Resumo: O objetivo desse trabalho foi avaliar ao esquema corporal e o cognitivo de crianças portadoras de Paralisia Cerebral do tipo hemipareticas e dipareticas do setor de neuropediatria da clínica de fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul, pela análise do desenho de si mesma.
Metodologia: Foi realizada uma avaliação por criança (10 crianças), através do teste de goodenough, onde a criança fez numa folha de papel sem pauta um desenho de si mesma, onde foi avaliado a idade cronológica, idade mental e o comprometimento neurológico.
Resultados: O estudo verificou-se que das 10 crianças avaliadas, 9 apresentaram atraso no desenvolvimento cognitivo e percepção corporal , e apenas uma das 10 crianças não apresentou comprometimento.
Conclusão: Através de todo o processo percebeu-se o potencial que cada criança apresenta, concluindo-se que, as suas limitações motoras, limitam ou impedem o desenvolvimento das habilidades que formam a base para a aprendizagem, portanto mostrou-se a necessidade de oportunizar a esses sujeitos experiências ricas de estimulação e motivação para a aprendizagem.
Razões e Objetivos para a Pesquisa
Esse trabalho visa demonstrar o grau de consciência corporal de crianças diparéticas com o objetivo de melhorar o tratamento fisioterápico.
Contexto (Justificativa)
Imagem corporal é a figuração do próprio corpo formada e estruturada na mente do mesmo indivíduo, ou seja, a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio. É o conjunto de sensações sinestésicas construídas pelos sentidos (audição, visão, tato, paladar), oriundos de experiências vivenciadas pelo individuo, onde o referido cria um referencial do seu corpo, para o seu corpo e para o outro, sobre o objeto elaborado (MATURAMA, L 2004). O termo Imagem Corporal vem sendo usado freqüentemente de maneira permutável com a terminologia Esquema do Corpo, em estudos neurológicos e psicológicos, onde ocorrem também resistências a determinadas definições e muitas confusões metodológicas e conceituais. Consciência corporal é tida como a \”experiência imediata de uma unidade do corpo, percebida, porém é mais do que uma percepção chamamos de esquema de nosso corpo\”, ou mesmo, segundo Head apud Schilder (1999), que o denomina como modelo postural do corpo. O aludido é a imagem tridimensional que todo sujeito tem do seu próprio corpo, não abordando sob a ótica de uma mera O esquema sensação ou imaginação, mas da a percepção corporal, mesmo que a informação tenha chegado através dos sentido (MATURAMA, L 2004).
Toda mudança reconhecível entra na consciência comparando-se com situações já vivenciadas, realizando assim uma avaliação da nova situação que gera uma mudança na Imagem Corporal(MATURAMA, L 2004).
Diparesia é a paralisia de partes correspondentes em ambos os lados do corpo, como, por exemplo, de ambas pernas (Bobath, K 1990).
Diparesia espastica, a espasticidade predomina nas pernas e afeta com menor gravidade as mãos e a face, ocorre atraso no controle da cabeça e tronco, os reflexos tendinosos estão hiperativos, o espasmo dos adutores é responsável pelas pernas “em tesoura” e a espasticidade pode impedir a deambulação sem auxílio do cuidador ou suporte externo (Bobath, K 1990).
– Diparesia Leve. Problemas mínimos no equilíbrio do tronco. Leve espasticidade nas extremidades inferiores.
– Diparesia Moderada. Desordens moderadas no equilíbrio do tronco. Espasticidade moderada nas extremidades inferiores.
– Diparesia grave. Limitações mínimas no controle das extremidades superiores. Desordem modera da no equilíbrio do tronco. Espasticidade grave nas extremidades inferiores.
Hipótese
As crianças portadoras de problemas neurológicos como Paralisia cerebral e Acidente vascular encefálico infantil diparéticas, apresentam um atraso no desenvolvimento mental na realização de tarefas que envolvem o cognitivo e a consciência corporal.
Plano de Trabalho e Métodos
O Pré-Projeto será enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cruzeiro do Sul a pesquisa descrita que apenas será iniciada após a aprovação do comitê.
Tipo de estudo
O tipo de estudo que será utilizado é transversal
Local
O estudo será realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul.
Critérios de inclusão
– Crianças portadoras de AVE
– Crianças portadoras de PC
– Diparesia
Critérios de exclusão
– Crianças com Retardo Mental.
– Crianças que não realizam tratamento fisioterapeutico.
– Crianças hemiparéticas ou tetraparéticas.
Referências Bibliográficas
ALLEGRATTI, A.L. MANCINI, M.C; SCHWARTZMAN, J.S V.A; – Estudo do desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral diparéticas espastica. Temas Desenvolvimento. V.11 n.64 set/out. 2002.
BOBATH, K. Uma Base Neurofisiológica para o Tratamento da Paralisia Cerebral. 2.ed. São Paulo: Manole. 1990, 110p.
CHAZAUD J. Introdução á psicomotricidade. São Paulo: Manoel; 1987.
DORETTO D. Fisiopatologia clínica do sistema nervoso – Fundamentos da semiologia. 2º ed. São Paulo: Atheneu; 1998.
MATURAMA, L – Imagem Corporal – Noções e Definições. Revista Digital, n71, abril/2004.
SULLIVAN S. Fisioterapia – Avaliação e tratamento. 2º ed. São Paulo: Manole; 1993.