“O ESTRESS DOS ALUNOS DO TERCEIRO ANO NO PRÉ-ENEM”

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7783521


Tifanny Kellory Izel Nascimento¹
Bruna Carolina Ermita²
Ingrid Wanessa Morais Ribeiro³
Gabrielle Selleri Bezerra4


Resumo

Introdução: No presente trabalho iremos discutir sobre o estresse dos alunos que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Este momento de preparação é muito importante na vida do aluno, contudo a pressão excessiva do ambiente escolar, dos pais ou responsáveis pode ser de grande risco para o estudante, podendo atrapalhar no seu rendimento no dia do exame. Dessa forma, o estresse pode se agravar e comprometer a saúde mental do aluno. Objetivos: A origem desse trabalho tem como perspectiva mostrar o quanto o estresse e a pressão externa que os alunos vivenciam podem prejudicar a sua saúde mental e

o seu rendimento no exame. Metodologia: O processo de coleta de dados nessas instituições de ensino durou três dias, onde foi produzido a entrevista estrutural contando com um questionário com perguntas objetivas. Por fim, os discentes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), preencheram o formulário e entregaram no mesmo dia. Resultados: O primeiro ponto destaca a relevância da pesquisa; O segundo traz o grande índice de ansiedade e desconforto por parte dos estudantesfrente a pressão que vivenciam pré- ENEM; e o terceiro, esclarecimento das ações de enfrentamento do estresse emocional. Conclusão: Este estudo traz uma reflexão sobre o quantoa pressão excessiva pré-ENEM pode ser prejudicial na vida do discente.

Palavras-chave: Alunos; Enem; Pressão; Ansiedade; Saúde Mental;

1  INTRODUÇÃO

A pressão enfrentada pelos alunos do ensino médio para entrar em uma faculdade provoca manifestações psicológicas e, muitas das vezes, não tão evidentes quanto às alterações orgânicas. Estudar é uma atividade que precisa de concentração, além de ser um processo de desgaste físico e mental. Em função do excesso de estudo para o ENEM, muitos alunos apresentam um quadro de estresse. A prova do ENEM pode ser considerada uma fonte de estresse, “que pode ser expressa através de tensão exacerbada, diminuição de memória, irritabilidade, sonolência e perda de concentração” (Rocha et al., 2006, p.97 apud Peruzzo et al., 2008, p.320). Algumas psicopatologias como a ansiedade, depressão e também as mudanças de humor, podem se desenvolver através do momento estressante próprio do ENEM. O aluno que irá fazera prova do ENEM muitas vezes desenvolve manifestações no seu estado emocional. Os jovens se deparam com a responsabilidade e a expectativa até então não presentes em suas vidas. Umadelas está relacionada à escolha da profissão em que a entrada no ensino superior passa pelo exame de avaliação do ensino médio, o ENEM. A preocupação para a prova provoca um estresse profundo em alguns jovens. Esse estresse ocorre em decorrência da importância dada ao exame pelas escolas, pais e os próprios estudantes. Os alunos, no momento de realizar a prova, apresentam determinados anseios, muitas vezes, causados pelas aspirações dos pais ou pela indecisão na escolha de uma profissão. Segundo Bohoslaysky (2015) as fíguras parentais tendem a ter grandes relevancias na escolha profissional, pois há influência e modelo de inspiração para seguir. Contudo, o apoio de ação, compreensão e diálogo auxilia na formação de seus filhos, caso contrário, pode ocasionar dificuldades. As cobranças em excesso, ameaças e comparações realizadas pelos pais, na maioria das vezes provocam o efeitocontrário em vez do desejado e prejudicam os estudantes, dessa forma o ENEM acaba gerando uma grande expectativa que possa levar os alunos a ansiedade e ao estresse. Sua apresentação varia em formas e em níveis de intensidade. Quando nos preparamos para o ENEM nos esquecemos de cuidarda nossa saúde com por exemplo a falta de sono, perda de apetite e nisso causa uma desregulamentação no nosso fisiológico podendo causar ansiedade antes do exame. A ansiedade pode ser definida como uma condição emocional complexa e aversiva, acionada por diversos tipos de estímulos. Quando uma pessoa é submetida a uma situação a qual foi desagradável,provocando um enorme grau de ansiedade, então quando submetido a situações parecidas irá associar o sentimento de ansiedade com o evento ocorrido. . Um único evento aversivo pode levar uma condição de ansiedade, a exposição ao estímulos aversivos produz uma resposta de ansiedade, juntamente com sintomas somáticos, gerados no sistema nervoso autônomo. Ter tais estratégias de enfrentamento, também chamadas de coping, são mecanismos importantes e diferenciais para o adolescente, pois se constituem como esforços cognitivos e comportamentais usados com o intuito de enfrentar situações de estresse e ansiedade.

2  METODOLOGIA

Para atingirmos os objetivos propostos, foi utilizado os métodos qualitativo e quantitativo. O instrumento de coleta de dados foi questionário, contendo somente perguntas objetivas. A pesquisa foi aplicada em quatro escolas da capital de Rondônia com alunos do terceiro ano. O processo de coleta de dados nessas instituições de ensino durou três dias, no primeiro dia tivemos reunião com a direção da instituição para mostrar nossa proposta de pesquisa; no segundo entregamos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os pais dos alunos que são menores de idade para poderem participar do questionário. Posteriormente, entregamos o questionário para os alunos e colhemos os resultados por fim (os) participantes receberam as transcrições de suas entrevistas e tiveram a oportunidade de solicitar a omissão e/ou alteração de trechos. Para fazer a revisão bibliográfica, consultamos a Scientific Eletronic Library Online – Scielo (http://www.scielo.br), uma biblioteca universitária de referência e nossas bibliotecas pessoais. A seguir temos a sequência de alguns resultados em formato de gráficos obtidos através dos questionários:

3  RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com os resultados das pesquisas baseado nos dados gráficos acima identificamos que muitos adolescentes entre a idade de dezesseis a dezoito anos que estão no terceiro ano do ensino médio se preparando para o ENEM, muitos não possuem o diagnóstico, porém em sua grande maioria observa-se que há uma demanda maior em relação ao estresse que pode vir a contribuir posteriormente para o desenvolvimento de um transtorno mental. 40% dos alunos entrevistados demonstraram que tem desinteresse por estudar, 42% não se sente preparado para o ENEM e somente 5% responderam SIM, sentem-se preparados. 55% dos entrevistados relataram sofrer algum tipo de pressão e 30% possuem sintomas que são associados ao estresse. Os principais sintomas relatados e coletados durante a pesquisa foram: boca seca, alegria excessiva ou tristeza excessiva, dor ou aperto na região pulmonar e taquicardia. 100% dos alunos entrevistaram demonstraram ter problemas de alimentação, sono desregulado, vontade de desistir de tudo, fortes dores de cabeça e queda de cabelo em excesso. A possível falta de interesse, queda de cabelo e dores de cabeça é o reflexo do estresse ao longo prazo e a ansiedade ocasiona procrastinação, prejudica o sono e a alimentação. 57% dos discentes relataram dormir seis horas por noite, consequentemente, acordam cansados e de forma involuntária vivem o dia, estudam e alguns trabalham.

4  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ficou salientado que as cobranças e comparações feitas pelos pais ou responsáveis muito mais interferem negativamente no desenvolvimento e evolução da aprendizagem individual do discente do que contribui. Contudo está ação de cobrança, seja pessoal, familiar ou do ambiente escolar, estabelece uma abertura de possíveis transtornos mentais voltados para o estresse, sendo a principal entre elas a ansiedade. O estresse a longo prazo causa diversos reflexos na vida cotidiana da pessoa, pois há uma reação orgânica de maneira mental, física e hormonal. Contudo nota-se que perto de datas de exames avaliativos, há um aumento no estresse e ansiedade nos discentes, onde muitos relatam crises de pânico e de ansiedade dias antes e durante, onde fica claro que há um descuido maior em relação tanto a saúde mental quanto a saúde física nessas datas especificas, onde há uma maior precariedade na qualidade do sono, alimentação e descanso físico, resultando em alunos mais esgotados fisicamente e mentalmente. Por fim, a perspectiva de mostrar o quanto o estresse e a pressão externa que os alunos vivenciam podem prejudicar a sua saúde mental e o seu rendimento no exame é esclarecida e verídica através dos dados da pesquisa, por isso que, mesmo com todo o preparo anual, alguns alunos não alcançam notas desejadas e posteriormente, ou tentam novamente o ENEM através de “cursinhos” que ocasionalmente geram mais abertura para possíveis transtornos ou escolhem entrar para o mercado de trabalho. Caso haja a aprovação da publicação do artigo pela Comissão Científica, as três autoras e discentes envolvidas no processo de formação e criação deste artigo consideram-se em comumacordo com a publicação do artigo, ressaltando que não haverá nenhum tipo de obtenção de ganho ou variados que tenham como objetivo gerar lucro encima do artigo/pesquisa, frisando o querer apenas da divulgação científica e profissional deste trabalho.

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1,2,Acadêmicos de Psicologia, Centro Universitário São Luca/Afya (UNISL/AFYA), Porto Velho, Rondônia, Brasil;
³Psicóloga, Centro Universitário São Lucas/Afya (UNISL/AFYA), Porto Velho, Rondônia, Brasil.