O REFLEXO DA PANDEMIA DA COVID-19 NA OBESIDADE INFANTIL: UM BREVE ESTUDO DE REVISÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7117801


Autora:
Flavia Tavares Silva Dela Fuente Araujo1
Orientadora:
Cecília Maria Guimarães Figueira2
Coorientadora:
Christina Cruz Hegner3


RESUMO

A obesidade é a maior epidemia por doença não transmissível no mundo, tornando-o uma grave doença de saúde pública, cujas consequências são multifatoriais incluindo alterações emocionais a biopissicosociais nas crianças e adolescentes. Os principais fatores que contribuem para a obesidade são os erros alimentares e o sedentarismo comuns entre crianças e adolescentes nos dias de hoje. A pandemia da COVID-19 trouxe uma mudança nos hábitos de vida, especialmente pelas medidas de isolamento social decretadas pelo governo, que reforçaram hábitos que contribuem para obesidade. Objetivo: Identificar os possíveis fatores que contribuíram para o aumento da obesidade infantil durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Estudo de revisão bibliográfica composta por artigos publicados nas bases de dados PUBMED e LILACS entre os anos de 2020 e 2022. Conclusão: A obesidade infantil que vêm crescendo exponencialmente devido aos maus hábitos de vida, teve um impacto ainda maior devido o isolamento social causado pela pandemia, gerando grandes consequências na saúde da população infantil.

ABSTRACT

Obesity is the largest non-communicable disease epidemic in the world, making it a serious public health disease, whose consequences are multifactorial, including emotional and biopsychosocial changes in children and adolescents. The main factors that contribute to obesity are dietary errors and sedentary lifestyle common among children and adolescents today. The COVID-19 pandemic brought a change in life habits, especially due to the social isolation measures decreed by the government, which reinforced habits that contribute to obesity. Objective: To identify the possible factors that contributed to the increase in childhood obesity during the COVID-19 pandemic. Methodology: A bibliographic review study consisting of articles published in the PUBMED and LILACS databases between 2020 and 2022. Conclusion: Childhood obesity, which has been growing exponentially due to poor lifestyle habits, had an even greater impact due to social isolation caused by the pandemic, generating major consequences for the health of the child population.

1. INTRODUÇÃO

A COVID-19 é uma doença causada pelo SARS-CoV-2 e originou-se na China em dezembro de 2019. A grande preocupação das autoridades sobre o vírus é seu poder de transmissibilidade e sua virulência (OLIVEIRA, W.A; et al, 2020). Em março de 2020, haviam 118 319 mil casos confirmados da doença em todo o mundo e pela rapidez da disseminação geográfica a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de pandemia, o que veio a se tornar uma emergência em saúde pública (WHO, 2020).

Como forma de bloqueio da cadeia de transmissão, medidas como fechamento de estabelecimentos, distanciamento social e fechamento de escolas e parques foram adotadas para evitar o aumento do número de casos de pessoas infectadas (WHO, 2020). Essas medidas, que se baseavam no distanciamento social como forma de evitar a disseminação da doença, trouxeram mudanças na rotina de vida da criança e do adolescente, similares a um longo período de férias escolares, porém sem outro convívio social, o que resultou em sérias consequências à saúde dessa população, como por exemplo o avanço da obesidade. (JUNIOR, 2020; COSTA, et al, 2020).

Um estudo de revisão em 2017 mostrou, que estudos projetaram que, cerca de 124 milhões de crianças e adolescentes são obesas em todo mundo. No Brasil, 12,4% dos meninos e 9,4% das meninas são obesas (MEC, 2022). A obesidade é um distúrbio do estado nutricional, relacionado ao aumento do tecido adiposo com aumento do peso corporal (CORREA, et al, 2020) é a maior epidemia por doença não transmissível no mundo, tornando-o uma grave doença de saúde pública. As consequências são multifatoriais gerando um desequilíbrio sistêmico, além de alteração emocional e biopsicossocial na criança (COSTA, et al, 2020).

Em decorrência das dificuldades geradas pela COVID-19, em dezembro de 2020, a academia americana de pediatria (AAP) divulgou orientações provisórias sobre como os pediatras podem ajudar as crianças e as famílias a lidar com estilo de vida saudável e com a gestão de obesidade durante a pandemia (AAP,2020).

Um estudo de revisão realizado em 2020 mostrou que, a obesidade infantil é um fator de risco em indivíduos contaminados pela COVID-19, causando alteração respiratória, cardíaca, nutricional, imunológica e renal. Portanto, faz-se necessário a orientações quanto aos cuidados no período de isolamento, como o rastreio as comorbidades associadas a obesidade, avaliação adequada da necessidade de suplementação nutricional individualizada, fornecer informações a família sobre as especificidades da condição afim de minimizar os riscos de agravamento e internação de crianças e adolescentes (ALMEIDA et al, 2020).

Apesar da COVID-19 ser mais frequente na população adulta e idosa, as crianças e adolescentes que apresentaram casos de maior gravidade e necessitaram de internação em UTI, tiveram como condição básica agravante a obesidade.

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi identificar os possíveis fatores que contribuíram para o aumento da obesidade infantil durante a pandemia da COVID-19.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica composta por artigos publicados nas bases de dados PUBMED e LILACS entre os anos de 2020 e 2022. Foi utilizado o DECS para a busca de palavras chave, selecionando: obesidade pediátrica, covid19 e impacto. Para as bases de dados, as estratégias de busca foram: ObesityPediatric AND covid19 AND impact, nos idiomas inglês e português.

CRITÉRIO DE INCLUSÃO

Foram incluídos no estudo artigos originais de coorte, corte transversal, artigos de revisão sistemática, metanálises, entre os anos de 2020 e 2022, que abordam os fatores causais da obesidade infantil na pandemia da COVID-19.

CRITÉRIO DE EXCLUSÃO

Foram excluídos cartas ao leitor, relato de caso, editorial e artigos duplicados.

SELEÇÃO DOS ARTIGOS

Após a busca dos artigos utilizando as palavras chave citadas acima no PUBMED e LILACS, foram encontrados 67 artigos, foram excluídos 36 artigos na leitura dos títulos, sendo aprovados 31 artigos para a leitura dos resumos. Na leitura dos resumos foram excluídos 11 artigos, possibilitando a leitura completa de 17 artigos. Após a leitura dos artigos completos, foram selecionados como elegíveis para o estudo o total de 11 artigos.

DISCUSSÃO

Após as análises dos artigos completos, foram selecionados para o estudo 11 artigos sendo, 1 artigo realizado na Itália (PIETROBELLI, 2020), 2 na Coréia do Sul (KANG, 2021; KIN, 2021), 1 na Suiça (ZEMRANI, 2021), 2 nos Estados Unidos (RUOPENG, 2020; BURKART, 2022) e 1 na Polônia (ZACHURZOK, 2021). Desses estudos, 5 artigos realizaram a metodologia de estudo de coorte (PIETROBELLI, 2020; ZEMRANI, 2021; RUOPENG, 2020; ZACHUROCK, 2021; AZOULAY, 2021), 2 estudos retrospectivo (KANG, 2021; KIM, 2021) e 1 observacional (BURKART, 2022) e 3 estudos de revisão sistemática (CHANG, 2021, CHAABENE, 2021, CENA 2021). Todos os estudos realizam a pesquisa com indivíduos entre 4 e 18 anos.

Ao analisar os fatores que influenciaram o aumento da obesidade infantil no período da pandemia entre os artigos selecionados, foi identificado em todos os estudos que houve uma diminuição na prática de atividade física (KIM, 2021;KANG, 2021; ZEMRANI, 2021; BURKART, 2021; PIETROBELLI, 2020; ZACHURZOK, 2021; AZOULAY, 2021) além de, aumento do tempo de sono (ZACHURZOK, 2021; BURKART, 2021; ZEMRANI, 2021; PIETROBELLI, 2020), aumento do tempo de exposição a telas das crianças (ZACHURZOK, 2021; BURKART, 2021) , incluindo aumento de telas em crianças menores de 4 anos (ZEMRANI, 2021). Além disso, foi observado alteração no padrão alimentar, com mais refeições por dia (AZOULAY, 2021) e aumento do consumo alimentos ricos em açúcar (KANG, 2021).

A endemia da obesidade

Nas últimas décadas, o sobrepeso e obesidade infantil, emergiram como um dos problemas de saúde, mais grave, tanto em países desenvolvidos, como nos em desenvolvimento (WANDERLEY EN, FERREIRA VA, 2010). O caráter epidêmico e a prevalência crescente da obesidade são de causa multifatorial, levando-se em consideração fatores genéticos, ambientais, econômicos e comportamentais. A herança genética está relacionada às características fenotípicas do indivíduo obeso, o que resulta da interação de genes e de um estilo de vida inadequado, com sedentarismo, consumo de alimentos ultra processados, favorecendo um balanço energético positivo. (SBP, 2012).

A prevalência de sobrepeso entre menores de 5 anos aumentou de 4,8% para 6,1% entre 1990 e 2014 no Brasil (WHO, 2016). De acordo com dados divulgados em março de 2015 pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o percentual de crianças entre 5 e 9 anos de idade, com sobrepeso chega a 33,5%. Já na adolescência é cerca de 20,5% (PR/SDH, 2015).

A obesidade aumenta o risco para doenças como diabetes, cardiopatia, e alguns tipos de câncer. Que são importantes causas de morte. Estima-se que possuir bons hábitos alimentares, prática de atividade física regular, bem como a manutenção do peso adequado, seja suficiente para reduzir aproximadamente 33% dos casos mais comuns de câncer no Brasil. (MARTINS, 2018).

Diante da endemia “Obesidade”, existem diversas estratégias de política em saúde pública. A lei nº 13666, de 16 de maio de 2018, propõe acrescentar o tema da educação alimentar e nutricional no currículo escolar, com objetivo de instruir sobre a alimentação e com isso melhorar o estilo de vida (BRASIL, 2018).

Crianças obesas possuem risco maior para desenvolver doenças cardiovasculares, com maior morbimortalidade na vida adulta. Alguns estudos demonstram relação entre obesidade infantil, com intolerância a glicose, aterosclerose, acidente vascular cerebral. (ALISSA et al 2020).

Essas alterações decorrentes da obesidade infantil foram vistas com a piora do prognóstico dos casos de COVID-19 nessa população, devido o aumento da resposta inflamatória desregulada, lesão cardíaca e aumento da atividade da coagulação, como mostra o estudo de revisão realizado em 2021 (CENA, 2021).

Pandemia e o fechamento das escolas

A pandemia trouxe graves consequências para a sociedade de todo mundo em decorrência das medidas de isolamento social definidas pelos diferentes governos. O fechamento de escolas, parques, playgrounds e locais de convivência social de crianças e adolescentes teve como consequência não só o retardo no processo de aprendizagem formal como também repercussões importantes na saúde física e mental dessa população (KANG, 2021).

O fechamento das escolas resultou em alteração no comportamento das crianças, como a diminuição do tempo de prática de atividade física, visto que as instituições de ensino são grandes influenciadores para essa (BURKART, 2021). ZACHURZOK et al demonstraram que a redução da disposição para atividade física no período de fechamento das escolas foi maior principalmente entre as crianças obesas, e de acordo com RUOPENG et al, o impacto foi maior em crianças do sexo masculino.

O estudo de ZENRANI, 2021 mostrou que o aumento do tempo de exposição a telas entre as crianças aumentou 73% e 100% entre os adolescentes, inclusive em indivíduos menores de 4 anos, o que refletiu diretamente na qualidade do sono, com aumento dos níveis de estresse e ansiedade, e consequente maior ganho de peso.

A qualidade do sono também foi alterada no período de pandemia de COVID-19. Estudos demostraram aumento no tempo de sono já nas primeiras 3 semanas de confinamento (PIETROBELLI, 2020), permanecendo até 3 meses após a volta as aulas. A volta das atividades escolares presenciais retardada pela exclusão da população pediátrica das primeiras etapas de vacinação, agravou ainda mais essa situação (AZOULAY, 2021).

A alimentação de crianças e adolescentes também sofreu impacto com o fechamento das escolas, especialmente na população de baixa renda que depende da merenda escolar para adequação da necessidade diária de calorias. Houve aumento do consumo de produtos industrializados e ricos em açucares (KANG, 2021), aumento do número de refeições e lanches por dia e mudança nas escolhas alimentares que foi diferente entre a população de renda média e alta e a população mais vulnerável (ZEMRANI, 2021).

Obesidade X Condição socioeconômica

A condição socioeconômica foi um fator impactante na obesidade infantil durante a pandemia, uma vez que o aumento do desemprego e da insegurança financeira, provocou uma mudança no padrão de escolhas por alimentos, que passaram a ser de menor valor e na maioria das vezes não são saudáveis (AZOULAY, 2021). KANG e cols, ressaltam que a dificuldade de acesso a alimentos saudáveis gerada pelo isolamento social reforçou essa escolha por alimentos processados ou ultra processados.

Segundo ZENRANI, 2021, em países desenvolvidos, o aumento do número de casos de crianças obesas no período da pandemia por COVID-19 foi de tal proporção que se poderia considerar o risco de uma “pandemia por obesidade”. Nos países subdesenvolvidos, onde predomina a população de baixa renda, onde coexistem excesso de peso e baixo peso, a desnutrição predominará, principalmente em países em crise humanitária com o aumento da pobreza devido a pandemia.

Consequência da mudança no hábito de vida

As mudanças causadas pelo isolamento social como: fechamento das escolas, diminuição de acessos a parques e locais com aglomerados, trouxeram alterações dos hábitos de vida de toda a população com consequências negativas para a vida de crianças e adolescentes. Foram observados: aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) e do peso corporal independente de infecção por COVID-19 (KIM, 2021), aumento da pressão arterial (BURKART, 2021), maior risco para doenças metabólicas como diabetes, doenças cardiovasculares, aumento do triglicerídeos e dislipidemia (KANG, 2021).

Além disso, as mudanças trouxeram consequências na saúde mental (KANG, 2021), como distúrbio do sono, estresse e ansiedade infantil, permanecendo até 3 meses após a volta as aulas. Esses fatores acarretam grande custo à saúde infantil, com aumento do risco de morte por doenças infecciosas como a COVID-19, assim como a obesidade que é um grave problema de saúde pública no mundo.

Em um estudo de revisão realizado em 2021 mostrou que, além do aumento da obesidade infantil e aumento do escore da IMC entre crianças e adolescentes na pandemia, houve alteração hormonal devido o aumento da ansiedade, solidão, tristeza e frustração, além da piora da capacidade de autocontrole. Em contrapartida, possibilitou a diminuição da incidência de internações hospitalares nessa faixa etária (CHAABANE, 2021).

Sendo a primeira infância um importante período para aquisição de hábitos saudáveis para a vida adulta, o impacto da alteração da rotina infantil com alimentação de qualidade ruim e sedentarismo pode ser de difícil reversão e deve ser corrigido o quanto antes (ZEMRANI, 2021).

No estudo de revisão realizado em 2021 mostrou que, houve um aumento significativo no consumo de alimentos básicos, bebidas açucaradas, doces e sobremesas, aumento do consumo de batatas fritas, carne vermelha e lanches, concomitantemente com a diminuição do exercício físico, além do tédio e estresse induzido pelo confinamento da COVID-19, exacerbando hábitos não saudáveis (CHANG, 2021).

Nesse contexto, em dezembro de 2020, a academia americana de pediatria (AAP) divulgou uma nota com orientações sobre como os pediatras podem ajudar crianças e famílias a lidar com alimentação balanceada, estilo de vida saudável durante a pandemia (AAP, 2022).

Para melhor apoiar os esforços na prevenção e atuação no processo da obesidade infantil, faz se necessário uma melhor compreensão das disparidades emergentes, afim de identificar população de risco e traçar objetivos direcionados (AAP, 2022).

A AAP disponibilizou dois documentos para orientar aos pediatras no auxílio as crianças e suas famílias que estão trabalhando para manter estilo de vida saudável durante a pandemia. Nesses documentos são abordadas recomendações para apoiar a nutrição e atividade física durante a pandemia, e o outro documento aborda sobre controle e tratamento da obesidade durante a pandemia Covid 19. Cabe ao pediatra avaliar junto a família, a situação de insegurança alimentar, o acesso a alimentos saudáveis, acesso a atividade física segura. E assim definir quais estratégias serão definidas para cada criança, adolescente e sua família (AAP, 2022).

A pandemia criou ambientes de rotinas familiares desajustadas, desregulação do sono, redução da atividade física, aumento do tempo de exposição a telas, exposição a lanches ultraprocessados, que podem resultar em aumento do risco de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares. Desse modo a AAP orienta ao pediatra avaliar em cada consulta: avaliar a insegurança alimentar e o acesso a alimentos frescos, rotina e padrões alimentares, escassez do alimento, avaliar o tempo e intensidade de atividade física, o tempo de exposição a telas e o tempo e modalidade de atividades recreativas, avaliar em todas as consultas fazer aferição de peso e altura, calcular o IMC e colocar no gráfico da OMS. Identificar as crianças em risco relacionados ao padrão de sono inadequado, comportamento sedentário e história familiar de obesidade. Após avaliação, o pediatra deverá realizar o aconselhamento, que será adaptado ao estágio de desenvolvimento da criança ou adolescente e as características socioeconômicas, culturais e psicológicas das familias, para ajudar a manter nutrição e atividade física ideais durante a pandemia (AAP, 2022).

CONCLUSÃO

A pandemia da COVID-19 trouxe grandes consequências para saúde física, mental e econômica da população mundial. Para crianças e adolescentes, as medidas de distanciamento social contribuíram de forma decisiva para o aumento da obesidade nessa população.

Esta revisão identificou que a redução do tempo de atividade física ocasionando no sedentarismo infantil, a escolha por alimentos não saudáveis, o aumento do tempo de tela e aumento no tempo de sono, foram os fatores que mais impactaram no aumento da obesidade infantil durante a pandemia da COVID-19.

Deve ser ressaltado o papel do ambiente escolar para a construção de rotinas e incentivo a hábitos saudáveis da população infantil e de adolescentes como o convívio social, a prática de atividade física, o conhecimento de hábitos saudáveis e de prevenção de doenças.

Ao pediatra cabe além dos descritos, o esclarecimento dos pais, crianças e adolescentes para a importância do sono de qualidade e do tempo ideal de utilização de telas nas diferentes faixas etárias, ressaltando a importância do papel dos pais e familiares que convivem com as crianças e adolescentes na aquisição de hábitos de vida saudáveis, uma vez que de forma geral, eles reproduzem o que é prática de seu núcleo familiar.

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1Médica Residente do Programa de Pediatria da Universidade Federal Do Espírito Santo.
2Professora adjunta do Departamento de Pediatria da Universidade Federal Do Espírito Santo.
3Médica Endocrinologista Pediátrica do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes.