PARECERES DESCRITIVOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7068948


Autora:
Naiara Nunes da Silva1
Orientador:
Flávio Miranda Marteleto2


RESUMO

O presente trabalho analisou, caracterizou e problematizou os aspectos que nortearam a elaboração dos pareceres descritivos de avaliação de aprendizagem dos alunos das séries iniciais, que foi produzido pelos professores de uma escola pública de um município do RS. Sabe-se que a avaliação deveria ter contemplado todas as áreas de conhecimento, pois assim teria detectado as possíveis habilidades e/ou dificuldades dos alunos, também seria uma forma dos professores e coordenação pedagógica reavaliar se a metodologia utilizada estava de acordo com os objetivos pretendidos. Dentro de uma abordagem qualitativa, foi analisado 20 pareceres, 10 de uma turma de primeiro ano, 06 de uma turma de segundo ano e 04 de outra turma de segundo ano. A partir deles, foi analisado qual o tipo de avaliação e sua relação teórico/prática que foram considerados no momento da elaboração dos pareceres, dos quais levaram a identificação de possíveis desenvolvimentos entre conhecimento e aprendizagem do aluno. Através da análise dos pareceres, foi constatado que os professores avaliaram apenas duas áreas do conhecimento: Língua Portuguesa e Matemática. Levou-se em consideração a busca de uma avaliação que englobe os diversos aspectos que compõe a formação do conhecimento (aprendizagem), tais como os aspectos cognitivos, sociais e emocionais, foi detectado a falta de uma sequência de ideias, repetições de frases e até mesmo pareceres iguais para vários estudantes. O resultado da pesquisa apontou para uma necessidade de debates sobre avaliação na forma de pareceres nas escolas.

Palavras-chave: Pareceres descritivos. Avaliação.

1. INTRODUÇÃO

A avaliação, na forma descritiva da escola que se fez a pesquisa, foi  pouco debatida entre professores, gestores e estudantes. A avaliação tem um foco que é praticada diariamente pelo professor em sala de aula e com a pesquisa foi percebido que os professores não faziam essa prática. De acordo com HOFFMAN (1994, p.56), “A avaliação, enquanto relação dialógica, vai conceber o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como ação-reflexão-ação que se passa na sala de aula…”A avaliação aparece de várias maneiras, como parecer, boletim, prova, reprovação… “esse momento requer muita dedicação, pois o que o professor escrever de cada aluno, é algo que este leva para sempre, fica no histórico de cada indivíduo”, FOLLMAN, (2014, pag. 14).  A avaliação aparece de forma que favoreça os estudantes em seu crescimento educacional, porque durante todo o ano letivo os estudantes são avaliados. A avaliação é “um processo interativo, através do qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmos, e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação”, FOLLMAN (2014, pag. 14). Deste modo, percebemos que a avaliação não ocorre apenas em um momento específico, e sim que está presente em todo o processo educacional, tornando-se um instrumento que se concebe desde o início até a finalização do trabalho do professor. Levando em consideração o desenvolvimento e atribuição do conhecimento, o professor escreve e repassa para uma avaliação de aprendizagem do estudante individualmente. Hoffman (1994), considera necessário que os professores tenham já na sua formação, uma nova prática em termos de avaliação. Não basta receber uma série de conceitos bonitos relativos a avaliação de seus alunos, mas ser avaliado no esquema bem tradicional. Portanto, quem trabalha com a formação acadêmica dos nossos futuros professores, tem também um compromisso de mudar a prática de avaliação dos mesmos

Segundo Lukesi (2011), o professor deve prestar muita atenção nas particularidades do aluno, descrevendo de forma clara e precisa os conhecimentos por ele construídos. Dessa forma, as discussões sobre as avaliações devem ser pertinentes reuniões extraclasses em debates nas reuniões escolares, dando-se uma importância na aprendizagem da criança e para a avaliação do próprio professor como mediador do conhecimento.

“É preciso ver a avaliação como um recurso subsidiário com uma ação na busca de melhores resultados possíveis”, LUCKESI (2011, p.58). Sob esse foco, Haydy (1997) confirma que é através do sucesso do estudante que se pode verificar a eficácia do ensino. É preciso que se entremeiem a aprendizagem do estudante e a didática utilizada pelo professor.

Percebeu-se então que:

a avaliação da aprendizagem sustenta-se numa proposta e numa ação pedagógica cujo foco de atenção é a formação do educando tendo uma concepção construtiva da aprendizagem e no desenvolvimento da individuação do educando. A prática da avaliação para um resultado desejável e bem sucedida, depende de uma concepção pedagógica construtiva, seguida de uma execução na obtenção desses resultados (LUCKESI, 2011, p. 144)

Para verificarmos conteúdos, os conhecimentos e seu processo é preciso um parecer adequado, pois dizem muito sobre cada estudante. Assim segundo as Diretrizes Curriculares, para a educação dos primeiros anos fundamentais, crianças de até nove anos, a avaliação deve ser “formativa, processual e participativa, ser contínua, cumulativa e diagnosticada” BRASIL, (2013, p 123). “Podemos considerar que a prática pedagógica deve ser voltada para aplicação dos conhecimentos adquiridos nas vivências, valorizando as experiências do aprendente, desenvolvendo em sala de aula a compreensão dessa realidade”, LIMA, (2021 pag.30).  A importância de ter pesquisado a avaliação, foi descobrir e estudar os fatores que influenciam os meios que englobam, e seu processo de construção. A investigação sobre a avaliação, foi discutir a sua importância no campo educacional, para que novas pesquisas possam ser realizadas levando em consideração na forma de pareceres descritivos da aprendizagem. Também com esse devido artigo foi analisado o estudante, se ele estava obtendo um desenvolvimento cognitivo, pessoal e se os mesmos conseguiram responder a sociedade pela qualidade do trabalho educativo. 

O professor, por sua vez, deve refletir sobre a avaliação, nas particularidades encontradas em sala de aula, bem como o desenvolvimento na aprendizagem do aluno, essa observação alucida que:

A avaliação, diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção da configuração do objeto, exigindo decisão do que fazer ante ou com ele. A verificação é uma ação que “congela” o objeto; a avaliação, por sua vez, direciona o objeto numa trilha dinâmica de ação. (LUCKESI, apud SILVA, 2019, p. 45)

Para conhecer melhor sobre a avaliação da aprendizagem, através de pareceres descritivos, foi buscado um estudo em base de uma pesquisa, onde foi analisado pareceres descritivos de uma avaliação de aprendizagem de três turmas do ensino inicial de uma escola estadual do RS. Os pareceres descritivos da avaliação, correspondeu as turmas do primeiro (1°) e segundo (2°) ano do ensino fundamental referente ao ensino de nove (9) anos. Ao todo foram analisados vinte (20) pareceres descritivos, sendo dez (10) de uma turma de primeiro ano (1°), dez (10) de duas turmas de segundo ano. Os pareceres do primeiro ano, foi de uma turma; já do segundo ano foi de duas turmas distintas.

Através da análise dos pareceres, foi identificado quais os tipos de conteúdo de ensino que foram considerados no momento da sua elaboração. Este trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira parte diz respeito a espaço que ainda são debatidos: conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. Na segunda parte do texto foi apresentada a metodologia que se utilizou para a realização do estudo, assim como ocorreu a coleta e a análise dos pareceres. Por fim, apresentamos algumas considerações finais e as referências utilizadas neste artigo.

2. DESENVOLVIMENTO

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, para o ensino de nove anos, a criança passa a ingressar no ensino fundamental com seis (6) anos de idade, oriunda ou não da educação infantil. A obrigatoriedade, segundo a Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013 – que é uma alteração da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), é que a criança frequente a escola dos 4 aos 17 anos de idade. Essa Lei n° 9394/96 que foi legalizada a frequência da criança a partir dos 4 anos de idade desde 1996.

A alfabetização, deve levar em conta o contexto social da criança, uma vez, que o fato de ela possuir ou não o acesso a leitura e a escrita, poderá influenciar na sua aquisição, “[…] a avaliação exige a observação individual de cada aluno, atenta ao seu momento no processo de construção do conhecimento” HOFFMANN, (1993, p.47 – 68). Também ressalto outo autor que, “o desenvolvimento mental é uma construção contínua, comparada a um prédio”, RAMALHO, (2018, pag. 14). Assim, essa organização em um ciclo que engloba os três primeiros anos, acaba por acarretar uma série de mudanças no currículo que, por sua vez, estará mais para atender as necessidades e as diferenças de cada estudante, Brasil (2013).    

 Nesses termos, os três primeiros anos do ensino fundamental deverão ser capazes de atribuir aos estudantes a alfabetização e o letramento, bem como a aquisição de diversas formas de expressão, introdução ás artes, á matemática, ás ciências, á história, á geografia, á educação física e á literatura, Brasil (2013). O professor, por sua vez, deve avaliar o aprendizado em todas as áreas do conhecimento e não somente “atribuir” nota, levando em consideração a leitura, a escrita e o cálculo. Portanto:

Para uma avaliação correta, especialmente daquele que apresenta dificuldades de aprendizagem, é necessário que o professor realize continuamente a avaliação nos diferentes componentes curriculares, onde cada um possui especificidades que devem ser consideradas na hora do processo avaliativo (SANTOS; STIVAL; WITHERS, 2015, p. 139).

Segundo Luckesi (2008), a avaliação deve ter caráter relevante, adquirindo mais qualidade. Segundo o autor, o juízo da avaliação se dará levando em consideração a real finalidade da mesma, uma vez que para “avaliar a aprendizagem de matemática, não serão observadas condutas sociais do educando”, LUCKESI (2008, pag.33). Só se chegará ao entendimento do conhecimento adquirido, utilizando mecanismos específicos da área da matemática. Por esses três anos estarem organizados em ciclos, não quer dizer que durante esse período a criança não reprovará. Acontece que os estudantes terão tempo para apoderarem-se dos conteúdos programáticos. A avaliação da aprendizagem referentes aos anos iniciais do ensino fundamental, mostra que o/a educando/a precisa ser avaliado para avançar a uma nova etapa de sua escolaridade:

indicam critérios de Avaliação das aprendizagens fundamentais a serem realizadas em cada ciclo e se constituem em indicadores para a reorganização do processo de ensino e aprendizagem. Tais critérios, porém, não devem ser confundidos com critérios de aprovação e reprovação de aluno. (BRASIL, apud SILVA, 2019, p. 24).

Não se trata, como nos dizem as Diretrizes Curriculares Nacionais, de “promoção automática”, visto que a reprovação caracteriza um maior teor de evasão escolar. “É de responsabilidade da escola e do professor encontrar meios para que o estudante possa recuperar e se superar a dificuldade encontrada na construção do conhecimento”, Brasil (2013). É preciso apostar na inteligência dos alunos. Dessa forma apropria Lei da Diretrizes e Bases (LDB), art. 24, inciso v, afirma que:

a avaliação deve ser contínua e cumulativa, ou seja, durante o processo de ensino aprendizagem, precisa-se avaliar fomentando os aspectos qualitativos, e quando os resultados da aprendizagem não forem alçados deve-se oportuniza uma recuperação paralela para que o estudante sane suas dificuldades no processo e não só no final do período letivo. (SANTOS, 2018 apud CARDOSO, 2019, p. 19)

Outro aspecto importante é que a avaliação deve ser formativa e “deve ocorrer durante todo o processo educacional, uma vez que deve diagnosticar quais as potencialidades e detectar eventuais dificuldades de aprendizagem” BRASIL (2013, p. 123).

O processo de aprendizagem resulta da estimulação e interação do indivíduo com o meio. Acima de tudo, ao falarmos em avaliação, precisamos levar em consideração as particularidades de cada estudante. Nesse sentido, segundo Luckesi, (2011), a prática da avaliação tem como ponto de partida uma ação intencionalmente planificada, este a define como: “um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão” (MARTINS; CARDOSO, 2017, p. 15).  Além disso, a avaliação sempre estará relacionada a um julgamento sobre o ensinamento e o conhecimento atribuído pelo estudante, relacionando e envolvendo conhecimentos prévios sobre o que ele é capaz de aprender, BRASIL, (2013, p. 123). Para SILVA (2019, p. 25), “o trabalho desenvolvido pelo professor é fundamental no processo avaliativo, que vai muito além da simples transmissão de informações”. Ainda, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de nove anos, a avaliação contínua é constituída de várias formas, que podem ser as atividades individuais, os trabalhos realizados em sala de aula, organizados em portifólios, também coletivos, bem como as provas. Assim essa avaliação:

Constitui um instrumento indispensável do professor na busca do sucesso escolar de seus alunos e pode indicar, ainda, a necessidade de atendimento complementar para enfrentar dificuldades específicas, a ser oferecido no mesmo período de aula ou no contra turno, o que requer flexibilidade dos tempos e espaços para aprender na escola e também flexibilidade na atribuição de função entre o corpo docente, (BRASIL, 2013, p. 123).

O registro da avaliação é algo que merece muita atenção e cuidado na hora de sua execução, para que não haja precipitações na escrita, pois ela deve estar baseada em um conceito investigado e interventivo no processo de aprendizagem da criança, Luckesi (2011). A prática da investigação não deve ser utilizada como classificatória, mas como diagnóstica, possibilitando rever conceitos didáticos e metodológicos em execução, Campagnolo (2017).                     

Contudo, precisamos ter cuidados com prejulgamentos que, muitas vezes, são realizados usando as classes sociais, e “conduzem o professor a não estimular devidamente certos alunos que ele acredita que não irá corresponder as expectativas de aprendizagem”, BRASIL (2013, p. 123). Nessa premissa, é necessário que se faça a investigação para que se conheça o estudante, ao conhecê-lo, se possa agir sobre ele. Desse modo, a avaliação torna-se um instrumento que nos auxilia na conscientização sobre nossas práticas pedagógicas. Através da avaliação é que os estudantes e também os pais tem a possibilidade de rever e identificar suas dificuldades; é uma forma da escola também se avaliar na busca de um melhor atendimento aos estudantes, Brasil, (2013).

Tal como aponta Franchi,

uma prática reflexiva, pela qual as professoras aprendem com base na análise e interpretação de sua própria atividade, dá à profissão uma característica peculiar: uma profissão em que a própria prática conduz necessariamente à criação de um conhecimento específico e ligado a ação. Trata – se de um conhecimento tácito, pessoal, nem sempre sistemático e dificilmente generalizável, um processo contínuo embasado numa reflexão sobre sua prática que lhe permite repensar a teoria implícita do ensino e suas atitudes (FRANCHI, 1995, p. 61).

Ainda hoje, se pensa muito na avaliação tradicional, que ocorre através de julgamentos comportamentais, e de provas que levam em consideração somente a nota tirada no exato momento, sem prestar a devida atenção na evolução do estudante. Luckesi (2011) aponta o fracasso escolar como uma das consequências da falta de compreensão do professor sobre a prática pedagógica do erro, situação que acaba por resultar em uma avaliação mal realizada.  Dessa forma, se é dado a importância somente ao resultado da avaliação dos estudantes, introduza-se fatores que não favorecem como se deu no processo de aquisição do conhecimento pelos estudantes.

Deve ser repensado a cada dia o trabalho docente em uma perspectiva crítica e construtiva, para ajudar os educandos a superar suas dificuldades, sem limitá-los com erros e acertos, hoje muitos professores têm direcionado sua prática avaliativa na inspeção e quantificação de erros, esquecendo-se de levar em consideração os avanços e conquistas dos alunos em meio ao processo de ensino, Silva (2019). O trabalho cotidiano do professor enquanto estiver constituído em uma situação de classificação entrará em contradição, provocando a inclusão de alguns e a exclusão dos demais que não conseguem um bom rendimento.

É preciso salientar que o trabalho desenvolvido pelo professor é fundamental no processo avaliativo, que vai muito além da simples transmissão de informações, mas a mudança não depende apenas do docente, e sim de todos que compõem o corpo escolar. Assim, rever os conceitos pré-estabelecidos que se tem sobre avaliação da aprendizagem e efetivar de maneira coerente um trabalho conjunto, é uma mediação essencial nesse processo.

2.1 PARECERES DESCRITIVOS DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: A NARRATIVA DOS PROFESSORES SOBRE OS ESTUDANTES

Neste capítulo, foi apresentado a metodologia para a realização do trabalho, bem como foi descrito como foram realizadas a coleta, seleção e organização dos pareceres descritivos da avaliação de aprendizagem. Ao final do capítulo, é a análise dos pareceres.

 2.1.1 Coleta e tratamento das informações

Os pareceres descritivos da avaliação da aprendizagem foram cedidos por uma escola pública estadual do Rio Grande do Sul. Eles foram elaborados por professoras de turma de 1° e 2° anos e correspondem ao primeiro trimestre do ano de 2021. Destaca-se aqui que foram elaborados por 3 professoras diferentes, cada uma em relação a sua turma.

A escola escolhida para a análise dos pareceres foi a escola onde a pesquisadora realizou o estágio curricular obrigatório em ensino fundamental. Devido ao contato com a escola e com as professoras, não houve objeção na análise de tais pareceres, contanto que fosse garantido o anonimato das professoras, dos estudantes e da escola. Por isso, os pareceres foram numerados de acordo com a turma: “turma 1, aluno 1”. Com os pareceres em mão, o primeiro passo foi separar, nas frases descritas pelas professoras, possíveis indícios da utilização dos três tipos de conteúdo: os conceituais, os atitudinais e os comportamentais. Entretanto, durante a leitura dos pareceres, foram encontrados outros elementos que devem ser destacados nesta análise. Desse modo, antes de serem analisados os três tipos de conteúdo, foi analisado a estrutura dos pareceres.

A motivação para este estudo surgiu após a realização do estágio, em que ficou a indignação de como os alunos seriam avaliados se não era ofertado nenhum tipo de exame. Além disso, durante o estágio a professora não solicitou nenhum tipo de parecer ou algo parecido para compreender a aquisição do conhecimento por parte dos estudantes, durante o período da realização do estágio e por eu ter contato com a escola durante todo o ano letivo, não houve exames, nem trabalhos aos alunos para analisar a aprendizagem deles.       

Retoma-se aqui, qual foi o objetivo da pesquisa: analisar o conhecimento que foi considerado na elaboração dos pareceres descritivos dos estudantes. Para tanto, elencou-se os objetivos específicos, os quais auxiliaram a responder o objetivo geral: indicar possíveis falta de conhecimentos atribuídos pelos estudantes; evidenciou quais conteúdos foram sendo avaliados no momento do registro da avaliação.

Foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa documental, por entender que este trabalho envolveu a subjetividade dos sujeitos envolvidos no estudo, conforme descreve MINAYO & SANCHES (1993. p.239 ):

A abordagem qualitativa realiza uma aproximação fundamental e de intimidade entre o sujeito e objeto, uma vez que ambos são da mesma natureza: ela se envolve com empatia aos motivos, aos projetos dos autores, a partir dos quais as ações as ações as estruturas e as relações tornam – se significativas. Na verdade, o trabalho qualitativo oferece duas direções: numa elabora suas teorias, seus métodos, seus princípios; noutra, inventa, ratifica seu caminho e estabelece seus resultados, abandona certas vias e toma direções privilegiadas. Sabe-se que na pesquisa qualitativa, pode-se utilizar uma diversidade de procedimentos e de constituição e análise de dados, dentre eles há a Análise Documental utilizada na coleta de dados. Kripka, Scheller e Bonotto (2015) afirmam sua importância: […] consiste em delimitar o universo que será investigado. O documento a ser escolhido para a pesquisa dependerá do problema a que se busca uma resposta, portanto não é aleatória a escolha. Ela se dá em função dos objetivos e/ou hipóteses sobre apoio teórico. É importante lembrar que as perguntas que o pesquisador formula ao documento são tão importantes quanto o próprio documento, conferindo-lhes sentido, KRIPKA; SCHELLER; BONOTTO, (2015, p. 245). Acrescenta – se que os documentos escolhidos como instrumento de estudo foram os pareceres descritivos da avaliação de aprendizagem elaborado pelos professores.

Foi realizada uma pesquisa qualitativa, cuja característica principal é a coleta de dados a partir de informações descritivas. Entende-se por documento, quaisquer materiais escritos que possam ser usados como fonte de informações sobre o comportamento humano. Esses documentos que foram usados foram os pareceres descritivos da avaliação de aprendizagem, elaborados por professores. Como esse tipo de pesquisa pode assumir muitas formas, a análise foi elaborada posteriormente a coleta dos pareceres.   

Apesar de ser pouco explorada, a análise documental é uma técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema. Analisar documentos proporciona um estudo rico e estável, pois eles apresentam muitas evidências concretas que não poderiam ser avaliadas em pesquisas de outro tipo. Sendo assim, esta pesquisa se caracteriza como uma análise documental por buscar informações em documentos elaborados por professores. O parecer descritivo tem um caráter progressista, participativo, humanizador e pleno de cidadania.

 2.1.2 A análise dos pareceres descritivos: uma visão mais ampla sobre a escrita

A seguir foi realizada a análise dos pareceres descritivos da avaliação da aprendizagem. A primeira leitura, percebeu-se que alguns pareceres eram parecidos e alguns exatamente iguais. As frases e as colocações utilizadas para um estudante foram reproduzidas fielmente para vários estudantes do mesmo ano, conforme podemos perceber nas descrições abaixo.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 1.

Inteligente, participativa, caprichosa e organizada, consegue realizar as atividades propostas. Pode diminuir a conversa e as brincadeiras quando termina suas atividades {…} respeita ordens e combinados em sala de aula, parando imediato quando chamada a atenção.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 2.

Inteligente, participativa, caprichosa e organizada. Consegue realizar as atividades propostas. Pode diminuir a conversa e as brincadeiras quando termina suas atividades {…} respeita ordens e combinados em sala de aula, parando imediato quando chamada a atenção.

Esses dois pareceres são descritos na sua totalidade de forma igual, em outros pareceres aparecem frases também iguais para diversos estudantes. Seguem abaixo alguns trechos retirados de pareceres do primeiro ano.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 3.

Acompanha o processo de aprendizagem referente ao primeiro ano. Participativo, caprichoso e organizado. Apresenta domínio no início da alfabetização. Respeita ordens e combinados.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 4.

Acompanha o processo de aprendizagem referente ao primeiro ano. Consegue realizar as atividades propostas pedindo ajuda quando necessário […] normalmente respeita ordens e combinados.

Nos pareces dos alunos aparecem repetições de frases.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 5.

Acompanha processo de aprendizagem referente ao primeiro ano.As vezes se atrasa nas atividades, mas consegue acompanhar o ritmo da turma.

Essa primeira frase do aluno 5, é muito repetida a vários alunos.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1 aluno 6.

Acompanha processo de aprendizagem referente ao primeiro ano. Iniciando o processo de aprendizagem de leitura. As vezes se atrasa nas atividades, mas consegue acompanhar o ritmo da turma.

Como se pode perceber, o professor utilizou em todos os pareceres analisados a mesma frase: “acompanha o processo de aprendizagem referente ao primeiro ano”. No entanto não foi explicado qual é esse processo, nem explicou se assimilou o conteúdo (conhecimento) trabalho. Foi percebido também que de todos alunos apenas um estava em processo de aprendizagem da leitura, chegando a conclusão que os demais alunos não chegaram a esse processo.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 7.

Tem dificuldades em realizar tarefas. Precisa tornar-se mais independente e segura para realizar suas atividades sem esperar a aprovação da professora.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 8.

Traçado cursivo difícil “voando”. Pode diminuir a conversa e as brincadeiras quando termina as atividades.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 9.

Costuma rabiscar o caderno em meio as atividades. Pode diminuir a conversa e as brincadeiras quando termina as atividades.

Parecer de aluno do primeiro ano, turma 1, aluno 10.

Faz os exercícios propostos, mas rabisca e não tem domínio nas margens. Pode diminuir a conversa e as brincadeiras quando termina as atividades.

Vejamos que essas frases não relatam muito o domínio da aprendizagem, apenas destacou esses aspectos no parecer, portanto tais informações são insuficientes para descrever a aprendizagem do aluno. 

Parecer de aluno do segundo ano, turma 2, aluno 1.

É uma aluna caprichosa, meiga e organizada. […]. Reconhece letras e seus sons. […] reconhece números.

Parecer de aluno do segundo ano, turma 2, aluno2.

É uma aluna caprichosa e organizada. As vezes apresenta dificuldades em diferenciar palavras e frases. Continuar progredindo.

Parecer de aluno do segundo ano, turma 2, aluno 3.

É uma aluna caprichosa, meiga e organizada. Reconhece letras e seus sons, formando sílabas, palavras e até frases. Continuar progredindo.

Parecer de aluno do segundo ano, turma 2, aluno 4.

Aluna organizada e caprichosa. Reconhece letras e seus sons, formando sílabas, palavras e até frases.

Foi encontrado diferenciações entre o modo de meninos e meninas. Os pareceres acima, de acordo com a ortografia, eram pareceres de meninas pois estavam escritos caprichosas. Em outros pareceres aparece também a palavra “meiga” para completar a frase inicial, que serve para descrever como é o estudante. Nos pareces dos meninos, não se aparece a palavra “caprichoso, organizado e meigo”, o que remete a pensar que, por serem meninos, não podem possuir essas características. Nos pareceres para meninos aparecem nas seguintes frases:

Parecer de aluno do segundo ano, turma 2, aluno 5.

É um aluno prestativo e capaz. As vezes apresenta dificuldades em diferenciar palavras e frases.

Parecer de aluno do segundo ano, turma 2, aluno 6.

É um aluno prestativo e capaz. As vezes apresenta dificuldades em diferenciar palavras e frases.

Esses alunos tiveram a palavra “capaz” no seu parecer, porém não está explicado o que a professora entende por “capaz”. Como percebemos os pareceres se igualam, mesmo sendo para alunos diferentes. SOUSA (2007, p. 96) fala sobre essa repetição de juízos descritos nos pareceres descritivos de avaliação de aprendizagem como uma prática da avaliação centrada no momento final e não como resultado de regularizações e intervenções durante o processo.

Parecer de aluno de segundo ano, turma 3, aluno 1

É um aluno esforçado e prestativo, reconhece letras e seus sons, formando sílabas, palavras e até frases. Precisa melhorar o traçado das letras e o capricho do caderno. Continuar progredindo.

Parecer de aluno de segundo ano, turma 3, aluno 2.

Reconhece as letras e seus sons. Continue progredindo. […] Lê com fluência, escreve palavras e frases. […] realiza cálculos.

Nos pareceres do segundo ano foi apresentado mais elementos que podemos classificar como sendo conteúdos procedimentais e conceituais. É através do entendimento desse conteúdo que a criança, posteriormente, virá a integralizar conteúdos mais abrangentes. Podemos chamar esse conteúdo de “saber”. O “fazer” (conteúdo procedimental) é uma sequência do “saber” (conteúdo conceitual).

Parecer de aluno do segundo ano, turma 3, aluno 3.

Apresenta dificuldades em ater-se as suas atividades prejudicando seu aprendizado.  

Parecer de aluno do segundo ano, turma 3, aluno 4.

É um aluno esforçado, pode diminuir a conversa e as brincadeiras em sala de aula.

Segundo as Diretrizes Curriculares para a Educação de nove anos, os três anos iniciais, que são organizadas em um ciclo devem assegurar ao estudante a alfabetização e o letramento, bem como desenvolver formas e expressões, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, da Literatura, da Música e demais Artes, as Educação Física, da Matemática, de Ciências, de História e de Geografia. Porém os pareceres descritivos analisados não condizem com sua orientação. Nos alunos de primeiro ano não foi descrito qual conhecimento foram assimilados, com exceção do aluno que fala que está iniciando o processo de aprendizagem. Nos alunos do segundo ano, há elogios como “continue progredindo”, mas não está explícito no que o aluno deve progredir. Percebemos com essa parte de análises, que os pareceres não estão voltados para uma avaliação plena do estudante, visto que foram descritos sem uma base que sustente a sua forma, a sua escrita, tornando assim a avaliação sem fins formativos. É possível concluir que a prática da escrita de pareceres descritivos é algo não instalado no cotidiano escolar, ou seja, que as professoras ainda não construíram esse hábito muito provavelmente pelo pouco tempo que têm para redigirem os pareceres, Knoblauch, (2003).

Realizada a análise dos pareceres descritivos, encontramos grande indício de que os professores utilizam o conteúdo atitudinal na hora de do registro da avaliação. Porém não foram encontradas referências a conceitos voltados a aprendizagem, por exemplo, não fica estudada se foi analisada a separação do lixo, que atitudes os estudantes apresentaram sobre essa temática, se ele conseguiu agregar tal conhecimento à sua vida e se está conseguindo repassar os conhecimentos à amigos e família. Segundo Sousa (2007), os pareceres ainda podem servir como ordem classificatória; o que podemos ver em expressões utilizadas como: “tem facilidade, apresenta avanços, é bom, progrediu”. Isso remete a uma ordem classificatória e a uma concepção de que o estudante é responsável por sua aprendizagem, e de que o professor apenas tem o papel de verificar seus avanços e dificuldades.

Como podemos verificar, os pareceres dizem muito sobre o estudante, no momento do registro da avaliação, o professor deve ter a consciência de que conhece seus alunos. Muitas vezes o que acaba por acontecer, é que são criadas representações e classificações em diferentes grupos, dando a avaliação uma característica classificatória. Dessa forma, o professor organiza elementos que serão utilizados aos estudantes que leem, e em outros para os estudantes que não leem, e assim segue para outras áreas do conhecimento, como o cálculo que, no caso dos pareceres analisados, tantas vezes apareceu descrito.          

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao chegar no final deste trabalho, percebeu-se o quanto foi importante a essa acadêmica e profissional. Percebe-se também, que não foi apenas um trabalho de conclusão de curso, mas um desafio e uma enorme conquista que servirá para agregar novos conhecimentos a essa professora, que pode assim ser descrita por já atuar em sala de aula.

Algumas questões de suma importância, que foram citadas ao decorrer do texto, devem ser revistas por todos professores. Durante a análise dos pareceres, conclui-se que os professores avaliam quase que exclusivamente aspectos comportamentais em seus alunos, muitas vezes, enfatizando-os, e pedindo-lhes que mudem suas atitudes, descrevendo isso nos pareceres.

Percebe-se também, que pareceres assim, foram descritos para que os pais notassem como foi o comportamento do estudante em sala de aula e na escola, isto é, se seu filho obedeceu ou não a professora. Os pareceres não devem ser descritos somente para os pais dos estudantes, e sim para o próprio estudante. Através do parecer com o tempo, o educador poderá conhecer melhor os alunos com os quais vai trabalhar; entretanto é preciso que se tenha cuidado com os pré-julgamentos. Diante disso, a utilização atitudinal foi voltada somente à imposição de normas que foram seguidas pelos estudantes.

No entanto, esses conteúdos podem dizer muito mais sobre a aprendizagem dos estudantes na avaliação, visto que podem retratar o processo de socialização do conhecimento entre o estudante, a sua família e colegas, tornando a avaliação mais construtiva e diagnóstica, para que a favoreça e auxilie o educando na busca de autoconhecimento. Outro aspecto importante encontrado nos pareceres disse respeito às áreas do conhecimento que foram sendo avaliadas. Foram encontrados somente a utilização de conhecimento na área de Língua Portuguesa e Matemática; o que mostrou que não são avaliados, ou ainda, não foi ofertado aos alunos aprendizagens das outras áreas do conhecimento.

Todavia, essa informação é insuficiente se buscarmos compreender que seja ofertado o conhecimento em todas as áreas, como ciências, história, geografia, artes, educação física e literatura; logo elas devem ser levadas em consideração na hora de registrar a avaliação. Não se pode considerar construtiva e qualitativa uma aprendizagem que busca apenas avaliar áreas comportamentais. Dar características aos estudantes apresentou-se comum nos pareceres. Diante disso, percebeu-se que os professores utilizam algumas características já pré-estabelecidas para todos os estudantes, tornando os pareceres repetitivos e iguais.

Verificou-se também a falta de uma frequência de ideias na hora de registrar os pareces, deixando-os um tanto quanto difícil de serem entendidos. É necessário que os professores, nesse caso, façam uma revisão na sua elaboração.    Este estudo não irá esgotar as análises sobre a sua temática. Há muito ainda que se estudar e rever sobre os pareceres descritivos da avaliação da aprendizagem. É preciso que se entenda a importância desse processo dentro de uma sala de aula, no ambiente escolar e sua função em uma avaliação de qualidade e não de quantidade.

Conteúdo, infelizmente, o que se pode constatar, é que os professores ainda não estão familiarizados com esse método de avaliação, e dessa forma, ainda classificam os seus estudantes em: capazes, organizados, inteligentes, ou caprichosos. Sob esse ponto de vista, uma criança que não for organizada não será capaz de construir conhecimentos? Um trabalho nunca é feito sozinho, é preciso buscar trabalhos realizados anteriormente para que seja possível um melhor entendimento do objeto de estudo. A surpresa foi, que ao ler artigos que tratavam do mesmo assunto, percebeu-se que pouco ou nada mudou de muitos anos atrás. A compreensão de uma avaliação formativa continua em debate e se nada for feito, como é o caso em formações continuadas, que elevem a avaliação a um patamar de discussões nas escolas, os pareceres continuarão sendo registrados, levando em consideração apenas as atitudes dos estudantes e os conhecimentos de português e matemática.

Compreender a avaliação é de suma importância tanto para educadores atuantes quanto para os que estão sendo formados. Estudar a avaliação deve ser algo enfatizado nas escolas e nas universidades. Portanto, espera-se que este trabalho inspire futuros pesquisadores a estudar e a compreender essa prática nas escolas. Esta pesquisadora não irá parar de pesquisar e aprofundar sobre o assunto, após essas constatações, visto que este estudo servirá de base para a realização de novos estudos sobre o tema.


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http://novaescola.org.br  acesso em 29/09/021


1 Acadêmica do curso de graduação em Pedagogia na Faculdade Fael (Faculdade Educacional da Lapa).
2 Biólogo, Mestre em Zoologia e Doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Paraná. Professor das disciplinas de “Fundamentos e Metodologia do Ensino de Ciências” e “Metodologia da Pesquisa Científica” na Faculdade Fael (Faculdade Educacional da Lapa).