BENEFÍCIOS MÉTODO PILATES EM PACIENTES COM A DOENÇA DE PARKISON

\"\"
Mikaelen Rodrigues Batista

Autores:
Mikaelen Rodrigues Batista1; Mayke Fernandes Loiola1; Roberta Gomes de Lima1; Denilson da Silva Veras2

1 Acadêmica Finalista do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO
2 Fisioterapeuta Mestre; Docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO



RESUMO

Introdução: A Doença de Parkinson (DP), que é caracterizada por uma doença degenerativa primária, está localizada na densa substância negra onde a dopamina é sintetizada. A DP também pode ser secundária a outras doenças neurológicas, como encefalite do sono ou doença de Alzheimer, nesses casos é chamada de síndrome de Parkinson. Objetivo: demonstrar os benefícios método pilates em pacientes com a Doença de Parkinson. Métodos: Esse trabalho trata-se de uma revisão integrativa, foram acessadas as seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs, Medline, Google Schoolar e BVS. Resultado e Discussão: O método Pilates é considerado uma ferramenta tradicional de reabilitação eficaz. Porque tem impacto conhecido na população com DP, principalmente em termos de equilíbrio dinâmico, força muscular de membros inferiores e superiores, melhora no tempo de caminhada, atividade funcional, resistência aeróbia, flexibilidade, agilidade ao exercício, autonomia e qualidade de vida. Conclusão: De forma geral, pode-se dizer que o método Pilates evita o agravamento de uma série de sintomas que dificultam a vida do paciente com doença de Parkinson, pode bem promover a saúde física e mental do corpo humano, manter a independência funcional do indivíduo e reintegrá-lo. na sociedade. No entanto, pesquisas são necessárias para confirmar e provar os benefícios potenciais do Pilates na DP.

Palavras-chaves: Método Pilates, Doença de Parkinson, Idosos, Exercício Físico.

ABSTRACT

Introduction: Parkinson\’s Disease (PD), which is characterized by a primary degenerative disease, is located in the dense substantia nigra where dopamine is synthesized. PD can also be secondary to other neurological diseases, such as sleeping encephalitis or Alzheimer\’s disease, in which case it is called Parkinson\’s syndrome. Objective: to demonstrate the benefits of the Pilates method in patients with Parkinson\’s Disease. Methods: This work is an integrative review, the following databases were accessed: Scielo, Lilacs, Medline, Google Schoolar and BVS. Result and Discussion: The Pilates method is considered a traditional effective rehabilitation tool. Because it has a known impact on the population with PD, mainly in terms of dynamic balance, muscle strength of the lower and upper limbs, improvement in walking time, functional activity, aerobic endurance, flexibility, agility to exercise, autonomy and quality of life. Conclusion: In general, it can be said that the Pilates method prevents the aggravation of a series of symptoms that make life difficult for patients with Parkinson\’s disease, it may well promote the physical and mental health of the human body, maintain the functional independence of the patient. individual and reinstate it. in society. However, research is needed to confirm and prove the potential benefits of Pilates in PD.

Keywords: Pilates Method, Parkinson\’s Disease, Elderly, Physical Exercise.

1 – INTRODUÇÃO

À medida que a população idosa aumenta, eleva também o número de doenças crônicas associadas ao envelhecimento. A doença crônica é caracterizada por nenhum intervalo ou período de alívio dos sintomas, desenvolvimento espontâneo, impacto progressivo e grave, causando sofrimento, desgaste e aumento do estresse no paciente (CUNHA; SIQUEIRA, 2020; SILVA et al., 2021).

Nessas perspectivas, a Doença de Parkinson (DP), que é caracterizada por uma doença degenerativa primária, está localizada na densa substância negra onde a dopamina é sintetizada. A DP também pode ser secundária a outras doenças neurológicas, como encefalite do sono ou doença de Alzheimer, nesses casos é chamada de síndrome de Parkinson (SANTOS; SILVA, 2020; SILVA; CARVALHO, 2019).

O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, ou seja, baseia-se no reconhecimento dos sinais e sintomas que constituem a imagem clínica, ou seja, o reconhecimento de dois dos três sinais motores: tremor, rigidez e bradicinesia. Os exames laboratoriais e a tomografia computadorizada do cérebro podem ajudar a descartar outras doenças (DE FARIA et al., 2019; NUNES et al., 2019).

Portadores de Doença de Parkinson apresentam um padrão de desequilíbrio muscular, que promove a torção do alinhamento, o que sobrecarrega as articulações, ligamentos e músculos, fazendo com que os pacientes em posição bípede dobrem todas as articulações, resultando em uma postura bípede. Isso é feito por meio de alongamento. O tratamento é uma excelente técnica para melhorar a mobilidade da coluna e dos tecidos, mantendo: postura ereta, manutenção do equilíbrio e independência funcional (FARIA et al., 2019).

Os medicamentos e cirurgias não são os únicos recursos para ajudar no combate ao mal de Parkinson. Outros cuidados também são necessários, como enfermagem, esportes, fisioterapia, fonoaudiologia etc. Podem ser desenvolvidos individualmente ou em grupos e são importantes para a recuperação do mal de Parkinson. doença. Aumentando a capacidade funcional, bem-estar e qualidade de vida (SILVA; CARVALHO, 2019).

Nesse contexto para tratamento é empregado o Método Pilates é uma técnica utilizada para aperfeiçoamento do condicionamento mental e físico, aplicado com uma técnica dinâmica que tem como finalidade trabalhar força, flexibilidade, alongamento, equilíbrio, aplicando-se nas curvaturas do corpo e com foco central da força o abdome, o qual trabalha sequencialmente em todos os exercícios da técnica, executando em poucas repetições (MARÉ et al., 2012).

O pilates foi desenvolvido como base de princípios da cultura oriental, como alguns tipos de atividade físicos como artes marciais, ioga e meditação. O Pilates é caracterizado pelo experimento do domínio dos músculos envolvidos nos movimentos da forma mais consciente possível. Os exercícios são inseridos de acordo com característica do paciente, respeitando as dificuldades individuais (ENGERS et al., 2016).

A arte do Método Pilates destina-se a aprimorar a flexibilidade geral do corpo e a saúde, mas também enfatizando o condicionamento corpo e mente o tratamento de dor crônica e prevenção de lesões, por isso abrange diferentes interesses na população que procura atividade física (SANTOS; CANCELLIERO-GAIAD; ARTHURI, 2015).

É considerado exercício físico, o que significa atividade física com planejamento, levando em conta manter ou melhorar a flexibilidade. Dentro dos benefícios desta modalidade está a melhora da flexibilidade, da força, da capacidade respiratória, do controle e definição da musculatura, além do subsídio na correção postural e melhora da saúde (JESUS et al., 2015).

Esta técnica do pilates demonstra uma variedade de exercícios, e o método é indicado para qualquer indivíduo executar, desde o praticante que busca algum realizar uma atividade física ou até aqueles que os que apresentam alguma reabilitação ou uma doença, como por exemplo, dores crônicas, problemas neurológicos, problemas ortopédicos e qualquer distúrbio envolvendo a coluna vertebral e até mesmo a senilidade (COSTA et al., 2016).

A precisão do exercício exige que o praticante tenha uma certa compreensão e controle do próprio corpo. Isso se deve ao enorme estímulo proprioceptivo que tem causado a consciência física. Ou seja, os indivíduos estão cada vez mais conscientes de seu corpo, buscando coordenar sua estrutura e promova um melhor uso dele (DANTAS et al., 2016).

O pilates pode ser executado por saudáveis, sedentários ou com patologias, visando à reabilitação ou melhora do desempenho. Sua prática pode ser feita utilizando aparelhos específicos e ou acessórios, como também no solo utilizando a gravidade associada ao peso corporal, incluindo princípios desportivos como utilização de resistência, força e flexibilidade (JUNGES; JACONDINO; GOTTLIEB, 2015).

O trabalho tem objetivo geral de demonstrar os benefícios método Pilates em pacientes com a Doença de Parkinson.

2 – METODOLOGIA

O presente trabalho é caracterizado como uma revisão integrativa com abordagem qualitativa, elaborado a partir de levantamento bibliográfico, utilizando livros e artigos científicos. Após o levantamento bibliográfico, será realizada uma revisão integrativa e os resultados serão analisados para a compreensão de um fenômeno. Revisão integrativa será baseada em outras pesquisas independentes ajuda a sistematizar e analisar os resultados para a compreensão de um tópico.

Foram acessadas as seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO); Google Schoolar e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS).

A busca dos dados deu-se nas bases eletrônicas com os descritores, segundo os Descritores em Ciência da Saúde (Decs): Método Pilates, Doença de Parkinson, Idosos, Exercício Físico.

Os critérios de inclusão definidos são: o arquivo do artigo na íntegra; publicados em português e inglês; publicados no período de 2010 a 2021. Os critérios de exclusão utilizados são os seguintes: estudos que apenas tinha sido disponibilizado resumos; idiomas diferentes do inglês e português e títulos de artigo que não condizem com descritores.

Após a revisão literária foi realizado uma a seleção dos artigos teses, dissertações e documentos. Estes materiais foram selecionados e separados por assunto conforme a relevância do tema que se propõe a investigar. Feito isso, procedeu à leitura exaustiva dos materiais a serem analisados. Foi avaliado o efeito diversos da ritalina e assim foram quantificados e apresentados por meio de um gráfico e tabela demonstrando a eficiência.

Ao final da busca, foram selecionados os artigos científicos que atendam aos requisitos propostos. Faça uma revisão da literatura ao longo do levantamento bibliográfico. Os resultados da pesquisa são organizados em tópicos e dispostos nos resultados e nas discussões deste trabalho.

Do total de artigos científicos consultados para atingir os objetivos propostos neste estudo, foram realizadas 65 revisões, 34 descartadas artigos de acordo com critério de exclusão e inclusão, e utilizados 31 artigos publicados entre o ano de 2010 a 2021.

\"\"
Figura 1: Fluxograma de inclusão de artigos no trabalho.
Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2021.

3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a presente tópico do trabalho foram empregados 10 artigos de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1: Principais resultados do trabalho.

AnoAutorTemaBase de dadosPrincipal resultado
2017CARMO, Vanessa Santiago et al.Aptidão física de idosos com doença de Parkinson submetidos à intervenção pelo método PilatesLILACSParâmetros como força e resistência de membros superiores e inferiores, flexibilidade de membros superiores e inferiores e capacidade de atividade física foram todos superiores aos valores de avaliação inicial. Conclui-se que o método Pilates pode ser uma ferramenta eficaz no processo de reabilitação desses idosos com doença de Parkinson.
2015FREITAS, Maria Ludmila et alA influência do método Pilates na instabilidade postural e qualidade de vida do paciente com doença de Parkinson.LILACSO treinamento com o método Pilates pode melhorar a qualidade de vida, o padrão de marcha e o equilíbrio dos indivíduos estudados, indicando que é um método adequado para idosos com doença de Parkinson.
2021CORREA, Mariana; MIRANDA, Marcos Roberto BorgesMétodo pilates no tratamento de pacientes com Doença De ParkinsonLILACSO método Pilates pode ter um efeito positivo no equilíbrio postural de idosos, principalmente na maioria dos treinamentos que são eretos, têm uma pequena base de apoio e apresentam um certo grau de instabilidade, exceto que não envolvem o uso das mãos.
2020SILVA, Elder Oliveira; ANDRADE, Regianny Oliveira FernandesApreciações sobre o pilates: nuances de um tratamento complementar na manutenção da qualidade de vida dos parkinsonianos.BVSA doença de Parkinson não tem causa conhecida e não tem cura, mas podemos retardar ou minimizar suas consequências por meio de atividades físicas seguras e assistidas (como o Pilates), tão importantes quanto os medicamentos. Nestes casos, o objetivo do Pilates é manter a atividade muscular e a flexibilidade das articulações e prevenir a atrofia muscular. Desta forma, a rigidez do gesto se tornará menos óbvia.
2011FERNANDES, Lívea V.; LACIO, Marcio Luis deO método Pilates: estudo revisional sobre seus benefícios na terceira idade.BVSOs métodos podem ajudar muito a melhorar as capacidades funcionais dos idosos, como flexibilidade, correção de postura, equilíbrio e tônus ​​muscular. Sua prática auxilia no alívio da dor, recuperação de lesões, prevenção e tratamento de doenças crônicas promovidas pelo envelhecimento, além de intervir nos aspectos psicossociais e na qualidade de vida dos idosos.
2017FIGUEIREDO, Marianna Celeste Cordeiro; SOARES, Luciana Maria de Morais MartinsO método Pilates na promoção de saúde funcional de pessoas acometidas por disfunções neurológicas: uma revisão integrativaBVSO método Pilates ajuda a melhorar a qualidade de vida, a qualidade da marcha e o equilíbrio em alguma medida, mas é impossível determinar se os resultados são inteiramente atribuíveis à prática do método ou a outras atividades das quais os voluntários ainda participam.
2019FIGUEIREDO, Anelise Ineu et alDoença de Parkinson: proposição de cartilha com exercícios terapêuticos.MEDILINEO método Pilates tem potencial clínico para uso em pacientes com doenças neurológicas, mas mais pesquisas experimentais e um bom controle devem ser realizados para esclarecer o real efeito do método.
2021SOUSA, Lucas ResendeEfeitos dos treinamentos multimodal e mat Pilates na marcha e equilíbrio de pessoas com doença de Parkinson: um ensaio clínico randomizado unicegoMEDILINEO método Pilates é considerado uma ferramenta tradicional de reabilitação eficaz. Porque tem impacto conhecido na população com DP, principalmente em termos de equilíbrio dinâmico, força muscular de membros inferiores e superiores, melhora no tempo de caminhada, atividade funcional, resistência aeróbia, flexibilidade, agilidade ao exercício, autonomia e qualidade de vida.
2012VARA, Andressa Correa et alO tratamento fisioterapêutico na doença de ParkinsonSCIELOA fisioterapia que orienta a prática regular de exercícios é extremamente importante para manter, melhorar e prolongar a qualidade de vida de um indivíduo. Há evidências de que vale a pena considerar o exercício regular para pacientes com DP.
Quadro 2: Principais resultados.

Em consoante com Carmos et al. (2017) explana que comparados aos idosos sedentários, os idosos que praticam exercícios físicos regularmente apresentam melhor atenção, independência funcional, menor risco de quedas e melhor aptidão física, o que tem impacto positivo na qualidade de vida. O Método Pilates é uma forma de exercício físico benéfico para os idosos e pode melhorar as capacidades físicas como equilíbrio, flexibilidade, força muscular, consciência cinestésica, controle e alinhamento postural.

De conformidade com Freitas et al. (2015) e Suárez-Iglesias et al (2019) o método Pilates pode ser um recurso de tratamento eficaz e seguro para pacientes com características semelhantes aos voluntários, pois além de proporcionar bons resultados, auxilia na melhoria dos aspectos físicos, funcionais, emocionais e psicológicos, conforme determinado pelo questionário de qualidade de vida. resultado mostra.

Sob o mesmo ponto de vista Panelli e De Marco (2017) e Mollineudo-Cardalda et al. (2018) o objetivo do método Pilates era promover a consciência corporal, a respiração e a postura por meio de atividades físicas de baixo impacto e poucas repetições. Visando controlar a respiração, atingindo o clímax, auxiliando no auto cognição e estabilidade emocional ao controlar a ansiedade, tornando-se um aliado contra o estresse diário.

Na opinião de Correa e Miranda (2021) e Cancela et al. (2018) o método Pilates se destaca e mostra resultados positivos para a saúde dos pacientes em DP. Método de exercícios desenvolvido pelo alemão Joseph Hubertus Pilates, que exercita o corpo e a mente por meio do exercício físico e ensina a respeitar e compreender os limites do corpo. O Pilates pode ser usado para o condicionamento de várias maneiras, como prevenção e reabilitação, e os benefícios proporcionados irão melhorar significativamente a qualidade de vida do praticante.

De acordo com Gonçalves (2017) e Bakhshayesh et al. (2017) inclui a aplicação de seis princípios básicos. O primeiro é o princípio de centralização, que propõe o conceito de centro de força, denominado Power House em inglês, que é composto pelos músculos abdominais superficiais e profundos, músculos respiratórios, músculos psoas, músculos glúteos e músculos pélvicos.

De acordo com Silva e Andrade (2020) e Daneshmandi et al. (2017) por meio do Pilates, os pacientes com doença de Parkinson se beneficiarão do trabalho respiratório projetado para expandir o tórax. Esses exercícios são necessários porque os pacientes tendem a adotar uma posição prona para reduzir o espaço necessário para a expansão pulmonar durante a respiração, resultando em respiração cada vez mais prejudicada e difícil.

No dizer de Lim, Kim e Lee (2016) este método tem o benefício de reduzir o risco inerente de lesão secundária, ajuda a manter a integridade do movimento e mobilidade articular da área lesada, otimiza o movimento e a consciência do lado hemiplégico e a função de movimento do corpo humano, melhora a simetria e equilibra e coopera com o esporte Aumentar a força do paciente, aproximar o paciente da independência, aumentar a capacidade aeróbia, melhorar a sensação de bem-estar do paciente, para que ele não tenha dificuldade nos exercícios diários.

Como descrito por Figueiredo et al. (2019) a extensão geral e específica dos grupos musculares mais comumente afetados; exercícios leves de fortalecimento e aqueles que ajudam a melhorar a mobilidade dos membros superiores e inferiores e a flexibilidade da coluna vertebral também são importantes. Isso ocorre porque o indivíduo perdeu a capacidade de manter uma posição ereta e realizar exercícios em grande escala, como dar passos largos e pegar coisas em uma prateleira acima da cabeça, como.

De conformidade com Fernandes e Lacio (2017) pode melhorar significativamente a flexibilidade, o alinhamento e a correção da postura, a mobilidade vertebral, o fortalecimento do assoalho pélvico, a estabilidade, o equilíbrio e o tônus ​​muscular. Também ajuda a aliviar a dor, reparar ortopedia e danos nos nervos; controlar, prevenir e tratar doenças crônicas, como incontinência urinária e doença de Parkinson, e também envolve os aspectos psicossociais dos idosos e o desempenho das atividades diárias.

Para Sousa (2021) os benefícios do exercício físico para DP estão relacionados à neuroplasticidade positiva. A neuroplasticidade é demonstrada pelo aumento da força sináptica, que afeta a neurotransmissão e melhora os circuitos funcionais, aumenta a excitação do córtex motor, mudanças no volume da matéria cinzenta, fator neurotrófico derivado da linha celular da glia (GDNF) e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), regula a sobrevivência e a atividade dos neurônios dopaminérgicos e inibe a morte neuronal.

Em suma, a prática da fisioterapia para orientar a atividade física é de extrema importância para manter, melhorar e prolongar a qualidade de vida de um indivíduo. Embora o limite do tamanho da amostra não garanta, em última análise, que qualquer um desses exercícios terá os mesmos resultados quando aplicado a outros pacientes com DP, há poucas evidências científicas na literatura sobre a condição física dos pacientes com DP (VARA et al., 2012).

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta revisão de literatura buscou verificar os benefícios do Pilates para a doença de Parkinson por meio dos artigos encontrados. Portanto, o método Pilates é um método alternativo de reabilitação para idosos com doença de Parkinson, pois demonstra a melhora do equilíbrio, flexibilidade articular e postura, além de proporcionar aos praticantes que desejam melhorar a qualidade de vida. Satisfação. O método Pilates não retarda a progressão dos sintomas da doença, mas pode prevenir complicações secundárias, como perda de força muscular, redução da amplitude de movimento, pressão arterial baixa e osteoporose causada por inatividade.

A DP é uma doença crônico-degenerativa com múltiplas limitações funcionais. Em comparação com outros idosos não diagnosticados da mesma faixa etária, a DP tem maior probabilidade de cair e ter complicações, e a qualidade de vida é reduzida devido aos sintomas progressivos da doença.

Os resultados deste estudo revelam os efeitos positivos na função e na qualidade de vida dos pacientes com DP, e recomenda-se um estudo mais aprofundado da aplicação dos métodos Pilates nesta população específica. As limitações do estudo são o pequeno tamanho da amostra, não conformidade e abandono do tratamento, problemas de saúde e custos de transporte.

De forma geral, pode-se dizer que o método Pilates evita o agravamento de uma série de sintomas que dificultam a vida do paciente com doença de Parkinson, pode bem promover a saúde física e mental do corpo humano, manter a independência funcional do indivíduo e reintegrá-lo. na sociedade. No entanto, pesquisas são necessárias para confirmar e provar os benefícios potenciais do Pilates na DP.

5 – REFERÊNCIAS

BAKHSHAYESH, Babak et al. Pilates Exercise and Functional Balance in Parkinson\’s Disease. Caspian Journal of Neurological Sciences, v. 3, n. 1, p. 25-38, 2017.

CANCELA, Jose Maria et al. Feasibility and efficacy of mat pilates on people with mild-to-moderate Parkinson\’s disease: A preliminary study. Rejuvenation research, v. 21, n. 2, p. 109-116, 2018.

CARMO, Vanessa Santiago et al. Aptidão física de idosos com doença de Parkinson submetidos à intervenção pelo método Pilates. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 14, n. 2, 2017.

CORREA, Mariana; MIRANDA, Marcos Roberto Borges. Método pilates no tratamento de pacientes com Doença De Parkinson. Revista de Iniciação Científica e Extensão, v. 4, n. 1, p. 578-85, 2021.

COSTA, Nádia. Fortalecimento Muscular através do método pilates na reabilitação de pacientes pós-ave. 2015. 12f.Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Fisioterapia Neurofuncional) – Faculdade FAIPE, Manaus. 2015. Disponível em: http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/99/67-Fortalecimento_Muscular_AtravYs_do_MYtodo_Pilates_na_ReabilitaYYo_de_pacientes_pYs-_AVE.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

CUNHA, Jemaila Maciel; SIQUEIRA, Emílio Conceição. O papel da neurocirurgia na doença de Parkinson: revisão de literatura. Revista de Medicina, v. 99, n. 1, p. 66-75, 2020.

DANESHMANDI, Hasan et al. The effect of a selective Pilates program on functional balance and falling risk in patients with Parkinson’s disease. Zahedan Journal of Research in Medical Sciences, v. 19, n. 4, 2017.

DANTAS, Ricardo et al. Fatores motivacionais de idosos praticantes do método Pilates. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 28, n. 2, p. 251-256, 2015.

DE FARIA, Larissa Jorge Ferreira et al. Resiliência familiar diante do diagnóstico da doença de Parkinson na velhice. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 14, n. 1, p. 1-18, 2019.

ENGERS, Patrícia Becker et al. Efeitos da prática do método Pilates em idosos: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 56, n. 4, p. 352-365, 2016.

FARIA, Stephanie Martins de et al. Impacto dos sintomas de ansiedade na qualidade de vida na doença de Parkinson: uma revisão sistemática. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 68, p. 48-55, 2019.

FERNANDES, Lívea V.; LACIO, Marcio Luis de. O método Pilates: estudo revisional sobre seus benefícios na terceira idade. Revista Eletrônica da Faculdade de Artes da UFAM, v. 10, p. 68-9, 2011.

FIGUEIREDO, Anelise Ineu et al. Doença de Parkinson: proposição de cartilha com exercícios terapêuticos. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 16, n. 2, p. 24-24, 2019.

FIGUEIREDO, Marianna Celeste Cordeiro; SOARES, Luciana Maria de Morais Martins. O método Pilates na promoção de saúde funcional de pessoas acometidas por disfunções neurológicas: uma revisão integrativa. Revista InterScientia, v. 5, n. 2, p. 199-210, 2017.

FREITAS, Maria Ludmila et al. A influência do método Pilates na instabilidade postural e qualidade de vida do paciente com doença de Parkinson. Fisioterapia Brasil, v. 16, n. 2, p. 155-159, 2015.

GONÇALVES, Manoela Borges Krause. Aspectos clínicos e morfofuncionais da casa de força no método Pilates. Fisioterapia Brasil, v. 10, n. 1, p. 54-58, 2017.

JESUS, Letícia Tiziotto de et al. Efeitos do método Pilates sobre a função pulmonar, a mobilidade toracoabdominal e a força muscular respiratória: ensaio clínico não randomizado, placebo-controlado. Fisioterapia e Pesquisa, v. 22, n. 3, p. 213-222, 2015.

LIM, Hee Sung; KIM, You Lim; LEE, Suk Min. The effects of Pilates exercise training on static and dynamic balance in chronic stroke patients: a randomized controlled trial. Journal of physical therapy science, v. 28, n. 6, p. 1819-1824, 2016.

MARÉS, Gisele et al. A importância da estabilização central no método Pilates: uma revisão sistemática. Fisioterapia em movimento, v. 25, n. 2, p. 445-451, 2012

MOLLINEDO-CARDALDA, Irimia et al. Effect of a Mat pilates program with TheraBand on dynamic balance in patients with Parkinson\’s disease: feasibility study and randomized controlled trial. Rejuvenation research, v. 21, n. 5, p. 423-430, 2018.

NUNES, Simony Fabíola Lopes et al. Adaptação dos familiares cuidadores de idosos com doença de Parkinson: processo de transição. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 35, 2019.

PANELLI, Cecilia; DE MARCO, Ademir. Método Pilates de condicionamento do corpo: um programa para toda a vida. Phorte Editora LTDA, 2017.

SANTOS, Daliane Cristina; SILVA, Emília Pio. Prevalência da doença de Parkinson relacionada ao auxílio-doença da previdência social. Saúde Dinâmica, v. 2, n. 2, p. 12-28, 2020

SANTOS, Magno; CANCELLIERO-GAIAD, Karina Maria; ARTHURI, Mariana Trevisani. Efeito do método Pilates no solo sobre parâmetros respiratórios de indivíduos saudáveis. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 23, n. 1, p. 24-30, 2015.

SILVA, Ana Beatriz Gomes et al. Doença de Parkinson: revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 5, p. 47677-47698, 2021.

SILVA, Elder Oliveira; ANDRADE, Regianny Oliveira Fernandes. Apreciações sobre o pilates: nuances de um tratamento complementar na manutenção da qualidade de vida dos parkinsonianos. Revista Expressão Católica Saúde, v. 5, n. 1, p. 6-17, 2020

SILVA, Thaiane Pereira da; CARVALHO, Claudia Reinoso Araujo de. Doença de Parkinson: o tratamento terapêutico ocupacional na perspectiva dos profissionais e dos idosos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 27, p. 331-344, 2019.

SOUSA, Lucas Resende. Efeitos dos treinamentos multimodal e mat Pilates na marcha e equilíbrio de pessoas com doença de Parkinson: um ensaio clínico randomizado unicego. 2021. 145 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021.

SUÁREZ-IGLESIAS, David et al. Benefits of Pilates in Parkinson’s disease: a systematic review and meta-analysis. Medicina, v. 55, n. 8, p. 476, 2019.

VARA, Andressa Correa et al. O tratamento fisioterapêutico na doença de Parkinson. Revista Neurociências, v. 20, n. 2, p. 266-272, 2012.