PROPRIEDADES FITOTERÁPICAS DA CÚRCUMA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7315726


Ana Paula Peres dos Santos*
Luciana Arantes Dantas**


RESUMO

A Curcuma longa L., popularmente conhecida como açafrão, é uma planta herbácea, perene, com folhas grandes e longas, possui rizomas ovoides dispõe de 10 cm de comprimento com coloração alaranjada. Sua composição química incluem o óleo essencial, rico em sesquiterpenos oxigenados, composto responsável pela característica aromática da planta o qual possui uma atividade anti-inflamatória, antioxidantes, anticancerígena, e ainda desempenha um potencial antibacteriano e antifúngico que lhe garantem sua aplicabilidade nas áreas de cosméticos, têxtil, medicinal e alimentício. Assim, este estudo teve por objetivo contribuir com informações sobre o uso da Curcuma longa L. e seus efeitos anti-inflamatórios no processo de cura de enfermidades, como recurso medicinal, através de fontes científicas que comprovam sua eficácia. Mediante uma revisão de literatura, verificou-se que a Curcuma longa L. possui muitos benefícios para a saúde e que seu consumo, mesmo que de forma preventiva, atua como um excelente antioxidante e anti-inflamatório combatendo múltiplas doenças, demonstrando eficácia como agente fitoterápico, e sendo um composto natural se torna muito mais vantajoso que as drogas sintéticas por seus efeitos colaterais ser quase inexistente e trazer vários benefícios saúde humana.

Palavras-chave: Açafrão. Antioxidante. Anti-inflamatório.Curcuma longa. Curcumina.

ABSTRACT

Curcuma longa L., popularly known as saffron, is an herbaceous perennial plant with large, long leaves and ovoid rhizomes that are 10 cm long and orange in color. Its chemical composition includes the essential oil, rich in oxygenated sesquiterpenes, compound responsible for the aromatic characteristic of the plant, which has an anti-inflammatory, antioxidant, and anticancer activity, and also has an antibacterial and antifungal potential that guarantees its applicability in the cosmetic, textile, medicinal, and food areas. Thus, this study aimed to contribute with information about the use of Curcuma longa L. and its anti-inflammatory effects in the healing process of diseases, as a medicinal resource, through scientific sources that prove its effectiveness. Through a literature review, it was found that Curcuma longa L. has many health benefits and that its consumption, even if in a preventive way, acts as an excellent antioxidant and anti-inflammatory fighting multiple diseases, demonstrating effectiveness as a phytotherapeutic agent, and being a natural compound becomes much more advantageous than synthetic drugs because their side effects are almost nonexistent and bring several benefits to human health.

Keywords: Saffron. Antioxidant. Anti-inflammatory. Curcuma longa. Curcumin.

1 INTRODUÇÃO

Pertencente à família Zingiberaceae, a espécie Curcuma longa Linn. é considerada nativa da região sudeste Asiático, historicamente há relatos que esta espécie tenha surgido há 4000 a.C. O uso dessa planta foi primeiramente observado pela a organização médica Ayurveda, originário da Índia há cerca de sete mil anos, um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade. Na China foi mencionada no século VII, em países Árabes no século X e introduzida na Europa no século XIII (MARCHI et al., 2016). Introduzida no Brasil, a C. longa L., é cultivada ou encontrada como subespontânea em vários estados, popularmente conhecida como “Açafrão da Terra” desde a década de 80 e na prática fitoterápica foi reconhecida somente na década de 90 (SANTANA et al., 2018).

Por apresentar diversas aplicações terapêuticas, a C. longa L. conta com diversas pesquisas nacionais e internacionais, evidenciando que as substâncias encontradas no pó extraído da raiz da cúrcuma possuem efeitos terapêuticos que ajudam a evitar ou combater o câncer de estômago; o terceiro mais frequente em homens e o quinto entre as mulheres no Brasil (CALCAGNO et al., 2019; SANIVARAPU; VALLABHANENI; VERMA, 2016).

A aplicação terapêutica por intermédio de plantas e derivados vegetais cujos constituintes ativos presentes em espécies principalmente disponíveis em ambiente nativo, se deve ao conhecimento popular. Estes medicamentos conseguidos originam-se destas fontes são intitulados de fitoterápicos, sendo exclusivamente de matéria-prima vegetal, sem o uso de princípios ativos isolados. O crescimento da fitoterapia como modalidade de tratamento, decorre principalmente, do alto custo dos medicamentos industrializados. Por isso, foi priorizada a inclusão de plantas nativas dos diversos biomas do país e que possibilitassem atender às doenças comuns nos brasileiros (SOUSA, 2020).

O Brasil é detentor de rica diversidade cultural e étnica, resultando em um acúmulo de conhecimentos e tecnologias tradicionais, passados de geração a geração; entre os quais se destacam acervo de conhecimentos sobre manejo e o uso de plantas medicinais. Os fitoterápicos constituem importante fonte de inovação em saúde, sendo objeto de interesses empresariais privados e fator de competitividade do Complexo Produtivo da Saúde (BRASIL, 2019).

A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi criada em 2006, pelo Decreto Federal nº 5.813, objetivando incentivar a utilização de terapias fitoterápicas. Em 2009 o Ministério da Saúde (MS) publicou uma relação com plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde – SUS, denominada RENISUS e a C. longa L. está entre elas (BRASIL, 2020). A lista buscou orientar estudos e pesquisas que pudessem auxiliar a elaboração de uma relação de fitoterápicos disponíveis para uso da população, com segurança e eficácia, para o tratamento de determinadas doenças (MARMITT et al., 2016).

Os medicamentos fitoterápicos têm demonstrado propriedades antimicrobianas, antioxidantes, anti-inflamatórias dentre outras. Entre esses sobressai a C. longa L., já reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como fitoterápica. Também popularmente conhecida como açafrão. Existem evidências de que o consumo de princípios ativos desse condimento promove benefícios farmacológicos, razão pela qual significativos estudos vêm sendo desenvolvidos sobre o potencial dessa planta (KUMAR et al., 2018).

Diversos fatores têm contribuído para a utilização de plantas fitoterápicas como recurso coadjuvante na prevenção e cura de doenças. Benefícios estes que comprovam os efeitos da C. longa L. em doenças inflamatórias. É preciso considerar que as consequências causadas ao organismo são menores, em detrimento a medicações alopáticas, evidenciando ainda mais interesse para esse fitoterápico. Diante disto, este estudo se torna relevante acerca das informações relacionadas sobre as contribuições do uso da Curcuma longa L. e seus efeitos em múltiplas enfermidades, no sentido de inativar várias bactérias Gram-positivas de algumas enfermidades, através das literaturas e estudos científicos já publicados.

2 METODOLOGIA

No presente estudo foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativa com a elaboração de uma revisão de literatura, com a fundamentação sendo obtida através de artigos das bases eletrônicas Google Acadêmico e Portal Regional da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), que utilizam as bases de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), entre outras. A pesquisa se baseou em artigos científicos do período de 2012 a 2022, aos quais elencassem informações relevantes quanto a Cúrcuma e a Fitoterapia, além de artigos experimentais que abordassem o uso do desta planta e as propriedades farmacológicas em diferentes modelos in vivo e in vitro.

A pesquisa bibliográfica foi realizada utilizando-se as seguintes palavras-chave: “açafrão”; “antioxidante”; “Curcuma longa”; “Curcumina”. Essa prospecção resultou em 90 estudos publicados nos últimos 10 anos (2012-2022). Foram incluídos trabalhos disponíveis na íntegra com o idioma português e inglês. Após a exclusão dos trabalhos que não atendiam aos critérios de inclusão, foram selecionados 35 artigos para a discussão proposta neste Trabalho de Conclusão de Curso. A formatação do trabalho foi realizada de acordo com o manual institucional vigente, o qual aborda as normas da ABNT para monografias e artigos científicos (MORAIS, 2018).

3.1 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

A planta da cúrcuma Curcuma longa L. pertence à família das Zingiberaceae (GRANDI, 2014; BARNES; ANDERSON; PHILLIPSON, 2012). Popularmente pode ser conhecida como açafrão da Índia, açafrão, açafroa, açafrão-da-terra, cúrcuma (GRANDI, 2014), gengibre dourado e mangarataia (MARCHI et al., 2016).

Em 1748, foi publicado o primeiro artigo científico referente à Curcumaspp. e 67 anos depois apareceu a primeira revisão farmacológica sobre a cúrcuma (BASNET; ŠKALKO-BASNET, 2011 apud MASSIMINO, 2016). Vogel e Pelletier em 1815 realizaram a primeira tentativa de purificação da curcumina e quase um século depois, em 1910, foi estabelecida sua estrutura como diferuloilmetano (JI; HUANG; ZHU, 2012; SUN et al., 2014). Sua estrutura química foi confirmada em 1973 por Roughley e Whiting; e o primeiro uso documentado como fármaco foi em 1937 para o tratamento de doença biliar (JI; HUANG; ZHU, 2012).

De acordo com informações constantes na Farmacopeia Brasileira (2019), a C. longa L. tem-se os rizomas principais ovalados, oblongos ou arredondados, medindo até 12cm de comprimento e até 5 cm de diâmetro; rizomas laterais cilíndricos e alongados, arredondados nas extremidades, medindo de 6 cm a 15 cm de comprimento e de 1 cm a 4 cm de diâmetro, geralmente portando pequenas ramificações conforme a Figura 1.

Os rizomas possuem coloração amarelo-parda a amarelo-acastanhada, superfície lisa, com cicatrizes anelares provenientes das bases das bainhas foliares, cicatrizes irregulares provenientes das ramificações laterais e pequenas cicatrizes arredondadas, de raízes. Raízes laterais amarronzadas, paleáceas, estriadas, partem dos rizomas. Pelos longos são visíveis com auxílio de lente. Bainhas fibrosas podem acompanhar o rizoma principal. A fratura é lisa, nítida e gelatinosa, amarelo-alaranjada a alaranjada, com pontos mais claros dispersos, correspondentes aos feixes vasculares. Em secção transversal são claras duas zonas: o córtex e o cilindro central, separados pela endoderme. A região cortical é estreita e mais clara e a medula bem desenvolvida e alaranjada (BRASIL, 2019).

Figura 1 – (A) Planta, (B) rizomas, (C) flor, (D) extrato em pó e (E) óleo extraído do açafrão-da-terra da Cúrcuma longa L. respectivamente.

Fonte: Criasaude.com.br (2022).

O rizoma (caule) da cúrcuma, uma vez removido da planta, o rizoma é seco e triturado, ocasionando assim, o pó amarelado frequentemente encontrado. A constituição do rizoma da Cúrcuma é próximo a 69,4% de carboidratos, 6,3% de proteínas, 5,1% de gorduras, 3,5% de minerais e 13,1% de água (PRASAD et al., 2014).

Além de ser comercializado na forma de pó (Figura 1D), o açafrão também é vendido como rizomas frescos (Figura 1B), podendo ser utilizado como matéria-prima para o aperfeiçoamento de outros produtos. Devido as suas características funcionais como corante natural e atividade antioxidante, os rizomas frescos são muito usados em indústrias do ramo farmacêutico e alimentício, sendo neste geralmente utilizado como conservante e corante de mostardas e queijos (KOTWAL, 2011 apud OLIVEIRA, 2017). Podem ainda ser vendidos como rizomas secos, os quais serão utilizados na fabricação de produtos como açafrão-da-terra em pó, óleo e oleoresina.

Quando o seu interior é exposto apresentam uma coloração amarelo avermelhado (Figura 1D). Exala cheiro forte, agradável, e apresenta sabor picante e aromático. No que se refere ao rizoma da cúrcuma, este pode ser desidratado e moído, formando um pó denominado turmérico, muito utilizado na culinária (MARCHI et al., 2016). Na forma de óleo (Figura 1E) a cúrcuma é aplicada em alguns produtos de confeitaria e em águas gaseificadas e, como oleoresina, obtida por extração com solventes, é o modo forma de comercialização da cúrcuma que contém corantes, óleo volátil e lipídios (TOBON, 2015).

Somando as suas propriedades como corante, aromatizante, medicamento e conservante, a cúrcuma ainda apresenta outras funcionalidades medicinais como: anti-inflamatória, antibacteriana, anti-imunodeficiência viral humana e efeitos antioxidantes (CORRÊIA, 2021). Em menor quantidade, tem um relevante uso como cicatrizante, nematicida, antidiarreico e diurético (SUN; ONG; NYAM, 2017).

Nos laboratórios, também é utilizada como um indicador de pH (MORITA; ASSUMPÇÃO, 1981 apud OLIVEIRA, 2017) e, mais recentemente, Barra e Vanetti (1992 apud OLIVEIRA, 2017) citam o controle microbiano que desempenha quando empregada em alimentos industrializados.

3.2 CONSTITUIÇÃO E EFEITOS FARMACOLÓGICOS

A composição química dos rizomas da C. longa L. é influenciada por fatores como planta matriz, tipo de solo, clima, adubação, disponibilidade hídrica, época de colheita (primeiro ou segundo ciclo), tempo de armazenamento, dentre outros (ZHANG, 2013). O extrato bruto em pó da C. longa é composto por óleos voláteis, fibras, matéria mineral, proteína, gorduras, humidade, carboidratos e cerca de 1 a 6% (p/p) de curcuminóides que são compostos por: curcumina (60-70%), demetóxicurcumina (20-27%), bisdemetóxicurcumina (10-15%) e outros componentes minoritários. Estes compostos conferem a cor amarela ao açafrão e estão entre os seus derivados bioativos, sendo a curcumina o curcuminóide com melhor atividade biológica e o mais estudado na área da saúde (KOCAADAM; ŞANLIER, 2017; RAHMANI et al., 2018).

Normalmente, a substancia de curcuminoides é de 3-5% (50-70% curcumina), podendo variar entre 2 e 9%, em conformidade com as circunstâncias geográficas (CAMATARI, 2017). A composição de curcuminoides é de aproximadamente 70% de curcumina, 17% desmetoxicurcumina, 3% de bisdesmetoxicurcumina e o resto (10%) é chamado ciclocurcumina, recém-descoberta (Figura 2). Entretanto, o último composto tem sido associado com baixa ou nenhuma atividade biológica (STANIĆ, 2017; TRUJILLO et al., 2013).

Figura 2 -Estruturas químicas de fitoquímicos presentes em maior abundância em C.longa.

Fonte: Adaptado de Esatbeyoglu et al. (2012); Sueth-Santiago et al. (2015).

Há divergências sobre a atividade biológica dos curcuminoides, uma vez que os estudos que atribuem atividade biológica a desmetoxicurcumina e a bisdesmetoxicurcumina são bem limitados (NOORAFSHAN; ASHKANI-ESFAHANI, 2013). A maior parte dos estudos que foram feitos apontam que o elemento mais atuante entre os curcuminoides da C. longa é a curcumina (1,7-bis(4-hidroxi-3-metoxi-fenil)-1,6-heptadieno-3,5-diona), tornando-se alvo exclusivo em muitos estudos que relacionan-se ao combate do estresse oxidativo (KUMAR et al., 2016).

Quimicamente, a curcumina é um pó insolúvel na água e no éter etílico, e sua molécula de fórmula química C21H20O6 e peso molecular 368,385 g/mol, tem como principais características o ponto de fusão entre 179 e 182 ºC e a densidade relativa de 0,9348 a 15ºC (SALEHI et al., 2019). Isolada pela primeira vez por Vogel em 1815, teve sua estrutura determinada por Milobedzka e Lampe em 1910; quando exluída, apresenta um pó cristalino cor de laranja-amarelo praticamente insolúvel em água (SUETH-SANTIAGO et al., 2015; TRUJILLO et al., 2013).

3.2.1 Propriedades químicas dos curcuminoides

A estrutura molecular, lipofílica com propriedades polifenólicas da curcumina, pode ser dividida em três regiões principais: dois anéis aromáticos substituídos (A e C) ligados por uma β-dicetona conjugada (B) (PRIYADARSINI, 2014; JACKUBCZYK et al., 2020), como descrito na Figura 3. Com estas divisões em regiões de interesse específicas e modificáveis, é possível desenvolver vários métodos de síntese diferentes para cada região da molécula e assim, sintetizar vários análogos da curcumina. É de salientar que cada região específica da curcumina pode ser modificada em separado dando origem a análogos mais eficientes (NOORAFSHAN; ASHKANI-ESFAHANI, 2013).

Figura 3 -Grupos funcionais na curcumina.

As autoras (2022)

O perfil farmacológico da curcumina, isto é, a sua biodisponibilidade, a sua seletividade e a sua estabilidade, foi alvo muitas pesquisas estudos com a finalidade de sintetizar inúmeros curcuminóides com um perfil melhorado (PRIYADARSINI, 2014), sendo que uma das grandes dificuldades encontradas associadas ao uso clínico, era a sua baixa biodisponibilidade.

Sua solubilidade diminuída em água resulta em sua má absorção, e a presença de sítios metabolicamente instáveis causa metabolismo hepático de primeira passagem. A baixa eficiência para administração in vivo é exacerbada pelo fato de seus metabólitos não funcionar na maioria das atividades biológicas associadas ao seu uso. O tipo de metabolismo envolvido está diretamente relacionado à via de administração escolhida. A administração oral traz consequência na formação direta de metabólitos de fase 2, como ácido glicurônico e conjugados de sulfato, enquanto a administração intraperitoneal ou intravenosa produz preferencialmente agentes redutores, como tetrahidrocurcumina e hexahidrocurcumina (SUETH-SANTIAGO et al., 2015).

Devido à sua estrutura química e à presença de grupos hidroxila e metóxi, a curcumina possui diversas propriedades, principalmente antimicrobiana, antioxidante, antitumoral e anti-inflamatória (JACKUBCZYK et al., 2020). O grupo de compostos designados de curcuminóides podem ser classificados como curcuminóides simétricos, curcuminóides assimétricos e curcuminóides substituídos na posição central (FERRARI, 2011 apud HENRIQUES, 2021).

Vários estudos relacionam a curcumina com a neutralização de radicais livres, retardando os processos antioxidativos, principalmente, por sua alta capacidade de doação de elétrons. Em ambiene aquoso, ela se conserva nas formas ceto e enol. Já em outros solventes, próticos e apróticos, se converte em enol. O equilíbrio
ceto-enólico passa para o sentido enol em intervalo cujo pH oscile entre 3 e 7 havendo uma maior planaridade da molécula de hidrogênio (KIM et al., 2013; TRUJILLO et al., 2013; MONDAL; GHOSH; MOULIK, 2016; STANI?, 2017; SUETH-SANTIAGO et al., 2015).

Figura 4 – Equilíbrio ceto-enólico da curcumina (A) e reações de transferência de prótons, com respectivos valores de pKa (B).

Fonte: Sueth-Santiago et al. (2015).

Em função da presença de grupos fenólicos, a curcumina é absorvida em um espectro amplo na região UV visível, varaindo emntre 300 e 500 nm. Além disso, ela sobre muita influência do solvemte. Que sendo orgânico, a absorvência chega ao equivalente em 425 nm de banda larga. Dito isso, a visualização da cor amarela é resultado da absorção da luz visível, originada a partir de uma geometria planar em que a enolização por meio do carbono hibridado sp² central, facilita a junção de elétons de cromóforos feruloíla. A transferência de carga intramolecular entre o anel fenila e a porção carbonila, são responsáveis por uma exitação da curcumina da transição π → π* e não da n → π* encarregada pela banda de absorção na faixa visível (KIM et al., 2013; VAN NONG et al., 2016).
Para Van Nong et al. (2016), a fluorescência é resultado da excitação do comprimento de onda de 425 nm que apresenta ampla

Van Nong et al. (2016) apontam que ao estimular a onda de comprimento de 425 nm, espectros de curcuminoides projetaram exibições e comprimento amplo entre 528 e 607 nm. Isso sugere que diferentes cmoprimentos de ondas surgem em função do extrato e do solvente usado na dissolução, formando, assim, diferentes comprimentos de ondas em determinadas bandas. Esse fenômeno, denominado efeito solvatocrômico, se dá pela mudnça da polaridade do solvente (SUETH- SANTIAGO et al., 2015).

Outro ponto que sofre interferênica é o λmax da curcumina que é alterdo em função do pH. Esclarece-se que a curcumina é considerada um ácido fraco, mas, conforme Figura 4B, mostra três funções ácidas instáveis e, assim, três valores para pKa, sendo eles o hidrogênio adjacente à carbonila, considerado o mais ácido dos três (pKa = 8,38). Importante esclarecer que os hidrogênios fenólicos são considrados menos ácidos como demostra a Figura 4B, porém, discute-se ainda qual deles, ou seja, o hidrogênio enólico ou fenólico é o mais ácido. Aponta-se, ainda que a troca e coloração da curcumina, que migra de amarela para vermelha, é influenciada pela dissociação. A curcumina integralmente desprotonada (cor vermelha) em pH alcalino (pH> 10) é de 467 nm (PRIYADARSINI, 2014; SUETH-SANTIAGO et al., 2015).

A curcumina é sensivel à mudança de termperatura bem como a alterações no pH do meio. Também é sensível à luz (fotodegradável) e se auto-degrada no escuro. Em soluções aquosas verifica-se tanto a fotodegradação e a auto-degradação é apresentada no escuro; a auto-degradação é reduzida no meio básico; o processo de degradação por elevação de temperatura se apresenta de forma independente ao solvente e ao pH. Os autores recomendam que a porção β-dicetona na molécula é a função química de maior vunerabilidade, principalmente quando exposta ao calor. Assim, são resultantes da degradação da curcumina além da vanilina, o ácido protocatecúico, ácido vanílico e outros compostos voláteis (ESATBEYOGLU et al., 2015; MONDAL; GHOSH; MOULIK, 2016).

De todos os ingredientes, a curcumina é o composto farmacologicamente mais estudado por ter várias propriedades terapêuticas (antioxidante, anti-inflamatória, antitumoral, cicatrizante e neuroprotetora) (SUPHROM et al., 2012), sendo amplamente utilizada como remédio caseiro para várias doenças, incluindo distúrbios menstruais (GANGOLLI et al., 2015), pois aumenta os níveis de prolactina em mulheres como decorrência da tensão pré-menstrual (KHALAJI et al, 2018). No entanto, atua como antiespasmódico, reduz as cólicas menstruais e ajuda a regular o sistema reprodutor feminino, equilibrar os níveis hormonais e tratar a menstruação irregular, removendo o sangue residual para limpar o útero, tratando assim os períodos irregulares (GANGOLLI et al., 2015).

O grupo nitroimidazol (metronidazol, ornidazol etc.) é especificamente um grupo antianaeróbico. Diversos estudos mostram que as bactérias anaeróbicas são um dos agentes causadores da periodontite e no metronidazol, um membro da classe de antibióticos nitroimidazol visa especificamente os microrganismos anaeróbios; é usado no tratamento da periodontite crônica (FENG et al., 2020).

Recentemente Feng et al. (2020) isolaram através da fitoquímica do rizoma de C. longa L. quatro sesquiterpenóides bisabolanos não relatados anteriormente, toda com o auxílio de técnicas espectroscópicas abrangentes (RMN, IR, UV, MS), as estruturas de todos os compostos isolados foram elucidadas e posteriormente rastreadas para atividades biológicas anti-inflamatórias e citotóxicas.

Suphrom et al. (2012) isolaram da Curcuma aeruginosa Roxb seis rizomas: sesquiterpenos: germacrone, zederona, desidrocurdiona, curcumenol, zedoarondiol e isocurcumenol. Os seis sesquiterpenos inibiram a 5α-redutase impedindo a ação desta enzima em converter a testosterona em DHT (dihidrotestosterona). Os mesmos autores mostraram o efeito antiandrogênico na supressão do crescimento induzida por testosterona de células LNCaP e no modelo de glândula de flanco de hamster (em ensaios in vitro e in vivo), onde um dos possíveis mecanismos foi a inibição da atividade da 5α-redutase, mostrando que a germacrone pode ser potencialmente útil para o tratamento dos distúrbios dependentes de andrógenos.

A curcumina possui atividade anti-inflamatória já comprovada cientificamente (PALAVRO e VEIGA, 2018), nos quais sua atuação se apresentam por meio da inibição de diversas moléculas inflamatórias como a fosfolipase, lipoxigenase, COX-2, leucotrienos, tromboxanos, prostaglandinas, óxido nítrico, colagenase, elastase, hialuronidase, fator de necrose tumoral e interleucina (PALAVRO e VEIGA, 2018).

Nyoman et al. (2012 apud PALAVRO e VEIGA, 2018) observaram uma redução significativa nos níveis da enzima COX-2 pelos monócitos do fluído sinovial, onde um grupo de pacientes receberam 25 mg de diclofenaco de sódio e outro grupo 30 mg de curcuminóides, não foram constatadas nenhuma diferença entre as duas terapias, destaca-se a curcuminóides.

Kuptniratsaikul et al. (2014), compararam a eficácia e segurança do extrato da cúrcuma e do ibuprofeno na redução da dor da Osteoartrite bem como na melhoria da função da articulação de joelho. No estudo, uma amostra de pacientes recebeu extrato de cúrcuma (1.500 mg), enquanto outro grupo recebeu ibuprofeno (1.200 mg), o estudo conclui que extrato de cúrcuma foi tão eficiente quanto o ibuprofeno no manejo da Osteoartrite de joelho, todavia os efeitos colaterais foram similares, porém com menos relatos de distúrbios gastrointestinais no grupo da cúrcuma.

Conforme Hosseini e Hosseinzadeh (2018) a cúrcuma é um dos fitoterápicos que tem mais efeitos farmacológicos e seu constituinte ativo, a curcumina. A C. longa L. e seus compostos ativos reduziram a nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, cardiotoxicidade, neurotoxicidade e toxicidade pulmonar principalmente pela redução de citocinas inflamatórias, efeitos antiapoptóticos.

Oliveira (2017), aduz que algumas pesquisas microbiológicas realizadas mostraram uma grande inibição no crescimento invitro de bactérias, como Staphylococcus aureus e uma fraca atividade antibacteriana foi verificada para o açafrão-da-terra em relação ao S.aureus, Escherichiacoli, Pseudomonasaeruginosa,S.epidermidiseSalmonella typhimurium, além de ter ficado constatado que os extratos da cúrcuma apresentaram atividade antifúngica in vitro para algumas cepas de Trichophyton e para Botrytis, Erysiphe, Phytophthora, Puccinia, Pyricularia e Rhizoctonia. O óleo essencial apresentou atividade antimicrobiana contra diferentes sorovares de Salmonella.

Os rizomas secos de cúrcuma extraídos com etanol e hexano ou ambos, mostram atividades inibitórias contra treze bactérias patógenas isoladas do camarão e do frango: Vibrioharveyi, V. cholerae, V. alginolyticus, V. parahaemolyticus, V. vulnificus, Aeromonashydrophila, Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus, Staph. epidermidis,Staph.intermidis,Bacillus subtilis,B. cereusandEdwardsiella tarda (OLIVEIRA, 2017).

Nos últimos anos, o efeito terapêutico da curcumina tem sido cada vez mais estudado e demonstrado a sua eficácia contra o cancro, as doenças autoimunes, metabólicas, neurológicas, cardiovasculares, pulmonares, hepáticas, e uma variedade de outras doenças inflamatórias. A curcumina, através da sua estrutura polifenólica, atua na prevenção das doenças por meio da modulação eficaz de vários alvos moleculares ligados à sua patogênese (RAHMANI et al., 2018; KOCAADAM; SANLIER, 2017).

Através de diversos estudos foi concluído que a curcumina regula com eficácia diversos alvos moleculares, entre os quais citocinas, enzimas, fatores de transcrição, fatores de crescimento, receptores, moléculas metastáticas e apoptóticas, em diferentes fases de desenvolvimento de muitas doenças, principalmente devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias – o que não acontece na maioria dos fármacos conhecidos.

Existe apenas um produto registrado na Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa) contendo Curcuma longa, disponível em embalagens com 15, 60 e 120 cápsulas. Este produto é válido até dezembro de 2027. O produto é comercializado sob a forma farmacêutica cápsulas, contendo 250 mg do extrato seco de Curcuma longa (equivalente a 50 mg de curcuminoides). Está inserido na categoria dos anti-inflamatórios/antirreumáticos e, segundo o fabricante, é indicado para o tratamento da osteoartrite e artrite reumatoide, apresentando ação anti-inflamatória e antioxidante (BRASIL, 2020).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A planta medicinal Curcuma longa L. é muito comum no Brasil e bastante utilizado na indústria alimentícia, porém o seu uso vai além da culinária, pois suas propriedades biológicas e farmacológicas apresentam grandes efeitos terapêuticos medicinais que há a possibilidade de ser benéficos para os seres humanos, sendo atualmente, muito utilizada no tratamento e prevenção de doenças.

Entretanto, devem ser tomados alguns cuidados a respeito do uso medicinal, a posto que, sabe-se que diversas plantas medicinais possuem substâncias que podem gerar reações indesejáveis, seja pelos seus componentes, seja por conter contaminantes ou adulterantes nas preparações fitoterápicas, requerendo um criterioso controle de qualidade desde o cultivo, coleta da planta, extração de seus constituintes, até a fase do medicamento final.

A Legislação Sanitária Brasileira salienta, que nenhum produto com propriedades terapêuticas pode ser comercializado ou utilizado antes de ser autorizado, porém, mesmo aplicadas em formulações específicas produzidas nas farmácias de manipulação, seu uso deve ser criterioso. Algumas literaturas estudadas sugerem que C. longa L. não é tóxica para consumo humano, especialmente por via oral, sendo que os ensaios clínicos indicaram dose segura para consumo humano de até 6 g/dia num intervalo entre 4 e 7 semanas. Em casos raros, pequenos efeitos colaterais, como distúrbios gastrointestinais, podem acontecer.

Já em relação a qualidade, essa deve atender as Diretrizes preconizadas pela Política Nacional de Medicamentos, devendo ser dispensados em condições e meios adequados, acompanhados com responsabilidade e com a devida orientação, cumprindo os respectivos regimes terapêuticos já prescritos. Logo, pode-se concluir que, se consumida adequadamente a C. longa possui muitos benefícios para a saúde.

Contudo, a ideia básica na indicação do uso de fitoterápicos na medicina humana não é substituir medicamentos já registrados e comercializados com eficácia comprovada, mas aumentar a opção terapêutica dos profissionais de saúde, ofertando medicamentos equivalentes, também registrados e com eficácia comprovada, para as mesmas indicações terapêuticas e eventualmente, com indicações complementares às existentes, sempre com estrita obediência aos preceitos éticos que regem o emprego de xenobióticos  na espécie humana.

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*Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia da Faculdade Unibras de Goiás.
**Professora Doutora do Curso de Farmácia da Faculdade Unibras de Goiás e orientadora do trabalho.