DERMOPIGMENTAÇÃO EM MULHERES MASTECTOMIZADAS


FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS – FIFE
CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA


Autoras:
Giovanna Rocha de Almeida*
Izabely Maira Marasni Tsugimoto*
Leandra Silva Barbosa*
Orientadora:
Valéria Lima Munhóz**

*Graduandas do curso de Tecnologia em estética e Cosmética das
Faculdades Integradas de Fernandópolis – FIFE
**Docente- Orientadora do curso de Tecnologia em estética e Cosmética das
Faculdades Integradas de Fernandópolis – FIFE


RESUMO

O câncer de mama é o maior motivo de óbitos por câncer em mulheres no Brasil, a cirurgia que é realizada geralmente causa geram alterações e medo nas mulheres, provocando mudanças psicológicas, afetando sua autoestima e a imagem pessoal, além dos comprometimentos físicos. Este trabalho teve objetivo de evidenciar a importância da dermopigmentação cutânea em na autoestima de mulheres mastectomizadas. Foi realizada uma revisão da literatura de caráter qualitativo. Ao final deste estudo observou-se que a dermopigmentação tem, para reconstrução da mama, significativamente a melhora a qualidade de vida e autoestima de mulheres mastectomizadas.

Palavras Chaves: Dermopigmentação Cutânea, Pacientes Mastectomizadas, micropigmentação, dermopigmentação.

ABSTRACT: Breast cancer is the biggest reason for cancer deaths in women in Brazil, the surgery that is performed usually causes changes and fear in women, causing psychological changes, affecting their self-esteem and personal image, in addition to physical impairments. This study aimed to highlight the importance of skin dermopigmentation in the self-esteem of women with mastectomies. A qualitative literature review was carried out. At the end of this study, it was observed that dermopigmentation has, for breast reconstruction, significantly improves the quality of life and self-esteem of women with mastectomies.

Keywords: Skin Dermopigmentation, Mastectomized Patients, Micropigmentation, Dermopigmentation

  1. INTRODUÇÃO

Dentre os tipos de câncer, o de mama é o mais comum em mulheres no Brasil e no mundo (ficando atrás apenas do de pele não melanoma). Após 50 anos (especificamente) os casos crescem progressivamente, de modo relativo, raro antes dos 35 anos. (PFIZER, 2019).

Da mesma forma que os outros tipos de câncer, o de mama ocorre por conta de uma alteração celular, onde determinadas células do corpo aumentam e se multiplicam de forma desordenada, havendo a formação de um tumor. Nos casos de câncer de mama, as células que recobrem os ductos mamários são as mais afetadas, ou as que se encontram nos lóbulos das glândulas mamarias. Carcinomas ductaid lobulares são chamados os tumores. Com ainda a existência de linfomas e sarcomas, que são tipos de câncer de mama mais raros. (INCA, 2019).

Segundo (Vazquez, 1991) a mastectomia é multidisciplinar, mas ainda é a mais frequente por razões históricas e de eficácia, o câncer da mama era obrigatoriamente motivo de mastectomia radical. Mas, nos últimos anos, vem surgindo novas técnicas, cujo são mais conservadoras, com associação a radioterapia ou quimioterapia.

Um dos fatores principais que influenciam em como é visto a imagem corporal da mulher caracterizada pelos parâmetros impostos pela sociedade para o reconhecimento do corpo perfeito, e feminino. O corpo perfeito é apreciado como essencial na atração sexual, sendo também observado nos meios de comunicação, onde são utilizados corpos esculturais para a venda dos mais variados produtos, além do aumento considerável\\ do número de cirurgias plásticas para implante de silicone. Nesse aspecto, a mastectomia pode ocasionar seguimentos importantes na vida da mulher em razão das alterações estéticas seguintes, e assim, desencadear novas reações com seu próprio corpo e às demais pessoas. (PRADO, 2002).

A mastectomia causa um efeito que abala não apenas a mulher, mas se abrange ao seu âmbito familiar, social e grupo de amigos. Essa consequência se torna mais forte pelos tratamentos indicados agregados à cirurgia. A retirada desse órgão simboliza uma limitação estética e funcional, que causa uma instantânea repercussão física e psíquica, gerando traumas para a maioria das mulheres, mudando sua qualidade de vida, na satisfação sexual e recreativa, de forma negativa. (MELO SILVA, FERNANDES, 2005).

A estética pode auxiliar no processo de aceitação e na melhoria da autoestima nos casos de mastectomia, com o procedimento de dermopigmentação. Fugindo da estética, esse procedimento é um grande aliado na recuperação de mulheres que enfrentaram o câncer de mama, que tiveram como consequência, a perda de um, ou dos dois mamilos. A micropigmentação paramédica (dermopigmentação) é um método utilizado na reconstrução ou para aprimorar o aspecto visual da aréola e mamilo, além de disfarçar cicatrizes pós-mastectomia. Este procedimento fará com que as mulheres que o realizam recuperem sua autoestima e autoconfiança. (ALMEIDA, 2006).

  1. OBJETIVO

Evidenciar através da revisão da literatura a importância da dermopigmentação na melhora da autoestima de mulheres mastectomizadas.

  1. METODOLOGIA

Esse estudo foi realizado a partir de uma revisão da literatura bibliográfica de caráter qualitativo sobre a dermopigmentação em mulheres mastectomizadas.

A pesquisa foi realizada nas dependências da Fundação Educacional de Fernandópolis- FEF no período de março/julho 2021, as buscas foram utilizadas as bases de dados Google Acadêmico, utilizando as seguintes palavras chaves: micropigmentação, dermopigmentação, mastectomia.

  1. REVISÃO DE LITERATURA

4.1 CANCER DE MAMA

No século XIX e primeiras décadas século XX, o câncer era considerado contagioso e associado à falta de limpeza, a sujeira física e moral. A imundície das cozinhas, a sujeira das fábricas, a desordem verificada nas ruas das cidades, povoadas de cães e gatos vadios, com isso a proliferação assustadora de insetos e animais peçonhentos compunham um quadro que provocava doenças, por conta disso achavam que o câncer também era provocado por essas causas e a falta de higiene. Além disso, concebia-se que a doença poderia ser contagiosa entre os amantes dos excessos do prazer, principalmente no caso das mulheres, nas quais o adoecimento era resultado de \”pecados e vícios\”, em especial nas práticas sexuais (SANT’ANNA, 2000).

(Bertiolli, 1996), relata que entre as práticas sexuais também era considerado um fator que podia desencadear o câncer, era considerado monstruosa.

(Sant\’anna, 2000) afirma que nos anos 30 e 40, ainda se mantinha a argumentação de cunho moral, porem outros fatores começaram a ser investigados como fumo, produtos químicos, o aumento de preocupações do cotidiano, e o excesso de trabalho.

De 1950 em diante, são capazes de observar grandes progressos nos diagnósticos e tratamentos que proporcionaram o aumento do número de sobreviventes e do tempo de sofrimento dos pacientes. Com o acompanhamento em longa data desses pacientes, indicou-se a necessidade de lhes proporcionar boa qualidade de vida e a importância do conhecimento e adaptação psicossociais dos pacientes e de suas famílias. Ao mesmo tempo, algumas áreas da medicina, englobaram conhecimentos psicanalíticos, e foi percebida uma possível participação de fatores psíquicos no desenvolvimento do câncer. Os argumentos morais não desaparecem por completo, mas se atualizam através de uma ênfase na sexualidade e sua relação com o mundo interno. “Agora são os indivíduos \’frígidos e impotentes\’, \’pervertidos sexualmente\’ ou \’doentes do sexo\’ que se tornam, segundo diversos médicos, presas fáceis do câncer\” (SANT\’ANNA, 2000,). Segundo o mesmo autor, a história da construção social dos gêneros evidencia que os indivíduos, preferencialmente, “frígidos e impotentes\” “pervertidos\” e “doentes do sexo\” são as mulheres.

Na década de 70, poucas reportagens e artigos que começam a pontuar com maior frequência revistas estrangeiras e brasileiras sobre o câncer de mama e sobre a mastectomia não conseguirão escapar à tendência destes novos tempos: tornar o câncer de mama, a cirurgia e o processo de cura da doença em experiências que, apesar da dor e dos sofrimentos, podem ser revertidas em benefício da própria mulher. Desde então, a literatura de autoajuda, de biografias destinadas a encorajar os doentes de câncer de ambos os sexos, de novas terapias destinadas à melhoria da qualidade de vida do doente, começam a ganhar uma importância outrora desconhecida (SANT’ANNA, 2000).

Com base nos estudos dessa época, notam que as mulheres sofrem desconforto psicológico, como ansiedade, depressão e raiva; e mudanças em sua vida, relacionadas ao casamento, vida sexual e atividades no trabalho, e, ainda, medos e preocupações referentes à mastectomia, recorrência da doença e morte (MEYEROWITZ, 1980).

O câncer de mama é a segunda neoplasia de maior índice de morte, sendo a patologia que mais acomete as mulheres brasileiras. A análise de diversos fatores vem sendo utilizada para que seja mais fácil a identificação da doença e para um eficaz tratamento, considerando as características herdadas. As causas do câncer de mama não são conhecidas, qualquer mulher pode desenvolvê-lo; algumas são consideradas mais predisponentes a desenvolver do que outras em razão de vários fatores. (JUNIOR NODARI, 2014).

A multiplicidade de fatores envolvidos no surgimento do câncer de mama dificulta a sua prevenção. Em 90% dos casos, a doença se manifesta pela presença de nódulos, que podem ser percebidos pela mulher através do autoexame ou de exames de imagem. Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída de líquido anormal das mamas (INCA, 2016).

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários. A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas resultantes do envelhecimento aumentam o risco. Mulheres a partir dos 50 anos são mais propensas a desenvolver a doença. Fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a menopausa e exposição à radiação ionizante (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia computadorizada). O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos anos, com resultados contraditórios quanto ao aumento do risco para câncer de mama. Atualmente, há alguma evidência de que ele aumenta o risco desse tipo de câncer. (DROPE, J. et al The Tobacco Atlas, 2018).

Por outro lado, alguns fatores comportamentais ajudam a diminuir o risco de câncer de mama. A amamentação protege do câncer de mama tanto na pré quanto na pós-menopausa. Os possíveis mecanismos biológicos envolvidos nesse efeito protetor estão relacionados à forte exfoliação do tecido mamário, às alterações na estrutura da mama, à intensa apoptose epitelial ao final da amamentação e à redução do tempo de exposição da lactante ao estrogênio e outros hormônios durante a amenorreia. A prática de atividade física também ajuda a diminuir o risco de câncer de mama, pois promove a redução da gordura corporal. Possivelmente, o efeito protetor se dá por meio da redução dos níveis circulantes de estrogênio, da resistência à insulina e da inflamação – todos relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama na pós-menopausa. Para câncer de mama na pré-menopausa somente a atividade física de intensidade vigorosa (nadar, correr, ciclismo, etc.) demonstrou um provável efeito protetor no risco da doença. (DROPE, J. et al The Tobacco Atlas. Atlant, 2018).

4.1.1 INCIDÊNCIA

Estimativa de novos casos no Brasil: 66 280 (2020 – INCA)

Número de mortes: 18 295, sendo 18 068 mulheres (2019- Atlas de mortalidade por câncer).

 A OMS estima que, por ano, ocorram mais de 1.050.000 casos novos de câncer na mama em todo mundo. Informações processadas pelos Registros de Câncer de Base Populacional demonstram que na década de 90, este foi o câncer mais frequente no país. As maiores taxas de incidência foram observadas em São Paulo, no Distrito Federal e em Porto Alegre (INCA, 2004).

4.2 MASTECTOMIA

O câncer de mama é a neoplasia mais habitual entre as mulheres. A mastectomia normalmente é o tratamento aplicado, trata-se da cirurgia da retirada das mamas (FELICIANO & BRAZ, 2012).

O tratamento do câncer de mama, deixando em ênfase a mastectomia, geram consequências não só físicas como emocionais (FERRO et al, 2008)

A mastectomia segundo (Albino, Bim, Albertini, 2013) é o meio mais frequente para o tratamento dessas doenças.

4.2.1 Tipos de mastectomia

Existem diversos tipos de mastectomia, entre eles destacam-se, a mastectomia simples que nela são retiradas somente as glândulas mamárias e a aponeurose no músculo peitoral maior e é mais indicada em caso de carcinoma in situ (bem localizado) descoberto precocemente. Mastectomia preventiva que consiste na retirada da mama como forma de prevenção do câncer, é indicada quando a mulher já teve um câncer de mama numa das mamas, como forma de prevenção da outra, ou para mulheres que apresentam elevado risco de desenvolver o câncer. A mastectomia radical retira-se toda a glândula mamária, o músculo peitoral e os linfonodos da região da axila (SEDICIAS, 2016).

É classificada das seguintes formas (Long, 1988).

– mastectomia parcial- extração de massa do tumor com 2,5 a 7,5 cm do tecido circundante;

– mastectomia subcutânea- extração de todo tecido da mama, deixando intactos os mamilos, aréola e a pele;

– mastectomia de Patey ou radical modificada- extração total (com ou sem o pequeno peitoral) das mamas e de determinados gânglios linfáticos axilares;

– mastectomia radical- é realizada a extração total da mama, fáscia circundante, gânglios linfáticos, tecido adiposo e grande e pequeno peitoral.

4.3 Dermopigmentação

A dermopigmentação, que também tem nome de micropigmentação, dermografia, dermatografia ou tatuagem é a incorporação de pigmentos em tecidos humanos, por meio de perfurações nas dermes reticular e papilar, com o objetivo da permanência definitiva (ROCA, 2004).

É uma pigmentação exógena incluída na camada dérmica da pele. Para esse procedimento, é usado o demógrafo para a execução e a implementação de pigmentos específicos e hipoalergênicos sob a pele. Dentro dessa técnica temos a micropigmentação restauradora, que é aplicada no intuito corretivo dos tecidos afetados e estético. Com essa sofisticada técnica desenvolve-se um trabalho de camuflagem na pele através de pigmentação. (SOMMER, 2013)

FIGURA 1- cores da dermopigmentação

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Fonte: Martins et al (2009)

Uma técnica para aplicação de pigmentos na camada subepidérmica da pele com o auxílio de um dermógrafo (aparelho que se utiliza de agulhas para a introdução de pigmentos). É um forte aliado, às cirurgias plásticas ou procedimentos médicos que tem como objetivo o rejuvenescimento, reparação e camuflagem de cicatrizes. A média de permanência do pigmento tem variação, em torno de cinco a quinze anos, e depende da técnica aplicada, do tipo e do grupo de agulhas usadas durante a pigmentação, da base e saturação dos pigmentos aplicados. Outros fatores que influenciam na vida útil do pigmento são os hábitos do indivíduo. (BAUMANN, 2004).

O pigmento a ser utilizado será de acordo com a cor da pele e a cor deve ser testada especificamente ao lado da aréola. Não podendo haver tonalidades diferentes, deve ser utilizado uma quantia preparada somente de uma vez. A parte interior em volta do bico é mais clara criando uma ilusão de projeção (Martins et al, 2009).

São usadas agulhas de alta rotação, que é permitida a reconstrução da aréola em cerca de 10 minutos. O mamilo é reconstruído cirurgicamente ao mesmo tempo. Portanto, trata-se, de uma técnica da área da estética, onde o fisioterapeuta com especialização em micropigmentação cria um desenho de uma nova aréola e do mamilo com um demógrafo, fazendo o uso dos pigmentos inorgânicos na construção de um novo mamilo. É recomendado, a serem usadas, agulhas circulares de três pontas para a região central, com o preenchimento de forma degradê e agulhas lineares ou circulares de cinco pontas para o preenchimento da aréola, não delimitando o seu contorno. (COSTA et al, 2013).

FIGURA 2- INSTRUMENTOS UTILIZADOS

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Fonte: Martins et al (2009)

No início, as agulhas devem promover o preenchimento no posicionamento a 45º em movimentos curtos que se iniciam a partir da borda externa, seguindo até o centro, o que proporciona um efeito opaco e uniforme. Logo em seguida é utilizado um pigmento mais escuro e agulha de três pontas circulares dando um efeito da região central do bico mamário. Passando para a agulha de cinco pontas circular com pigmentos rosados, fazendo a mesclagem das cores marrom e rosa. Para a projeção do bico realiza um circulo ao seu redor e também estrias por toda a mama com pigmento bege-claro e agulha de cinco pontas circulares. (MARTINS et al, 2009).

FIGURA 3- TÉCNICA UTILIZADA

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Fonte: Martins et al (2009)

FIGURA 4- PIGMENTAÇÃO DA MAMA

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Fonte: Martins et al (2009)

FIGURA 5- MARCAÇÃO DO BICO DA MAMA/PIGMENTAÇÃO DA REGIÃO AUREOLAR

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Fonte: Martins et al (2009)

FIGURA 6- RESULTADO INICIAL E FINAL

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Fonte: Martins et al (2009)

Esse procedimento acaba sendo considerado paramédico por reconstruir uma parte do corpo com nível grande de importância para a mulher, acrescentando também seus fins estéticos. (PAULA, 2013).

4.4 Dermopigmentação na melhora da autoestima e qualidade de vida de mulheres mastectomizadas

Após a confirmação do câncer de mama, ocorrem mudanças de âmbito social e psicológico, por a mama ser o grande símbolo de beleza feminina. ( GARCÍA, 2007)

É de suma importância ressaltar que a dermopigmentação é uma técnica de processo terapêutico, onde há a reflexão da mulher sobre sua existência, assim a conscientizando sobre sua qualidade de vida, beleza e sua sexualidade. (NÓBREGA, et al, 2009).

Segundo (Saad, 2001) a técnica personaliza a mama e melhora a autoestima da mulher. É uma possibilidade estética que agrega valor, por ter excelentes resultados, baixo custo, menor índice de complicações e ser um processo rápido.

Foi observado que as mulheres que realizaram a técnica de dermopigmentação da aréola mamilar, passaram a ter outro olhar sobre si mesma, sua estética e seu psicológico, começando então a ter outra visão mais confiante de sua autoimagem, deixando de lado o pensamento de que sua sexualidade ou beleza seria perdida após a mastectomia. Diante disso houve um aumento em parte de sua feminilidade e autoestima (CERIGATTO, 2013).

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após finalizarmos o estudo e de acordo com os objetivos de evidenciar através da revisão da literatura a importância da dermopigmentação na melhora da autoestima em mulheres mastectomizadas, observou-se que a técnica vem trazendo resultados satisfatórios e eficazes na correção da mama, se tornando uma opção para ajudar a melhorar não só a parte estética, mas, também recuperando a qualidade de vida e elevando a autoestima das mulheres que tiveram câncer, que resultou na cirurgia de mastectomia.

6- REFERÊNCIAS

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