APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE MÚSICA COM O APLICATIVO PERFECT PIANO: LUDICIDADE DIGITAL

SIGNIFICANT MUSIC LEARNING WITH THE PERFECT PIANO APP: DIGITAL PLAYFULNESS

APRENDIZAJE SIGNIFICATIVO DE MÚSICA CON LA APLICACIÓN PERFECT PIANO: LUDICIDAD DIGITAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7702617


Jônathas dos Santos Carretero¹
Orientadora: Luciane Medeiros de Souza Conrado
Coorientador: Leonardo Monteiro Trotta


RESUMO

O presente estudo está voltado a aplicação das aulas de música nas escolas. Sabe-se que pode ocorrer de o desempenho do aluno não ser satisfatório devido a deficiência de recursos digitais para o ensino. Como objetivo, este estudo visa comprovar o aumento na rentabilidade escolar dos alunos após a implementação do aplicativo Perfect Piano. Para tanto, a metodologia de pesquisa utilizada consiste em uma finalidade aplicada, com o objetivo de pesquisa descritivo, a abordagem quali quantitativa, um método hipotético dedutivo e procedimentos bibliográfico e estudo de caso. Como resultados, está análise evidenciou a criação de três procedimentos (Sequência Didáticas), cada uma delas abrangendo um conceito acerca do aprendizado musical a ser transmitido aos alunos e também apresentou uma melhora significativa nos resultados dos mesmos, tanto individualmente como em grupo.

Palavras-chave: música; tecnologia; Perfect Piano; ensino

ABSTRACT

The present study is focused on the application of music classes in schools. It is known that student performance may not be satisfactory due to the deficiency of digital resources for teaching. As a goal, this study aims to prove the increase in students’ school performance after the implementation of the Perfect Piano app. Therefore, the research methodology used consists of an applied purpose, with a descriptive research objective, a qualitative-quantitative approach, a deductive hypothetical method, and bibliographic and case study procedures. As a result, this analysis evidenced the creation of three procedures (Didactic Sequences), each of them covering a concept about musical learning to be transmitted to the students, and also presented a significant improvement in their results, both individually and as a group.

Keywords: music; technology; Perfect Piano; teaching

RESUMEN

El presente estudio se enfoca en la aplicación de clases de música en las escuelas. Se sabe que el desempeño del alumno puede no ser satisfactorio debido a la falta de recursos digitales para la enseñanza. Como objetivo, este estudio busca comprobar el aumento en la rentabilidad escolar de los alumnos después de la implementación de la aplicación Perfect Piano. Para ello, se utilizó una metodología de investigación con una finalidad aplicada, con el objetivo de investigación descriptivo, el enfoque cuali-cuantitativo, un método hipotético-deductivo y procedimientos bibliográficos y de estudio de caso. Como resultados, este análisis evidenció la creación de tres procedimientos (Secuencias Didácticas), cada una de ellas abarcando un concepto acerca del aprendizaje musical que se transmitirá a los alumnos, y también presentó una mejora significativa en los resultados de los mismos, tanto individualmente como en grupo.

Palabras clave: música; tecnología; Perfect Piano; enseñanza

1 INTRODUÇÃO

É por meio da cognição, que o cérebro começa a adquirir conhecimento, pois por meio dessa função psicológica, o cérebro é capaz de aprender, de perceber, de pensar, de recordar algum conhecimento em particular e que é captado pelos sentidos. Contudo, o seu desenvolvimento ocorre a partir do processo de interação da criança com o ambiente, em contato com objetos e pessoas, onde ela incrementa o seu aprendizado com novas descobertas e interações com o mundo. Logo, a aprendizagem é obtida, pois ela é construída a partir de interações sociais e é por meio do desenvolvimento cognitivo que a criança adquire a capacidade em aprender, em construir o seu intelecto e também de influenciar o seu desempenho escolar (CAVALCANTE et al., 2020).

As crianças presentes na educação infantil necessitam de atenção, de carinho, de segurança, características essas que quando não estão presentes, dificultariam a sobrevivência das mesmas. Também se sabe que o processo de inserção dessas crianças no mundo não seria possível caso as atividades em que a música é contida estivesse presente, isso porque essa disciplina é um meio de estimular a imaginação, um sonho e também a fantasia das crianças. É necessário que seja realizado um direcionamento ao aluno voltado à construção de seus próprios conhecimentos e a música tem uma participação fundamental nesse processo, pois elas possuem inúmeras atividades, o que auxilia o estudante ao seu crescimento durante o processo de aprendizagem (DE SOUZA, 2022).

A utilização de jogos e brincadeiras pertencem ao lúdico e ele deve ser valorizado por pertencer a cultura de um povo ou uma comunidade, onde se é possibilitada que a aprendizagem seja significativa, permitindo ao aluno que palavras sejam descobertas, que eles adquiram valores como regras sociais, o respeito e também contribui com um aprimoramento em seus aspectos psicomotores. Entretanto, cabe as pessoas envolvidas nesse processo ter ciência da importância dessas brincadeiras no momento da construção do conhecimento desse aluno. Quando a criança joga, torna-se possível realizar comparações, análises, dar nomes, criar associações, realizar cálculos criar composições, conceituar e também criar. Dessa forma, essas atividades corroboram para o desenvolvimento das características intelectuais, do raciocínio, das habilidades, da sensibilidade e por fim da criatividade da criança (DA SILVA; PORDEUS, 2021).

Logo, um desafio existente para os docentes dentro de sala de aula é de manter o nível de interesse e motivação dos estudantes durante o período letivo, inclusive para a disciplina de artes, mesmo contendo aulas voltadas para a musicalização desse estudante. Entretanto, é possível que esses obstáculos sejam vencidos por meio da utilização de recursos tecnológicos para auxiliar o professor durante o processo de ensino de tais conteúdos?

A utilização de recursos tecnológicos para o ensino contribui com o professor ao expandir os recursos destinados ao ensino, tanto na forma material, quanto em possibilidades metodológicas. Com a sua implementação, os alunos conseguem desenvolver a sua autonomia, a criatividade e também a interatividade por meio de processos de investigação, de experimentação e também com atividades utilizadas para discutir problemas reais vinculadas ao assunto trabalhado. Todavia, para que o emprego das tecnologias no ensino obtenha sucesso, é necessária a incorporação das mesmas no ambiente escolar, não se limitando apenas na sua utilização direta em sala de aula (BARBOSA; MARIANO; DE SOUSA, 2021).

Logo, esse artigo tem como objetivo geral comprovar o aumento da motivação e também do desenvolvimento de aulas lúdicas por meio da utilização de recursos digitais e para que isso seja possível, conta com os objetivos específicos 1) obter o conhecimento de como as ferramentas digitais são capazes de contribuir com o processo de ensino de música, 2) elaborar sequências didáticas contendo as etapas de implementação e também de utilização desses artefatos e por fim 3) avaliar os resultados dos alunos pertencentes a população estudada após a implementação da nova proposta.

2 METODOLOGIA

A finalidade deste estudo será aplicada, pois de acordo com Matias-Pereira (2019), essa análise pode ser dividida em duas categorias, sendo elas a finalidade básica, onde se existe o desejo de se obter novos conhecimentos, mas sem a realização de intervenções práticas e também a finalidade aplicada, onde a intenção é de se resolver problemas já existentes para se obter conhecimento através de atividades práticas.

Em relação ao objetivo da contido na metodologia de pesquisa, é possível dividir o mesmo nas categorias exploratória, descritiva, explicativa e também a correlacional (Lozada; Nunes, 2018). Sabendo que a pesquisa demandará análise de dados coletados, ela será classificada como descritiva, pois essa alternativa tem como aspecto descrever os itens que serão utilizados durante a realização do estudo.

Também se faz necessário definir a abordagem da presente pesquisa. De acordo com Sampiere, Collado e Lúcio (2013), ela pode conter 3 classificações, sendo elas a 1) abordagem quantitativa, onde são utilizados meios estatísticos com o intuito de validar hipóteses ou até mesmo de solucionar causas raízes de problemas. A segunda classificação da abordagem é a 2) abordagem qualitativa, onde ao oposto do item anterior, não são utilizadas ferramentas estatísticas e ela também prevê a abordagem de fenômenos, como as cores, peso, dentre outros. Por fim, a última classificação para a abordagem é a 3) quali quantitativa, sendo essa a aplicação das duas modalidades anteriores simultaneamente. Sob essa perspectiva, a abordagem deste estudo estará baseada na abordagem quali quantitativa.

Outro item presente na metodologia de pesquisa é voltado ao seu método. De acordo com Walimman (2015), ele pode ser classificado como método dedutivo, indutivo, hipotético dedutivo, dentre outros. Para a realização dessa pesquisa, será adotado o método hipotético dedutivo, pois de acordo com o autor, essa alternativa é utilizada junto aos princípios utilizados com a abordagem quantitativa, logo também possibilitando a investigação de causas raízes e resolução de problemas, descartando as hipóteses que forem consideradas inverídicas.

Por fim, o último item pertinente ao escopo da pesquisa refere-se aos procedimentos adotados para a mesma. Neste caso, serão utilizados o procedimento bibliográfico e também o procedimento de estudo de caso. A razão pela utilização desses dois conceitos espelha-se nas definições de ambas as categorias pelos autores Marconi e Lakatos (2021), o procedimento bibliográfico permite que fontes de pesquisas externas sejam encontradas, sendo possível evidenciar nelas assuntos pertinentes ao objeto de estudo da pesquisa, ressaltando que as fontes estariam embasadas em trabalhos acadêmicos como teses, dissertações, monografias, dentre outras. Logo, essa didática permite aos pesquisadores que novas possibilidades para resolução de problemas sejam descobertas por meio de estudos prévios.

Em relação ao estudo de caso, eles ainda o definem como algo que está diretamente atrelado ao local de trabalho e que tem como foco coletar informações que possam contribuir para as análises que direcionarão os pesquisadores para a resolução do problema.

Essa atividade tem como foco realizar a comparação do rendimento escolar de alguns alunos na disciplina de artes, mais especificamente com o conteúdo musical. Esse estudo tem como objetivo implementar um aplicativo que pode ser utilizado em qualquer smartphone para auxiliar os discentes a entender o conteúdo que está sendo transmitido pelo professor.

O público alvo para a realização dessa pesquisa será uma turma de alunos pertencentes a rede municipal de estudos de um colégio situado no Estado do Rio de Janeiro. Devido a questões legais, não serão divulgados os nomes dos estudantes e também o ano de estudo que os mesmos se encontram no momento da realização da pesquisa.

Em relação a análise dos resultados, serão adotados alguns critérios acerca da motivação dos estudantes antes e após a implementação do recurso digital em sala de aula, o nível de atenção e também de absorção dos mesmos e aspectos sociais desses jovens.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Educação para a música e tecnologia

A Lei 13.278/2016 em conjunto com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/1996 (LDB) garantem que o ensino de música em ambientes escolares e também a sua inclusão no currículo do Ensino Fundamental. Contudo, a disponibilização dessa lei gera muitos desafios em vários estados e municípios brasileiros, como a necessidade dos professores de artes, incluindo os pedagogos que ministram essa disciplina nos anos iniciais, de ensinarem música aos seus alunos, mesmo sem deter do conhecimento acerca da mesma ou também de não ter uma instrumentalização adequada. Além do mais, uma predominância que existe dentro do ensino escolar é em relação ao uso do ensino de música para outros fins. Um exemplo encontra-se na afirmação de que a canção é utilizada como suporte para se adquirir conhecimentos gerais e com o objetivo de se criar hábitos e atitudes, de disciplina, de definição de rotina, comemoração de diversas datas, dentre outras aplicações BORGES (2019).

Todavia, estão claros quais os objetivos que o ensino de música possui nas escolas? As aulas não apenas contribuem para que os estudantes sejam capazes de se tornarem cidadãos, como também é responsável por contribuir com as crianças em aspectos como no sentimento, na expressão e também no pensamento das manifestações sonoras presentes no dia a dia. A musicalização nas escolas é um meio para desenvolver algumas características dos estudantes, como a coordenação motora, a concentração, a sociabilização, a destreza de raciocínio, a disciplina pessoas, a audição, dentre outros benefícios (CHAMORRO et al., 2017).

Os autores citam outras vantagens da implementação da disciplina de música em sala de aula, como a socialização e a sensibilização dos indivíduos, o desenvolvimento da capacidade de concentração e de raciocínio de quem a está praticando, sendo essas duas características de demasia importância em todas as fases da vida do ser humano. Ela também contribui com a coordenação motora e nos aspectos voltados a fono da criança, trazendo inclusive melhorias para outras áreas de estudo, pois quando um aluno escuta e fala bem, o desenvolvimento do senso auditivo corrobora de forma direta com o processo de alfabetização e também no estudo de outros idiomas.

Em seu artigo, os autores Carvalho e David (2021) enfatizam que o ensino da linguagem musical nos anos iniciais do ensino fundamental que pertence a Educação Básica do Brasil é dada como fundamental, pois uma vez que ela seja estimulada com antecedência, diversos aspectos presentes em diferentes momentos do desenvolvimento humano apresentarão potencial. Um outro fator que suporta essa afirmação é o fato da BNCC considerar o ensino de música como agente gerador de experiências de aprendizagem abrangentes e também complexas através de temas, de assunto ou até mesmo de habilidades presentes em diferentes itens que em outro momento poderão reunir projetos onde os saberes poderão se integrar de forma interdisciplinar, mesmo com o uso de diferentes artefatos digitais.

Os autores acima também enfatizam que para o docente musical, os meios facilitadores criados pelas TDICs geram novas atividades que podem ser encaminhadas para os educandos durante o seu processo de alfabetização musical. Logo, esses recursos são muito importantes para o educador, pois haverá a possibilidade da utilização dos mesmos por ele no momento de preparar as suas aulas e também quando for repassar o conteúdo aos estudantes. Todavia, é de demasia importância que os tutores obtenham previamente os conhecimentos acerca das características e também das possibilidades no que condiz a aplicação do conteúdo previsto. Dessa maneira, os recursos digitais assumem a função de facilitadores, mas sem ocupar o papel do educador durante o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos musicais.

Uma vez que as TDICs são destacadas dentro dos processos voltados ao ensino e também a aprendizagem musical, é possível utilizar os denominados objetos de aprendizagem (OA), sendo estes recursos digitais responsáveis por auxiliar o aprendizado. Logo, Chamorro et al. (2017) definem OA como qualquer recurso digital que possui algum valor pedagógico evidente e que pode ser utilizado uma ou mais vezes e até mesmo referenciado como suporte para o aprendizado. Esses objetos de aprendizagem podem ser inúmeras fontes, como por exemplo Apple, Java, uma animação Flash, atividades de quiz online ou até mesmo um filme com formato QuickTime. Entretanto, é válido ressaltar que sua origem pode ser mais simples, como apresentações vinda do Power Poin, arquivos com extensão pdf, imagens, sites ou atém mesmo uma página na internet (webpage).

Acredita-se que em decorrência da invenção e também da massificação crescente de dispositivos tecnológicos, o conceito de Som e Música sofreu alterações, fazendo que a música fosse considerada uma arte que exigisse maior acesso e automaticamente demandasse do educador um preparo para essa nova realidade. Contudo, quando são exigidos conhecimentos técnicos dos professores, essa realidade acaba por se distanciar deles e consequentemente impedindo o uso desses aparatos em aula. Sob essa ótica, o docente de música também ter conhecimentos acerca de recursos tecnológicos que possam contribuir com ele para um melhor desempenho em sala de aula, afim de lhe proporcionar um método mais dinâmico e prático para a transmissão do conhecimento musical (DA SILVA, 2021).

O autor ainda complementa que um desafio que a utilização de aparatos tecnológicos em aula está voltada à assuntos pessoais e/ou financeiros, isso porque em alguns casos os professores não possuem o acesso a esses dispositivos e também porque a estrutura de ensino não dispõe de condições para a oferta de tais recursos, privando não somente os professores, como também os alunos em relação à essa possibilidade. Logo, é fundamental que o tutor adquira do máximo de conhecimentos provindos da presença das TICs, para que essas possam ser utilizadas para fins pedagógicos.

Nos dias atuais, alguns dispositivos, dentre eles os smartphones e também os tablets apresentam como benefícios, a cooperação as práticas pedagógicas para o ensino de música nas instituições de ensino. São muitos os meios que esses recursos têm em facilitar a rotina de pais, professores e inclusive alunos, facilidade essa que poderia causar um grande impacto na Educação. Uma das razões por essa informação é devido a disponibilidade de tecnologias mais avançadas quando comparadas com aparelhos comuns presentes nos smartphones, enquanto os tablets se referem a modelos de computadores de uso mais generalizado, sendo esse recurso constituído de apenas uma tela, sendo está sensível ao toque, denominada touchscreen (CARVALHO; DAVID, 2021).

Contudo, os autores ressaltam que com avanço dos recursos digitais, a partir do momento que o professor opta por utilizar tais dispositivos para ministrar as aulas de música, o processo de ensino e aprendizagem vai demandar diversas decisões que partem desde o aspecto técnico utilizado até o aspecto pedagógico. Desse modo, confirma-se que a utilização dos aplicativos musicais em sala de aula realizam uma série de funções, como ferramentas para a musicalização, jogos com músicas, instrumentos virtuais e até mesmo meios que contribuem com músicos profissionais.

Logo, os Recursos Educacionais Digitais (RED) agem como objetos digitais que conectam as tecnologias até a descoberta de novos resultados não só para os estudantes, como também para seus educadores, sendo esses os autores envolvidos no processo de aprendizagem. Assim, os processos de compra de ferramentas ganham um novo significado, pois elas atuam em conjunto com o desenvolvimento específico de metodologias internas e com a função de manter o seu próprio comportamento funcionalmente organizado (HITZSCHKY et al., 2020).

Dando continuidade em seu raciocínio, os autores acima ainda julgam que os REDs são recursos digitais classificados em softwares, aplicativos educacionais e também objetos de aprendizagem, sendo todos eles organizados a partir de instrumentos com finalidade multimidiáticas, ou seja, contendo textos, imagens, animações e até itens audiovisuais. Existem estudos mais atualizados que comprovam o desenvolvimento profissional e também o uso da tecnologia pelos docentes, isso por meio de vivências práticas em oficinas onde o RED é comumente utilizado e também por meio da busca em repositórios educacionais. Com base nesses fatos, os educadores enfrentam desafios constantes no intuito de acessar, de organizar e também de inserir os seus planos pedagógicos nos mais diversos recursos presentes no emaranhado digital.

3.2 Ludicidade e aprendizado

Ao decorrer de diversas discussões acerca de um contexto educacional, em diversos momentos foi abordada a ludicidade durante o desenvolvimento de propostas com o intuito da contribuição no desenvolvimento da criança, em todos os seus aspectos. De acordo com o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, a definição adotada para o lúdico é a de algo que se refere à brinquedos e divertimentos, a jogos, ou seja, o aspecto lúdico utilizado para a aprendizado (TOMAS et al., 2020).

Os autores dão continuidade ao seu raciocínio afirmando que o lúdico é espontâneo, satisfatório e também funcional, o que permite que o aprendizado seja prazeroso, e dessa maneira, contribui para que a construção do pensamento seja criada pelo estudante, estando este alegre, o que torna o aprendizado favorável para o docente que está conduzindo as atividades. As atividades de caráter lúdico propiciam ou definem o bem-estar psicológico dos alunos e dessa forma, é possível notar que o lúdico aplicado a educação é visto como uma tarefa que visa produzir prazer, entreter e ao mesmo tempo educar as crianças, e essas brincadeiras são definidas por meio da observação dos professores com o propósito de tornar o desenvolvimento da criança mais fácil, vindo a somar e também a situar a criança dentro da realidade em que a mesma está inserida, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.

Existem diversos estudiosos que defendem o conceito de que uma criança brinca simplesmente porque gosta de brincar e se o comportamento dela for divergente, existe a possibilidade de algo de errado estar acontecendo com ela. O ato de brincar é essencial para o desenvolvimento não somente do corpo, como também da mente da criança, pois é nesse gesto que se é reconhecido um meio de prover uma educação integral em situações naturais, sendo essas brincadeiras as geradoras de fortes interesses na aprendizagem e responsáveis por lhes gerar prazer (BARBOSA; POLETTO, 2022).

Ainda segundo os autores, a ludicidade permite que o conhecimento seja construído com um aspecto interessante, prazeroso e também muito individual, sendo ela necessária para que exista qualidade em seu aprendizado até que as crianças se tornem adultos maduros. Esse comportamento também é associado com uma grande imaginação e autoconfiança, inclusive para aqueles jovens que possuem alguma dificuldade associada ao seu processo de aprendizagem ou na obtenção do conhecimento.

Desse modo, Barbosa e Polleto (2022) enfatizam que mesmo que existam autores que mencionem que as crianças brinquem por prazer, também existem estudiosos que defendem que elas brincam como ato de domínio para as suas angústias ou então como gesto que dê significado à agressividade. Desse modo, o ato de brincar se torna importante, pois ele é fundamental para a saúde física, intelectual e emocional dos jovens. É por meio dessas atividades que as crianças se tornam capazes a ter uma vida social, inclusive desenvolvendo a atenção, a concentração, dentre muitas outras habilidades e a explicação para essas afirmações sustenta-se na capacidade da criação, do reequilíbrio, na reciclagem das emoções dessas crianças e também na construção e reconstrução de um mundo, efeitos esses das brincadeiras.

Por muito tempo, as escolas encaravam a ludicidade como uma maneira de divertir, distrair e relaxar as crianças, e em algumas instituições essa mentalidade ainda perdura. Para implementar atividades lúdicas no ambiente escolar, é necessário que os educadores possuam uma base teórica sólida, habilidades de gerenciamento e sensibilidade para compreender a subjetividade de cada criança e perceber que o conjunto de atividades deve ser adequado para cada situação. A área da ludicidade, que inclui jogos, brinquedos e brincadeiras, tem proporcionado aos profissionais da educação a oportunidade de utilizar esses recursos como uma forma de incentivar a aprendizagem e o desenvolvimento infantil (PEREIRA; DE LIMA; PEREIRA, 2020).

Ainda de acordo com os autores, os profissionais da educação consideram a ludicidade como um recurso pedagógico eficaz, pois o uso de atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras, ajuda a transmitir o conteúdo em sala de aula, tornando a aprendizagem dos alunos mais fácil. É crucial que a ludicidade seja um tema presente no currículo escolar, incluindo a definição de jogos, brinquedos e brincadeiras. O uso de atividades lúdicas na educação infantil tem se mostrado uma das estratégias mais bem-sucedidas para estimular o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem das crianças. Essas atividades são significativas porque ajudam a desenvolver habilidades como atenção, memória, percepção, sentimentos, sensação e outros aspectos básicos necessários para a aprendizagem.

Os recursos lúdicos possuem a capacidade de contextualizar o que será proposto em aula e desse modo as crianças conseguirão entender o sentido de o que estão aprendendo. As brincadeiras contribuem com o desenvolvimento do raciocínio lógico, estimulando o pensamento matemático, a destreza em solucionar problemas e também os momentos de tomadas de decisão. A criança que tem a liberdade para brincar é capaz de tomar decisões acerca de seus recursos cognitivos com o intuito de tomar outras decisões e consequentemente solucionar problemas que podem emergir durante a atividade lúdica e desse modo, alguma delas estará relacionada à necessidade de aprender a ler, a escrever e a contar, no momento em que o pensamento lógico for acionado (MODESTO; SILVA; FUKUI, 2020).

Os autores enfatizam que o lúdico é um recurso que é capaz de incluir a criança dentro de sua cultura, onde elas são capazes de transpor as suas experiências internas dentro da realidade presente do lado externo. A prática envolvida no ato de brincar é uma atividade definida por culturas e tem como propósito representar uma necessidade em relação ao desenvolvimento infantil. O ser humano sempre brincou, em diferentes povos e culturas, entretanto, com o passar do tempo, as brincadeiras foram se alterando. Desse modo, a escola é essencial para a realização do processo de resgate da ludicidade por meio de sucatas, de jogos e também de brincadeiras, e um bom momento para esse processo pode ser durante as aulas de educação física, pois existem diversos conteúdos voltados a cultura corporal que têm a disponibilidade em corroborar para que momento vividos localmente, dentre eles jogos e brincadeiras tradicionais, possam ser resgatados e novamente vivenciados nas instituições de ensino.

Assim, Modesto, Silva e Fukui (2020) acreditam que é preciso reconhecer que o ato de jogar permite que atitudes sejam geradas no que condiz ao respeito mútuo, a obediência às regras, a cooperação, a iniciativa não somente em grupos como também individuais, o senso de responsabilidade, inclusive favorecendo o desenvolvimento das áreas cognitivas, afetivas e motoras. Com base em tantos benefícios, a ludicidade é algo que vem ganhando mais espaço no cenário brasileiro devido ao reconhecimento de sua relevância para o desenvolvimento dos estudantes dentro do âmbito escolar

Um trabalho pedagógico é organizado através de projetos e eles têm a necessidade de se iniciar com base em um problema real, uma dúvida ou uma questão que afete a um grupo nos aspectos sócio emocional e cognitivo. Esses projetos têm como proposta uma aproximação de fenômenos a nível global partindo de um problema, não considerando uma interpretação teórica já sistematizadas por meio das disciplinas (TREVEZANI et al., 2021).

É sob essa perspectiva que, segundo os autores acima, o profissional que atua na educação infantil possui a necessidade de conhecer a realidade vivenciada por cada aluno, e desse modo ele será capaz de ensinar algo embasado em um problema concreto, ou seja, por meio do cotidiano a qual esse estudante está incluso. O ato de ensinar não é nada fácil pois não existe algo já criado para tal tarefa, logo o educador precisa deter de conhecimento, ter experiência, contudo ele precisa ser acessível para a criança, atuando com dedicação, com responsabilidade e acima de tudo, tratar os seus educandos com amor e com carinho, pois quando um trabalho pedagógico é realizado dessa maneira, o professor é capaz de obter um resultado satisfatório do aluno, permitindo que o processo de aprendizagem seja significativo e que esteja coerente com a realidade deles.

3.3 A música e o aprendizado

A presença da música na vida infantil começa desde o útero materno, quando a criança já pode sentir e ouvir os sons produzidos pelo corpo da mãe, como a respiração, o fluxo sanguíneo, os batimentos cardíacos, entre outros. Quando a mãe conversa com o bebê em gestação, ela contribui para que a criança conheça os sons. Dessa forma, a música pode ser uma ferramenta de ensino e aprendizagem no desenvolvimento cognitivo da criança, já que as canções tornam as aulas mais dinâmicas e atraentes. O contato com a música na escola pode levar a uma mudança perceptível no comportamento dos alunos, que passam a interagir e socializar de forma mais natural e diversificada com os professores e colegas SÁ (2020).

O autor complementa informando que a partir dos primeiros dias de vida, as crianças são atraídas por sons musicais e manifestam-se de diferentes maneiras, tais como sorrisos e movimentos corporais, como bater palmas ou tocar instrumentos musicais infantis. Esses movimentos repetitivos e em constante transformação expressam sensações de prazer ou desagrado, dependendo dos sons presentes no ambiente. Dessa forma, a música está presente diariamente em nossas vidas e agrega valores emocionais que variam de acordo com o momento e o lugar. Enquanto algumas pessoas utilizam a música como uma ferramenta para se concentrar em atividades, outras podem se distrair. Isso evidencia que a música é capaz de despertar diversos sentimentos, independentemente de serem agradáveis ou não.

Desde a infância, a criança está envolvida em um processo de construção de conceitos por meio da realização de atividades e da compreensão dos mesmos. A base anterior dessa vivência é a formação de esquemas. À medida que a criança avança do período pré-operatório para o operatório-concreto, ela passa a transitar do estágio de realização para o de compreensão, reconstruindo o que foi feito em um nível representativo, mas sem encerrar o processo de realização. Desse modo, a compreensão conceitual surge da reflexão sobre o fazer existente (BEZERRA; FIALHO, 2020).

Os autores ainda dizem que em relação ao aprendizado musical das crianças, acreditamos que a fase operatória-concreta é um momento propício para que elas comecem a construir seus conhecimentos musicais. Mesmo que ainda não possuam a maturidade necessária para apreciar as nuances de uma obra musical complexa, elas são capazes de explorar os elementos musicais que conseguem compreender e começar a desenvolver um pensamento analítico sobre eles. Quando estimuladas nesse sentido, as crianças se sentem motivadas a aprender e criam situações de sucesso em seu aprendizado. Essa abordagem permite que elas estabeleçam um vínculo positivo com a música desde cedo, o que prepara o terreno para futuros estudos de teoria musical e harmonia, que se tornam muito mais significativos quando baseados em uma fundação sólida.

Logo, Bezerra e Fialho (2020) concluem que a perspectiva cognitiva considera que a construção do conhecimento se dá por meio da interação entre o sujeito e o objeto. Cada estágio do desenvolvimento infantil apresenta habilidades e competências que se consolidam em determinado período de maturação. Por exemplo, na fase pré-operatória, que compreende aproximadamente de 2 a 7 anos de idade, a criança ainda não alcança certas capacidades que serão desenvolvidas no estágio operatório-concreto. No entanto, mesmo neste período, a criança pode realizar ações reversíveis de forma incompleta, preparando as estruturas mentais que serão úteis no estágio das operações formais.

É importante destacar que o ambiente em que a criança aprende e se desenvolve deve ser adequado, estimulante e desafiador. A abordagem psicomotora deve ser realizada de forma lúdica, prazerosa, criativa e sem pressões ou regras rígidas, mas com atividades estruturadas para alcançar os objetivos desejados. Em outra perspectiva, é importante salientar que a música pode ser um importante aliado no processo de desenvolvimento infantil, pois desperta na criança interesse e diversão na aprendizagem, além de possibilitar a aquisição de conhecimentos e saberes por meio desse recurso. A música permite que a criança manifeste sua relação com o mundo de forma criativa e expressiva, para isso, é necessário um ambiente adequado que favoreça a aprendizagem dessas significações, que são em grande parte construídas culturalmente (TABORDA; DA SILVA, 2021).

Os autores acima ainda salientam que devido às suas diversas propriedades, a música é uma forma de arte que pode ter um papel importante no desenvolvimento infantil, afetando não só a percepção auditiva, mas também o movimento corporal, a fala e o pensamento lógico e estético. Ao entrar em contato com a música, a criança é capaz de perceber e assimilar o ritmo, incorporando-o em movimentos que podem ser determinantes para o processo de desenvolvimento psicomotor. Além de seu papel no desenvolvimento infantil, a música pode ser vista como uma forma de interação social e de exploração do espaço. Por meio dela, a criança pode adquirir novos conhecimentos, experimentar sensações e desenvolver habilidades, tornando-se uma arte com muitas possibilidades.

De acordo com pesquisas, a música desempenha um papel significativo no desenvolvimento psicológico e cultural das crianças, além de favorecer as relações socioculturais entre as pessoas. A expressão corporal induzida pela música pode estimular o interesse em outros assuntos, principalmente em relação aos temas abordados nas letras. Existem diversas possibilidades musicais, como as cantigas de roda, que contribuem para o aprendizado da leitura e da escrita durante a pré-alfabetização. Desse modo, a linguagem musical pode ser um recurso valioso nessa etapa (LIMA; JUNG; DA SILVA, 2019).

Ainda segundo eles, as atividades propostas são consideradas benéficas para o desenvolvimento da coordenação visomotora, da imitação de sons e gestos, da atenção e percepção, da memorização, do raciocínio, da inteligência, da linguagem e da expressão corporal. Essas funções psiconeurológicas envolvem aspectos psicológicos e cognitivos, que constituem as diversas maneiras de adquirir conhecimentos, ou seja, são as operações mentais que utilizamos para aprender e raciocinar. A simples atividade de cantar uma música pode treinar uma série de habilidades importantes para as crianças.

Desse modo, a utilização da música durante o processo de alfabetização pode ser uma forma de incentivar e engajar os alunos, tornando o aprendizado mais agradável e prazeroso. A música, com seus sons e rimas, pode auxiliar no desenvolvimento da percepção sonora, que está diretamente relacionada ao domínio fonológico.

A música é um meio de comunicação eficaz e possibilita que a criança recrie seu cotidiano por meio da arte. As aulas de arte na educação infantil contribuem para o desenvolvimento integral da criança, abrangendo aspectos físicos, sociais, culturais, afetivos, emocionais e cognitivos. A aprendizagem através da música é prazerosa e vai além do lazer, sendo um ato de aprendizagem significativo. A música na educação contribui para a integração do indivíduo na sociedade, uma vez que o aluno é um ser social dotado de capacidades afetivas, emocionais e cognitivas, com desejos de interação e aprendizado para compreender e influenciar seu ambiente. As atividades artísticas por meio da música fornecem suporte para que as crianças se sintam em casa e, nesse momento, interajam com o educador em busca de um aprendizado pleno (SHMOELLER, 2020).

Por fim, o autor confirma que se destaca que as atividades artísticas criam um ambiente envolvente, estabelecendo um vínculo de confiança que torna o aluno mais seguro. A construção do conhecimento humano é dinâmica e progressiva, não tendo um começo, meio e fim, o que possibilita a interação no contexto sociocultural. A música é extremamente importante para a interação e socialização, pois estimula a criatividade e leva o ser humano a compreender melhor a história e a cultura, enquanto proporciona momentos de descontração e alegria. Além disso, amplia os diferentes significados da linguagem por meio dos diversos sons, possibilitando um maior entendimento do contexto sociocultural que nos rodeia.

3.4 Educação musical e aprendizagem significativa

A Teoria da Aprendizagem Significativa foi elaborada pelo psicólogo cognitivista norte-americano David Ausubel e defende que, para que uma aprendizagem seja significativa, o novo conhecimento adquirido deve estar relacionado a algum conhecimento prévio já existente na mente do aprendiz. Essa abordagem faz parte da corrente construtivista da psicologia cognitiva, a qual compartilha ideias com autores como Jean Piaget, Lev Vygotsky, Gérard Vergnaud e Jerome Bruner. Para esses teóricos, a aprendizagem é um processo de construção do conhecimento através da interação entre o sujeito e o objeto, e não apenas um processo de armazenamento de informações na mente (BEZERRA; FIALHO, 2021).

Os mesmos autores ainda mencionam que quando abordamos a aprendizagem com sentido, nos referimos à cognição e aos meios pelos quais ela ocorre no indivíduo. A cognição está relacionada aos significados do mundo em que estamos inseridos. No ambiente educacional atual, busca-se cada vez mais métodos distintos para atingir uma aprendizagem com sentido junto aos estudantes. Conforme os autores, o processo cognitivo compreende a compreensão, alteração e conservação de informações. Tais dados são guardados para possibilitar futuras relações com novos conceitos abordados.

Quando se menciona a aprendizagem de sentido na cognição, estamos nos referindo às maneiras pelas quais ela se manifesta no indivíduo. A cognição está relacionada aos significados com o mundo em que o indivíduo está inserido. No ambiente educacional contemporâneo, cada vez mais, busca-se métodos diferenciados para alcançar a aprendizagem significativa dos alunos. De acordo com os autores, o processo cognitivo engloba a compreensão, transformação e armazenamento das informações. Essas informações são retidas para, posteriormente, estabelecer relações com os novos conceitos apresentados (DAS NEVES; ALTMANN; JUNG, 2022).

Ainda de acordo com os autores acima, para que as informações sejam armazenadas de maneira adequada, é necessária uma organização dos processos cognitivos. Tais registros devem estar claros e disponíveis para que o estudante faça as conexões necessárias com os novos conceitos apresentados em sala de aula. Com base nessas conexões, pode-se dizer, que ocorre um processo de ancoragem, no qual há uma interação entre os aprendizados mais significativos incorporados ao conhecimento desse indivíduo e os novos conceitos apresentados. Portanto, se houver registros cognitivos anteriores sobre um determinado assunto e o indivíduo estabelecer conexões relevantes, os registros anteriores são refinados, o que os autores referem como uma modificação em função da ancoragem.

Com o objetivo de indicar direções para que o educador de arte/música atribua significados aos conteúdos de sua prática pedagógica e promova uma aprendizagem significativa, procura-se interpretar os códigos estéticos na interação da música com outras linguagens artísticas. Sob essa perspectiva, o ensino de música e arte pode se tornar mais relevante e prazeroso ao combinar as linguagens da dança e das artes plásticas/visuais em um contexto de aprendizagem. Isso ocorre porque a expressão artística frequentemente envolve diálogos entre diferentes linguagens da arte (DA SILVA; QUADROS, 2019).

Eles continuam a sua contribuição mencionando que é relevante destacar que as linguagens, tanto verbais quanto não verbais, complementam-se na busca de sentidos e significados para interpretação e visão de mundo. Por isso, é importante que o professor de arte utilize estratégias e metodologias adequadas para que as aprendizagens sejam ricas em sentido e, consequentemente, significativas. As significações das coisas, os conceitos, ampliam os conhecimentos do educando e fazem com que ele se torne mais habilidoso nas competências adquiridas. Aprimorar as habilidades do indivíduo por meio da educação em arte é prepará-lo para a vida e o trabalho, tornando-o o protagonista de sua própria existência. Nesse caso, o objeto de conhecimento é a música.

Desse modo, da Silva e Quadros concluem seu raciocínio compartilhando que de acordo com a proposta “Triangular” da educadora em arte Ana Mae Barbosa, citada nos Parâmetros Curriculares Nacionais, ensinar arte é uma prática de fazer (produzir), apreciar (fruir) e interpretar (contextualizar) objetos artísticos. Nesse sentido, o ensino de música também segue essa abordagem, pois ao construir algo, o aluno aprende e domina a técnica do “fazer” e, assim, desenvolve a habilidade de manusear os materiais utilizados na produção do objeto artístico, seja ele uma pintura, escultura, peça musical, dança ou teatro. E ao apreciar (observar) o objeto finalizado, o aluno entende que houve um processo de construção planejado e organizado, necessário para transformar algo inexistente em algo novo, criado por ele. Ao contextualizar esse objeto artístico, o aprendiz compreende o seu significado no mundo, ou seja, por que ele foi construído e quais os seus significados para a vida no tempo e no espaço. Compreender o poder criativo em ação é fundamental para desenvolver o mundo físico e as ideias. Conhecer o processo de desenvolvimento humano é conhecer a história que moldou o percurso temporal da humanidade, em qualquer circunstância. Isso é compreender o mundo que é construído diariamente, individual e coletivamente.

Esta teoria defende que o saber se organiza em estruturas cognitivas, que são conjuntos de entendimentos que o sujeito detém acerca de um determinado tema. A aquisição de conhecimento torna-se significativa quando os saberes prévios são interligados ao novo conteúdo a ser estudado, o qual passa a ser incorporado às estruturas de conhecimento, adquirindo um sentido especial. Este conceito não se resume apenas a uma conexão, mas sim a uma interação significativa entre os conhecimentos prévios e os novos conhecimentos a serem adquiridos. Dessa maneira, a aprendizagem significativa consiste em um processo de transformação do conhecimento, alterando a estrutura cognitiva do aprendiz, modificando os conceitos prévios e criando novas conexões (BLATT, 2019).

Dando continuidade, o autor acima afirma que com base nessa visão, novos saberes são construídos à medida que o aprendiz articula novos conhecimentos aos já adquiridos, sendo necessário que a aprendizagem seja conectada a um conhecimento prévio existente na estrutura cognitiva do indivíduo para que possa ser assimilada de forma significativa. Para que isso ocorra, três condições são necessárias: a predisposição do indivíduo para aprender; a utilização de material potencialmente significativo e uma estrutura cognitiva capaz de assimilar a nova informação. A predisposição para aprender está fortemente relacionada com a experiência afetiva que o aprendiz tem no processo educativo. Além disso, a aprendizagem significativa enfatiza a participação ativa do aluno na aquisição de conhecimento, evitando assim a simples reprodução de conceitos apresentados pelo professor ou pelo livro-texto, e promovendo a reelaboração do aluno.

Nessa perspectiva, estimular debates sobre a inserção da música no ambiente escolar como uma das estratégias didáticas possíveis para ser utilizada pelo educador é crucial. Visto que as letras podem abranger questões que encorajam o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos, expressando emoções, conectando o conhecimento científico à realidade dos estudantes e criando um senso de pertencimento. Dessa forma, pode contribuir para promover a aprendizagem significativa, que tem benefícios consideráveis em relação à aprendizagem mecânica, tanto no enriquecimento da estrutura cognitiva do aluno quanto na lembrança posterior e na aplicação para experimentar novas aprendizagens (SOUZA; NETO; DA SILVA, 2020).

Por fim, os autores concluem afirmando que, no entanto, é necessário avaliar alguns aspectos relevantes na seleção da música para fins educacionais, como por exemplo: como a música está sendo introduzida no ensino de Química, especialmente na abordagem da eletroquímica? Essas músicas apresentam situações desafiadoras, contextualizadas e interdisciplinares? Ou elas têm apenas como objetivo resumir conceitos ou reforçar conceitos comportamentais, por meio da memorização de fórmulas, promovendo a aprendizagem mecânica?

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Apresentação do aplicativo com base nas Sequências Didáticas (SD)

Para o desenvolvimento das aulas, é utilizado um processo interno chamado Sequência Didática, também conhecido como SD. Esse documento inclui um cabeçalho com informações destinadas ao professor, como local de trabalho, detalhes de contato, etapa de ensino em que o educador atua, por exemplo, ensino fundamental, o ano escolar em que a aula será ministrada, algumas informações relacionadas à BNCC, incluindo a área do conhecimento, o componente curricular, a unidade temática, o conteúdo curricular, o objeto de conhecimento a ser ensinado, as habilidades e competências específicas relacionadas ao conteúdo, além dos objetivos gerais e específicos da aula a ser ministrada.

Além disso, nesse processo é possível identificar informações relacionadas à abordagem didática que será empregada, incluindo a explicação do momento de aprendizagem ao qual todas as informações acima se referem, com destaque para a descrição do fluxo de atividades envolvidas. Também são fornecidos detalhes como a duração estimada da aula, o local onde será ministrada, os recursos necessários para a sua execução, bem como algumas definições teóricas relacionadas aos objetivos pedagógicos e tecnológicos, acompanhados de suas respectivas fontes bibliográficas.

A seguir serão descritos minuciosamente os estágios relacionados ao programa utilizado para a realização da presente investigação.

4.1.1 Primeiro momento do aprendizado

Como já foi dito anteriormente, a nova abordagem educacional para o ensino de música aos estudantes do colégio em que o teste foi conduzido é fundamentada no uso de um aplicativo de celular chamado “Perfect Piano“. Esse aplicativo é composto por diversos recursos que ajudam o professor durante o processo de ensino musical, tais como a seleção do grau de complexidade da música, a utilização de um metrônomo, a criação de salas de estudo, entre outras opções.

O primeiro momento do aprendizado é aquele onde o educador apresenta a música ao aluno. Como primeira etapa, o docente escolhe uma canção popular, tal como “Atirei o pau no gato”, “Asa Branca”, entre outras, e, primeiramente, escreve os nomes das notas musicais no quadro-negro na forma de leitura em português – Dó, Ré, Mi, dentre outras.

Ainda em relação à seleção da música para ensinar aos estudantes, um aspecto importante e que tornou a introdução musical mais fácil foi a escolha de uma canção que incluísse apenas notas consideradas básicas, evitando canções que contêm notas acidentais, como sustenidos ou bemóis. Isso ocorre porque, ao seguir esse padrão, o aluno usaria apenas as teclas brancas do teclado virtual do aplicativo.

Portanto, assim que a música estabelecida e suas notas correspondentes escritas no quadro branco, o educador entoa as notas para os pequenos e os estimula a reproduzir essa ação, com o objetivo de compreendê-las de forma mais aprofundada. Nesse caso, grande parte das técnicas utilizadas no estágio anterior também serão utilizadas nesse momento, fazendo apenas as mudanças necessárias para adaptar esse novo ambiente às necessidades dos alunos.

4.1.2 Segundo momento do aprendizado

O segundo momento de aprendizado musical aplicado aos alunos é quando eles terão sua primeira interação com as notas que constituem a música na partitura. No entanto, para que essa transição ocorra, é responsabilidade do professor determinar por quanto tempo o primeiro momento será realizado e, de acordo com o progresso de sua turma, ele decide por essa alteração.

Nesse caso, grande parte das técnicas utilizadas no estágio anterior também serão utilizadas nesse momento, fazendo apenas as mudanças necessárias para adaptar esse novo ambiente às necessidades dos alunos.

A primeira delas consiste em o professor, antes de solicitar aos alunos que utilizem o aplicativo, desenhar as linhas da pauta no quadro negro e começar a transpor as notas descritas em seu método para uma simples leitura (dó, ré, mi, dentre as demais) para a mesma, uma por uma. E enquanto o professor realiza esse processo de transposição, existem algumas características de grande importância que precisam ser bem explicadas pelo mesmo, sendo elas: 1) a menção de que cada linha e cada espaço contido no pentagrama representa uma nota que pertence à escala musical, 2) os nomes das notas serão descobertos de acordo com a clave presente no início da partitura, podendo ser classificada em Clave de Sol, Clave de Fá e também Clave de Dó – entretanto o professor mencionará que para o aprendizado de piano, a clave comumente utilizada é a de Sol – e, por fim, mesmo que esse conceito não seja aplicado às aulas, o profissional ali presente ainda poderá compartilhar que o tom aplicado àquela música que está sendo reproduzida pelos estudantes é definido pela presença ou ausência dos símbolos de notas sustenidas, representados pelo símbolo “ # ” e também de notas denominadas bemol, representadas pela letra “ b “.

4.1.3 Terceiro momento do aprendizado

Por último, há o terceiro e último momento do ensino musical aplicado às crianças por meio do aplicativo Perfect Piano. Nele, estão todas as tarefas designadas anteriormente pelo professor e o que o destaca dos demais é a incorporação da performance e do ritmo musical atribuído a cada nota da música escolhida. Neste caso, primeiramente o docente desenhará no quadro-negro os símbolos referentes aos tempos musicais encontrados na partitura da canção selecionada pelos estudantes, que estão presentes na tela do aplicativo.

Posteriormente, será ensinado aos estudantes que a definição do tempo de execução de cada nota está relacionada com dois elementos ali presentes, que seria a bolinha localizada no início ou no final da figura da nota musical, pois quando a mesma se encontra preenchida, sua duração será diferente das bolinhas que não estão preenchidas.

A etapa seguinte da explanação do tempo musical implica, utilizando as mesmas notas desenhadas no quadro negro, informar aos alunos que, no caso das esferas preenchidas, a quantidade de linhas horizontais presentes na extremidade oposta à esfera também é considerada. Em outras palavras, quanto maior o número de linhas na forma da nota musical, menor será sua duração. Por último, também serão representados no quadro os símbolos que indicam os momentos de pausas musicais de um instrumento específico nas composições musicais e como eles são organizados nas partituras.

Uma vez que essa primeira exposição do conteúdo foi realizada, o docente irá escrever na lousa uma “passagem” da música com as suas respectivas notas musicais e utilizando um aparelho metrônomo, ele irá entoar as notas para os seus alunos ouvirem, pedindo em seguida que eles o acompanhem de acordo com a velocidade estabelecida no instrumento. É importante salientar que não é preciso ter o dispositivo físico, visto que existem aplicativos de metrônomos ou dentro do próprio software, é possível selecioná-lo, se necessário

4.2 Comparativo dos resultados antes e após a implementação do aplicativo

O objetivo deste subcapítulo é apresentar as etapas de avaliação dos estudantes que são objeto de estudo desta pesquisa, destacando alguns resultados obtidos com a metodologia de ensino sem a utilização do aplicativo e após sua implementação. Como já mencionado anteriormente, não serão mencionados seus nomes ou a turma em questão para evitar exposição.

O primeiro aspecto a ser abordado está relacionado com a motivação dos alunos. Observa-se que havia uma grande quantidade de estudantes, aproximadamente 63,89% deles, que não se sentiam motivados durante as aulas de arte quando a metodologia de ensino não incluía esses recursos musicais. No entanto, houve uma mudança significativa nesse cenário, com a proporção de alunos motivados aumentando de 22,22% para 77,78% após a utilização do aplicativo.

Outro aspecto importante a ser analisado é o nível de dispersão dos alunos em sala de aula. É importante destacar que, de acordo com outros professores de arte, eles perceberam que seus alunos perdiam o foco em alguns momentos da explicação.

Na população estudada para esta dissertação, antes da implementação do recurso digital, o professor confirmou que cerca de 69,44% dos alunos se distraíam em algum momento durante a aula, uma taxa que diminuiu para 30,56% após a implementação do aplicativo, totalizando 86,11% alunos com maior atenção durante as aulas.

O próximo item a ser compartilhado e que também evidencia uma possível eficácia do novo método de ensino está presente no questionamento referente a uma maior facilidade dos alunos no aprendizado do conteúdo de música ensinado durante as aulas de artes. Realmente existia uma certa dificuldade com o conteúdo musical ser absorvido pelos estudantes, e o que torna possível confirmar essa informação é o alto percentual de alunos que foram avaliados com essa característica, atingindo um percentual de 61,11% dos mesmos. Entretanto, após o início das atividades com o “Perfect Piano“, esse índice se reverteu e o maior índice passou a representar os estudantes com uma maior facilidade em aprender, sendo eles representados por 77,78% de todos os alunos observados.

Dando seguimento à avaliação dos alunos pertencentes à população estudada nesta pesquisa, o próximo aspecto avaliado diz respeito ao grau de interação social entre os estudantes antes e após a implementação do aplicativo. A expectativa em relação à melhoria desse indicador decorreu do fato de que, no momento 3, o professor solicitava que 2 alunos tocassem juntos a mesma música, sendo um deles responsável pela melodia e o outro pela harmonia.

Os resultados obtidos com essa nova metodologia efetivamente aumentaram os níveis de interação social entre os alunos, uma vez que antes das aulas com o aplicativo, o professor constatou que somente 19,44% dos estudantes interagiam entre si na sala de aula, um percentual que subiu para 80,56% após a implementação das novas atividades.

Foi feita, posteriormente, uma análise individual dos resultados dos estudantes que confirmou os piores desempenhos escolares antes da utilização do aplicativo Perfect Piano, com uma representatividade de 58,33%. Entretanto, com a implementação do aplicativo, houve uma mudança no cenário, com os maiores índices passando a ser dos melhores resultados, representando 75% dos alunos avaliados.

Felizmente, o último aspecto a ser avaliado nesse subcapítulo se refere aos resultados coletivos alcançados pelos alunos com a nova abordagem de ensino. De fato, os resultados comparativos coletados pelo professor estiveram de acordo com as expectativas previstas para a implementação dessa nova metodologia. Cerca de 64% dos alunos apresentavam os piores resultados anteriormente, mas esse quadro foi revertido para um aumento de 64% nos resultados coletivos obtidos em sala de aula.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa, em um primeiro momento, apresentou a introdução do conteúdo de música para os estudantes das redes de ensino, matéria esta que pertence a disciplina de artes, contemplando inclusive a necessidade de os docentes se adaptarem ao uso de tecnologias para que as mesmas pudessem ser ensinadas.

Posteriormente também foram abordados assuntos como a ludicidade para os anos iniciais de ensino, a influência da música para o aprendizado dos estudantes e também a sua contribuição com a aprendizagem significativa dos mesmos.

Entretanto, como proposta para a realização desse trabalho e também como tentativa de se obter melhores resultados para um grupo de alunos pertencentes a população estudada, foi desenvolvida uma metodologia denominada Sequência Didática, tendo como intuito o planejamento das aulas a serem aplicadas.

Junto ao aplicativo “Perfect Piano”, disponível para Smartphones/tablets, foram desenvolvidas 3 sequências didáticas, que tinham como intuito facilitar o aprendizado dos alunos envolvidos neste processo.

Como resultado, os estudantes apresentaram um aumento em seu desempenho escolar em itens como o nível de motivação deles em sala de aula, o quanto eles conseguiam prestar atenção, como também níveis de socialização, resultados individuais, como também em grupos.

Logo, considero satisfatórios os resultados obtidos com a utilização do app por meio desse estudo, uma vez que os objetivos propostos foram atingidos.

Desse modo, como proposta de atividade futura, deixo a sugestão de que as funcionalidades do aplicativo sejam explanadas, para que educadores que possuam interesse na implementação e também no uso do aplicativo possam saber quais os recursos que o mesmo possui, podendo ter um melhor aproveitamento de suas funcionalidades.

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¹Autor- Centro Universitário Unicarioca