. Pode-se dizer que é uma das maiores e antigas empresas pernambucanas/brasileiras. Atuam em três unidades de negócio: varejo, fintech e gestão patrimonial.

Indicadores ambiental

– Efluentes e resíduos
– Reciclagem
– Educação ambiental (“turma do engajado”)
– Preservação
– Fornecedores (os contratos de fornecedores têm cláusulas contratuais que envolvem questões ambientais e sociais)
– Água e energia (uso racional de fontes renováveis e eficiência energética e hídrica)

Indicadores Econômico

– Receita (quantia recebida, rendimento, renda)
– Lucro
– Tecnologia 
– Faturamento
– Investimento

Indicadores Social 

– Erradicação do trabalho escravo
– Treinamento
– Diversidade (contratação de pessoa levando em conta a diversidade cultural)
– Sociedade (período laranja – combate à violência contra as mulheres)
-Treinamento 
-Segurança e saúde
– Direitos humanos
– Práticas trabalhistas

EPTI – Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal

A EPTI (2020) é uma empresa que iniciou suas atividades em 2007, através da Lei nº 13.254, com o intuito de organizar o Sistema de Transporte Coletivo Intermunicipal de Passageiros do Estado de Pernambuco. É importante informar que as informações sobre a empresa foram retiradas do seu institucional, através do sítio eletrônico corporativo. 

O Relatório de Sustentabilidade analisado dessa empresa tem como referência o ano de 2020. Dentre os documentos analisados está o que desenvolve o relatório de forma mais concisa, contendo 7 páginas.

Indicadores ambiental

– Efluentes e resíduos (recolhimento dos resíduos produzidos pela empresa)
– Água e energia (conscientização do desperdício de energia elétrica)
– Educação ambiental (Palestra sobre preservação do meio ambiente)
– Materiais e equipamentos (melhor aproveitamento

Indicadores Econômico

– Redução de custo operacional

Indicadores Social 

– Uso eficiente do tempo
– Valorização do trabalho prestado
– Segurança e saúde (prevenção de risco)
– Sociedade (ações educacionais voltadas para a internalização do valor da sustentabilidade ambiental na sociedade)
– Treinamento (força de trabalho da empresa voltada aos projetos sociais)
– Práticas trabalhistas

Como foi possível verificar acima, não foram encontrados indicadores econômicos no documento analisado. Por ser um texto conciso, acredita-se. Porém, também não se acha outro documento complementar. Também foi interessante notar que o referido relatório não define, de forma clara, seus indicadores com base nas três dimensões da sustentabilidade (ambiental, social e econômica). No texto, a empresa nomeia como “responsabilidade” essas dimensões e apresenta uma definição do que entende ser cada uma. Na parte “detalhamento e diretrizes”, os indicadores são determinados por meio de tópico, sem uma separação mais clara, cabendo ao nosso conhecimento proceder com a determinação do que seria indicador social, econômico e ambiental. Mesmo assim, encontramos, ao menos, um indicador dentro de cada dimensão. 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final desta pesquisa, concluímos que o pensamento sustentável vem evoluindo e se difundindo, partindo da esfera pública para as empresas privadas, sendo responsabilidade de cada povo fomentar o desenvolvimento sustentável em seu espaço/tempo. Observando a realidade que nos cerca, percebemos também que os clientes (sociedade em geral) exige cada vez mais uma atitude responsável por parte das empresas. E é nesse contexto que surge o conceito de sustentabilidade empresarial. Como discorrido neste trabalho, a sustentabilidade empresarial compreende as ações que as organizações executam e que objetivam à redução dos impactos ambientais, a promoção de programas de viés social e se manter economicamente firme no mercado. Em outras palavras, esses objetivos são convergentes com as três dimensões da sustentabilidade: ambiental, econômica e social. Assim, conforme verifica-se nos relatórios de sustentabilidade das empresas pernambucana, existe investimento em sustentabilidade, e com base nas ações que materializa esse investimento, definem-se os principais indicadores sustentáveis:

Dimensão ambiental: Educação Ambiental, Efluentes e Resíduos, Água e energia.

Dimensão econômica: Receita e Lucro.

Dimensão social: Saúde e segurança, Práticas Trabalhistas, Treinamento.

Diante do estudo realizado, destaca-se que as ações empresariais para serem consideradas como sustentáveis é preciso que sejam voltadas para as três dimensões básicas. Caso contrário, se essas ações são voltadas apenas para o ambiental, podemos afirmar que a empresa possui uma excelente gestão ambiental; se voltadas apenas para o social, essa empresa terá uma ótima gestão social, e assim em diante. Porém, nas empresas pernambucanas: EPTI, Lafepe e Pernambucanas, constata-se que as ações são voltadas às três dimensões, logo possui uma gestão sustentável. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMS, W.M. The Future of Sustainability: Re-Thinking Environment and Development in the Twenty-First Century. Gland, Switzerland: World Conservation Union, p. 1–18. 2006. Tradução on-line.

CLARO, Priscila Borin de Oliveira; CLARO, Danny Pimentel; AMÂNCIO, Robson, Entendendo o conceito de sustentabilidade nas organizações. São Paulo, vol. 43, n. 4, p. 289-300, out./dez.,2008.

CALLENBACH, E. et al. Gerenciamento ecológico: ecomanangement. Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. São Paulo: Cultrix, 1993.

CAMPEÃO, Patrícia. Sistemas locais de produção agroindustrial: um modelo de desenvolvimento. 2004. 207 f. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP, 2004.

COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso Futuro Comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.

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1UNICAP, carlos.sntanna@unicap.br
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