ANÁLISE ERGONÔMICA DO MOBILIÁRIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM APUCARANA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Faculdade de Apucarana como nota parcial para a obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
COMISSÃO EXAMINADORA
Fernando Rodriguez Sambugari
Kleber Rogério Andolfato
Maria Onide Ballan Sardinha
Apucarana, 06 de dezembro de 2007.
Especialmente, à minha mãe, pois sem ela nada disso seria possível, pela sua força, garra, coragem, dedicação aos seus filhos e principalmente pelo amor que ela sente por nós.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela força que Ele sempre nos dá para vencer os problemas e continuar seguindo em frente.
Ao meu orientador, Fernando Sambugari Rodrigues, pela força que sempre me deu para que eu pudesse concluir este trabalho, pelas “puxadas de orelha” que foram essenciais e pela sua paciência durante a orientação.
À minha mãe, pelo modelo de mulher e exemplo de pessoa, pelo seu amor, pela sua fé de que tudo um dia se resolverá.
À minha namorada, pelo apoio nas horas difíceis, pela compreensão nos momentos que estive ausente, e por ela ser a mulher da minha vida.
Às alunas Fernanda Marson Honório, Lívia Salomão Ballan e Ângela Fabiana de Almeida, do 4º semestre de fisioterapia, pela enorme ajuda que deram durante a coleta dos dados para a pesquisa.
A todos os meus amigos, que de certa forma contribuíram para que este trabalho pudesse ser concluído.
E ao meu pai, que não está mais comigo, mas sei que sente muito orgulho pelo seu filho.
Não é fácil escrever
É duro quebrar rochas. Mas voam faíscas
E lascas como aços espelhados.
(Clarice Lispector)
FEDRIGO, Fabio André. Análise Ergonômica do Mobiliário de uma escola Pública em Apucarana. 2007. 42p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Fisioterapia, Faculdade de Apucarana, Apucarana, 2007.
RESUMO
O estudo apresenta uma análise da antropometria humana de crianças com idade entre seis e nove anos dentro de uma escola pública, do Ensino Fundamental, em Apucarana, no estado do Paraná. A análise teve como objetivo a padronização do mobiliário escolar desta escola, de acordo com as diferenças antropométricas dos estudantes dentro de cada sala de aula da 1ª até a 4ª série. A partir destes dados e da avaliação atual do mobiliário escolar, gerou-se a hipótese de que dentro das salas de aulas, tanto as carteiras e como as cadeiras possuíam apenas uma medida de altura o que resulta no desconforto destes alunos quando estão em período de aula. Durante a pesquisa, foram coletadas medidas antropométricas dos alunos e medidas ergonômicas do mobiliário escolar e após as devidas análises foi comprovada a falta de adaptação ergonômica dentro das escolas. O trabalho é concluído com a sugestão de três medidas ergonômicas que poderiam ser postas em prática dentro das escolas de Ensino Fundamental e, desta forma, todos os alunos tanto os mais baixos, medianos, e os mais altos estariam estudando em carteiras e cadeiras escolares corretamente adaptadas às suas necessidades físicas.
Palavras-Chave: Mobiliário Escolar, Padronização, Ensino Fundamental.
Fedrigo, Fábio André, Ergonomic Analysis of school furniture of basic education in Apucarana. 2.007. 42p. Final Paper of the Physiotherapy Course. College of Apucarana – FAP, 2.007.
ABSTRACT
This study is about the analysis of the human anthropometry of children aged between 6 and 9 years old, from a public basic school in Apucarana, state of Paraná. The main goal of the analysis was to standardize the school furniture according to each student’s anthropometric difference, in classrooms from 1st to 4th grade. With all the information and the assessment of the actual school furniture, the hypothesis that desks, both chair and table, were of the same height measure, which implies in discomfort for students during class period, has been reached. Anthropometric measure of the students and ergonomic measure of the school furniture have been collected throughout the research, proving the lack of ergonomic adaptation inside schools. The work is concluded with suggesting 3 actions, which could be used in basic schools, making possible for all students, being them taller, shorter or of average height, studying in desks and chairs correctly adapted to their own individual physical needs.
Key-words: School Furniture, Standardization, Public School of Basic Education.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………………………………………….. 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………………………………………………..
2.1 ERGONOMIA E SEUS CONCEITOS…………………………………………………………………….
2.2 POSTURA……………………………………………………………………………………………………………
2.3 ANTROPOMETRIA…………………………………………………………………………………………….
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3 PESQUISA DE CAMPO…………………………………………………………………………………………
3.1 METODOLOGIA E ANÁLISE DOS DADOS………………………………………………………….
3.1.1 Amostra e Seleção……………………………………………………………………………………………..
3.1.2 Coleta de Dados…………………………………………………………………………………………………
3.1.3 Resultados e Discussão……………………………………………………………………………………….
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4 ANÁLISE DO MOBILIÁRIO ATUAL NA ESCOLA………………………………………………
4.1 ANÁLISE DAS POSTURAS ADOTADAS PELAS CRIANÇAS EM AMBIENTE ESCOLAR…………………………………………………………………………………………………………………
4.2 PROPOSTA DE MUDANÇAS…………………………………………………………………………
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5 CONCLUSÃO………………………………………………………………………………………………………..
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………………………………..
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APÊNDICES……………………………………………………………………………………………………………..
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APÊNDICE A – Termo de Permissão Para a Realização da Pesquisa Na Escola………………… 36
APÊNDICE B – Ficha de Coleta de Dados dos Alunos da Escola Municipal Madalena Côco.
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APÊNDICE C – Ficha de Coleta de dados da Altura das Carteiras e Mesas da Escola
Municipal Madalena Côco…………………………………………………………………………………………..
APÊNDICE D – Termo de Autorização Para Pesquisas com Seres Humanos…………………….
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente, de acordo com Carvalho et al (2007), ‘‘um aluno com idade escolar passa na escola, obrigatoriamente, 200 dias letivos, de no mínimo 4 horas diárias durante aproximadamente 11 anos de educação, sendo a maior parte deste tempo sentado”. Tal postura associada a um mobiliário fora do padrão ergonômico pode acarretar o aparecimento de alterações posturais e algias lombares precocemente.
Vários são os fatores que desencadeiam estas alterações, desde o convívio com mochilas pesadas até a maneira com que a criança senta-se na cadeira dentro da sala de aula. Levando em conta que a criança estuda 4 horas por dia na posição sentada, torna-se importante que este mobiliário esteja de acordo com a antropometria destes estudantes, caso contrário irão criar compensações posturais na intenção de aumentar seu conforto durante seus estudos.
Algumas escolas investem pouco na ergonomia de concepção que, por definição, seria a pesquisa prévia dentro do mercado de mobílias em busca de um material mais ergonômico a ser implantado naquela escola. Devido a esta falta de percepção de prevenção, muitas vezes, tem-se como resultado a compra de mobílias com precário padrão ergonômico.
Todavia, atualmente, a ergonomia participativa tem sido posta em prática em algumas escolas, por meio de palestras aos alunos sobre a importância de se ter uma boa postura durante os estudos, ministradas por profissionais da área saúde. O problema é que estas carteiras e mesas prejudicam a tentativa destes alunos de melhorarem suas posturas, uma vez que a carteira muito alta impede a criança de apoiar seus pés no chão ou a carteira mais baixa faz com que seus joelhos batam na mesa.
Para Moro et al (2007, p.1), “o mobiliário escolar, juntamente com outros fatores físicos, é notadamente um elemento da sala de aula que influi circunstancialmente no desempenho, segurança, conforto e em diversos comportamentos dos alunos”.
Desta forma, acredita-se que dentro das salas de aula o mobiliário deveria possuir pelo menos três medidas ergonômicas: uma suprindo às necessidades da porcentagem de alunos mais baixos; outra para a porcentagem de alunos de estatura mediana; e por último uma medida que suprisse às necessidades dos alunos mais altos. O que ocorre é que existe uma errônea padronização de medidas nestes mobiliários que se encontram, muitas vezes, com alturas iguais para todas as séries.
Normalmente, nas instituições públicas, as compras de materiais e mobílias são feitas por licitação sem a presença de algum profissional da saúde formado em ergonomia para dar assessoria na hora da compra e escolha dos materiais. Esta deficiência de informação explica a falta de ergonomia nos mobiliários que atualmente se encontram nas escolas do país.
Diante disto, dentro das escolas de primeira à quarta série, nota-se que as alturas das cadeiras e mesas escolares são padronizadas em apenas um padrão métrico entres todas as séries, considerando ainda que existem escolas que possuem ensino para adultos em outros períodos os quais estudam nas mesmas salas de aula com as mesmas carteiras. Esta padronização implica diferenças adaptativas entre os alunos, uma vez que existem variações da média de altura das crianças entre as séries e até mesmo dentro de uma mesma classe, levando em consideração o desenvolvimento músculo-esquelético ser diferente de pessoa para pessoa.
Devido a este problema, torna-se normal encontrar situações em que uma criança do primeiro ano se sente confortável em sua cadeira, porém uma do quarto ano sente seu joelho encostar-se à mesa, provocando-lhe desconforto em função de o mobiliário estar muito abaixo da medida ideal.
A correta adaptação deste mobiliário, proposta neste trabalho, direcionado à particularidade de cada série, resultará em uma adaptação universal, a fim de alcançar o aumento do conforto destes quando estiverem estudando. Cada série terá três medidas padrões, de acordo com a antropometria dos alunos, considerando-se as diferenças de altura encontradas na mesma classe.
Nosso organismo, mais precisamente o sistema músculo-esquelético, quando colocado sobre situações de sobrecarga, como, por exemplo, em uma postura sentada inadequada, tende a atuar de forma intensa, sobrecarregando-o e muitas vezes provocando dores.
Perante o conceito da ergonomia que prega a adaptação do ambiente de trabalho ao trabalhador ou estudante, torna-se necessário tirar medidas ergonômicas padrões das carteiras e mesas, de acordo com a antropometria das crianças e principalmente a série em que elas estudam como também trazer à sociedade a informação de que uma mobília correta é tão importante para o aprendizado do aluno quanto os materiais didáticos.
O presente trabalho tem como objetivo analisar o padrão ergonômico da mobília nas escolas de Ensino Fundamental, com a finalidade de padronizar a altura das cadeiras e mesas escolares em três medidas, de acordo com a classe em que estas crianças estudam como também visa mostrar à população que o ser humano é um ser dinâmico nos movimentos, tanto sentado quanto em pé.
Pretende-se demonstrar que se ele for exposto a um mobiliário que esteja fora do padrão ergonômico fará compensações com os membros inferiores, superiores e coluna vertebral, na tentativa de melhorar sua postura sentada. São estas compensações que provocam dores e cansaço físico, tornando-se extremamente prejudicial para seu aprendizado e para seu desenvolvimento motor normal durante sua fase de crescimento.
Estas três medidas irão suprir às necessidades dos alunos de estatura mais baixa, mediana e os mais altos. Por meio da análise da altura do mobiliário escolar e, posteriormente, feitas as devidas correções; acredita-se que, desta maneira, será possível obter um aumento do rendimento geral da classe e diminuir as chances do aparecimento de distúrbios osteomusculares relacionados à falta de conforto, levando à prevenção de problemas posturais na idade adulta.
A divulgação destes resultados poderá servir de modelo para pesquisas posteriores com maiores amostras em diferentes regiões do país e influenciar na adaptação e adequação das escolas a modelos ergonômicos mais indicados de acordo com as particularidades de cada série escolar, visando assim uma melhora substancial na qualidade de vida destes estudantes. Acredita-se que por meio deste estudo, o nível de aproveitamento destes alunos do ensino fundamental aumente de forma considerável.
Dentro do cenário fisioterapêutico, este trabalho visa à aproximação da fisioterapia preventiva à população de fisioterapeutas como também divulgar a informação de que atualmente a prevenção tornou-se um fator primordial para amenizar o aparecimento de algias posturais e problemas osteomusculares em geral.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ERGONOMIA E SEUS CONCEITOS
Existem atualmente muitas definições para ergonomia, porém, de acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia, “é o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem estar e a eficácia das atividades humanas.” (IIDA et al, 2005, p.12).
De acordo com a International Ergonomics Association (2000), ergonomia define se como sendo uma disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, é a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos em projetos que visam ao bem estar humano e ao desempenho global dos sistemas. (HENRIQUE, 2003).
O mobiliário incorreto auxilia na absorção de posturas erradas, como afirma o autor a seguir:
[…] a manutenção da postura sentada por longos períodos em carteiras com design inadequado, o que representa a maioria do mobiliário oferecido pelas escolas, torna-se especialmente ruim por favorecer ao estudante a absorção de hábitos posturais errados, visto que a boa postura sentada é função dos apoios corporais oferecidos pela carteira que são responsáveis pelo correto alinhamento corporal. (GUILHERME et AL, 2006, p.244-249).
2.2 POSTURA
A adaptação do mobiliário ao aluno é extremamente necessária para que possa haver uma perfeita harmonia entre o estudo e o corpo humano. Segundo Peres (2002, p.35) “considera-se que o homem é um ser em movimento, desta forma, a postura sentada transgride essa característica humana básica, trazendo, como conseqüência, incômodos físicos”.
Quando se está sentado, a primeira impressão que vêm a nossa mente é que esta postura é a que oferece maior conforto ao indivíduo, pois este estaria aparentemente descansando. Entretanto, estudando a fundo a biomecânica do ser humano, chega-se à conclusão de que a postura sentada representa grandes agressões à coluna vertebral. Segundo Luiz e Nachenson (1989, p.3), “a carga no terceiro disco intervertebral lombar aumenta em torno de 145% na posição sentada com o tronco ereto, sendo que se o tronco estiver com uma leve flexão esta carga sobe para 190% aproximadamente”.
Desta forma, o assento tem uma importância que vai muito além da estética e beleza, ele faz parte de um arsenal ergonômico que deve ser usado a favor do estudante.
Durante a fase de crescimento das crianças, é comum encontrá-las adotando posturas inadequadas enquanto brincam, estudam ou enquanto assistem a um programa de televisão. Muitas vezes, por falta de cobrança por parte dos pais, por falta de conhecimento e principalmente por inadequação do mobiliário onde elas convivem, estes problemas posturais afetam estas crianças de forma progressiva.
Desta maneira, estes problemas tendem a aparecer cada vez mais cedo e com maior freqüência, tendo em vista que uma criança permanece 11 anos estudando em carteiras irregulares, colocando seu organismo em situações desconfortáveis. Portanto, “É notável que se torna necessário adaptar as carteiras e mesas escolares às diferenças antropométricas de cada aluno já que cada estudante passará boa parte de seu tempo estudando neste mobiliário.” (PASCHOAL, 2002, p.5).
A correta adaptação destes mobiliários vai muito além de se possuir apenas uma altura ideal para suprir às necessidades destes estudantes; existem cuidados que devem ser tomados nesta seleção para poder obter o melhor destes móveis. Tais modificações foram propostas pelo autor a seguir.
[…] as escrivaninhas, da mesma maneira as cadeiras, necessitam possuir várias alturas. Uma escrivaninha muito alta estimula a má postura principalmente do pescoço. Uma escrivaninha muito baixa estimula a postura relaxada. A relação entre as alturas da cadeira e da escrivaninha é também muito importante, pois se a altura da cadeira estiver correta e a altura da mesa incorreta, os benefícios do móvel correto são desperdiçados.
Cadeira: o assento e o encosto devem ser estofados e revestidos de material respirante, com densidade e consistência para suportar até 2 cm de depressão. O assento e o encosto devem ser ajustáveis para a altura, permitindo que o estudante apóie totalmente os pés no chão e garantam o suporte lombar. O assento deve ter as bordas arredondadas. Os pés da cadeira devem ser estáveis, com cinco pés e rodízio para sua movimentação. (OLIVER, 1999, p.23)
Concordando com essa afirmação, Paschoal (2002) afirma que se forem seguidos os padrões ergonômicos corretos, os alunos terão conforto e segurança necessários para que sintam prazer em estar em sala de aula. Além do aumento do conforto aos alunos, há o aumento do prazer de estar estudando em um móvel correto.
Sabe-se que estas padronizações ergonômicas devem ser realizadas, porém existem problemas que devem ser superados para que estas modificações possam entrar em vigor.
O mobiliário escolar é regido pela NBR 14 006/2003 (Móveis Escolares – Assentos e Mesas para Conjunto Aluno de Instituições Educacionais), que está prestes a ser revista. Segundo Bucich (2002, p.1) “essa norma estabelece a classificação dos móveis em faixas de estatura da população, a fim de contemplar crianças e adultos de variados portes físicos”.
A lei que regulariza o processo de fabricação do mobiliário escolar é antiga e necessita de mudanças. Ela abrange características físicas e dimensionais e ensaios de resistência, estabilidade e durabilidade para os conjuntos de cadeira-carteira, adotados pelo ensino fundamental público. Pela norma, o tampo deve ser frontal para atender crianças destras ou canhotas.
Entretanto, sabe-se que “O mobiliário escolar mal concebido pode levar ao aparecimento de vícios posturais ou mesmo alterações músculo-esqueléticas como a escoliose.” (ESQUEISARO, 2003, p.1).
Seixas e Paoliello (2005) concluíram que o mobiliário ergonomicamente projetado tem de resistir sem avarias por mais tempo, a depredação deste mobiliário não está apenas relacionada com a qualidade do material empregado na fabricação, mas também à falta de padrões ergonômicos corretos que resultam no aumento destas depredações devido à má postura adotada pelos estudantes.
2.3 ANTROPOMETRIA
Para se obter estas medidas, é necessário ter amplo conhecimento de uma área das ciências biológicas chamada de antropometria que, de acordo com a Nasa (1978) foi definida como a ciência de medida corporal.
Santos, apud Sobral (1985), descreve a antropometria como sendo o método que se baseia na mensuração sistemática e na análise quantitativa das variações dimensionais do corpo humano.
Rio e Pires (2001, p.10) definem a antropometria como sendo “O estudo das medidas físicas do corpo humano, que constituem a base para bons desenhos do posto de trabalho. A mesma procura estipular padrões métricos que sejam representativos de parcelas estatisticamente significativas de comunidades humanas”.
Outras definições encontradas para antropometria:
Antropometria é o estudo das medidas físicas corporais, em termos dos tamanhos e das proporções, que são dados de base para concepção ergonômica de produtos. (GUIMARÃES, 2001).
As medidas humanas são muito importantes na determinação de diversos aspectos relacionados ao ambiente de trabalho no sentido de se manter uma boa postura. (COUTO, 1996).
A antropometria ocupa-se das dimensões e proporções do corpo humano. (DULL; WERDMEESTER, 1998).
Na era artesanal, cada instrumento de trabalho e objeto de uso cotidiano era conformado para as medidas do usuário. A industrialização rompeu esta prática. A produção industrial exige a uniformidade das formas e medidas na seriação, e busca a síntese de poucos padrões dimensionais para conter toda a gama de variações.
O termo Antropometria foi criado e divulgado pelo matemático belga Quetlet a partir de seu trabalho intitulado Antropometrie. Segundo Guimarães (2001), as medidas brasileiras se assemelham com os europeus mediterrâneos (Portugueses, Espanhóis, Franceses, Italianos e Gregos), são menores que os nórdicos (Suecos, Dinamarqueses e Noruegueses) e maiores que os asiáticos.
No Brasil, uma pesquisa do Instituto Nacional de Tecnologia, em 1986, constatou que à medida que aumenta o nível de escolaridade, cresce a estatura destas crianças, sendo assim, para classificar um grupo de pessoas e sugerir mudanças que atendam às necessidades de todos, trabalha-se com os seguintes percentis.
20 % – Atende às pessoas com estatura mais baixas;
50 % – Atende às pessoas com estaturas medianas;
95 % – Atende às pessoas com estaturas mais altas.
Caso a diferença entre duas medidas de percentil seja inferior a 3%, uma medida única poderá atender as duas. Na dúvida, caso os valores forem muito próximos, deve-se utilizar o percentil mais alto.
3 PESQUISA DE CAMPO
3.1 METODOLOGIA E ANÁLISE DOS DADOS
Este trabalho foi dividido em duas partes, sendo a primeira a fase de coleta das informações; e a segunda parte a análise dos dados.
Na fase de projeto do trabalho, foi realizada uma pesquisa entre as escolas de ensino público em Apucarana, por intermédio da secretaria de educação do município, com o objetivo de identificar a escola com maior índice de aproveitamento e menor índice de reprovação.
3.1.1 Amostra e Seleção
Tendo em mãos os dados estatísticos do nível de aproveitamento dos alunos nas escolas bem como o nível de reprovação, tornou-se mais fácil a escolha da instituição de ensino que serviria de modelo para a presente pesquisa por apresentar o maior nível de aproveitamento e o melhor índice de crianças na idade escolar correta. De certo modo, estes dados foram importantes, pois durante a análise não ocorreram grandes diferenças de idade e de altura entre as crianças de uma mesma série.
Mediante aprovação do conselho de bioética da Faculdade de Apucarana, foi direcionado aos pais dos alunos um documento solicitando a autorização para que seus filhos pudessem participar da pesquisa. Todas as partes estavam cientes dos objetivos como também todas as crianças aceitaram participar do trabalho por livre e espontânea vontade.
Após a entrega dos formulários de autorização, foram totalizados duzentos e quarenta e seis alunos como amostra, porém após o retorno destes documentos, devido à proibição de alguns pais, esta amostra diminuiu para cento e trinta e cinco alunos autorizados a participarem da pesquisa.
A escola onde se realizou a presente pesquisa entregou um termo de autorização (Apêndice D), para que pudesse realizar a coleta de dados naquela instituição de ensino, mediante assinatura e autorização da diretora. O documento encontra-se de posse do pesquisador.
3.1.2 Coleta de Dados
Foram coletadas medidas antropométricas de cento e trinta e cinco alunos em uma escola pública na região central de Apucarana, no período de março a maio de 2007, sendo distribuídas em duas primeiras séries, totalizando trinta e sete alunos; duas segundas séries, com vinte e dois alunos; duas terceira séries, com quarenta alunos; e duas quartas séries, com trinta e seis alunos. Foram selecionados por meio de entrevista, quatro alunos do quarto semestre de fisioterapia da Faculdade de Apucarana, para auxiliar na coleta dos dados.
Para se ter uma boa postura, ao sentar, é necessário respeitar alguns parâmetros ergonômicos: os pés das crianças devem estar apoiados no chão ou em alguma estrutura; seus joelhos devem estar fletidos entre 45º e 90º; a lateral da cadeira deve ser arredondada; o assento deve ser estofado e com material que permite a respiração; o encosto da cadeira deve estar apoiado na região tóraco-lombar; e a mesa deve estar na altura do cotovelo, em flexão de 90º com as mãos em posição funcional.
Desta forma, a coleta dos dados foi realizada por meio da mensuração das medidas do pé das crianças até sua fossa poplítea com o joelho em flexão de 90º, que seria a medida equivalente à altura da cadeira; da fossa poplítea até o quadril com flexão de 90º, equivalente ao tamanho do assento; a estatura da criança para fins estatísticos e a medida do chão até o cotovelo com a criança sentada e seus membros inferiores fletidos a 90º, que seria equivalente à altura da mesa.
Estes dados foram tabulados e obtidas 3 medidas de mobiliário padrão para cada série, a partir do cálculo da porcentagem de alunos mais baixos, medianos e alunos mais altos. Esta porcentagem é feita considerando os cálculos usados nos estudos antropométricos com as siglas de P20, P50 e P95, ou seja, porcentagem 20, porcentagem 50 e porcentagem 95.
Os materiais utilizados na coleta dos dados foram cinco fitas métricas com marcações em cento e cinqüenta centímetros cada, para se obter as medidas antropométricas; uma balança antropométrica da marca FILIZOLA com régua antropométrica para obter a altura dos alunos; e duas cadeiras com altura e distância de recuo do encosto regulável.
Durante a mensuração das medidas antropométricas, os alunos apresentavam-se uniformizados, utilizando calçados comuns e em horário de aula. As medidas foram realizadas no pátio da escola mediante autorização das professoras para que pudessem sair da sala de aula.
Após a tabulação dos dados e obtidas as três medidas de mobília que atendessem às necessidades dos alunos, foram criadas quatro tabelas contendo as porcentagens de P20, P50 e P95 de toda a antropometria destas crianças.
Todas as informações pessoais, como nome do aluno, idade, antropometria e dados relacionados à escola, foram mantidos em sigilo.
3.1.3 Resultados e Discussão
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A tabela 1 mostra a relevância de cada série escolar em porcentagem para a presente pesquisa. Percebe-se que a segunda série teve menos participação perante a amostra, obtendo apenas 0,16%; e a terceira série teve maior participação obtendo 0,30%.
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Por meio desta tabela, verifica-se que a estatura das crianças é uma variável não linear. Na primeira série tem-se a média de 1,26m; na segunda série tem-se uma diferença de 11 cm em relação à primeira série, porém esta diferença diminui com o terceiro ano, que apresenta uma diferença de apenas 2 cm. Com os alunos da quarta série, a média de altura foi de 1,45m.
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A tabela 3 mostra que a média de idade por turma está dentro do padrão da idade escolar esperada, obtendo uma diferença de 1 ano para cada série.
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A tabela 4 mostra que após a análise dos dados, os resultados apresentam três medidas de mobiliário, que serão necessários para a correta padronização destes móveis para a 1º série.
Para as crianças mais baixas, representados por P20, a cadeira deverá possuir altura de 35 cm, o assento com 35 cm, e a mesa deverá possuir 47 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mediana, representadas por P50, a cadeira deverá possuir altura de 38 cm, com 38 cm de assento, e a mesa deverá possuir 49 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mais alta, representadas por P95, a cadeira deverá ter altura de 42 cm, com 43 cm de assento, e a mesa deverá ter 55 cm de altura.
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A tabela 5 mostra que, após a análise dos dados, os resultados apresentam três medidas de mobiliário, que serão necessárias para a correta padronização destes móveis para a 2º série.
Para as crianças mais baixas, representadas por P20, a cadeira deverá possuir altura de 39 cm, com 40 cm de acento, e a mesa deverá possuir 53 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mediana, representadas por P50, a cadeira deverá possuir altura de 44 cm, com 41 cm de assento, e a mesa deverá possuir 55 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mais alta, representadas por P95, a cadeira deverá possuir altura de 47 cm, com 47 cm de assento, e a mesa deverá possuir 65 cm de altura.
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A tabela 6aprsenta como resultado as três medidas de mobiliário, que serão necessárias para a correta padronização destes móveis para a 3º série.
Para as crianças mais baixas, representados por P20, a cadeira deverá possuir altura de 42 cm, com 42 cm de assento, e a mesa deverá possuir 55 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mediana, representadas por P50, a cadeira deverá possuir altura de 44 cm, com 44 cm de assento, e a mesa deverá possuir 58 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mais alta, representadas por P95, a cadeira deverá possuir altura de 49 cm, com 50 cm de assento, e a mesa deverá possuir 65 cm de altura.
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A tabela 7 mostra os resultados obtidos e indicam as três medidas de mobiliário, que serão necessárias para a correta padronização destes móveis para a 4º série.
Para as crianças mais baixas, representados por P20, a cadeira deverá possuir altura de 43 cm, com 43 cm de assento, e a mesa deverá possuir 55 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mediana, representadas por P50, a cadeira deverá possuir altura de 46 cm, com 45 cm de assento, e a mesa deverá possuir 58 cm de altura.
Para as crianças que possuem estatura mais alta, representadas por P95, a cadeira deverá possuir altura de 49 cm, com 51 cm de assento, e a mesa deverá possuir 62 cm de altura.
A partir do término da coleta dos dados, como também determinadas as medidas corretas para a adaptação deste mobiliário tão importante na vida escolar dos alunos, é preciso ser sensato para colocar em prática as mudanças necessárias. Estas mudanças não são tão fáceis, pois geram aumento de custos e a necessidade de as escolas adquirirem três padrões de mobiliário para determinada série escolar.
Algo simples e eficaz que pode ser realizado seria a correta análise das medidas encontradas nesta pesquisa para determinar quantos móveis de cada medida deverá ser comprado.
Por meio das tabelas citadas acima, pode-se perceber que o P20 da terceira série, ou seja, as crianças de menor estatura, da terceira série possuem uma altura de mesa e cadeira muito próxima ao P50 da segunda série; podendo, assim, comprar mobiliários com alturas iguais. Nesta situação, tudo depende de uma boa avaliação destas medidas.
Atualmente no mercado existem modelos de mobiliários com medidas reguláveis, podendo assim adaptar este móvel ao padrão ergonômico indicado por este trabalho com muito mais facilidade do que se tivesse que comprar vários móveis.
A adesão por cadeiras e mesas com altura regulável seria uma saída plausível para escolas com pouco recurso financeiro que gostariam de promover conforto e saúde para seus alunos, como também serviria de modelo para escolas interessadas em realizar estas mudanças.
4 ANÁLISE DO MOBILIÁRIO ATUAL NA ESCOLA
A partir da análise da mobília escolar atual na presente escola, percebe-se que estes móveis apresentam avarias que podem comprometer o bem estar das crianças, como: pontas de madeira soltas; mesas sem uma boa base de sustentação; cadeiras sem material que absorva a descarga de peso que ocorre quando a criança está sentada; as cadeiras não possuem material estofado; as mesas não possuem alturas reguláveis do tampo.
Coletando as medidas destas carteiras e mesas, observa-se que todas as carteiras possuem 73 cm de altura; todos os acentos possuem 42 cm de tamanho; e as cadeiras possuem 45 cm de altura como padrão.
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4.1 ANÁLISE DAS POSTURAS ADOTADAS PELAS CRIANÇAS EM AMBIENTE

ESCOLAR

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Esta foto mostra o esforço realizado por uma aluna da primeira série estudando em uma carteira que está fora do padrão ergonômico correto para a idade e medidas antropométricas dela. É visível a compensação que ela faz com os pés para poder manter-se sentada sem que escorregue para baixo. Nota-se também a diferença de tamanho entre a distância do joelho até sua fossa poplítea em relação ao tamanho do assento.
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Corretos.
Na figura 6, vemos um aluno da quarta série estudando em uma carteira muito alta para a sua estatura. A distância antropométrica da criança responsável pela altura da carteira seria do chão até o cotovelo fletido à 90º com a criança sentada e o joelho também flexionado a 90º. Na figura, pode-se observar que seu braço está em posição de abdução, e esta postura pode acarretar uma série de problemas futuros a este aluno.
4.2 PROPOSTA DE MUDANÇAS
A partir do estudo da antropometria dos alunos desta escola, obteve-se 3 medidas de mobiliário que irão suprir às necessidades dos alunos mais baixos, os de estatura mediana, e dos mais altos dentro da sala de aula.
Analisando o mobiliário atual da escola onde foi realizada a pesquisa, percebe-se que existe uma grande diferença entre as medidas encontradas e as medidas propostas pelo pesquisador, uma vez que tais diferenças passam de 10 cm em alguns móveis.
Estas diferenças ocorrem devido ao fator de que todo o mobiliário atual possui apenas uma medida, que foi implantada sem se preocupar com a antropometria dos alunos que ali estudariam.
Está bem claro que os problemas ergonômicos encontrados nesta escola devem ser resolvidos por meio da readequação da altura destes mobiliários, porém estas mudanças tornam-se difíceis de serem postas em prática devido à falta de visão preventiva que os governantes e donos de escolas possuem. Fazer esta adaptação gera aumento de custos, pois terá que aumentar o número de carteiras com diferentes medidas fazendo com que muitas vezes os proprietários tenham que aumentar o investimento nesta área, algo muito difícil de ser encontrado no cenário brasileiro.
A falta de profissionais responsáveis pela escolha destes mobiliários durante o processo de licitação de compra ajuda a manter esta falta de visão preventiva. Por isso, deve-se investir em palestras a respeito de saúde pública para conscientizar estas pessoas e mostrar que a prevenção é muito mais importante que a correção de um problema já instalado. Deve-se tentar mostrar que a saúde dos alunos depende de um bom móvel escolar e que sem estas mudanças infelizmente o número de algias posturais irá aumentar de forma considerável.
5 CONCLUSÃO
Com o desenvolvimento do estudo concluiu-se que, atualmente, dentro da escola modelo para a pesquisa, encontra-se um precário padrão ergonômico para o seu mobiliário escolar. Estes mobiliários estão fora dos padrões corretos para cada série escolar e torna-se necessária a realização destas mudanças o mais breve possível.
Tais medidas levam o aluno a estudar em posições desconfortáveis o que lhe ocasiona dores, incômodo e cansaço físico. Para muitas crianças, o estudo é algo obrigatório, ou seja, preferem estar realizando outras atividades ao invés da sala de aula. Supõe-se que com um mobiliário correto que proporcione conforto durante o período de aula poderá fazer com que a criança sinta-se mais disposta e apresente um maior interesse pelos estudos.
As atividades escolares em sala de aula, como leitura e escrita, exigem alta concentração auditiva, visual, motora e cognitiva. É extremamente necessário ter mobiliário adequado para realização destas tarefas. (CAMPOS, 2005).
Observando a realidade das escolas brasileiras, dificilmente encontrar-se-á alguma escola com mobiliário ergonomicamente planejado, como também será demorado o processo de adaptação das redes escolares às modificações propostas pelo pesquisador.
Infelizmente, a visão curativista ainda está em primeiro plano e isto impede que seja desenvolvido um trabalho preventivo. Para muitos, o investimento na compra de móveis ergonomicamente planejados é um negócio de retorno demorado e imprevisto, que não traz retorno imediato, nem para a escola nem para o aluno.
Investimentos no setor da educação, como atualização de material ou contratação de novos professores, trazem importante capital simbólico na opinião pública de um país onde a educação estatal é deficitária. Neste sentido, a atuação interdisciplinar entre saúde e educação pode nortear tais investimentos materiais. Profissionais da área de Fisioterapia em conjunto com os professores podem reverter o quadro de falta de informação interdisciplinar a respeito da utilização destes mobiliários planejados. Os professores são os “termômetros” dentro da escola e são essenciais nas observações de conforto dos alunos durante o período de aula.
Por meio desta pesquisa, e se ela fosse posta em prática, acredita-se que os professores não precisariam mais se preocupar tanto com as más posturas encontradas nas escolas, pois com as adaptações propostas, os alunos estariam adquirindo posturas adequadas durante o seu aprendizado, o que diminuiria o desconforto.
O trabalho realizado fica sendo como um indicativo para novas pesquisas em uma área de educação pouco desenvolvida que é a fisioterapia preventiva dentro das escolas. Também mostra a importância para o desenvolvimento dos estudantes dentro da sala de aula, facilitando o trabalho de professores e diretores.
Essa é uma realidade que deve ser mudada, tanto pela compra de carteiras e cadeiras reguláveis quanto pela implantação destas medidas em todas as escolas, pois desta forma tem-se um número cada vez menor de crianças e adolescentes com problemas posturais, com melhor desempenho escolar, sempre associando a saúde à educação do ser humano, bases essenciais para o desenvolvimento concreto de uma nação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Luiz Guilherme et al. A postura sentada e a motricidade humana no contexto da criança escolar: a mochila não é a única responsável pelos problemas posturais. Fisioterapia Brasil, Rio de Janeiro, v. 07, n. 04, p.244-249, 01 abr. 2006. Julho – Agosto.
BRITO, Paula Magaly de et al. Análise da Relação entre a Postura de Trabalho e a Incidencia de Dores na Coluna Vertebral. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2007.
CORBIOLI, Nanci. Cadeiras e poltronas:. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2007.
CURSO, Leila Seixas Figueiredo; PAOLIELLO, Carla. Análise ergonômica do trabalho: Estudo de caso do mobiliário existentes nas escolas públicas do vale do aço. Disponível em: . Acesso em: 26 ago. 2007.
DETSCH, Cíntia et al. Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no sul do Brasil. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2007.
LIDA, Iitiro. Ergonomia: Projeto e produção. In: LIDA, Iitiro et al. Ergonomia: Projeto e produção. 2. ed. São paulo: Edgar Blucher, 2000. p. 12.
MARIO, Paschoal de. Proposta de Metodologia para compras em uma instituição pública de ensino. 2002. 136 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Administração de Empresas, Departamento de Economia Ciências Contábeis, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2003. Disponível em: . Acesso em: 13 mar. 2007.
MORO, Antônio Renato Pereira. Ergonomia da sala de aula: constrangimentos posturais impostos pelo mobiliário escolar. 2003. 1 f. Artigo Científico (Pos Graduação) – Universidade Federal De Santa Catarina, Santa Catarina, 2003. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2007.
PEREZ, Vidal. A Influência do mobiliário e da mochila escolares nos distúrbios músculo – esqueléticos em crianças e adolescentes. Disponível em: . Acesso em: 02 mar. 2007.
REIS, Pedro Ferreira et al. O uso da média na construção do mobiliário escolar e a ilusão do conforto e saúde. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: . Acesso em: 01 nov. 2007.
ROCHA, Lys Esther; CASAROTTO, Raquel Aparecida; SZNELWAR, Laerte. Uso de computador e ergonomia: um estudo sobre as escolas de ensino fundamental e médio de São Paulo. 2003. 9 f. Artigo Científico (Superior) – Universidade De São Paulo, São Paulo, 2003. Disponível em: . Acesso em: 09 mar. 2007
TAVARES, Cláudia Regina Gomes. A ergonomia e suas contribuições para o processo de ensino – aprendizagem: Uma análise das salas de Aula do CEFET/RJ. 2000. 193 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2007.
SANTOS, Raquel; FUJÃO, Carlos. Antropometria. Disponível em: . Acesso em: 01 fev. 2003.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Termo de Permissão Para a Realização da Pesquisa Na Escola.
Eu ______________________ no cargo de ____________ da _______________________ autorizo o acadêmico Fabio André Fedrigo aluno de Fisioterapia da FAP -Faculdade de Apucarana a utilizar esta escola para a realização de sua pesquisa para o término de seu Trabalho de Conclusão do Curso de nível superior.
____________________________________
Diretor Responsável
APÊNDICE B – Ficha de Coleta de Dados dos Alunos da Escola Municipal Madalena Côco.
Série: ____________ Idade: ____________ Sexo: _____________
Altura: _________ Pé/Fossa Poplítea: ___________
Fossa Poplítea / Quadril: _______ Chão / Cotovelo: ________
Ficha de Coleta de Dados dos Alunos da Escola Municipal Madalena Côco
Série: ____________ Idade: ____________ Sexo: _____________
Altura: _________ Pé/Fossa Poplítea: ___________
Fossa Poplítea / Quadril: _______ Chão / Cotovelo: ________
Ficha de Coleta de Dados dos Alunos da Escola Municipal Madalena Côco
Série: ____________ Idade: ____________ Sexo: _____________
Altura: _________ Pé/Fossa Poplítea: ___________
Fossa Poplítea / Quadril: _______ Chão / Cotovelo: ________
Ficha de Coleta de Dados dos Alunos da Escola Municipal Madalena Côco
Série: ____________ Idade: ____________ Sexo: _____________
Altura: _________ Pé/Fossa Poplítea: ___________
Fossa Poplítea / Quadril: _______ Chão / Cotovelo: ________
APÊNDICE C – Ficha de Coleta de dados da Altura das Carteiras e Mesas da Escola Municipal Madalena Côco.
1º Série
1º Altura Mesa _________ 2º Altura Carteira___________
3º Tamanho do Encosto________
2º Série
1º Altura Mesa _________ 2º Altura Carteira ___________
3º Tamanho do Encosto ________
3º Série
1º Altura Mesa _________ 2º Altura Carteira ___________
3º Tamanho do Encosto ________
4º Série
1º Altura Mesa _________ 2º Altura Carteira___________
3º Tamanho do Encosto ________
APÊNDICE D – Termo de Autorização Para Pesquisas com Seres Humanos
Eu_____________________________ autorizo meu filho__________________
(pai ou mãe)
estudante da______ série, com_____________ anos de idade, a participar do trabalho de conclusão de curso do aluno Fábio André Fedrigo, estudante do 7º período de Fisioterapia da Faculdade de Apucarana – FAP.
● A pesquisa terá como objetivo padronizar a altura do mobiliário do ensino fundamental desta escola através da medida da altura das crianças;
● Durante a coleta de dados será medida a altura da criança, a medida do tornozelo ao joelho, do joelho ao quadril e a altura do chão ate o cotovelo da criança sentada;
● O nome do aluno e de seu responsável não aparecerá em nenhum lugar do trabalho;
● A coleta dados será feita por alunos do quarto semestre de Fisioterapia da FAP no intervalo das aulas;
● O responsável pelo aluno fica à inteira disposição para retirar a autorização da participação da criança a qualquer momento sem arcar com gastos ou danos;
● A criança só participará da pesquisa de livre e espontânea vontade, independente da autorização dos pais;
● O aluno que participará da pesquisa não terá gastos.
_______________________________
Assinatura do Responsável

3 comentários em “ANÁLISE ERGONÔMICA DO MOBILIÁRIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM APUCARANA”

  1. Tenho interesse em ler seu estudo na íntegra e no formato em que foi publicado.
    Garantirei os créditos no caso de citações
    Prof. Rita

  2. lauro alberto

    Olá. Sou professor de Segurança o Trabalho. Gostei muito de seu artigo. Vou ler para estudo e garantirei os crédito no caso de necessitar de alguma citação.
    Obrigado.
    Lauro.

  3. Olá Dr. Lauro, a revista tem uma sala de bate-papo exclusiva para fisioterapeutas trocarem informações seja por texto, seja por voz, além de arquivos, artigos e muito mais. Se você também precisar fazer uma reunião com sua equipe, temos salas apara até 99 pessoas simultâneas inteiramente grátis. Conheça nossa plataforma em: bit.ly/fisio-discord

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